introduÇÃo forme o crescimento familiar”. (kluwe, brito, … · 2018-12-26 · reais dos...
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INTRODUÇÃO
A habitação de interesse social está associada direta-
mente à necessidade de prover habitação urbana para os se-
tores menos favorecidos da população. Tal habitação pode
ser provida pelo setor público ou privado, para fins de venda
ou aluguel aos seus moradores (BLAY, 1985; FRANCESCA-
TO et al., 1979; LAY, 2001;LEITE, 2005; REIS, 1992)
A construção sustentável abrange aspectos socioeco-
nômicos e ambientais atendendo todas as necessidades do
presente sem causar danos as gerações futuras. Este inves-
timento reduz o nível de materiais explorados e utilizados pela
população, com isto reduzindo o impacto ambiental”. (GON-
ÇALVES, DUARTE, 2006). O objetivo do projeto apresentado
ao curso de Arquitetura e Urbanismo como requisito ao Tra-
balho Final de Graduação (TGF) é alcançar famílias carentes,
trazendo uma qualidade de vida e um lar digno de se morar,
tendo como base pessoas que ganham até três salários mí-
nimos. ” A habitação para usuários de baixa renda é tanto
quanto complexa, pois envolvem condições monetárias eco-
nômicas. O projeto então deve se adequar as necessidades
reais dos usuários e ter flexibilidade as novas expansões con-
forme o crescimento familiar”. (KLUWE, BRITO, TOLEDO,
KUSIAK, 2000). A intenção é rever as habitações existentes e
criar novos projetos e propostas sustentáveis e inovadoras
para a cidade de Birigui – SP. Este projeto funcional viabiliza
estruturas adequadas, e com baixo custo em sua execução,
aproveitando ao máximo os recursos naturais que a região
proporciona, desenvolvendo habitações de forma harmônica
entre construção e meio ambiente juntamente com o planeja-
mento urbano. “Desenvolver cidades vivas, seguras, susten-
táveis e saudáveis. “Igualmente urgente é reforçar a função
social do espaço da cidade como local de encontro que con-
tribui para os objetivos da sustentabilidade social e para uma
sociedade democrática e aberta”. (GEHL JAN,2013, pg 6).
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METODOLOGIA
Inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico
de artigos científicos, revistas, publicações em internet, possi-
bilitando assim o entendimento de conceitos e conhecimento
mais amplo sobre a presente área de trabalho. Após o levan-
tamento teórico, em um segundo momento, foi executado
uma pesquisa de campo nos bairros: Portal da Pérola e Ate-
nas em Birigui – SP, possibilitando a observação da realidade
de famílias de baixa renda.
Na terceira etapa foram elaborados mapas de gabarito
de altura, uso e ocupação do solo e vegetação. Posteriormen-
te foi executado o projeto e por fim a monografia escrita.
Cronograma de execução entre o período de 1/04/2016 a
08/12/2016:
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO (síntese das ativi-dades a serem desenvolvidas no período de 12 meses)
DESCRIÇÃO
DAS ATIVIDADES
Mês em que a atividade foi executada
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1
0
1
1
1
2
Buscas bibliográfi-
cas e virtuais
X X
Pesquisa de cam-
po
X
Montagem de ma-
pas
X
Montagem de pro-
jeto e escrita da
monografia
X X
Correção e Ajustes X
Sistematização da
pesquisa
X
Entrega do resulta-
do da pesquisa
X
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1. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
1.1 Habitação de interesse social
Habitação de Interesse Social foi criada para atender a
uma classe da população que vive em situações desumanas
e sem serviços básicos como saúde, educação, coleta de es-
goto ou tratamento de água. Sendo assim medidas foram to-
madas pelo governo onde foi criado propostas de construções
mais baratas, para que pessoas de baixa renda tivesse aces-
so a uma moradia e serviços básicos.
“A Habitação de Interesse Social surgiu devido a Revo-
lução Industrial, que provocou a migração da população rural
para os centros industriais, acarretando maior concentração
populacional ao redor das industriais configurando as chama-
das” colônias operarias. (STECHHAHN, 1990 apud Rosa,
2010). Em países subdesenvolvidos como Brasil, esse nume-
ro em anos passados batiam recordes, pois grande parte da
população não possuíam nível completo de escolaridade,
comprometendo na procura de emprego e renda familiar.
