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IntroduçãoPor muito tempo, a educação profissional foi desprezada e considera-

da de segunda classe. Atualmente, a opção pela formação técnica é festejada, pois alia os conhecimentos do “saber fazer” com a formação geral do “conhe-cer” e do “saber ser”; é a formação integral do estudante.

Este livro didático é uma ferramenta para a formação integral, pois alia o instrumental para aplicação prática com as bases científicas e tecnológicas, ou seja, permite aplicar a ciência em soluções do dia a dia.

Além do livro, compõe esta formação do técnico o preparo do professor e de campo, o estágio, a visita técnica e outras atividades inerentes a cada plano de curso. Dessa forma, o livro, com sua estruturação pedagogicamente elaborada, é uma ferramenta altamente relevante, pois é fio condutor dessas atividades formativas.

Ele está contextualizado com a realidade, as necessidades do mundo do trabalho, os arranjos produtivos, o interesse da inclusão social e a aplicação cotidiana. Essa contextualização elimina a dicotomia entre atividade intelectual e atividade manual, pois não só prepara o profissional para trabalhar em ati-vidades produtivas, mas também com conhecimentos e atitudes, com vistas à atuação política na sociedade. Afinal, é desejo de todo educador formar cidadãos produtivos.

Outro valor pedagógico acompanha esta obra: o fortalecimento mútuo da formação geral e da formação específica (técnica). O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) tem demonstrado que os alunos que estudam em um curso técnico tiram melhores notas, pois ao estudar para resolver um pro-blema prático ele aprimora os conhecimentos da formação geral (química, física, matemática, etc.); e ao contrário, quando estudam uma disciplina geral passam a aprimorar possibilidades da parte técnica.

Pretendemos contribuir para resolver o problema do desemprego, pre-parando os alunos para atuar na área científica, industrial, de transações e comercial, conforme seu interesse. Por outro lado, preparamos os alunos para ser independentes no processo formativo, permitindo que trabalhem durante parte do dia no comércio ou na indústria e prossigam em seus estu-dos superiores no contraturno. Dessa forma, podem constituir seu itinerário formativo e, ao concluir um curso superior, serão robustamente formados em relação a outros, que não tiveram a oportunidade de realizar um curso técnico.

Por fim, este livro pretende ser útil para a economia brasileira, aprimo-rando nossa força produtiva ao mesmo tempo em que dispensa a importação de técnicos estrangeiros para atender às demandas da nossa economia.

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Por que a Formação Técnica de Nível Médio É Importante? O técnico desempenha papel vital no desenvolvimento do país por meio da criação de

recursos humanos qualificados, aumento da produtividade industrial e melhoria da quali-dade de vida.

Alguns benefícios do ensino profissionalizante para o formando:

• Aumento dos salários em comparação com aqueles que têm apenas o Ensino Médio.

• Maior estabilidade no emprego.

• Maior rapidez para adentrar ao mercado de trabalho.

• Facilidade em conciliar trabalho e estudos.

• Mais de 72% ao se formarem estão empregados.

• Mais de 65% dos concluintes passam a trabalhar naquilo que gostam e em que se formaram.

Esses dados são oriundos de pesquisas. Uma delas, intitulada “Educação profissional e você no mercado de trabalho”, realizada pela Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Votorantim, comprova o acerto do Governo ao colocar, entre os quatro eixos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), investimentos para a popularização da Educação Profissional. Para as empresas, os cursos oferecidos pelas escolas profissionais atendem de forma mais eficiente às diferentes necessidades dos negócios.

Outra pesquisa, feita em 2009 pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), órgão do Ministério da Educação (MEC), chamada “Pesquisa nacional de egressos”, revelou também que de cada dez alunos, seis recebem salário na média da categoria. O per-centual dos que qualificaram a formação recebida como “boa” e “ótima” foi de 90%.

Ensino Profissionalizante no Brasil e Necessidade do Livro Didático Técnico

O Decreto Federal nº 5.154/2004 estabelece inúmeras possibilidades de combinar a formação geral com a formação técnica específica. Os cursos técnicos podem ser ofertados da seguinte forma:

a) Integrado – Ao mesmo tempo em que estuda disciplinas de formação geral o aluno também recebe conteúdos da parte técnica, na mesma escola e no mesmo turno.

b) Concomitante – Num turno o aluno estuda numa escola que só oferece Ensino Médio e num outro turno ou escola recebe a formação técnica.

c) Subsequente – O aluno só vai para as aulas técnicas, no caso de já ter concluído o Ensino Médio.

Com o Decreto Federal nº 5.840/2006, foi criado o programa de profissionalização para a modalidade Jovens e Adultos (Proeja) em Nível Médio, que é uma variante da forma integrada.

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Em 2008, após ser aprovado pelo Conselho Nacional de Educação pelo Parecer CNE/CEB nº 11/2008, foi lançado o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, com o fim de orientar a oferta desses cursos em nível nacional.

O Catálogo consolidou diversas nomenclaturas em 185 denominações de cursos. Estes estão organizados em 13 eixos tecnológicos, a saber:

1. Ambiente e Saúde2. Desenvolvimento Educacional e Social3. Controle e Processos Industriais4. Gestão e Negócios5. Turismo, Hospitalidade e Lazer6. Informação e Comunicação7. Infraestrutura8. Militar9. Produção Alimentícia10. Produção Cultural e Design11. Produção Industrial12. Recursos Naturais13. Segurança.

Para cada curso, o Catálogo estabelece carga horária mínima para a parte técnica (de 800 a 1 200 horas), perfil profissional, possibilidades de temas a serem abordados na formação, possibilidades de atuação e infra-estrutura recomendada para realização do curso. Com isso, passa a ser um mecanismo de organização e orientação da oferta nacional e tem função indu-tora ao destacar novas ofertas em nichos tecnológicos, culturais, ambientais e produtivos, para formação do técnico de Nível Médio.

Dessa forma, passamos a ter no Brasil uma nova estruturação legal para a oferta destes cursos. Ao mesmo tempo, os governos federal e estaduais pas-saram a investir em novas escolas técnicas, aumentando a oferta de vagas. Dados divulgados pelo Ministério da Educação apontaram que o número de alunos matriculados em educação profissional passou de 993 mil em 2011 para 1,064 milhões em 2012 – um crescimento de 7,10%. Se considerarmos os cursos técnicos integrados ao ensino médio, esse número sobe para 1,3 millhões. A demanda por vagas em cursos técnicos tem tendência a aumentar, tanto devido à nova importância social e legal dada a esses cursos, como também pelo crescimento do Brasil.

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Comparação de Matrículas BrasilComparação de Matrículas da Educação Básica por Etapa e Modalidade – Brasil, 2011 e 2012.

Etapas/Modalidades de Educação Básica

Matrículas / Ano2011 2012 Diferença 2011-2012 Variação 2011-2012

Educação Básica 62 557 263 62 278 216 –279 047 –0,45Educação Infantil 6 980 052 7 295 512 315 460 4,52%• Creche 2 298 707 2 540 791 242 084 10,53%• Pré-escola 4 681 345 4 754 721 73 376 1,57%Ensino Fundamental 30 358 640 29 702 498 –656 142 –2,16%Ensino Médio 8 400 689 8 376 852 –23 837 –0,28%Educação Profissional 993 187 1 063 655 70 468 7,10%Educação Especial 752 305 820 433 68 128 9,06%EJA 4 046 169 3 861 877 –184 292 –4,55%• Ensino Fundamental 2 681 776 2 516 013 –165 763 –6,18%• Ensino Médio 1 364 393 1 345 864 –18 529 –1,36%

Fonte: Adaptado de: MEC/Inep/Deed.

