introdução ao turismo

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Introdução ao Turismo Motivações: - Fuga do dia-a-dia - Conhecer novos povos - Conhecer novos lugares - Contacto com a natureza - Cuidados de saúde - Solidariedade - Aventura As motivações contribuem para formar Imaginários Turísticos Realidades: - O turismo no mundo é predominantemente doméstico (pessoas que viajam no seu próprio país). O turismo doméstico é responsável por cerca de 80% das viagens turísticas. - A maioria das viagens acontece por via terreste (principalmente automóveis. -O turismo inclui todos os tipos de propósitos de visitas, incluindo trabalho, conferências e educação. - A maioria dos empregos em turismo é no setor da hotelaria e envolvem poucas viagens. Evolução do conceito de turismo: Ano Autor Aspetos relevantes 1881 Dicionário inglês (Oxford) Teoria e prática de viajar por lazer. 1911 Herman von Schullern Conceito que compreende todos os processos especialmente económicos, que se manifestam na afluência, permanência e regresso do turista, dentro e fora de um determinado território. 1929 Robert Glucksmann Superação do espaço por pessoas que afluem a um lugar onde não possuem residência fixa. 1929 Schwink Movimento de pessoas que abandonam temporariamente o lugar da sua residência permanente, por qualquer motivo relacionado com o espirito, o seu corpo ou profissão. 1930 Artur Bormann Conjunto de viagens cujo objetivo é o prazer, motivos comerciais ou profissionais e durante os quais a ausência da residência habitual é temporária. 1930 Josef Stradner Tráfego de viagens de luxo que visitam lugares fora da sua residência fixa e procuram fixa e procuram apenas a satisfação de uma necessidade de luxo. 1930 Morgenroth Tráfego de pessoas que se afastam temporariamente do seu lugar fixo de residência para outro lugar, com o objetivo de satisfazer as suas necessidades vitais e de cultura ou para levar a a cabo desejos de diversa índole, unicamente como consumidores de bens económicos e culturais. 1935 Glucksmann Soma das relações existentes entre pessoas que se encontram passageiramente num local de estadia com os seus habitantes. 1937 Comité de Estatística da Liga das Nações Viagem durante 24 horas ou mais por qualquer país que não aquele da sua residência habitual. 1942 Krapf Soma de fenómenos e de relações que surgem das viagens e da permanência de não residentes, desde que não estejam ligados a uma atividade remunerada. 1945 ONU Viagem superior a 24 horas e inferior a um ano, por qualquer país que não seja aquela da sua residência habitual 1977 MCIntosh A ciência, a arte e atividade de atrair e transportar viajantes, alojá-los e cortesmente satisfazer as suas necessidades e desejos.

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Introdução ao Turismo

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Page 1: Introdução Ao Turismo

Introdução ao Turismo

Motivações:- Fuga do dia-a-dia- Conhecer novos povos- Conhecer novos lugares- Contacto com a natureza - Cuidados de saúde- Solidariedade- Aventura

As motivações contribuem para formar Imaginários TurísticosRealidades:

- O turismo no mundo é predominantemente doméstico (pessoas que viajam no seu próprio país). O turismo doméstico é responsável por cerca de 80% das viagens turísticas.- A maioria das viagens acontece por via terreste (principalmente automóveis.-O turismo inclui todos os tipos de propósitos de visitas, incluindo trabalho, conferências e educação. - A maioria dos empregos em turismo é no setor da hotelaria e envolvem poucas viagens.

Evolução do conceito de turismo:Ano Autor Aspetos relevantes 1881 Dicionário inglês

(Oxford)Teoria e prática de viajar por lazer.

1911 Herman von Schullern Conceito que compreende todos os processos especialmente económicos, que se manifestam na afluência, permanência e regresso do turista, dentro e fora de um determinado território.

1929 Robert Glucksmann Superação do espaço por pessoas que afluem a um lugar onde não possuem residência fixa.

1929 Schwink Movimento de pessoas que abandonam temporariamente o lugar da sua residência permanente, por qualquer motivo relacionado com o espirito, o seu corpo ou profissão.

1930 Artur Bormann Conjunto de viagens cujo objetivo é o prazer, motivos comerciais ou profissionais e durante os quais a ausência da residência habitual é temporária.

1930 Josef Stradner Tráfego de viagens de luxo que visitam lugares fora da sua residência fixa e procuram fixa e procuram apenas a satisfação de uma necessidade de luxo.

