legislaÇÃo aplicada ao turismo

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APOSTILA LEGISLAÇÃO APLICADA AO TURISMO –LAT POR. ADM.ESP.KARLLA MIRANDA GUIA DOCENTE – CEU SEC- BA

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1. APOSTILA LEGISLAO APLICADA AO TURISMO LAT POR. ADM.ESP.KARLLA MIRANDA GUIA DOCENTE CEU SEC- BA 2. EMENTA = RESUMO DO ASSUNTO Legislao Aplicada ao Turismo Estudos introdutrios ao estudo do Direito, seus fundamentos tericos e conceituais. O turismo e a Constituio Brasileira. O Regime Jurdico e a legislao aplicada aos servios tursticos no Brasil: contrato de prestao de servios, agenciamento de viagens, relaes de transporte areo, martimo etc. Proteo ao turista e a responsabilidade civil. O Cdigo de Defesa do Consumidor e o Direito Ambiental. As normas tursticas internacionais e a noo de normas alfandegrias. Os roteiros tursticos e a legislao de proteo ao patrimnio pblico cultural, natural/ambiental. SUMRIO 1. Os 10 mandamentos do turismo 2. Lei Geral do Turismo n 11.771/08 de 17 de setembro de 2008 3. Lei n 8.623/93 de 28 de janeiro de 1993 4. Decreto n 946/93, de 1 de outubro de 1993 5. Decreto n 5046 de 30 de maro de 2005 , Revogado pelo Decreto n 7.381, de 2010 6. Lei Estadual de Turismo LEI N 12.933 DE 09 DE JANEIRO DE 2014 7. Cdigo de Defesa do Consumidor Lei N 8.078, de 11 de setembro de 1990 8. Cdigo de tica dos Guias de Turismo 9. Cdigo Mundial de tica do Turismo 10. PORTARIA N 27, DE 30 DE JANEIRO DE 2014 Estabelece requisitos e critrios para o exerccio da atividade de Guia de Turismo e d outras providncias. 3. Os 10 mandamentos do Turismo 1)Trate o turista de forma nica; 2)Oriente-o prestando informaes corretas; 3)Receba o turista como se fosse hspede de sua casa; 4)Proporcione sempre o melhor atendimento; 5)Faa o possvel para atender o que ele fala; 6)Respeite-o como voc gosta de ser respeitado; 7)Cative-o atravs de sua cordialidade; 8)Ajude-o a descobrir o que a sua cidade tem a oferecer; 9)Lembre-se sempre da importncia do turista para a sua cidade e estado; 10)Explore o turismo, nunca o turista. 4. Presidncia da Repblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurdicos LEI N 11.771, DE 17 DE SETEMBRO DE 2008. Mensagem de veto Dispe sobre a Poltica Nacional de Turismo, define as atribuies do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estmulo ao setor turstico; revoga a Lei no 6.505, de 13 de dezembro de 1977, o Decreto-Lei no 2.294, de 21 de novembro de 1986, e dispositivos da Lei no 8.181, de 28 de maro de 1991; e d outras providncias. O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPTULO I DISPOSIES PRELIMINARES Art. 1o Esta Lei estabelece normas sobre a Poltica Nacional de Turismo, define as atribuies do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estmulo ao setor turstico e disciplina a prestao de servios 5. tursticos, o cadastro, a classificao e a fiscalizao dos prestadores de servios tursticos. Art. 2o Para os fins desta Lei, considera-se turismo as atividades realizadas por pessoas fsicas durante viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual, por um perodo inferior a 1 (um) ano, com finalidade de lazer, negcios ou outras. Pargrafo nico. As viagens e estadas de que trata o caput deste artigo devem gerar movimentao econmica, trabalho, emprego, renda e receitas pblicas, constituindo-se instrumento de desenvolvimento econmico e social, promoo e diversidade cultural e preservao da biodiversidade. Art. 3o Caber ao Ministrio do Turismo estabelecer a Poltica Nacional de Turismo, planejar, fomentar, regulamentar, coordenar e fiscalizar a atividade turstica, bem como promover e divulgar institucionalmente o turismo em mbito nacional e internacional. Pargrafo nico. O poder pblico atuar, mediante apoio tcnico, logstico e financeiro, na consolidao do turismo como importante fator de desenvolvimento sustentvel, de distribuio de renda, de gerao de emprego e da conservao do patrimnio natural, cultural e turstico brasileiro. CAPTULO II DA POLTICA, DO PLANO E DO SISTEMA NACIONAL DE TURISMO Seo I Da Poltica Nacional de Turismo Subseo I 6. Dos Princpios Art. 4o A Poltica Nacional de Turismo regida por um conjunto de leis e normas, voltadas ao planejamento e ordenamento do setor, e por diretrizes, metas e programas definidos no Plano Nacional do Turismo - PNT estabelecido pelo Governo Federal. Pargrafo nico. A Poltica Nacional de Turismo obedecer aos princpios constitucionais da livre iniciativa, da descentralizao, da regionalizao e do desenvolvimento econmico-social justo e sustentvel. Subseo II Dos Objetivos Art. 5o A Poltica Nacional de Turismo tem por objetivos: I - democratizar e propiciar o acesso ao turismo no Pas a todos os segmentos populacionais, contribuindo para a elevao do bem-estar geral; II - reduzir as disparidades sociais e econmicas de ordem regional, promovendo a incluso social pelo crescimento da oferta de trabalho e melhor distribuio de renda; III - ampliar os fluxos tursticos, a permanncia e o gasto mdio dos turistas nacionais e estrangeiros no Pas, mediante a promoo e o apoio ao desenvolvimento do produto turstico brasileiro; IV - estimular a criao, a consolidao e a difuso dos produtos e destinos tursticos brasileiros, com vistas em atrair turistas nacionais e estrangeiros, diversificando os fluxos entre as unidades da Federao e buscando beneficiar, especialmente, as 7. regies de menor nvel de desenvolvimento econmico e social; V - propiciar o suporte a programas estratgicos de captao e apoio realizao de feiras e exposies de negcios, viagens de incentivo, congressos e eventos nacionais e internacionais; VI - promover, descentralizar e regionalizar o turismo, estimulando Estados, Distrito Federal e Municpios a planejar, em seus territrios, as atividades tursticas de forma sustentvel e segura, inclusive entre si, com o envolvimento e a efetiva participao das comunidades receptoras nos benefcios advindos da atividade econmica; VII - criar e implantar empreendimentos destinados s atividades de expresso cultural, de animao turstica, entretenimento e lazer e de outros atrativos com capacidade de reteno e prolongamento do tempo de permanncia dos turistas nas localidades; VIII - propiciar a prtica de turismo sustentvel nas reas naturais, promovendo a atividade como veculo de educao e interpretao ambiental e incentivando a adoo de condutas e prticas de mnimo impacto compatveis com a conservao do meio ambiente natural; IX - preservar a identidade cultural das comunidades e populaes tradicionais eventualmente afetadas pela atividade turstica; X - prevenir e combater as atividades tursticas relacionadas aos abusos de natureza sexual e outras que afetem a dignidade humana, respeitadas as competncias dos diversos rgos governamentais envolvidos; 8. XI - desenvolver, ordenar e promover os diversos segmentos tursticos; XII - implementar o inventrio do patrimnio turstico nacional, atualizando-o regularmente; XIII - propiciar os recursos necessrios para investimentos e aproveitamento do espao turstico nacional de forma a permitir a ampliao, a diversificao, a modernizao e a segurana dos equipamentos e servios tursticos, adequando-os s preferncias da demanda, e, tambm, s caractersticas ambientais e socioeconmicas regionais existentes; XIV - aumentar e diversificar linhas de financiamentos para empreendimentos tursticos e para o desenvolvimento das pequenas e microempresas do setor pelos bancos e agncias de desenvolvimento oficiais; XV - contribuir para o alcance de poltica tributria justa e equnime, nas esferas federal, estadual, distrital e municipal, para as diversas entidades componentes da cadeia produtiva do turismo; XVI - promover a integrao do setor privado como agente complementar de financiamento em infra- estrutura e servios pblicos necessrios ao desenvolvimento turstico; XVII - propiciar a competitividade do setor por meio da melhoria da qualidade, eficincia e segurana na prestao dos servios, da busca da originalidade e do aumento da produtividade dos agentes pblicos e empreendedores tursticos privados; XVIII - estabelecer padres e normas de qualidade, eficincia e segurana na prestao de servios por 9. parte dos operadores, empreendimentos e equipamentos tursticos; XIX - promover a formao, o aperfeioamento, a qualificao e a capacitao de recursos humanos para a rea do turismo, bem como a implementao de polticas que viabilizem a colocao profissional no mercado de trabalho; e XX - implementar a produo, a sistematizao e o intercmbio de dados estatsticos e informaes relativas s atividades e aos empreendimentos tursticos instalados no Pas, integrando as universidades e os institutos de pesquisa pblicos e privados na anlise desses dados, na busca da melhoria da qualidade e credibilidade dos relatrios estatsticos sobre o setor turstico brasileiro. Pargrafo nico. Quando se tratar de unidades de conservao, o turismo ser desenvolvido em consonncia com seus objetivos de criao e com o disposto no plano de manejo da unidade. Seo II Do Plano Nacional de Turismo - PNT Art. 6o O Plano Nacional de Turismo - PNT ser elaborado pelo Ministrio do Turismo, ouvidos os segmentos pblicos e privados interessados, inclusive o Conselho Nacional de Turismo, e aprovado pelo Presidente da Repblica, com o intuito de promover: I - a poltica de crdito para o setor, nela includos agentes financeiros, linhas de financiamento e custo financeiro; II - a boa imagem do produto turstico brasileiro no mercado nacional e internacional; 10. III - a vinda de turistas estrangeiros e a movimentao de turistas no mercado interno; IV - maior aporte de divisas ao balano de pagamentos; V - a incorporao de segmentos especiais de demanda ao mercado interno, em especial os idosos, os jovens e as pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, pelo incentivo a programas de descontos e facilitao de deslocamentos, hospedagem e fruio dos produtos tursticos em geral e campanhas institucionais de promoo; VI - a proteo do meio ambiente, da biodiversidade e do patrimnio cultural de interesse turstico; VII - a atenuao de passivos socioambientais eventualmente provocados pela atividade turstica; VIII - o estmulo ao turismo responsvel praticado em reas naturais protegidas ou no; IX - a orientao s aes do setor privado, fornecendo aos agentes econmicos subsdios para planejar e executar suas atividades; e X - a informao da sociedade e do cidado sobre a importncia econmica e social do turismo. Pargrafo nico. O PNT ter suas metas e programas revistos a cada 4 (quatro) anos, em consonncia com o plano plurianual, ou quando necessrio, observado o interesse pblico, tendo por objetivo ordenar as aes do setor pblico, orientando o esforo do Estado e a utilizao dos recursos pblicos para o desenvolvimento do turismo. Art. 7o O Ministrio do Turismo, em parceria com outros rgos e entidades integrantes 11. da administrao pblica, publicar, anualmente, relatrios, estatsticas e balanos, consolidando e divulgando dados e informaes sobre: I - movimento turstico receptivo e emissivo; II - atividades tursticas e seus efeitos sobre o balano de pagamentos; e III - efeitos econmicos e sociais advindos da atividade turstica. Seo III Do Sistema Nacional de Turismo Subseo I Da Organizao e Composio Art. 8o Fica institudo o Sistema Nacional de Turismo, composto pelos seguintes rgos e entidades: I - Ministrio do Turismo; II - EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo; III - Conselho Nacional de Turismo; e IV - Frum Nacional de Secretrios e Dirigentes Estaduais de Turismo. 