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IntroduçãoPor muito tempo, a educação profissional foi desprezada e considera-

da de segunda classe. Atualmente, a opção pela formação técnica é festejada, pois alia os conhecimentos do “saber fazer” com a formação geral do “conhe-cer” e do “saber ser”; é a formação integral do estudante.

Este livro didático é uma ferramenta para a formação integral, pois alia o instrumental para aplicação prática com as bases científicas e tecnológicas, ou seja, permite aplicar a ciência em soluções do dia a dia.

Além do livro, compõe esta formação do técnico o preparo do professor e de campo, o estágio, a visita técnica e outras atividades inerentes a cada plano de curso. Dessa forma, o livro, com sua estruturação pedagogicamente elaborada, é uma ferramenta altamente relevante, pois é fio condutor dessas atividades formativas.

Ele está contextualizado com a realidade, as necessidades do mundo do trabalho, os arranjos produtivos, o interesse da inclusão social e a aplicação cotidiana. Essa contextualização elimina a dicotomia entre atividade intelectual e atividade manual, pois não só prepara o profissional para trabalhar em ati-vidades produtivas, mas também com conhecimentos e atitudes, com vistas à atuação política na sociedade. Afinal, é desejo de todo educador formar cidadãos produtivos.

Outro valor pedagógico acompanha esta obra: o fortalecimento mútuo da formação geral e da formação específica (técnica). O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) tem demonstrado que os alunos que estudam em um curso técnico tiram melhores notas, pois ao estudar para resolver um pro-blema prático ele aprimora os conhecimentos da formação geral (química, física, matemática, etc.); e ao contrário, quando estudam uma disciplina geral passam a aprimorar possibilidades da parte técnica.

Pretendemos contribuir para resolver o problema do desemprego, pre-parando os alunos para atuar na área científica, industrial, de transações e comercial, conforme seu interesse. Por outro lado, preparamos os alunos para ser independentes no processo formativo, permitindo que trabalhem durante parte do dia no comércio ou na indústria e prossigam em seus estu-dos superiores no contraturno. Dessa forma, podem constituir seu itinerário formativo e, ao concluir um curso superior, serão robustamente formados em relação a outros, que não tiveram a oportunidade de realizar um curso técnico.

Por fim, este livro pretende ser útil para a economia brasileira, aprimo-rando nossa força produtiva ao mesmo tempo em que dispensa a importação de técnicos estrangeiros para atender às demandas da nossa economia.

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Por que a Formação Técnica de Nível Médio É Importante? O técnico desempenha papel vital no desenvolvimento do país por meio da criação de

recursos humanos qualificados, aumento da produtividade industrial e melhoria da quali-dade de vida.

Alguns benefícios do ensino profissionalizante para o formando:

• Aumento dos salários em comparação com aqueles que têm apenas o Ensino Médio.

• Maior estabilidade no emprego.

• Maior rapidez para adentrar ao mercado de trabalho.

• Facilidade em conciliar trabalho e estudos.

• Mais de 72% ao se formarem estão empregados.

• Mais de 65% dos concluintes passam a trabalhar naquilo que gostam e em que se formaram.

Esses dados são oriundos de pesquisas. Uma delas, intitulada “Educação profissional e você no mercado de trabalho”, realizada pela Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Votorantim, comprova o acerto do Governo ao colocar, entre os quatro eixos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), investimentos para a popularização da Educação Profissional. Para as empresas, os cursos oferecidos pelas escolas profissionais atendem de forma mais eficiente às diferentes necessidades dos negócios.

Outra pesquisa, feita em 2009 pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), órgão do Ministério da Educação (MEC), chamada “Pesquisa nacional de egressos”, revelou também que de cada dez alunos, seis recebem salário na média da categoria. O per-centual dos que qualificaram a formação recebida como “boa” e “ótima” foi de 90%.

Ensino Profissionalizante no Brasil e Necessidade do Livro Didático Técnico

O Decreto Federal nº 5.154/2004 estabelece inúmeras possibilidades de combinar a formação geral com a formação técnica específica. Os cursos técnicos podem ser ofertados da seguinte forma:

a) Integrado – Ao mesmo tempo em que estuda disciplinas de formação geral o aluno também recebe conteúdos da parte técnica, na mesma escola e no mesmo turno.

b) Concomitante – Num turno o aluno estuda numa escola que só oferece Ensino Médio e num outro turno ou escola recebe a formação técnica.

c) Subsequente – O aluno só vai para as aulas técnicas, no caso de já ter concluído o Ensino Médio.

Com o Decreto Federal nº 5.840/2006, foi criado o programa de profissionalização para a modalidade Jovens e Adultos (Proeja) em Nível Médio, que é uma variante da forma integrada.

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Em 2008, após ser aprovado pelo Conselho Nacional de Educação pelo Parecer CNE/CEB nº 11/2008, foi lançado o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, com o fim de orientar a oferta desses cursos em nível nacional.

O Catálogo consolidou diversas nomenclaturas em 185 denominações de cursos. Estes estão organizados em 13 eixos tecnológicos, a saber:

1. Ambiente e Saúde2. Desenvolvimento Educacional e Social3. Controle e Processos Industriais4. Gestão e Negócios5. Turismo, Hospitalidade e Lazer6. Informação e Comunicação7. Infraestrutura8. Militar9. Produção Alimentícia10. Produção Cultural e Design11. Produção Industrial12. Recursos Naturais13. Segurança.

Para cada curso, o Catálogo estabelece carga horária mínima para a parte técnica (de 800 a 1 200 horas), perfil profissional, possibilidades de temas a serem abordados na formação, possibilidades de atuação e infra-estrutura recomendada para realização do curso. Com isso, passa a ser um mecanismo de organização e orientação da oferta nacional e tem função indu-tora ao destacar novas ofertas em nichos tecnológicos, culturais, ambientais e produtivos, para formação do técnico de Nível Médio.

Dessa forma, passamos a ter no Brasil uma nova estruturação legal para a oferta destes cursos. Ao mesmo tempo, os governos federal e estaduais pas-saram a investir em novas escolas técnicas, aumentando a oferta de vagas. Dados divulgados pelo Ministério da Educação apontaram que o número de alunos matriculados em educação profissional passou de 993 mil em 2011 para 1,064 milhões em 2012 – um crescimento de 7,10%. Se considerarmos os cursos técnicos integrados ao ensino médio, esse número sobe para 1,3 millhões. A demanda por vagas em cursos técnicos tem tendência a aumentar, tanto devido à nova importância social e legal dada a esses cursos, como também pelo crescimento do Brasil.

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Comparação de Matrículas BrasilComparação de Matrículas da Educação Básica por Etapa e Modalidade – Brasil, 2011 e 2012.

