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Pós-Graduação em Direito do Consumidor – Introdução ao Código de Defesa do Consumidor 1 PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 12

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Pós-Graduação em Direito do Consumidor – Introdução ao Código

de Defesa do Consumidor

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

AULA 12

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Artigo 13 do Código de Defesa do Consumidor

“O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior,

quando:”

Responsabilidade do comerciante: A responsabilidade do comerciante, nos

acidentes de consumo, é meramente subsidiária, pois os obrigados principais

são aqueles enumerados no artigo 12 do CDC

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Obedecendo à clareza da dicção normativa do “caput” do artigo 13

do CDC, a 4ª Turma do STJ acolheu ação indenizatória por danos

materiais e morais proposta contra a concessionária e não contra a

montadora, em razões de defeitos apresentados pelo veículo.

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O julgado sustenta a legitimidade passiva da concessionária, pela

peculiaridade da comercialização que pratica e porque a ação foi

intentada também com base no art. 18 do CDC. Sustentou, ainda, que,

“não requerida a denunciação da lide pela ré, no momento próprio, não

cabe anular o processo depois de julgado pelas instâncias ordinárias para

permitir a intervenção do fabricante do automóvel” (Recurso Especial n.

286.202/RJ; Recurso Especial n. 2000/0114868-0, rel. min. Ruy Rosado de

Aguiar)

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II - Não se confunde, para fins de verificação da decadência e

prescrição no Código do Consumidor, fato do produto com o vício do

produto. A ação de indenização por fato do produto prescreve em cinco

anos (arts. 12 e 27 do CPC), não se aplicando à hipótese as disposições

sobre vício do produto (arts. 18, 20 e 26 do CDC). Precedentes do STJ;

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CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. Automóvel. Denunciação da lide. Concessionária.

Legitimidade passiva. Decadência. Dano moral. - Não requerida a denunciação da lide pela ré, no

momento próprio, não cabe anular o processo depois de julgado pelas instâncias ordinárias

apenas para permitir a intervenção da fabricante do automóvel. - Legitimidade passiva da

concessionária, pela peculiaridade da comercialização que pratica e porque a ação foi intentada

também com base no art. 18 do CDC. - Decadência não reconhecida pelas instâncias ordinárias

em razão das diversas tentativas do comprador, junto à fábrica e suas concessionárias, para sanar

os defeitos apresentados pelo veículo. - Valor da indenização do dano moral reduzido para 20

s.m., fixado em razão das circunstâncias do caso. Recurso não conhecido. (REsp 286.202/RJ, Rel.

Ministro RUY ROSADO DE AGUIAR, QUARTA TURMA, julgado em 28/06/2001, DJ 19/11/2001, p.

281)

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Artigo 13, incisos I a III, do CDC:

I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser

identificados;

II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor,

construtor ou importador;

III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis.

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Direito do consumidor. Recurso especial. Ação de indenização por danos morais e materiais. Consumo

de produto colocado em circulação quando seu prazo de validade já havia transcorrido. "Arrozina

Tradicional" vencida que foi consumida por bebês que tinham apenas três meses de vida, causando-lhes

gastroenterite aguda. Vício de segurança. Responsabilidade do fabricante. Possibilidade. Comerciante que não

pode ser tido como terceiro estranho à relação de consumo. Não configuração de culpa exclusiva de terceiro. -

Produto alimentício destinado especificamente para bebês exposto em gôndola de supermercado, com o prazo

de validade vencido, que coloca em risco a saúde de bebês com apenas três meses de vida, causando-lhe

gastroenterite aguda, enseja a responsabilização por fato do produto, ante a existência de vício de segurança

previsto no art. 12 do CDC. - O comerciante e o fabricante estão inseridos no âmbito da cadeia de produção e

distribuição, razão pela qual não podem ser tidos como terceiros estranhos à relação de consumo. - A eventual

configuração da culpa do comerciante que coloca à venda produto com prazo de validade vencido não tem o

condão de afastar o direito de o consumidor propor ação de reparação pelos danos resultantes da ingestão da

mercadoria estragada em face do fabricante. Recurso especial não provido. (REsp 980.860/SP, Rel. Ministra

NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 23/04/2009, DJe 02/06/2009)

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O comerciante pode ser responsabilizado como “terceiro” quando ficar

demonstrada a exclusividade da sua culpa no evento danoso, nos

termos do inciso III, do artigo 13, do CDC.

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DIREITO DE REGRESSO - Art. 13, parágrafo único, do CDC

Poderá ser exercido no mesmos autos da ação de responsabilidade ou

em processo autônomo.

