intergração entre internet e pratica docente de quimica_prelo

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  • 8/18/2019 Intergração Entre Internet e Pratica Docente de Quimica_prelo

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    Rev. Virtual Quim. |Vol XX| |No. XX| |no prelo| 000

    Artigo

    Integração entre Internet e Prática Docente de Química

    Rolando, L. G. R.;* Vasconcellos, R. F. R. R.; Moreno, E. L.; Salvador, D. F.;

    Luz, M. R. M. P.

    Rev. Virtual Quim., 2015,  X  (X), no prelo. Data de publicação na Web: 30 de dezembro de 2014

    http://www.uff.br/rvq 

    Chemistry in the Network: Integration between Internet and Teaching

    Practice 

    Abstract: The study aimed to identify the main characteristics of the internet use bysecondary chemistry teachers of the State of Rio de Janeiro. Most teachers recognizeand use the internet for learning. This usage is focused mainly for searching forinformation on chemical content for individual use. Although public policies willencourage the use of such tools in educational contexts, the didactic use of internettools remains distant from the classrooms of Chemistry. We discussed the importanceof articulating policies and teacher training programs through the development of

    outreach activities about the pedagogical potential of the internet tools amongteachers. 

    Keywords: Chemistry teaching; in-service teachers; internet. 

    Resumo 

    O estudo teve como objetivo identificar as principais características do uso da internetpor professores de Química do ensino médio do Estado do Rio de Janeiro. A maioriados professores reconhece e usa a internet para aprender, principalmente por meio de

    busca de informações sobre conteúdo químico para uso individual. Embora políticaspúblicas incentivem o uso didático de ferramentas da internet em contextoseducacionais, o uso de tais ferramentas permanece distante das salas de aula deQuímica. Discutimos a importância de articular políticas e programas de formação deprofessores que proporcionem atividades de sensibilização sobre o potencialpedagógico das ferramentas de internet entre os professores.

    Palavras-chave: Ensino de química; formação continuada de professores; internet.

    * Instituto Oswaldo Cruz, Laboratório de Avaliação em Ensino e Filosofia das Biociências, Av.Brasil, 4365, Manguinhos, CEP 21040-360, Rio de Janeiro-RJ, Brasil.

    [email protected] DOI: 

    http://www.uff.br/rvqhttp://www.uff.br/rvqmailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.uff.br/rvq

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    Volume XX, Número XX

    Revista Virtual de Química ISSN 1984-6835 

    XXXX-XXXX 2015

    000 Rev. Virtual Quim. |Vol XX| |No. XX| |XXX|

    Integração entre Internet e Prática Docente de Química

    Luiz Gustavo R. Rolando,a Roberta Flávia R. R. Vasconcellos,

    b,c Esteban L.

    Moreno,b Daniel Fábio Salvador,

    b Maurício Roberto M. P. da Luz

    a Instituto Oswaldo Cruz, Laboratório de Avaliação em Ensino e Filosofia das Biociências, Av.Brasil, 4365, Manguinhos, CEP 21040-360, Rio de Janeiro-RJ, Brasil.

    b Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância, Rua da Ajuda, n 5, 16 andar,Centro, CEP 20040-000, Rio de Janeiro-RJ, Brasil.

    c Universidade do Grande Rio, Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160, 25 de Agosto, CEP 25071-202, Duque de Caxias-RJ, Brasil.

    [email protected]

    Recebido em 28 de setembro de 2014. Aceito para publicação em 18 de dezembro de 2014

    1.  Introdução

    2.  Metodologia

    2.1. Contexto do estudo2.2. Instrumento de coleta de dados2.3. Análise dos dados 

    3.  Resultados

    4.  Discussão

    4.1. Formação inicial e continuada4.2. Políticas institucionais4.3. O fator sociocultural 

    5.  Conclusões

    1. Introdução 

    T  A escolha de boas práticas no uso dastecnologias de informação e comunicação(TICs) é uma importante necessidade,constituindo uma linguagem de comunicaçãoessencial na sociedade contemporânea.1  Asrelações sociais têm sido influenciadas pela

    informatização e pelo paradigma tecnológico,caracterizado pela alta velocidade em que a

    informação é gerada, processada ecompartilhada.2  Nesse panorama, as TICspassaram a possibilitar a utilização de novosprocessos de ensino e aprendizagem emrede, baseados na interação e na criaçãocoletiva.3  Mais recentemente, com apopularização da internet e o aceleradoavanço tecnológico, surgem a todo omomento mais tecnologias digitais e

    inúmeras tentativas de utilizá-las para finseducacionais.4

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]