Tendo uma situação como esta, de pessoas desempregadas
ou submetidas a pequenos salários, grande parte desse pu-
blico partiram para zonas de riscos, onde ali começaram a
implantar suas habitações conhecidas como “barracos”, na
busca pela sobrevivência. Segundo a arquiteta Neli Shimizu
produzir habitação não é só produzir habitação mais sim ur-
banidade. Políticas publicas desenvolveram medidas em 2009
que reduzisse essas morarias irregulares em áreas de riscos.
Porém as habitações sociais são implantadas em zonas peri-
ferias, longe de qualquer recurso de qualidade que o municí-
pio pode oferecer como: saúde, cultura, mobilidade, educa-
ção e lazer. Assim o valor de imóvel e terreno são bem a bai-
xo de mercado tendo pouco investimento do setor publico e
privado. A falta de uma boa infraestrutura urbana faz que os
locais acabam se tornando propícios a vandalismo, trafego
de drogas e criminalidade
. “HABITAÇÃO SOCIAL não é um pro-
blema construtivo nem um problema de quanti-
dade, a questão é como construímos a cidade,
pois entendemos a âmbito urbano como principal
fator que determina a qualidade do habitar. “A
habitação deve sempre estar diretamente ligada
á estrutura da cidade como um todo, legível e
indissolúvel seja ela urbano ou suburbano”.
(HECTOR VIGLIECCA).
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1.2 Programa minha casa minha vida (MCMV)
Criado no ano de 2009 pelo governo federal. O Pro-
grama Minha Casa Minha Vida teve como o objetivo facilitar
as pessoas de baixa renda a terem o direito de uma casa
própria. Além de tirar da pobreza extrema milhões de brasilei-
ros o programa encontrou uma maneira de gerar emprego
direto através da construção civil, comercio e indústrias na-
cionais. A medida foi tomada, por conta do grande numero de
pessoas que viviam em áreas defasadas de serviços básicos,
colocando o país nas primeiras posições no quesito de desi-
gualdade social e pobreza. O projeto que envolve a Secretaria
Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, tem se vol-
tado para famílias que possui uma renda mensal bruta de R$
1.800,00. O programa divide em 4 categorias de habitação.
Sendo elas a faixa 1 para habitações de até 58 m² com renda
familiar bruta de R$ 1.800,00, Faixa 1.5 com renda bruta de
até R$ 2.350,00 oferecendo subsídios de até R$ 45.000,00 e
para financiamentos de imóveis o valor pode ser até R$
135.000,00. O faixa 2 atende a uma renda bruta de R$
2.351,00 até 3.600,00 e por ultimo o faixa 3 que atende a uma
renda acima de R$ 3.600,00 e até R$ 6.500,00.
Figura 01 - Conjunto Habitacional Portal da Perola - faixa 1
Fonte: Elaborado pelo autor.
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2. RECORTE ESPACIAL E HISTÓRIA DO MUNI-
CÍPIO
Figura 01 - Município de Birigui inserido no estado de São
Paulo
Fonte: Fabio Procópio, 2010
Birigui localizado na região noroeste do estado de São
Paulo. Tem sua economia voltada ao calçado infantil, empre-
gando pessoas não só do município, mas de toda região. Sua
população atinge 118.352 habitantes segundo os dados do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2015.
Hoje a cidade é reconhecida internacionalmente como capital
do calçado infantil tendo uma grande aceitação no comercio
exterior. Estando entre as dez melhores administrações polí-
tica do Brasil, o município tem um índice de crescimento signi-
ficativo durante o decorrer dos anos. Saltou de 108.728 habi-
tantes no ano de 2010 para 118.352 habitantes no ano de
2016. Apesar de possuir grandes números de indústrias de
calçado, o município possui boa parte de sua população com
renda de até dois salários mínimos segundo o IBGE. A falta
de grandes empresas em diversos setores faz com que o mu-
nicípio fique estacionado economicamente prejudicando a
renda per capita da população que gira em torno das indús-
trias calçadistas. Em tempos passados, quando a cidade foi
criada no século XX no ano de 1911 por Nicolau da Silva Nu-
nes o setor predominante do município era a cafeicultura on-
de se destacava no estado de São Paulo, ficando apenas a-
trás de Lins e Pirajuí. O nome foi mantido por Nicolau por con-
ta dos índios caingangues que batizaram a região pela grande
quantidade de mosquitos denominados Birigui.
