investimento em infra-estruturas sadc procura 64 biliões ... · reabilitação das vias...

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por Joseph Ngwawi ÁFRICA AUSTRAL está a procura de investimento e financiamento estimado em 64 biliões de dólares norte-americanos para um programa visando melhorar as infra-estruturas de transportes, energia e outros sectores ao longo dos próximos cinco anos. O plano para 106 projectos prioritários de infra- estruturas transfronteiriças que abrangem os sectores de energia, transportes, turismo, água, tecnologia de informação e comunicação meteorologia foi apresentado durante uma conferência de investimento em infra-estruturas organizada pela SADC, na capital moçambicana, Maputo, no final de Junho. Os projectos abrangem o desenvolvimento de infra-estruturas transfronteiriça, incluindo fontes alternativas de energia, tecnologia de informação e comunicação na aviação civil, e deverão ser implementados até 2017. O sector de transportes teve o maior número de projectos exibidos durante a conferência de um dia de investimentos, com 40 projectos para a melhoria de estradas, ferrovias, portos e postos fronteiriços, no valor de cerca de 16,3 biliões, apresentados a potenciais investidores. Os projectos prioritários de infra-estruturas de transporte incluem aqueles visando a expansão, reabilitação e modernização dos portos de Durban e Walvis Bay, novos projectos ferroviários e reabilitação das vias existentes, novos acessos rodoviários que ligam Angola e a República Democrática do Congo e a reabilitação de outros ao redor da região, e a introdução de um posto fronteiriço de paragem única em Beitbridge entre África do Sul e Zimbabwe. Projectos de infra-estruturas do sector de transportes incluem planos para introduzir um sistema uniforme de tarifas rodoviárias para todos os países do Mercado Comum da África Oriental e Austral (COMESA), Comunidade dos Estados da África Oriental (EAC) e SADC, bem como o estabelecimento de uma autoridade regional de transporte para as três comunidades económicas regionais. Notou-se que apesar do desenvolvimento de infra-estruturas física ser essencial, é necessária uma reforma regulamentar e harmonização regional dos regulamentos para o acesso efectivo a serviços de infra-estruturas. O COMESA-EAC-SADC estão a implementar programas de integração regional no desenvolvimento comercial e económico, que incluem programas de desenvolvimento de infra- estruturas regionais de transportes, tecnologia de informação e comunicações, energia e aviação civil como um primeiro passo para a realização da integração continental. continua na página 2... SADC HOJE VOL. 15 No. 5 Agosto 2013 POLÍTICA 3 COMÉRCIO 4 INFRA-ESTRUCTURA 5 MUDANÇAS CLIMÁTICAS 6 ENERGIA 7 CIMEIRA DA OMT 8-9 COOPERAÇÃO 10 ELEIÇÕES 11 PAZ & SEGURANÇA 12 GÉNERO 13 TECNOLOGIA 14 EVENTOS 15 HISTÓRIA HOJE 16 Investimento em infra-estruturas SADC procura 64 biliões de dólares americanos

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Page 1: Investimento em infra-estruturas SADC procura 64 biliões ... · reabilitação das vias existentes, novos acessos rodoviários que ligam Angola e a República Democrática do Congo

por Joseph Ngwawi

ÁFRICA AUSTRAL está a procura de investimentoe financiamento estimado em 64 biliões de dólaresnorte-americanos para um programa visandomelhorar as infra-estruturas de transportes, energiae outros sectores ao longo dos próximos cinco anos.

O plano para 106 projectos prioritários de infra-estruturas transfronteiriças que abrangem ossectores de energia, transportes, turismo, água,tecnologia de informação e comunicaçãometeorologia foi apresentado durante umaconferência de investimento em infra-estruturasorganizada pela SADC, na capital moçambicana,Maputo, no final de Junho.

Os projectos abrangem o desenvolvimento deinfra-estruturas transfronteiriça, incluindo fontesalternativas de energia, tecnologia de informação ecomunicação na aviação civil, e deverão serimplementados até 2017.

O sector de transportes teve o maior número deprojectos exibidos durante a conferência de um diade investimentos, com 40 projectos para a melhoriade estradas, ferrovias, portos e postos fronteiriços,no valor de cerca de 16,3 biliões, apresentados apotenciais investidores.

Os projectos prioritários de infra-estruturas detransporte incluem aqueles visando a expansão,reabilitação e modernização dos portos de Durbane Walvis Bay, novos projectos ferroviários e

reabilitação das vias existentes, novos acessosrodoviários que ligam Angola e a RepúblicaDemocrática do Congo e a reabilitação de outros aoredor da região, e a introdução de um postofronteiriço de paragem única em Beitbridge entreÁfrica do Sul e Zimbabwe.

Projectos de infra-estruturas do sector detransportes incluem planos para introduzir umsistema uniforme de tarifas rodoviárias para todosos países do Mercado Comum da África Orientale Austral (COMESA), Comunidade dos Estadosda África Oriental (EAC) e SADC, bem como oestabelecimento de uma autoridade regional detransporte para as três comunidades económicasregionais.

Notou-se que apesar do desenvolvimento deinfra-estruturas física ser essencial, é necessária umareforma regulamentar e harmonização regional dosregulamentos para o acesso efectivo a serviços deinfra-estruturas.

O COMESA-EAC-SADC estão a implementarprogramas de integração regional nodesenvolvimento comercial e económico, queincluem programas de desenvolvimento de infra-estruturas regionais de transportes, tecnologia deinformação e comunicações, energia e aviação civilcomo um primeiro passo para a realização daintegração continental.

continua na página 2...

SADC HOJE VOL. 15 No. 5 Agosto 2013

POLÍTICA 3

COMÉRCIO 4

INFRA-ESTRUCTURA 5

MUDANÇAS CLIMÁTICAS 6

ENERGIA 7

CIMEIRA DA OMT 8-9

COOPERAÇÃO 10

ELEIÇÕES 11

PAZ & SEGURANÇA 12

GÉNERO 13

TECNOLOGIA 14

EVENTOS 15

HISTÓRIA HOJE 16

Investimento em infra-estruturasSADC procura 64 biliões de dólares americanos

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2 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Agosto 2013

Um total de 16 projectos deenergia, com custo estimado emmais de 12 biliões de dólares,foram comercializados naconferência, incluindo o projectode interligação ZiZaBoNa a serimplementado pelo Zimbabwe,Zâmbia, Botswana e Namíbia,bem como a proposta deinterligação Namíbia-Angola quevai ligar este último País ao Grupode Empresas de Electricidade daÁfrica Austral (SAPP).

A conferência também discutiuprojectos de infra-estruturas para osEstados insulares da SADC, comoMadagáscar, Ilhas Maurício eSeychelles.

Estes incluem a criação de umcorredor marítimo para os estadosoceânicos, bem como odesenvolvimento e comercializaçãode produtos transnacionais deturismo para estes mesmos estados.

O Presidente da SADC e deMoçambique, Armando Guebuza,defendeu a necessidade de ummaior o diálogo entre osinvestidores da SADC, destacandoque a região está pronta paraparcerias para impulsionar suaagenda de desenvolvimento deinfra-estrutura.

"Propomo-nos a sair daqui comuma estratégia sustentável que nospermita acelerar o investimento eminfra-estruturas na região daSADC", disse Guebuza.

Ele disse que a aprovação doplano pela SADC, no ano passado,foi o reconhecimento do papelvital desempenhado pelas infra-estruturas transfronteiriças naagenda de integração regional.

O Desenvolvimento de infra-estruturas é um pilar importantepara a integração regional,competitividade comercial edesenvolvimento.

"Por isso, estamos satisfeitosem ver que saímos daqui com asensação de estar no caminhocerto e fizemos avanços que nospermitem avançar firmemente naimplementação da agenda deinvestimentos em infra-estruturada SADC", disse ele.

A conferência proporcionouum diálogo construtivo entrea SADC e os seus parceirosde cooperação, investidorese financiadores de infra-estruturas regionais.

O diálogo incluiu discussõesfrutíferas em mesas redondas

C O N T I N U A Ç Ã O D A P Ã G I N A 1

SADC procura 64 biliões de dólares americanosComo exemplo, ele disse que

Estados Membros da SADCpoderiam considerar uma opçãoonde para cada dólar investidopelas empresas de mineração, osgovernos investissem uma fracçãopara a infra-estrutura nasrespectivas áreas ou distritos.

A conferência foi realizada sobo tema "Acelerar o investimento deinfra-estruturas por meio definanciamento sustentável einovador", e contou com mais de200 pessoas, incluindo funcionáriosdo governo, representantes dosparceiros de cooperação, asinstituições de financiamento dodesenvolvimento e os investidoresda região e internacionais.sardc.net. r

nacionais dedicados à infra-estrutura nos sectores de energia,transporte, água, turismo,meteorologia e tecnologia deinformação e comunicação.

Cada Estado-Membro daSADC esteve numa mesa onde osfinanciadores interessados eparceiros de cooperação tiveram aoportunidade de obter informaçõesde primeira mão sobre os projectosno país.

Isso proporcionou umaoportunidade para que osrepresentantes das instituições definanciamento do desenvolvimentoe do sector privado interagissem e serelacionassem com os Estados-Membros da SADC e as entidadesde tomada de decisão política para

discutir as oportunidades dedesenvolvimento de infra-estruturas.

Um representante da empresade mineração brasileira Vale,Ricardo Saad, agradeceu aoportunidade de contribuir para oprograma de infra-estruturas daSADC, apontando que as infra-estruturas transfronteiriças,nomeadamente os transportes,energia e água, têm o potencial parafacilitar o comércio intra-regional e de investimento, bemcomo desbloquear vantagenscomparativas nacionais e regionais.

"Há necessidade deconcessões para investimentos dosector privado em infra-estruturana região", disse ele.

OS LÍDERES da SADC reúnem na capital do Malawi,Lilongwe, em Agosto na sua 33ª Cimeira anual de Chefesde Estado e de Governo.

Cimeira deverá receber um relatório sobre a agendaregional de integração económica do Grupo deTrabalho Ministerial sobre a Integração EconómicaRegional.

Espera-se que relatório destaque a situação daproposta de um quadro para a União Aduaneira daSADC e os progressos para o estabelecimento da Áreade Comércio Livre Tripartida, especialmente ostrabalhos preparatórios para facilitar as negociaçõesentre o Mercado Comum da África Oriental e Austral(COMESA) e a Comunidade dos Estados da ÁfricaOriental (EAC).

O Grupo de Trabalho Interministerial informou aCimeira no ano passado que alguns progressos foramfeitos no desenvolvimento dos parâmetros e valores dereferência para uma união aduaneira modelo para aregião e sobre o calendário de actividades conducentesao lançamento da união aduaneira.

O objectivo global da agenda de integraçãoeconómica regional da SADC é facilitar o comércio e aliberalização financeira, o desenvolvimento industrialcompetitivo e diversificado e o aumento doinvestimento através da criação de um MercadoComum da SADC.

A Cimeira vai rever os progressos naimplementação de um programa regional dedesenvolvimento de infra-estruturas com um custoestimado em 64 biliões de dólares norte-americanos aolongo dos próximos cinco anos.

Neste sentido, espera-se que os líderes avaliem oprogresso em direcção a operacionalização do Fundo deDesenvolvimento Regional da SADC, um mecanismofinanceiro destinado a mobilizar ecursos dos Estados-Membros, do sector privado e parceiros de

desenvolvimentop a r a f i n a n c i a rprogramas e projectosdestinados a aprofundar a integração regional. Uma dasprincipais prioridades do fundo proposto será ofinanciamento de infra-estruturas na região.