1o Podero ainda integrar o Sistema: I - os fruns e conselhos estaduais de turismo; II - os rgos estaduais de turismo; e III - as instncias de governana macrorregionais, regionais e municipais. 12. 2o O Ministrio do Turismo, rgo Central do Sistema Nacional de Turismo, no mbito de sua atuao, coordenar os programas de desenvolvimento do turismo, em interao com os demais integrantes. Subseo II Dos Objetivos Art. 9o O Sistema Nacional de Turismo tem por objetivo promover o desenvolvimento das atividades tursticas, de forma sustentvel, pela coordenao e integrao das iniciativas oficiais com as do setor produtivo, de modo a: I - atingir as metas do PNT; II - estimular a integrao dos diversos segmentos do setor, atuando em regime de cooperao com os rgos pblicos, entidades de classe e associaes representativas voltadas atividade turstica; III - promover a regionalizao do turismo, mediante o incentivo criao de organismos autnomos e de leis facilitadoras do desenvolvimento do setor, descentralizando a sua gesto; e IV - promover a melhoria da qualidade dos servios tursticos prestados no Pas. Pargrafo nico. Os rgos e entidades que compem o Sistema Nacional de Turismo, observadas as respectivas reas de competncia, devero orientar- se, ainda, no sentido de: I - definir os critrios que permitam caracterizar as atividades tursticas e dar homogeneidade terminologia especfica do setor; 13. II - promover os levantamentos necessrios ao inventrio da oferta turstica nacional e ao estudo de demanda turstica, nacional e internacional, com vistas em estabelecer parmetros que orientem a elaborao e execuo do PNT; III - proceder a estudos e diligncias voltados quantificao, caracterizao e regulamentao das ocupaes e atividades, no mbito gerencial e operacional, do setor turstico e demanda e oferta de pessoal qualificado para o turismo; IV - articular, perante os rgos competentes, a promoo, o planejamento e a execuo de obras de infra-estrutura, tendo em vista o seu aproveitamento para finalidades tursticas; V - promover o intercmbio com entidades nacionais e internacionais vinculadas direta ou indiretamente ao turismo; VI - propor o tombamento e a desapropriao por interesse social de bens mveis e imveis, monumentos naturais, stios ou paisagens cuja conservao seja de interesse pblico, dado seu valor cultural e de potencial turstico; VII - propor aos rgos ambientais competentes a criao de unidades de conservao, considerando reas de grande beleza cnica e interesse turstico; e VIII - implantar sinalizao turstica de carter informativo, educativo e, quando necessrio, restritivo, utilizando linguagem visual padronizada nacionalmente, observados os indicadores de sinalizao turstica utilizados pela Organizao Mundial de Turismo. CAPTULO III 14. DA COORDENAO E INTEGRAO DE DECISES E AES NO PLANO FEDERAL Seo nica Das Aes, Planos e Programas Art. 10. O poder pblico federal promover a racionalizao e o desenvolvimento uniforme e orgnico da atividade turstica, tanto na esfera pblica como privada, mediante programas e projetos consoantes com a Poltica Nacional de Turismo e demais polticas pblicas pertinentes, mantendo a devida conformidade com as metas fixadas no PNT. Art. 11. Fica criado o Comit Interministerial de Facilitao Turstica, com a finalidade de compatibilizar a execuo da Poltica Nacional de Turismo e a consecuo das metas do PNT com as demais polticas pblicas, de forma que os planos, programas e projetos das diversas reas do Governo Federal venham a incentivar: I - a poltica de crdito e financiamento ao setor; II - a adoo de instrumentos tributrios de fomento atividade turstica mercantil, tanto no consumo como na produo; III - o incremento ao turismo pela promoo adequada de tarifas aeroporturias, em especial a tarifa de embarque, preos de passagens, tarifas diferenciadas ou estimuladoras relativas ao transporte turstico; IV - as condies para afretamento relativas ao transporte turstico; V - a facilitao de exigncias, condies e formalidades, estabelecidas para o ingresso, sada e 15. permanncia de turistas no Pas, e as respectivas medidas de controle adotadas nos portos, aeroportos e postos de fronteira, respeitadas as competncias dos diversos rgos governamentais envolvidos; VI - o levantamento de informaes quanto procedncia e nacionalidade dos turistas estrangeiros, faixa etria, motivo da viagem e permanncia estimada no Pas; VII - a metodologia e o clculo da receita turstica contabilizada no balano de pagamentos das contas nacionais; VIII - a formao, a capacitao profissional, a qualificao, o treinamento e a reciclagem de mo-de- obra para o setor turstico e sua colocao no mercado de trabalho; IX - o aproveitamento turstico de feiras, exposies de negcios, congressos e simpsios internacionais, apoiados logstica, tcnica ou financeiramente por rgos governamentais, realizados em mercados potencialmente emissores de turistas para a divulgao do Brasil como destino turstico; X - o fomento e a viabilizao da promoo do turismo, visando captao de turistas estrangeiros, solicitando inclusive o apoio da rede diplomtica e consular do Brasil no exterior; XI - o tratamento diferenciado, simplificado e favorecido s microempresas e empresas de pequeno porte de turismo; XII - a gerao de empregos; XIII - o estabelecimento de critrios de segurana na utilizao de servios e equipamentos tursticos; e 16. XIV - a formao de parcerias interdisciplinares com as entidades da administrao pblica federal, visando ao aproveitamento e ordenamento do patrimnio natural e cultural para fins tursticos. Pargrafo nico. O Comit Interministerial de Facilitao Turstica, cuja composio, forma de atuao e atribuies sero definidas pelo Poder Executivo, ser presidido pelo Ministro de Estado do Turismo. Art. 12. O Ministrio do Turismo poder buscar, no Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior, apoio tcnico e financeiro para as iniciativas, planos e projetos que visem ao fomento das empresas que exeram atividade econmica relacionada cadeia produtiva do turismo, com nfase nas microempresas e empresas de pequeno porte. Art. 13. O Ministrio do Turismo poder buscar, no Ministrio da Educao e no Ministrio do Trabalho e Emprego, no mbito de suas respectivas competncias, apoio para estimular as unidades da Federao emissoras de turistas implantao de frias escolares diferenciadas, buscando minorar os efeitos da sazonalidade turstica, caracterizada pelas alta e baixa temporadas. Pargrafo nico. O Governo Federal, por intermdio do Ministrio do Turismo, poder oferecer estmulos e vantagens especiais s unidades da Federao emissoras de turistas em funo do disposto neste artigo. Art. 14. O Ministrio do Turismo, diretamente ou por intermdio do Instituto Brasileiro de Turismo - EMBRATUR, poder utilizar, mediante delegao ou convnio, os servios das representaes diplomticas, econmicas e culturais do Brasil no 17. exterior para a execuo de suas tarefas de captao de turistas, eventos e investidores internacionais para o Pas e de apoio promoo e divulgao de informaes tursticas nacionais, com vistas na formao de uma rede de promoo internacional do produto turstico brasileiro, intercmbio tecnolgico com instituies estrangeiras e prestao de assistncia turstica aos que dela necessitarem. CAPTULO IV DO FOMENTO ATIVIDADE TURSTICA Seo I Da Habilitao a Linhas de Crdito Oficiais e ao Fundo Geral de Turismo - FUNGETUR Art. 15. As pessoas fsicas ou jurdicas, de direito pblico ou privado, com ou sem fins lucrativos, que desenvolverem programas e projetos tursticos podero receber apoio financeiro do poder pblico, mediante: I - cadastro efetuado no Ministrio do Turismo, no caso de pessoas de direito privado; e II - participao no Sistema Nacional de Turismo, no caso de pessoas de direito pblico. Seo II Do Suporte Financeiro s Atividades Tursticas Art. 16. O suporte financeiro ao setor turstico ser viabilizado por meio dos seguintes mecanismos operacionais de canalizao de recursos: I - da lei oramentria anual, alocado ao Ministrio do Turismo e Embratur; 18. II - do Fundo Geral de Turismo - FUNGETUR; III - de linhas de crdito de bancos e instituies federais; IV - de agncias de fomento ao desenvolvimento regional; V - alocados pelos Estados, Distrito Federal e Municpios; VI - de organismos e entidades nacionais e internacionais; e VII - da securitizao de recebveis originrios de operaes de prestao de servios tursticos, por intermdio da utilizao de Fundos de Investimento em Direitos Creditrios - FIDC e de Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditrios - FICFIDC, observadas as normas do Conselho Monetrio Nacional - CMN e da Comisso de Valores Mobilirios - CVM. Pargrafo nico. O poder pblico federal poder viabilizar, ainda, a criao de mecanismos de investimentos privados no setor turstico. Art. 17. (VETADO) Seo III Do Fundo Geral de Turismo - FUNGETUR Art. 18. O Fundo Geral de Turismo - FUNGETUR, criado pelo Decreto-Lei no 1.191, de 27 de outubro de 1971, alterado pelo Decreto-Lei no 1.439, de 30 de dezembro de 1975, ratificado pela Lei no 8.181, de 28 de maro de 1991, ter seu funcionamento e condies operacionais regulados em ato do Ministro de Estado do Turismo. 19. Art. 19. O Fungetur tem por objeto o financiamento, o apoio ou a participao financeira em planos, projetos, aes e empreendimentos reconhecidos pelo Ministrio do Turismo como de interesse turstico, os quais devero estar abrangidos nos objetivos da Poltica Nacional de Turismo, bem como consoantes com as metas traadas no PNT, explicitados nesta Lei. Pargrafo nico. As aplicaes dos recursos do Fungetur, para fins do disposto neste artigo, sero objeto de normas, definies e condies a serem fixadas pelo Ministrio do Turismo, em observncia legislao em vigor. Art. 20. Constituem recursos do Fungetur: I - recursos do oramento geral da Unio; II - contribuies, doaes, subvenes e auxlios de entidades de qualquer natureza, inclusive de organismos internacionais; III (VETADO); IV - devoluo de recursos de projetos no iniciados ou interrompidos, com ou sem justa causa; V - reembolso das operaes de crdito realizadas a ttulo de financiamento reembolsvel; VI - recebimento de dividendos ou da alienao das participaes acionrias do prprio Fundo e da Embratur em empreendimentos tursticos; VII - resultado das aplicaes em ttulos pblicos federais; VIII - quaisquer outros depsitos de pessoas fsicas ou jurdicas realizados a seu crdito; 20. IX - receitas eventuais e recursos de outras fontes que vierem a ser definidas; e X - supervit financeiro de cada exerccio. Pargrafo nico. A operacionalizao do Fungetur poder ser feita por intermdio de agentes financeiros. CAPTULO V DOS PRESTADORES DE SERVIOS TURSTICOS Seo I Da Prestao de Servios Tursticos Subseo I Do Funcionamento e das Atividades Art. 21. Consideram-se prestadores de servios tursticos, para os fins desta Lei, as sociedades empresrias, sociedades simples, os empresrios individuais e os servios sociais autnomos que prestem servios tursticos remunerados e que exeram as seguintes atividades econmicas relacionadas cadeia produtiva do turismo: I - meios de hospedagem; II - agncias de turismo; III - transportadoras tursticas; IV - organizadoras de eventos; V - parques temticos; e VI - acampamentos tursticos. 