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Segundo fonte de pesquisa a historia começou quando
Nicolau da Silva Nunes veio para o interior Paulista na cidade
de Bauru e Araçatuba por conhecimento de manchetes de
jornais. Chegando ao município de Araçatuba recebeu a cha-
ve das locomotivas e mais quatrocentos alqueires de terra
para que pudesse implantar o começo de uma nova cidade.
Logo passado alguns meses, famílias e moradores da região
começaram a comprar seus terrenos para trabalhar nas la-
vouras de café iniciando assim um pequeno município.
Figura 02 - Primeiros moradores da cidade
Fonte: Acervo Histórico de Birigui – Digital
Figura 03 - Município de Birigui (1930).
Fonte: Acervo Histórico de Birigui - Digital
Figura 04 – Inicio do centro da cidade
Fonte: Portal Noroeste SP, 2011
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3. MAPAS 3. 1 Gabarito de altura
Fonte: Prefeitura Municipal de Birigui modificado pelo autor
Fonte: Elaborado pelo autor
Buscando informações do entorno do terreno para
uma melhor analise de como elaborar o projeto. Foi observa-
do que sua área ao redor possui poucas construções com
altura acima de dois pavimentos. Grande parte possui planta
de um pavimento como casas, onde pode ser visto nas áreas
verdes do gráfico representado acima. Nos lotes composto
pela cor amarronzado é predominante construções acima de
dois pavimentos pois se trata de uma região industrial. Tendo
esses diagnósticos pode-se chegar a conclusão que o projeto
respeitara o gabarito de altura do entorno.
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3.2 Mapas de cheios e vazios
Fonte: Prefeitura Municipal de Birigui modificado pelo autor
Fonte: Elaborado pelo autor
O entorno do projeto possui amplas áreas com po-
tencial construtivo, chamando atenção para novos
investimentos em diversos setores para a região,
contribuindo futuramente para o local de desenvolvi-
mento do trabalho.
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3.3 Uso e ocupação do solo
Fonte: Prefeitura Municipal de Birigui modificado pelo autor
Fonte: Elaborado pelo autor
Possibilitando criar novos projetos urbanísticos o local não-
possui infraestrutura básica como áreas institucionais, lazer e
saúde para atender os moradores daquela região. Com o es-
tudo feito através dos mapas pode reforçar a proposta de lo-
teamentos destinados a serviços, para atender da melhor
maneira a população daquela região
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3. 4 Vegetação
Fonte: Prefeitura Municipal de Birigui, modificado pelo autor.
A área de implantação do projeto possui pouca vegetação
densa, pois grande parte de seu terreno é composto de pasto
e plantações de grãos. Com isso contribui para uma melhor
elaboração de ruas, avenidas e lotes
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4. PROPOSTA DE ARBORIZAÇÃO PARA CALÇADAS, CANTEIROS E PRAÇAS.
Tabela 1 – Espécies destinada a avenidas e praças.
DESCRIÇÃO IMAGEM
IPÊ AMARELO (Tabebuia Alba)
Nome Cientifico: Tabebuia Alba
Altura: 25 metros
Categoria: Árvore
Clima: Tropical Seco
Origem: Brasil - típica dos cerrados
Luminosidade: Sol pleno
Local para plantio: Avenidas e praças
DESCRIÇÃO IMAGEM
PAU FERRO (Caesalpinia ferrea)
Nome Cientifico: Caesalpinia ferrea
Altura: 12 a 26 metros
Categoria: Árvore
Clima: Tropical
Origem: Brasil – Mata Atlântica
Luminosidade: Sol pleno
Local para plantio: Avenidas e praças
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DESCRIÇÃO IMAGEM
IPÊ ROSA (Handroanthus heptaphyllus)
Nome Cientifico: Handroanthus heptaphyllus
Altura: 30 metros
Categoria: Árvore
Clima: Subtropical
Origem: México e Norte da Argentina
Luminosidade: Sol pleno
Local para plantio: Calçadas
DESCRIÇÃO IMAGEM
JACARANDÁ ( Jacaranda mimosifolia)
Nome Cientifico: Jacaranda mimosifolia
Altura: Acima de 12 metros
Categoria: Árvore
Clima: Subtropical
Origem: Argentina - Bolívia
Luminosidade: Sol pleno
Local para plantio: Calçadas e avenidas
Tabela 2 – Espécies destinadas a calçadas e avenidas.