No aspecto econômico, há necessidade de expandir a oferta desse tipo de curso, cujo principal objetivo é formar o aluno para atuar no mercado de trabalho, já que falta traba-lhador ou pessoa qualificada para assumir imediatamente as vagas disponíveis. Por conta disso, muitas empresas têm que arcar com o treinamento de seus funcionários, treinamento este que não dá ao funcionário um diploma, ou seja, não é formalmente reconhecido.

Para atender à demanda do setor produtivo e satisfazer a procura dos estudantes, seria necessário mais que triplicar as vagas técnicas existentes hoje.

Podemos observar o crescimento da educação profissional no gráfico a seguir:

Educação ProfissionalNº de matrículas*

1 362 2001 250 900

1 140 3881 036 945

927 978780 162

2007 2008 2009 2010 20122011

Fonte: Adaptado de: MEC/Inep/Deed.

* Inclui matrículas de educação profissional integrada ao ensino médio.

As políticas e ações do MEC nos últimos anos visaram o fortalecimento, a expansão e a melhoria da qualidade da educação profissional no Brasil, obtendo, nesse período, um crescimento de 74,6% no número de matrículas, embora esse número tenda a crescer ainda mais, visto que a experiência internacional tem mostrado que 30% das matrículas da educação secundária correspondem a cursos técnicos; este é o patamar idealizado pelo Ministério da Educação. Se hoje há 1,064 milhões de estudantes matriculados, para atingir essa porcentagem devemos matricular pelo menos 3 milhões de estudantes em cursos técnicos dentro de cinco anos.

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Para cada situação pode ser adotada uma modalidade ou forma de Ensino Médio pro-fissionalizante, de forma a atender a demanda crescente. Para os advindos do fluxo regular do Ensino Fundamental, por exemplo, é recomendado o curso técnico integrado ao Ensino Médio. Para aqueles que não tiveram a oportunidade de cursar o Ensino Médio, a oferta do PROEJA estimularia sua volta ao ensino secundário, pois o programa está associado à for-mação profissional. Além disso, o PROEJA considera os conhecimentos adquiridos na vida e no trabalho, diminuindo a carga de formação geral e privilegiando a formação específica. Já para aqueles que possuem o Ensino Médio ou Superior a modalidade recomendada é a subsequente: somente a formação técnica específica.

Para todos eles, com ligeiras adaptações metodológicas e de abordagem do professor, é extremamente útil o uso do livro didático técnico, para maior eficácia da hora/aula do curso, não importando a modalidade do curso e como será ofertado.

Além disso, o conteúdo deste livro didático técnico e a forma como foi concebido refor-ça a formação geral, pois está contextualizado com a prática social do estudante e relaciona permanentemente os conhecimentos da ciência, implicando na melhoria da qualidade da formação geral e das demais disciplinas do Ensino Médio.

Em resumo, há claramente uma nova perspectiva para a formação técnica com base em sua crescente valorização social, na demanda da economia, no aprimoramento de sua regulação e como opção para enfrentar a crise de qualidade e quantidade do Ensino Médio.

O Que É Educação Profissional?O ensino profissional prepara os alunos para carreiras que estão baseadas em ativi-

dades mais práticas. O ensino é menos acadêmico, contudo diretamente relacionado com a inovação tecnológica e os novos modos de organização da produção, por isso a escolari-zação é imprescindível nesse processo.

Elaboração dos Livros Didáticos TécnicosDevido ao fato do ensino técnico e profissionalizante ter sido renegado a segundo pla-

no por muitos anos, a bibliografia para diversas áreas é praticamente inexistente. Muitos docentes se veem obrigados a utilizar e adaptar livros que foram escritos para a graduação. Estes compêndios, às vezes traduções de livros estrangeiros, são usados para vários cursos superiores. Por serem inacessíveis à maioria dos alunos por conta de seu custo, é comum que professores preparem apostilas a partir de alguns de seus capítulos.

Tal problema é agravado quando falamos do Ensino Técnico integrado ao Médio, cujos alunos correspondem à faixa etária entre 14 e 19 anos, em média. Para esta faixa etária é preciso de linguagem e abordagem diferenciadas, para que aprender deixe de ser um sim-ples ato de memorização e ensinar signifique mais do que repassar conteúdos prontos.

Outro público importante corresponde àqueles alunos que estão afastados das salas de aula há muitos anos e veem no Ensino Técnico uma oportunidade de retomar os estudos e ingressar no mercado profissional.

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O Livro Didático Técnico e o Processo de Avaliação

O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: realizar pro-va, fazer exame, atribuir notas, repetir ou passar de ano. Nela a educação é concebida como mera transmissão e memorização de informações prontas e o aluno é visto como um ser passivo e receptivo.

Avaliação educacional é necessária para fins de documentação, geralmente para em-basar objetivamente a decisão do professor ou da escola, para fins de progressão do aluno.

O termo avaliação deriva da palavra valer, que vem do latim vãlêre, e refere-se a ter valor, ser válido. Consequentemente, um processo de avaliação tem por objetivo averiguar o "valor" de determinado indivíduo.

Mas precisamos ir além.A avaliação deve ser aplicada como instrumento de compreensão do nível de apren-

dizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados (conhecimento), em relação ao desenvolvimento de criatividade, iniciativa, dedicação e princípios éticos (atitude) e ao processo de ação prática com eficiência e eficácia (habilidades). Este livro didático ajuda, sobretudo para o processo do conhecimento e também como guia para o desenvolvimento de atitudes. As habilidades, em geral, estão associadas a práticas laboratoriais, atividades complementares e estágios.

A avaliação é um ato que necessita ser contínuo, pois o processo de construção de conhecimentos pode oferecer muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e, assim, rever a sua prática e redirecionar as suas ações, se necessário. Em cada etapa registros são feitos. São os registros feitos ao longo do processo educativo, tendo em vista a compreensão e a descrição dos desempenhos das aprendiza-gens dos estudantes, com possíveis demandas de intervenções, que caracterizam o proces-so avaliativo, formalizando, para efeito legal, os progressos obtidos.

Neste processo de aprendizagem deve-se manter a interação entre professor e aluno, promovendo o conhecimento participativo, coletivo e construtivo. A avaliação deve ser um processo natural que acontece para que o professor tenha uma noção dos conteúdos assi-milados pelos alunos, bem como saber se as metodologias de ensino adotadas por ele estão surtindo efeito na aprendizagem dos alunos.

Avaliação deve ser um processo que ocorre dia após dia, visando à correção de er-ros e encaminhando o aluno para aquisição dos objetivos previstos. A esta correção de ru-mos, nós chamamos de avaliação formativa, pois serve para retomar o processo de ensino/aprendizagem, mas com novos enfoques, métodos e materiais. Ao usar diversos tipos de avaliações combinadas para fim de retroalimentar o ensinar/aprender, de forma dinâmica, concluímos que se trata de um “processo de avaliação”.

O resultado da avaliação deve permitir que o professor e o aluno dialoguem, buscando encontrar e corrigir possíveis erros, redirecionando o aluno e mantendo a motivação para o progresso do educando, sugerindo a ele novas formas de estudo para melhor compreensão dos assuntos abordados.

Se ao fizer avaliações contínuas, percebermos que um aluno tem dificuldade em assimilar conhecimentos, atitudes e habilidades, então devemos mudar o rumo das coi-sas. Quem sabe fazer um reforço da aula, com uma nova abordagem ou com outro colega professor, em um horário alternativo, podendo ser em grupo ou só, assim por diante.