A situação de segurança alimentar na África Australdeverá figurar na agenda da Cimeira numa altura emque a região estima ter uma produção de cereaisrelativamente maior este ano em comparação com aépoca 2011/12.

As estatísticas mostram que a produção global decereais na região da SADC está projectada em 33,7milhões de toneladas para a época 2012/13, uma cifraligeiramente acima dos 32,6 milhões de toneladasregistadas na época anterior.

Espera-se também que os líderes da SADC possamdiscutir uma posição regional comum antes da 19 ªConferência das Partes (COP19) da Convenção Quadrodas Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que serárealizada em Novembro, na Polónia.

O presidente do Órgão da SADC de Política, Defesae Segurança, Presidente tanzaniano Jakaya Kikweteapresentará um relatório sobre a situação política naregião.

O relatório inclui os esforços da SADC em restituir anormalidade constitucional no Madagáscar na sequênciade um golpe de Estado de 2009, que viu o ex-disc jockeyAndry Rajoelina a remover inconstitucionalmente o ex-presidente Marc Ravalomanana do poder com o apoiodo exército.

O Madagáscar está suspenso da SADC. A Cimeira vaitambém receber um relatório sobre as eleiçõesharmonizadas realizadas no Zimbabwe, em Julho.

A Presidente do Malawi, Joyce Banda, vai assumir apresidência rotativa da SADC, actualmente exercida peloPresidente Armando Guebuza de Moçambique. r

Líderes da SADC reúnem-se no Malawi nasua 33ª Cimeira

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 3

UMA REVISÃO independentedo Plano Estratégico Indicativode Desenvolvimento Regional(RISDP) recomendou umarevisão da maioria dosprotocolos da SADC, alinhando-as com os novos desafios equestões emergentes queafectam a integração regional.

A revisão intercalarindependente realizada peloCentro de Estudos eDesenvolvimento de Negócios(comércios), sediado noZimbabwe, constatou queapesar dos vários desafios quevão desde recursos financeiros etécnicos limitados, volatilidadesda economia global e a crise, aregião da SADC tem feitoprogressos significativos naimplementação do RISDP namaioria das áreas temáticas.

Os Estados Membros daSADC assinaram 27 protocolose uma série de declarações,cartas e memorandos deentendimento sobre váriosassuntos, que vão desde ocomércio, mineração e finançase investimento para o combatea drogas, florestas e gestão derecursos hídricos partilhados.

A maioria dos 27 protocolosfoi ratificada e estão em vigor.No entanto, as fases finais deimplementação dessas leisregionais são os maioresdesafiadores uma vez que istorequer uma acção de nívelnacional para "domesticar" asleis e iniciar a suaimplementação.

Notou-se que este processonão tem um roteiro que permitauma abordagem sistemáticapara implementação deprotocolos, tanto a nívelregional e nacional.

A análise observou que amaioria dos protocolos queantecederam o RISDP não foirevista para incluir temasnovos e emergentes. Foinotado que uma dasdeficiências da maioria dosprotocolos existentes é o actode possuírem obrigações quenão são nem vinculativa nemobrigatórias.

"A maioria dos protocolosnão têm obrigações, masprincípios... Nos casos em queas obrigações são claras, sãoimensuráveis, irrealista einatingível e não tem prazos",indicou a revisão.

Alguns protocolos precisamde ser revistos ", para agregarvalor e ter em conta asnecessidades dos povos daregião".

"Por exemplo, o ProtocoloComercial da SADC e oProtocolo sobre Finanças eInvestimento não aborda aquestão da criação de empregonem promove o diálogosocial com os movimentostrabalhistas", refere a revisão.

A revisão independentetambém observou que houvedesafios nos mecanismos deimplementação e coordenação,nomeadamente o nãofuncionamento dos comitésnacionais da SADC e a ausênciade uma plataforma deengajamento político entre oSecretariado da SADC e osactores não-estatais, comogrupos regionais de reflexão,sector privado e organizaçõesnão-governamentais.

As Comissões Nacionais daSADC não são funcionais namaioria dos Estados-membros,um desenvolvimento que criauma fraqueza crítica nasupervisão em termos deformulação, domesticação,implementação, monitoria eavaliação de políticas regionais.

A revisão estabeleceu que ascomissões estão apenasfuncionais em quatro Estados-Membros e existem no papel emsete outros países. Três outrosEstados-Membros não têmcomitês nacionais.

Além disso, a revisãolamentou a ausência deuma instituição regionalindependente para supervisionartodo o programa de integração.Isto significa que várias metas doRISDP não foram cumpridas ounão foram implementadas.

Outra recomendaçãofundamental feita pela equipe

Revisão do RISDP recomenda realinhamento de protocolos de avaliação é que a SADC deveampliar a participação econduzir o envolvimento demais pessoas. A revisão apeloua criação de uma plataforma deengajamento político entre oSecretariado da SADC e osactores não-estatais.

Participação de todos osintervenientes na agenda deintegração regional está previstano Tratado da SADC, mas amaioria dos Estados-Membrosexcluiu alguns actores não-estatais na formulação deprotocolos, quer como membrosdas Comissões Nacionais daSADC ou na advocacia ecampanhas de sensibilização.

O compromisso existenteentre o Secretariado e os atoresnão estatais é na base deprograma por programa eactividade por actividade,sem qualquer colaboraçãoestratégica clara e objetivosespecíficos a serem alcançados.

As conclusões da revisãointermédia do RISDP foramapresentadas durante umseminário de validação,realizada em Joanesburgo,África do Sul, em Julho.

P O L I T I C A

Um roteiro foi acordadopara o processo de revisão doRISDP (ver tabela), queculminará com a submissão daversão final do documentorevisto a Cimeira de Chefes deEstado e de Governo da SADCem Agosto de 2014.

Um grupo de trabalhomultissectorial, incluindorepresentantes do Secretariadoda SADC, dos EstadosMembros e actores não estatais,deverá ser formado este anopara implementar asrecomendações da equipe deavaliação independente.

O grupo de trabalho iráformular novas prioridadespara orientar a agenda deintegração regional em funçãodas metas do RISDP.Está prevista uma série dereuniões de fragmentação entreMarço e Maio de 2014 paravalidar novas prioridades aserem desenvolvidas pelogrupo de trabalho.

Sendo um plano dedesenvolvimento de 15 anospara a África Austral, espera-seque o RISDP seja implementadoaté 2020. r

Roteiro para a Cimeira de Revisão do RISDP em 2014

Actividade

Submissão do relatório final pelosconsultores independentes

Submissão do relatório do Relatório deProgresso pelo Secretariado da SADC eConsultas ao Conselho de Ministros

Formação do grupo de trabalhomultissectorial para finalizar o processo

Elaboração de um Relatório síntese, pelogrupo de trabalho, sobre as principaisrecomendações e prioridades

Reuniões sectoriais para validar as novasrecomendações e prioridades propostas

Reuniões para a consolidação dascontribuições sectoriais edesenvolvimento da estratégia deimplementação das restantes metas doRISDP

Apresentação final das recomendações eprioridades revistas do RISDP parasubmissão à Cimeira para aprovação.

Prazo

9 de Agosto

Agosto

Setembro

Setembro de 2013-Fevereiro de2014

Março - Maio de 2014

Final de Junho de 2014

Agosto de 2014

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4 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Agosto 2013

grupo ESA - Madagáscar,Malawi, Ilhas Maurícias,Zâmbia e Zimbabwe - jáchegaram a um acordo com aUE. Os outros membros do ESAsão as Comores, Djibuti, Etiópia,Eritreia, Sudão e Seychelles.

A República Democrática doCongo está negociando naComunidade Económica dosEstados Africano Central(CEMAC).

Várias questões têmparalisado as negociações,incluindo a forma paraembarcar em acordos

por Kizito Sikuka

PLANOS PARA destravar opotencial econômico dos paísessem litoral no leste e sul daÁfrica estão tomando formacom vários projectostransfronteiriços sendoimplementadas ao longo doCorredor Norte-Sul parapromover o movimento depessoas e mercadorias na região.

O Corredor Norte-Sul (NSC)se estende por oito países daÁfrica Oriental e Austral,nomeadamente Botswana,República Democrática doCongo, Malawi, Moçambique,África do Sul, República Unidada Tanzânia, Zâmbia eZimbabwe.

Iniciado em 2009 peloMercado Comum para a ÁfricaOriental e Austral (COMESA),Comunidade dos Estados daÁfrica Oriental (EAC) e SADC,o Corredor Norte-Sul é umprograma de Ajuda para oComércio que tem comoobjectivo melhorar a infra-estrutura e aumentar o comérciointra-regional, reduzindo acusto do comérciotransfronteiriço.

Mais de 1.200 milhõesdólares norte-americanos forammobilizados comofinanciamento inicial paraimplementar o projeto NSC, que

comerciais complexos enumerosos da África Austral,mantendo a coerência na região.

Outros desafios são comolidar com serviços,investimentos e outras questões

relacionadas com o comércio,tais como regras de origem, bemcomo algumas disposições dotexto provisório dos APE queparecem favorecer uma parteem detrimento da outra. r

NEGOCIAÇÕE ECONÓMICASe comerciais entre a SADC e aUnião Europeia vão iniciar emSetembro para analisar questõespendentes que ainda impedem aconclusão de um acordoeconômico entre as duas partes.

O Comissário Europeu doComércio, Karel De Gucht, dissedurante uma visita ao Botswana,em Julho, que os negociadoresdos dois lados vão se reunir parauma "sessão alargada" uma vezque as duas partes procuramdesbloquear o impasse sobre asnegociações do Acordo deParceria Económica (APE).

"Nós concordamos emorganizar uma nova rodada denegociações em Setembro. Esperoque esta será a última ronda emque podemos resolver as questõespendentes ", disse De Gucht, apósuma reunião com o Vice-Presidente do Botswana,Ponatshego Kedikilwe, e com oMinistro da Indústria e Comércio,Dorcas Makgato-Malesu.

O Botswana detém apresidência no grupo negocialda SADC do APE, que incluitambém Angola, Lesotho,Moçambique, Namíbia ,Swazilândia e República Unidada Tanzânia.

A UE fixou Outubro de 2014como o prazo para a conclusãodas negociações com os Paísesda África, Caraíbas e Pacífico(ACP), que ainda não assinaramos APE com o bloco europeu.

Os APE proporcionam oacesso com isenção de direitos ede quotas ao mercado da UEpara os produtos dos paísesACP, que, por sua vez, sãoobrigado a abrir gradualmenteos seus mercados para osmercados europeus ao longo deum período de 15 anos.

As negociações dos APEna África Austral foramfragmentadas, com algunsEstados-Membros a negociaremintegrados no grupo dos Estadosda África Oriental e Austral(ESA).

Cinco Estados-Membros daSADC, que fazem parte do

Corredor Norte-Sul ganha formafoi identificado como o maisextenso corredor na região,ligando o maior número depaíses na África Oriental eAustral.

Ele interliga-se a outroscorredores, incluindo oscorredores Trans-Kalahari,Beira, Lobito, Dar es Salaam eNacala.

Este corredor é fundamentalpara o comércio e integraçãoregional, porque a África do Sulé o maior parceiro comercialAfricano para a maioria dospaíses da região e o porto deDurban abarca uma parcelasignificativa do tráfego detrânsito para os países semacesso ao mar.