Etapas/Modalidades de Educação Básica

Matrículas / Ano2011 2012 Diferença 2011-2012 Variação 2011-2012

Educação Básica 62 557 263 62 278 216 –279 047 –0,45Educação Infantil 6 980 052 7 295 512 315 460 4,52%• Creche 2 298 707 2 540 791 242 084 10,53%• Pré-escola 4 681 345 4 754 721 73 376 1,57%Ensino Fundamental 30 358 640 29 702 498 –656 142 –2,16%Ensino Médio 8 400 689 8 376 852 –23 837 –0,28%Educação Profissional 993 187 1 063 655 70 468 7,10%Educação Especial 752 305 820 433 68 128 9,06%EJA 4 046 169 3 861 877 –184 292 –4,55%• Ensino Fundamental 2 681 776 2 516 013 –165 763 –6,18%• Ensino Médio 1 364 393 1 345 864 –18 529 –1,36%

Fonte: Adaptado de: MEC/Inep/Deed.

No aspecto econômico, há necessidade de expandir a oferta desse tipo de curso, cujo principal objetivo é formar o aluno para atuar no mercado de trabalho, já que falta traba-lhador ou pessoa qualificada para assumir imediatamente as vagas disponíveis. Por conta disso, muitas empresas têm que arcar com o treinamento de seus funcionários, treinamento este que não dá ao funcionário um diploma, ou seja, não é formalmente reconhecido.

Para atender à demanda do setor produtivo e satisfazer a procura dos estudantes, seria necessário mais que triplicar as vagas técnicas existentes hoje.

Podemos observar o crescimento da educação profissional no gráfico a seguir:

Educação ProfissionalNº de matrículas*

1 362 2001 250 900

1 140 3881 036 945

927 978780 162

2007 2008 2009 2010 20122011

Fonte: Adaptado de: MEC/Inep/Deed.

* Inclui matrículas de educação profissional integrada ao ensino médio.

As políticas e ações do MEC nos últimos anos visaram o fortalecimento, a expansão e a melhoria da qualidade da educação profissional no Brasil, obtendo, nesse período, um crescimento de 74,6% no número de matrículas, embora esse número tenda a crescer ainda mais, visto que a experiência internacional tem mostrado que 30% das matrículas da educação secundária correspondem a cursos técnicos; este é o patamar idealizado pelo Ministério da Educação. Se hoje há 1,064 milhões de estudantes matriculados, para atingir essa porcentagem devemos matricular pelo menos 3 milhões de estudantes em cursos técnicos dentro de cinco anos.

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Para cada situação pode ser adotada uma modalidade ou forma de Ensino Médio pro-fissionalizante, de forma a atender a demanda crescente. Para os advindos do fluxo regular do Ensino Fundamental, por exemplo, é recomendado o curso técnico integrado ao Ensino Médio. Para aqueles que não tiveram a oportunidade de cursar o Ensino Médio, a oferta do PROEJA estimularia sua volta ao ensino secundário, pois o programa está associado à for-mação profissional. Além disso, o PROEJA considera os conhecimentos adquiridos na vida e no trabalho, diminuindo a carga de formação geral e privilegiando a formação específica. Já para aqueles que possuem o Ensino Médio ou Superior a modalidade recomendada é a subsequente: somente a formação técnica específica.

Para todos eles, com ligeiras adaptações metodológicas e de abordagem do professor, é extremamente útil o uso do livro didático técnico, para maior eficácia da hora/aula do curso, não importando a modalidade do curso e como será ofertado.

Além disso, o conteúdo deste livro didático técnico e a forma como foi concebido refor-ça a formação geral, pois está contextualizado com a prática social do estudante e relaciona permanentemente os conhecimentos da ciência, implicando na melhoria da qualidade da formação geral e das demais disciplinas do Ensino Médio.

Em resumo, há claramente uma nova perspectiva para a formação técnica com base em sua crescente valorização social, na demanda da economia, no aprimoramento de sua regulação e como opção para enfrentar a crise de qualidade e quantidade do Ensino Médio.

O Que É Educação Profissional?O ensino profissional prepara os alunos para carreiras que estão baseadas em ativi-

dades mais práticas. O ensino é menos acadêmico, contudo diretamente relacionado com a inovação tecnológica e os novos modos de organização da produção, por isso a escolari-zação é imprescindível nesse processo.

Elaboração dos Livros Didáticos TécnicosDevido ao fato do ensino técnico e profissionalizante ter sido renegado a segundo pla-

no por muitos anos, a bibliografia para diversas áreas é praticamente inexistente. Muitos docentes se veem obrigados a utilizar e adaptar livros que foram escritos para a graduação. Estes compêndios, às vezes traduções de livros estrangeiros, são usados para vários cursos superiores. Por serem inacessíveis à maioria dos alunos por conta de seu custo, é comum que professores preparem apostilas a partir de alguns de seus capítulos.

Tal problema é agravado quando falamos do Ensino Técnico integrado ao Médio, cujos alunos correspondem à faixa etária entre 14 e 19 anos, em média. Para esta faixa etária é preciso de linguagem e abordagem diferenciadas, para que aprender deixe de ser um sim-ples ato de memorização e ensinar signifique mais do que repassar conteúdos prontos.

Outro público importante corresponde àqueles alunos que estão afastados das salas de aula há muitos anos e veem no Ensino Técnico uma oportunidade de retomar os estudos e ingressar no mercado profissional.

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O Livro Didático Técnico e o Processo de Avaliação

O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: realizar pro-va, fazer exame, atribuir notas, repetir ou passar de ano. Nela a educação é concebida como mera transmissão e memorização de informações prontas e o aluno é visto como um ser passivo e receptivo.

Avaliação educacional é necessária para fins de documentação, geralmente para em-basar objetivamente a decisão do professor ou da escola, para fins de progressão do aluno.

O termo avaliação deriva da palavra valer, que vem do latim vãlêre, e refere-se a ter valor, ser válido. Consequentemente, um processo de avaliação tem por objetivo averiguar o "valor" de determinado indivíduo.

Mas precisamos ir além.A avaliação deve ser aplicada como instrumento de compreensão do nível de apren-

dizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados (conhecimento), em relação ao desenvolvimento de criatividade, iniciativa, dedicação e princípios éticos (atitude) e ao processo de ação prática com eficiência e eficácia (habilidades). Este livro didático ajuda, sobretudo para o processo do conhecimento e também como guia para o desenvolvimento de atitudes. As habilidades, em geral, estão associadas a práticas laboratoriais, atividades complementares e estágios.

A avaliação é um ato que necessita ser contínuo, pois o processo de construção de conhecimentos pode oferecer muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e, assim, rever a sua prática e redirecionar as suas ações, se necessário. Em cada etapa registros são feitos. São os registros feitos ao longo do processo educativo, tendo em vista a compreensão e a descrição dos desempenhos das aprendiza-gens dos estudantes, com possíveis demandas de intervenções, que caracterizam o proces-so avaliativo, formalizando, para efeito legal, os progressos obtidos.