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Pode ser ainda que a aprendizagem daquele tema seja facilitada ao aluno fazendo práticas discursivas, escrever textos, uso de ensaios no laboratório, chegando à conclusão que este aluno necessita de um processo de ensi-no/aprendizagem que envolva ouvir, escrever, falar e até mesmo praticar o tema.

Se isso acontecer, a avaliação efetivamente é formativa. Neste caso, a avaliação está integrada ao processo de ensino/apren-

dizagem, e esta, por sua vez, deve envolver o aluno, ter um significado com o seu contexto, para que realmente aconteça. Como a aprendizagem se faz em processo, ela precisa ser acompanhada de retornos avaliativos visando a fornecer os dados para eventuais correções.

Para o uso adequado deste livro recomendamos utilizar diversos tipos de avaliações, cada qual com pesos e frequências de acordo com perfil de docência de cada professor. Podem ser usadas as tradicionais provas e testes, mas, procurar fugir de sua soberania, mesclando com outras criativas formas.

Avaliação e ProgressãoPara efeito de progressão do aluno, o docente deve sempre conside-

rar os avanços alcançados ao longo do processo e perguntar-se: Este aluno progrediu em relação ao seu patamar anterior? Este aluno progrediu em relação às primeiras avaliações? Respondidas estas questões, volta a per-guntar-se: Este aluno apresentou progresso suficiente para acompanhar a próxima etapa? Com isso o professor e a escola podem embasar o deferi-mento da progressão do estudante.

Com isso, superamos a antiga avaliação conformadora em que eram exigidos padrões iguais para todos os “formandos”.

Nossa proposta significa, conceitualmente, que ao estudante é dado o direito, pela avaliação, de verificar se deu um passo a mais em relação às suas competências. Os diversos estudantes terão desenvolvimentos diferenciados, medidos por um processo avaliativo que incorpora esta pos-sibilidade. Aqueles que acrescentaram progresso em seus conhecimentos, atitudes e habilidades estarão aptos a progredir.

A base para a progressão, neste caso, é o próprio aluno.Todos têm o direito de dar um passo a mais. Pois um bom processo de

avaliação oportuniza justiça, transparência e qualidade.

Tipos de AvaliaçãoExistem inúmeras técnicas avaliativas, não existe uma mais adequada,

o importante é que o docente conheça várias técnicas para poder ter um con-junto de ferramentas a seu dispor e escolher a mais adequada dependendo da turma, faixa etária, perfil entre outros fatores.

Avaliação se torna ainda mais relevante quando os alunos se envol-vem na sua própria avaliação.

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A avaliação pode incluir:

1. Observação2. Ensaios3. Entrevistas4. Desempenho nas tarefas5. Exposições e demonstrações6. Seminários7. Portfólio: Conjunto organizado de trabalhos produzidos por um alu-

no ao longo de um período de tempo.8. Elaboração de jornais e revistas (físicos e digitais)9. Elaboração de projetos10. Simulações11. O pré-teste12. A avaliação objetiva13. A avaliação subjetiva14. Autoavaliação15. Autoavaliação de dedicação e desempenho16. Avaliações interativas17. Prática de exames18. Participação em sala de aula19. Participação em atividades20. Avaliação em conselho pedagógico – que inclui reunião para avaliação

discente pelo grupo de professores.No livro didático as “atividades”, as “dicas” e outras informações destaca-

das poderão resultar em avaliação de atitude, quando cobrado pelo professor em relação ao “desempenho nas tarefas”. Poderão resultar em avaliações se-manais de autoavaliação de desempenho se cobrado oralmente pelo professor para o aluno perante a turma.

Enfim, o livro didático, possibilita ao professor extenuar sua criativida-de em prol de um processo avaliativo retroalimentador ao processo ensino/aprendizagem para o desenvolvimento máximo das competências do aluno.

Objetivos da ObraAlém de atender às peculiaridades citadas anteriormente, este livro está

de acordo com o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Busca o desenvolvi-mento das habilidades por meio da construção de atividades práticas, fugin-do da abordagem tradicional de descontextualizado acúmulo de informações. Está voltado para um ensino contextualizado, mais dinâmico e com o suporte da interdisciplinaridade. Visa também à ressignificação do espaço escolar, tor-nando-o vivo, repleto de interações práticas, aberto ao real e às suas múltiplas dimensões.

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Ele está organizado em capítulos, graduando as dificuldades, numa linha da lógica de aprendizagem passo a passo. No final dos capítulos, há exercícios e atividades complemen-tares, úteis e necessárias para o aluno descobrir, fixar, e aprofundar os conhecimentos e as práticas desenvolvidos no capítulo.

A obra apresenta diagramação colorida e diversas ilustrações, de forma a ser agradá-vel e instigante ao aluno. Afinal, livro técnico não precisa ser impresso num sisudo preto--e-branco para ser bom. Ser difícil de manusear e pouco atraente é o mesmo que ter um professor dando aula de cara feia permanentemente. Isso é antididático.

O livro servirá também para a vida profissional pós-escolar, pois o técnico sempre necessitará consultar detalhes, tabelas e outras informações para aplicar em situação real. Nesse sentido, o livro didático técnico passa a ter função de manual operativo ao egresso.

Neste manual do professor apresentamos:• Respostas e alguns comentários sobre as atividades propostas.• Considerações sobre a metodologia e o projeto didático.• Sugestões para a gestão da sala de aula.• Uso do livro.• Atividades em grupo.• Laboratório.• Projetos.A seguir, são feitas considerações sobre cada capítulo, com sugestões de atividades

suplementares e orientações didáticas. Com uma linguagem clara, o manual contribui para a ampliação e exploração das atividades propostas no livro do aluno. Os comentários sobre as atividades e seus objetivos trazem subsídios à atuação do professor. Além disso, apre-sentam-se diversos instrumentos para uma avaliação coerente com as concepções da obra.

Referências Bibliográficas GeraisFREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

FRIGOTTO, G. (Org.). Educação e trabalho: dilemas na educação do trabalhador. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

BRASIL. LDB 9394/96. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 23 maio 2009.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prática. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2003.

PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógi-cas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

ÁLVAREZ MÉNDEZ, J. M. Avaliar para conhecer: examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed, 2002.

SHEPARD, L. A. The role of assessment in a learning culture. Paper presented at the Annual Meeting of the American Educational Research Association. Available at: <http://www.aera.net/meeting/am2000/wrap/praddr01.htm>.

INTRODUÇÃO À FRUTICULTURA

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Orientações geraisO conteúdo de fruticultura é fundamental para a formação técnica de profissionais,

que tenham pretensão em atuar no meio rural, especificamente em relação aos tratos culturais, propagação de plantas e comercialização de frutas. Atualmente, as pessoas têm se mostrado mais preocupadas com a alimentação, demandando do agricultor produtos de melhor qualidade. Daí a necessidade de uma formação eficiente dos técnicos que prestarão assistência aos fruticultores.

É importante destacar, que o critério utilizado para escolha das fruteiras elencadas na obra Introdução à fruticultura, foi a ocorrência delas no território nacional, ou seja, são frutas apreciadas e produzidas (em maior ou menor quantidade) em todas as regiões.

Assim, no sentido de facilitar a compreensão do conteúdo o livro está divido em 10 capítulos. A saber: introdução ao estudo da fruticultura; produção de mudas; a cultura do pessegueiro; a cultura da videira; a cultura da banana, citricultura; a cultura do abacaxi-zeiro; a cultura da manga; a cultura do mamoeiro e a cultura do coqueiro.

