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1 Introdução Perante este trabalho realizado, abordamos o capítulo “Evolução”, e a importância do trabalho é de falar detalhadamente os aspectos ligados ao tema e os seus sub temas, de modo a facilitar o entender do leitor do conteúdo aqui abordado. Tendo como o foco o estudo específico nos pontos relacionados com o capítulo. Aprofundaremos na explicação do capítulo, uma vez que sobre este existe muito conteúdo a discutir, diversas explicações a serem analisadas, várias conclusões tiradas e até os dias de hoje muitas dúvidas existem acerca das teorias encontradas, explicações antigas dadas pelos cientistas e etc.

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Introdução

Perante este trabalho realizado, abordamos o capítulo “Evolução”, e a importância do trabalho é de

falar detalhadamente os aspectos ligados ao tema e os seus sub temas, de modo a facilitar o entender

do leitor do conteúdo aqui abordado.

Tendo como o foco o estudo específico nos pontos relacionados com o capítulo.

Aprofundaremos na explicação do capítulo, uma vez que sobre este existe muito conteúdo a discutir,

diversas explicações a serem analisadas, várias conclusões tiradas e até os dias de hoje muitas dúvidas

existem acerca das teorias encontradas, explicações antigas dadas pelos cientistas e etc.

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Índice

Evolução, origem da terra e origem da vida.................................................................................................4

Como se alimentavam os primeiros seres vivos e experiências sobre a origem da vida..............................5

Continuação de experiências sobre a origem da vida..................................................................................6

Teorias antigas sobre a origem dos seres vivos , o fixismo e o criacionismo................................................7

Algumas obras editadas da primeira publicação por George Cuvier, geração espontânea, mecanismo da

evolução e experiência de Redi....................................................................................................................8

Continuação de experiência de redi e experiência de Louis Pasteur...........................................................9

Transformismo............................................................................................................................................10

Teoria científica da evolução dos organismos e teoria de Lamarck ou Lamarckismo................................11

Lei da herança dos caracteres adquiridos...................................................................................................12

Teoria de Darwin ou Darwinismo...............................................................................................................13

Seleção natural...........................................................................................................................................14

Neodarwinismo ou teoria sintética da evolução e factores da evolução...................................................15

Recombinação génica e seleção natural.....................................................................................................16

Especiação e os tipos..................................................................................................................................17

Tipos de isolamento....................................................................................................................................18

Provas da evolução e argumentos da anatomia comparada estruturas ou órgãos homólogos.................19

Orgãos análogos e vestigiais.......................................................................................................................20

Argumentos paleontólogos, embriológicos, tendências evolutivas origem do homem............................21

Hominização...............................................................................................................................................22

Hominização continuação...........................................................................................................................23

Raças Humanas...........................................................................................................................................24

Continuação de raças Humanas .................................................................................................................25

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Evolução Pela sua definição evolução é o fenómeno em que se faz presente uma alteração de um estado para

outro. Esta ideia não surgiu espontaneamente, ela resultou de um lento processo na qual muitos

cientistas foram percebendo de que a vida tem uma História contínua, escrita pelos seres vivos que se

foram transformando e povoando gradualmente na terra.

Origem da Terra

Falando disto a primeira questão a vir-nos em mente será. Como terá surgido a Terra? Ao nível mundial

existem várias versões sobre a origem da terra, para alguns até hoje não existe uma correcta resposta e

para outros já existe. Inicialmente origem pela sua definição é qualquer ponto de partida ou princípio de

um facto ocorrido ou que ocorrerá e Terra é o planeta principal dos existentes sendo o terceiro planeta

mais próximo do sol, o mais denso e o quinto maior dos oitos de sistema solar.

A Terra surgiu a cerca de 4,5 biliões de anos atrás através de uma Nebulosa Protosolar que era uma

nuvem de gás e poeira em rotação lenta, em condesação deu origem aos planetas, luas e outros corpos

celestes que passaram a girar em volta do sol, nascendo assim o nosso sistema solar. Inicialmente a

terra era constituída por rocha derretida, a qual se solidificou há cerca de 2,5 biliões de anos e formou a

superfície terrestre. Existiam errupções vulcânicas constantes e, por isso, a atmosfera da terra era tóxica

provavelmente não apresentava amónia (NH₃), metano (CH₄), vapor de água (H₂O) e Hidrogénio (H₂). O

vapor da água condesava-se a medida que a temperatura da crosta diminuía e portanto criava chuvas

sobre as rochas quentes, provocando uma nova condesação, e assim por diante criando um activo ciclo

de chuvas que durou milhões de anos; as partes de terra que ficaram emersas formaram os continentes.

A vida começou na terra há 3,5 bilhões de anos, no período arqueano.Segundo a Bíblia a terra foi

originada apartir do Deus e a ciência diz não,existindo daí um grande problema entre a ciência e a

religião, mais também há um dizentender que diz “Deus: por mim todas as coisas foram feitas e que sem

ele nada existiría”. Origem da vida

Falando disto a primeira questão a vir-nos em mente será. Como terá surgido a Vida? Inicialmente é

necessário definir o termo Vida, que é, proveniente do latim vita sendo o processso em curso do qual os

seres vivos são uma parte ou o espaço de tempo entre a concepção e a morte de um organismo. Não

existe ainda nenhum modelo concreto para a origem da vida.

Ao longo do tempo o Homem, a ciência e a religião tenta responder essa questão através da fé de uma

hipótese científica.

Informação obtida de vastos campos científicos permitiram, que em 1929, os cientistas Alexandr Oparin

(Russo 2 de março de 1894- 21 de abril de 1980 “86 anos”) e John Haldane (Britânico 5 de novembro

de 1964- 1 de dezembro de 1964 “72 anos”)formulassem uma hipótese que tentava de uma forma

compreensível explicar a origem da vida na terra.