1930 Morgenroth Tráfego de pessoas que se afastam temporariamente do seu lugar fixo de residência para outro lugar, com o objetivo de satisfazer as suas necessidades vitais e de cultura ou para levar a a cabo desejos de diversa índole, unicamente como consumidores de bens económicos e culturais.

1935 Glucksmann Soma das relações existentes entre pessoas que se encontram passageiramente num local de estadia com os seus habitantes.

1937 Comité de Estatística da Liga das Nações

Viagem durante 24 horas ou mais por qualquer país que não aquele da sua residência habitual.

1942 Krapf Soma de fenómenos e de relações que surgem das viagens e da permanência de não residentes, desde que não estejam ligados a uma atividade remunerada.

1945 ONU Viagem superior a 24 horas e inferior a um ano, por qualquer país que não seja aquela da sua residência habitual

1977 MCIntosh A ciência, a arte e atividade de atrair e transportar viajantes, alojá-los e cortesmente satisfazer as suas necessidades e desejos.

1981 Burkart e Medlik Deslocamento de curto prazo e temporais de pessoas para destinos fora do lugar de residência e de trabalho e as atividades empreendidas durante a estada nesses domínios.

1982 Methieson e Wall É o movimento provisório de pessoas, por períodos inferiores a um ano, para destinos fora do seu local de residência, e de trabalho, as atividades empreendidas durante a estada as facilidades que são criadas para satisfazer as necessidades dos turistas.

1988 Jafar Jafari Estudo do homem longe do seu local de residência da indústria que satisfaz as suas necessidades e dos impactos que ambos, ele e a indústria geram sobre os ambientes físico, económico e socio cultural da área recetora.

1991 Ryan Os meios pelo quais as pessoas procuram benefícios psicológicos pela experiencia de novos lugares e novas situações, de duração temporária, como forma de evasão das restrições do trabalho ou da rotina da vida diária.

1992 De la Torre Um fenómeno social que consiste no deslocamento voluntário e temporário de pessoas que fundamentalmente por motivos de recreação, descanso, cultura ou saúde saem do seu local de residência habitual para outro, no qual não exercem nenhuma atividade lucrativa nem remunerada gerando múltiplas inter-relações de importância social, económica e cultural.

1996 Rejwoski Um fenómeno caracterizado pelo deslocamento temporário de pessoas do seu local de domicilio para uma determinada localidade, com a permanência mínima de 24horas e utilização de serviços e equipamentos turísticos. Envolve tanto aspetos económicos, quanto sociais naturais, culturais ou políticos interdependentes, entre

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si os quais são oferecidos aos turistas por diferentes empresas turísticas.1997 Tribe A soma dos fenómenos e relações decorrentes da interação e da construção de

regiões de acolhimento com os turistas, os negócios de suporte, os governos, as comunidades e o ambiente

2000 Cunha Estudo de todas as variáveis associadas à viagem desde a sua conceção e desenvolvimento, às suas consequências e dependência com a industria, o enquadramento social e cultural, bem como as relações que se estabelecem entre os visitantes e as sociedades visitadas.

2001 UNTWO Compreende as atividades realizadas pelas pessoas durante as suas viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual por um período consecutivo inferior a um ano, por lazer, negócios ou outros.

2001 Cunha É a atividade ou as atividades económicas decorrentes das deslocações e permanência dos visitantes.

2002 Goeldner, Richie e MCIntosh

Soma dos fenómenos e relações que surgem da interação de turistas, empresas prestadoras de serviços, governos locais e comunidades recetivas no processo de atrair e alojar estes visitantes.

2002 Moesh É uma combinação de inter-relacionamentos entre produção e serviços, em cuja composição se integra uma prática social, cultural, histórica com um ambiente adverso.

2003 Ignarra A soma das operações, especialmente as de natureza económica, diretamente relacionadas com a entrada, a permanência e os deslocamento de estrangeiros oara dentro e para fora de um país, cidade ou região

Ao longo de várias décadas o turismo foi estudado por um grande número de investigadores provenientes de diferentes campos teóricos. Isto tem dificultado a criação de uma definição única de turismo, sendo que implica o estudo de várias áreas como a política, economia, geografia, sociologia. No entanto, após várias definições exibidas por vários investigadores neste campo, a variável constante ao longo das explicações é a questão da deslocação. O modelo do conceito que melhor esclarece a questão do que realmente é o turismo é a da UNTWO que diz que Turismo é o conjunto das atividades realizadas pelas pessoas durante as suas viagens e estadas em lugares diferentes na sua área de residência habitual por um período superior a 24 horas e inferior a 1 ano, por lazer, negócios e outros desde que não remunerados.1 Quem interpreta o turismo como um problema de transporte confunde-o com o tráfego de turistas. O tráfego de viajantes conduz ao turismo mas não é o turismo.