21. Pargrafo nico. Podero ser cadastradas no Ministrio do Turismo, atendidas as condies prprias, as sociedades empresrias que prestem os seguintes servios: I - restaurantes, cafeterias, bares e similares; II - centros ou locais destinados a convenes e/ou a feiras e a exposies e similares; III - parques temticos aquticos e empreendimentos dotados de equipamentos de entretenimento e lazer; IV - marinas e empreendimentos de apoio ao turismo nutico ou pesca desportiva; V - casas de espetculos e equipamentos de animao turstica; VI - organizadores, promotores e prestadores de servios de infra-estrutura, locao de equipamentos e montadoras de feiras de negcios, exposies e eventos; VII - locadoras de veculos para turistas; e VIII - prestadores de servios especializados na realizao e promoo das diversas modalidades dos segmentos tursticos, inclusive atraes tursticas e empresas de planejamento, bem como a prtica de suas atividades. Art. 22. Os prestadores de servios tursticos esto obrigados ao cadastro no Ministrio do Turismo, na forma e nas condies fixadas nesta Lei e na sua regulamentao. 1o As filiais so igualmente sujeitas ao cadastro no Ministrio do Turismo, exceto no caso de estande 22. de servio de agncias de turismo instalado em local destinado a abrigar evento de carter temporrio e cujo funcionamento se restrinja ao perodo de sua realizao. 2o O Ministrio do Turismo expedir certificado para cada cadastro deferido, inclusive de filiais, correspondente ao objeto das atividades tursticas a serem exercidas. 3o Somente podero prestar servios de turismo a terceiros, ou intermedi-los, os prestadores de servios tursticos referidos neste artigo quando devidamente cadastrados no Ministrio do Turismo. 4o O cadastro ter validade de 2 (dois) anos, contados da data de emisso do certificado. 5o O disposto neste artigo no se aplica aos servios de transporte areo. Subseo II Dos Meios de Hospedagem Art. 23. Consideram-se meios de hospedagem os empreendimentos ou estabelecimentos, independentemente de sua forma de constituio, destinados a prestar servios de alojamento temporrio, ofertados em unidades de freqncia individual e de uso exclusivo do hspede, bem como outros servios necessrios aos usurios, denominados de servios de hospedagem, mediante adoo de instrumento contratual, tcito ou expresso, e cobrana de diria. 1o Os empreendimentos ou estabelecimentos de hospedagem que explorem ou administrem, em condomnios residenciais, a prestao de servios de 23. hospedagem em unidades mobiliadas e equipadas, bem como outros servios oferecidos a hspedes, esto sujeitos ao cadastro de que trata esta Lei e ao seu regulamento. 2o Considera-se prestao de servios de hospedagem em tempo compartilhado a administrao de intercmbio, entendida como organizao e permuta de perodos de ocupao entre cessionrios de unidades habitacionais de distintos meios de hospedagem. 3o No descaracteriza a prestao de servios de hospedagem a diviso do empreendimento em unidades hoteleiras, assim entendida a atribuio de natureza jurdica autnoma s unidades habitacionais que o compem, sob titularidade de diversas pessoas, desde que sua destinao funcional seja apenas e exclusivamente a de meio de hospedagem. 4o Entende-se por diria o preo de hospedagem correspondente utilizao da unidade habitacional e dos servios includos, no perodo de 24 (vinte e quatro) horas, compreendido nos horrios fixados para entrada e sada de hspedes. Art. 24. Os meios de hospedagem, para obter o cadastramento, devem preencher pelo menos um dos seguintes requisitos: I - possuir licena de funcionamento, expedida pela autoridade competente, para prestar servios de hospedagem, podendo tal licena objetivar somente partes da edificao; e II - no caso dos empreendimentos ou estabelecimentos conhecidos como condomnio hoteleiro, flat, flat-hotel, hotel-residence, loft, apart- hotel, apart-servicecondominial, condohotel e 24. similares, possuir licena edilcia de construo ou certificado de concluso de construo, expedidos pela autoridade competente, acompanhados dos seguintes documentos: a) conveno de condomnio ou memorial de incorporao ou, ainda, instrumento de instituio condominial, com previso de prestao de servios hoteleiros aos seus usurios, condminos ou no, com oferta de alojamento temporrio para hspedes mediante contrato de hospedagem no sistema associativo, tambm conhecido como pool de locao; b) documento ou contrato de formalizao de constituio do pool de locao, como sociedade em conta de participao, ou outra forma legal de constituio, com a adeso dos proprietrios de pelo menos 60% (sessenta por cento) das unidades habitacionais explorao hoteleira do empreendimento; c) contrato em que esteja formalizada a administrao ou explorao, em regime solidrio, do empreendimento imobilirio como meio de hospedagem de responsabilidade de prestador de servio hoteleiro cadastrado no Ministrio do Turismo; d) certido de cumprimento s regras de segurana contra riscos aplicveis aos estabelecimentos comerciais; e e) documento comprobatrio de enquadramento sindical da categoria na atividade de hotis, exigvel a contar da data de eficcia do segundo dissdio coletivo celebrado na vigncia desta Lei. 1o Para a obteno do cadastro no Ministrio do Turismo, os empreendimentos de que trata o inciso II do caput deste artigo, caso a licena edilcia de 25. construo tenha sido emitida aps a vigncia desta Lei, devero apresentar, necessariamente, a licena de funcionamento. 2o O disposto nesta Lei no se aplica aos empreendimentos imobilirios, organizados sob forma de condomnio, que contem com instalaes e servios de hotelaria disposio dos moradores, cujos proprietrios disponibilizem suas unidades exclusivamente para uso residencial ou para serem utilizadas por terceiros, com esta finalidade, por perodos superiores a 90 (noventa) dias, conforme legislao especfica. Art. 25. O Poder Executivo estabelecer em regulamento: I - as definies dos tipos e categorias de classificao e qualificao de empreendimentos e estabelecimentos de hospedagem, que podero ser revistos a qualquer tempo; II - os padres, critrios de qualidade, segurana, conforto e servios previstos para cada tipo de categoria definido; e III - os requisitos mnimos relativos a servios, aspectos construtivos, equipamentos e instalaes indispensveis ao deferimento do cadastro dos meios de hospedagem. Pargrafo nico. A obteno da classificao conferir ao empreendimento chancela oficial representada por selos, certificados, placas e demais smbolos, o que ser objeto de publicidade especfica em pgina eletrnica do Ministrio do Turismo, disponibilizada na rede mundial de computadores. 26. Art. 26. Os meios de hospedagem devero fornecer ao Ministrio do Turismo, em periodicidade por ele determinada, as seguintes informaes: I - perfil dos hspedes recebidos, distinguindo-os por nacionalidade; e II - registro quantitativo de hspedes, taxas de ocupao, permanncia mdia e nmero de hspedes por unidade habitacional. Pargrafo nico. Para os fins deste artigo, os meios de hospedagem utilizaro as informaes previstas nos impressos Ficha Nacional de Registro de Hspedes - FNRH e Boletim de Ocupao Hoteleira - BOH, na forma em que dispuser o regulamento. Subseo III Das Agncias de Turismo Art. 27. Compreende-se por agncia de turismo a pessoa jurdica que exerce a atividade econmica de intermediao remunerada entre fornecedores e consumidores de servios tursticos ou os fornece diretamente. 1o So considerados servios de operao de viagens, excurses e passeios tursticos, a organizao, contratao e execuo de programas, roteiros, itinerrios, bem como recepo, transferncia e a assistncia ao turista. 2o O preo do servio de intermediao a comisso recebida dos fornecedores ou o valor que agregar ao preo de custo desses fornecedores, facultando-se agncia de turismo cobrar taxa de servio do consumidor pelos servios prestados. 27. 3o As atividades de intermediao de agncias de turismo compreendem a oferta, a reserva e a venda a consumidores de um ou mais dos seguintes servios tursticos fornecidos por terceiros: I - passagens; II - acomodaes e outros servios em meios de hospedagem; e III - programas educacionais e de aprimoramento profissional. 4o As atividades complementares das agncias de turismo compreendem a intermediao ou execuo dos seguintes servios: I - obteno de passaportes, vistos ou qualquer outro documento necessrio realizao de viagens; II - transporte turstico; III - desembarao de bagagens em viagens e excurses; IV - locao de veculos; V - obteno ou venda de ingressos para espetculos pblicos, artsticos, esportivos, culturais e outras manifestaes pblicas; VI - representao de empresas transportadoras, de meios de hospedagem e de outras fornecedoras de servios tursticos; VII - apoio a feiras, exposies de negcios, congressos, convenes e congneres; 28. VIII - venda ou intermediao remunerada de seguros vinculados a viagens, passeios e excurses e de cartes de assistncia ao viajante; IX - venda de livros, revistas e outros artigos destinados a viajantes; e X - acolhimento turstico, consistente na organizao de visitas a museus, monumentos histricos e outros locais de interesse turstico. 5o A intermediao prevista no 2o deste artigo no impede a oferta, reserva e venda direta ao pblico pelos fornecedores dos servios nele elencados. 6o (VETADO) 7o As agncias de turismo que operam diretamente com frota prpria devero atender aos requisitos especficos exigidos para o transporte de superfcie. Subseo IV Das Transportadoras Tursticas Art. 28. Consideram-se transportadoras tursticas as empresas que tenham por objeto social a prestao de servios de transporte turstico de superfcie, caracterizado pelo deslocamento de pessoas em veculos e embarcaes por vias terrestres e aquticas, compreendendo as seguintes modalidades: I - pacote de viagem: itinerrio realizado em mbito municipal, intermunicipal, interestadual ou internacional que incluam, alm do transporte, outros servios tursticos como hospedagem, visita a locais tursticos, alimentao e outros; 29. II - passeio local: itinerrio realizado para visitao a locais de interesse turstico do municpio ou vizinhana, sem incluir pernoite; III - traslado: percurso realizado entre as estaes terminais de embarque e desembarque de passageiros, meios de hospedagem e locais onde se realizem congressos, convenes, feiras, exposies de negcios e respectivas programaes sociais; e IV - especial: ajustado diretamente por entidades civis associativas, sindicais, de classe, desportivas, educacionais, culturais, religiosas, recreativas e grupo de pessoas fsicas e de pessoas jurdicas, sem objetivo de lucro, com transportadoras tursticas, em mbito municipal, intermunicipal, interestadual e internacional. Art. 29. O Ministrio do Turismo, ouvidos os demais rgos competentes sobre a matria, fixar: I - as condies e padres para a classificao em categorias de conforto e servios dos veculos terrestres e embarcaes para o turismo; e II - os padres para a identificao oficial a ser usada na parte externa dos veculos terrestres e embarcaes referidas no inciso I do caput deste artigo. Subseo V Das Organizadoras de Eventos Art. 30. Compreendem-se por organizadoras de eventos as empresas que tm por objeto social a prestao de servios de gesto, planejamento, organizao, promoo, coordenao, operacionalizao, produo e assessoria de eventos. 