Objetivos do material didático• Ampliar e consolidar conhecimentos, que oportunizem ao estudante atuar na área de

fruticultura.

• Conhecer o centro de origem das fruteiras, a fim de melhorar a compreensão em relação ao manejo adotado.

• Apresentar os métodos e as técnicas utilizadas na propagação de plantas.

• Identificar as principais pragas e doenças das fruteiras.

• Conhecer os fatores que interferem na produtividade das fruteiras.

• Promover a adoção de conceitos interdisciplinares para o manejo adequado das fruteiras.

• Apresentar a colocação do Brasil no ranking mundial em relação à produção e comer-cialização das diversas frutas.

• Apresentar os benefícios das frutas (e seus derivados) para a saúde.

• Diferenciar o potencial produtivo das regiões brasileiras em relação à produção de frutas.

Princípios pedagógicosNa construção do material didático foi adotada uma linguagem acessível, a fim de

facilitar a compreensão do aluno. No sentido de minimizar as dúvidas, aguçar a curiosi-dade e ampliar os conhecimentos, utilizou-se sessões interativas, tais como: “Saiba mais”; “Glossário” e; “Você sabia?”.

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Para a produção dos textos realizou pesquisa bibliográfica, telemática e documental. Os exercícios foram organizados no fim de cada unidade, objetivando promover a fixação dos conteúdos.

Articulação do conteúdoO material deve dialogar com as disciplinas de botânica, pedologia, climatologia e

história, a fim de ampliar os conhecimentos em relação aos tratos culturais com as fruteiras. A educação ambiental é fundamental no uso dos recursos naturais, pois a utilização irracional destes, trazem malefícios tanto para a fruticultura quanto para o consumidor e o meio ambiente em geral.

Atividades Complementares• Assistir vídeos no Youtube.

• Realizar pesquisas na região do aluno.

• Visitar os sites: EMBRAPA, MAPA e FAO.

• Realizar os exercícios no final de cada unidade.

• Estimular visitas em pomares.

Sugestão de leituraProdutores de frutas do Norte de Minas recebem certificação e ganham mercado europeu. Disponível em:<http://www.sebrae.com.br/setor/fruticultura>.

Exportações de frutas. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/setor/fruticultura>.

Princípios e técnicas da Propagação de plantas. Disponível em: <http://www.dag.ufla.br/site/_adm/upload/file/Luciane%20Vilela%20Resende/1a%20AULA.pdf>.

Propagação de plantas. Disponível em: <http://www.ifgoiano.edu.br/ipora/images/stories/coordenacao/Bueno/7%20-%20%20propagacao%20de%20plantas.pdf>.

Sistema de Produção de Pêssego de Mesa na Região da Serra Gaúcha. Disponível em: <http://www.cnpuv.embrapa.br/publica/sprod/PessegodeMesaRegiaoSerraGaucha/doenca.htm>.

Bioecologia e controle da mosca-das-frutas sul-americana Anastrepha fraterculus (Diptera: Tephritidae) na cultura da videira. Disponível em: <http://www.cnpuv.embrapa.br/publica/circular/>.

Capacitação técnica em viticultura. Disponível em: <http://www.cnpuv.embrapa.br/publica/sprod/viticultura/>.

MARTINS, A. N.; FURLANETO, F. de P. B. Bananicultura: pesquisas voltadas para a agricultura familiar. Revista Tecnologia & Inovação Agropecuária. Disponível em: <http://www.dge.apta.sp.gov.br/Publicacoes/T&IA2/T&IAv1n2/Artigo_Bananicultura_8.pdf>.

LEITE, G. L. D.; ALVES, S. M. Pragas da Bananeira. Disponível em: <http://www.ica.ufmg.br/insetario/images/aulas/Pragas_de_bananeira.pdf>.

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LEITE, G. L. D.; D’ÁVILA, V. de A. Pragas do citros. Disponível em: <http://www.ica.ufmg.br/insetario/images/aulas/Pragas_de_citros.pdf>.

SOUZA, A. A. de; MULLER, G. W. A Premunização no controle da tristeza dos citros. LARANJA, Cordeirópolis, v.27, n.1, p.57-70, 2006.

EMBRAPA: Mandioca e Fruticultura Tropical. Manual de identificação de pragas, doenças e deficiências Nutricionais na cultura do abacaxizeiro. Documentos nº 178. ISSN: 1809-4996, 2010.

Verdades e mentiras sobre o abacaxi. Disponível em: <http://revistavivasaude.uol.com.br/nutricao/verdades-e-mentiras-sobre-o-abacaxi/281/>.

Sistema de produção de manga. Disponível em: <http://sistemasdeproducao.cnptia. embrapa.br/FontesHTML/Manga/CultivodaMangueira.html>.

Cultivo da manga. Disponível em: http://www.frutasnobrasil.com/cultivo_da_ manga.html.

Nutrição, Calagem e Adubação do Mamoeiro Irrigado. Disponível em: <http://www.cnpmf.embrapa.br/publicacoes/circulares/circular_69.pdf>.

A cultura do mamoeiro. Disponível em: <http://www.portaldahorticultura.xpg.com.br/CulturadoMamoeiro.pdf>.

Água de coco pode substituir isotônicos após exercícios, diz estudo. Disponível em: <http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/08/agua-de-coco-pode-substituir- isotonicos-apos-exercicios-diz-estudo.html>.

Sistema de produção para a cultura do coqueiro. Disponível em: <http://www.cpatc. embrapa.br/download/SP1.pdf>.

Sugestão de PlanejamentoEste manual didático foi elaborado para dar suporte à disciplina de fruticul-

tura. Entretanto, o professor tem autonomia de planejar as atividades docentes da maneira que julgar mais conveniente, a fim de atender às demandas levantadas pelos alunos. De forma complementar, é importante destacar a necessidade de contextualizar as unidades com o dia a dia dos alunos, no sentido de elegê-los atores-chave no processo de aprendizagem.

Semestre 1Primeiro bimestreCapítulo 1 – Introdução ao estudo da fruticultura

Capítulo 2 – Produção de mudas

Capítulo 3 – A cultura do pessegueiro

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Objetivos

• Introduzir os conceitos referentes ao estudo da fruticultura.

• Apresentar a morfologia das plantas.

• Apresentar a reprodução das plantas.

• Diferenciar angiospermas de gimnospermas.

• Classificar os frutos.

• Apresentar os objetivos da produção de mudas.

• Explicar as técnicas de propagação de plantas.

• Definir as características para a escolha do local.

• Explicar os tipos de poda.

• Explicar a forma adequada de adubar as mudas.

• Introduzir as informações básicas sobre a cultura, enfocando, principalmente, o centro de origem.

• Definir os tipos de solo e de clima mais adequados à produção de pêssegos.

• Descrever e explicar a importância de cada um dos tratos cultural.

Atividades

• Realizar os exercícios no final de cada unidade.

• Visitar os seguintes sites: FAO, EMBRAPA e MAPA. A fim de verificar dados referentes à produção, consumo e comercialização das frutas.

• Visitar um viveiro de produção de mudas de frutíferas e pedir aos alunos que façam relatórios a respeito.

• Fazer atividades práticas de todos os capítulos.

Segundo bimestreCapítulo 4 – A cultura da videira (viticultura)

Capítulo 5 – A cultura da banana

Capítulo 6 – Citricultura

Objetivos

• Introduzir as informações básicas sobre a cultura, enfocando, principalmente, o centro de origem.

• Definir os tipos de solo e de clima mais adequados a produção de uvas.