Esta hipótese sugeria o seguinte processo:

4

‒ A atmosfera primitiva continha, para além de outros gases, metano, amoníaco, hidrogénio e vapor de

água. Esta mistura era atingida continuamente por relâmpagos e raios ultravioleta do sol, o que

originava a quebra de algumas moléculas e a síntese de determinados compostos orgânicos

‒ Perante os violentos tempos que se abatiam sobre a terra, os compostos orgânicos formados na

atmosfera primitiva eram levados pela água da chuva eram levados para os oceanos primitivos,

acumulando-se e formando um caldo de substâncias orgânica;

‒ Um processo de evolução química conduziu a formação de moléculas orgânicas mais complexas, que

se teriam agregado, constituindo estruturas pré-celulares, os coacervados, isoladas ao meio por

membranas rudimentares e capazes de manter a sua organização durante um tempo;

‒ Esses agregados pré-celulares poderiam evoluir, crescendo e reproduzindo-se dentro da água dos

oceanos, dando origem as primeiras células. Com pequenas alterações, essa hipótese é utilizada até

hoje pelos cientistas para explicar a origem da vida na terra mais consequentemente não há óptimos

resultados. Existe por parte religiosa uma contradição dizendo que a vida é originária pelo Deus porque

diz-se “creio num só espírito santo, senhor que dá a vida”.

Como se alimentavam os primeiros seres vivos?

Os primeiros seres vivos se alimentavam apartir da obtenção de substâncias orgânicas do regime sítio

onde se encontravam. Eram heterotróficos, a medida que essas substâncias diminuíam a competição

aumentava e a vida poderia extinguir-se.

Qualquer variação do metabolismo que conduzisse a obtenção de energia de uma forma diferente sería

favorável para a sobrevivência dos seres que o apresentassem. Surgindo seres autotróficos, utilizando a

luz solar como fonte de energia.

Com o aparecimento da fotossíntese, o (Olivre) começou a ser produzido em grande quantidade,

provocando profunda modificação na atmosfera da Terra, possibilitando:

‒ O surgimento de seres aeróbios, que podiam obter maior quantidade de energia apartir da respiração

celular;

‒ A formação da camada do ozono (O₃) que protege a terra, filtrando as radiações ultravioleta.

Experiência sobre a origem da vida

No ano de 1953, o cientista norte-Americano Stanley Lloyd Miller (7 de Março de 1930 – 20 de Maio de

2007 “77anos”) formado em química para testar a hipótese de Oparin Haldane, montou um aparelho

idêntico a este abaixo no qual simulou a composição atmosférica que se supunha ter existido na terra

primitiva.

5

Miller procedeu da seguinte forma:

- Colocou água no balão do aparelho e, depois de lhe ter retirado do ar, introduziu nele uma mistura de

metano(CH₄), amoníaco(NH₃) e hidrogénio(H₂);

- Aqueceu a água e manteve-a em ebulição, produzindo vapor de água que assegurava a circulação da

mistura de gases;

- A mistura gasosa passava por um outro balão, onde era submetida, durante uma semana a descargas

eléctricas de alta voltagem ”Tensão” (V).

- Um condesador arrefecia os gases e o vapor de água condesava-se, tal como sucedia nas grandes

altitudes da atmosfera na terra;

- Uma semana depois analisou a água contida no interior do aparelho, que já tinha adquirido uma cor

castanho-alaranjada, e verificou que se tinha produzido diversas moléculas orgânicas, em particular

aminoácidos, unidades de constituição das proteínas, substâncias fundamentais a matéria viva;

A experiência de Miller demonstrou pela primeira vez que a síntese de moléculas orgânicas em

condições abióticas, ou seja, antes do aparecimento da vida na terra, teria sido não só possível , mas

altamente provável.

Depois da realização de trabalho de Miller, muitas outras experiências foram realizadas, como do

Bioquímico Norte-Americano Sidney Fox (24 de Março de 1912 – 10 de Agosto de 1998 “104

anos”)baseando-se no experimento de Miller queria entender como apareceram proteínas através de

aminoácidos. Fox aqueceu uma mistura seca de aa(aminoácidos) e obteve moléculas parecidas com as

proteínas, aqueceu também com uma mistura de proteínas com água salgada e obteve esferas

microscópias que deu nome de microsféras (provavelmente ajudando o Oparin). E mais outras

experiências feitas, através delas apoiaram a hipótese de Oparin Haldane: é possível a formação de

moléculas orgânicas em condições abióticas semelhantes a da terra primitiva sendo esse o resultado.

6

Teorias antigas sobre a origem dos seres vivos

Perante a explicação da origem e da diversidade dos seres vivos é um assunto tão complexo devido há

várias versões existentes acerca dessa teoria. querendo usar dados do passado não existem dados

suficientes que possa se recorrer limitando-se a pesquisa experimental.

Devido a essa falta de dados ao longo dos séculos foram surgindo diversas hipóteses ou teorias acerca

da origem dos seres vivos, influenciadas pela forte parte dos princípios religiosos, filosóficos e culturais.

Em termos gerais até hoje, podem considerar-se dois aspectos para justificar a origem dos seres vivos

sendo:

- A hipótese fixista ou fixismo: as espécies são imutáveis;

- A hipótese evolucionista ou evolucionismo: as espécies atuais são resultado de lentas modificações

que ocorreram nos seres vivos e se foram acumulando ao longo do tempo;

diversidade de animais

Fixismo

Segundo esta hipótese, as espécies surgiram tal como se conhecem no presente e mantiveram-se

imutáveis ao longo do tempo, sem originar novas espécies. a questão que talvez nos surgirá a seguir

será “como teriam surgido os seres vivos?”

Alguns fixistas acreditavam no criacionismo, enquanto outros defendiam a geração espontânea.

Criacionismo

Segundo os criacionistas os argumentos são:

- todas as espécies foram criadas ao mesmo tempo por um ser infinito;

- quando as espécies foram criadas elas tinham as mesmas características que apresentam nos dias de

hoje;

o aparecimento de restos fossilizados de novas espécies, em estratos de rochas de diferentes idades,

abanou os seguidores do criacionismo. Tentando conciliar os dados revelados pelo estudo de fósseis

com as ideias fixistas, o Francês George Cuvier (23 de Agosto de 1769 – 13 de Maio de 1832 “62 anos”)

propôs, no final do século XVIII, a teoria do catastrofismo.

Esta teoria defendia o seguinte, que uma sucessão de cataclismos tinha atingido a terra destruindo

todos ou quase todos os seres vivos existentes. Por acção de um criador a terra teria sido repovoada,

após cada cataclismo, com formas de vida diferentes das existentes das anteriormente. Desta forma o

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catastrofismo explicava o surgimento de determinadas formas fósseis em alguns estratos mais antigos

das rochas e a sua ausência em estratos mais recentes.