30. 1o As empresas organizadoras de eventos distinguem-se em 2 (duas) categorias: as organizadoras de congressos, convenes e congneres de carter comercial, tcnico-cientfico, esportivo, cultural, promocional e social, de interesse profissional, associativo e institucional, e as organizadoras de feiras de negcios, exposies e congneres. 2o O preo do servio das empresas organizadoras de eventos o valor cobrado pelos servios de organizao, a comisso recebida pela intermediao na captao de recursos financeiros para a realizao do evento e a taxa de administrao referente contratao de servios de terceiros. Subseo VI Dos Parques Temticos Art. 31. Consideram-se parques temticos os empreendimentos ou estabelecimentos que tenham por objeto social a prestao de servios e atividades, implantados em local fixo e de forma permanente, ambientados tematicamente, considerados de interesse turstico pelo Ministrio do Turismo. Subseo VII Dos Acampamentos Tursticos Art. 32. Consideram-se acampamentos tursticos as reas especialmente preparadas para a montagem de barracas e o estacionamento de reboques habitveis, ou equipamento similar, dispondo, ainda, de instalaes, equipamentos e servios especficos para facilitar a permanncia dos usurios ao ar livre. 31. Pargrafo nico. O Poder Executivo discriminar, mediante regulamentao, os equipamentos mnimos necessrios para o enquadramento do prestador de servio na atividade de que trata o caput deste artigo. Subseo VIII Dos Direitos Art. 33. So direitos dos prestadores de servios tursticos cadastrados no Ministrio do Turismo, resguardadas as diretrizes da Poltica Nacional de Turismo, na forma desta Lei: I - o acesso a programas de apoio, financiamentos ou outros benefcios constantes da legislao de fomento ao turismo; II - a meno de seus empreendimentos ou estabelecimentos empresariais, bem como dos servios que exploram ou administram, em campanhas promocionais do Ministrio do Turismo e da Embratur, para as quais contribuam financeiramente; e III - a utilizao de siglas, palavras, marcas, logomarcas, nmero de cadastro e selos de qualidade, quando for o caso, em promoo ou divulgao oficial para as quais o Ministrio do Turismo e a Embratur contribuam tcnica ou financeiramente. Subseo IX Dos Deveres Art. 34. So deveres dos prestadores de servios tursticos: I - mencionar e utilizar, em qualquer forma de divulgao e promoo, o nmero de cadastro, os 32. smbolos, expresses e demais formas de identificao determinadas pelo Ministrio do Turismo; II - apresentar, na forma e no prazo estabelecido pelo Ministrio do Turismo, informaes e documentos referentes ao exerccio de suas atividades, empreendimentos, equipamentos e servios, bem como ao perfil de atuao, qualidades e padres dos servios por eles oferecidos; III - manter, em suas instalaes, livro de reclamaes e, em local visvel, cpia do certificado de cadastro; e IV - manter, no exerccio de suas atividades, estrita obedincia aos direitos do consumidor e legislao ambiental. Seo II Da Fiscalizao Art. 35. O Ministrio do Turismo, no mbito de sua competncia, fiscalizar o cumprimento desta Lei por toda e qualquer pessoa, fsica ou jurdica, que exera a atividade de prestao de servios tursticos, cadastrada ou no, inclusive as que adotem, por extenso ou de forma abreviada, expresses ou termos que possam induzir em erro quanto ao real objeto de suas atividades. Seo III Das Infraes e das Penalidades Subseo I Das Penalidades 33. Art. 36. A no-observncia do disposto nesta Lei sujeitar os prestadores de servios tursticos, observado o contraditrio e a ampla defesa, s seguintes penalidades: I - advertncia por escrito; II - multa; III - cancelamento da classificao; IV - interdio de local, atividade, instalao, estabelecimento empresarial, empreendimento ou equipamento; e V - cancelamento do cadastro. 1o As penalidades previstas nos incisos II a V do caput deste artigo podero ser aplicadas isolada ou cumulativamente. 2o A aplicao da penalidade de advertncia no dispensa o infrator da obrigao de fazer ou deixar de fazer, interromper, cessar, reparar ou sustar de imediato o ato ou a omisso caracterizada como infrao, sob pena de incidncia de multa ou aplicao de penalidade mais grave. 3o A penalidade de multa ser em montante no inferior a R$ 350,00 (trezentos e cinqenta reais) e no superior a R$ 1.000.000,00 (um milho de reais). 4o Regulamento dispor sobre critrios para gradao dos valores das multas. 5o A penalidade de interdio ser mantida at a completa regularizao da situao, ensejando a reincidncia de tal ocorrncia aplicao de penalidade mais grave. 34. 6o A penalidade de cancelamento da classificao ensejar a retirada do nome do prestador de servios tursticos da pgina eletrnica do Ministrio do Turismo, na qual consta o rol daqueles que foram contemplados com a chancela oficial de que trata o pargrafo nico do art. 25 desta Lei. 7o A penalidade de cancelamento de cadastro implicar a paralisao dos servios e a apreenso do certificado de cadastro, sendo deferido prazo de at 30 (trinta) dias, contados da cincia do infrator, para regularizao de compromissos assumidos com os usurios, no podendo, no perodo, assumir novas obrigaes. 8o As penalidades referidas nos incisos III a V do caput deste artigo acarretaro a perda, no todo, ou em parte, dos benefcios, recursos ou incentivos que estejam sendo concedidos ao prestador de servios tursticos. Art. 37. Sero observados os seguintes fatores na aplicao de penalidades: I - natureza das infraes; II - menor ou maior gravidade da infrao, considerados os prejuzos dela decorrentes para os usurios e para o turismo nacional; e III - circunstncias atenuantes ou agravantes, inclusive os antecedentes do infrator. 1o Constituiro circunstncias atenuantes a colaborao com a fiscalizao e a presteza no ressarcimento dos prejuzos ou reparao dos erros. 2o Constituiro circunstncias agravantes a reiterada prtica de infraes, a sonegao de 35. informaes e documentos e os obstculos impostos fiscalizao. 3o O Ministrio do Turismo manter sistema cadastral de informaes no qual sero registradas as infraes e as respectivas penalidades aplicadas. Art. 38. A multa a ser cominada ser graduada de acordo com a gravidade da infrao, a vantagem auferida, a condio econmica do fornecedor, bem como com a imagem do turismo nacional, devendo sua aplicao ser precedida do devido procedimento administrativo, e ser levados em conta os seguintes fatores: I - maior ou menor gravidade da infrao; e II - circunstncias atenuantes ou agravantes. 1o As multas a que se refere esta Lei, devidamente atualizadas na data de seu efetivo pagamento, sero recolhidas conta nica do Tesouro Nacional. 2o Os dbitos decorrentes do no-pagamento, no prazo de 30 (trinta) dias, de multas aplicadas pelo Ministrio do Turismo sero, aps apuradas sua liquidez e certeza, inscritos na Dvida Ativa da Unio. Art. 39. Caber pedido de reconsiderao, no prazo de 10 (dez) dias, contados a partir da efetiva cincia pelo interessado, autoridade que houver proferido a deciso de aplicar a penalidade, a qual decidir no prazo de 5 (cinco) dias. 1o No caso de indeferimento, o interessado poder, no prazo de 10 (dez) dias, contados da cincia da deciso, apresentar recurso hierrquico, com efeito suspensivo, para uma junta de recursos, com 36. composio tripartite formada por 1 (um) representante dos empregadores, 1 (um) representante dos empregados, ambos escolhidos entre as associaes de classe componentes do Conselho Nacional de Turismo, e 1 (um) representante do Ministrio do Turismo. 2o Os critrios para composio e a forma de atuao da junta de recursos, de que trata o 1o deste artigo, sero regulamentados pelo Poder Executivo. Art. 40. Cumprida a penalidade e cessados os motivos de sua aplicao, os prestadores de servios tursticos podero requerer reabilitao. Pargrafo nico. Deferida a reabilitao, as penalidades anteriormente aplicadas deixaro de constituir agravantes, no caso de novas infraes, nas seguintes condies: I - decorridos 180 (cento e oitenta) dias sem a ocorrncia de novas infraes nos casos de advertncia; II - decorridos 2 (dois) anos sem a ocorrncia de novas infraes nos casos de multa ou cancelamento da classificao; e III - decorridos 5 (cinco) anos, sem a ocorrncia de novas infraes, nos casos de interdio de local, atividade, instalao, estabelecimento empresarial, empreendimento ou equipamento ou cancelamento de cadastro. Subseo II Das Infraes 37. Art. 41. Prestar servios de turismo sem o devido cadastro no Ministrio do Turismo ou no atualizar cadastro com prazo de validade vencido: Pena - multa e interdio do local e atividade, instalao, estabelecimento empresarial, empreendimento ou equipamento. Pargrafo nico. A penalidade de interdio ser mantida at a completa regularizao da situao, ensejando a reincidncia de tal ocorrncia aplicao de penalidade mais grave. Art. 42. No fornecer os dados e informaes previstos no art. 26 desta Lei: Pena - advertncia por escrito. Art. 43. No cumprir com os deveres insertos no art. 34 desta Lei: Pena - advertncia por escrito. Pargrafo nico. No caso de no-observncia dos deveres insertos no inciso IV do caput do art. 34 desta Lei, caber aplicao de multa, conforme dispuser Regulamento. CAPTULO VI DISPOSIES FINAIS Art. 44. O Ministrio do Turismo poder delegar competncia para o exerccio de atividades e atribuies especficas estabelecidas nesta Lei a rgos e entidades da administrao pblica, inclusive de demais esferas federativas, em especial das funes relativas ao cadastramento, classificao e fiscalizao dos prestadores de servios tursticos, assim como a aplicao de penalidades e arrecadao de receitas. 38. Art. 45. Os prestadores de servios tursticos cadastrados na data da publicao desta Lei devero adaptar-se ao disposto nesta Lei quando expirado o prazo de validade do certificado de cadastro. Art. 46. (VETADO) Art. 47. (VETADO) Art. 48. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao, observado, quanto ao seu art. 46, o disposto no inciso I do caput do art. 106 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Cdigo Tributrio Nacional. Art. 49. Ficam revogados: I - a Lei no 6.505, de 13 de dezembro de 1977; II - o Decreto-Lei no 2.294, de 21 de novembro de 1986; e III - os incisos VIII e X do caput e os 2o e 3o do art. 3o , o inciso VIII do caput do art. 6o e o art. 8o da Lei no 8.181, de 28 de maro de 1991. Braslia, 17 de setembro de 2008; 187o da Independncia e 120o da Repblica. LUIZ INCIO LULA DA SILVA Tarso Genro Celso Luiz Nunes Amorim Guido Mantega Alfredo Nascimento Miguel Jorge Paulo Bernardo Silva Carlos Minc Luiz Eduardo Pereira Barreto Filho 39. Este texto no substitui o publicado no DOU de 18.9.2008 FONTE : http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2008/lei/l11771.htm Presidncia da Repblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurdicos LEI N 8.623, DE 28 DE JANEIRO DE 1993. Regulamento Mensagem de veto Dispe sobre a profisso de Guia de Turismo e d outras providncias. O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 O exerccio da profisso de Guia de Turismo, no territrio nacional, regulado pela presente Lei. Art. 2 Para os efeitos desta lei, considerado Guia de Turismo o profissional que, devidamente cadastrado no Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), exera atividades de acompanhar, orientar e transmitir informaes a pessoas ou grupos, em visitas, excurses urbanas, municipais, estaduais, interestaduais, internacionais ou especializadas. Pargrafo nico. (Vetado). Art. 3 (Vetado). 