Os programas planeadosincluem a construção de mais de8.000 quilômetros de estradas,reabilitação de 600 km de via-férrea e modernização do portode Dar es Salaam, na Tanzânia -um dos maiores e maismovimentados portos da África.

Outras iniciativas incluem oaumento da produção deenergia e potencial decomercialização de energia naregião, com a produção de novaenergia e investimentos naslinhas de transmissão.

Os projectos prioritários deprodução e transmissão deenergia são a construçãoda interligação Zâmbia,

Tanzânia, Quénia e ainterligação entre a Zâmbia e aRepública Democrática doCongo (RDC).

Uma das conquistashistóricas do programa NSC foio lançamento do primeiro postofronteiriço africano de paragemúnica em Chirundu, entre aZâmbia e o Zimbabwe, emNovembro de 2009.

No âmbito de postofronteiriço de paragem única, osviajantes são sujeitos apenasuma vez a formalizarem osprocedimentos alfandegários aocontrário do actual cenário emque são submetidos ao processode formalidades aduaneiras emambos os lados.

Isso reduziu o tempo decompensação, e melhorou omovimento de bens, serviços epessoas através da fronteira.

Os projectos NSC em fase deconclusão em vários paísesincluem a construção da estradaLusaka-Chirundu, com o postofronteiriço de paragem única emChirundu.

O outro grande projecto ébáscula de Kafue que está sendoconstruída na única ponte sobreo rio Kafue e que poderámelhorar o tráfego comercialentre a cintura de cobre daZâmbia e a RepúblicaDemocrática do Congo, bemcomo outros portos do sul. r

C O M É R C I O

Negociações comerciais SADC-UE iniciam em Setembro

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Aprovado Programa de Infra-estruturas África 50

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 5

Desenvolvimento da ÁfricaAustral (DBSA).

"Nós, Dr. NkosazanaDlamini-Zuma, Presidente daComissão da União Africana(AUC), Dr. Carlos Lopes,Secretário Executivo da ECA,Dr. Donald Kaberuka,Presidente do Grupo do BancoAfricano de Desenvolvimento( B A D ) , C o m u n i d a d e sEconómicas Regionais (CER),Instituições FinanceirasRegionais de Desenvolvimento(IFD) e Agência deCoordenação e Planificação daNEPAD, decidimos prosseguircom a nossa cooperação embusca de maneiras novas einovadoras para ampliaçãosubstancial dos investimentosem infra-estrutura regional econtinental para apoiar atransformação da África ",refere um comunicadodivulgado no final da reunião.

As entidades acimaindicadas elogiaram a iniciativacomo "um veículo essencialpara assegurar que a visão e osobjectivos da Agenda 2063 deprojectos regionais de infra-estrutura de transformação deÁfrica sejam alcançados."

Dlamini-Zuma enfatizou opapel crítico das infra-estruturas para a integraçãoefectiva, observando que aAgenda de África 2063 sópoderia ser alcançada se ospaíses do continente estivereminterligados.

" P o d e m o s i n t e g r a reconomicamente o continentesomente quando estivermosintegrados fisicamente."

O Fundo Africa50 seráinovador na sua concepção eestrutura, alavancandorecursos de financiamento deinfra-estrutura das reservasbancárias da África Central,fundos de pensão, fundossoberanos, diáspora Africana eindivíduos de alta renda nocontinente.

Isto significa que as CERafricanas serão capazes deutilizar os recursos de

inst i tuições f inanceirasnacionais e particulares nocontinente e na diásporaAfricana para financiar infra-estruturas transfronteiriças semse preocupar com questões deequidade.

Uma das propostas que estãosendo consideradas é aintrodução de uma ligação deinfra-estruturas Africanas paraque os bancos nacionais centraissejam convidados a contribuircom uma certa percentagem dasreservas.

Segundo o BAD, os bancoscentrais africanos detêm juntoscerca de 500 biliões de dólaresde reservas, alguns dos quaissão investidos em instrumentosde rendimento ultra-seguros.

As contas de referência doTesouro dos Estados Unidospara 10 anos estão actualmenteatraindo cerca de 1,4 por centode juros e o proposto FundoAfrica50 terá como alvo oferecerum melhor retorno.

De acordo com a CimeiraGlobal da Diáspora Africana,realizada na África do Sul, em2012, uma outra fonteinexplorada de recursosfinanceiros para projectos dedesenvolvimento no continenteé a diáspora Africana.

Estima-se que o continenteprecisaria de cerca de 100biliões dólares anuais deinvestimento durante apróxima década para fechar alacuna de infra-estruturas quetêm dificultado os esforços deuma integração regional maisprofunda.

De acordo com o Fundo, aComissão da UA deverá lideraruma grande campanha deadvocacia regional einternacional, com forteengajamento dos Chefes deEstado e de Governo Isto éessencial para garantir o apoiodo Fundo ao mais alto nívelpolítico no continente.

Espera-se a Agência deCoordenação e Planificação daNEPAD possa garantir adinâmica do Fundo durante a

próxima Conferência deFinanciamento para oDesenvolvimento programadapara Senegal em Novembro,enquanto a ECA deverácontribuir para o reforço dascapacidades das CER pararealizar estudos, acompanhar eavaliar a implementação deprojectos.

Por sua vez, as CERsconcordaram em colaborar emacções financeiras, políticas ereguladoras necessárias parapermitir o desenvolvimento dosprojectos de infra-estruturasregionais.

O BAD vai fornecerassistência técnica para criar aestrutura do Fundo África 50,enquanto as instituiçõesfinanceiras de desenvolvimentoregionais, como DBSA, servirácontribuirão para apoiar oFundo a nível sub-regional, bemcomo a mobilização de recursosadicionais.

O Fundo, aprovado em Maiopelos Ministros das Finanças deÁfrica durante as ReuniõesAnuais do BAD, em Marrakech,é uma nova iniciativa que faráparceria com instituiçõesregionais para projectos detransformação.

O foco será infra-estruturasde transcontinental, incluindoprojectos prioritários no âmbitodo Programa da UA para oDesenvolvimento da Infra-estruturas em África (PIDA).

O Plano Director Regional deInfra-estruturas da SADCaprovado na Cimeira de 2012está em consonância com oPIDA e constitui um contributoessencial para a proposta Áreatripartida de Livre Comérciocomposta pela SADC,COMESA e EAC.

O plano director SADC vaiorientar a implementação deredes coordenadas e integradas,eficientes de infra-estruturastransfronteiriças nos seissectores prioritários da energia,transportes, turismo, tecnologiada informação, meteorologia eágua. r

I N S T I T U I Ç Õ E S D Edesenvolvimento da SADC eoutras aprovaram um fundoinovador Africano para facilitara mobilização de recursos emlarga escala e desbloquearo financiamento privadointernacional para projectos deinfra-estruturas no continente.

Chefes da Comissão daUnião Africana, ComunidadesEconómicas Regionais e asInstituições Económicas eFinanceiras re levantesprometeram, durante umareunião realizada na Tunísia, emJulho, trabalhar em conjuntopara garantir o êxito do FundoAfrica50, promovido peloBanco Africano deDesenvolvimento (BAD) paracolmatar o défice de infra-estruturas no continente.

Além da Comissão da UA edo BAD, a reunião contou coma presença de representantesda Comissão Económica para aÁfrica (ECA), NEPAD, SADC,Mercado Comum da ÁfricaOriental e Austral (COMESA),Comunidade dos Estados daÁfrica Oriental (EAC),Comunidade Económica dosEstados da África Ocidental,Comunidade Económicados Estados da ÁfricaCentral, Autoridade Inter-governamental para oDesenvolvimento, União doMagrebe Árabe e do Banco de

I N F R A - E S T R U C T U R A

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por Neto Nengomasha

A NAMÍBIA vai acolher umaconferência internacional emSetembro para discutir adegradação da terra e adesertificação.

A 11ª Conferência das Partes(COP11) da Convenção dasNações Unidas de Combate àDesertificação (UNCCD) terálugar de 16-27 Setembro emWindhoek, Namíbia.

A ser realizada sob o tema "AUNCCD mais forte para umaDegradação Neutra da Terra noMundo", a conferência vaiavaliar os progressos realizadosna implementação da estratégiade 10 anos da Convenção (2008-2018) e desenvolver umcaminho a seguir para ospróximos cinco anos.

Os delegados vão discutirmedidas para reduzir adegradação da terra e diminuiro ritmo crescente dadesertificação, bem como aliviaros desafios de pessoas quevivem em terras secas por meiode soluções que restauram aprodutividade do solo.

Na estratégia de 10 anos, osgovernos se comprometeramcom escalonamento deprocessos nacionais, regionais eglobais para reduzir adegradação do solo e diminuira desertificação.

Entre outras questões, aspartes da UNCCD concordaramem apresentar regularmenterelatórios sobre os esforçosnacionais para conter adegradação da terra e adesertificação, bem como criaruma Facilidade Global doAmbiente em 2018 paramobilizar fundos paraprogramas e projectos noâmbito da Convenção.

Além disso, a COP11 sessõesirão reflectir sobre ofinanciamento, a intermediaçãodo conhecimento e a visãoUNCCD após Rio +20 notocante a degradação do solo, adesertificação e a seca,considerado um dos sucessos

M U D A N Ç A S C L I M Á T I C A S

Pastagens, cobrindo 45 porcento da área total da região, eas florestas estão diminuindodevido a pressões de terraresultantes do crescimento dapopulação, posse da terra eregimes de propriedade e usolimitado de tecnologiasapropriadas para a produçãointensiva.

A erosão do solo é a formamais comum de degradação dosolo, o que representa umaquantidade substancial dedegradação da região.

A degradação do solocausada pela erosão vaicontinuar devido à pressão dapopulação, aos sistemasdistorcidos de posse da terra e aoaumento da demanda por terra.

Pastoreio comunal é comumna maior parte rural da ÁfricaAustral e é responsável pormais de 50 por cento dadegradação das terras na região,devido ao excesso de pastoreiode bovinos, ovinos e caprinos,alguns dos quais são criados emáreas impróprias parapastagem.

A degradação do solo temum elevado custo para asociedade. Os vários hectares deterra perdidos anualmente naregião e globalmente tem opotencial de produzir váriosmilhões de toneladas de cereaisde alimentos que minimizariama crescente insegurançaalimentar e aliviariam a fome.

A decisão acolher aconferência na Namíbia foitomada na 11ª Sessão do Comitéde Revisão da convenção da

da Conferência das NaçõesU n i d a s s o b r e oDesenvolvimento Sustentável,realizada no Rio de Janeiro,Brasil, em 2012.

De acordo com o DocumentoFinal da Rio +20, os governossublinharam a importânciaeconómica e social da boa gestãodo território, incluindo o solo.

Líderes mundiaisconcordaram em lutar por umadegradação neutra da terra nomundo e reafirmaram o seucompromisso de realizar umaacção coordenada a nívelnacional, regional einternacional para monitorar adegradação do solo er e s t a u r a ç ã o d e á r e a sdegradadas nas zonas áridas,semi-áridas e secas.

A conferência tem muitosignificado para a ÁfricaAustral, onde a terra é umrecurso essencial, cobrindo umaárea total de quase 10 milhõesde quilómetros quadrados, dosquais menos de 25 por cento éarável.

T e r r a s a r á v e i s edomesticadas da região sãousadas para a agricultura,silvicultura, áreas húmidas e deconservação da vida selvagem eassentamentos humanos.