Neste processo de aprendizagem deve-se manter a interação entre professor e aluno, promovendo o conhecimento participativo, coletivo e construtivo. A avaliação deve ser um processo natural que acontece para que o professor tenha uma noção dos conteúdos assi-milados pelos alunos, bem como saber se as metodologias de ensino adotadas por ele estão surtindo efeito na aprendizagem dos alunos.

Avaliação deve ser um processo que ocorre dia após dia, visando à correção de er-ros e encaminhando o aluno para aquisição dos objetivos previstos. A esta correção de ru-mos, nós chamamos de avaliação formativa, pois serve para retomar o processo de ensino/aprendizagem, mas com novos enfoques, métodos e materiais. Ao usar diversos tipos de avaliações combinadas para fim de retroalimentar o ensinar/aprender, de forma dinâmica, concluímos que se trata de um “processo de avaliação”.

O resultado da avaliação deve permitir que o professor e o aluno dialoguem, buscando encontrar e corrigir possíveis erros, redirecionando o aluno e mantendo a motivação para o progresso do educando, sugerindo a ele novas formas de estudo para melhor compreensão dos assuntos abordados.

Se ao fizer avaliações contínuas, percebermos que um aluno tem dificuldade em assimilar conhecimentos, atitudes e habilidades, então devemos mudar o rumo das coi-sas. Quem sabe fazer um reforço da aula, com uma nova abordagem ou com outro colega professor, em um horário alternativo, podendo ser em grupo ou só, assim por diante.

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Pode ser ainda que a aprendizagem daquele tema seja facilitada ao aluno fazendo práticas discursivas, escrever textos, uso de ensaios no laboratório, chegando à conclusão que este aluno necessita de um processo de ensi-no/aprendizagem que envolva ouvir, escrever, falar e até mesmo praticar o tema.

Se isso acontecer, a avaliação efetivamente é formativa. Neste caso, a avaliação está integrada ao processo de ensino/apren-

dizagem, e esta, por sua vez, deve envolver o aluno, ter um significado com o seu contexto, para que realmente aconteça. Como a aprendizagem se faz em processo, ela precisa ser acompanhada de retornos avaliativos visando a fornecer os dados para eventuais correções.

Para o uso adequado deste livro recomendamos utilizar diversos tipos de avaliações, cada qual com pesos e frequências de acordo com perfil de docência de cada professor. Podem ser usadas as tradicionais provas e testes, mas, procurar fugir de sua soberania, mesclando com outras criativas formas.

Avaliação e ProgressãoPara efeito de progressão do aluno, o docente deve sempre conside-

rar os avanços alcançados ao longo do processo e perguntar-se: Este aluno progrediu em relação ao seu patamar anterior? Este aluno progrediu em relação às primeiras avaliações? Respondidas estas questões, volta a per-guntar-se: Este aluno apresentou progresso suficiente para acompanhar a próxima etapa? Com isso o professor e a escola podem embasar o deferi-mento da progressão do estudante.

Com isso, superamos a antiga avaliação conformadora em que eram exigidos padrões iguais para todos os “formandos”.

Nossa proposta significa, conceitualmente, que ao estudante é dado o direito, pela avaliação, de verificar se deu um passo a mais em relação às suas competências. Os diversos estudantes terão desenvolvimentos diferenciados, medidos por um processo avaliativo que incorpora esta pos-sibilidade. Aqueles que acrescentaram progresso em seus conhecimentos, atitudes e habilidades estarão aptos a progredir.

A base para a progressão, neste caso, é o próprio aluno.Todos têm o direito de dar um passo a mais. Pois um bom processo de

avaliação oportuniza justiça, transparência e qualidade.

Tipos de AvaliaçãoExistem inúmeras técnicas avaliativas, não existe uma mais adequada,

o importante é que o docente conheça várias técnicas para poder ter um con-junto de ferramentas a seu dispor e escolher a mais adequada dependendo da turma, faixa etária, perfil entre outros fatores.

Avaliação se torna ainda mais relevante quando os alunos se envol-vem na sua própria avaliação.

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A avaliação pode incluir:

1. Observação2. Ensaios3. Entrevistas4. Desempenho nas tarefas5. Exposições e demonstrações6. Seminários7. Portfólio: Conjunto organizado de trabalhos produzidos por um alu-

no ao longo de um período de tempo.8. Elaboração de jornais e revistas (físicos e digitais)9. Elaboração de projetos10. Simulações11. O pré-teste12. A avaliação objetiva13. A avaliação subjetiva14. Autoavaliação15. Autoavaliação de dedicação e desempenho16. Avaliações interativas17. Prática de exames18. Participação em sala de aula19. Participação em atividades20. Avaliação em conselho pedagógico – que inclui reunião para avaliação

discente pelo grupo de professores.No livro didático as “atividades”, as “dicas” e outras informações destaca-

das poderão resultar em avaliação de atitude, quando cobrado pelo professor em relação ao “desempenho nas tarefas”. Poderão resultar em avaliações se-manais de autoavaliação de desempenho se cobrado oralmente pelo professor para o aluno perante a turma.

Enfim, o livro didático, possibilita ao professor extenuar sua criativida-de em prol de um processo avaliativo retroalimentador ao processo ensino/aprendizagem para o desenvolvimento máximo das competências do aluno.

Objetivos da ObraAlém de atender às peculiaridades citadas anteriormente, este livro está

de acordo com o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Busca o desenvolvi-mento das habilidades por meio da construção de atividades práticas, fugin-do da abordagem tradicional de descontextualizado acúmulo de informações. Está voltado para um ensino contextualizado, mais dinâmico e com o suporte da interdisciplinaridade. Visa também à ressignificação do espaço escolar, tor-nando-o vivo, repleto de interações práticas, aberto ao real e às suas múltiplas dimensões.

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Ele está organizado em capítulos, graduando as dificuldades, numa linha da lógica de aprendizagem passo a passo. No final dos capítulos, há exercícios e atividades complemen-tares, úteis e necessárias para o aluno descobrir, fixar, e aprofundar os conhecimentos e as práticas desenvolvidos no capítulo.

A obra apresenta diagramação colorida e diversas ilustrações, de forma a ser agradá-vel e instigante ao aluno. Afinal, livro técnico não precisa ser impresso num sisudo preto--e-branco para ser bom. Ser difícil de manusear e pouco atraente é o mesmo que ter um professor dando aula de cara feia permanentemente. Isso é antididático.

O livro servirá também para a vida profissional pós-escolar, pois o técnico sempre necessitará consultar detalhes, tabelas e outras informações para aplicar em situação real. Nesse sentido, o livro didático técnico passa a ter função de manual operativo ao egresso.