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    A evolução da internet conhecida comoWeb 1.0 (distributiva) para a Web 2.0(colaborativa) ampliou suas possibilidadespedagógicas. A Web 1.0 é caracterizada peladivisão de papéis entre produtores e usuários

    finais (consumidores) de informação, pelaprodução centralizada de conteúdos, sitesestáticos e principalmente pela distribuiçãounidirecional do conhecimento por meio demecanismos de download .5  O conceito deWeb 2.0 define um novo tipo de experiênciade uso da internet, a Web como plataformana qual o uso de ferramentas com maiorpotencial de interatividade cria um efeito derede por meio da participação e colaboraçãoentre os usuários.5

    Instituições internacionais, como a BritishEducational Communications and TechnologyAgency,6  American Association for theAdvancement of Science7 e a Organização dasNações Unidas para a Educação a Ciência e aCultura8,9,10, têm recomendado e promovidoo uso das TICs no ensino e aprendizagem. Aexemplo do cenário mundial, documentosoficiais brasileiros também reforçam aimportância da utilização das TICs naeducação. A resolução CNE/CP nº 1/2002 doConselho Nacional de Educação sugere que aformação para a atividade docente devecontemplar o uso de tecnologias dainformação e da comunicação11  e, maisrecentemente, a Conferência Nacional deEducação enfatizou a importância das TICs nocontexto educacional, bem como daefetivação de uma política de formação deprofessores para o seu uso.12  Influenciadopor esse movimento global em favor datecnologia, o governo brasileiro teminvestido recursos para equipar as escolascom computadores e ferramentas decomunicação.13  Além disso, algumas açõesem parceria com as instituições superiores deensino têm sido realizadas visando àmelhoria do uso de tecnologias na educaçãobásica do país.14

    Estudos têm relatado o impacto do usodas TICs na educação básica, buscandocompreender como estudantes e professores

    estão lidando com essas ferramentas.15,16,17

     Os resultados dessas pesquisas mostram que,

    apesar do aumento no uso de TICs naeducação, os professores raramente usamessas ferramentas de forma a impactarpositivamente seus contextoseducacionais.17,18,19 O uso das TICs nas escolas

    é influenciado por muitos fatores, como oconhecimento dos professores acerca dasTICs, bem como a habilidade no uso dessasferramentas, os currículos nacionais e ainfraestrutura das escolas.17 

    Essas novas tecnologias podem serutilizadas para apoiar e favorecer aaprendizagem, criar situações baseadas emproblemas do mundo real na sala de aula, daroportunidades de  feedback   e reflexão,construir comunidades de aprendizagem,além de expandir as possibilidades deaprendizado para o professor.20 Dessa forma,a utilização de recursos disponíveis nainternet, além de permitir ao professor daeducação básica se manter atualizado frenteàs demandas da nova sociedade inserida naera do conhecimento, poderá tambémaproximá-lo de seus alunos, adolescentes e

     jovens, que são nativos digitais, usuáriosfrequentes e intensivos da internet.21,22

    Segundo Osborne e Hennessy,23

     o uso deTICs nas aulas de ciências naturais (Química,Física e Biologia) no contexto da educaçãobásica, traz diversos benefícios aosestudantes, tais como desenvolvimento dahabilidade de pensamento crítico, demanipulação e coleta de dados, bem como oaumento do acesso ao conhecimentoapresentado em formato visual, damotivação e do engajamento.Adicionalmente, no ensino aprendizagem de

    Ciências o entendimento e visualização dosfenômenos naturais poderiam serbeneficiados pelo uso de recursos baseadosna conjunção de texto, imagem e som,disponíveis em vídeos, animações,simulações, entre outros. Apesar disto,relatos indicam que a utilização das TICspelos professores ainda está frequentementelimitada à preparação de textos para as aulase para a comunicação pessoal por e-mail, enão para o ensino de ciências, para qual a

    pesquisa sugere mais benefícios para aaprendizagem.18,24  Uma ampla revisão de

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    literatura, sobre a aprendizagem de Ciênciasbaseada na internet, indica que as atividadesde busca de informação online  podempromover a aprendizagem autorregulada.25 

    Além disso, o uso de ambientes virtuaisfavorece a habilidade de argumentaçãocientífica, de interpretação e deprocessamento de dados, gerando melhoriasem relação às atitudes e motivação dosestudantes.25 

    No Brasil, uma pesquisa realizada comalunos do 7° ano da educação básica na qualforam utilizadas algumas TICs (projeção deimagens em PowerPoint, visualização devídeos educativos e busca na internet)identificou melhoria no desempenho dosalunos, com um aumento de 10% na médiada turma na disciplina de Ciências.26 Cerca de92% dos alunos tiveram sua aprendizageminfluenciada positivamente pelas TICs, o que,segundo os autores, teve como razõesprincipais a melhoria da atenção e o aumentodo entusiasmo de aprender.26 

    Recentemente, grandes universidades nosEstados Unidos (MIT, Stanford, Harvard) e no