A produção agrícolarepresenta a forma maisdominante do uso da terra. Noentanto, devido a factores comoa baixa fertilidade do solo eregime de chuvas irregulares,cerca de cinco por cento daÁfrica Austral está sob lavourapermanente.

África Austral acolhe conferência sobre desertificação

6 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Agosto 2013

UNCCD realizada em Bona,Alemanha, em Abril deste ano.

O Ministro namibiano doMeio Ambiente e Turismo,Uahekua Herunga disse que areunião de avaliação tinha dadoNamíbia e ao resto da ÁfricaAustral a oportunidade deapresentar a sua capacidade desediar COP11 e dar um breveresumo do que a região tempara oferecer.

"Acho que é extremamenteoportuno para a Namíbia,perante as ameaças dedesertificação, acolher estaconferência, pois isso solidificaainda mais o nosso compromissopara enfrentar as ameaças e osdesafios da degradação da terra",disse Herunga.

A Namíbia vai assumir aPresidência da UNCCD durantea conferência, permitindo-lheconduzir o processo global emdirecção a COP12 que serárealizada em 2015.

O mandato de dois anos,como presidente, constituiráuma oportunidade ímpar para aÁfrica Austral impulsionar aagenda global sobre as questõesda desertificação, degradaçãodos solos e seca.

A conferência vai atrair cercade 3.000 delegados, incluindochefes de Estado e de Governo,ministros e especialistasambientais dos 195 membros daUNCCD.

Todos os 15 Estados Membrosda SADC são partes da UNCCDcomo todos eles assinaram eratificaram a convenção.

Fundada em 1994, a UNCCDé o único acordo internacionaljuridicamente vinculativo queliga o ambiente e odesenvolvimento à gestãosustentável da terra.

Esta será a segunda grandeconferência das Nações Unidas aser realizada pela SADC após a20 ª Sessão Ordinária daOrganização Mundial doTurismo (OMT), a ser organizadaconjuntamente pela Zâmbia eZimbabwe, em Agosto. r

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 7

SAPP avalia propostas para o projecto de transmissão ZiZaBoNa

considerado o maior projectohidroeléctrico do mundo.

O financiamento para oprojecto da Grande Barragemde Inga é proveniente de umasérie de investidores queincluem o Banco Africano deDesenvolvimento, BancoMundial, Agência Francesa deDesenvolvimento, o BancoEuropeu de Investimento e oBanco de Desenvolvimento daÁfrica Austral. r

O DESENVOLVIMENTO deuma linha transmissão de energiaelétrica de interligação que ligaZimbabwe, Zâmbia, Botswana eNamíbia poderá em breve tornar-se realidade após o convite deinvestidores para avançarempropostas para a construção dalinha de transmissão.

O Grupo de Empresas deElectricidade da África Austral(SAPP), que coordena oplaneamento, produção,transmissão e comercialização deenergia eléctrica em nome dasempresas de electricidade naregião, concluiu o processo delicitação em Maio e váriosinvestidores manifestaraminteresse em desenvolver a linhade interligação e transmissão deenergia eléctrica.

Vulgarmente conhecido porZiZaBoNa, o projecto deinterligação de transmissão tem acapacidade de aumentar o poderde negociação entre os utilitáriosparticipantes, bem como forneceruma rota alternativa paradescongestionar o corredorcentral de transmissão existenteque atravessa Zimbabwe.

A CONSTRUÇÃO da tãoesperada central hidroeléctricade Inga, na RepúblicaDemocrática do Congo, estáprevista para começar emOutubro de 2015.

O projeto Inga tem acapacidade de produzir mais de40 mil megawatts (MW) deeletricidade, o suficiente paraatender a maior parte dasnecessidades de energia daregião da SADC.

A República Democrática doCongo e a África do Sul estão aimplementar o projeto deenergia em conjunto com outrosparceiros de cooperação.

Inicialmente, a construção dacentral hidroeléctrica estava aser implementada através deuma abordagem dedesenvolvimento regional queenvolve outros cinco países daSADC, nomeadamente Angola,Botswana, Namíbia, Suazilândiae África do Sul, no âmbito doprojecto de Corredor de EnergiaOcidental (WESTCOR).

No entanto, devido a váriosdesafios, o projeto WESTCORnão se materializou.

A República Democrática doCongo e a África do Sulanunciaram numa recentereunião que "a primeira pedra"da central será lançada emOutubro de 2015.

A construção será feita emdiferentes fases. A primeira faseenvolverá a construção de umacentral designada Inga 3, queterá uma capacidade de 1.800MW e não requer orepresamento do rio Congo.

A fase seguinte - chamadaInga 3 - irá adicionar umadicional de 3.000 MW eenvolve a construção da GrandeBarragem de Inga.

Outras cinco centraishidroeléctricas serão construídasna mesma barragem, elevando asua capacidade acumulada paracerca de 40.000 MW.

Quando concluído, a GrandeBarragem de Inga poderásuperar o Projecto hidroeléctricodas Três Gargantas da China

330 quilovolts da Central Eléctricade Hwange para Victoria Falls,onde uma estação de comutaçãoserá construída no lado doZimbabwe. A linha vai estender-se a uma subestação emLivingstone, na Zâmbia.

A segunda fase envolverá aconstrução de uma linha de 330kVcom 300 km de Livingstone aKatima Mulilo na Namíbia,através Pandamatenga, noBotswana.

Para a interligaçãoZimbabwe-Zâmbia seráconstruída como uma linha dealta tensão com uma capacidadede transmissão de 430kV. Noentanto, ela irá funcionar comouma linha de 330kV, durante aprimeira fase.

Quando estiver plenamenteoperacional, a interligaçãoZiZaBoNa vai, entre outras coisas,tornar possível para NamPower,da Namíbia, importar energiadirectamente de Hwange, noZimbabwe.

Actualmente electricidade dacentral de Hwange éencaminhada para a Namíbiaatravés da África do Sul. r

A construção da Grande Barragem de Inga inicia em 2015

O projeto ZiZaBoNa é umexemplo de cooperação eintegração regional, e suaconclusão poderá garantir que amaioria dos países da SADC sejacapaz de compartilhar a energiaexcedente.

Ao abrigo de um acordoZiZaBoNa assinado em 2008, asrespectivas concessionárias deenergia dos quatro dos países –Autoridade de Fornecimento deElectricidade do Zimbabwe(ZESA), A Corporação deFornecimento de Energia daZâmbia (ZESCO), a Corporaçãode Fornecimento de Energia doBotswana (BPC) e a Companhiade Electricidade da Namíbia(NamPower) - poderão vir afinanciar parte do projecto que seenquadra dentro das suasfronteiras nacionais.

A capacidade de transmissãoinicial de interligação será de 300megawatts (MW), que serãoposteriormente aumentados para600 MW.

O projecto está a serimplementado em duas fases. Aprimeira fase irá abranger aconstrução de 120 km de linha de

E N E R G I A

ANGOLA PLANEIA aumentarsua capacidade de produção deenergia eléctrica dos actuais1.200 Megawatts (MW) para8.400 MW em 2025.

Ministro da Energia eÁguas, João Baptista Borges,disse que o objectivo é duplicar

a taxa de electrificação do paísde cerca de 30 por cento para 60por cento no mesmo período.

Ele disse que, entre 2002 e2012, Angola concentrou-se nareabilitação de infra-estruturasdestruídas pela guerra civil queo país tinha sofrido, com um

foco especial sobre atransmissão e distribuição deenergia.

O segundo período dedesenvolvimento foi reservadopara o período 2013-2015, queinclui o aumento do acesso àeletricidade. r

Angola planeia aumentar a produção de energia

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por Kizito Sikuka

ÁFRICA AUSTRAL será o focoglobal em Agosto deste ano umavez que a Zâmbia e o Zimbabweserão anfitriãs da primeiraCimeira Internacional de Turismoa ser realizada em solo regional.

A 20ª Assembleia Geral daOrganização Mundial doTurismo (OMT), prevista para 24-29 Agosto, será realizadaconjuntamente em Livingstone eem Victoria Falls.

O evento vai marcar a terceiravez que a África acolhe a CimeiraGlobal de Turismo depois doEgipto e Senegal terem acolhidoem 1995 e 2007, respectivamente.

De acordo com a OMT, sãoesperados mais de 2.000delegados de 180 países membrospara participar da assembleia,oferecendo a Zâmbia e aoZimbabwe, bem como ao resto daregião da SADC, umaoportunidade de comercializar osseus inúmeros atractivosturísticos.

O turismo é um dosprincipais motores dod e s e n v o l v i m e n t osocioeconómico da região

devido aos seus fortes efeitosmultiplicadores.

Como resultado, os países daSADC estão determinados aaproveitar a Cimeira paraacelerar o crescimento daindústria do turismo na região.Várias iniciativas serãoimplementadas pelos Estados-Membros durante o evento doturismo global, incluindo aremoção de vistos para turistasque querem visitar mais de umpaís da SADC.

Embora as modalidadesainda estejam a ser finalizadasp e l o s E s t a d o s - M e m b r o ssobre como implementarefectivamente o sistemaUNIVISA, vários paísesda região já começaram aremoção de exigência de vistopara os delegados e visitantes daregião.

Como anfitriõesconjuntos, Zâmbia eZimbabwe vãoadoptar umsistema de fronteirasabertas e sem taxasde visto parao s d e l e g a d o sà assembleia geral.

Este desenvolvimento não só irágarantir o sucesso a cimeira deturismo, mas também permitir omovimento suave de delegadosentre os dois países.

Outras iniciativas levada acabo por países da SADC incluemcomercialização conjunta dassuas atracções, apresentando aospotenciais turistas uma amplagama de oportunidades eexperiências.

Essa cooperação vai garantirque os turistas e os delegados aCimeira tenham uma visão ampladaquilo que SADC tem paraoferecer.

A região dispõe de váriasatracções, como o Victoria Fallsentre a Zâmbia e o Zimbabwe, aspinturas rupestres em San,Botswana, e bem como apopulação selvagem de absorçãona região.

Esta alta concentração deatracções poderá criar umavariedade totalmente nova deoportunidades de turismo naÁfrica Austral, apresentandonovas oportunidades para odesenvolvimento socioeconómicoda região, contribuindo para umamaior integração entre os Estados-Membros.

"Para a maioria de nós, issonão é apenas um evento. É, antes,uma tentativa impecável para aZâmbia e o Zimbabweenriquecerem a percepçãopositiva sobre o sector de turismoda África Austral", disse ofuncionário do Conselho deExecutivo Turismo Moçambique,Hiane Abacar.

"Isso exemplifica como aregião pode trabalhar unidacomo um único destino turísticoregional para realizar uma visãocomum e compartilhada".

Companhias aéreas regionaisjá estão trabalhando juntas paracolher o máximo de benefícios apartir do cimeira, criandovínculos, com alguns a criaremvoos regulares para a Zâmbia e oZimbabwe, bem como paraoutros países vizinhos.

Companhias aéreas quelançaram voos para Zâmbia eZimbabwe incluem Air Namibiae Air Botswana, enquanto o SAA,da África do Sul, aumentou voospara esses e outros países.

Tais desenvolvimentos irãoaumentar as chegadas de turistas,e de acordo com o diretorregional da OMT para África,Osman Ndiaye, "tambémpermitem a África aumentar asua quota de mercado".