40. Art. 4 (Vetado). Art. 5 Constituem atribuies do Guia de Turismo: a) acompanhar, orientar e transmitir informaes a pessoas ou grupos em visitas, excurses urbanas, municipais, estaduais, interestaduais ou especializadas dentro do territrio nacional; b) acompanhar ao exterior pessoas ou grupos organizados no Brasil; c) promover e orientar despachos e liberao de passageiros e respectivas bagagens, em terminais de embarque e desembarque areos, martimos, fluviais, rodovirios e ferrovirios; d) ter acesso a todos os veculos de transporte, durante o embarque ou desembarque, para orientar as pessoas ou grupos sob sua responsabilidade, observadas as normas especficas do respectivo terminal; e) ter acesso gratuito a museus, galerias de arte, exposies, feiras, bibliotecas e pontos de interesse turstico, quando estiver conduzindo ou no pessoas ou grupos, observadas as normas de cada estabelecimento, desde que devidamente credenciado como Guia de Turismo; f) portar, privativamente, o crach de Guia de Turismo emitido pela Embratur. Art. 6 (Vetado). Art. 7 (Vetado). Art. 8 (Vetado). 41. Pargrafo nico. Este modelo nico dever diferenciar as diversas categorias de Guias de Turismo. Art. 9 No exerccio da profisso, o Guia de Turismo dever conduzir-se com dedicao, decoro e responsabilidade, zelando pelo bom nome do turismo no Brasil e da empresa qual presta servios, devendo ainda respeitar e cumprir leis e regulamentos que disciplinem a atividade turstica, podendo, por desempenho irregular de suas funes, vir a ser punido pelo seu rgo de classe. Art. 10. Pelo desempenho irregular de suas atribuies, o Guia de Turismo, conforme a gravidade da falta e seus antecedentes, ficar sujeito s seguintes penalidades, aplicadas pela Embratur: a) advertncia; b) (Vetado); c) cancelamento do registro. Pargrafo nico. As penalidades previstas neste artigo sero aplicadas aps processo administrativo, no qual se assegurar ao acusado ampla defesa. Art. 11. (Vetado). Art. 12. (Vetado). Art. 13. (Vetado). Art. 14. Dentro do prazo de 60 (sessenta) dias de sua publicao, o Poder Executivo regulamentar esta lei. Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao. Art. 16. Revogam-se as disposies em contrrio. 42. Braslia, 28 de janeiro de 1992, 171 da Independncia e 104 da Repblica. ITAMAR FRANCO Jos Eduardo de Andrade Vieira Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 29.1.1993 FONTE http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8623.htm Decreto 946/93 | Decreto n 946, de 1 de outubro de 1993 Regulamenta a Lei n 8.623, de 28 de janeiro de 1993, que dispe sobre a profisso de Guia de Turismo e d outras providncias. Ver tpico (34 documentos) O PRESIDENTE DA REPBLICA , no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituio, e tendo em vista o disposto no art. 14 da Lei n 8.623, de 28 de janeiro de 1993, DECRETA: Art. 1 considerado Guia de Turismo o profissional que devidamente cadastrado na Embratur - Instituto Brasileiro de Turismo nos termos da Lei n 8.623, de 28 de janeiro de 1993, exera as atividades de acompanhamento, orientao e transmisso de informaes a pessoas ou grupos, em visitas, excurses urbanas, municipais, estaduais, interestaduais, internacionais ou especializadas. Ver tpico Art. 2 Constituem atribuies do Guia de Turismo: Ver tpico (3 documentos) I - acompanhar, orientar e transmitir informaes a pessoas ou grupos em visitas, excurses urbanas, municipais, estaduais, interestaduais ou especializadas dentro do territrio nacional. Ver tpico II - acompanhar ao exterior pessoas ou grupos organizados no Brasil; Ver tpico 43. III - promover e orientar despachos e liberao de passageiros e respectivas bagagens, em terminais de embarques e desembarques areos, martimos, fluviais rodovirios e ferrovirios; Ver tpico IV - ter acesso a todos os veculos de transporte, durante o embarque ou desembarque, para orientar as pessoas ou grupos sob sua responsabilidade, observadas as normas especficas do respectivo terminal; Ver tpico (2 documentos) V - ter acesso gratuito a museus, galerias de arte, exposies, feiras, bibliotecas e pontos de interesse turstico, quando estiver conduzindo ou no pessoas ou grupos, observadas as normas de cada estabelecimento, desde que devidamente credenciado como Guia de Turismo; Ver tpico VI - portar, privativamente, o crach de Guia de Turismo emitido pela Embratur. Ver tpico Pargrafo nico. A forma e o horrio dos acessos a que se referem as alneas III, IV e V, deste artigo, sero, sempre, objeto de prvio acordo do guia de turismo com os responsveis pelos empreendimentos, empresas ou equipamentos. Ver tpico Art. 3 O pedido de cadastramento como Guia de Turismo dever ser apresentado pelo profissional interessado, observadas as disposies deste decreto no rgo ou entidade delegada da Embratur na unidade da federao em que: Ver tpico I - O Guia de Turismo v prestar servios, caso pretenda o cadastramento nas classes de Guia Regional e/ou especializado em atrativos tursticos; Ver tpico II - O Guia de Turismo esteja residindo, caso pretenda o cadastramento nas classes de Guia de Excurso Nacional e/ou Internacional. Ver tpico Art. 4 Conforme a especialidade de sua formao profissional e das atividades desempenhadas, comprovadas perante a Embratur os guias de turismo sero cadastrados em uma ou mais das seguintes classes: Ver tpico (1 documento) I - guia regional - quando suas atividades compreenderem a recepo o traslado, o acompanhamento, a prestao de informaes e assistncia a turistas, em itinerrios ou roteiros 44. locais ou intermunicipais de uma determinada unidade da federao para visita a seus atrativos tursticos; Ver tpico II - guia de excurso nacional - quando suas atividades compreenderem o acompanhamento e a assistncia a grupos de turistas, durante todo o percurso da excurso de mbito nacional ou realizada na Amrica do Sul, adotando, em nome da agncia de turismo responsvel pelo roteiro, todas as atribuies de natureza tcnica e administrativa necessrias fiel execuo do programa. Ver tpico III - guia de excurso internacional - quando realizarem as atividades referidas no inciso II, deste artigo, para os demais pases do mundo; Ver tpico IV - guia especializado em atrativo turstico - quando suas atividades compreenderem a prestao de informaes tcnico-especializadas sobre determinado tipo de atrativo natural ou cultural de interesse turstico, na unidade da federao para qual o mesmo se submeteu formao profissional especfica. Ver tpico Art. 5 O cadastramento e a classificao do Guia de Turismo em uma ou mais das classes previstas neste decreto estar condicionada comprovao do atendimento aos seguintes requisitos: Ver tpico (5 documentos) I - ser brasileiro ou estrangeiro residente no Brasil, habilitado para o exerccio de atividade profissional no Pas; Ver tpico II - ser maior de dezoito anos, no caso de guia de turismo regional, ou maior de 21 anos para atuar como guia de excurso nacional ou internacional; Ver tpico III - ser eleitor e estar em dia com as obrigaes eleitorais; Ver tpico IV - ser reservista e estar em dia com as obrigaes militares, no caso de requerente do sexo masculino menor de 45 anos; Ver tpico V - ter concludo o 2 grau. Ver tpico VI - ter concludo Curso de Formao Profissional de Guia de Turismo na classe para a qual estiver solicitando o cadastramento. Ver tpico 1 As entidades responsveis pelos cursos referidos no inciso VI, deste artigo, devero encaminhar, previamente no incio 45. de sua realizao, os respectivos planejamentos curriculares e planos de curso, para apreciao da Embratur. 2 Os certificados conferidos aos concluintes dos cursos mencionados no pargrafo anterior especificaro o contedo programtico e a carga horria de cada mdulo, a classe em que o guia de turismo est sendo formado e a especializao em determinada rea geogrfica ou tipo de atrativo. 3 Admitir-se-, para fins de comprovao do atendimento ao requisito referido no inciso VI deste artigo, que o requerente: a) tenha se formado em curso superior de turismo e cursado cadeira especializada na formao de guia de turismo; ou Ver tpico b) tenha concludo o curso de formao profissional distncia e sido aprovado em Exame de Suplncia Profissionalizante ministrado pelo Servio Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac); ou Ver tpico c) comprove, no prazo de 180 dias de vigncia deste decreto, o efetivo exerccio da profisso por, no mnimo, dois anos, bem como aprovao em exame de suplncia nos termos da alnea anterior. Ver tpico Art. 6 A Embratur fornecer ao requerente aps o cumprimento das exigncias a que se refere o artigo anterior, o respectivo crach de identificao profissional, em modelo nico, vlido em todo o territrio nacional, contendo nome, filiao, nmero do cadastro e da cdula de identidade, fotografia, classe e mbito de atuao prevista em seu curso de formao. Ver tpico (5 documentos) Art. 7 Constituem infraes disciplinares: Ver tpico I - induzir o usurio a erro, pela utilizao indevida de smbolos e informaes privativas de guias de turismo cadastrados; Ver tpico II - descumprir total ou parcialmente os acordos e contratos de prestao de servio, nos termos e na qualidade em que forem ajustados com os usurios; Ver tpico III - deixar de portar, em local visvel, o crach de identificao; Ver tpico 46. IV - utilizar a identificao funcional de guia cadastrado fora dos estritos limites de suas atribuies ou facilitar, por qualquer meio, o seu exerccio aos no cadastrados;Ver tpico V - praticar, no exerccio da atividade profissional, ato que contrarie as disposies do Cdigo de Defesa do Consumidor ou que a lei defina como crime ou contraveno;Ver tpico VI - faltar a qualquer dever profissional imposto no presente decreto; Ver tpico VII - manter conduta e apresentao incompatvel com o exerccio da profisso. Ver tpico Pargrafo nico. Considera-se conduta incompatvel com o exerccio da profisso entre outras: Ver tpico a) prtica reiterada de jogo de azar, como tal definido em lei; Ver tpico b) a incontinncia pblica escandalosa; Ver tpico c) a embriaguez habitual. Ver tpico Art. 8 Pelo desempenho irregular de suas atribuies, o Guia de Turismo, conforme a gravidade da falta e seus antecedentes, ficar sujeito s seguintes penalidades, aplicadas pela Embratur: Ver tpico I - advertncia; Ver tpico II - cancelamento do cadastro. Ver tpico 1 As penalidades previstas neste artigo sero aplicadas aps processo administrativo, no qual se assegurar ao acusado ampla defesa. 