    Brasil (USP, UFF, dentre outras) têmdisponibilizado abertamente na internet oconteúdo de alguns cursos. No contexto daQuímica, um bom exemplo é o Portal doConhecimento da Sociedade Brasileira deQuímica (QNInt).27  Segundo os autores, oQNInt é um recurso estabelecido e bemsucedido de divulgação do conhecimentoquímico. Essa parece ser uma tendência a serdesenvolvida pelos grandes centrosprodutores de conhecimento. Neste mesmo

    âmbito, é necessário citar outras iniciativasimportantes em língua portuguesa, como osConteúdos Digitais Educacionais de Química(http://condigital.cursosccead.net/condigital)do CCEAD da PUC-Rio, o Almanaque Sonorode Química(http://www.almanaquesonoro.com/quimica) da mesma instituição, o Ponto Ciência(http://www.pontociencia.org.br) organizadopela UFMG e a Química das Coisas(www.aquimicadascoisas.org) da

    Universidade de Aveiro em Portugal. Outrosrepositórios de objetos educacionais

    multimídia na área de Ciências têm sidocriados a fim congregar no universo digitalesses recursos, seja em formato de texto,vídeo, áudio, imagem e animação. Entre eles,

    destaca-se o Banco Internacional de ObjetosEducacionais, do Ministério de  Educação doBrasil

    (http://objetoseducacionais2.mec.gov.br).

    A incorporação da internet no ensino deCiências evidentemente precisa ocorrer emum contexto que favoreça a aprendizagem eo desenvolvimento de habilidades ecompetências intrínsecas. A incorporação deferramentas da internet poderia impactarpositivamente o ensino aprendizagem deCiências, especialmente da Química, deprofessores em exercício e alunos daeducação básica.

    A escassez de estudos sobre o uso dainternet por professores brasileiros,especialmente professores de química, fazcom que seja necessário identificar ecaracterizar essa utilização, a fim de oferecerapoio às diversas iniciativas de formação deprofessores já em curso no país que visam

    impactar positivamente o ensino de Ciências.Dessa forma, o presente estudo teve comoobjetivo identificar o perfil de uso da internete suas ferramentas por professores deQuímica do ensino médio do Estado do Riode Janeiro, bem como caracterizar opropósito de utilização dessas ferramentas. Arelevância geral dos resultados para o ensinode Ciências na educação básica também édiscutida.

    2. Metodologia 

    2.1. Contexto do estudo

    A Fundação Centro de Ciências eEducação Superior a Distância do Estado doRio de Janeiro (Fundação CECIERJ -http://www.cederj.edu.br) tem oferecido, há

    mais de uma década, cursos gratuitos deextensão para a formação continuada de

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    professores. Os cursos são realizados com oapoio das tecnologias de informação ecomunicação (TICs), oferecidos via internet,por meio da plataforma Moodle (ModularObject-Oriented Dynamic Learning

    Environment). Cada curso tem uma carga detrabalho estimada de 30 horas, distribuídaspor um período de quatro meses. Osparticipantes da pesquisa são 186professores de Química do ensino médio doEstado do Rio de Janeiro matriculados noscursos de extensão em Química da FundaçãoCECIERJ no ano de 2012.

    2.2. Instrumento de coleta de dados

    Para fins de coleta dos dados analisadosna presente pesquisa foi utilizado umquestionário on line  composto de 18questões, denominado Questionário de Usoda Internet - QUI (ANEXO 1). Esseinstrumento foi validado em estudo préviocom professores de Biologia.28 O questionáriofoi aplicado na primeira semana dos cursos,com o objetivo de caracterizar a frequência

    de uso da internet, as ferramentas utilizadase as finalidades dessa utilização. Existe umaampla variedade de ferramentas disponíveisna Web que não seria exequível construir uminstrumento de pesquisa incluindo todas eles.Algumas ferramentas, tais como o e-mailpodem ser utilizadas a partir de diferentesserviços ou sites (provedores de webmail, porexemplo). Outras ferramentas, com fins decompartilhamento de recursos, como porexemplo o Dropbox, podem ser vistas como

    ações (upload e download). Portanto, otermo ferramenta deve ser visto como umaforma de incluirmos diferentesnomenclaturas, na análise do uso da internet,

     já que inclui marcas (por exemplo, Facebook),

    ações (por exemplo, download) e serviços(por exemplo, e-mail). Nós decidimos utilizaro termo ferramenta, uma vez que tem sidolargamente utilizado na literaturainternacional.28 

    O conjunto de ferramentas da internetanalisados por meio do QUI possui umadiferenciação em relação à complexidade deutilização das ferramentas mais comuns esimples, até aquelas que exigem um domíniomaior da internet pelo usuário, elas podemrepresentar também o uso da internet sobrea perspectiva do entendimento de rededistributiva (Web 1.0) ou rede colaborativa(Web 2.0). O questionário é composto deperguntas fechadas, a maioria delas comresposta afirmativa ou negativa, seguida dequestão aberta sobre a finalidade de uso detal ferramenta (ANEXO 1).