"Actualmente a África temapenas cerca de seis por centodo mercado global de turismo enós estamos esperandoaproveitar a Cimeira paraaumentar a percentagem dedois dígitos no ano de 2020",disse ele.

8 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Agosto 2013

C I M E I R A D A O M T

Cimeira Mundial de TurismoTodos os olhos sobre a África A

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 9

A Ministra Zambiana deTurismo e das Artes, SylviaMasebo, disse que o evento está aestimular o desenvolvimento deinfra-estrutura nos dois países.Por exemplo, a cidade deLivingstone, na Zâmbia, temassistido a reabilitação deestradas, mercados comerciais,estações de comboios, iluminaçãopública, e de instalações defronteiras e aeroportuárias.

O seu homólogoZimbabweano, Walter Mzembi,concordou apelando ao sectorprivado a unir as suas forçascom os governos para garantirque o evento seja um grandesucesso.

Ele disse que a CimeiraMundial do Turismo mundial iriaapresentar enormes benefíciospara empresas parceiras dosgovernos.

"Ao apoiar a conferência, omundo corporativo podemelhorar a reputação de VictoriaFalls" como uma cidade verde epara a sustentabilidade noturismo. O mundo corporativoserá reconhecido pelo seu apoioao evento", disse ele.

Ele apelou a todos os países daSADC para "proteger esteevento", observando que, a

semelhança da Copa do Mundode Futebol de 2010, realizada naÁfrica do Sul, a Cimeira doTurismo tem o potencial paraaumentar as chegadas de turistase provocar enormes ganhossocioeconómicos para a região.

"A SADC deve assumir odesafio", disse ele, acrescentandoque a Zâmbia, Zimbabwe e oresto da região têm uma escolhade fazer desta cimeira turismo"mais um seminário comum ouapenas uma conferênciainternacional de turismo. Aescolha é nossa."

A assembleia geral é realizadaa cada dois anos num sistema derotação entre os Estados-Membros da OMT. A últimaassembleia geral de correu naCoreia do Sul em 2011.

A OMT é a agência das NaçõesUnidas responsável pelapromoção do turismo sustentávele universalmente acessível.

A OMT promove o turismocomo motor do crescimentoeconómico, desenvolvimentoinclusivo e sustentabilidadeambiental e oferece liderança eapoio ao sector do turismo noavanço do conhecimento epolíticas de turismo em todo omundo. r

ZIMBABWE VAI acolher umafeira de turismo em Victoria Fallspara os delegados da AssembleiaGeral da Organização Mundialdo Turismo em Agosto. O Chefe do Executivo daAutoridade de Turismo doZimbabwe, Karikoga Kaseke,anunciou que o carnaval serárealizado no dia 23 de Agosto. O carnaval segue-se arealização bem sucedida de umevento semelhante, em Harare,no início deste ano." A maioria dos artistas locaisque participaram no carnaval deHarare já confirmaram a suaparticipação enquanto aindaestamos à espera da resposta deartistas internacionais", disse ele. O carnaval é um período defolia pública, festas e festividadesem torno de um tema comum. Os carnavais oferecem umaoportunidade para aprofundar osaspectos coloridos das culturaslocais, com pessoas capazes de

provar os alimentos locais,música e performances artísticasrelacionadas. O Zimbabwe e a Zâmbia vãoacolher conjuntamente a 20 ªSessão da Assembleia Geral daOMT de 24-29 de Agosto, emVictoria Falls e Livingstone,respectivamente. r

que o seu paísestá pronto paraservir a África.

"Somos umarquipélago quedepende doturismo, o pilar danossa economiapara as nossas ilhasé o turismo. Paraque a nossaindústria continue acrescer e a seconsolidar,

precisamos de nossa região,precisamos de África, de sermais visto e de ser maisreconhecidos como o novodestino de oferta potencialinigualável para os viajantesmais exigentes ", disse ele. r

Austral

C I M E I R A D A O M T

Carnaval de Turismo de marcado para Agosto

Países da África Australapoiam as Seychelles paraassento executivo na OMT

VÁRIOS PAÍSES daÁfrica Austral estãoapoiando as Seychellespara assumir o assentono Comité ExecutivoOrganização Mundialdo Turismo.

As eleições para oComité Executivo daOMT decorrerãoCimeira Mundial doTurismo que serárealizada na Zâmbia eZimbabwe, em Agosto.

Os países da SADC que estãoapoiando as Seychelles incluem aÁfrica do Sul, Madagáscar,Zâmbia e Zimbabwe.

O Ministro do Turismo eCultura das Seychelles, Alain St.Ange, saudou o apoio, dizendo

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C O O P E R A Ç Ã O

10 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Agosto 2013

A SADC e a Alemanhaconcordaram em estendersua cooperação para odesenvolvimento e assinaramum contrato estimado em 56.9milhões de Euros para projectosde cooperação técnica efinanceira bilateral.

Do valora acordado, 16.4milhões de Euros destinam-se acooperação técnica e 40.5 milhõespara a cooperação financeira doMinistério Federal para aCooperação e DesenvolvimentoEconómico (BMZ).

O acordo foi alcançadonas negociações inter-governamentais que tiveramlugar em Julho, em Bona,Alemanha.

A equipe da SADC foiliderada pelo SecretárioExecutivo, Tomaz AugustoSalomão, enquanto a delegaçãoda República Federal daAlemanha foi chefiada porIngolf Dietrich, chefe da divisãodo BMZ na África Austral.

Todos os acordos decooperação técnica serãoimplementados por cincoprogramas de apoio do GIZ aSADC, nas áreas de conservaçãoe uso sustentável dos recursosnaturais; integração económicaregional; gestão transfronteiriçados recursos hídricos ;fortalecimento das instituiçõesda SADC e apoio na construçãoda paz, da segurança e da boagovernação.

Conselheiros Regionais eInternacionais da GIZ trabalhamem estreita colaboração com oSecretariado da SADC, emGaborone, como facilitadores ecoordenadores, gestores deprograma e da promoção daintegração regional.

Eles também trabalham emestreita colaboração com EstadosMembros da SADC, com o sectorprivado, organizações não-governamentais e grupos dereflexão na região para construira capacidade regional nas áreasprioritárias.

Na área de conservação derecursos naturais, a SADC e aAlemanha estão a implementarum projeto chamado Programa

de Protecção Transfronteiriça eUso de Recursos Naturais:Gestão dos Recursos NaturaisTransfronteiriços, que começouem 2012 e vai até 2015.

O programa apoia aimplementação de protocolos eestratégias para a gestãosustentável dos recursosnaturais por actores regionais enacionais relevantes da SADC.

O BMZ encomendou a GIZpara facilitar a implementaçãode protocolos e estratégias daSADC a nível regional enacional. Estes incluem oProtocolo relativo a aplicação daLei de Protecção da FaunaBravia, bem como o Protocolosobre Florestas e estratégiaspara a biodiversidade e maneioflorestal.

O Programa de ProteçãoTransfronteiriça e Uso deRecursos Naturais: Gestãodos Recursos NaturaisTransfronteiriços tem trêscomponentes:• Implementação do Programa

Regional da SADC para asÁreas de ConservaçãoTransfronteiriças (TFCA);

• Apoio aos programasregionais da SADC parao maneio do fogot r a n s f r o n t e i r i ç o eredução das emissões doD e s m a t a m e n t o e

SADC e Alemanha aprofundam Cooperaçãoestabelecimento de emissão dereferência e outras metas deREDD e criar um quadroregional comum sobre comoimplementar as actividades deREDD + nos ecossistemasflorestais similares, incluindoaqueles cuja distribuiçãosuperam as fronteiras políticas.

A terceira componente doPrograma financiado pelaAlemanha na ProtecçãoTransfronteiriça e Uso deRecursos Naturais faz umbalanço da conjunturainternacional e ambiente dasnegociações e visa implementarinstrumentos inovadores, taiscomo resistência às alteraçõesclimáticas ou valorização deecossistemas em algumas TFCAs.

A Alemanha também é Chefeda cooperação internacional parao grupo temático de água daSADC e financiou um programade gestão transfronteiriça da águapara a região que abrange operíodo 2005-2015.

O programa tem procuradoreforçar as capacidadeshumanas, institucionais eorganizacionais do sector daágua da SADC.

Entre as principais realizaçõesdo programa até à data incluemreforço da capacidadeinstitucional e organizacional daDivisão de Águas da SADC, e odesenvolvimento de planos degestão das bacias hidrográficas detodos os recursos hídricosintegrados.

Alemanha tem apoiado aimplementação da agenda deintegração regional da SADCdesde 1985. No total, existemcerca de 25 funcionáriosdestacados e especialistasregionais e 20 trabalhadores dedesenvolvimento que trabalhamem Gaborone, apoiados por cercade 40 funcionários nacionais.

Há também 18 voluntáriosimplantados no país sob oprograma Weltwärts, umprograma de política dedesenvolvimento para osvoluntários lançado peloMinistério Federal Alemão paraCooperação Económica eDesenvolvimento, em 2008. r

Degradação Floresta l(REDD), e

• Integração das alteraçõesclimáticas e conservação dabiodiversidade em programasregionais e nacionais.A primeira componente apoia

a Direcção de Recursos daAgricultura, Alimentação eNaturais (FANR) na execução doprograma da Área deConservação transfronteiriça(TFCA). Padrões e formaçõesconjuntas para as partesinteressadas regionais e nacionaistêm sido desenvolvidos e serãotestados em três parquesnacionais na região da SADC.

A segunda componentecentra-se na coordenação eficaze implementação de programasregionais de gestão do fogotransfronteiriça e REDD.

O Programa de Apoio àSADC sobre Redução deEmissões por Desmatamento eDegradação Florestal (REDD)compromete os Estados-Membros, entre outras coisas, acoordenar as actividades inter eintra-sector e estimular aharmonização de políticas paraos programas nacionais deREDD, bem como desenvolversistemas de monitoria deflorestas e emissões de carbono.

Também compromete ospaíses da SADC para o

A SADC e a Associação dasNações do Sudeste Asiático(ASEAN) concordaram emexplorar formas deaprofundar a sua cooperação.

Isto seguiu-se uma visitaao Secretariado da ASEANem Jacarta, na Indonésia, peloVice-Secretário Executivo da SADC, João Samuel Caholo, emJulho de 2013.

As duas instituições trocaram informações sobre osprogressos nos seus esforços para aprofundar a integraçãoregional.A ASEAN é uma organização geopolítica e económica de 10países localizados no Sudeste da Ásia. Trata-se do Brunei,Birmânia, Camboja, Laos, Indonésia, Malásia, Filipinas,Singapura, Tailândia e Vietname. r

SADC e ASEAN Reforçam Cooperação

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 11

O PRESIDENTE RobertMugabe ganhou outro mandatopara governar o Zimbabwe nasequência das eleiçõesrealizadas em 31 baciashidrográficas de julho, que viuo seu partido ganhar mais doque maioria de dois terços naAssembleia Nacional.

Mugabe ganhou 61 por centodos 3.410.767 votos expressoscontra 34 por cento do seu maispróximo rival, MorganTsvangirai, do Movimento paraa Mudança Democrática-Tsvangirai (MDC-T).

Welshman Ncube, daformação MDC, reuniu 2,7 porcento dos votos, e os outros doiscandidatos juntos ganharam umpor cento.

"Robert Gabriel Mugabe, doPartido ZANU-PF, é declaradoPresidente eleito do Zimbabwea partir de hoje, três deAgosto," disse a Presidente daComissão Eleitoral doZimbabwe (ZEC), a advogadaRita Makarau.