Algumas obras editadas da primeira publicação por George Cuvier

,

George Cuvier O reino animal: 1816 História Natural: 1749

Geração espontânea

O filósofo grego Aristóteles( 384 a.C na Grécia-322 a.C Grécia) acreditava que em certas condições, a

vida podia surgir espontaneamente a partir de matéria sem vida, como por exemplo carne, fruta ou

queijo em decomposição, ou mesmo de lama por acção de “princípio ativo” que atuava sobre essa

matéria – hipótese da abiogénese. Esta explicação da origem dos seres vivos perdurou durante vários

séculos.

Mecanismo da evolução

A crença na geração espontânea continuo, mesmo havendo muitos cientistas descordando dela. Um

deles,o biólogo italiano Francesco Redi(18 de Fevereiro de 1626-1 de Março de 1697”61anos”), que

tentou mostrar que essa ideia era falsa e que a vida só se origina apartir de uma vida preexistente.

Ele estava convencido que as larvas que apareciam na carne em decomposição surgiam apartir de ovos

que ali tinham sido depositados por moscas e não por geração espontânea.

Para confirmar a sua hipótese, Redi colocou algumas larvas num recipiente fechado e observou o seu

desenvolvimento. Após alguns dias cada larva originou um casulo que mais tarde se rompeu, deixando

sair uma mosca.

Apartir destas observações, para obter resultados concretos Redi realizou uma experiência para testar a

sua hipótese sobre a origem das larvas.

Experiência de Redi

iniciando o Redi colocou em frascos de boca larga carne em estado de putrefacção, alguns destes

frascos ficaram abertos e outros foram tapados com gaze;

8

Redi observou que as moscas juntavam-se em volta dos frascos abertos entrando livremente nos que

estavam abertos, ao fim de algum tempo verificou que as na carne destes frascos tinham surgido muitas

larvas, enquanto que os frascos que estavam tapados com gaze, onde as moscas não conseguiam entrar

não apareceu nenhuma larva.

Após a realização desta experiência Redi demonstrou que os seres vivos observados na carne eram

proveniente de outros seres vivos. Este facto era o favor da teoria biogénese, que defendia que a vida se

originava somente de outra vida preexistente.

Experiência de Pasteur

Em pleno o século XIX, a teoria da biogénese foi reforçada com os resultados da experiência do cientista

francêsLouis Pasteur(27 de Dezembro de 1822-28 de Setembro de 1895”73anos”). Ele preparou quatro

balões de vidro contendo caldo de carne, que era um óptimo meio para micróbios. Esticou os gargalos

dos balões, curvando-os de modo a que tomassem a forma de “pescoço de cisne”. A seguir ferveu os

caldos até que saísse o vapor pela extremidade do gargalo longo e curvo.

Enquanto os balões arrefeciam, o ar do exterior penetrava pelos gargalos e era até possível ver as

partículas em suspensão no ar ficando retidas nas paredes do pescoço longo e curvo, que passava assim

a funcionar como uma espécie de filtro do ar.Apesar de estarem em contacto com o ar, que os

defensores da abiogénese diziam ser necessário para a geração espontânea de vida, nenhum dos caldos

preparados pelo Pasteur se havia contaminado.

Pasteur quebrou o gargalo de um dos balões deixando o caldo exposto ao ar. Rapidamente se foi

possível observar a presença de micróbios no caldo da carne.

Apartir desta magnifica experiência, o Louis Pasteur provou que nas condições de terra actual acontece

o seguinte:

- Não ocorre geração espontânea;

- Qualquer forma de vida provem da outra vida preexistente;

deste modo colocando um fim sobre a geração espontânea.

Os balões originais, contendo os caldos feitos por Pasteur ainda vivo, continuam até hoje no Instituto

Pasteur de Paris actual museu de Pasteur localizado na França, Paris com o endereço 25-28 Rua de Dr

Roux 75015, e os balões encontram-se livres de micróbios.

9

Louis Pasteur Museu de Louis Pasteur Louis Pasteur no seu laboratório

k

d Experiência de Louis Pasteur

Transformismo

A partir do século XVIII os cientistas foram tomando consciência de que o fixismo não justificava a

grande diversidade dos seres vivos e tentaram procurar outra explicação para a existência de um

numero tão elevado de espécies diferente.

Conseguintemente surgiu a teoria transformista segundo o qual:

-Os primeiros seres vivos eram mais simples e teriam sofrido modificações ao longo do tempo até os

dias de hoje.

Deixava assim de ser considerado que as espécies são fixas e imutáveis, sendo possível a substituição

gradual das espécies por meios de adaptações e ambientes em contínuo processo de mudança e

algumas podendo mesmo desaparecer. Por isso as espécies actuais não são em regra as mesmas que

existiam nos séculos passados. Esta corrente de pensamento explicava a adaptação como um processo

dinâmico, ao contrário do que propunha os fixistas.

O transformismo, baseado no estudo obtido pelas espécies actuais e pela analise de fósseis, contrariava

a imutabilidade das espécies e abria o caminho para o evolucionismo.

A teoria do evolucionismo é a teoria mais aceite nos dias de hoje pela maioria dos biólogos, pela

variedade grande de testemunhos que a apoiam.

10

Teoria científica da evolução dos organismos

No final do século XVIII e durante o século XIX, o desenvolvimento da geologia permitiu obter uma

noção clara sobre os fenómenos que tem lugar no nosso planeta. Abandonava-se progressivamente a

visão estática do mundo, substituindo-a por uma outra: a de um planeta em mudança pela parte

constante.

Teoria de Lamarck ou Lamarckismo

O biólogo FrancêsJean-Baptiste Pierre Antoine de Monet cavaleiro de Lamarck(1 de Agosto de 1744-18

de Dezembro de 1829)o grande taxonomista de origem francesa , apresentou a primeira teoria

fundamentada na origem dos organismos ou seres vivos.

Foi, no entanto, tão criticado não possuindo ideias capacitivas para derrotar a do fixismo.

Perante esta investigação encontrou o Lamarck por parte dele a teoria para a explicação da existência

da evolução podendo resumir-se em apenas dois princípios fundamentais sendo:

- Lei do uso e do desuso,

- Lei da herança dos caracteres adquiridos.

Lei do uso e do desuso- Lamarck considerava que o ambiente condiciona a evolução, levando o

aparecimento de características que permitem os indivíduos se adaptem as condições em que vivem.

ddd Tempo Segundo a lei do uso e do desuso, a primeira lei de Lamarck, as girafas desenvolveram o pescoço por terem necessidade de o esticar para

alcançar o alimento.