2 O Guia de Turismo poder, independente do processo administrativo a que se refere o pargrafo anterior, pelo desempenho irregular de suas funes, vir a ser punido pelo seu rgo de classe. Art. 9 Os Guias de Turismo j cadastrados na Embratur tero prazo de 120 dias contados da data da publicao deste decreto, para proceder a seu recadastramento, mediante apresentao dos seguintes documentos: Ver tpico I - cpia do crach emitido pela Embratur; Ver tpico II - ficha de cadastro, segundo modelo fornecido pela Embratur, devidamente preenchida, acompanhada dos 47. documentos comprobatrios das informaes fornecidas. Ver tpico Art. 10 A Embratur expedir normas disciplinando, a operacionalizao do cadastramento e classificao dos guias de turismo e definir a aplicao das penalidades de que trata o art. 8, estabelecendo as circunstncias atenuantes e agravantes. Ver tpico (6 documentos) Art. 11. A Embratur, em ato prprio, instituir o modelo de crach de identificao profissional a ser utilizado no desempenho da atividade regulamentada neste decreto.Ver tpico Art. 12. Este decreto entra em vigor na data de sua publicao. Ver tpico Braslia, 1 de outubro de 1993; 172 da Independncia e 105 da Repblica. ITAMAR FRANCO Jos Eduardo de Andrade Vieira Este texto nos substitui o publicado no D.O.U. de 4.10.1993 FONTE : http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/129176/decret o-946-93 48. Presidncia da Repblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurdicos DECRETO N 7.381, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2010. Regulamenta a Lei no 11.771, de 17 de setembro de 2008, que dispe sobre a Poltica Nacional de Turismo, define as atribuies do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estmulo ao setor turstico, e d outras providncias. O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituio, e tendo em vista o disposto na Lei no 11.771, de 17 de setembro de 2008, DECRETA: CAPTULO I DA FINALIDADE Art. 1o Este Decreto regulamenta a Lei no 11.771, de 17 de setembro de 2008, que estabelece normas sobre a Poltica Nacional de Turismo, define as atribuies do Governo Federal no planejamento, desenvolvimento e estmulo ao setor turstico, dispe sobre o Plano Nacional de Turismo - PNT, institui o Sistema Nacional de Turismo, o Comit Interministerial de Facilitao Turstica, dispe sobre o fomento de atividades tursticas com suporte financeiro do Fundo Geral de Turismo - FUNGETUR, o cadastramento, classificao e fiscalizao dos 49. Prestadores de Servios Tursticos e estabelece as normas gerais de aplicao das sanes administrativas. Art. 2o Para os fins deste Decreto, considera-se: I - Poltica Nacional de Turismo - conjunto de leis e normas voltadas para o planejamento e ordenamento do setor, bem como das diretrizes, metas e programas definidos no PNT; II - Plano Nacional de Turismo - PNT - conjunto de diretrizes, metas e programas que orientam a atuao do Ministrio do Turismo, em parceria com outros setores da gesto pblica nas trs esferas de governo e com as representaes da sociedade civil, iniciativa privada e terceiro setor, relacionadas ao turismo, nos termos do art. 6 da Lei n 11.771, de 2008; III - Sistema Nacional de Turismo - sistema formado por entidades e rgos pblicos ligados ao setor turstico, com o objetivo de promover o desenvolvimento das atividades tursticas de forma sustentvel, integrando as iniciativas oficiais com as do setor privado, conforme preconizado no PNT; IV - Comit Interministerial de Facilitao Turstica - colegiado intersetorial integrado por rgos pblicos do governo federal, cuja rea de atuao apresenta interfaces com o turismo, criado com a finalidade de buscar a convergncia e a compatibilizao na execuo da Poltica Nacional de Turismo com as demais polticas setoriais federais, nos termos do art. 11 da Lei n 11.771, de 2008; V - Fundo Geral do Turismo - FUNGETUR - fundo especial de financiamento, vinculado ao Ministrio do Turismo, com oramento especfico, dispondo de patrimnio prprio e autonomia financeira e oramentria, tendo como finalidade o fomento e a proviso de recursos para o financiamento de empreendimentos tursticos considerados de interesse para o desenvolvimento do turismo nacional; e 50. VI - Prestadores de Servios Tursticos - sociedades empresariais, sociedades simples, empresrios individuais e servios sociais autnomos prestadores de servios tursticos remunerados, que exeram atividades econmicas relacionadas cadeia produtiva do turismo, nos termos do art. 21 da Lei n 11.771, de 2008. CAPTULO II DA POLTICA NACIONAL DE TURISMO Seo I Do Plano Nacional de Turismo - PNT Art. 3o O PNT orienta a atuao do Ministrio do Turismo, visando consolidar o desenvolvimento do turismo no Pas, por meio de diretrizes, metas, macroprogramas e programas. 1o O PNT ser elaborado pelo Ministrio do Turismo, ouvido o Conselho Nacional de Turismo e o Frum Nacional de Secretrios e Dirigentes Estaduais de Turismo. 2o O PNT ser revisto a cada quatro anos, ou quando necessrio, em consonncia com os dispositivos da lei de diretrizes oramentrias, da lei oramentria anual e das leis que as modifiquem, em conformidade com as diretrizes estabelecidas no plano plurianual. Seo II Do Sistema Nacional de Turismo Art. 4o O Sistema Nacional de Turismo institudo em carter permanente, com o objetivo de viabilizar a realizao de processo de gesto descentralizada e articulada do turismo em todo o Pas, podendo envolver as trs instncias de governo e as instncias de representao da sociedade civil relacionadas ao setor em mbito nacional, macrorregional, estadual, regional e municipal. 51. Art. 5o O Ministrio do Turismo ser o rgo central e coordenador do Sistema Nacional de Turismo e promover a sua consolidao e a atuao integrada, de forma a constituir e institucionalizar rede de gesto descentralizada do turismo em todo o territrio nacional. Pargrafo nico. O Ministrio do Turismo estabelecer as regras necessrias ao funcionamento e integrao do Sistema Nacional de Turismo, respeitada a autonomia dos diversos rgos e entidades que o integram. Art. 6o A atuao do Sistema Nacional de Turismo efetivar-se- mediante a articulao coordenada dos rgos e entidades que o integram, de forma a: I - viabilizar e aprimorar o processo de gesto do turismo em todo o Pas, integrando as aes do poder pblico nas trs esferas de governo, com a atuao da iniciativa privada e do terceiro setor em todo territrio nacional; II - direcionar a alocao de recursos pblicos e orientar os investimentos privados para os destinos e regies identificadas como prioritrios para o desenvolvimento da atividade turstica pelos respectivos rgos e entidades que integram o Sistema Nacional de Turismo, nas suas respectivas competncias territoriais, ouvido o Ministrio do Turismo, e em observncia s leis e normas vigentes; e III - promover a inventariao e regionalizao turstica, considerada como organizao de espao geogrfico em regies para fins de planejamento integrado e participativo, gesto coordenada, promoo e apoio comercializao. Seo III Do Comit Interministerial de Facilitao Turstica Art. 7o O Comit Interministerial de Facilitao Turstica, criado pelo art. 11 da Lei n 11.771, de 2008, tem por objetivo 52. compatibilizar a execuo da Poltica Nacional de Turismo e a consecuo das metas do PNT com as demais polticas pblicas, observando o disposto nos incisos de I a XIV do citado art. 11. 1o O Comit Interministerial de Facilitao Turstica ser composto por um representante de cada rgo a seguir indicado: I - Ministrio do Turismo, que o presidir; II - Ministrio da Defesa; III - Ministrio do Desenvolvimento Agrrio; IV - Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior; V - Ministrio da Fazenda; VI - Ministrio da Integrao Nacional; VII - Ministrio da Cultura; VIII - Ministrio da Justia; IX - Ministrio do Meio Ambiente; X - Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto; XI - Ministrio das Relaes Exteriores; XII - Ministrio dos Transportes; XIII - Ministrio do Trabalho e Emprego; XIV - Ministrio da Educao; XV - Ministrio das Cidades; XVI - Secretaria de Comunicao Social da Presidncia da Repblica; e 53. XVII - Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica. 2o Os membros, titulares e respectivos suplentes, do Comit Interministerial de Facilitao Turstica sero indicados pelos titulares dos rgos previstos no 1o e designados pelo Ministro de Estado do Turismo. 3o Os rgos previstos no 1o podero convidar representantes de instituies pblicas a eles vinculadas para participar das reunies do Comit Interministerial de Facilitao Turstica. 4o O Comit Interministerial de Facilitao Turstica poder convidar servidores, especialistas de outros rgos ou entidades pblicas e profissionais de notrio saber, bem como pessoas da sociedade civil habilitadas em matrias pertinentes, para auxiliar nas suas atividades. Art. 8o O Ministrio do Turismo prover os meios e o apoio administrativo necessrio para realizao das atividades do Comit Interministerial de Facilitao Turstica. Art. 9o Caber ao Comit Interministerial de Facilitao Turstica: I - atuar nos projetos e atividades desenvolvidos pelos rgos que o integram e que possuam relao direta ou indireta com o turismo; II - identificar aes afins das respectivas reas de competncia, evitando sobreposies e conflitos; III - compartilhar informaes, estudos, pesquisas e estatsticas relacionadas s atividades tursticas; IV - criar a plataforma interinstitucional para implementao do sistema de estatsticas de turismo, que dever ser coordenada pela Secretaria Nacional de Polticas do Turismo do Ministrio do Turismo, a fim de atender ao 54. disposto nos arts. 7 e 11, incisos VI e VII, da Lei n 11.771, de 2008; e V - estabelecer subcomisses para tratar de temas e programas especficos determinados pelo PNT. Art. 10. O Comit Interministerial de Facilitao Turstica reunir-se- conforme periodicidade a ser definida em seu regimento interno. 1o Os resultados das reunies do Comit Interministerial de Facilitao Turstica sero apresentados ao Conselho Nacional de Turismo. 2o A participao no Comit Interministerial de Facilitao Turstica ser considerada prestao de servio pblico relevante, no remunerada. 3o O regimento interno do Comit Interministerial de Facilitao Turstica ser aprovado pelos seus integrantes em sua primeira reunio, e institudo pelo Ministro de Estado do Turismo. CAPTULO III DO FOMENTO DE ATIVIDADES TURSTICAS COM SUPORTE FINANCEIRO DO FUNDO GERAL DE TURISMO - FUNGETUR Art. 11. Os mecanismos de fomento com suporte financeiro do Fundo Geral de Turismo - FUNGETUR reger- se-o pelo disposto neste Decreto. Art. 12. O FUNGETUR, criado pelo Decreto-Lei no 1.191, de 27 de outubro de 1971, tem por objeto o financiamento, o apoio ou a participao financeira em planos, projetos, aes e empreendimentos, os quais devero estar relacionados aos objetivos e s metas definidos no PNT. Art. 13. Constituem recursos do FUNGETUR: 55. I - recursos do oramento geral da Unio; II - contribuies, doaes, subvenes e auxlios de entidades de qualquer natureza, inclusive de organismos internacionais; III - devoluo de recursos de projetos no iniciados ou interrompidos, com ou sem justa causa; IV - reembolso das operaes de crdito realizadas a ttulo de financiamento reembolsvel; V - recebimento de dividendos ou da alienao das participaes acionrias do prprio Fundo e da EMBRATUR em empreendimentos tursticos; VI - resultado das aplicaes em ttulos pblicos federais; VII - quaisquer outros depsitos de pessoas fsicas ou jurdicas realizados a seu crdito; e VIII - receitas eventuais e recursos de outras fontes que vierem a ser definidas. Art. 14. O FUNGETUR ser gerido pelo Ministrio do Turismo, e seus recursos sero aplicados, exclusivamente, no interesse do setor do turismo nacional, respeitando os percentuais de aplicao quanto aos micro e pequenos empresrios, nos termos da lei. Pargrafo nico. Os recursos arrecadados em favor do FUNGETUR sero depositados, identificadamente, na conta nica do Tesouro Nacional, em seu nome. Art. 15. As operaes de financiamento com recursos do FUNGETUR devero ser feitas por intermdio de agentes financeiros. 