2 Nestas primeiras definições, enquanto o turismo não é um movimento de massas, privilegiou-se o tráfego, pela importância que se dava à supressão das distâncias. Dito de outro modo, o turismo é um privilégio para quem consegue pagar os elevados custos de transporte.

3 Por isso na, época:

Turista = quem efetuava uma viagem por razões de prazer, família, saúde, trabalho (negócios, conferências, desporto), religiosos e os visitantes de cruzeiros marítimos, inclusive os com estadias menores de 24 h.

Não são turistas - os que fazem viagens no seu país de residência, vão ocupar um emprego ou atividade profissional fora do seu páis, fixam residência num determinado país, estudantes, vivem na fronteira ou são viajantes em transito, mesmo com duração superior a 24h.

Elementos comuns entre as diferentes definições:

1. Há sempre uma deslocação;2. Não implica necessariamente alojamento no destino;3. A estada no destino nunca é permanente;4. Compreende tanto as viagens como todas as atividades antes, durante e depois da estada;5. Compreende todos os produtos e serviços criados para satisfazer as necessidades do turista e para proporcionarem a vivencia da experiencia.

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Visitante

Turista Excursionista

Definições básicas

1994 – Embora não haja um definição única para o que é turismo, a recomendação da UNWTO é:Turismo – são todas as atividades que as pessoas realizam durante as suas viagens e permanência em lugares distintos do seu entorno habitual, por um período consecutivo de tempo inferior a um ano, com fins de lazer, negócios e outros.

Turista – é um visitante que se desloca voluntariamente por um período consecutivo de tempo igual ou superior a 24 h, para um local diferente da sua residência e do seu trabalho sem visar a obtenção de lucro.

Em síntese:- Inclui todas as atividades dos visitantes (turistas + excursionistas);- Inclui o turismo doméstico;- Tem em conta a motivação, a duração, o limite de tempo e a localização.

Na sociedade moderna o Turismo pode ser entendido como um conjunto de diversas atividades políticas, económicas, sociais e ambientais, que incluem diferentes tipos de equipamentos, serviços, stakeholders e residentes.

Em 1963 a ONU (Organização das Nações Unidas) e a IOUTO (União das Organizações Oficiais de Publicidade Turística) – A UNWTO evoluiu desta organização- adotam a seguinte definição de turista, devido à necessidade de harmonizar os dados estatísticos e por o turismo já ser um fenómeno de massas:TURISTA é qualquer pessoa que visita um país que não o seu local de residência, por qualquer motivo desde que não seja decorrente de uma ocupação remunerada dentro do país visitado.Dois tipos de visitantes:

Turista: visitante temporário que permanece pelo menos 24 horas.

Excursionista: visitante temporário que permanece menos de 24 horas e não pernoita.

Viajante – qualquer pessoa que viagem entre dois ou mais países e entre duas ou mais localidades no seu país de residência habitual.

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Viajante Interno- Deslocação dentro de um país ou região;Viajante internacional- Deslocação que inclui a passagem de fronteiras;Viajante em trânsito- Deslocações entre países;Lazer - Tempo que resta após todas as tarefas realizadas (TEMPO);Recreação- Conjunto de atividades que podemos realizar no tempo de lazer (ATIVIDADES);Turismo- Forma de recreação e ocupação do tempo livre.

Circuito Turístico- Viagem organizada de duração limitada, com horários, preços, frequências e percursos pré-fixados e autorizados.

Densidade Turística- Indicador que permite avalia a pressão turística sobre um território, através da relação entre o número de dormidas nos meios de alojamento recenseados e a área do território, medida em km2.

Despesa Turística- Montante pago pela compra de bens e serviços no próprio país e durante a realização de viagens, no país ou no estrangeiro, pelos visitantes ou por outras entidades em seu beneficio.

Incluem-se: 1- despesa corrente: (efetuada pelo visitante, mesmo que a viagem ainda não tivesse ocorrido, isto é, que tivesse permanecido na sua residência habitual);2- despesa especifica: (efetuada pelo visitante, em resultado da viagem, com transportes, alojamento, lembranças, ou souvenirs, cultura, recreio, etc)

Destino Turístico- Local visitado durante uma deslocação ou uma viagem turística.