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DESCRIÇÃO IMAGEM
IPÊ BRANCO - (Bignonia roseo-alba)
Nome Cientifico: Bignonia roseo-alba
Altura: 7 a 12 metros
Categoria: Árvore
Clima: Tropical seco
Origem: Brasil - Cerrado
Luminosidade: Sol pleno
Local para plantio: Calçadas e praças
DESCRIÇÃO IMAGEM
OITI – (Licania tomentosa)
Nome Cientifico: Licania tomentosa
Altura: 12 metros
Categoria: Árvore
Clima: Equatorial
Origem: Brasil – Mata Atlântica
Luminosidade: Sol pleno
Local para plantio: Calçadas e praças
Tabela 3 – Espécies destinadas à calçada e praças.
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4.1 Conclusão
A pesquisa realizada sobre vegetação tem embasa-
mento nas questões sensórias que cada arvore pode trazer
para as pessoas. Foi pesquisado a fundo sobre altura, díme-
tro e crescimento de raízes para que o projeto de urbanismo e
arborização tivesse resultados satisfatórios nos quesitos de
segurança ao morador, conforto térmico e sombreamento.
Sendo assim chegou-se a conclusão que além de proverem
sombra para o local, cada espécie terá sua época de floração
em meses diferentes para que assim a rua seja um convite
para os moradores locais passarem tempo com seus amigos
e familiares.
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5. ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO
Figura 01 - Área para implantação do projeto
Fonte: Google Earth, 2015
O terreno de implantação do projeto está locali-
zado em um dos espaços do município que mais cresce com
o decorrer dos anos. Com grande potencial econômico e valo-
rização da área, o local hoje possui vias coletoras que dão
acesso rápido ao centro da cidade e rodovias como Marechal
Rondon, Gabriel Melhado e Teotônio Villela que dão acesso
para os municípios da região. Nos arredores podem
Figura 02 - Vista aérea do terreno
Fonte: Elaborada pelo Autor
encontrar-se dois condomínios de alto padrão, bairros indus-
triais e residenciais que contribui para a valorização do local
onde será realizado o projeto. O local de escolha foi pensan-
do para contribuir aos moradores que necessitam atravessar
todo o município para trabalharem nas imediações. Favore-
cendo assim a locomoção desse público até o trabalho ame-
nizando o transporte publico.
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6. PROPOSTA DE URBANISMO
Verificando a situação atual nos conjuntos habi-
tacionais do município e partindo para pesquisa de campo e
recolhendo informações de como desenvolver um ambiente
agradável a população carente. Chegou – se a conclusão
que seria necessário não apenas uma habitação funcional e
esteticamente bonita. Mas trabalhar em questões de planeja-
mento urbano para que o bairro possa ser uma área segura,
como grande parte dos moradores deseja. Segundo o arquite-
to Jan Gehl as pessoas tem que se sentir parte da cidade e
não apenas inseridas em um determinado local. Utilizar as
ruas como ponto de encontro e bate papo faz com que a po-
pulação tenha maior participação no meio urbano e na própria
comunidade em questões sociais, econômicas, culturais e
ambientais. Com isso o projeto contara com ruas bem arbori-
zadas, calçadas amplas para passeio, parques e áreas de
lazer próximo aos conjuntos habitacionais para que seja um
lugar atrativo aos moradores e seguro para jovens e crianças
que utilizara o local. O intuito é resolver soluções básicas de
planejamento que muitas vezes deixa a desejar pelo setor
publico, ocasionando um ambiente monotomo e sem vida. No
mapa seguinte nota - se na faixa laranja as regiões de onde
possui habitações da CDHU e de baixa renda. O intuito é de
amenizar toda a região Leste do município de Birigui e im-
plantar novas habitações na região Oeste da cidade onde es-
ta em grande expansão. Trazendo aos moradores uma maior
participação das atividades da cidade.