• Descrever e explicar a importância de cada os trato cultural.

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Atividades

• Realizar os exercícios no fim de cada unidade.

• Promover debates em sala de aula.

• Visitar os sites: EMBRAPA e EMATER (regional).

• Visitar propriedades produtoras e pedir aos alunos relatórios dessas visitas.

• Fazer atividade prática, identificando pragas e doenças.

• Fazer inventário das pragas.

• Assistir aos vídeos:

<http://www.youtube.com/watch?v=BbeWb-fdZdw>.

<http://www.youtube.com/watch?v=ApYZpIre-0w>.

<http://www.youtube.com/watch?v=mpaO5F0trLM>.

<http://www.youtube.com/watch?v=TIMLY6R-cgA>.

<http://www.youtube.com/watch?v=yL1oEJX4gGs>.

<http://www.youtube.com/watch?v=ZLiZXU39wxg>.

<http://www.youtube.com/watch?v=WKii9MpaBSQ>.

Semestre 2Primeiro bimestreCapítulo 7 – A cultura do abacaxizeiro

Capítulo 8 – A cultura da manga

Objetivos

• Introduzir as informações básicas sobre a cultura, enfocando, principal-mente, o centro de origem.

• Definir os tipos de solo e de clima mais adequados a produção de abacaxi.

• Descrever e explicar a importância de cada trato cultural.

• Introduzir as informações básicas sobre a cultura enfocando, principal-mente, o centro de origem.

• Definir os tipos de solo e de clima mais adequados a produção de manga.

• Descrever e explicar a importância de cada trato cultural.

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Atividades

• Realizar os exercícios no fim de cada capítulo.

• Promover seminários entre os alunos.

• Visitar propriedades produtoras e pedir relatórios.

• Fazer atividade prática, identificando pragas e doenças.

• Fazer insetário das pragas.

• Assistir aos vídeos:

<http://www.youtube.com/watch?v=jN_N25JG79A>.

<http://www.youtube.com/watch?v=uoCJ0yBxZqM>.

<http://www.youtube.com/watch?v=o1SVUhfuHHY>.

<http://www.youtube.com/watch?v=HRuTtdU0s9g>.

Segundo bimestreCapítulo 9 – A cultura do mamoeiro

Capítulo 10 – A cultura do coqueiro

Objetivos

• Introduzir as informações básicas sobre a cultura, enfo-cando, principalmente, o centro de origem.

• Definir os tipos de solo e de clima mais adequados a pro-dução de mamão.

• Descrever e explicar a importância de cada trato cultural.

• Definir os tipos de solo e de clima mais adequados a pro-dução de coco.

Atividades

• Realizar os exercícios no fim de cada unidade.

• Visitar propriedades produtoras e pedir relatórios.

• Organizar um dia de campo sobre alguma cultura abor-dada no bimestre.

• Fazer atividade prática, identificando pragas e doenças.

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Orientações didáticas e respostas das atividadesCapítulo 1Orientações

Esse capítulo é introdutório. E conta um pouco sobre o histórico e o desenvolvi-mento da fruticultura no Brasil. No sentido de fazer o aluno compreender como se dá a formação dos frutos, também descreve a morfologia reprodutiva, ou seja, apresenta as partes florais que fazem parte do processo reprodutivo das plantas. Na parte final, do capítulo há uma classificação dos frutos.

Respostas – página 231) O indivíduo adulto é aquele no qual seu ciclo de vida apresenta-se num estádio

em que seus órgãos sexuais estão aptos ao processo reprodutivo.

2) Nas angiospermas, as sementes ficam contidas dentro do fruto, que são os ovários das flores depois de fecundados e desenvolvidos. Gimnospermas são as que não possuem ovários, por isso, não dão origem a frutos, possuindo apenas sementes.

3) Gineceu estigma, parte achatada do carpelo; estilete (tubo estreito e oco que liga o estigma ao ovário) e ovário. Este, por sua vez, é constituído pela parte dilatada do carpelo, tem formato geralmente oval e é onde se formam os óvulos. As peças ou apêndices florais das flores femininas são basicamente os mesmos. Apresentam cálice e corola com funções idênticas às exercidas nas flores masculinas, diferindo apenas quanto ao órgão reprodutivo que, neste caso, é o gineceu.

4) É o transporte de grãos de pólen de uma flor para outra, ou para o seu próprio estigma. É por meio deste processo que as flores se reproduzem.

5) A transferência de pólen pode ocorrer de duas maneiras: por auxílio de seres vivos (abelhas, borboletas, besouros, morcegos, aves, etc.) que transportam o pólen de uma flor para outra, ou por fatores ambientais (por meio do vento ou da água).

6) São conhecidas como plantas alógamas ou de fecundação cruzada.

7) Pericarpo, epicarpo, mesocarpo e endocarpo.

8) São os frutos com origem em único ovário de uma flor única.

9) Um fruto do tipo baga possui epicarpo em geral delgado, mesocarpo e endocarpo carnoso não sendo diferenciados entre si. Ex.: uva, melancia, goiaba, laranja, limão, entre outros.

10) Popularmente o pomo é chamado de fruto, exemplo, maça e pera e o pseudofruto de semente, exemplo o caju.

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Capítulo 2Orientações

No Capítulo 2 o aluno terá a oportunidade de aprender os objetivos e as técnicas utilizadas na propagação de plantas. A produção de mudas consiste na multiplicação de plantas, que pode ser realizada por dois métodos: o sexuado, onde o principal insumo é a semente, e o assexuado, aquele que utiliza partes da planta para a propagação. Esses métodos também são conhecidos como propagação sexuada e propagação assexuada, respecti-vamente.

Repostas – página 381) Na multiplicação de plantas, podendo ser realizada por dois métodos:

o sexuado e o assexuado.

2) Permite melhor controle fitossanitário e nutricional; facilita o trans-porte para o local definitivo de plantio; homogeneiza os campos produtivos; reduz a necessidade de replantio.

3) Semente/partes de planta.

4) A semente é o veículo que leva ao agricultor todo o potencial genético de uma cultivar com características superiores. Essa possui atributos de qualidade genética, física, fisiológica e sanitária que lhe confere a garantia de um desempenho agronômico.

5) Pureza e germinação.

6) Semeadura, desbaste, irrigação, rustificação, podas de formação.

7) • Totipotência: significa dizer que as células das plantas contêm toda a informação genética em seu núcleo necessária para reproduzir uma planta inteira. Portanto, são autônomas e possuem a potencia-lidade de regenerar plantas, desde que submetidas a tratamentos adequados.

• Desdiferenciação: a capacidade de uma célula diferenciada nucleada, retornar à condição de célula meristemática e desenvolver um novo ponto de crescimento.

8) Estaquia, mergulhia, alporquia, enxertia.

9) Primeiramente, tanto a alporquia quanto a mergulhia, a produção de mudas ocorre sem a necessidade de destacar qualquer parte da planta--mãe, isso somente ocorrerá após observado o pleno enraizamento do novo indivíduo. O que difere uma técnica da outra está no fato de que com a mergulhia é necessário conduzir o ramo até o substrato; já para a alporquia, o substrato é levado até o ponto de origem das raízes no ramo.

10) T normal, T invertido.

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Capítulo 3Orientações

O Brasil ocupa a 13ª posição do ranking no cone Sul, sendo o Rio Grande do Sul o maior produtor nacional. De maneira geral, o sul do Brasil é a região que oferece condições mais adequadas para o desenvolvimento da cultura do pessegueiro. Assim, esse capítulo destina-se a aprofundar os conceitos e as técnicas inerentes à produção de pêssego.

