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Faculdade Pitágoras Introdução a Engenharia Prof. Dr. Fernando Ciriaco Dias Neto – Engenharias – 1º Sem. / 2013-1 - Pág. 117 INTRODUÇÃO A ENGENHARIA 1º SEMESTRE 2013 UNIDADE 03

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Faculdade Pitágoras Introdução a Engenharia

Prof. Dr. Fernando Ciriaco Dias Neto – Engenharias – 1º Sem. / 2013-1 - Pág. 117

INTRODUÇÃO A ENGENHARIA

1º SEMESTRE

2013

UNIDADE 03

Faculdade Pitágoras Introdução a Engenharia

Prof. Dr. Fernando Ciriaco Dias Neto – Engenharias – 1º Sem. / 2013-1 - Pág. 118

Unidade III – Modelo

•  Conteúdo da Unidade: –  Modelagem. –  Classificação dos Modelos. –  Modelo Icônico. –  Modelo Diagramático e Modelo Matemático. –  Representação Gráfica. –  Valor dos Modelos. –  O Modelo e o Sistema Físico Real –  Para que se utilizam os Modelos

•  Bibliografia da Unidade: –  BAZZO, W.A., “Introdução a Engenharia”, 6ª ed., Santa Catarina: Editora

da UFSC, 2000. – Capítulo 5. –  HOLTZAPPLE, Mark Thomas & REECE, W. Dan, “Introdução à Engenharia”,

Rio de Janeiro: LTC, 2006. – Capítulos 6, 7 e 9.

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Unidade III – Modelo

•  Conteúdo da Aula: –  Modelagem. –  Classificação dos Modelos. –  Modelo Icônico. –  Modelo Diagramático e Modelo Matemático. –  Representação Gráfica

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•  Imagine a tarefa de construir algo... – Devemos observar os limites, – A disposição de instalações já disponíveis, – Melhor posicionamento para utilização de espaço, – Melhor posicionamento para eficiência,

•  É muito difícil a solução direta de um problema, dando-lhe um corpo, e em seguida colocando em operação.

Unidade III – Modelo

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Unidade III – Modelo

•  Pelo menos, três grandes preocupações constantes da engenharia estariam severamente comprometidas neste caso: a segurança, os custos e a eficiência do sistema.

•  Esta dificuldade não ocorre apenas nestes casos extremos, de grandes obras ou de produtos sofisticados, mas para todos os tipos de produtos, como uma campainha elétrica, um pequeno galpão rural ou uma tesoura.

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Unidade III – Modelo

•  Durante o planejamento, uma das principais tarefas do engenheiro é modelar adequadamente o problema

•  Com isto, a situação e análise é representada através de uma estrutura mais simplificada, que facilite a sua solução.

•  Mas o que é modelar?

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Unidade III – Modelo

Modelagem é, então, o ato de modelar, ou seja, é a atividade de

construir o modelo para representar o SFR

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Unidade III – Classificação dos Modelos

•  Os modelos podem ser classificados, basicamente, em quatro tipos, conforme mostrado na figura III.3:

•  Icônico; •  Diagramático; •  Matemático; •  Representação Gráfica

Figura III.2: Tipos de Modelos

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Unidade III – Modelo Icônico

•  Modelo icônico é aquele que representa, da forma mais fiel possível, o SFR.

•  Sua característica básica é o alto grau de semelhança com o seu equivalente real.

•  Tem como objetivo comunicar informações que permitam transmitir como era, é ou será o SFR.

•  Vantagem – possibilidade de aperfeiçoamentos que melhorem a segurança de operação e manutenção, ou definir de forma realística detalhes construtivos

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Unidade III – Modelo Icônico

•  Os modelos icônicos podem ser bi ou tridimensionais, podendo ser confeccionados em tamanho real – escala 1 x 1 – ou em escala reduzida ou ampliada, devendo sempre preservar as proporções e formas do que se pretende representar.

•  Como representações bidimensionais pode-se citar: mapas, fotografias, plantas.

•  Como representações tridimensionais (para projetos complexos), pode-se citar: estátuas e maquetes.

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Unidade III – Modelo Icônico

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Unidade III – Modelos

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Unidade III – Modelo

•  O esquema mostrado anteriormente mostra um modelo simplificado de uma turbina, que poderia ser utilizado para especificar a forma de uso, os materiais a serem empregados para a construção ou as dimensões gerais.

•  Este esquema é justamente um possível modelo para análise do sistema físico real (SFR) da turbina.