Neste manual do professor apresentamos:• Respostas e alguns comentários sobre as atividades propostas.• Considerações sobre a metodologia e o projeto didático.• Sugestões para a gestão da sala de aula.• Uso do livro.• Atividades em grupo.• Laboratório.• Projetos.A seguir, são feitas considerações sobre cada capítulo, com sugestões de atividades

suplementares e orientações didáticas. Com uma linguagem clara, o manual contribui para a ampliação e exploração das atividades propostas no livro do aluno. Os comentários sobre as atividades e seus objetivos trazem subsídios à atuação do professor. Além disso, apre-sentam-se diversos instrumentos para uma avaliação coerente com as concepções da obra.

Referências Bibliográficas GeraisFREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

FRIGOTTO, G. (Org.). Educação e trabalho: dilemas na educação do trabalhador. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

BRASIL. LDB 9394/96. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 23 maio 2009.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prática. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2003.

PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógi-cas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

ÁLVAREZ MÉNDEZ, J. M. Avaliar para conhecer: examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed, 2002.

SHEPARD, L. A. The role of assessment in a learning culture. Paper presented at the Annual Meeting of the American Educational Research Association. Available at: <http://www.aera.net/meeting/am2000/wrap/praddr01.htm>.

PORTUGUÊS INSTRUMENTAL

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Orientações geraisA obra tem como finalidade contribuir para que o estudante de nível técnico

conheça os principais gêneros textuais presentes na sociedade, e também, aqueles que o acompanharão no mercado de trabalho, pois sabemos que o domínio da nor-ma culta da língua e a capacidade de produzir e ler textos são de suma importância para seu crescimento profissional e pessoal.

Assim, os conceitos discutidos no livro têm como princípio oportunizar o aprendizado, bem como a comunicação em contextos sociais diferentes. Portanto, o texto é o ponto de partida e chegada, já que o ser humano não se comunica com palavras ou frases soltas, mas as utiliza, organizadamente, garantindo que tenham sentido.

Objetivos do material didático• Contribuir com a aprendizagem sobre linguagem verbal e não verbal.

• Estudar e analisar os elementos da comunicação.

• Discutir sobre as variações linguísticas da Língua Portuguesa.

• Proporcionar contato e análise de diferentes tipos e gêneros textuais, suas características estruturais e finalidades de produção.

• Estudar palavras da Língua Portuguesa que podem causar dúvidas em seu uso.

• Aprofundar os estudos nas principais regras de ortografia em vigência na Língua Portuguesa.

• Revisar as principais regras de acentuação gráfica vigentes na Língua Portuguesa.

• Esquematizar as principais regras de regência verbal e regência nominal.

• Retomar os princípios de uso dos diferentes pronomes da Língua Portuguesa.

• Apresentar as principais regras do uso do hífen, de acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

• Aplicar o uso de maiúsculas e minúsculas, de acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Princípios pedagógicosO objetivo do livro Português instrumental é trabalhar de forma clara e concreta

todo conteúdo fundamental para produção oral ou escrita na sociedade e/ou no mercado de trabalho. Mostrando ao estudante de curso técnico que os conteúdos dessa obra são responsáveis pela boa comunicação, ou seja, atende às necessidades especificas do conhecimento como o uso adequado das linguagens em diferentes situações e contextos.

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Articulação do conteúdoO professor poderá articular os conteúdos com várias outras áreas do conhecimento,

tais como ambiente e saúde, controle e processos industriais, gestão e negócios, informação e comunicação, infraestrutura, entre outras. Ou seja, a obra faz interdisciplinaridade com tudo que envolve comunicação.

Atividades complementaresAlém das atividades aplicadas no livro, o professor poderá sugerir trabalhos de pes-

quisa voltados à língua falada e à escrita, preconceito linguístico e diferentes contextos de interlocução. Também poderá sugerir filmes e livros que corroboram com a cultura e como esta pode expressar diversas formas de linguagem e aprendizagem.

Sugestão de leituraANTUNES, I. Aula de português: encontro &interação. São Paulo: Parábola, 2003.

BAGNO, M. Preconceito linguístico: o que é como se faz. 3. ed. São Paulo.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Trad. Maria Ermantina Galvão Gomes e Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

BRAGA, R. Recado ao senhor 903. IN: Para gostar de ler. v. 1. São Paulo: Ática, 1979.

BRASIL. Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/_ato-2010/2008/decreto/d6583.htm>. Acesso em: 25 maio 2016.

COLASSANTI, M. Contos brasileiros contemporâneos. São Paulo: Moderna, 1981.

KOCH, I. G. V. Desvendando os segredos do texto. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2005.

Sugestão de planejamentoEste manual foi elaborado para dar suporte ao livro Português instrumental. O livro foi

estruturado para ser trabalhado em sala de aula, em 60 horas. Assim a obra pode ser divi-dida em dois semestres. Quanto à sequência do conteúdo não há uma regra rígida que deva ser seguida, embora seja interessante dar continuidade aos assuntos expostos para melhor aproveitamento de aprendizagem.

Semestre 1Primeiro bimestreCapítulo 1 – Comunicação e linguagem

Capítulo 2 – Texto e textualidade

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Objetivos

• Discernir linguagem verbal e a linguagem não verbal.

• Conhecer os elementos da comunicação.

• Entender a língua portuguesa e suas variações linguísticas.

• Ler e interpretar diferentes textos.

Atividades

Para enriquecer ainda mais o conhecimento e a observação, o aluno pode navegar em sites confiáveis, além de assistir filmes e ler bons artigos relacionados aos temas dos capítulos.

Segundo bimestreCapítulo 3 – Textos nossos de cada dia

Capítulo 4 – Os textos da sociedade

Objetivos

• Discernir tipos e gêneros textuais.

• Diferenciar resumo e resenha: características estruturais, linguagem e finalidades.

• Entender o que é ofício, memorando, ata e procuração: características estruturais, lin-guagem e finalidades.

Atividades

Aplicar, sempre que possível, filmes, leituras e assuntos que possam levar a debates pertinentes. Levar, para sala de aula, exemplos reais dos gêneros textuais estudados irá en-riquecer as discussões e contribuir com a aprendizagem das características estruturais, lin-guagem e finalidades dessas produções.

Professor, fazer a correção de atividades em sala de aula para que todos possam assi-milar melhor o entendimento.

Semestre 2Primeiro bimestreCapítulo 5 – Mergulho na gramática I

Capítulo 6 – Mergulho na gramática II

Objetivos

• Estudar as principais palavras de uso duvidoso e/ou ambíguo da Língua Portuguesa.

• Conhecer as principais regras de ortografia da língua.

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• Reconhecer os princípios da acentuação gráfica da Língua Portuguesa.

• Revisar as principais regras de regência verbal e regência nominal da Língua Portuguesa.

• Retomar as principais regras de concordância verbal e concordância nominal.

Atividades

Sugerir algumas atividades que envolva o uso de dicionários e a descobertas de pala-vras novas.

Segundo bimestreCapítulo 7 – Mergulho na gramática III

Capítulo 8 – Novo acordo ortográfico

Objetivos

• Entender a função e a importância do uso dos pronomes, na produção escrita ou oral, em diferentes contextos sociais.