Destino Turístico Principal: Local visitado durante uma deslocação ou uma viagem turística, quando esteja associado com o motivo principal da deslocação ou viagem, definido segundo os seguintes critérios: motivação- local que o visitante considera como principal;

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tempo- local onde foi passado maior parte do tempo (o maior número de noites, quando se trata de uma viagem); distância- local mais distante que foi visitado. A determinação do destino turístico principal é feita pela ordem indicada.

Dormida: Permanência de um indivíduo num estabelecimento que forneça alojamento, por um período compreendido entres as 12h de um dia e as 12h do dia seguintes.Duração da Viagem Turística: Número de noites passadas pelo turista fora da residência habitual. (Se o nº de noites estiver compreendido entre 1 e 3 considera-se que se trata de uma viagem de curta duração; se for superior a 3 considera-se que se trata de uma viagem de longa duração).

Viagem Organizada- Deslocação organizada, implicando o acordo antecipado de fornecimento de um conjunto de serviços de viagem, incluindo no mínimo, transporte e/ou alojamento e outros serviços turísticos essenciais.

Viagem Turística- Deslocação a um ou mais destinos turísticos, incluindo o regresso ao ponto de partida e abrangendo todo o período de tempo durante o qual uma pessoa permanece fora do seu ambiente habitual.

Consumo do turismo emissor- Consumo efetuado por visitantes residentes no âmbito de uma deslocação ao estrangeiro. (Dinheiro que gastam ao ir para o estrangeiro)

Consumo do Turismo Recetor - Consumo efetuado pelos visitantes estrangeiros não residentes em Portugal. (Dinheiro que os estrangeiros gastam em Portugal)

Consumo do turismo interior – Conjunto do consumo efetuado pelos visitantes não residentes em Portugal (consumo do turismo recetor) e o consumo efetuado pelos visitantes dentro do país de residência (consumo do turismo interno). (Dinheiro que os estrangeiros gastam em Portugal + Dinheiro que os turistas Portugueses gastam em Portugal)

Consumo do Turismo Interno - Consumo efetuado pelos visitantes residentes no país. (Dinheiro que os portugueses gastam em Portugal).

Gasto Médio Diário- Gasto médio por visitante tendo em conta a permanência média no país de destino.

Gasto Médio por Visitante- Gasto realizado em média pelos visitantes (turistas ou excursionistas) durante a sua viagem para o país de destino (transportes, alojamento, lembranças, cultura e recreio) independentemente de onde o gasto é realizado, no páis de destino ou no lugar de residência.

Intensidade Turística- Indicador que permite avaliar a relação entre os turistas e a população residentes e os impactes que daí resultam, a partir do rácio entre o número de dormidas nos meios de alojamento recenseado e o número de turistas residentes.

TAXAS:T. Bruta de Ocupação/Cama

Page 6: Introdução Ao Turismo

T. Bruta de Ocupação/Quarto

T. Liquida de Ocupação/Cama

T. Liquida de Ocupação/Quarto

Taxa de Sazonalidade - Indicador que permite avaliar o peso relativo da procura turística nos meses de maior procura, relativamente ao total anual, medido através do número de dormidas nos meios de alojamento recenseados.

Page 7: Introdução Ao Turismo

Turismo Emissor - Atividades desenvolvidas pelos visitantes residentes para fora do seu país de residência .

Turismo Recetor- Atividades desenvolvidas pelos visitantes não residentes no país de referência (receber estrangeiros em Portugal)

Turismo Interior- Atividades desenvolvidas por (residentes + não residentes) dentro do país de referência p/exemplo Portugal.

Turismo Interno - Atividades desenvolvidas pelos visitantes residentes nas deslocações no interior do seu país de residência.

Turismo Internacional – Atividades desenvolvidas pelos visitantes residentes para fora do seu país de referência + os visitantes estrangeiros no âmbito de uma deslocação para fora do país de referência (Portugal).

Turismo Nacional- Atividades desenvolvidas pelos visitantes residentes no interior do seu país de referência (portugueses em Portugal) e as deslocações dos residentes para fora do país (portugueses saírem de Portugal).

Código de Ética

Código de ética mundial do turismo Adotado em 1999 pela assembleia geral da OMT em Santiago de Chile. Referenciado em 2001 pela assembleia geral das nações unidas.

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Traduzido por 46 países e territórios Pretende oferecer um marco de referência para o comportamento responsável por todos os agentes do turismo e definir os seus direitos e obrigações.