•  Assim, modelar nada mais é do que representar o SFR ou parte dele, em forma física ou simbólica.

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Unidade III – Modelo Icônico

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Unidade III – Modelo Diagramático

•  Neste tipo de modelo, um conjunto de linhas e símbolos representa a estrutura ou o comportamento do SFR

•  Uma característica típica desta forma de representação é a pouca semelhança física entre o modelo e o seu equivalente real.

•  Exemplos de circuitos de rádio ou de televisão são exemplos típicos desta forma de modelo.

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Unidade III – Modelo

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Unidade III – Modelo Diagramático

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Unidade III – Modelo

Diagramático

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Unidade III – Para que se Utilizam os Modelos

Diagrama de um Queimador de Gás

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Unidade III – Modelo Diagramático •  Uma grande vantagem do uso de modelos

diagramáticos é a facilidade de representação de SFRs, devido ao fato de serem isentos de complicações devido a falta de detalhes pouco significativos, o que torna bastante simples a visualização de processos e sistemas.

•  Entretanto, devido a sua pouca semelhança com o SFR, os modelos diagramáticos só são perfeitamente identificados e interpretados por iniciados no assunto.

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Unidade III – Modelo Matemático

•  A experiência tem demonstrado que o projeto é, basicamente, um processo iterativo, através do qual se avaliam os resultados, retorna-se à fase anterior, refaz-se a análise e assim por diante, até otimizar e sintetizar uma solução.

•  Este processo exige que se criem modelos abstratos do sistema, ou dos seus subsistemas, para que seja admitida alguma forma de análise simbólica.

•  Dentre os modelos simbólicos, o matemático é o de aplicação mais importante na engenharia.

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Unidade III – Modelo Matemático

•  O modelo matemático é uma idealização, onde são usadas técnicas de construção lógica , não necessariamente naturais e, certamente, não completas.

•  Com ele, os fenômenos e as variáveis do problema são descritos por elementos idealizados que representam as características essenciais da situação real, sendo relacionados através de uma expressão matemática.

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Unidade III – Modelo Matemático

•  Por ser uma representação, os resultados não apresentam garantia de precisão, devendo-se proceder constantes verificações.

•  Deve-se ter em mente que os SFRs são, em geral, complexos e que, criando um modelo matemático, simplifica-se o sistema a ponto de poder analisá-lo convenientemente e com mais facilidade.

•  O primeiro passo é divisar um modelo conceitual que represente adequadamente o SFR a ser estudado

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Unidade III – Modelo Matemático

•  Muitos exemplos de modelos matemáticos simples já deverão ser do conhecimento do projetista, pois a sua aprendizagem faz parte da educação formal de engenharia.

•  A modelagem – em especial a matemática – é uma arte altamente individualizada, e o engenheiro deverá decidir, por um lado, qual o grau de realismo necessário para o modelo e, por outro, a sua praticidade para determinar uma solução numérica.

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Unidade III – Modelo Matemático

•  Alguns problemas, por envolverem riscos de vida ou somas vultosas de recursos financeiros ou outros, exigem modelos sofisticados, com alta capacidade de previsão.

•  Outros, devido a sua natureza e a aspectos econômicos, não exigem, nem é desejável, uma engenharia de alto nível.

•  O engenheiro deve sempre ponderar qual tratamento deve ser dado a um determinado problema

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Unidade III – Modelo Matemático

•  A modelagem matemática de um SFR é certamente o mais poderoso instrumento de representação.

•  Proporciona um meio eficiente de previsão e uma linguagem concisa e universal de comunicação.

•  Também permite uma estimativa rápida do comportamento de um fenômeno.

•  Quanto mais aperfeiçoado for o modelo, menor o tempo gasto no processo iterativo, que é parte integrante de um projeto.

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Unidade III – Modelo Matemático

Nesta forma de representação, o uso de um sistema de regras, de convenções matemáticas e de símbolos para representar os fenômenos físicos e suas relações facilita a determinação de expressões que permitem, através de um processo de simulação, prever aquilo que se pode esperar do SFR sob condições normais de uso.

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Unidade III – Modelo Matemático •  Como exemplo de modelos matemáticos, podem ser

citados:

•  Equação de Torricelli – expressão que fornece a velocidade final V de um móvel, lançado com uma velocidade inicial Vo, com uma aceleração constante a, tendo este percorrido uma distância S.