Figura 01 – Mapeamento dos conjuntos habitacionais e de
baixa renda
Fonte: Prefeitura Municipal de Birigui modificado pelo autor
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6.1 Proposta arquitetônica
A proposta de projeto foi realizada a partir dos princí-
pios básicos como: a funcionalidade, durabilidade, estética,
conforto térmico, sustentabilidade e baixo custo. O partido
arquitetônico surgiu da forma simples e funcional. Trazendo
elementos retangulares onde passa a sensação de solides. O
projeto atenderá dois blocos retangulares, onde destinou o
primeiro pavimento para área social e de serviço, sendo com-
posto por sala, cozinha e lavanderia.
O segundo pavimento para área intima sendo dois
quartos e um banheiro. Para habitações acessíveis o pavi-
mento um, contará com sala, cozinha, banheiro e quarto.
Buscando atender as necessidades de pessoas com algum
tipo de deficiência física. O uso de janelas de vidro nas late-
rais e frontal do bloco 1 faz com que seja reduzido o uso de
energia elétrica, pois com isso pode utilizar a luz natural em
boa parte do dia prolongando nos dias de horário de verão. A
utilização de blocos de concreto permite um bom tratamento
acústico e térmico, além de possuir agilidade na construção e
baixo custo. A forma em “ L” como foi pensado o projeto bus-
cou atender as necessidades futuras das famílias.
6.2 O programa e o dimensionamento
O projeto desenvolve-se, inicialmente, em um único
padrão de loteamento. Sendo assim o projeto será implantado
num lote de 10,00 x 20,00 m², tendo como 50,00 m² para área
de fundo, 74,80 m² para áreas permeáveis e 20,00 m² para
área de ampliação. A planta nível térreo será composta por
sala e cozinha integrada, possuindo uma forma de bloco re-
tangular com medidas de 3,95 x 6,95 totalizando 27,45 m²,
visando uma maior organização de mobiliário. No nível supe-
rior compõem-se de dois quartos e um banheiro coletivo pos-
suindo medidas totais de 30,00 m². A setorização distribui
uma forma tradicional sendo área de convívio, intimo e servi-
ço. O projeto foi pensando para se adequar ao crescimento
familiar, possibilitando a construção de banheiros, quartos ou
áreas comerciais.
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7. REFERÊNCIA PARA ARBORIZAÇÃO
Figura 01 – Arborização de ruas em Curitiba
Fonte: Prefeitura de Curitiba, 2013.
Figura 02 – Calçadas amplas e arborizadas
Fonte: Blog Pensamento Verde, 2015.
Possuindo um clima tropical seco, Birigui consta em
boa parte do ano, sol e calor intenso chegando a temperatu-
ras acima de 34°C. Pensando no bem estar de uma socieda-
de que fica exposta ao sol forte. Foi realizado um estudo para
melhorar a qualidade do local de projeto no quesito de confor-
to térmico e arborização. A cidade possui seu código de obras
relacionado ao plantio de arvores, porém é pouco cobrado
pelos órgãos competentes. Visto então a cidade Curitiba que
é referência em planejamento urbano, questões ambientais e
possuindo a 5° posição das cidades mais arborizadas do Bra-
sil. A ideia é trazer para o projeto calçadas verdes e bem ar-
borizadas, para que os moradores locais e sociedade como
um todo, possa usufruir de um clima e local agradável. Além
de conduzir a população a consciência ecológica e o impacto
positivo que isso pode trazer a região.
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7.1 Referências de habitações sociais.
Figura 01 – Casas expansíveis – Iquique Chile
Fonte: Arco Web, 2016.
Arquiteto chileno Alejandro Aravena conhecido interna-
cionalmente por seus projetos arquitetônicos voltados a habi-
tação social. Foi destaque neste ano de 2016 pelo maior pre-
mio da arquitetura chamado Pritzker. Alejandro usa em seus
projetos elementos simples, barato e com um conceito fantás-
tico. Seus projetos são criados para se modificar a rotina dos
moradores.