Mais de 10 milobservadores nacionais eregionais foram espalhadospor todo o país para todas asassembleias de voto e osobservadores da União Africanaestiveram no país desde que aseleições foram convocadas.

As eleições foram elogiadas edescritas como pacíficas e emconformidade com as normas eprincípios regionais porobservadores da Comunidadepara o Desenvolvimento daÁfrica Austral (SADC), bemcomo do Fórum das ComissõesEleitorais da SADC, do FórumParlamentar da SADC, da UniãoAfricana (UA), entre outros.

O Chefe da Missão deObservação Eleitoral da SADC(SEOM), Bernard Membe, disseque os partidos e candidatospuderam realizar livrementesuas actividades políticas semobstáculos antes da realizaçãodas eleições.

"O processo eleitoral foimarcado por uma atmosfera depaz e tolerância política. Ospartidos políticos e os candidatosforam capazes de realizarlivremente suas actividadespolíticas sem obstáculos ", disseMembe, que é Ministro dosNegócios Estrangeiros e daCooperação Internacional daRepública Unida da Tanzânia.

A SADC, que teve 573observadores destacados paraas 10 províncias administrativasno Zimbabwe, emitiu umadeclaração provisória e deverádivulgar um relatório final noprazo de 30 dias após o anúnciodos resultados das eleições deacordo com os Princípios eDirectrizes Reguladores deEleições Democráticas da SADC.

A missão de observação daUA, liderada pelo ex-presidentenigeriano Olusegun Obasanjo,concordou, dizendo que oprocesso de votação e contagemde votos ocorreu num ambientede paz e tranquilidade.

"A eleição obedeceu umperíodo de campanha pacíficapelo que a missão elogia a forma

pacífica como os cidadãos doZimbabwe e os partidos políticossempre transmitiram mensagensde paz e não-violência para osseus simpatizantes e público emgeral. A votação foi realizadanum clima desprovido deviolência, assédio e distúrbios ",diz parte da declaraçãopreliminar da UA.

As missões da SADC e daUA, bem como observadores doFórum das Comissões Eleitoraisda SADC (ECF-SADC)exortaram a ZEC para resolveralguns dos desafios queacompanharam o processoeleitoral.

Estes incluíram anecessidade de limpeza da listade eleitores, fortalecer aeducação dos eleitores para aseleições harmonizadas, egarantir a cobertura imparcialda mídia e transparência naimpressão dos boletins de voto.

De acordo com a contagemfinal dos resultados divulgadospela ZEC, A ZANU-PF ganhou160 (76 por cento) dos 210assentos electivos na AssembleiaNacional, dando-lhe mais dedois terços da maioria. O MDC-T tem 49 assentos (24 por cento).

Portanto, a ZANU PF tem amaior parte dos 60 lugaresreservados às mulheres naAssembleia Nacional, com basena proporção de votos obtidospor cada partido político naseleições locais, por província.

Este Sistema Eleitoral Mistoé semelhante ao sistemautilizado na Tanzânia e Lesotho,mas é implementado porprovíncia, com seis mulhereseleitas por província.

As Mulheres ganharam 46por cento dos assentos noSenado, usando representaçãoproporcional com base em listaspartidárias com nomes dehomens e mulheres alternados, euma mulher no topo de cadalista. sardc.net. r

Eleições na Swazilândia marcadas para Setembro

Mensagens de felicitaçõesvieram de outros líderesafricanos, incluindo osPresidentes do Malawi,Moçambique, Namíbia, Áfricado Sul, Zâmbia e RepúblicaUnida da Tanzânia, que presidea Troika da SADC sobre aCooperação Política, Defesa eSegurança.

O MDC-T, no entanto,rejeitou o resultado das eleições,alegando um processo derecenseamento eleitoraldefeituoso, fraude eleitoral eintimidação de eleitores emalgumas circunscrições rurais,dizendo que vai interpor umrecurso eleitoral através dostribunais, mas não vai participarnas estruturas governamentais.

A comissão eleitoralmultipartidária foi composta porcomissários nomeados por todosos principais partidos políticos, eos principais partidos tiveramseus agentes do partido em todasas assembleias de voto durante avotação e contagem.

E L E I Ç Õ E S

O REI Mswati III da Swazilândia anunciou que as eleiçõeslegislativas serão realizadas a 20 de Setembro.

O sistema de governo baseia-se no sistema de "Tinkhundla",que é o nome Swazi para um círculo.

Sob esse sistema, os candidatos na eleição parlamentar sãofinalistas os eleitos nas suas tribos, e um total de 55 parlamentaressão eleitos através deste processo. O Rei nomeia mais 10, elevandoo número total para 65.

Os membros do Senado de 30 assentos também são nomeados,com o rei a indicar 20, enquanto os restantes 10 são seleccionadospela Assembleia da República. O Primeiro-Ministro é nomeadopelo rei.

Em todos estes processos, a participação é por um indivíduo enão por um partido político. r

Mugabe ganha 61% nas Eleições no Zimbabwe

Partido Assembleia Nacional Senado N° de N° de N° de % de Mulheres N° de N° de % de Assentos Assentos para Assentos de na Assembleia Assentos Assentos Mulheres Reservados Mulheres Nacional para no Senado Mulheres Eleitas Mulheres

Zanu-PF 160 37 18 20.4 37 22 27.5MDC-T 49 21 7 10.4 20 12 15MDC 0 2 0 0.7 3 3 3.8Independente 1 - - - - - -Apartidários - - - - 20 - -TOTAL 210 60 25 31.5 80 37 46.3

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P A Z & S E G U R A N Ç A

de nomeação junto a JustiçaEleitoral Especial.

Ravalomanana apoiou a suaesposa, Lalao Ravalomanana,para concorrer nas próximaseleições.

A União Africana exigiu queRajoelina, Lalao Ravalomananae ao ex-Presidente DidierRatsiraka para anunciar aretirada das suas candidaturassob o risco de enfrentar sanções.Ratsiraka é um ex-presidente

O ex-presidente moçambicano,Joaquim Chissano, é o mediadorda SADC.

Embora a data exacta para aseleições presidenciais ainda estejapor ser anunciado, o CENIT disseque as votações seriam realizadasem Agosto. De acordo com as leiseleitorais de Madagáscar, se nãohouver vencedor absoluto, umasegunda volta deve ser realizada,no mínimo, um mês após aseleições. r

Crise humanitária preocupante na RDC

malgaxe deposto do poder porRavalomanana nm métodosemelhante ao utilizado porRajoelina em 2009 paraderrubar Ravalomanana.

Esta crise constitucionalafectou o desenvolvimentosocioeconómico, bem como apaz ea estabilidade emMadagáscar, onde a SADClidera os esforços de mediaçãopara tentar chegar a acordosobre uma solução duradoura.

OS LÍDERES da África Australtêm alertado para a deterioraçãoda situação humanitária no lesteda República Democrática doCongo, onde a retomada doscombates deixaram milhares depessoas desalojadas.

Num comunicado, após umaCimeira Extraordinária de seuÓrgão de Cooperação Política,Defesa e Segurança, na Áfricado Sul, a SADC apelou para aintervenção da comunidadeinternacional uma vez que asituação humanitária no leste daRDC deteriorou-se apósconfrontos entre as tropas dogoverno congolês e os rebeldesdo movimento M23.

"A Cimeira notou adeterioração da situaçãohumanitária no Leste da RDCapós os últimos confrontose pediu à comunidadeinternacional e todos osparceiros para ajudar apopulação em geral, que tem

sofrido com este conflito", disseo órgão liderado pelopresidente Jakaya Kikwete, daRepública Unida da Tanzânia,que tem uma longa fronteiracom o leste da RDC.

Outros líderes queparticiparam da Cimeira foramo presidente Jacob Zuma daÁfrica do Sul, o presidentemoçambicano, ArmandoGuebuza, e o chanceler daNamíbia, Netumbo Ndaitwah.Muitas das pessoas deslocadasno leste da RDC estão a serabrigadas nas escolas.

As Nações Unidasafirmaram que cerca de ummilhão de pessoas foramdeslocadas na província deKivu do Norte até o final deJunho.

As agências humanitáriastambém alertaram para umagrave crise alimentar naprovíncia, expressandopreocupação de que algumas

das pessoas deslocadas sãoagricultores que não podemretornar para suas casas eembarcar em actividadesagrícolas antes do inícioda época de sementeira,que começa em meados deAgosto.

A RDC deslizou naturbulência política no anopassado, quando os rebeldesanti-governo invadiram ecapturaram a cidade de Goma,causando o deslocamento depessoas e a perda de vidas ebens.

Os rebeldes desde entãoameaçaram marchar sobreKinshasa, a capital do maisvasto e rico País em minerais.

Oito outros Estados Membrosda SADC se comprometeram aenviar pessoal para serimplantado na RDC. Trata-se deAngola, Lesotho, Malawi,Maurícias, Namíbia, África doSul, Zâmbia e Zimbabwe. r

SADC apela para a calendarização de eleições no MadagáscarSADC APELOU ao Madagáscarpara desenvolver um novocalendário eleitoral que irágarantir que as eleições sejamurgentemente realizada naquelePaís do Oceano Índico.

O Órgão da SADC sobreCooperação Política, Defesa eSegurança acordou durante umaCimeira Extraordinária realizadaem Pretória, África do Sul, emJulho, que a Comissão EleitoralNacional Independente (CENIT)deve "chegar a um novocalendário eleitoral, a fim depermitir que o processo eleitoralinicie como uma questão deurgência ".

As eleições presidenciais noMadagáscar foram adiadasvárias vezes devido a umadisputa sobre quem deveconcorrer.

A nação insular tinhaprogramado para realizar suaseleições em Julho, para dar aopaís um novo começo depoisde quatro anos de criseconstitucional.

No entanto, as disputassobre os candidatospresidenciais afectou oprocesso eleitoral, e SADC jáencarregou o CENIT paraavançar com um novo roteiro,a fim de permitir que oprocesso eleitoral inicie comouma questão de urgência.

As disputas derivaram darecusa dos principais actorespolíticos em respeitar asdecisões anteriores sobre aspróximas eleições presidenciais.

Andry Rajoelina e MarcRavalomanana - os doisprincipais rivais no cenáriopolítico de Madagáscar - tinhaminicialmente acordado para nãoparticipariam nas eleiçõespresidenciais de Julho paraevitar qualquer repetição dotumulto que acompanhou ogolpe de 2009.

No entanto, os dois têmdesconsiderado os seus acordos,com Rajoelina ignorando umpedido SADC de não concorrernas próximas eleições aoapresentar os seus documentos

12 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Agosto 2013

X

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nas estruturas políticas e detomada de decisão até 2015continua a ser um grandedesafio em todos osEstados-Membros.

Esta meta foi acordadapelos líderes da UniãoAfricana. Isso levou a umadecisão dos Chefes de Estado ede Governo na Cimeira daSADC de 2005 realizada emGaborone, Botswana, aactualizar a meta original de 30por cento de representação eparticipação das mulheres napolítica e posições de tomada dedecisão contida na Declaraçãoda SADC sobre Género eDesenvolvimento de 1997.

A meta de paridade de génerode 50:50 é uma componentefundamental do Protocolo daSADC sobre Género eDesenvolvimento assinado pelosChefes de Estado e de Governona 28ª Cimeira da SADCrealizada em Joanesburgo, Áfricado Sul, a 17 de Agosto 17 de 2008.• Treze Estados Membros da

SADC assinaram o protocolo,

excepto Botswana e asMaurícias.