•  Modelo matemático ou equação:

aSVV o 222 +=

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Unidade III – Modelo Matemático

•  Expressão geral da posição de um móvel em MRUV em função do tempo (t):

2

21 atVtSS o ++=

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Unidade III – Representação Gráfica

•  Este tipo de representação constitui um útil auxílio à visualização, comunicação e previsão de projetos.

•  Neste caso, segmentos de retas ou cortes representam uma propriedade, como temperatura, pressão, velocidade, tempo; ou um fato, como um número de falhas por unidade de tempo, acréscimo populacional de uma cidade, etc.

•  Por exemplo, no gráfico seguinte, observa-se uma distância percorrida em metros:

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Unidade III – Representação Gráfica

S (metros)

0

5

10

15

20

25

1 2 3 4 5

S (metros)

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Unidade III – Representação Gráfica

•  Na próxima figura, apresenta-se o gráfico tipo “pizza” ou gráfico de bolo, onde está apresentada a produção de petróleo no Brasil, com os principais locais de extração.

•  A notação utilizada permite que o leitor, com uma rápida visualização do desenho, tenha uma idéia geral do processo ou acontecimento representado.

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Unidade III – Representação Gráfica

Distribuição da Produção de Petróleo do Brasil

30%

10%60%

Mar (outras Bacias)

TerraMar (bacia de Campos)

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Unidade III – Representação Gráfica

Outro auxílio importante à visualização de fatos ou dados é fornecido pelo gráfico de barras, aonde também é utilizada a proporção para indicar o comportamento de algum fenômeno ou algum levantamento estatístico da variação da dimensão sob análise.

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Unidade III – Representação Gráfica

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Modelo matemático

•  Condições de contorno para cálculo do motor de um foguete: – Tempo de queima do combustível – Força proporcionada durante a queima do

combustível

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Modelo matemático

•  Coleta de dados: – Tempo total de queima do combustível: 5 segundos – Força máxima: 2,2 kg – Representação gráfica:

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61 64 67 70 73 76 79 82 85 88 91 94 97 100

Real

Ideal

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Unidade III – Representação Gráfica

•  Inúmeras outras representações gráficas podem fornecer valiosas informações a respeito de algum fenômeno físico, levantamento estatístico, etc.

•  Então, deve-se estar atento às leituras diárias para notar a importância destas representações no auxílio à informação.

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Unidade III – Modelo

•  Conteúdo da Aula: –  Valor dos Modelos. –  O Modelo e o Sistema Físico Real. –  Validade das Hipóteses Simplificativas. –  Para que se Utilizam os Modelos.

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Unidade III – Valor dos Modelos

•  Modelo é uma representação idealizada do SFR, que auxilia na análise do problema.

•  Assim, sempre se estabelece uma correlação entre o modelo e a realidade correspondente.

•  As concepções da natureza do átomo, do universo e da luz ou as teorias de Darwin e de Einstein, nada mais são do que modelos concebidos pelo homem para explicar e analisar determinados fenômenos.

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Unidade III – Valor dos Modelos

•  Sem os modelos, ficaria praticamente inviabilizada a civilização moderna.

•  A própria linguagem humana é altamente dependente da capacidade de se utilizar modelos de forma lógica e bem estruturada.

•  As palavras são modelos verbais de realidades físicas (como telefone e computador).

•  Sempre que se pronuncia, algum objeto configura-se em nossa mente.

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Unidade III – Valor dos Modelos

•  Ao ler a palavra “Plescra”, uma certa surpresa se instala e nenhuma imagem é lembrada;

•  Isto acontece pelo simples fato de que esta palavra não existe, portanto, não está associada a nenhum objeto reconhecido pela mente.

•  Os modelos são utilizados na engenharia por diversas razões, a saber:

•  É muito dispendioso e nada prático construir todas as alternativas possíveis do SFR, até a solução.

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Unidade III – Valor dos Modelos

•  O processo direto de construção de alguns sistemas, além de impraticável, pode ser destrutivo e perigoso (análise da segurança e necessidade de revisões e ajustes);

•  A precisão do processo pode ser aumentada através do aprimoramento do modelo, pois como o problema está simplificado, tem-se condições de exercer um controle maior sobre o seu comportamento.

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Unidade III – Valor dos Modelos

•  É possível, em menor espaço de tempo, fazer um exame da situação de muitas variáveis, determinando seus efeitos no desempenho do SFR.

•  Crescente progresso do campo computacional, o que permite simulações com diversas combinações, de forma mais rápida e econômica.