    2.3. Análise dos dados

    Para fins de análise das respostas abertasdos questionários utilizamos metodologiaqualitativa para encontrar características

    comuns seguindo procedimento de análisede conteúdo, em que os dados sãoidentificados, nomeados e codificados.29  Otrabalho de análise utilizou categoriasanalíticas baseadas nas finalidades de uso dainternet obtidas por Rolando, Salvador e Luz.28  A partir da recorrência de característicascomuns, os temas e tipos de enunciadosidentificados nas respostas foram agrupadosnas respectivas categorias, comodemonstrado no Quadro 1. Uma única

    resposta pôde contribuir para uma, duas oumais categorias, já que os professoresrelataram um, dois ou mais propósitos deutilização para cada uma das ferramentasinvestigadas.

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    Quadro 1. Categorias e finalidades de uso das ferramentas da internet

    Categoria Definição (Uso) Exemplos

    EstudoEstudar e aprender temas

    referentes à área deformação.

    “Faço pesquisa na internet sobre conteúdos de

    Química.”  

    “Participo de fóruns para enriquecimento de

    conhecimento e saber outros pontos de vista sobre um

    determinado tema.”  

    DidáticoRelacionados com a prática

    docente, tais comopreparar e dar aula.

    “Realizo pesquisa na internet sobre atividades,

    exercícios e provas de química para preparar minhas

    aulas.”  

    “Eu baixo vídeo aulas ou assuntos que possam ser

    dados em sala de vídeo e sala de aula com o data

    show.”  

    Profissional

    Referente à práticaprofissional, desde que nãorelacionado aos propósitos

    definidos como Estudo eDidático.

    “Utilizo o Twitter para divulgar meu trabalho de

     professor particular online.”  

    “Uso fórum para saber notícias pertinentes aos

    servidores do Estado.”  

    Social Comunicação pessoal comamigos e parentes.

    “Uso o chat para me comunicar com amigos e

     parentes distantes.”  

    “Uso o Facebook para manter contato com amigos e

     familiares.”  

    OutrosPropósitos que não podem

    ser enquadrados nascategorias acima.

    “Uso o Facebook para participar de promoções e

    entretenimento.”  

    3. Resultados 

    A maior parte dos professores analisadosnesta pesquisa declarou-se usuário frequenteda internet. De acordo com as respostasobtidas por meio do Questionário de Uso daInternet (QUI), 79,6% deles acessam ainternet entre 6 e 7 dias por semana, 17,7%acessam 3 a 5 dias por semana e apenas 2,7%declararam acessar raramente a dois dias porsemana. O acesso à internet no Brasil vemaumentando ano a ano ao longo da últimadécada, chegando a 77,8 milhões deinternautas com 16 anos ou mais ao final de2011.30 Dados de 2012 revelam que 92% dosprofessores que lecionam em escolaspúblicas e 95% dos que lecionam em escolasparticulares possuem acesso à internet no

    domicílio.31  A partir desses dados podemosperceber que professores, de forma geral,possuem acesso e fazem uso frequente dainternet.

    As ferramentas da internet utilizadas

    pelos professores são apresentadas na figura1. Todos os professores usam e-mail, 99%deles fazem pesquisa na internet por meio demotores de busca e 95% realizam download .Esses resultados demonstram que a grandemaioria dos professores utiliza a internetpara obter informação e se comunicar. Osresultados são corroborados por outrosestudos que têm identificado este mesmopadrão de uso predominante de sites debusca, editores de texto e e-mail porprofessores, tanto no Brasil32,33  como emoutros países,18,24,34  indicando que osprofessores reconhecem a internet como

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    fonte de informações.

    Figura 1. Utilização das ferramentas da internet por professores de Química (n = 186)

    Seguindo a tendência atual de utilizaçãode redes sociais pela população em geral,35 73% dos professores se declararam usuáriosdo Facebook e 57% do Orkut (Figura 1),sugerindo que além de utilizarem asferramentas mais tradicionais (exemplo: e-mail), eles possuem interesse porferramentas mais recentes, queproporcionam uma maior interatividade comoutras pessoas por meio da internet. Emestudo prévio, realizado com professores de

    Biologia no ano de 2010, a rede social Orkutera a mais utilizada pelos professores,enquanto o Facebook era utilizado por umapequena parte deles.28  Nestes últimos anos,o Facebook superou as demais redes sociaisse tornando a mais utilizada no Brasil,36 o quereforça a característica de constantemudança de utilização das ferramentasdisponíveis na internet.4  Outras ferramentasque funcionam como redes sociais, SecondLife, Myspace, Ning e Twitter, são pouco

    utilizadas pelos professores, o que pode estarrelacionado com a necessidade de maior

    conhecimento sobre as especificidades decada uma delas. No caso do Second Life, oproblema é agravado pela necessidade deuma maior estrutura de hardware e banda deinternet, o que ainda não é amplamentedisponível entre os brasileiros.