Figura 02 – Projeto habitacional Iquique Chile
Fonte: Arkitetonix, 2016
31
Figura 03 – Projeto Dona Dalva
Fonte: Terra e Tuma, 2015.
O projeto foi contemplado como um dos melhores projetos
habitacionais com um baixo custo. Mostrando a verdade dos
materiais como bloco de concreto, tubulação aparente o ar-
quiteto conseguiu diminuir gastos que teria com revestimentos
tubulações embutidas prejudicando o orçamento que a apo-
sentada Dalva tinha guardado durante 30 anos de sua vida.
Figura 04 – Planta baixa
Fonte: Terra e Tuma, 2015.
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Figura 05 - Bairro Vouban Alemanha referência em sustenta-
bilidade
Fonte: Site Catraca Livre
O bairro Vauban na Alemanha foi criado para base do
exército alemão durante a guerra mundial, mas tornou-se
bairro residencial por medidas do governo para abrigar famí-
lias com poder aquisitivo menor. Sendo modernizado para
abrigar essas famílias o bairro conta com recursos tecnológi-
cos para contribuir para uma arquitetura sustentável. As insta-
lações de painéis solares nos telhados faz com que o peque-
no bairro torna – se uma micro usina de energia elétrica e for-
neça não somente para os moradores locais mas para res-
tante do município.
As fachadas foram utilizadas aberturas com vidro, jus-
tamente para receber a iluminação natural nas épocas de in-
verno e projetado ângulos no telhado para que no verão pos-
sa impedir o calor excedente. Transferindo os conhecimentos
adquiridos para o projeto habitacional de Birigui. O objetivo é
criar bairros ecológicos buscando implantar soluções para
melhoria do ambiente. Trazendo a natureza para mais perto
do projeto.
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8. PROJETO
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36
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9. PROPOSTA DE PAISAGISMO
IMAGEM DESCRIÇÃO
AZÁLEA - As flores são variadas e
coloridas: brancas, arroxeadas, ró-
seas, simples ou dobradas e surgem
no outono-inverno, durando até a
primavera. Elas chegam a uma altura
de 1 a 2 metros.
IMAGEM DESCRIÇÃO
MOREIA BRANCA – Composta de
bastante folhagens pontiagudas. A
moreia pode ser plantada em cantei-
ros, chegando a uma altura máxima
de 40 cm.
IMAGEM DESCRIÇÃO
CICA - Utilizada em paisagismo a
cica é uma opção barata para gran-
des ou pequenos jardins pois seu
crescimento é de aproximadamente 4
cm por ano. Podendo ser plantada
em locais com sol pleno.
IMAGEM DESCRIÇÃO
ESPADA DE SÃO JORGE - Utilizada
como forração, a espada de são Jor-
ge pode ser plantada em sol pleno ou
meia sombra, tendo sua altura máxi-
ma de 0.90 cm.
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10. MATERIAIS UTILIZADOS PARA HABITAÇÃO
Atentando aos critérios de baixo custo no orçamento
estabelecido pelo governo federal no programa Minha Casa
Minha Vida, foi realizado uma pesquisa de produtos disponí-
veis no mercado da construção civil, para se enquadrar ao
tipo de projeto proposto para habitação social. Tendo visto
custo e durabilidade foi feito um orçamento para notificar se
seria viável o prosseguimento do projeto.
10.1 Materiais, revestimento e cerâmicas
IMAGEM DEFINIÇÕES
BLOCO DE CONCRETO: são
elementos de grande aceitação
na atualidade no mercado da
construção civil, pois além de
possuírem baixo custo, possui
agilidade na hora da construção.
IMAGEM DEFINIÇÕES
GRANILITE: Por serem práticos
na instalação. O granilite pode
ser substituído por pisos e porce-
lanatos tendo uma grande dura-
ção e baixo custo.
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IMAGEM DEFINIÇÕES
PLACA SOLAR: Tendo uma vida
útil de aproximadamente 25 anos a
placa solar é uma vantagem nas
habitações por diminuir o gasto com
energia elétrica em chuveiros
IMAGEM DEFINIÇÕES
TELHA DE ZINCO: Possui uma
alta durabilidade e uma baixa manu-
tenção. Alem de ter uma vida útil
econômica a telha de zinco não a-
cumula umidade evitando goteiras
IMAGEM DEFINIÇÕES
GESSO: Por ser um material barato
no mercado da construção civil o
gesso pode ser utilizado em todo
ambiente interno por possuir boas
propriedades térmicas e acústicas
IMAGEM DEFINIÇÕES
JANELAS: As esquadrias de alu-
mínio são de grande aceitação em
projetos pois possuem durabilidade,
variedade, isolamento acústico, iso-
lamento térmico e design .