RECOMENDAÇÕES DA ASSEMBLEIA GERAL DA OMTQue os estados: Aceitem os princípios do código; Os apliquem (leis, regulamentação, política, etc); Informem sobre ele ao comité mundial de ética do turismo; Que a industria turística: Desenhe, adote e promova códigos profissionais; Informe sobre ele ao comité mundial de ética do turismo;

COMITÉ MUNDIAL DE ÉTICA DO TURISMO (CMET):Órgão independente e imparcial. Estabelecido em 2003.

Funções principais:1. Promover a divulgação do código de ética mundial para o turismo; 2.Avaliar e dar seguimento a implementação do Código; 3.Resolver disputas através de um sistema de conciliação.

Sistema TurísticoProcura Turística- Formada por um conjunto de consumidores (ou possíveis consumidores) de bens e serviços turísticos. Está intimamente relacionado com o processo de tomada de decisões que as pessoas realizam constantemente no processo de planeamento das suas atividades. Depende de numerosos fatores como (económicos, psicológicos, sociológicos, físicos e éticos. Pretende explicar o comportamento do consumidor a partir das suas decisões de compra de bens e serviços que estão à disposição no mercado turístico. Requer o conhecimento básico dos componentes que a formam.

Procura:- Real/efetiva: é a procura que já existe que participa da existência da atividade turistica; é definida pelo número real de turistas presentes numa localidade.- Reprimida: São os indivíduos que, por algum motivo, não viajam potencial: turistas que não efetuaram a sua visita mas que futuramente o farão quando os fatores impeditivos desaparecerem. protelada: turistas que adiam por motivos da oferta ( p/ exmpl: cancelamento de voos)- Substituição/redireccionamento da procura: ocorre quando a procura por uma determinada oferta é substituída por outra.- Sem-procura: corresponde às pessoas que não desejam viajar ou não possuem condições.

Observa-se que a análise da procura turística através de um conceito global é extremamente complexa, uma vez que as características da população dos mercados emissores, além de outros diferentes fatores, condicionam a decisão de viajar, influenciam a sua estrutura e, por consequência, o seu desenvolvimento. Estes fatores podem ter várias classificações:

1. Económicos.a) Nível de rendimento disponível.

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b) Nível de preços.c) Política fiscal e controle de gastos em turismo.d) Financiamento.e) Câmbio.

2. Relativos às unidades que procuram.a. Motivação.b. Condicionantes socioculturais.c. Formas e estilos de vida.d. Tempo de lazer.e. Costumes de épocas.f. Crenças ideológicas, religiosas ou políticas.g. Fatores políticos.h. Fatores demográficos.

3. Aleatórios.4. Relativos aos sistemas de comercialização.5. Relativos à produção.

A sobrevivência dos destinos turísticos depende tanto do planeamento e desenvolvimento do turismo sustentável como do conhecimento dos fluxos turísticos, das motivações dos turistas e dos impactos do turismo no destino.

Oferta Turística- Composta pelo conjunto de produtos, serviços, equipamentos e organizações envolvidas ativamente na experiencia turística. soma da matéria-prima da atividade ( recursos naturais e culturais, atrativos turísticos) conjunto de bens e serviços produzidos para proporcionar o seu consumo os elementos que compõem a ofer. turis. Podem ser considerados quanto à sua composição e à sua classificação.

A sua composição é a seguinte:- Meios de hospedagem: hotéis, hotéis residência, hotéis de lazer, pousadas, motéis, hospedarias, albergues da juventude, campings, pensões, apart-hotéis, condomínios, casas, cabanas, trailer parks;- Serviços de alimentação e bebidas: bares, restaurantes, cafés, quiosques;- Serviços de agenciamento: agência de viagens e turismo, transportadoras turísticas e outros;- Serviços de entretenimento e diversões: parques de diversões e temáticos, bares, cinemas, teatros, casas noturnas (night clubs, discotecas), casinos e outros jogos de azar; clubes esportivos, outros espetáculos públicos (touradas, rodeios, etc.), outros;- Eventos: centros de convenções e exposições, empresas organizadoras de eventos, locadoras de equipamentos, outros;- Locadoras de veículos;- Outros serviços: informação turística, guias, comércio, câmbio de moeda, primeiros socorros, módulos policiais, estacionamentos, outros.

Oferta turística Original atrativos turísticosOferta turística Agregada bens e serviços gerados pelas empresas de turismo para dar suporte à atividade turística.