Respostas – página 491) a. Temperado/baixas /15 °C.

b. Irrigação localizada/custo de implantação/entupimento.

c. Cultivo orgânico/agrotóxico.

2) • Reduzir custos com a mão de obra na colheita.

• Evitar quebra dos ramos em virtude do peso dos frutos.

• Padronizar a quantidade de frutos.

• Reduzir eliminar os ramos atacados por insetos ou doentes.

• Aumentar o espaço entre um fruto e outro, a fim de reduzir a proliferação de doenças e o aumento da incidência de insetos.

• Manter o equilíbrio entre vegetação e frutificação.

• Melhorar a eficiência dos tratamentos contra pragas e doenças.

3) Cochonilha branca: controle químico nas ninfas é mais eficiente.

Grafolita: controle mais indicado para esse inseto é a captura por armadilhas.

Mosca-das-frutas: retirada dos frutos precoces; não deixar os frutos amadurecerem no pé, retirar do pomar os frutos que caírem no chão e os que estiverem perfurados. É recomendável enterrar os frutos danificados a uma profundidade de 30 cm. As armadilhas também são utilizadas para capturar os insetos.

4) A poda a retirada de galhos ou ramos de uma planta com o objetivo de favorecer o crescimento da planta.

5) • Determinar a quantidade de ramos produtivos.

• Maximizar a qualidade dos frutos comercializados.

• Formar novos ramos produtivos para o próximo ciclo.

• Controlar a arquitetura da planta.

• Eliminar os ramos que não são desejáveis.

6) A planta precisa captar e distribuir nutrientes para seus órgãos. As folhas adultas são órgãos fonte, ou seja, é a partir delas que é realizada a fotossíntese, que é responsável pela produção de fotoassimilados.

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7) As plantas invasoras podem competir por luz, água e nutrientes com o pessegueiro, prejudicando assim o desenvolvimento da cultura.

8) Isso dificulta sua aeração, comprometendo o desenvolvimento da raiz e, consequente-mente, do pessegueiro.

9) Aumento do espaço entre um fruto e outro, a fim de reduzir a proliferação de doenças e a incidências de insetos.

10) Fase vegetativa.

Capítulo 4Orientações

A uva é uma fruta rica em vitamina C e do complexo B e sais minerais. É utilizada para fins medicinais, no tratamento dos seguintes males: dores articulares, prisão de ventre, inchaço, sangramento das gengivas, nos males cardíacos e pulmonares, entre outros. A farinha de uva tem sido utilizada no controle do colesterol. E o óleo da semente de uva é bastante eficaz no tratamento de peles excessivamente ressecadas.

Depois da comprovação dos efeitos benéficos que o vinho e o suco de uva trazem para a saúde essa fruta tem ganhado cada vez mais admiradores. Daí a necessidade de formar profissionais habilitados a atuar no manejo desta cultura.

Respostas – páginas 60-611) O preparo do solo sempre visa oferecer as melhores condições para o desenvolvimento

da cultura. No manejo das parreiras de uva podemos destacar a roçada, o destocamento, a aração, a gradagem e o caveamento. A roçada é realizada com o objetivo de eliminar toda a vegetação da área, para dar início a um novo ciclo de cultivo. A eliminação da vegetação espontânea se dá para que não haja competição entre essas plantas e as parreiras de uva, bem como para facilitar as outras operações que são inerentes ao manejo, como o coveamento e a instalação da irrigação, por exemplo.

2) Mosca-das-frutas, besouros, cochonilhas, filoxera, ácaro, cigarrinha.

3) A escolha da área, o preparo da área, a irrigação, a adubação e a calagem e o controle de pragas e doenças.

4) Da fermentação da uva, obtém-se o vinho, cuja produção é uma das atividades mais antigas do mundo.

5) Evaporação.

6) A adubação pode ser de correção, feita antes do plantio; de plantio, realizada no momento do plantio da muda ou do porta-enxerto; e de manutenção. Cada uma dessas adubações são realizadas em períodos diferentes, a fim de permitir o estabelecimento da cultura. A primeira, geralmente, é feita com base em doses preestabelecidas pelo manual do estado, antes mesmo de se realizar a análise de solo; a segunda é para oferecer nutriente para o crescimento inicial das videiras e; a terceira é realizada para que a planta absorva nutrientes no decorrer do ano, mantendo plenas condições de desenvolvimento.

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7) A evapotranspiração da cultura (ETC) é a soma da transpiração do vegetal com a evaporação da água do solo. É importante saber que quanto maior a área foliar, maior será a transpiração do vegetal; também quanto mais seco for o local, maior será a ETC.

8) Cochonilha-do-tronco.

9) Gorgulho-da-videira.

10) Filoxera.

11) O pH recomendado é em torno de 6,0.

12) Cochonilha.

13) Ácaro-branco.

Capítulo 5Orientações

A banana é a fruta mais consumida no mundo, sendo o Brasil o segundo maior produtor mundial, ficando apenas atrás da Índia. Os estados de São Paulo e da Bahia são os maiores produtores no território nacional. Por isso, esta unidade se destina ao aprofundamento dos conceitos inerentes ao manejo da cultura da bananeira.

Respostas – página 701) a. Traça-da-bananeira. Agente causador: inseto (Opogona sacchari Bojer)

b. Broca-do-rizoma ou moleque-da-bananeira. Agente causador: inseto (Cosmopolites sordidus).

c. Sigatoka-amarela, cercoporise ou mal-de-sigatoka. Agente causador: Mycosphaerella musicola/Pseudocercospora musae (Zimm) Deighton.

d. É uma das doenças mais destrutivas da bananeira: moko ou murcha bacteriana.

e. Sigatoka-amarela.

f. Mal-do-Panamá.

2) Eliminação do coração.

3) Dolomítico.

4) Potássio, nitrogênio, magnésio e cálcio.

5) Capacidade de troca catiônica.

6) Moko ou murcha bacteriana.

7) Mal-do-Panamá.

8) Pouca profundidade; má drenagem; baixa fertilidade e heterogeneidade.

9) Práticas de cultivo de solo; calagem; adubação e drenagem.

10) Pouca profundidade, má drenagem, adensamento e baixa fertilidade.

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Capítulo 6Orientações

De acordo com o site do Ministério da Agricultura Abastecimento e Pesca (MAPA), o Brasil é responsável por 60% da produção mundial de suco de laranja, sendo igualmente o maior exportador deste produto. O estado de São Paulo e o triângulo mineiro são as regiões responsáveis pela maior parte de laranjas produzidas no Brasil. Dada a importância econô-mica dessa fruta para o Brasil, é fundamental que o técnico seja capaz de realizar adequada-mente o manejo desta cultura. Por isso, esta unidade destina-se ao manejo da citricultura.

Respostas – páginas 77-781) Minador-do-citros.

2) Phytophthora spp.

3) Pré-imunização.

4) Promove a compactação do solo, trazendo sérios prejuízos para o crescimento radicular das plantas e seu consequente desenvolvimento.

5) Pulgão-preto.

6) Verrugose.

7) Fungicida.

8) Doenças fúngicas.

9) Minador-do-citros.

10) Controla a infecção da planta com o vírus na forma menos agressiva, oferecendo proteção à planta e tornando-a capaz de resistir a ataques severos, controlando os sinais e sintomas da doença.