IMAGEM DEFINIÇÕES
PORTAS: A madeira solida ira compor
o projeto na área interna, por possuir
uma durabilidade maior em áreas secas
e menor movimentação durantes dife-
rentes estações do ano como épocas
secas e úmidas.
IMAGEM DEFINIÇÕES
CAIXA D’AGUA: A caixa d’água
será terá capacidade de 800 li-
tros para atender os 4 moradores
iniciais. Atendendo em torno de
200 litros para cada pessoa.
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IMAGEM DEFINIÇÕES
VASO SANITARIO: O vaso com caixa
acoplada é mais vantajoso, pois existe
uma economia de água, por conta do
fluxo ser limitado, não desperdiçando
assim um grande volume de água.
IMAGEM DEFINIÇÕES
LAMPADAS: Por ser uma lâmpada
mais cara, o Led pode ter uma economia
de 95% no consumo de energia elétrica
comparado com as convencionais, po-
dendo ter uma vida útil de 20 a 50 mil
horas.
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11. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tema apresentado ao curso de Arquitetura e Urba-
nismo como requisito ao Trabalho Final de Graduação (TGF)
buscou atender a soluções básicas de moradias populares,
promovendo um novo conceito sobre habitação através de
sua forma e seu planejamento urbano. O tema proposto teve
com uma linha de pensamento a igualdade social com uma
classe considerada “menos” favorecida. A ideia foi de trazer
dignidade e qualidade de vida aos moradores que sofrem o
preconceito todos os dias por suas condições financeiras, in-
telectuais, físicas ou até mesmo por bairros onde moram.
42
12. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
(KLUWE, BRITO, TOLEDO, KUSIAK, 2000). ESTUDO DE PROTEÇÃO
DE FACHADAS EM DIFERENTES ORIENTAÇÕES PARA PROTÓTIPO
HABITACIONAL SUSTENTÁVEL Entac 2010,XIII NACIONAL DE TEC-
NOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO. Disponível em
http://www.infohab.org.br/entac2014/2010/arquivos/535.pdf< acesso :
20/09/2016
(GONÇALVES, DUARTE, 2006). ARQUITETURA SUSTENTAVEL:
UMA INTEGRAÇÃO ENTRE AMBIENTE, PROJETO E TECNO-
LOGIA EM EXPERIÊNCIAS DE PESQUISA, PRATICA E ENSINO.
2006, Joana Carla Soares Gonçalves, Denise Helena Silva Duarte
Disponível > file:///C:/Users/bahia/Downloads/3720-12538-1-
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(BLAY, 1985; FRANCESCATO et al., 1979; LAY,
2001;LEITE, 2005; REIS, 1992) O PROJETO DA HABITAÇÃO DE INTE-
RESSE SOCIAL E A SUSTENTABILIDADE SOCIAL, 2010 Antônio Tarcísio
da Luz Reis Maria Cristina Dias Lay Disponivel em>
http://www.scielo.br/pdf/ac/v10n3/a07.pdf< Acesso: 15/05/2016
(STECHHAHN, 1990 apud Rosa, 2010). HABITAÇÃO
DE INTERESSE SOCIAL: ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS
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veira: Disponível: > file:///C:/Users/bahia/Downloads/861-10188-1-
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GEHL JAN, Cidades para pessoas. 2 ed, PERSPECTIVA,
Nacional, 2014.
43
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eresse_social
http://www.sempretops.com/casa/calcadas-verdes/
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http://infohabitar.blogspot.com.br/2007_08_01_archive.html
http://www.brasilpost.com.br/2015/04/20/naparuj-thorsten-
metro_n_7104772.html?ncid=affiliatebrhpmg00000001
http://www.google.com.br
http://brasilarquitetura.com/projetos
http://www.archdaily.com.br
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