• Onze Estados Membros daSADC ratificaram o Protocolo:Angola, Lesotho, Malawi,Moçambique, Namíbia,Seychelles, África do Sul,Swazilândia, Tanzânia,Zâmbia e Zimbabwe.

• Por isso, o Protocolo entrouem vigor em conformidadecom o artigo 41 do Protocoloque exige dois terços dosEstados Membros da SADCdevem depositar osrespectivos instrumentos deratificação.

• Entre os signatários, só oMadagáscar que actualmenteestá suspenso, e a RepúblicaDemocrática do Congo,ainda não aderiram aoprotocolo. r

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 13

G É N E R O

O MONITOR do Género daSADC 2013 a ser lançado durantea 33ª Cimeira de Chefes de Estadoe de Governo em Lilongwe,Malawi, em Agosto, olha para osprogressos realizados pelosEstados-Membros em termos derepresentação e participação dasmulheres nos processos políticose nas estruturas de tomada dedecisão, bem como osimpedimentos para a participaçãode mulheres.

A igualdade de género estáfirmemente enraizada na agendade integração regional da SADCe os Estados-Membros apoiam oprincípio fundamental de quehomens e mulheres devem serigualmente envolvidos natomada de decisões a todos osníveis e em todas as posições deliderança.

O Monitor do Género daSADC 2013 dá especial atenção àgovernação, que é a parte 3 doProtocolo sobre Género eDesenvolvimento, e,especificamente, os artigos 12 e13 sobre a Representação eParticipação. Este instrumento éestratégico, pois vários EstadosMembros da SADC estão sepreparando para realizareleições entre 2013 e 2015.

A última edição do Monitor deGénero da SADC mostra queEstados Membros da SADC têmfeito progressos no sentido deassegurar a igualdade derepresentação de homens emulheres em cargos políticos e detomada de decisão a vários níveisdo Governo e nas três instituiçõesde Estado, que são o poderLegislativo (Parlamento),Executivo (Governo) e Judiciário(Tribunais), mas há muito por serfeito para atingir a meta deparidade de 50:50 até 2015.

Embora todos os EstadosMembros da SADC mostramavanços significativos rumo àparidade de género em algumaparte do espectro de Governo, ameta de atingir 50 por centode representação das mulheres

PROTOCOLO DA SADC SOBRE

GÉNERO EDESENVOLVIMENTO

PARTE TRÊSGOVERNAÇÃO

ARTIGO 12 REPRESENTAÇÃO1. Os Estados Partes deverão esforçar-se para que, até 2015, pelo menos 50%dos cargos decisórios nos sectorespúblico e privado sejam ocupadospor mulheres, incluindo, inter alia, ouso de medidas de acção afirmativa,tal como previsto no artigo 5°.

2. Os Estados Partes deverãoassegurar o estabelecimento de todasas medidas legislativas e outras, atodos os níveis, acompanhadas decampanhas de sensibilização públicaque demonstrem o vínculo vital entrea igual representação e participaçãode mulheres e homens em cargosdecisórios e a democracia, a boagovernação e cidadania.

ARTIGO 13 PARTICIPAÇÃO1. Os Estados Partes deverão adoptarmedidas legislativas específicas eoutras estratégias para permitir aigualdade de oportunidades parahomens e mulheres participarem emtodos os processos eleitorais,incluindo a administração daseleições e a votação.

2. Os Estados Partes deverãoassegurar a participação igual doshomens e mulheres no processo detomada de decisão estabelecendopolíticas, estratégias e programaspara:(a) reforçar a capacidade das

mulheres de participaremefectivamente através de umaliderança, formação eaconselhamento sensíveis aogénero;

(b) providenciar estruturas de apoiopara mulheres em cargos detomada de decisão;

(c) estabelecer e reforçar estruturaspara melhorar a inclusão dogénero; e

(d) mudar as atitudesdiscriminatórias, assim como aspráticas e os procedimentos dasestruturas de tomada de decisão.

3. Os Estados Partes deverãoassegurar a inclusão dos homens emtodas as actividades relativas aogénero, incluindo a formação emmatéria de género e a mobilizaçãocomunitária.

A ANTIGA vice-Presidente sul-africana, PhumzileMlambo-Ngcuka, foi nomeada pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon, como o DirectoraExecutivo da Entidade das Nações Unidas para oGénero, Igualdade e Autonomia das Mulheres,vulgarmente conhecida por ONU-Mulheres.

Ela assume o posto em Agosto, em substituiçãoMichelle Bachelet, ex-Presidente Chileno, que renunciou emMarço para concorrer ao cargo novamente."Phumzile Mlambo-Ngcuka traz para este cargo uma vastaexperiência na defesa de questões femininas com umacombinação de liderança estratégica, construção de consensose experiência de gestão ", disse Ban.

Mlambo-Ngcuka tornou-se membro do Parlamento após asprimeiras eleições democráticas na África do Sul, em 1994,tornando-se vice Ministra do Departamento do Comércio eIndústria dois anos depois e Ministra da Energia em 1999.

Ela foi nomeada vice-presidente em 2005, o mais alto cargoocupado por uma mulher na África do Sul, e permaneceu nocargo até 2008. r

Mlambo-Ngcuka assume cargoimportante na ONU

Monitor do Género da SADC2013 Lançado na Cimeira

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T E C N O L O G I A

da transmissão digital sejamapreciados pelos nossoscidadãos", disse Kaapanda.

O principal objectivo do 5°Fórum da SADC sobreMigração para a RadiodifusãoDigital foi rever aimplementação do Roteiro daSADC para a migração daradiodifusão digital aprovadoem Junho de 2009.

O fórum consideroumedidas para enfrentar osdesafios na aplicação do roteiro.

Foi discutida a questão dasnormas de radiodifusão digitaissonoras, conforme solicitadopelos Ministros da SADC nodomínio das Tecnologias deInformação e Comunicação(TIC) na sua reunião realizadaem Novembro de 2012 nas IlhasMaurícias.

Entre outras medidasintroduzidas pela SADC figurama introdução de um projecto deGabinete de Gestão de TelevisãoDigital Terrestre (PMO) noSecretariado da SADC paracoordenar o programa regional.

O PMO será uma plataformaespecial no Secretariado quese destina a ser um balcãoúnico para coordenação,acompanhamento, avaliação eelaboração de relatórios sobre aimplementação do RoteiroSADC para a migração para aradiodifusão digital para garantirque todos os Estados-Membroscumpram o prazo de migração.

O fórum também aprovouum Plano EstratégicoHarmonizado da SADC deDivisão Digital que define, entreoutras coisas, as especificaçõespara descodificadores de sinaisde baixo custo e um quadro delicenciamento digital para aregião.

A SADC está a frentede outras comunidadeseconómicas regionais africanas(CER) em termos de progressosno cumprimento do prazoglobal para a migração da

SADC na vanguarda da migração para TV digital

14 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Agosto 2013

por Talent Mbedzi

PAÍSES DA África Austral estãoa tomar medidas ousadas paraatender a uma meta regional demigração de radiodifusãoanalógica para a digital.

O prazo global definido pelaUnião Internacional dasTelecomunicações (ITU) é de 17Junho de 2015.

No entanto, os EstadosMembros da SADC têm comometa fazer a mudança dastransmissões analógicas até 31 deDezembro de 2013. Esta metadestina-se a dar aos países daregião tempo suficiente paraenfrentar os desafios iniciais quepossam surgir no processo demigração antes do prazo global.

A radiodifusão digital envolvea utilização de sinais digitais emvez de formas de onda analógicapara transmitir canais detelevisão em bandas defrequência de rádio atribuídas.

Graças à utilização dacompressão de dados, asligações digitais têm,geralmente, o uso mais eficientedo que a banda larga analógica,o que torna possível maisserviços e melhor qualidade deimagem de televisão do que eraanteriormente possível.

Falando no 5º Fórum daSADC sobre Migração para aRadiodifusão Digital realizadaem Windhoek, o Ministronamibiano da Tecnologia daInformação e Comunicações,Joel Kaapanda, pediu asemissoras regionais paraelaborar recomendações paraassegurar que a migração para aTelevisão Digital Terrestre (TDT)seja concluída a tempo.

"É, portanto, fundamentalque o Fórum da SADC sobreMigração para a RadiodifusãoDigital reveja os nossospreparativos e determine o queé necessário fazer para que aSADC cumpra o prazo egaranta, assim, que os benefícios

radiodifusão analógica para adigital.

Dois Estados Membros daSADC – Maurícias e RepúblicaUnida da Tanzânia - são osprimeiros países africanos amigrarem para o novo sistema.

As Maurícias foram oprimeiro País Africano adigitalizar totalmente televisãopara todas as regiões e ilhas em2007, após o início do seuprocesso de migração em 2005com um "lançamento suave" dosseus primeiros serviços digitais,oferecendo seis canais abertos.

Dois canais digitais foramlançados em 2008 para aceleraras compras dos consumidores detelevisores digitais. A conclusãodo processo está prevista paraDezembro de 2013.

A Tanzânia concluiu amigração, no final de 2012 eimediatamente começou umprograma escalonado paradesligar as emissões analógicasem Dezembro, um exercício queaté agora até agora englobou seisregiões no acesso aos serviços deTDT. Trata-se de Dar es Salaam,Tanga, Dodoma, Kilimanjaro,Mwanza e Arusha.

O Ministro dasComunicações, Ciência eTecnologia da Tanzânia, MakameMbarawa, disse que a próximafase do programa de

desligamento transmissãoanalógica iria começar no finaldeste ano, tendo como meta 14regiões do País.

Os principais factores desucesso para os programas demigração, tanto nas Maurícias ecomo Tanzânia incluem osambientes reguladores eficazes ea introdução de subsídios paraque os consumidores possamadquirir receptores de TDT.

O sucesso do exercício demigração digital na Tanzânia éatribuído a uma campanha eficazde sensibilização realizadaparalelamente à implementaçãodo programa. O governo daTanzânia também isentou osimpostos sobre descodificadoresde sinais.

No entanto, os desafiosencontrados pela maioria dosEstados Membros da SADCincluem a falta de financiamentopara lançar o programa demigração e padronização dosreceptores disponíveis nomercado e sua acessibilidade.

Para embarcar numamigração de TDT suave, osEstados Membros da SADCresolveram reflectir sobremodelos de financiamento queprevêem um processo eficientepara a divulgação deinformações sobre o processo demigração de TDT. r

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Eventos Agosto - Outubro de 2013

Agosto5-7, Angola Fórum de Governação da Internet da África Austral

O fórum é responsável pelo desenvolvimento de uma abordagemcoordenada e coerente para lidar com questões de governação daInternet na SADC.

14-16, Malawi Conselho de Ministros da SADCO Conselho é responsável por supervisionar e monitorar as funções eo desenvolvimento da SADC e assegurar que as políticas sejamdevidamente implementadas. O Conselho engloba Ministros dosNegócios Estrangeiros, Cooperação internacional, desenvolvimentoEconómico ou Planeamento e das finanças de cada Estado-Membro. OConselho antecede a Cimeira e prepara as recomendações políticaspara a adopção pelos líderes.

17-18, Malawi Cimeira da SADC A Cimeira de Chefes de Estado e de Governo é a principal instituiçãode políticas da SADC. A Cimeira de Lilongwe vai testemunhar a entregaoficial da presidência rotativa da SADC do Presidente ArmandoGuebuza, de Moçambique, a Presidente Joyce Banda , o Malawi.