•  A abstração de um problema do seu equivalente real leva-o de um campo desconhecido para um campo familiar.

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Unidade III – Valor dos Modelos

•  Todavia, é importante ressaltar que, na solução de problemas, deve-se ter consciência das limitações que sempre estarão presentes quando da utilização de um modelo na descrição de um fenômeno físico ou na previsão do seu comportamento.

•  É necessário fazer esta ressalva porque sempre aparecerão erros ou diferenças entre os resultados previstos – calculados – e os medidos.

•  Razões das diferenças – formulação e simplificação dos modelos.

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Unidade III – O Modelo e o Sistema Físico Real

•  A solução perfeita ou a análise completa de um problema, que exige levar-se em consideração todos os fatores e efeitos concebíveis, é praticamente impossível.

•  Inicialmente, ninguém pode conhecer todos os fatores relevantes ou prever todos os seus possíveis efeitos.

•  Posterior a isso, muitos desses fatores, por serem pouco significativos, tem mínima influência no processo e, portanto, podem ser desprezados.

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Unidade III – O Modelo e o Sistema Físico Real

•  Na prática, ao resolver um problema, é necessário afastar-se um pouco do SFR, simplificando-o adequadamente e substituindo-o por outro problema mais simples, que é o modelo.

•  Em muitas aplicações práticas, o fato de certas condições deixarem de ser satisfeitas não aumenta o erro das previsões, a ponto de anular sem prejudicar a utilidade do modelo.

•  Erros de precisão – diferenças entre o previsto e o real – de 5% a 10%, para a maioria dos problemas de engenharia.

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Unidade III – O Modelo e o Sistema Físico Real

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Unidade III – O Modelo e o Sistema Físico Real

•  Exemplo para previsão do deslocamento na extremidade livre de uma viga em balanço

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Unidade III – O Modelo e o Sistema Físico Real

•  Em função dos dados particulares de cada problema, para o caso em análise tem-se:

•  F ............. Força aplicada na extremidade; •  L ............. Comprimento; •  E ............. Módulo de Elasticidade do Material; •  h .............. Altura da seção transversal; •  b ............... Largura da viga. •  Que permite estimar, sem construir o modelo físico,

a deflexão y – deslocamento vertical – da parte livre.

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Unidade III – O Modelo e o Sistema Físico Real

•  A equação que rege a previsão do deslocamento na extremidade livre da viga em balanço é dada por:

3

34EbhFLy =

•  Para que esta equação de fato reja o processo em questão, algumas hipóteses simplificativas foram supostas válidas.

•  Isto significa que diversas variáveis que influem no SFR forma desconsideradas, para permitir a formulação de um modelo simples que o representa-se com precisão aceitável

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Unidade III – O Modelo e o Sistema Físico Real

•  Algumas hipóteses simplificativas admitidas em tal caso são:

•  A carga F é pontual – uma idealização, pois não existem cargas pontuais na natureza;

•  O material da viga é homogêneo – considerando o material como homogêneo e isento de falhas e impurezas;

•  A carga F é aplicada lentamente desde zero até o valor integral – com isto, a carga pode ser considerada estática;

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Unidade III – O Modelo e o Sistema Físico Real

•  O apoio da viga é um engaste perfeito – embora não existam corpos rígidos na natureza (todos têm algum grau de flexibilidade)

•  O peso próprio da viga é desprezado – considerando a carga atuante bem maior do que o peso próprio da viga, pode-se desprezar esta última parcela.

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Unidade III – Validade das Hipóteses Simplificativas

•  Sempre que forem estabelecidas hipóteses simplificativas para a solução de um problema, surge a necessidade da sua verificação, especialmente através da experimentação.

•  A verificação é mesmo imprescindível, pois não se pode utilizar um modelo sem saber da sua precisão na representação do SFR.

•  Com a experiência, vem a habilidade na definição das hipóteses simplificativas.

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Unidade III – Validade das Hipóteses Simplificativas

•  Com a experiência profissional, consegue-se com mais propriedade desenvolver, ou escolher, modelos que representem cada vez mais adequadamente os sistemas físicos a serem analisados.

•  Um bom preparo acadêmico pode abreviar sensivelmente este tempo de maturação profissional – habilidade e conhecimento junto a instituição acadêmica.

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Unidade III – Validade das Hipóteses Simplificativas

•  Embora uma divergência entre os resultados previstos e a realidade das medições seja inevitável, a utilidade de um modelo não está em representar fielmente, ou não, o SFR.