• Estudar e empregar as principais mudanças do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa: uso ou não do hífen, acentuação gráfica, uso de maiúsculas e minúsculas, entre outras.

Atividades

Além, das sugestões anteriores, é importante rever alguns temas e sanar possíveis dúvidas, bem como sugerir pesquisas relacionadas a diversas formas de cultura que possam ser aplicadas em sala de aula.

Orientações didáticas e respostas das atividadesCapítulo 1Orientações

Esse capítulo aborda conceitos básicos estudados no Ensino Médio. Para o sucesso na aprendizagem dos alunos, é necessário que todo o conteúdo seja associado à sua realidade, propondo exemplos do cotidiano da escola e dos educandos.

Professor, solicite aos alunos que montem um paralelo com exemplos de textos pro-duzidos com linguagem verbal x linguagem não verbal.

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Respostas – páginas 24-261) • Interlocutores: Princesinha e Pepito.

Professor, os interlocutores invertem o papel de locutor e receptor/alocutário no texto, desempenhando ora uma função ora outra.

• Código: Língua Portuguesa tipicamente coloquial com uso também dos famosos emoctions.

• Canal: Programa WhatsApp instalado em celulares, geralmente.

• Mensagem: O namorado sem ter o que fazer (por seu vídeo game ter quebrado) procura a namorada para conversar, o que prova-velmente não é algo normal já que ela se espanta pela atitude do rapaz.

2) O texto foi produzido usando a variação coloquial da língua. São exem-plos dessa variação o emprego das seguintes expressões “tô”, “tava”, “né” e “vc”.

3) A função da linguagem presente no texto é a função fática, já que o locutor quer apenas conversar com o alocutário.

4) Professor, o texto apresenta um excesso de descrições que deve ser eliminado. Chame a atenção dos alunos para a real necessidade de comunicação da carta: a solicitação de mais máquinas para o depar-tamento. O trabalho de reescrita deve ser baseado na eliminação de todas as outras informações desnecessárias.

a. O texto possui cinco parágrafos, sendo o quinto a despedida (Aten-ciosamente). Pela ordem de prioridade, ficaria estruturado da se-guinte forma:

4º parágrafo seria o 1º, 1 º parágrafo seria o 2º, 2 º parágrafo seria o 3º, 3º parágrafo seria o 4º e 5 º parágrafo seria o 5º.

5) Professor, a finalidade do anúncio da Ministério da Saúde é aumen-tar o número de doação de órgãos; aproveite a oportunidade para conversar sobre o tema com os alunos.

a. Apelativa ou conativa, pois tem como objetivo convencer seus in-terlocutores sobre a importância da doação de órgãos.

b. Linguagem formal, embora sem muitas variações da linguagem co-loquial. São marcas da linguagem formal: usar a combinação pre-positiva aos no lugar da preposição com; emprego do verbo haver no sentido de tempo decorrido (há); uso do pronome esse e não de este para fazer remissão anafórica.

c. Com a doação de um coração novo, o locutor pode viver, renasceu, por isso, pode comemorar seu aniversário e seu presente (o cora-ção doado).

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Capítulo 2Orientações

Esse capítulo trata basicamente da noção de texto e dos recursos que garantirão a eficácia de uma produção.

Professor, chame a atenção dos alunos: “nem toda produção pode ser considerada texto. O texto precisa ser uma organização que produza sentido”.

Professor, convide os alunos a pesquisarem exemplos diversos de in-tertextualidade ou leve alguns temas para discussão em sala de aula.

Resposta – páginas 31-331) • Contexto de produção: Cartaz do Ministério da Saúde alertando toda

população brasileira sobre o perigo da Dengue e Chikungunya, doen-ças típicas da época de chuvas.

• Produtor: Ministério da Saúde.

• Público: população brasileira.

• Intenção comunicativa: incentivar a população a tomar atitudes para eliminar os mosquitos transmissores de doenças.

2) Professor, incentive a turma a produzir cartas bem interessantes, crie um contexto para isso. Convide-os a enviarem as produções para os re-metentes, seus possíveis leitores.

3) a. A intencionalidade do produtor é divulgar práticas saudáveis de uma vida sem obesidade – doença que cresce a cada dia entre a popula-ção da sociedade do século XXI. Situcionalidade se dá de maneira efi-ciente, já que há uma linguagem clara e simples, em que o alocutário (público-alvo) pode se identificar com o texto produzido.

b. A aceitabilidade é perceptível nas dicas simples que podem ser se-guidas por qualquer pessoa, sem necessidade de grandes investi-mentos, esclarecimentos ou acompanhamentos para mudança de atitudes.

c. A intertextualidade se dá no fragmento “Diga-me o que come e direi quem você é.”, retomando o ditado popular “Me diga com quem andas e direi quem tu és.”. Se o ditado popular demonstra a influên-cia de outras pessoas na vida do indivíduo, no texto analisado, é a alimentação a responsável por sua vida e por que ele é: saudável, animado ou doente, sempre cansado, entre outros.

d. O problema está em usar uma conjunção explicativa/causal (porque) no lugar da conjunção adversativa (mas, porém ou todavia). A rees-crita da frase eliminando o problema seria: Obesidade é uma doença, MAS tem cura.

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4) O cartaz do Ministério da Saúde possui a intencionalidade de alertar a população para o tratamento da tuberculose; para isso, usa o depoimento de uma figura conhecida da população (cantor Thiaguinho) e seu sucesso no tratamento da doença, demonstran-do que qualquer um pode ser atingido por ela, entretanto, o tratamento pode salvar a vida de todos, escolhas que garantem situcionalidade e aceitabilidade ao texto.

5) A produção, à primeira vista, parece sem coerência e coesão, pois ninguém sobe a porta ou fecha a escada, ou mesmo tira as orações e recita os sapatos. Ou seja, há no texto uma inversão das ações, entretanto, se tornam explicáveis, pois o autor da produção recebeu um beijo de seu amor, o que o deixou atordoado.

Capítulo 3Orientações

Nesse capítulo são tratados os textos do cotidiano dos alunos. Professor, para enri-quecer sua aula, leve exemplos para a turma de cartas pessoais, cartas do leitor (encontra-das em revistas), carta aberta, entre outras e convide os alunos a fazerem o mesmo, com isso promova um “bate-papo” referente a esses textos.

Respostas – páginas 40-421) O texto da atividade em questão é um fragmento da famosa carta de Pero Vaz de Cami-

nha, a Certidão de Nascimento do Brasil, para alguns estudiosos.

I. a. Local: Ilha de Vera Cruz (Brasil). Data: 01 de maio de 1500.

b. Rei de Portugal (Vossa Alteza)

c. Pero Vaz de Caminha

d. Informar ao Rei sobre a descoberta, a chegada a nova terra.

e. Beijo as mãos de Vossa Alteza.