24-29, Zâmbia/ 20ª Assembleia Geral da OMTZimbabwe A Assembleia Geral é o órgão supremo da Organização Mundial do

Turismo e o mais importante encontro de altos funcionários doturismo e representantes de alto nível do sector privado de todo omundo. As suas sessões ordinárias são realizadas a cada dois anos.Esta é a terceira vez que a Assembleia será realizada em África,organizada conjuntamente pela Zâmbia e Zimbabwe em Mosi oaTunya / Victoria Falls, para promover o turismo na SADC.

Por anunciar Fórum de Previsão Climática da África Austral Cientistas dos serviços meteorológicos nacionais dos EstadosMembros da SADC reúnem-se para rever a previsão climáticaregional. Eles vão usar indicadores de chuvas sazonais para produziruma previsão regional para a época chuvosa 2013/2014.

26, Tanzânia Seminário Regional de Abastecimento de Água e Saneamento na SADCO Programa Regional de Abastecimento de Água e Saneamento daSADC é uma componente do Plano Estratégico Regional de Acçãosobre o Planeamento, Desenvolvimento e Gestão Integrada de RecursosHídricos. O objectivo do programa é permitir que os Estados-Membrosmelhorem o abastecimento de água potável e saneamento.

Setembro2-5, África do Sul Conferência sobre Energia Solar

A conferência irá fornecer informações sobre os mecanismosfinanceiros necessários para a energia solar e oferecer soluções paraa actual escassez de energia em África bem como o desenvolvimentode infra-estruturas necessárias para suportar uma cadeia deabastecimento eficiente de energia entre os provedoresindependentes e a rede regional.

23, Nova Iorque Assembleia Geral das Nações UnidasO evento vai avaliar os progressos sobre os Objectivos deDesenvolvimento do Milénio (ODM) e outras metas dedesenvolvimento acordadas internacionalmente.

Por anunciar Fórum Político de Alto Nível (HPLF) ) É um evento sobre o Desenvolvimento Sustentável que vai decorrerem paralelo com a 68ª sessão da Assembleia Geral das NaçõesUnidas, substituindo a Comissão de Desenvolvimento Sustentável,com o objectivo de proporcionar "liderança política, orientação erecomendações para o desenvolvimento sustentável".

24-26, Zimbabwe Simpósio sobre os 50 anos da Cooperação China-África O objectivo do simpósio é partilhar perspectivas africanas sobre asrelações China-África e a experiência de desenvolvimento da China,visando acelerar o desenvolvimento e integração em África através deuma melhor compreensão da aplicação da experiência dodesenvolvimento chinês. O seminário é uma das actividades de 2013destinadas a comemorar o 50 º aniversário da OUA/União Africana. Osparticipantes são estudiosos, pesquisadores, funcionários e decisorespolíticos de países africanos e da China.

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 15

E V E N T O S

SADC TODAY Vol 15 No 5 Agosto 2013

ÁFRICA AUSTRAL HOJEÉ produzido como uma fonte de referência das

actividades e oportunidades na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, e um guião para os

responsáveis pela elaboração de políticas a todos os níveis de desenvolvimento nacional e regional.

Comunidade para o desenvolvimento da África AustralSecretariado da SADC, SADC House,

Private Bag 0095, Gaborone, BotswanaTel +267 395 1863 Fax +267 397 2848/318 1070E-mail [email protected] Website www.sadc.int

ÁFRICA AUSTRAL HOJE é publicado seis vezes por ano pelo Centro de Documentação ePesquisa para a África Austral (SARDC) para o Secretariado da SADC em Gaberone, Botswana,

como uma fonte credível de conhecimento sobre o desenvolvimento regional. Os artigospodem ser reproduzidos livremente pelos órgãos de comunicação social e outras entidades,citando devidamente a fonte.

EDITORMunetsi Madakufamba

COMITÉ EDITORIAL Joseph Ngwawi, Kizito Sikuka, Egline Tauya, Admire Ndhlovu,

Phyllis Johnson, Patience Ziramba, Shirley Pisirai, Teclar Mungwari.

CONSELHO EDITORIAL

TRADUTORBonifácio António

ÁFRICA AUSTRAL HOJE é apoiado pelo Ministério Norueguês dos Negócios Estrangeiros, emapoio ao Grupo Temático dos Parceiros Internacionais de Cooperação no Sector de Energia daSADC, que é presidido pela Noruega.

© SADC, SARDC, 2013

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COMPOSIÇÃO & MAQUETIZAÇÃO Tonely Ngwenya, Anisha Madanhi

FOTOS E ILUSTRAÇÕESP1 www.gizmag.com, www.mgwallpaper.com, africanarguments.org, P Johnson, SARDC,

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p5 www.utilities-me.com, www.kajima.co.jp; p6 www.unccd.int; p7 edition.cnn.com, planetark.org; p8 wildsidezambia.wordpress.com, www.tutwaconsulting.com;

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p13 SARDC; p14 electronics.howstuffworks.com, www.pl.all.biz; p16www.namibian.com.na, tumblr.com

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a morte de quase um milhão depessoas. Muitos membros do antigoregime do Ruanda fugirampara DRC. Uma das mais mortaisguerras na história modernaAfricana, a Segunda Guerra doCongo envolveu directamentenove países africanos, bemcomo cerca de 20 gruposarmados. Três Estados Membros da SADC -Angola, Namíbia e Zimbabwe –forneceram tropas para apoiar Kabila,enquanto o grupo regional de 15membros usou a sua influênciadiplomática para mediar e manter aAcordos de Lusaka de que o ex-presidente da Zâmbia, FrederickChiluba, foi o principal mediador. Levou vários meses de durasnegociações lideradas por Chiluba paraconseguir que as partes beligerantesassinassem um acordo de paz,popularmente conhecido como oAcordo de Lusaka, na capital zambiana,em Agosto de 1999. Os Presidentes Robert Mugabe, doZimbabwe, Sam Nujoma, da Namíbia, oMinistro das Relações Exteriores deAngola, de um lado, e Yoweri Museveni,do Uganda, e p líder do Ruanda, PasteurBizimungu, por outro lado, todosassinaram na presença de representantesda Organização da Unidade Africana, daSADC e do Mercado Comum da ÁfricaAustral e Oriental. Ao abrigo do Acordo de Lusaka, acessação das hostilidades entraria emvigor dentro de 24 horas após aassinatura do acordo de paz por todos ospartidos, incluindo os rebeldes queassinaram o acordo quase dois mesesdepois. As partes teriam de liberar osdetidos e o documento também apelavapara a adopção de um mecanismo paradesarmar as milícias e outros gruposarmados. Mas a guerra continuou, até queterminou oficialmente em Julho de 2003,quando o Governo de Transição daRepública Democrática do Congoassumiu o poder. Estas são as raízes doconflito no leste da RDC para este dia. r

ESTE MÊS assinala-se o 15 aniversárioda eclosão da Segunda Guerra doCongo, em Agosto de 1998. A pouco mais de um ano após o fimda Primeira Guerra do Congo durantea qual uma força multinacionalliderada por Laurent Kabila removeu oex-líder zairense Mobutu Sese Seko dopoder, as tensões começaram aaumentar entre Kabila e seus aliadosestrangeiros, Ruanda e Uganda. Depois de ganhar o controlo dacapital Kinshasa em Maio de 1997,Kabila enfrentou obstáculos nogoverno deste vasto país, rebaptizadoRepública Democrática do Congo(RDC). As tropas estrangeiras não estavamdispostas a partir, com a presença doRuanda, em Kinshasa a irritar muitoscongoleses que começaram a ver Kabilacomo um aliado de potênciasestrangeiras. A tensão atingiu um novo patamara 14 de Julho de 1998, quando Kabilademitiu o seu Chefe de Equipa,originário do Ruanda, James Kabarebe,e substituiu-o por um nativo do Congo,Celestin Kifwa. Duas semanas depois, ele expulsoutodas as forças militares do Ruanda edo Uganda da RDC, um processo queirritou os Banyamulengas do leste doCongo cujas tensões com os vizinhosgrupos étnicos tinha sido um factorque contribuiu para a Primeira Guerrado Congo. O grupo foi usado peloRuanda para desestabilizar o leste daRDC. A guerra civil congolesa, quetambém era conhecido como a PrimeiraGuerra Mundial da África, eclodiu a 2de Agosto de 1998, quando um grupode rebeldes bem armados, AConvenção para a DemocraciaCongolesa (RCD), surgiu e eracomposto principalmente porBanyamulengas apoiados pelo Ruandae Uganda. Muitos consideraram o conflito naRDC estava intimamente ligada avários outros conflitos na região dosGrandes Lagos. A sua génese foi oconflito Hutu-Tutsi, que resultou nogenocídio ruandês de 1994, em que asNações Unidas não conseguiram deter

DIA DOS Heróis é um feriado nacional naNamíbia, reconhecido pelas Nações Unidas comoo Dia da Namíbia e comemorado anualmente nodia 26 de Agosto, dia em que os primeiros tirosforam disparados no noroeste da Namíbia, em1966, marcando o início da luta armada delibertação que trouxe a Independência 23 anosdepois, a 21 de Março de 1990.

Em 1974, 10 anos após a Independência, naZâmbia, o Presidente Kenneth Kaunda apresentouum presente à nação para honrar os seus heróis: aestátua de um homem sem camisa ou sapatos elevantando uma mão acorrentada no ar depois dequebrar as correntes. O monumento tornou-se oponto de encontro em todos os feriados ou delembrança de que a liberdade tem uma função.

FERIADOS PÚBLICOS NA SADCAgosto-Outubro de 2013

1Agosto Dia dos Parentes RDCDança Umhlanga Reed Swazilândia

5 Agosto Dia dos Farmeiros Zâmbia 8 Agosto Dia dos camponeses Nane Nane Tanzania9 Agosto Dia Nacional das Mulheres África do Sul

Eid Ul Fitr** Malawi, Maurícias,Tanzânia

12 Agosto Dia dos Heróis Zimbabwe13 Agosto Dia das Forças de Defesa Zimbabwe 15 Agosto Dia de Assunção Madagáscar, Maurícias,

Seychelles 17 Agosto Dia da SADC* Todos26 Agosto Dia dos Heróis Namíbia

6 Setembro Dia da Independência Somhlolo Swazilândia7 Setembro Dia da Vitória Moçambique10 Setembro Ganesh Chaturthi Maurícias 17 Setembro Dia dos Heróis Nacionais Angola24 Setembro Dia do Património África do Sul 25 Setembro Dias das Forças Armadas Moçambique30 Setembro Dia do Botswana Botswana

4 Outubro Dia da Paz e Reconciliação Nacional Moçambique

4 Outubro Dia da Independência Lesotho14 Outubro Dia do Mwalimu Julius Nyerere Tanzânia15 Outubro Dia da Mãe Malawi24 Outubro Dia da Independência Zâmbia

* O Dia da SADC não é Feriado Público, mas assinala a assinatura do Tratado daSADC a 17 de Agosto de 1992** A data exacta depende da visualização da Lua Nova

H I S T Ó R I A H O J E

15 AnosA Segunda Guerra do Congo

Heróis e UnidadeNamíbia, Zâmbia

Monumento dos Heróis emWindhoek, Namíbia; e Estátua daLiberdade na capital Zambiana,Lusaka.

Um futuro comun na comunidade regional