11) Moscas-das-frutas.

a. Verrugose – É uma doença fúngica, cujo agente causado0r varia de acordo com o citro em questão.

b. Cancro cítrico – É uma doença bacteriana que tem seu centro de origem no conti-nente asiático.

c. Clorose variegada dos citros – É uma doença bacteriana que ataca principalmente as laranjas doces.

d. Leprose – É uma virose que também ataca, principalmente, as laranjas doces.

e. Tristeza – É uma doença transmitida de planta para planta, por meio do pulgão--preto.

f. Morte súbita – É uma doença nova, sendo que a primeira aparição foi em 2001. Pesquisadores de diversas entidades têm se esforçado para descobrir o agente cau-sador dessa enfermidade.

g. Podridão das raízes – Doença presente em todas as regiões produtoras de citros.

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13) a. F

b. V.

c. V.

d. V.

e. V.

f. F.

g. F.

14) Perda do brilho das folhas, apresentando posteriormente aspecto pardacentro; desfolha e murcha das folhas; morte repentina da planta, mesmo que ainda esteja carregada de frutos.

15) Nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K). Os teores desses nutrientes dimi-nuem à medida que as folhas envelhecem.

16) Utilização de mudas livres de doenças (mudas sadias); controle de cigarrinhas no pomar; manutenção da nutrição das plantas; e erradicação de plantas doentes.

17) A Embrapa determina o solo areno-argiloso como o mais recomendado.

18) É importante destacar que cada uma das culturas que compõem o gênero Citrus possui necessidades específicas para o seu desenvolvimento. Comumente, es-sas culturas precisam de 1 200 mm de chuvas, bem distribuídos ao longo do ano. A temperatura do ar exerce influência sobre todas as fases de desenvolvi-mento da cultura, desde a germinação até a maturação dos frutos. Temperatu-ras superiores a 32 °C provocam prejuízos ao crescimento da planta, podendo paralisar as atividades fisiológicas a partir de 37 °C. A temperatura do ar tam-bém está diretamente relacionada à coloração dos frutos.

19) É transmitida de planta para planta por meio do pulgão-preto (Toxoptera citricidus).

20) Nas laranjas doces e tangerinas, são leões de cor pálida, que podem ocupar grande extensão nos frutos, no entanto não aparecem lesões nos ramos e nas folhas. Nas laranjas azedas, as folhas apresentam lesões salientes em uma das superfícies e deprimidas na outra. A aparência do fruto inviabiliza a comercia-lização.

Capítulo 7Orientações

O abacaxi é uma fruta tropical consumida em todo mundo, o que dá ao Brasil, dada a sua grande variedade de solo e clima, uma vantagem na produção desta fruta. Em 2001, segundo dados divulgados pela FAO, o país ocupou a primeira posição do ranking de produção desta fruta. Dado ao potencial de comercialização do abacaxi, esta fruta não poderia ficar de fora de um livro de fruticultura.

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Respostas – página 831) Fusariose e podridão negra.

2) Queen, pérola, singapore, perolera.

3) Coroa, filhote e rebentão.

4) Tropical.

5) Broca-do-fruto e cochonilha.

6) Sintomas: podem aparecer em qualquer parte da planta. Há curvatura do caule; redução do tamanho das folhas/ crescimento do fungo sobre as partes afetadas; redução do tamanho e do peso dos frutos; lesão na base das folhas, entre outros.

7) • Textura média.

• Bem drenados, pois a planta tem seu crescimento prejudicado em áreas alagadas.

• Arenosidade, que também é favorável para o cultivo de abacaxi, pois apresenta boa drenagem.

• pH variando de 4,5 a 5,5.

• Profundidade maior que 40 cm.

• Livre de impedimentos.

8) Descoloração das folhas; manchas nas folhas; sistema radicular debilitado; murcha e posterior morte da planta.

9) Proteção dos frutos contra ferimentos, inclusive no momento da colheita, eliminação dos restos culturais; e aplicação de fungicida.

10) A irrigação por aspersão é mais indicada. Este sistema tem baixo custo de implantação e é o que melhor se adapta a cultura.

11) As características mais desejáveis são: crescimento rápido, folhas sem espinhos, frutos de coloração amarelo-alaranjada, polpa firme e adocicada, resistentes a pragas e doenças e, acidez moderada.

12) Selecionar mudas sadias e de variedades resistentes, a fim de não trazer danos futuros.

13) A fruta é rica em vitaminas do complexo B e vitamina C e nos minerais cálcio, ferro, magnésio, manganês, fósforo, potássio e zinco.

Capítulo 8Orientações

O Brasil é o sétimo produtor mundial de manga, com uma produção que supera 850 mil toneladas por ano. A região Nordeste é responsável por 53% desse quantitativo, o consumo per capita da fruta é da ordem de 1,2 kg/ano. Diante do potencial de consumo desta fruta. Portanto, esse capítulo destina-se ao manejo da cultura da mangueira.

26

Repostas – página 911) A mangueira se adapta bem às regiões onde as estações secas e chuvosas são bem

definidas. Em condições naturais, os períodos de seca e de frio são essenciais para o seu florescimento.

2) A escolha da variedade para cultivo está relacionada ao mercado consumidor; o potencial produtivo da variedade para região; as limitações fitossanitárias e de pós-colheita da variedade; e, principalmente, ao comportamento ou tendência de mercado do tipo de fruto a ser produzido. Por ser uma planta com período juvenil muito longo – iniciando a produção comercial com quatro anos de idade –, a má escolha da variedade pode significar enormes prejuízos em curto prazo.

3) As melhores condições de solo para o cultivo da mangueira, em geral, são: solos com média fertilidade; de arenosos até argilosos, porém preferencialmente areno-argilosos; profundos e permeáveis; bem drenados; ligeiramente ácidos, com faixa de pH ideal entre 5,5 a 6,8; mecanizáveis.

4) Implantação de barreiras quebra-ventos, com espécies arbóreas, em direção perpen-dicular ao vento.

5) Quanto mais adensado, ou seja, mais próximo é implantado o cultivo, maior deverá ser o aporte de tecnologia, irrigação, podas, adubação dentre outros tratos, destinado. Sendo assim, o espaçamento de 8 x 5 m, com total de 250 plantas/hectare pode ser utilizado nesse sistema.

6) Dimensões de 0,60 m x 0,60 m x 0,60 m, permitindo um desenvolvimento inicial do sistema radicular na fase de adaptação da muda de plantio definitivo.

7) Os métodos pressurizados são os mais recomendados, principalmente a irrigação localizada, isto é, a microaspersão e o gotejamento, de mais alta eficiência. A microas-persão é o mais comum pela maior área molhada que o mesmo proporciona em relação ao gotejamento em solos de textura média a arenosa.

8) Podas de formação e podas anuais ou de produção

9) As pragas: mosca-das-frutas; cochonilhas. Doenças: antracnose; oídio; seca-da--mangueira e morte descendente ou seca-de-ponteiros.

10) A idade do fruto é um método bastante seguro para avaliar a maturação de mangas. Geralmente, dos 110 aos 120 dias após a floração, os frutos encontram-se em ponto de colheita.

Capítulo 9Orientações

De acordo com dados da FAO (2010), a produção mundial de mamão representa 10% da produção mundial de frutas tropicais, girando em torno de 8 milhões de toneladas, das quais 39% são produzidas na América Latina e Caribe. Os principais produtores mundiais são o Brasil, México, Nigéria, Índia e Indonésia, enquanto os maiores exportadores são o México e a Malásia.

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No Brasil são os Estados da Bahia (902 mil toneladas), Espírito Santo (630 mil tone-ladas), Rio Grande do Norte (106 mil toneladas) e Ceará (100 mil toneladas), os principais produtores. No quesito exportações, o Estado do Espírito Santo responde por 50% do total. Por tudo isso, é que se escolheu a cultura do mamoeiro para compor a unidade 9 deste livro.