II. Carta impessoal, mesmo sendo carregada de descrições e adjetivações, o texto usa linguagem formal, pronomes de tratamento que demonstrando afastamento entre os interlocutores, sem contar que se trata de um texto para um rei.

2) Para o sucesso da atividade, o professor deve incentivar os alunos a produzirem cartas e as divulgarem na escola ou com um interlocutor possível (diretor, comunidade ou familiares).

3) Professor, essa atividade pode ser associada a eventos na escola. Seria muito interes-sante que os familiares vissem o mural produzido pelos alunos.

4) Professor, essa atividade pode ser bem proveitosa, se você criar um endereço de e-mail e substituir o e-mail fictício, e pedir que os alunos enviem a atividade para você. Eles devem produzir um e-mail se candidatando à vaga de trainee divulgada em um jornal. Caso você sinta necessidade, crie um anúncio ou leve um para sala de aula, deixando a aula bem próxima da realidade dos alunos.

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Capítulo 4Orientações

Esse capítulo aborda os conceitos básicos de produção de textos; nesta pri-meira parte é tratado de textos que os alunos já conhecem bem, pois são textos que fizeram parte das aulas de língua portuguesa tanto do Ensino Fundamental quanto do Médio. Por isso, será interessante pedir que os alunos levem exemplos para as aulas e façam juntos, a análise dos textos antes da produção.

Na segunda parte do capítulo, o assunto são gêneros textuais mais específi-cos do meio profissional. Por isso, será muito interessante solicitar aos alunos que tragam exemplos desses gêneros ou leve os exemplos para sala de aula para mos-trar a eles. Será fundamental contextualizar esses gêneros para os alunos, pois são textos que a maioria não tem contato frequente.

Respostas – páginas 55-591) Professor, para o sucesso dessa atividade, é interessante conhecer os filmes

resenhados ou faça uma sessão de cinema com a turma e peça que todos façam a resenha do mesmo filme.

2) Professor, essa é uma atividade pessoal, entretanto dos resumos não po-dem deixar de fora as seguintes informações do texto original:

1. Diante dos primeiros casos de HIV/AIDS no Brasil, verificou-se que os profissionais dos serviços públicos de saúde não estavam devidamente preparados para lidar com as questões suscitadas pela infecção. Diante disso, a CN-DST/AIDS decidiu investir no treinamento desses profissio-nais para o aconselhamento em HIV/AIDS.

2. Em1988, foram implantados os Centros de Orientação e Apoio Sorológico (COAS).

3. O aconselhamento tem por objetivo a prevenção primária do HIV, a ade-são do cliente ao tratamento, o tratamento do(s) parceiro(s) sexual(is) e a adoção de práticas preventivas.

4. A importância do aconselhamento para os portadores de HIV/AIDS aten-didos nos Serviços de Assistência Especializada (SAE) está associada à necessidade de o indivíduo receber adequado suporte emocional para lidar melhor com essa nova condição e participar ativamente de seu pro-cesso terapêutico.

5. Tem-se recomendado que também os serviços de pré-natal ofereçam aconselhamento e teste anti-HIV para as gestantes, para a redução das chances de transmissão do HIV para o feto ou recém-nascido.

6. Aconselhamento é um processo de escuta ativa, individualizado e centra-do no cliente.

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7. O processo de aconselhamento contém três componentes:

• apoio emocional;

• apoio educativo, que trata das trocas de informações sobre DST e HIV/AIDS, suas formas de transmissão, prevenção e tratamento;

• avaliação de riscos, que propicia a reflexão sobre valores, atitudes e condutas, incluindo o planejamento de estratégias de redução de risco.

8. As etapas do aconselhamento podem ser trabalhadas tanto em grupo como indi-vidualmente.

9. No trabalho em grupo, a identificação da demanda do grupo é fundamental.

10. No grupo, as pessoas têm a oportunidade de redimensionar suas dificuldades ao compartilhar dúvidas, sentimentos, conhecimentos, etc. Em algumas circunstân-cias, essa abordagem pode provocar alívio do estresse emocional vivenciado pe-los clientes.

11. É importante, entretanto, que o profissional de saúde esteja atento para perceber os limites que separam as questões que devem ser abordadas no espaço grupal, daquelas pertinentes ao atendimento individual.

12. Objetivos do aconselhamento:

• a redução do nível de estresse;

• a reflexão que possibilite a percepção dos próprios riscos e a adoção de práticas mais seguras;

• a adesão ao tratamento;

• a comunicação e o tratamento de parceiro(s) sexual(is) e de parceiro(s) de uso de drogas injetáveis.

13. Os profissionais de saúde, em qualquer situação de aconselhamento, devem levar em conta as condições do cliente em termos de maior ou menor fragilidade social. Ser vulnerável, no contexto das DST e HIV/AIDS, significa ter pouco ou nenhum controle sobre o risco de se infectar, e, para aqueles já infectados, ter pouco ou nenhum acesso a cuidados e suportes apropriados. Nesse sentido, é fundamental que o profissional de saúde esteja disponível e sensível para identificar as condi-ções de maior ou menor vulnerabilidade de seus clientes.

14. Desenvolver um plano de redução de risco que seja compatível com as questões específicas do cidadão em atendimento e, portanto, ter maior chance de resoluti-vidade.

3) Resposta individual para apresentação em sala de aula.

4) Professor, caso tenha acontecido alguma reunião, votação de líder da turma e/ou escolha de representante use o evento para a produção da ata, será bem interessante.

5) Professor, essa produção é um exemplo de atividade que poderá ser adaptada às ne-cessidades e realidades distintas de sala de aula.

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6) Professor, incentive a pesquisa de dados sobre o assunto escolhido pelo aluno para a produção; só assim ele construirá bons argumentos para defender sua tese na produ-ção escrita.

7) Professor, permita que cada aluno preencha sua própria ficha de avaliação.

Capítulo 5Orientações

Os capítulos “Mergulho na gramática” foram produzidos com intuito de revisar con-teúdos já estudados e tirar aquelas dúvidas mais frequentes de Língua Portuguesa.

Respostas – páginas 70-711) à; mal; há; mas; senão; porque.

2) a. Por que deve ser separado, pois é a preposição por e o pronome relativo que.

b. Mais a sentença precisa de um advérbio de intensidade, não de uma conjunção ad-versativa (mas).

c. Aonde, por se tratar de um verbo que indica movimento (...vão nos levar), a prepo-sição A torna-se necessária.

d. A fim, deve ser escrito separadamente, o que indica finalidade; afim só deve ser usado quando se refere à afinidade.

e. Há, deve ser usado para se referir a tempo passado. A sem crase por se referir ape-nas a um artigo definido.

f. Más, é contrário de boas e deve ser acentuada.

g. Mas, o contexto exige uma conjunção adversativa e não um advérbio de intensida-de. Por que, são duas palavras, pois é a preposição por e o pronome relativo que.

h. Não há necessidade do emprego da contração prepositiva do (de + o).

i. A para se referir a futuro, há só deve ser usado quando fizer referência a tempo passado ou puder ser substituído pelo verbo existir.

j. Onde, o verbo não dar ideia de movimento, então não se dever usar a preposição A.

k. De encontro, quer dizer ao contrário, “ao encontro” significa concordar.

l. Porquê, junto e com acento, pois se trata de um substantivo, o motivo, a razão.

m. Afim, escreve-se junto, uma só palavra, pois quer dizer semelhante, parecida, igual.

n. Por que, deve ser escrito sem acento, por se tratar de uma pergunta indireta e o “que” está longe da pontuação.

o. Mal, é um adjunto adverbial de tempo; “mau” é um adjetivo e só pode ser usado quando é contrário de bom.