De acordo com esta lei, a necessidade de usar um órgão num determinado ambiente pode acabar por

provocar modificações nesse mesmo órgão, como é o caso da girafa, isto é, se um órgão for mais

utilizado acaba-se por tornar-se mais forte ou de maior tamanho, mas se pelo contrário se esse órgão

não se usa degenera-se e atrofia-se. Lamarck, considerava que as serpentes tinham perdido os membros

porque estes dificultavam a deslocação através da vegetação densa. Como não se eram utilizados foram

atrofiando-se, até ao desaparecimento total.

11

Lei da herança dos caracteres adquiridos

As modificações que se produzem no individuo como consequência do uso ou desuso dos órgãos são

hereditárias, transmitindo-se a descendência do portador.

As ideias de Lamarck foram contestadas relativamente aos seguintes aspectos:

- a lei de uso e desuso, embora valida apenas para alguns órgãos, como nos músculos não explica todas

as modificações;

-a lei da herança dos caracteres adquiridos não se verifica experimentalmente. A modificação de um

órgão, adquirida durante a vida de um ser vivo, não é transmitida á descendência.

Com estas ideias para se verificar experimentalmente, o biólogo Alemão Friedrich Leopold August

Weismann(17 de Janeiro de 1834-5 de Novembro de 1914”80 anos”), em 1880, utilizou um grupo de

ratinhos os quais cortou as caudas, os descendentes destes ratinhos que haviam sido cortados a cauda

apresentaram uma cauda de comprimento normal. A experiência foi repetida durante 22 gerações e o

resultado foi sempre mesmo: toda a descendência nascia com uma cauda normal.

Actualmente, embora conhecendo que o uso ou desuso de um órgão altera o seu desenvolvimento,

sabe-se que essas características afectam apenas a parte somática do individuo, não passando o

material genético. Só as alterações do DNA presentes nos cromossomas transportados pelos gametas

são transmitidos á descendência.

Um argumento decisivo contra o Lamarckismo foi a falta de comprovação cientifica. Nenhuma das

experiências conhecidas, efectuadas na tentativa de comprovar as teses Lamarckistas, deu o resultado.

Mas Lamarck foi o primeiro a chamar a atenção para o fenômeno da adaptação dos seres vivos ás

alterações do meio ambiente, acreditando que a evolução explicava a presença de fósseis e a

diversidade da vida na terra.

Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet (Lamarck)

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Teoria de Darwin ou Darwinismo

O naturalista Inglês Charles Robert Darwin (12 de Fevereiro de 1809-19 de abril de 1882”73anos”) que

defendeu as ideia evolucionistas, apresentou uma teoria que explicava os mecanismos da evolução.e«

esta teoria baseou-se numa quantidade de dados acumulados a mais de 20 anos, dos quais se podem

destacar os seguintes, obtidos durante uma viagem de cinco anos que realizou a volta do mundo, a

bordo do navio “Beagle”.

– Ele encontrou uma enorme diversidade de seres vivos, constatando que a fauna e a flora traziam

diferença de continente para continente e de zonas desérticas para zonas montanhosas.

– Durante a sua estadia nas ilhas galápagos, que formam um arquipélago situado no oceano pacífico,

Darwin ficou admirado com as tartarugas e com um grupo de aves chamadas tentilhões.

As tartarugas-gigantes eram e sete variedades diferentes, cada uma delas ocupando a sua ilha. No

entanto, apesar das diferenças apresentadas, elas eram muito semelhantes entre si, levando a crer que

elas tinham uma origem comum. Os tentilhões apresentavam uma grande diversidade a volta de um

padrão comum, diferindo no tamanho e na cor do corpo e na forma do bico, relacionada com a

diferente alimentação de cada grupo. Por causa da semelhança destas aves com outras existentes no

continente americano, pode-se supor que elas tinham sido originadas de um ancestral comum.

– Durante a sua viagem, Darwin observou também um grande numero de fósseis, descobrindo algumas

conchas de animais marinhos integradas em rochas encontradas a milhares de metros de altitude, nos

Andes.

Depois de analisar estes dados, Darwin deduziu que as características especiais de cada ilha tinham

influenciado o desenvolvimento das duas espécies, descendentes dos antepassados provenientes do

continente americano. A diferenciação das espécies originais era resultado da adaptação as condições

existentes nas diferentes ilhas do arquipélago onde viviam.

Os dados biológicos e geológicos recolhidos por Darwin foram utilizados mais tarde na fundamentação

da sua teoria – A teoria de Darwin ou darwinismo.

h Charles Robert Darwin A viagem do “Beagle”

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Seleção natural

Á semelhança da diversidade de animais e plantas obtidas artificialmente, também na natureza ocorre o

seguinte processo, denominado seleção natural, provocado pelos factores ambientais.

O Charles Robert Darwin, lançou a ideia de que a evolução dos seres vivos era dirigida pela seleção

natural, apoiado em várias observações:

– Os seres vivos, mesmo os da mesma espécie, diferem entre si quanto a diversas características,

incluindo aquelas que tem influencia na capacidade de explorar com sucesso os recursos naturais e de

deixar descendência;

– As populações de todas as espécies tendem a crescer rapidamente. No entanto, o número de

indivíduos de uma espécie geralmente não se altera muito de uma geração para outra geração seguinte;

em cada geração morre um grande número de indivíduos, devido a competição pelo alimento, pelo

abrigo, pelo espaço e pela capacidade de fugir aos predadores – a luta pela auto sobrevivência. Muitos

deles acabando por não deixar descendência.

– Os indivíduos que sobrevivem e se reproduzem são os mais bem adaptados a condições ambientais.

Os menos aptos são eliminados progressivamente. Existe assim ou que se chama seleção natural, ou

sobrevivência dos mais aptos.

– Os mais bem aptos vivem durante mais tempo, e originam maior numero de descendentes, aos quais

transmitem as suas características.

Podendo-se assim formular que a acumulação de pequenas variações leva, a longo prazo, á

transformação e ao aparecimento de novas espécies.

O Charles Robert Darwin não publicou logo as ideias da sua teoria. Ele tencionava a escrever quatro

volumes e durante muito tempo dedicou-se a essa tarefa. Mas, em 1858, mais de 20 anos após a sua

viagem a volta ao mundo, recebeu uma carta do naturalista, geógrafo, antropólogo e biólogo inglês

Alfred Russel Wallace (8 de Janeiro de 1823-7 de Novembro de 1913”90 anos”), em que lhe

apresentava, em poucas paginas uma explicação para origem da vida que coincidia com a sua, pedindo-

lhe uma opinião.