Respostas – página 1001) No Brasil são os Estados da Bahia (902 mil toneladas), Espírito Santo (630 mil toneladas),

Rio Grande do Norte (106 mil toneladas) e Ceará (100 mil toneladas), os principais produtores. No quesito exportações, o Estado do Espírito Santo responde por 50% do total.

2) Grupo solo: sunrise solo; improved sunrise solo cv. 71/12. Grupo formosa: tainung nº 1 e tainung nº 2.

3) Sunrise solo, grupo solo, tem forma de pera, com peso médio de 500 g. Possui polpa vermelho-alaranjada de boa qualidade e cavidade interna estrelada. A produção começa entre 8 e 10 meses após o plantio, produzindo em média 40t/ha/ano.

Tainung nº 1, grupo formosa, apresenta casca de coloração verde claro e cor de polpa laranja-avermelhada, de ótimo sabor; produção média - 60t/ha/ano.

4) A escolha do grupo e cultivar a ser plantada, deve ser embasada no mercado consumidor a que se vislumbra a produção, características pós-colheita, solo, clima, o potencial produtivo da cultivar para região; as limitações fitossanitárias e de pós-colheita da variedade.

5) Uso da subsolagem à profundidade de 0,5 m.

6) Devem estar distantes no mínimo 3 Km uma de outra.

7) Cultivo em fileira simples ou em fileiras duplas:

• Fileiras simples: as plantas são dispostas em apenas uma linha de plantio, separada da próxima linha pela rua ou carreador.

• Fileiras duplas: a lavoura é plantada utilizando-se sequências de fileiras duplas, separadas por um espaçamento mínimo entre as mesmas e cada dupla separada pela rua ou carreador. Esse sistema é mais indicado para cultivos mecanizados, por facilitar os tratos culturais posteriores.

8) Para fileiras simples: 3,00 m x 2,00 m a 3,00 m x 2,50 m para variedades do grupo solo e a adoção do espaçamento 4,0 m x 2,0 m para variedades do grupo formosa. Em fileiras duplas, adotar: 3,60 m x 1,80 m x 1,80 m para o grupo solo e 4,00 m x 2,50 m x 2,50 m para o grupo formosa.

9) Nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, boro e zinco.

10) A falta de conhecimento dos tipos de flores do mamoeiro em plantios comerciais faz com que, ocorra a presença de um número elevado de plantas masculinas e femini-nas, as quais produzem frutos sem valor comercial. Este fato representa uma redução do número de plantas produtivas por área e como consequência queda acentuada na produtividade do pomar.

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11) Os frutos oriundos de plantas hermafroditas têm polpa mais espessa, consequen-temente menor cavidade ovariana, que frutos de plantas femininas, representando até um terço do diâmetro médio do fruto.

12) Para comercialização e consumo local, deve-se colher os frutos quando apresentarem estrias ou faixas com 50% de coloração amarela.

Frutos destinados à exportação ou armazenagem por períodos longos devem ser co-lhidos no estádio entremaduro (de vez), caracterizado pela mudança de cor verde-es-cura da casca para verde-clara, amadurecimento das sementes, que se tornam negras, e pelo início de coloração rósea da polpa.

Capítulo 10Orientações

Em 1990, o Brasil ocupava a 10ª posição no ranking mundial de produtores, com uma produção ao redor dos 477 mil toneladas de coco. Atualmente, o País é o 4º maior produtor mundial – com uma colheita de aproximadamente 2,8 milhões de toneladas, em uma área de 287 mil hectares de coqueiros. Assim, a unidade 10 destina-se ao manejo desta cultura.

Respostas – páginas 108-1091) O coco pode ser consumido verde (água) e seco. É rico em proteínas, gorduras, calo-

rias, vitaminas A, B1, B2, B5 e C, potássio, sódio, fósforo, cloro e fibras. Como benefício ao organismo atua como adstringente para as hemorroidas, como diurético e ainda é indicado em situações de diarreia, vômitos, câimbras, dor de cabeça, problema car-díaco, pressão alta e desidratação. Também hidrata a pele, diminui o colesterol, com-bate a verminose, controla a pressão arterial, repõe energia, depura o sangue, diminui febre e auxilia no tratamento de úlcera estomacal. Tais propriedades são encontradas no coco ainda verde, porém quando o coco já está maduro deve-se evitar a ingestão por pessoas com pressão alta e alto colesterol.

2) Característica Anão Híbridro Gigante

Início da floração 2 a 3 3 a 4 (intermediário) 5 a 7 (tardio)Vida útil (anos) 30 a 40 50 a 60 60 a 80

Tamanho do fruto Pequeno Intermediário/grande GrandeCrescimento Lento Intermediário RápidoPorte (altura) 8 a 10 m 20 m 35 m

Produção (frutos/ano) 130 a 150 120 a 150 60 a 80Peso de fruto 900 g 1 200 g 1 400 gPeso de noz 550 g 800 g 700 g

Peso de albúmen 250 g 400 g 350 gExigência Muito Exigente Rústico

Destino da produção Água Agroindústria/culinária/água Agroindústria/culinária

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3) Profundos.

4) Plano a ligeiramente ondulado.

5) Necessidade hídrica muito elevada. Ou seja, um coqueiro adulto pode necessitar diariamente de 150 litros de água.

6) Sob condições de deficiência de água no solo, principalmente na zona de maior atua-ção das raízes, os ventos tornam-se prejudiciais por agravarem os efeitos da seca, pois aceleram o processo de evapotranspiração.

7) As sementes (o próprio coco) a serem utilizadas para produção de mudas devem ser colhidas completamente secas com aproximadamente 11 a 12 meses de idade e poste-riormente estocadas para completar a maturação. Recomenda-se um período de esto-cagem de 10 dias para sementes de coqueiros anões e 21 dias para coqueiros gigan-tes. Para sementes de coco híbridas, adquirir de fornecedor idôneo, que garanta a qualidade das mesmas.

8) Para a produção das mudas do coqueiro, as sementes (o próprio coco) devem ser colhidos com idade de 11 a 12 meses, quando apresentarem-se totalmente secas, devendo permanecer armazenadas 10 dias para coqueiro anão e 21 dias para coqueiro gigante. A semente de coco, variedade híbrida, deve ser adquirida com produtores que garantam a idoneidade e, consequentemente, qualidade, características e padrões da variedade do fruto. O transplantio das mudas para o campo é realizado do quinto mês da semeadura, quando são levadas diretamente para o local definitivo de plantio com 3 a 4 folhas vivas em média.

9) • Anão: 7,5 m x 7,5 m.

• Híbrido: 8,5 m x 8,5 m.

• Gigante: 9 m x 9 m.

10) Requer pesquisa.

11) Essa pode ser uma ferramenta para atender às expectativas e investimentos do produtor, quanto a um possível retorno econômico, até o início da colheita da cultura principal. Do plantio até o segundo ano, pode-se consorciar varias culturas, tais como: abacaxi, mandioca, abóbora, banana, fruta-do-conde.

12) Para as variedades gigantes e híbridas, onde o fruto é comercializado seco para a in-dústria de processamento, o coco encontra-se no ponto de colheita aos 11 – 12 meses após a abertura da inflorescência. No caso do coqueiro anão, onde o fruto é destinado basicamente para o mercado de coco-verde, em função do consumo da água, os frutos devem ser colhidos com idade variando entre 8 e 9 meses após a abertura da inflores-cência, quando a água se encontra com o sabor mais agradável.