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Respostas – páginas 76-781) • PRUDÊNCIA: paroxítona terminada em ditongo deve ser acentuada.

• RESPONSABILIDADE: paroxítona terminada em E não é acentuada.

2) Não obedecer a sinalização pode gerar a morte, ou seja, se perder para sempre.

3) início, luxuosa; logística; capixaba; a; onde; talvez; jeito, algoz; a; onde; suculento; pa-lidez; a; aí; por que; mas; quis; exagerado; manhã; piscina; ajeitar; ausência; repulsa; estômago; miséria; constrangida; mais; alguém; imagem.

4) I. verbo viajar é escrito com j, enquanto o substantivo viagem é com g.

II. o sufixo –zinho é escrito com z, desde que a palavra primitiva não tenha s em seu radical como burguês.

III. Maciez e sensatez são substantivos derivados de adjetivos, por isso são escritos com z, diferente de burguês e português que são escritos com s.

IV. Não são anões da Branca de Neve, são adjetivos derivados de substantivos, por isso são escritos com s.

V. Só se usa a preposição A junto ao pronome onde, quando o ver transmitir a ideia de movimento.

5) Usuários; áreas; é; salão; é; é; pés; sofás; é; necessário; horário; salão; condomínio.

Capítulo 6Orientações

Professor, leve para a sala de aula anúncios, propagandas, bilhetes, enfim, textos di-versos para trabalhar o conteúdo.

Respostas – páginas 82-851) a. à;

b. ao;

c. à;

d. ao, o.

2) d. A nova fragrância que ganhou.

3) c. A sua casa; ao filme; por ela; o DVD.

4) a. Visei meu passaporte e fui viajar. (Correta)

b. Propensos para/a reavaliar a turma.

c. Aspirei o perfume e achei-o delicioso. (Correta)

d. Perdoo os teus erros, pois os acho bem humanos.

e. Aspiro a um alto cargo público.

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f. Quem tirar nota acima de 8.0 estará apto à/para a disputa pela vaga...

g. Prefiro esforçar-me hoje que me lamentar amanhã.

h. Não lhe procurei mais desde a última discussão. (Correta)

i. Chame os empregados e pague-lhes os meses atrasados.

j. Ele aspira a muito pouco progresso na vida.

k. Venha assistir aos debates em minha sala.

l. Ninguém o convidou para a festa de despedidas.

m. Este certamente é um direito que não te assiste.

n. Notifiquei-lhe de que havia sido convidado. (O verbo notificar segue a mesma regên-cia do verbo informar.)

o. Os reajustes nos preços da cesta básica não agradaram aos consumidores.

5) a. Shoppings e internet assistem clientes nas compras de Natal.

Shoppings e internet agradam aos clientes nas compras de Natal.

b. VASP não obedece à decisão da Justiça.

VASP não simpatiza com a decisão da Justiça.

c. Planos de Saúde perdoam aumento a clientes.

Planos de Saúde visam a aumento para clientes.

5) a. O anúncio foi produzido na variação coloquial da língua, um exemplo disso é o em-prego da preposição em (contração prepositiva NO, em + o) no adjunto adverbial que complementa o sentido de o verbo chegar.

b. Por se tratar de um anúncio com o objetivo de atingir o maior número de pessoas possível, o produtor optou por usar a variação coloquial da língua, ou seja, a varia-ção usual e conhecida de todos.

Respostas – páginas 93-951) I. Dispersou/dispersaram; compareceram, falou.

II. Sabe; fica; confunda.

III. Sobreviveram/sobrevivem.

IV. Têm.

V. Há.

VI. Há.

VII. É/era.

VIII. Existem.

IX. Canta/cantam.

X. Realizaram.

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2) Alternativa B (Mais de um município comprova fraude.)

Justificativa das demais frases:

a. Os Estados Unidos – a presença do determinante (os – artigo definido) deter-mina que o verbo deva ir para o plural.

b. Alternativa correta.

c. Ministério Público com Tribunal de Justiça – sujeito formado com a preposição COM dando ideia de junção o verbo deve ir para o plural.

d. Cerca de trinta depoimentos – sujeito formado com a expressão cerca de o verbo deve concordar com o substantivo determinado por ela, no caso dessa alternativa é depoimentos, ou seja, verbo no plural.

3) foram – permearam – selecionou – estava – colocaram – muitas – faz ou fazem – são – são – há – bastantes - coloque

4) a. O cartaz foi produzido na variação coloquial da língua, um exemplo disso é o emprego do verbo TER no sentido de haver. Por se tratar de um cartaz com o objetivo de atingir o maior número de pessoas possível, o produtor optou por usar a variação coloquial da língua, ou seja, a variação usual e conhecida de todos.

b. Façam silêncio! Há pessoas doentes aqui.

Capítulo 7Orientações

Professor, peça aos alunos que escrevam textos “usando e abusando” dos prono-mes e, ainda, proponha que todos elaborem frases para dialogar em sala de aula, por exemplo, com o pronome indefinido e o colega tem como tarefa responder que prono-me foi usado e por quê.

Respostas – página 991) Segue uma sugestão de resposta, entretanto, vale lembrar que, desde que as es-

colhas pelos pronomes estejam de acordo com as regras estudadas, o aluno pode apresentar respostas diferentes.

A confusão estava armada. No meio da festa, era gente correndo para todos os la-dos, Tonhão com uma garrafa quebrada na mão, aterrorizava todo mundo. Um di-zia que, para resolver a situação, era só dar uma gravata nele que ele desmontava, outro dizia que, se dessem um golpe em seu maxilar, ele apagaria; não faltou quem sugerisse amarrá-lo ou desarmá-lo. No meio de tantas sugestões e poucas ações, Doca, dono do Bar Liberdade, decide ligar para polícia, já que nada se resolvia e a festa precisava continuar. A polícia chegou, Tonhão amansou e a noite de festa acabou.

Sugerir é fácil, agir é que são elas, já dizia minha avó!