Pensou em dar a Wallace o seu trabalho, mais os amigos convenceram-no a publicar em um resumo,

que surgiu numa revista científica, juntamente com o artigo de Wallace. Este facto leva a que a teoria de

Darwin seja referida, muitas vezes com a teoria de Wallace e Darwin.

A seguir o Darwin escreveu um resumo dos quatro volumes que tinha planeado, publicando-o com o

título A Origem das Espécies.

Todos os 1250 exemplares deste livro foram vendidos em apenas um dia que foi o primeiro dia,

provocando uma grande discussão na comunidade cientifica, na sociedade e na igreja:

– A comunidade cientifica reconheceu que os dados obtidos por Darwin eram credíveis;

– Os sectores mais reservados da comunidade atacaram-no violentamente, chegando a ser publicadas

caricaturas que traduzia as críticas de que era alvo;

– A igreja condenou igualmente o Darwin, já que a sua teoria conduzia uma visão materialista do mundo

vivo;

14

Alfred Russel Wallace Caricatura de Charles Robert Darwin

Neodarwinismo ou teoria sintética da evolução

A teoria da seleção natural enunciada por Darwin só foi bem compreendida depois da descoberta das

leis da hereditariedade que explicam as variações verificadas nas diferentes espécies e o modo como

essas variações se transmitem de geração em geração.

No início do século XX, surgiu a teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo, resultante da

combinação das ideias de Darwin e outros conhecimentos sobre a genética. Esta teoria que aqui se

refere engloba duas ideia fundamentais: variabilidade genética e seleção natural.

Segundo esta teoria, a seleção natural actua sobre a diversidade de seres vivos.

A seleção natural é consequência de dois factos:

– existência de variabilidade entre os indivíduos de uma espécie e a seleção natural actua sobre esta

variabilidade;

– As espécies produzem descendentes em maior numero do que aqueles que poderão sobreviver;

Factores da evolução

Os principais factores da evolução que contribuem para a diversidade dos seres vivos são:

– as Mutações;

– a recombinação génica ( ou recombinação genética)

Mutações

Primeiramente pela sua definição, mutação é qualquer alteração brusca dos genes (mutação génica) ou

dos cromossomas (mutações cromossómicas) que pode provocar variação hereditária ou problemas no

fenótipo do individuo.

As mutações são produzidos por genes alterados e tem muitas vezes efeitos desastroso. Os indivíduos

que as possuem tendem a ser eliminados. No entanto elas também podem produzir caracteres

favoráveis, conferindo uma vantagem aos seus portadores, que neste caso serão preservados pela sua

seleção natural.

A mutação, só terá apenas valor evolutivo se não provocar a morte do individuo mutante e se ocorrer

nas células reprodutoras, podendo assim ser possível transmitir a descendência do seu portador.

As mutações produzem novos genes numa população – são o principal fator da variabilidade genética.C

15

a c

a A cobra de duas cabeças é uma variante da cobra não descoberta.

Da as características que a distinguem resultam de uma mutação.

Recombinação génica

Recombinação génica é a troca aleatória do material genético durante a meiose.

A recombinação génica acontece durante a reprodução sexuada. Provocando uma grande variedade na

descendência, devido ao elevado número de recombinações génicas que se verificam:

– Na meiose durante o crossing-over;

– Na fecundação, originada pela união dos gametas, feita ao acaso.

As mutações introduzem novos genes nas populações e a recombinação génica mistura os novos genes

com os genes já existem, expressando muitas características. Cria-se, assim, uma enorme variabilidade

genética na população.

Variabilidade genética em indivíduos da mesma espécie.

Seleção natural

Pela sua definição a seleção natural é o processo proposto por Darwin e Wallace que características

favoráveis que são hereditárias tornam-se mais comuns em gerações sucessivas de uma população com

organismos que se reproduzem.

16

A seleção natural, actua por sua vez sobre os indivíduos portadores das combinações genéticas mais

vantajosas num determinado ambiente, favorecendo a sua sobrevivência e aumentando a sua

descendência.

Quanto maior for a diversidade, maior será a capacidade de uma população para se adaptar as

condições do meio, pois há maior probabilidade de existirem conjuntos de genes favoráveis á

sobrevivência da população.

No entanto, se as características do meio se alterarem, os genes que eram favoráveis podem tornar-se

desvantajosos e os seus portadores serem agora por seleção natural.

Especiação

Especiação é o processo evolutivo pelo qual as espécies vivas se formam. Este processo pode ser uma

transformação gradual de uma espécie para outra (anagânese) ou a divisão de uma espécie em duas por

(cladogênese). Existem quatro modos principais da especiação que são : especiação alopátrica,

simpátrica, parapátrica e peripátrica. A especiação pode ser induzida artificialmente, através de

cruzamentos selecionados ou experiências laboratoriais.

Especiação alopátrica

Na especiação alopátrica, a população inicial divide-se em duas populações alopátricas

(geograficamente isoladas) devido, por exemplo a fragmentação do habitat pelo aparecimento de uma

cadeia montanhosa. As populações assim vão se diferenciar por parte genotípica e/ou fenotipicamente.

Após um certo tempo, quando as barreiras ao contacto com a população desaparecem, os indivíduos

que faziam parte da mesma espécie voltam a se encontrar, agora, diversificados o suficiente para

estarem reproductivamente isolados ou já não serem capazes de trocar genes entre si.

Especiação simpátrica

Nesta especiação, as populações divergem ainda quando ocupam a mesma área. Este tipo de especiação

pode ocorrer muitas vezes em insectos que se tornam dependentes de plantas hospedeiras diferentes

numa mesma área.

Um outro mecanismo que permite a seleção simpátrica é a poliploidia. Nem todos os indivíduos

poliploides estão reprodutivamente isolados das espécies parentais. Por isso a duplicação de números

de cromossomas não leva leva necessariamente ao cessar do fluxo gênico entre os recém-criados

poliploides e os seus parentais diplóides.

Especiação parapátrica

Na especiação parapátrica, não há separação completa entre as duas populações isoladas. Isso implica

que algum fluxo gênico pode ocorrer. Indivíduos das duas populações podem entrar em contacto ou

mesmo atravessar a barreira de tempos a tempos. Aqui há uma população continuamente distribuída.

Especiação peripátrica

A especiação peripátrica é um tipo especial da especiação alopátrica ou parapátrica em que uma das

populações isoladas é bastante menor que a outra. Nestes casos, como a população é pequena,

mecanismos como a deriva genética ou o efeito fundador são mais importantes, poi populações

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pequenas sofrem frequentemente do efeito gargalo. Nesta especiação encontra-se uma pequena

população isolada na borda de uma população maior.