    Além de identificar quais ferramentas dainternet são mais utilizadas pelosprofessores, o instrumento de coleta dedados nos permitiu caracterizar os propósitos

    pelos quais essas ferramentas são utilizadas,configurando um perfil geral de uso dainternet por professores de Química. Paraentender essas finalidades, determinamos asporcentagens de respostas abertas incluídasem cada uma das cinco categorias. Osprofessores, em alguns casos, relataram autilização de uma única ferramenta para duasou mais finalidades e, como resultado, onúmero de usos excedeu o número total deprofessores. Os resultados dessa

    categorização estão mostrados na tabela 1.Um conjunto de sete ferramentas

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    (Motores de busca, E-mail, Chat , Fórum,Skype®, Vídeo e Blog) demonstrou ser maisversátil que as demais, sendo utilizadas paratodas as finalidades apresentadas, ainda que

    alguns usos específicos predominem sobre osdemais. De modo geral, os variados tipos deferramentas de comunicação são utilizadospreponderantemente para a finalidade de secomunicar com amigos e parentes (categoriaSocial). Por exemplo, 79,9% do uso da redesocial Facebook e 46,3% do uso daferramenta Skype é realizado para fins desocialização. Em outros casos, as ferramentassão usadas quase exclusivamente para umafinalidade, por exemplo, Wiki (88,9%) e Ning

    (100%) que, embora sejam relativamentepouco utilizados, estão associados com afinalidade de estudo (Tabela 1).

    Seis das ferramentas da internetselecionadas foram usadas principalmentepara fins de socialização, enquanto outrascinco delas para fins de estudo, masnenhuma foi usada preponderantementepara fins didáticos ou de gestão profissional(categoria Profissional). Embora a categoria“Outros” apresente maior percentual de uso

    para seis das ferramentas analisadas, não foipossível encontrar padrões de semelhançanos propósitos relatados pelos professoresao utilizarem essas ferramentas. Essa

    categoria apresenta característicasextremamente variadas, pois para cada umadas ferramentas existem inúmeros motivosde utilização que não se enquadram nascategorias anteriores. Além disso, háfinalidades que ocorrem apenas para umaferramenta, como, por exemplo, no caso deDownload, é comum o relato da obtenção defilmes, músicas e programas de computador.Já na categoria Profissional, procuramosseparar a utilização das ferramentas para fins

    que não configurassem o processo deestudar e aprender do professor e tambémnão indicasse a utilização para fins didáticos,mas que de alguma forma estivesserelacionado ao seu trabalho. Observamosque os professores fazem pouco uso dasferramentas da internet para a finalidadeProfissional (Tabela 1). Esse uso se limitaprincipalmente a E-mail e Blog, ferramentasque possibilitam a comunicação e divulgaçãoprofissional.

    Tabela 1. Motivos de uso relatados pelos professores para cada ferramenta. a Finalidades(n=1642) apresentadas pelos professores em suas respostas às questões abertas. b Destaquesem negrito para a principal finalidade de cada ferramenta

    n a Estudo Didático Profissional Social Outros

    M. busca 293 48,1% b 7,2% 1,4% 0,7% 42,7%E-mail 300 15,3% 1,0% 23,7% 34,7% 25,3%Chat 129 10,1% 3,9% 5,4% 45,7% 34,9%

    Fórum 92 57,6% 4,3% 1,1% 1,1% 35,9%

    Skype 41 7,3% 2,4% 2,4% 46,3% 41,5%Download 238 35,3% 3,4% 0,0% 0,0% 61,3%Upload 48 22,9% 4,2% 0,0% 0,0% 72,9%

    Foto 88 2,3% 0,0% 0,0% 72,7% 25,0%Vídeo 47 25,5% 19,1% 4,3% 17,0% 34,0%

    Blog 46 34,8% 15,2% 10,9% 8,7% 30,4%Twitter 26 7,7% 0,0% 0,0% 7,7% 84,6%

    Wiki 27 88,9% 0,0% 3,7% 0,0% 7,4%

    Orkut 111 0,0% 0,0% 0,9% 78,4% 20,7%Facebook 143 2,1% 0,0% 1,4% 79,7% 16,8%Myspace 2 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0%

    Ning 10 100,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%Sec. Life 1 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0%

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    Do total de 1642 usos declarados pelosprofessores (Tabela 1), 420 (25,6%) sãoreferentes a fins de estudo (Categoria