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2) “Preciso de livros que custam caro para estudar para o vestibular. Uma saída seria pegá-los na biblioteca da escola, cujo acervo é ótimo para pesquisas desse tipo. Um dos livros de que necessitava já encontrei, é o romance O Cortiço, cujo autor é um representante do Naturalismo Brasileiro, que se desenvolveu, sobretudo, no Rio de Janeiro, aonde crescia demasiadamente a construção de moradias populares e a formação conjuntos habitacionais.

Resposta – página 1041) Professor, vale ressaltar que o uso dos sinais de pontuação, é, de certa forma,

muito pessoal, sobretudo, em cartas de amor. Então para essa atividade, as justificativas das escolhas devem estar de acordo com as regras estudadas.

“Em algum lugar depois de um ano sem você.

Querido,

Gostaria tanto de saber como você está. Há quantos dias não nos falamos! Ainda não sei por que você se foi; por que nossa história teve um fim tão precoce.

Minha vida anda meio sem sentido desde que você partiu. Ainda me lembro das vezes que me roubava um sorriso, das vezes que me segurava para não cair diante dos obstáculos impostos pela vida. Não esqueço suas chantagens para me fazer parar de chorar, quantas promessas loucas!

Sinto tanto sua falta!

O tempo de mágoa e ressentimento já acabou. Acho que estou vivendo agora o tempo da saudade: aquele sentimento doído e sem esperança de que vai acabar.

Será que você volta algum dia? Tudo está tão triste sem você por aqui...

Eu sinto tanta falta de você!

Será que nos reencontraremos um dia?

Saudades de sempre para sempre...

Sua baby.”

Capítulo 8Orientações

Para o último capítulo é importante rever alguns assuntos anteriores e sanar possíveis dúvidas, bem como enfatizar a importância de boas leituras.

Professor, ressalte que as Regas do Novo Acordo Ortográfico já são usadas em publicações e em concursos públicos, bem como em nosso dia a dia.

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Respostas – página 1101) Estão corretas as seguintes palavras:

Cefaleia = ditongo aberto tônico das paroxítonas não é acentuado. (sofreu alteração com o Novo Acordo Ortográfico)

Cachecóis = ditongo aberto tônico das oxítonas permanece acentuado.

Painéis = ditongo aberto tônico das oxítonas permanece acentuado.

Lençóis = ditongo aberto tônico das oxítonas permanece acentuado.

Bocaiuva = não se acentua o i tônico quando precedidos de ditongo em paroxítonas. (sofreu alteração com o Novo Acordo Ortográfico)

Voo = não se acentua os hiatos oo. (sofreu alteração com o Novo Acordo Ortográfico)

Rainha= i formando hiato depois de nh permanece sem acento.

Pôde = permanece com acento diferencial.

Contrassenha = escreve tudo junto, sem hífen, primeiro elemento terminado em vogal e segundo elemento iniciado com s. (sofreu alteração com o Novo Acordo Ortográfico)

Epopeia = ditongo aberto tônico das paroxítonas não é acentuado. (sofreu alteração com o Novo Acordo Ortográfico)

Saída = i formando hiato é acentuado.

Estão INCORRETAS:

Onomatopéia = não deve ser acentuada, ditongo aberto tônico das paroxítonas não é acentuado. (sofreu alteração com o Novo Acordo Ortográfico)

Andróide = ditongo aberto tônico das paroxítonas não é acentuado. (sofreu alteração com o Novo Acordo Ortográfico)

Colméia = ditongo aberto tônico das paroxítonas não é acentuado. (sofreu alteração com o Novo Acordo Ortográfico)

Fieis = deve ser acentuada, ditongo aberto tônico, em palavra oxítona.

Feiúra = não se acentua o u tônico quando precedidos de ditongo em paroxítonas. (sofreu alteração com o Novo Acordo Ortográfico)

Esquizóide = ditongo aberto tônico das paroxítonas não é acentuado. (sofreu altera-ção com o Novo Acordo Ortográfico)

Crêem = não se acentua os hiatos ee. (sofreu alteração com o Novo Acordo Ortográfico)

Heroi = deve ser acentuada, ditongo aberto tônico das oxítonas permanece acentuado.

Micro-sistema = deve ser escrito tudo junto, sem hífen, primeiro elemento terminado em vogal e segundo elemento iniciado com s. (sofreu alteração com o Novo Acordo Ortográfico)

Co-ordenador = deve ser escrito tudo junto, sem hífen, todas as palavras começadas com o prefixo co-.

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Antiinflamatório = deve ser escrito separadamente, já que o primeiro elemento ter-mina com a mesma vogal que se inicia o segundo elemento.

Enjôo = não se acentua os hiatos oo. (sofreu alteração com o Novo Acordo Ortográfico)

Farois = deve ser acentuada, ditongo aberto tônico das oxítonas permanece acentuado.

Prérrequisito = deve ser escrito separadamente toda palavra com o prefixo pré-.

3) Grupo I – palavras sem trema

consequência - frequente

Grupo II – palavras sem acento diferencial

para – polo – pelo

Grupo III – palavras escritas sem hífen

autoajuda – antirrugas – extraoficial – monoácido – coordenador – coautor – antisso-cial – suprarrenal – semiaberto – paraquedas – malcriado

Grupo IV – palavras escritas com hífen

bem-casado – recém-nascido – micro-ondas – Pré-História

Grupo V – não se acentua os hiatos ee e oo

voo – creem

Grupo VI – palavras com ditongo aberto tônico das paroxítonas não é acentuado

assembleia – estreia – joias – ideia – apoio

Grupo VII – palavras não acentuadas por ter o u tônico precedido de ditongo em pa-roxítonas – feiura

JUSTIFICATIVAS

• Conseqüência – Com o novo acordo ortográfico, não se usa mais o trema em palavras portuguesas.

• Auto-ajuda – Não se usa o hífen se o prefixo terminar em vogal e a segunda palavra começar por vogal diferente.

• Pólo – Não se deve acentuar palavras que apresentam acento diferencial.

• Idéia – Não se deve acentuar os ditongos Ei e OI em palavras paroxítonas.

• Vôo – Não se acentua o hiato oo nas palavras paroxítonas.

• Crêem – Não se emprega o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do pre-sente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados.

• Estréia – Não se deve acentuar os ditongos Ei e OI em palavras paroxítonas.

• Anti-social – Não se usa hífen se o prefixo terminar em vogal e a segunda palavra co-meçar por R ou S. Nesse caso, deve-se multiplicar o R ou o S. Exemplo: antissocial.

• Pára-quedas – Não se usa o hífen em palavras que perderam a ideia de composição.

• Pêlo – Não se deve acentuar palavras com acento diferencial.

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4) Resposta pessoal. Professor, o marcador de página consiste em um resumo das prin-cipais regras estudadas e servirá de consulta para o dia a dia dos estudantes. Vale lembrar algumas características da linguagem desse suporte textual (marcador de pá-gina) são objetividade, clareza e a capacidade de transmitir muitas informações com poucas palavras.

Professor, essa atividade pode servir para divulgar o novo acordo para escola.