Tipos de isolamento

O Isolamento GeográficoNo isolamento geográfico as duas populações encontram-se separadas por

algum tipo de barreira física. Estas barreiras podem ser de diversos tipos, como por exemplo rios, serras,

montanhas que separam dois grupos, vales etc. A condição é que esta barreira separe as duas

populações de modo que estas perdem a capacidade de contato. Assim, as populações ficam separadas

por esta barreira. Ao final de um período de tempo, se as duas populações forem colocadas em contato,

duas coisas podem acontecer:

1. Os membros das duas populações conseguem cruzar entre si, aumentando a variabilidade genética de

uma única espécie.

2. Os membros das duas populações não conseguem mais cruzar entre si, o que caracteriza a formação

de duas novas espécies.

No segundo caso, o tempo que estas duas populações permaneceram isoladas uma da outra foi

suficiente para que aparecesse o isolamento reprodutivo.

O Isolamento Reprodutivo

É muito fácil compreender o conceito de isolamento reprodutivo. Este tipo de isolamento é o que

impede que o patrimônio genético de espécies diferentes sejam compartilhados. Assim as espécies se

preservam e continuam a evoluir, seguindo as leis de adaptação ao meio ambiente. Os indivíduos de

espécies diferentes podem até cruzar, porém ainda assim estarão isolados reprodutivamente. Isso

porque existem diferentes níveis onde este isolamento se evidencia: em alguns casos, espécies

diferentes não se cruzam pois a diferença estrutural entre elas não permite tal fato; em outros casos,

espécies diferentes podem até se cruzar, mas o espermatozóide não fecunda o óvulo, ou o embrião é

inviável, ou o híbrido resultante é estéril. Em certos casos o híbrido pode até mesmo gerar

descendentes, mas estes serão muito fracos e estéreis.

Bem, além disso existem vários fatores que impedem que os indivíduos de diferentes populações se

cruzem. Eis aqui alguns deles:

Habitat: as duas populações ocupam a mesma região, mas tem habitats diferentes: imagine duas

populações de insetos em uma floresta, uma que se alimenta (e vive) na copa das árvores e outra que o

faz no solo. Estas duas populações estão isoladas, e não trocarão genes entre si.

Comportamental: o comportamento reprodutivo é fundamental para muitas espécies. Você já ouviu

falar na corte? É um tipo de "dança" reprodutiva realizada pelo casal. Em diversas espécies só ocorre a

copulação após um período de corte, que varia de acordo com a espécie. Se uma população se

modificou a ponto de alterar seu comportamento de corte, provavelmente estará isolada de uma outra

população. Outros comportamentos que não o de corte também influem para o isolamento

reprodutivo.

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Sazonal: diferentes populações ocupam a mesma área. Nada impede que elas se intercruzem, a não ser

por um pequeno detalhe: a época da reprodução. Por exemplo, uma das populações pode ter o período

reprodutivo de fevereiro a junho, e a outra população pode ter um período reprodutivo que vai de

agosto a dezembro. Assim, estas duas populações estariam completamente isoladas uma da outra, no

sentido reprodutivo.

Estrutural: neste caso a fecundação se torna impossível, pois as estruturas reprodutoras entre as duas

populações são muito diferentes.

Quanto ao híbrido: se membros das duas populações copulam, podem ocorrer diversos fatos, no caso

de isolamento reprodutivo:

1. Os genes estão modificados a ponto de inviabilizar o híbrido; o zigoto até se forma, mas morre em

seguida;

2. O híbrido se forma e nasce, é normal em todos os aspectos, porém é infértil, não tem a capacidade de

gerar descendentes;

3. O híbrido se forma e nasce, é normal e fértil. Porém os descendentes deste híbrido são fracos e

estéreis.

Provas da evoluçãoA teoria da evolução diz que as espécies actuais surgiram através de outras espécies

que existiram no passado. Para se explicar a evolução é obrigatório compreender esse tal passado.

Estudando a partir, de várias áreas de conhecimento, dados actuais que possam ser observados

diretamente. As provas que apóiam a evolução são variadas, podendo se apresentar sob a forma de

argumentos a favor do evolucionismo:

– Argumentos da anatomia comparada;

– Argumentos paleontológicos;

– Argumentos embriológicos;

– Outros argumentos a favor da evolução.

Argumentos da anatomia comparada

Os argumentos da anatomia comparada, baseados na semelhança das características morfológicas dos

indivíduos, são principalmente:

– Estruturas homólogas;

– Estruturas análogas;

– Estruturas vestigiais.

Estruturas ou órgãos homólogos

Os órgãos homólogos, são órgãos estruturalmente semelhantes, mas que desempenham funções

diferentes.

São exemplos de órgãos homólogos:

– Os membros superiores do homem e os membros anteriores das baleias, dos morcegos (membrana

alar), das aves (as asas), dos cavalos, das toupeiras e das salamandras;

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todos estes órgãos possuem a mesma origem embriológica e são constituídos por ossos

correspondentes, mas que desempenham funções diferentes.– A armadura bucal dos insectos. É

constituída pelas mesmas partes, cada uma adaptada a um regime alimentar.

Os órgão homólogos são resultado da adaptação dos seres vivos a ambientes diferente, num processo

chamado evolução divergente.

Indivíduos com o mesmo ancestral que migram para ambientes diversos estão sujeitos a evoluções

diferentes. Em cada ambiente são selecionados os indivíduos mais aptos, originando-se gradualmente

formas com grandes diferenças da inicial.

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Estruturas ou órgãos análogos

Os órgãos análogos são órgãos estruturalmente diferentes, mas que desempenham funções

semelhante.

São exemplos de órgãos análogos:

– Os rizóides do musgo e as raízes de uma planta; tem uma estruturas diferente mas desempenham a

mesma função que é a absorção da água e dos sais minerais. – As asas dos insectos e das aves e

a membrana alar dos morcegos; apresentam estruturas anatomicamente diferentes, mas todas tem a

função de permitir a deslocação no ar ou o voo;– Os tubarões (peixes cartilagíneos) e os golfinhos

(mamíferos aquáticos) pertencem a famílias diferentes, mais tem a mesma estrutura do corpo e as

barbatanas que permitem a circulação na água.