•  Segundo este critério, todos os modelos teriam que ser rejeitados.

•  Em função das hipóteses simplificativas, deles deve-se esperar um certo grau de discrepância com a realidade.

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Unidade III – Validade das Hipóteses Simplificativas

•  O modelo é importante pela sua praticabilidade e pela previsão que proporciona, e não necessariamente pela sua precisão.

•  Logo, é necessário validar o modelo a partir de uma região particular de atividades e, posterior a isso, realizar as simulações que correspondam ao propósito da modelagem.

•  Entretanto, dificilmente os pontos experimentais estarão em perfeita consonância com a curva obtida matematicamente.

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Unidade III – Validade das Hipóteses Simplificativas

•  A correlação perfeita entre o resultado medido e o resultado calculado deve ser analisada com cautela, pois é inevitável alguma divergência entre eles.

•  Previsões sem erros são praticamente inatingíveis e, na verdade, seriam anti-econômicas as tentativas de alcança-las (elevado esforço computacional, homens-hora trabalhadas para um benefício baixo).

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Unidade III – Validade das Hipóteses Simplificativas

•  A correlação mais provável a ser esperada é mostrada na figura abaixo, onde são mostrados os resultados hipotéticos comuns de se encontrar na prática.

Simulado

Real

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Unidade III – Validade das Hipóteses Simplificativas

•  Por outro lado, se os resultados experimentais não estabelecem uma tendência, indica que não existe qualquer correlação entre o modelo e o SFR equivalente.

•  Neste caso, deve-se reavaliar o modelo, modificando-o – verificando se o erro reside nas medições efetuadas, na interpretação dos resultados obtidos ou se realmente o modelo utilizado é inadequado – até garantir uma precisão aceitável nas previsões.

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Unidade III – Para que se Utilizam os Modelos

•  Os engenheiros utilizam modelos para:

•  Pensar – modelos são valiosos instrumentos de auxílio para visualizar e pensar acerca da natureza de um sistema e do seu comportamento.

•  Mecanismos, circuitos eletrônicos, sistemas industriais ou processos químicos, pela sua complexidade, mais que necessitam, exigem modelos adequados para a sua perfeita compreensão.

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Unidade III – Para que se Utilizam os Modelos

•  Comunicar – uma importante habilidade que o engenheiro deve ter é a capacidade de comunicação dos seus projetos para aqueles que deverão aprová-los, construí-los, operá-los ou mantê-los.

•  Os modelos, por facilitarem a descrição da natureza e do funcionamento destas criações, são muito usados para transmitir informações.

•  Exemplos de maquetes, modelos de automóveis em escala reduzida, etc.

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Unidade III – Para que se Utilizam os Modelos

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Unidade III – Para que se Utilizam os Modelos

•  Prever – na solução de problemas, o engenheiro tem geralmente que examinar muitas possíveis soluções e, para decidir qual delas é a mais adequada, sob algum critério, pode usar o artifício de comparar os seus desempenhos usando modelos.

•  Tais artifícios permitem que de alguma forma os SFRs sejam simulados, sem a necessidade de preparar materialmente a solução.

•  Economia de tempo e envolvem menos custos

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Unidade III – Para que se Utilizam os Modelos

•  Controlar – em algumas situações, prepara-se o modelo e procura-se fazer com que o SFR o obedeça.

•  Esta situação é comum na engenharia e acontece, por exemplo, com o projeto de um edifício, cuja planta é um modelo a ser seguido na construção;

•  Outro exemplo seria a trajetória programada de um vôo de um foguete, quando são usados complexos sistemas de controle e tenta-se fazer com que o vôo real coincida com o modelo.

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Unidade III – Para que se Utilizam os Modelos

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Unidade III – Para que se Utilizam os Modelos

•  Ensinar e Treinar – os modelos também são usados como auxílio à instrução.

•  Por exemplo: diagramas, gráficos e plantas são importantes suportes didáticos.

•  Deve-se ressaltar a grande utilidade prática da simulação participativa, particularmente quando o custo de prováveis erros for elevado, tanto no aspecto de segurança quanto no econômico.

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Unidade III – Para que se Utilizam os Modelos

Exemplos típicos são os treinamentos de controladores de tráfego aéreo, pilotos e astronautas, pois permitem errar no simulador, sem incorrer em acidentes que poderiam ser fatais em situações reais.