    Estudo). Ao analisarmos esse propósito,podemos observar que os professoresutilizam, principalmente, as ferramentasMotores de busca e Download  para estudar eaprender, com respectivamente 141 e 84professores relatando tal uso (dado nãodemonstrado). Além dessas ferramentas,uma pequena parte dos professores declarouutilizar a ferramenta Wiki para estudar.Entretanto, nenhum professor declarouutilizá-la para a redação coletiva de textos, oque poderia configurar um uso colaborativoda internet, o que aparentam desconhecer.Com base no prefixo utilizado noquestionário (Wiki) e no uso declarado pelosprofessores, é bastante razoável inferir queeles tenham relacionado essa ferramenta aouso regular que fazem da Wikipédia apenascomo fonte de pesquisa e não comoferramenta de edição colaborativa. Essasferramentas foram utilizadas de formaestritamente distributiva, mostrando que oprofessor realiza busca na internet paracoletar informação pronta já disponível,principalmente textos, livros e artigoscientíficos na área de Química, configurandoassim um padrão de uso da web 1.0.5 

    De forma geral, os professoresreconhecem e utilizam a internet para fins deaprendizagem e estudo. De fato, 91% delesutilizam pelo menos uma ferramenta paraessa finalidade (Figura 2), com algunsprofessores chegando a utilizar várias

    ferramentas com esse intuito. Embora amaior parte do uso da internet para estudoseja distributivo, ferramentas comcaracterísticas mais colaborativas tambémsão utilizadas pelos professores. Porexemplo, 57,6% dos usos da ferramenta

    Fórum foram para fins de estudo. O Fórum éutilizado pelos professores para estudar eaprender temas da área de formação e

    atuação, essa ferramenta está na maioria dasvezes relacionada a cursos online. Outrasferramentas com potencial colaborativo,como Blog, Facebook e Ning também sãoutilizadas para estudar e aprender, mas porpoucos professores. Em relação às redessociais, 10 professores declararam usar Ninge apenas três o Facebook para essafinalidade.

    Embora a maior parte dos professoresutilize essas ferramentas para fins de

    socialização e para o estudo, o uso didático émuito reduzido (categoria Didático). De fato,ao levarmos em consideração os usosdidáticos em relação ao total de usosdeclarados pelos professores (Tabela 1),identificamos que apenas 3,7% dasutilizações ocorrem para essa finalidade. Asferramentas com maior número de usuáriospara fins de ensino são: Motores de busca,Vídeo, Download   e Blog comrespectivamente 21, 9, 8 e 7 professores

    relatando tal uso (Dado não demonstrado).Dos 186 professores, 144 (77%) não

    utilizam nenhuma ferramenta da internetpara ensinar (Figura 2) e, daqueles quedeclararam algum uso didático, 48% usamapenas pesquisa e ou download . Essasferramentas são utilizadas para buscarrecursos didáticos para a confecção de aulase atividades, bem como obter materiais paraserem usados como recursos didáticos, taiscomo textos, apostilas, provas, artigos

    científicos, livros e vídeos. Mais uma vez, ficaconfigurado o uso preponderante da internetdistributiva, não somente para obterinformação pronta, mas também pararepassá-la aos alunos.

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    Figura 2. Número de ferramentas utilizadas pelos professores para as finalidades Estudo eDidático (n=186)

    A busca de informação e recursos nainternet merece a devida atenção, ainda maispor se tratar de professores e da relação como conhecimento e sua disseminação noensino. Se considerarmos a abundância dedados e recursos que podem ser recuperadosusando um motor de busca na internet,torna-se claro que o uso de critérios depesquisa apropriados, bem como aidentificação de fontes confiáveis é crucialpara a obtenção de informações

    qualificadas.

    37

      Segundo Santos, Firme, eBarros37  é importante a formação de umacultura de pesquisa pela internetcomplementar ao processo tradicional depesquisa bibliográfica.37  Nesse sentido, odesenvolvimento da alfabetizaçãoinformacional38  também deve serconsiderado como uma meta para programasde formação de professores, à semelhançado que tem sido recomendado para outrosprofissionais.39 

    Dentre as ferramentas com potencialcolaborativo, o Blog aparece como

    ferramenta com maior potencial colaborativoutilizada para fins didáticos; os professoresdeclararam utilizá-la para disponibilizarrecursos e interagir com alunos. Caberessaltar que apenas 4,3% (oito) dosprofessores relataram esse tipo de uso. Umapercentagem muito pequena quandocomparado com dados obtidos em Taiwan,onde 32% dos professores relataram o uso deblogs para o ensino.40  Outro achadoimportante se refere à utilização das redes

    sociais, já que nenhum professor declarouutilizá-las para fins didáticos. Esses dados sãocorroborados por estudo realizado no Brasil,com profissionais de Psicologia Médica, quemostrou que apenas 12,82% dos 64 Blogs e1,07% das 187 comunidades do Orkutanalisados foram destinadas a desenvolveratividades educacionais.41 

    As plataformas online nas quais as redessociais e os blogs são construídos sãoambientes virtuais repletos de ferramentas

    com grande potencial pedagógico, nos quaisa habilidade de argumentação científica

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    poderia ser explorada pelos professores juntamente com seus alunos.25 Entretanto, opotencial pedagógico dessas ferramentastem sido subestimado, ao menos porenquanto, no ensino da Química. Nossos

    achados indicam que, apesar da maior partedos professores utilizar ferramentas dainternet, poucos conseguem perceber seupotencial para o ensino, e, quando o fazem,raramente exploram o seu potencialcolaborativo.