Os órgãos análogos resultam da acção do mesmo ambiente sobre organismos de grupos diferentes. São

características favoráveis, que tornam os indivíduos portadores mais aptos e, portanto, favorecidos pela

evolução. Este tipo de evolução é chamada de evolução convergente.

Estruturas ou órgãos vestigiais

Estruturas ou órgãos vestigiais são órgãos atrofiados sem função evidente e sem significado biológico

que existem em alguns grupos. Segundo a teoria evolucionista, devem ter sido úteis nos antepassados

dos seus portadores, tornando-se menos importantes até se transformarem em estruturas

rudimentares.O Homem possui cerca de 100 órgãos vestigiais, entre os quais as vertebrás do cóccix,

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correspondentes a cauda dos seus antepassados, o apêndice cecal, homologo do ceco de alguns

herbívoros, os músculos para mover as orelhas e o nariz, a membrana nictitante, os dentes do siso, os

mamilos dos machos, etc.

Argumentos paleontológicos

Quando morre um ser vivo, a maior parte do seu corpo desaparece, comidos pelos outros seres vivos ou

destruídos pelos decompositores. Mas, por vezes pode ficar conservado, total ou parcialmente, ou

deixar vestigios nas rochas. Estes vestígios são chamados fósseis.

Segundo o estudo de fósseis indica que, ao longo do tempo, a terra foi sendo habitada sucessivamente

por seres vivos mais evoluídos.

Os fósseis da maior importância para oestudoda evolução são os fósseis sintéticos, também chamados

de fósseis de transição, por apresentarem características de dois grupos actuais diferentes.

Estes são fósseis sintéticos:

– Archeopteryx, animal com dentes com cauda cumprida e com vértebras, cracterística de grupo de

répteis, mais que apresentam também asas e penas, como as do grupo das aves.

– Pteridospérmicas, plantas que possuem folhas semelhantes ás do grupo dos fetos actuais, mais que

também produziam sementes, como as do grupo das gimnospérmicas.

– Lchthyostega, animal que possía características dos peixes e dos anfibios actuais.

Argumentos embriológicos

A comparação de embriões de vertebrados, nas primeiras etaps de desenvolvimento, permite observar

a sua semelhança morfológica.

Os embriões que lhe são apresentados abaixo de seres vivos possuem fendas branquias externas na

região da faringe, sacos branquiais, coração tubular e músculos segmentados. Perante o

desenvolvimento dos embriões, a semelhança entre os embriões vai cada vez se reduzindo, até se

diferenciar nos vários grupos. Este facto sugere que os Vertebrados possuem, por sua vez um ancestral

comum, tendo-se separado uns dos outros ao longo do processo da evolução.

Embriões de vertebrados em diferentes estados de desenvolvimento

Tendências evolutivas

Origem do Homem

A afirmação “o homem descende dos macacos”, feita por Charles Robert Darwin ao lancar a sua teoria

evolucionista em 1859, foi tão forte e marcante que até hoje ainda há pessoas que acreditam ser ela

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verdadeira.

O homem é o resultado da evolução natural que se iniciou há vários milhões de anos e que foi moldando

a diversas espécies de seres vivo.

Pela sua semelhança com os macacos, os chimpanzés,os gorilas e orangotangos, que foi comprovada

pelo estudo da anatomia comparada e da embriologia o homem pertence a ordem primata, ou dos

primatas, que inclui também estes animais.

Até há pouco tempo, pensava se que a gorila estava mais próximo do homem do que o chipanzé. No

entanto, o estudo comparativo do DNA destas espécies revelou que o chipanzé tem 98.76% de

sequências de DNA iguais ás do Homem, o que comprova que o chipanzé, é realmente, o nosso parente

mais primata ou próximo.

Factores de antropogénese

A antropogénese é o estudo da origem e evolução da espécie humana a partir de um ancestral comum

como os primatas superiores. A descoberta de restos fósseis mostra que os hominídeos e os grandes

macacos, também chamados de macacos antropóides, tinham um ancestral comum. A certa altura,

evoluíram em direções diferentes.

Os principais factores da antropogénese são:

– O desenvolvimento gradual do volume do cérebro – encefalização;

– Posição bípede, que permitiu a utilização das mãos para realizar outras actividades.

Evolução humana

Hominização

A hominização foi um processo evolutivo, tanto físico como intelectual, que passou por diferentes

estados de desenvolvimento, desde os primeiros hominídeos até o homem actual.

Este processo iniciou-se na época em que se verificou um grande arrefecimento da terra as extensas

florestas de África foram substituídas por savanas. Os primeiros hominídeos tiveram que descer das

arvores e deslocar-se no solo.

Australopithecus (4 M.a)

O hominídeo mais antigo que se conhece é o Australopithecus, cujos restos foram encontrados na África

do sul. Tinha o crânio pequeno e postura erecto, embora se deslocasse curvado. Já não apresentava as

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presas (dentes caninos) existentes nos antropóides.

Conhecem-se três espécies de A ustralopithecus: A afarensis, o mais antigo, A. africanus e A. robustus.

Homo habilis (2,5 M.a)

O Homo habilis viveu ao mesmo tempo que o australopiteco, mas, pertencia a um género diferente – o

gênero Homo.

A capacidade do crânio era um pouco maior, já se alimentava de carne e caminhava mais erecto.

Expressava-se por sons e gestos.

Este antepassado do homem actual já tinha capacidade de fabricar utensílios de pedra que utilizava para

quebrar a casca das sementes, cavar a terra a procura de raízes ou dividir a carne dos animais. Por isso

foi chamado de Homo Habilis.

Homo erectus (1.5 M.a)

O Homo habilis, que viveu apenas em África, deu a origem a uma nova espécie, o Homo erectus, que se

espalhou pala Ásia e pela Europa.

O Homo erectus tinha um esqueleto parecido com o do homem actual e altura semelhante. Mostrava

uma grande revolução no sentido de fabrico de utensílios de pedra (facas, machados, raspadores) e

deve ter iniciado a linguagem articulada, começou a abrigar-se em cavernas e a usar fogo. Cobria-se com

peles dos animais que caçavam. Foi o primeiro hominídeo a sair de África.

Muitos fósseis desta espécie foram descobertos em vários locais do mundo. Todos estes receberam

nome da região onde foram localizados: Homem de Java, Homem de Pequim e Homem Heidelberg.

Sendo estes os nomes que foram atribuídos a cada de acordo com a região onde se encontravam.