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DAS PRÁTICAS COMERCIAIS – Artigo 29 do Código de

Defesa do Consumidor

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1. Conceito de práticas comerciais

• As práticas comerciais referem-se à comercialização e não produção

dos serviços e produtos.

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ATENÇÃO

• Os bens de consumo têm duas fases bem distintas:produção e comercialização.

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• As práticas comerciais envolvem o “marketing”, a cobrança dedívidas dos consumidores, a pré-venda, o pós-venda etc.

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Marketing e o Consumidor

• Práticas comerciais (gênero)

• Marketing (espécie) - Não é o único incentivador da circulação de

bens no mercado, mas é o “principal”.

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Conceito de Marketing

• Entende-se por marketing todas as medidas que se destinam a

promover a comercialização de produtos, serviços e outras coisas

de valor. (Ulf Bernitz)

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• Marketing e publicidade têm conceitos diferentes.

• Publicidade e proteção e as promoções de venda.

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CDC e o Marketing

• Marketing (aspecto pré-contratual): preenchido certos requisitos é

conferido ao efeito vinculante.

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• O marketing projeta-se na própria estrutura interior do contrato,

sobrepondo-se a cláusula que se proponham a negar, direta ou

indiretamente, sua força vinculante.

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• O marketing acarreta o direito de indenizar, na hipótese de dano ao consumidor.

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Artigo 29 do CC

• Para fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aosconsumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas àspráticas nele previstas.

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ATENÇÃO

• Oferta abrange não apenas as técnicas de indução pessoal, como

ainda outras mais coletivas e difusas, entre as quais estão as

promoções de vendas e a própria publicidade.

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OFERTA

• Artigo 30 do CDC

“Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculadapor qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtose serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que afizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a sercelebrado.”

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• “Toda publicidade veicula alguma (algum tipo de) informação,

mas nem toda informação é publicidade.” (Rizzatto Nunes)

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• “Se a proposta publicitária obriga o proponente, o contrato quedela se originar deverá ser lavrado, seguindo estritamente osseus termos.” (Thereza Alvim)

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor - Módulo I - Introdução ao Código de

Defesa do Consumidor

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Artigo 22 do Código de Defesa do Consumidor

Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias,permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados afornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais,contínuos.

Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigaçõesreferidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e areparar os danos causados, na forma prevista neste código.

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• O art. 3º do CDC inclui como fornecedor a pessoa jurídica pública e, via deconsequência, todos aqueles que em nome dela – direta ou indiretamente –prestam serviços públicos.

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Serviços essenciais

• Água e esgoto

• Telefonia

• Saúde

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• Interrupção do fornecimento de energia elétrica

• Eletrodomésticos danificados em razão de sobrecarga elétrica

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Empresa X Companhia de Energia Elétrica

• Inaplicável ao presente caso as regras do Código de Defesa do Consumidor, poiso autor não figura como destinatário final dos produtos e serviços fornecidospela ré, mas os utiliza como meio para sua atividade empresarial. (O caso deveser analisado sob os ditames do Código Civil)

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• A 31ª Câmara da Sessão de Direito Privado julgou Recurso de Apelação n.1000673-53.2005.8.26.0356 no qual figuram como apelante ELEKTROELETRICIDADE E SERVIÇOS S/A e apelado ROCATH PÃES & MASSAS LTDA EPP, cujadecisão condenou a concessionária de energia elétrica a pagar à empresa lucroscessantes, além dos danos materiais e morais.

• Teoria finalista: é possível reconhecer a relação de consumo entre duas pessoasjurídicas quando a parte consumidora do produto ou serviço encontrar-se emposição de vulnerabilidade. REsp 476.428/SC - Rel. Minª NANCY ANDRIGHI - 3ª T- J. em 19/04/2005 - DJ 09/05/2005 p. 390.

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• É importante salientar que o prestador de serviço público dedireito privado (concessionária de serviços públicos) respondepelos danos causados aos seus usuários, nos termos do artigo37, § 6º, da Constituição Federal, artigo 34 e artigo 14 doCódigo de Defesa do Consumidor.

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Artigo 37, § 6º, da Constituição Federal

• As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras deserviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável noscasos de dolo ou culpa.

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Artigo 43 do Código Civil

• As pessoas jurídicas de direito público interno sãocivilmente responsáveis por atos dos seus agentes quenessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvadodireito regressivo contra os causadores do dano, se houver,por parte destes, culpa ou dolo.

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• Princípio da Eficiência

• O serviço público tem de ser realmente eficiente e cumprirsua finalidade na realidade concreta.

• A Administração Pública, em todos os seus setores, deveconcretizar atividade administrativa predisposta à extraçãodo maior número possível de efeitos positivos aoadministrado.

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