56. 1o As contrataes pactuadas perante os agentes financeiros estabelecero os procedimentos a serem adotados nos financiamentos com recursos do FUNGETUR, observada a regulamentao pertinente. 2o Os bancos de desenvolvimento e de investimentos podero atuar como agentes financeiros do FUNGETUR. Art. 16. O Ministrio do Turismo fica autorizado a propor a utilizao de incentivos fiscais e creditcios existentes para compor o fluxo de recursos financeiros do FUNGETUR. Art. 17. O Ministrio do Turismo estabelecer normas, critrios e prioridades para aplicao dos recursos do FUNGETUR, de acordo com as diretrizes e metas definidas no PNT, observando os seguintes princpios: I - priorizar os micro e pequenos empreendimentos; II - beneficiar as regies de menor desenvolvimento socioeconmico; III - promover a incluso social pelo crescimento da oferta de trabalho e melhor distribuio de renda; IV - estimular a criao de novos produtos tursticos; e V - beneficiar os projetos tursticos que priorizem a prtica do desenvolvimento ambiental sustentvel. CAPTULO IV DOS PRESTADORES DE SERVIOS TURSTICOS Seo I Das Atividades dos Prestadores de Servios Tursticos Art. 18. Os prestadores de servios tursticos devero se cadastrar junto ao Ministrio do Turismo, observado o disposto na Lei n 11.771, de 2008, e neste Decreto. 57. Pargrafo nico. Compete ao Ministrio do Turismo articular-se e cooperar com os demais rgos da administrao pblica federal e com os rgos pblicos dos Estados, Distrito Federal e Municpios para realizao do cadastramento e fiscalizao dos empreendimentos e servios tursticos. Art. 19. Os documentos e critrios necessrios para o cadastramento dos prestadores de servios tursticos sero definidos em ato do Ministrio do Turismo, observada a exigncia de que os prestadores de servios tursticos elencados no do art. 21 da Lei n 11.771, de 2008, devero observar os requisitos contidos na matriz de cadastro de cada uma das modalidades objeto do cadastramento. Pargrafo nico. O cadastro dos prestadores de servios tursticos dispostos no art. 21 da Lei n 11.771, de 2008, dever ser compatvel com a atividade principal ou secundria constante da Classificao Nacional de Atividades Econmicas - CNAE, fornecida pela Comisso Nacional de Classificao - CONCLA, criada peloDecreto no 1.264, de 11 de outubro de 1994. Art. 20. Na ocorrncia de cancelamento ou solicitao de reembolso de valores referentes aos servios tursticos, a pedido do consumidor, eventual multa dever estar prevista em contrato e ser informada previamente ao consumidor. Pargrafo nico. Quando a desistncia for solicitada pelo consumidor em razo de descumprimento de obrigao contratual ou legal por parte do prestador de servio no caber multa, e a restituio dos valores pagos e nus da prova devero seguir o disposto na Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990. Art. 21. Cabe Secretaria Nacional de Polticas de Turismo adotar procedimento de classificao dos empreendimentos tursticos, mediante instituio de sistema nacional que abranja os procedimentos declaratrios de 58. autoavaliao e os laudos de inspeo tcnica, bem como forma de auditagem e controle. Pargrafo nico. Os procedimentos referidos no caput observaro o disposto na Lei no 11.637, de 28 de dezembro de 2007. Art. 22. A construo, instalao, ampliao e funcionamento dos estabelecimentos e empreendimentos de turismo utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores, bem como os capazes de causar degradao ambiental, dependero de prvio licenciamento ambiental, sem prejuzo da observncia da finalidade e adequao com os territrios, normas de uso e ocupao do solo onde se localizam e seu entorno, tendo em vista o desenvolvimento sustentvel da atividade, considerando-se os diversos instrumentos de planejamento e ordenamento territorial vigentes em mbito municipal, estadual e federal. Pargrafo nico. De acordo com o disposto no art. 34, inciso IV, da Lei n 11.771, de 2008, e em atendimento aos preceitos da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, todos os prestadores de servios tursticos devero ser submetidos ao disposto na referida legislao, bem como a regras mnimas de conduta a serem definidas em ato normativo pelos rgos competentes, visando a sustentabilidade da atividade. Art. 23. Em observncia aos termos do Decreto no 75.963, de 11 de julho de 1975, que promulgou o Tratado da Antrtida, e aos termos do Decreto no 2.742, de 20 de agosto de 1998, que promulgou o protocolo ao Tratado da Antrtida sobre proteo ao meio ambiente, os prestadores de servios tursticos que oferecerem servios tursticos, em qualquer das modalidades descritas neste Decreto, a Sul do paralelo sessenta graus Sul, devero enviar previamente ao Ministrio do Turismo pedido de autorizao para a realizao da atividade, contendo, entre outras informaes, o roteiro, as atividades que sero desenvolvidas, o nmero de passageiros e o itinerrio, 59. observado o preenchimento do formulrio especfico, cujo modelo ser provido pelo Programa Antrtico Brasileiro. Subseo I Dos Meios de Hospedagem Art. 24. Considera-se unidade habitacional o espao atingvel a partir das reas principais de circulao comuns no estabelecimento, destinado utilizao privada pelo hspede, para seu bem estar, higiene e repouso. Pargrafo nico. Ato do Ministrio do Turismo dispor sobre os tipos e formas de utilizao das unidades habitacionais Art. 25. Entende-se por diria o preo da hospedagem correspondente utilizao da unidade habitacional e dos servios includos, observados os horrios fixados pela entrada e sada do hspede, obedecendo o perodo de vinte e quatro horas disposto no 4 do art. 23 da Lei n 11.771, de 2008. Pargrafo nico. O estabelecimento fixar o horrio de vencimento da diria de acordo com a sazonalidade, com os costumes do local ou mediante acordo direto com o hspede. Art. 26. Constituem-se documentos comprobatrios de relao comercial entre meio de hospedagem e hspede as reservas efetuadas mediante, entre outros, troca de correspondncia, utilizao de servio postal ou eletrnico e fac-smile, realizados diretamente pelo meio de hospedagem ou prepostos, e o hspede, ou agncia de turismo que o represente. 1o O contrato de hospedagem ser representado pelo preenchimento e assinatura pelo hspede, quando de seu ingresso no meio de hospedagem, da Ficha Nacional de Registro de Hspede - FNRH, em modelo descrito no Anexo I. 60. 2o Os meios de hospedagem devero manter arquivadas, em formato digital, as FNRH, de acordo com procedimento a ser estabelecido em portaria do Ministrio do Turismo. 3o Caber ao meio de hospedagem, em prazo determinado pelo Ministrio do Turismo, fornecer o Boletim de Ocupao Hoteleira - BOH, conforme modelo descrito no Anexo II, atravs de meio postal ou eletrnico. Art. 27. Todo e qualquer preo de servio prestado e cobrado pelo meio de hospedagem dever ser previamente divulgado e informado com a utilizao de impressos ou meios de divulgao de fcil acesso ao hspede. 1o Para os fins deste artigo, os meios de hospedagem afixaro: I - na portaria ou recepo: nome do estabelecimento, relao dos preos aplicveis s espcies e tipos de unidades habitacionais, o horrio de incio e vencimento da diria, o nmero de unidades habitacionais para pessoas deficientes ou com mobilidade reduzida, as formas de pagamento aceitas e a existncia de taxas opcionais; e II - nas unidades habitacionais: a espcie e o nmero da unidade habitacional, os preos vigentes de diria, da respectiva unidade habitacional, e demais servios oferecidos pelo meio de hospedagem em moeda corrente nacional e os eventuais servios includos no preo das dirias. 2o Os meios de hospedagem devero incluir nos veculos de divulgao utilizados os compromissos recprocos entre o estabelecimento e o hspede, como os servios includos no preo da diria, eventuais taxas incidentes sobre os servios ofertados e a forma de consulta para os preos dos demais servios ofertados pelo meio de hospedagem. Art. 28. Considera-se hospedagem por sistema de tempo compartilhado a relao em que o prestador de 61. servio de hotelaria cede a terceiro o direito de uso de unidades habitacionais por determinados perodos de ocupao, compreendidos dentro de intervalo de tempo ajustado contratualmente. 1o Para fins do cadastramento obrigatrio no Ministrio do Turismo, somente prestador de servio de hotelaria que detenha domnio ou posse de pelo menos parte de empreendimento que contenha unidades habitacionais hoteleiras poder celebrar o contrato de hospedagem por sistema de tempo compartilhado. 2o Os perodos de ocupao das unidades habitacionais podero ser utilizados pelo prprio cessionrio ou por terceiro por ele indicado, conforme disposto contratualmente. 3o Os perodos de ocupao das unidades habitacionais do sistema de tempo compartilhado podero ser representados por unidades de tempo ou de pontos. 4o O perodo de utilizao das unidades habitacionais poder ser: I - fixo, quando estipulada data especfica para a sua utilizao; e II - flutuante, em que no se estipula previamente o perodo para utilizao das unidades habitacionais dentro do intervalo de tempo ajustado contratualmente. Art. 29. O prestador de servio de hotelaria poder utilizar unidades habitacionais hoteleiras de estabelecimentos definidos no art. 24, inciso II, da Lei no 11.771, de 2008, pertencentes a terceiros, para fins de cesso dentro do sistema de tempo compartilhado. Pargrafo nico. A autorizao para o uso da unidade habitacional prevista no caput dever ser formalizada em contrato com o proprietrio, devendo seu prazo ser observado 62. em eventual contrato a ser firmado entre o prestador de servios de hotelaria e o usurio. Art. 30. Os padres, condies e requisitos mnimos para cadastramento do meio de hospedagem na modalidade de sistema de tempo compartilhado ser estabelecida em ato do Ministrio do Turismo. Art. 31. O contrato de prestao de servios de intercmbio, passvel de ser ajustado de forma autnoma e dissociada ao contrato de cesso por tempo compartilhado, dever conter regras bsicas que disciplinem a prestao de servios de troca de perodos de ocupao sob administrao das unidades credenciadas. Pargrafo nico. Os requisitos e padres mnimos do servio de intercmbio sero estabelecidos em ato do Ministrio do Turismo. Art. 31-A. Os tipos e categorias dos empreendimentos de hospedagem tero padro de classificao oficial estabelecido pelo Ministrio do Turismo, conforme critrios regulatrios equnimes e pblicos. (Includo pelo Decreto n 7.500, de 2011) Pargrafo nico. Para identificao da classificao oficial hoteleira ser utilizado o smbolo estrela, de uso e concesso de carter estrito e exclusivo do Ministrio do Turismo. (Includo pelo Decreto n 7.500, de 2011) Subseo II Das Agncias de Turismo Art. 32. Os contratos para prestao de servios ofertados pelas agncias de