    4. Discussão 

    Os resultados encontrados nesta pesquisasão corroborados por diversos estudosencontrados na literatura, que destacam ouso limitado do potencial pedagógico dasTICs e, especialmente, da internet, tanto noBrasil31,32,33,41  como em outrospaíses.16,18,19,34,42,43,44  Para exemplificar, umestudo realizado no Paraná identificou queprofessores de Química possuem limitaçõesno que se refere ao uso das TICs, e quemesmo possuindo acesso a computadores

    em casa, a laboratórios de informática nasescolas e a outros equipamentos, eles aindanão utilizam as TICs nas suas aulas deQuímica.32  Esse resultado é corroborado poruma pesquisa realizada com professores deportuguês e matemática da rede pública noBrasil que apontou que, mesmo tendo acessoa computadores com conexão à internet notrabalho e em casa, apenas 2% dosprofessores usam a tecnologia como suporteem sala de aula; e os que as usam se limitam

    a ensinar a alunos como utilizar ocomputador, sem desenvolver práticaspedagógicas inovadoras.31  Nesse mesmosentido, numa pesquisa em Taiwan, Chen34 demonstrou que 80% de um grupo de 311professores de Inglês utilizava a internet noensino, mas prioritariamente por meio demotores de busca e de e-mail.

    Professores de Ciências da Austráliasentem-se mais à vontade para realizar

    pesquisa na internet e usar o e-mail para finspessoais do que para participar de grupos de

    discussão on-line.18  Segundo esse autor,mesmo em condições supostamente ideais,onde todos os alunos e professores têmacesso a computadores, o ensino por meio dainternet ainda está baseado em busca de

    informações sobre conteúdos científicosespecíficos. Resultado semelhante foiencontrado em pesquisa com professoressuecos recém-formados,42  em que o uso dainternet na prática docente é raro. Oreconhecimento da internet como umaferramenta útil e benéfica foi relatado porprofessores canadenses, que, no entanto, aconsideraram principalmente como fonte deinformação.16  Segundo Gibson e Oberg43 apesar de sua atitude positiva em relação à

    internet, seu potencial como uma ferramentainovadora para o ensino e aprendizagemparece ser desconhecido dos professorescanadenses, que raramente relatam o usocolaborativo de ferramentas baseadas nainternet.43  É possível, portanto, que ofenômeno seja bastante generalizado.

    Aparentemente o uso didático e opotencial colaborativo das ferramentas dainternet permanecem distantes das salas deaula de Química. É importante ressaltarmosque existem bons repositórios de informaçãoe recursos no campo da Química disponíveisatualmente, que os professores são usuáriosda internet e que grande parte deles já utilizaa internet para estudar e aprender. Dessaforma, se faz necessário levantarpossibilidades para melhorar este quadro,ampliando o uso didático dos recursosvirtuais, sobretudo o uso colaborativo.Relacionamos alguns fatores que podemcontribuir para estreitar os laços deintegração dos docentes com a internet esuas ferramentas.

    4.1. Formação inicial e continuada

    Uma importante possibilidade para que osprofessores passem a integrar melhor o usoda internet está em sua formação inicial,enquanto a obtenção do grau de licenciado

    está em curso. Por motivos que estão alémdo escopo desta pesquisa, é em geral na

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    universidade brasileira onde justamente ouso de recursos inovadores encontram maiorresistência e preconceito. Para remediar esteproblema, os cursos de formação de química,

    seja licenciatura ou bacharelado, poderiamincorporar o uso pedagógico das ferramentasda internet em suas discussões sobre oensino de conteúdos científicos.

    A formação continuada de professores éoutra importante ação de incentivo que podecontribuir para a ampliação do uso didáticoda internet. Algumas ações de formaçãocontinuada ocorrem à distância por meio deplataformas virtuais. Uma das maisconhecidas é a Plataforma Paulo Freire(http://freire.mec.gov.br) e, no estado do Riode Janeiro, os cursos de Formação deProfessores da Fundação CECIERJ(www.cederj.edu.br/extensao). Embora onível de alfabetização tecnológica doprofessor continue a ser um sério desafio,14 oconhecimento tecnológico por si só pode serinsuficiente para uma prática profissionalreflexiva e autônoma, que vá além da simplesreprodução de conteúdos.41  Bransford ecolaboradores20  indicam a necessidade debuscar a melhoria do ensino, estimulando apesquisa e a implementação de novastecnologias de forma contextualizada aocotidiano escolar como caminho a serconstruído por pesquisadores e programasde formação e professores.