Homo sapiens

Todos os Homens posteriores pertencem ao Homo erectus pertencem á espécie Homo sapiens.

O fóssil mais antigo desta espécie foi descoberto em 1856 no vale do rio Neander, na Alemanha, e por

isso foi chamado de homem Neanderthal. Recebeu o nome cientifico de Homo sapiens

neanderthalensis.

Homo sapiens neanderthalensis (entre 130 000 e 35000 anos)

O Homem Neanderthal era baixo e forte, tinha o crânio grande e o cérebro era mais desenvolvido. Este

tipo de homem já era primitivo e abrigava em grutas e cavernas. Caçava grandes herbívoros em grupo,

utilizando lanças de madeira e ponta de pedra. Dominava o fogo, trabalhava a pedra, os ossos e a

madeira. Construía grande variedade de objetos e ferramentas que utilizava para diversos fins.

Possuíam consigo um tipo de vida espiritual e prática de rituais funerários. Não há registo de fóssil

neandertalenses com menos de 35 000 anos. Recentemente foi publicado um artigo que afirmava a

ocorrência de um cruzamento entre Homo sapiens e neanderthalensis dando origem ao homem actua.

Homo sapiens (há 40 000 anos)

Os primeiros fósseis de Homo sapiens, foram encontrados no Sul de França e são conhecidos como

homem de Cro-Magnon.

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Eram mais altos e tinham traços fisionômicos mais delicados, do que os neandertalenses. Não se

distinguem facilmente do homem actual. Viviam de caça, pesca, e colhiam sementes de frutos

selvagens. Tinham grande desenvolvimento menta, sendo capazes de produzir estatuetas, gravuras,

desenhos e pinturas rupestres que chegaram até ao nosso tempo. O Homo sapiens espalhou-se pela

terra e deu origem a todos seres humanos actuais, que continuam a evoluir ao andar do tempo para a

melhor vida do quotidiano.

O lugar do Homem na Natureza

Comparação com os outros animais

O mundo do qual fazemos parte é constituído por uma grande diversidade de seres vivos que habitam

os mais variados ambientes. Para conhecermos o lugar do homem neste universo da vida, é necessário

recorrermos ao estudo comparativo com outros seres vivos, de modo a situá-lo num sistema de

classificação.

Classificação sistemática do homem

A classificação sistemática do homem actualmente aceite pela comunidade cientifica é a feita apartir de

um quadro.

Raças Humanas

O termo raça usa-se vulgarmente para indicar as variedades de animais domésticos como cães, gatos ou

animais de criação, como galinhas ou gado, entre outras.

A designação de “raças humanas” refere-se a um antigo conceito antropológico. Tal conceito, que não

tem base cientifica, classificava os seres humanos com base características morfológicas, tais como cor

da pele, estatura, tipo de cabelo, conformação do rosto, estrutura craniana e outras. Esta classificação

actualmente em desuso, admitia três raças básicas:

– caucasóide (raça branca), que incluía povos da Europa, do Norte de África e de uma parte do

continente Asiático (Médio oriente e Norte da Índia);

– mongolóide (raça amarela), que incluía povos do leste e do sudeste Asiático, da Oceânia (malaios e

polinésios) e do continente americano(esquimós e ameríndios);

– negróides (raça negra), que incluía povos da África subsaariana.

Entre diferentes populações é tão natural que apresentem diferenças entre si por mais de serem do

mesmo criador. Quando o homem primitivo deixou a África e se espalhou pelo resto do muindo,

encontrou regiões geográficas e climáticas diferentes. Durante a sua revolução nessa variedade de

Habitats, as mutações que foram ocorrendo permitiram a sua adaptação a condições ambientais

diferentes e específicas de cada local. Eis aqui um exemplo, a pele escura é mais resistente a radiação

solar do que a pele branca; o cabelo encaracolado permite que se forme entre ele e o couro cabeludo

uma caixa de ar que ajuda a arrefecer as cabeças em zonas quentes; os olhos azuis são uma

característica desfavorável nas regiões de sol intenso.

A incidência dos grupos sanguíneos ABO não é a mesma nas diferentes populações. No entanto, a

composição sanguínea é a mesma para todos os homens. É possível um indivíduo de qualquer parte do

mundo doar sangue a outro de uma região diferente, desde que o seu grupo seja compatível com o do

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receptor. A miscigenação, considerada perigosa antigamente, é, pelo contrário, beneficia, pois contribui

para um maior intercâmbio genético, permitindo assim o aparecimento de características favoráveis á

evolução e tornando os homens cada vez mais semelhantes uns aos outros. Deste modo o homem é

igual em composição interna mais diferente externamente.

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Referências bibliográficas

Para a elaboração deste trabalho foram utilizados os seguintes meios:

Livro 10ª classe Plural editores

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Especiação

http://portal.rebia.org.br/ecologia-humana/3580-origem-e-evolução-humana

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra■

https://www.jw.org/pt/publicacoes/revistas/g201403/verdadeira-historia-da-criacao/■

https://www.jw.org/pt/publicacoes/revistas/g201403/verdadeira-historia-da-criacao/■

Bíblia João 1:3

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vida

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Stanley_Miller

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Conclusão Neste trabalho foi concluído muitas informações que são de uma grande importância para o homem

como: definição evolução é o fenómeno em que se faz presente uma alteração de um estado para

outro. Terra é o planeta principal dos existentes sendo o terceiro planeta mais próximo do sol, o mais

denso e o quinto maior dos oitos de sistema solar. Os primeiros seres vivos se alimentavam apartir da

obtenção de substâncias orgânicas do regime sítio onde se encontravam.

Fixismo, criacionismo e geração espontânea são uma das teorias antigas sobre a origem dos seres vivo.

Na teoria da evolução dos seres vivos encontramos a teoria do Lamarck ou Lamarckismo, Darwin ou

Darwinismo e Neodarwinismo. seleção natural é o processo proposto por Darwin e Wallace que

características favoráveis que são hereditárias tornam-se mais comuns em gerações sucessivas de uma

população com organismos que se reproduzem. especiação alopátrica, simpátrica, parapátrica e

peripátrica. A especiação pode ser induzida artificialmente, através de cruzamentos selecionados ou

experiências laboratoriais. Existem dois tipos de isolamento na área da evolução da população que são:

isolamento reprodutivo e geográfico. A hominização foi um processo evolutivo, tanto físico como

intelectual, que passou por diferentes estados de desenvolvimento, desde os primeiros hominídeos até

o homem actual e etc.

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