turismo devero prever: I - as condies para alterao, cancelamento e reembolso do pagamento dos servios; 63. II - as empresas e empreendimentos includos no pacote de viagem; III - eventuais restries existentes para sua realizao; e IV - outras informaes necessrias e adequadas sobre o servio a ser prestado. Art. 33. Os servios dos pacotes tursticos prestados pelas agncias de turismo devero especificar as empresas fornecedoras com respectivos nmeros do Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica - CNPJ e endereo comercial. Pargrafo nico. Para prestadores de servios tursticos localizados no exterior, a agncia dever fornecer dados suficientes identificao e localizao do prestador estrangeiro. Art. 34. Devero as agncias de turismo que comercializem servios tursticos de aventura: I - dispor de condutores de turismo conforme normas tcnicas oficiais, dotados de conhecimentos necessrios, com o intuito de proporcionar segurana e conforto aos clientes; II - dispor de sistema de gesto de segurana implementado, conforme normas tcnicas oficiais, adotadas em mbito nacional; III - oferecer seguro facultativo que cubra as atividades de aventura; IV - dispor de termo de conhecimento com as condies de uso dos equipamentos, alertando o consumidor sobre medidas necessrias de segurana e respeito ao meio ambiente e as conseqncias legais de sua no observao; V - dispor de termo de responsabilidade informando os riscos da viagem ou atividade e precaues necessrias para diminu-los, bem como sobre a forma de utilizao dos 64. utenslios e instrumentos para prestao de primeiros socorros; e VI - dispor de termo de cincia pelo contratante, em conformidade com disposies de normas tcnicas oficiais, que verse sobre as preparaes necessrias viagem ou passeio oferecido. 1o Para os fins deste Decreto, entende-se por turismo de aventura a movimentao turstica decorrente da prtica de atividades de carter recreativo e no competitivo, tais como arvorismo, bia cross, balonismo, bungee jump, cachoeirismo, cicloturismo, caminhada de longo curso, canoagem, canionismo, cavalgada, escalada, espeleoturismo, flutuao, mergulho, turismo fora de estrada, rafting, rapel, tirolesa, vo livre, wind surf e kite surf. 2o Os termos dispostos nos incisos IV, V e VI devero ser assinados pelo contratante e arquivados pelo contratado. Subseo III Das Transportadoras Art. 35. Considera-se transferncia de turista, para fins do disposto no 1 do art. 27 da Lei n 11.771, de 2008, o percurso realizado entre as estaes terminais de embarque e desembarque de passageiros. Art. 36. As condies para prestao de servios de turismo dos veculos terrestres de turismo observaro laudo de inspeo tcnica realizado por instituio acreditada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial INMETRO, com periodicidade anual. Art. 37. Considera-se embarcao de turismo a construo inscrita na autoridade martima, apta ao transporte de pessoas, que possua como finalidade a oferta de servios tursticos, e os navios estrangeiros que operem mediante fretamento por 65. agncia de turismo brasileira ou por armadores estrangeiros com empresa cadastrada no Ministrio do Turismo. Pargrafo nico. As condies para prestao de servios de turismo das embarcaes de turismo observaro procedimento de inspeo tcnica realizada por instituies credenciadas pelos rgos competentes. Art. 38. Os padres de classificao em categorias de conforto e servios dos veculos terrestres e embarcaes de turismo sero estabelecidos em ato do Ministrio do Turismo. Art. 39. A prestao de servios conjugados de transporte, hospedagem, alimentao, entretenimento, visitao de locais tursticos e servios afins, quando realizados por embarcaes de turismo, constitui o programa de turismo denominado cruzeiro martimo ou fluvial. Pargrafo nico. Para todos os efeitos legais e regulamentares, os cruzeiros martimos e fluviais so classificados nas seguintes categorias: I - de cabotagem: aquele entre portos ou pontos do territrio brasileiro, utilizando a via martima, ou esta e as vias navegveis interiores; II - internacional: aquele cuja viagem tem incio e trmino em qualquer porto estrangeiro; III - de longo curso: aquele realizado entre portos brasileiros e estrangeiros; e IV - misto: aquele cuja viagem tem incio e trmino em porto nacional, com trnsito em portos e pontos nacionais e portos estrangeiros. Art. 40. No que se refere aos cruzeiros martimos ou fluviais, entende-se por: 66. I - escala: a entrada da embarcao em porto nacional para atracao ou fundeio; II - embarque: o momento de incio da viagem de passageiros; III - desembarque: o momento de trmino da viagem de passageiros; IV - trnsito: a entrada e sada de passageiros que no caracterize embarque e desembarque; e V - parte internacional de uma viagem de cruzeiro misto: o perodo compreendido entre o ltimo porto nacional ou ponto nacional do roteiro da embarcao com destino a porto estrangeiro e o primeiro porto nacional ou ponto nacional de regresso desta embarcao ao Brasil. Art. 41. Os roteiros de cruzeiros martimos ou fluviais, ferrovirios e rodovirios, bem como suas intermodalidades efetuadas pelos prestadores de servios tursticos que comercializem pacotes de viagem, devero ser apresentados ao Ministrio do Turismo, respeitadas as competncias dos rgos reguladores e demais rgos da administrao pblica federal. Subseo IV Das Organizadoras de Eventos Art. 42. Para os fins do disposto no art. 30, 1, da Lei n 11.771, de 2008, consideram-se exposies os eventos temporrios que promovam publicamente quaisquer espcies de bens. Art. 43. O nome da empresa organizadora do evento e o nmero de seu cadastro no Ministrio do Turismo devero constar de toda e qualquer divulgao de congressos, convenes, 67. feiras, exposies e congneres, referidos no art. 30 da Lei n 11.771, de 2008, sob pena de aplicao das sanes legais. Subseo V Dos Parques Temticos Art. 44. Consideram-se parques temticos os empreendimentos implantados em local fixo e de forma permanente, ambientados tematicamente, que tenham por objeto social a prestao de servios considerados de interesse turstico pelo Ministrio do Turismo. Pargrafo nico. Para ser considerado prestador de servio turstico na modalidade de parque temtico, alm de observar as demais disposies legais, o empreendimento dever possuir rea mnima de 60.001 m2 . Subseo VI Dos Acampamentos Tursticos Art. 45. Consideram-se acampamentos tursticos as reas especialmente preparadas para a montagem de barracas e o estacionamento de reboques habitveis, ou equipamento similar, dispondo, ainda, de instalaes, equipamentos e servios especficos para facilitar a permanncia dos usurios ao ar livre. Pargrafo nico. O prestador de servios na modalidade de acampamentos tursticos dever apresentar as seguintes condies: I - terreno adequado; II - acesso para veculos; III - rea cercada; IV - estacionamento para veculos; 68. V - abastecimento de gua potvel com reservatrio prprio; VI - tratamento de esgoto ou fossa sptica, conforme legislao local; VII - instalaes sanitrias compatveis com o nmero de usurios; VIII - tanques de lavagem e pias para limpeza; IX - sistema de coleta de resduos, conforme legislao local; X - recepo; XI - servio de vigilncia; XII - equipamentos bsicos contra incndios, conforme legislao local; e XIII - treinamento bsico de primeiros socorros. Seo II Dos Prestadores de Servios Tursticos de Cadastramento Facultativo Art. 46. Para fins do cadastramento facultativo previsto no pargrafo nico do art. 21 da Lei n 11.771, de 2008, o disposto em seu inciso II abrange os seguintes servios: I - centros de convenes e feiras; II - centros de exposies; e III - pavilhes de feiras, os centros de eventos, as arenas multiuso e os espaos para eventos que tenham por objeto social a oferta de servios correlatos a terceiros, especficos e apropriados, para realizao de eventos de qualquer tipo e 69. natureza, sob a forma de locao, em carter temporrio, com caractersticas mnimas de auditrio com capacidade para trezentas pessoas ou equivalente e rea de exposio mnima de um mil e duzentos metros quadrados. Art. 47. Os servios previstos no pargrafo nico, inciso VI, do art. 21 da Lei n 11.771, de 2008, sujeitos contratao, superviso ou coordenao das organizadoras de eventos, compreendem os fornecedores de: I - alimentos e bebidas; II - traduo simultnea, intrpretes e tradutores; III - material grfico e brindes; IV - iluminao, montagem de estandes e instalaes provisrias; V - pessoal de apoio, limpeza, conservao e segurana; VI - ambientao, cenografia, decorao e mobilirio de apoio; e VII - audiovisuais, fotografias, filmagens e produes artsticas. Art. 48. Os empreendimentos implantados em local fixo e de forma permanente, ambientados tematicamente, que tenham por objeto social a prestao de servios considerados de interesse turstico pelo Ministrio do Turismo e que no possuam rea mnima de 60.001 m2 podero se cadastrar no Ministrio do Turismo, conforme estabelecido no pargrafo nico, inciso III, do art. 21 da Lei n 11.771, de 2008. Art. 49. Para ser considerado prestador de servio turstico na modalidade de parque temtico aqutico, alm de observar as demais disposies legais, o empreendimento dever possuir rea mnima de 2.000 m2 . 70. Pargrafo nico. Os empreendimentos que no possuam rea mnima de 2.000 m2 no podero se cadastrar no Ministrio do Turismo. CAPTULO V DO SISTEMA NACIONAL DE CADASTRAMENTO, CLASSIFICAO E FISCALIZAO DOS PRESTADORES DE SERVIOS TURSTICOS Art. 50. Constitui-se o Sistema Nacional de Cadastramento, Classificao e Fiscalizao dos Prestadores de Servios Tursticos - SISNATUR, e so estabelecidas as normas gerais de aplicao das sanes administrativas, nos termos da Lei n 11.771, de 2008. 1o O SISNATUR ser composto pelo Ministrio do Turismo e pelos demais rgos e entidades de turismo dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, mediante convnios, acordos de cooperao ou instrumentos congneres. 2o O SISNATUR dever se integrar com o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, mantidas as sanes administrativas previstas na Lei no 8.078, de 1990. 3o Caso a fiscalizao dos prestadores de servios tursticos, no mbito do SISNATUR, constate supostas infraes legislao ambiental, os rgos competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA devero ser comunicados para a conseqente instaurao de processo administrativo apuratrio. Seo I Da Fiscalizao Art. 51. A fiscalizao de que trata este Decreto ser efetuada por agentes fiscais de turismo, oficialmente designados, vinculados ao Ministrio do Turismo ou aos respectivos rgos conveniados de que trata o 1o do art. 50. 71. Pargrafo nico. Os agentes fiscais de turismo sero credenciados mediante cdula de identificao fiscal, admitida a delegao mediante acordo de cooperao tcnica ou convnio. Art. 52. Sem excluso da responsabilidade do Ministrio do Turismo e dos rgos delegados ou conveniados, os agentes fiscais de turismo de que trata o art. 51 respondero pelos atos que praticarem quando investidos da ao fiscalizadora. Seo II Das Penalidades Administrativas Art. 53. Os prestadores de servios tursticos que cometerem as infraes previstas nos arts. 61 a 65 estaro sujeitos s seguintes penalidades, aplicadas isolada ou cumulativamente, inclusive por medida cautelar antecedente ou incidente de processo