introduÇÃo trabalho epidemio

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INTRODUÇÃO: A voz exprime sentimentos do ser humano. É através dela que as pessoas demonstram suas alegrias, seus temores, suas ambições e suas angústias. A voz funciona como a identidade do indivíduo. Assim como a impressão digital, ela serve para reconhecimento em diversos sistemas. Algumas pessoas utilizam a voz como instrumento de trabalho. Da mesma forma que as pernas para o jogador de futebol, os olhos para o atirador de elite e os dedos para o relojoeiro, as pregas vocais são essenciais para o professor. Devido ao uso excessivo, muitas vezes sem orientação devida, ambientes de trabalho inadequado com ruído excessivo, carga horária de trabalho maior que 40 horas semanais, e por consequência a voz do professor frequentemente sofre diversas alterações vocais, gerando incapacidades a nível funcional, econômico e emocional. Os professores são profissionais cujo instrumento de trabalho é a voz e por esta razão estão em maior risco de desenvolver distúrbios vocais. Distúrbio vocal ou disfonia, por sua vez, representa qualquer dificuldade na emissão vocal que impeça a produção natural da voz. Essa dificuldade pode se manifestar por meio de uma série de alterações como: esforço à emissão da voz, dificuldade em manter a voz, cansaço ao falar, variações na frequência habitual, rouquidão, falta de volume e projeção, perda da eficiência vocal e pouca resistência ao falar. Apesar de estar claro que a atividade de ensino aumenta o risco de problemas vocais, os fatores de risco específicos para o desenvolvimento de disfonia entre professores ainda não estão definidos. O interesse que este assunto desperta, inclusive sob o ponto de vista de Saúde Pública, A disfonia é, na verdade, apenas um sintoma presente em vários e diferentes distúrbios, ora se manifestando como sintoma secundário, ora como principal. A profissão docente requer o uso da comunicação oral como em um dos principais mediadores do conhecimento e os distúrbios vocais comprometem a efetividade de sua função.

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INTRODUÇÃO Trabalho Epidemio

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Page 1: INTRODUÇÃO Trabalho Epidemio

INTRODUÇÃO:

A voz exprime sentimentos do ser humano. É através dela que as pessoas demonstram suas alegrias, seus temores, suas ambições e suas angústias. A voz funciona como a identidade do indivíduo. Assim como a impressão digital, ela serve para reconhecimento em diversos sistemas. Algumas pessoas utilizam a voz como instrumento de trabalho. Da mesma forma que as pernas para o jogador de futebol, os olhos para o atirador de elite e os dedos para o relojoeiro, as pregas vocais são essenciais para o professor. Devido ao uso excessivo, muitas vezes sem orientação devida, ambientes de trabalho inadequado com ruído excessivo, carga horária de trabalho maior que 40 horas semanais, e por consequência a voz do professor frequentemente sofre diversas alterações vocais, gerando incapacidades a nível funcional, econômico e emocional.Os professores são profissionais cujo instrumento de trabalho é a voz e por esta razão estão em maior risco de desenvolver distúrbios vocais. Distúrbio vocal ou disfonia, por sua vez, representa qualquer dificuldade na emissão vocal que impeça a produção natural da voz. Essa dificuldade pode se manifestar por meio de uma série de alterações como: esforço à emissão da voz, dificuldade em manter a voz, cansaço ao falar, variações na frequência habitual, rouquidão, falta de volume e projeção, perda da eficiência vocal e pouca resistência ao falar.Apesar de estar claro que a atividade de ensino aumenta o risco de problemas vocais, os fatores de risco específicos para o desenvolvimento de disfonia entre professores ainda não estão definidos. O interesse que este assunto desperta, inclusive sob o ponto de vista de Saúde Pública,A disfonia é, na verdade, apenas um sintoma presente em vários e diferentes distúrbios, ora se manifestando como sintoma secundário, ora como principal.A profissão docente requer o uso da comunicação oral como em um dos principais mediadores do conhecimento e os distúrbios vocais comprometem a efetividade de sua função.