    Nesse contexto, Carvalho e Gil-Pérez45 destacam a importância de “conhecer amatéria a ser ensinada”, mas também a

    centralidade de “adquirir conhecimentos

    teóricos sobre a aprendizagem de ciências”.Segundo os autores, é igualmentefundamental que o professor seja capaz deelaborar atividades capazes de gerar umaaprendizagem efetiva. Esse último ponto éfundamental, uma vez que muitas vezes aspropostas de atividades de ensino elaboradaspor profissionais especializados em umdeterminado campo ou por professores sãomais atraentes para seus criadores do queefetivas ou atraentes para os alunos aos

    quais se destinam.46

     A troca de experiências e a

    contextualização do conhecimentocompartilhado nas atividades de formaçãoinicial ou continuada devem estarrelacionadas ao dia a dia do exercício

    profissional, em um contínuo processo deação-reflexão-ação.47,48  As novas tecnologiastambém fornecem possibilidades para esseprocesso, mas são os professores as pessoaschave para a adoção e ampliação de práticaseducativas inovadoras.49  Dessa forma, umaproposta de melhorar a integração detecnologia no ensino é o desenvolvimento deiniciativas didáticas a partir do modeloconceitual TPACK (Conhecimento TecnológicoPedagógico de Conteúdo, do inglês TPACK,

    Technological, Pedagogical, Content,Knowledge). Ampliando o modelo propostopor Shulman,50  no qual a formação doprofessor deveria integrar os conhecimentospedagógicos com o aprofundamento nosconhecimentos conceituais, váriosautores51,52,53  têm construído um modelo deformação da base conceitual do professorapoiado neste tripé composto dos eixospedagógico e conceitual, mas também dotecnológico.

    4.2. Políticas institucionais

    Na educação básica, em geral, a oferta derecursos tecnológicos para os professoresainda é deficitária. Ainda que pese a doaçãoou facilidades especiais para a aquisição detablets ou laptops, o professor do ensinopúblico frequentemente não possui acesso à

    internet em velocidade adequada ou salas deaulas em boas condições defuncionamento14. Existe, portanto, umapremência na articulação entre as políticasem diferentes níveis, a fim de promovercondições técnicas e estruturais para autilização das ferramentas da internet naformação docente. Deve estar também aíembutida a necessidade de criaroportunidades para a troca de conhecimentoe experiência docente entre os professores e

    destes com seus alunos, no ensino deQuímica ou nas demais áreas. Estas

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    oportunidades podem ser promovidas com acriação de blogs ou redes sociais especificaspara cada programa, entre outrasferramentas da Web 2.0.

    Recentemente, a plataforma Lattes(lattes.cnpq.br), o principal banco depublicação de currículos acadêmicos emnosso país, passou a incorporar comoprodução o registro do uso de redes sociais eblogs. Apesar de ainda não constar como umindicador de mérito acadêmico ouprogressão profissional trata-se de umaabertura que pode promover maior interesseno uso dessas tecnologias.

    4.3. O fator sociocultural

    Um dos motivos para a não utilização deredes sociais para fins educacionais reside napossibilidade de criar conflito com osestudantes, já que o aluno utiliza esse espaçopara compartilhar sua vida pessoal e socialcom amigos e parentes.54  Segundo Jones,Blackey, Fitzgibbon e Chew54  os alunosrecebem com estranhamento a utilização

    didática deste ambiente. Como osprofessores usualmente não estãoatualizados, eles não sabem como integrar efazer uso conveniente das redes sociais noensino e aprendizagem. Há também poucossoftwares disponíveis que possibilitem odiálogo de uma forma mais efetiva com osalunos. No âmbito da química, os recursosfrequentemente se limitam a vídeos ouaplicativos ainda pouco atrativos para osnativos da era digital, com baixíssimas

    possibilidades de interação e mecanismos deestímulo-recompensa. O financiamento e aamplitude de interesse acadêmico ainda sãomodestos em relação ao nível decomplexidade necessário para a criação denovos aplicativos.

    Deve-se também ponderar adisponibilidade de tempo e motivaçãosuficientes para os professores praticarem ouso das novas tecnologias, a fim de estarem

    preparados para os desafios de sua atividadena sala de aula.55  Nesse sentido, outros

    fatores precisam ser considerados, como adistribuição da carga horária, a saturação docurrículo escolar em paralelo à falta depreparo do aluno e do professor, além doinadequado reconhecimento salarial. Outra

    face da mesma moeda é que o professor sedepara hoje com uma realidade social muitomais complexa, tangenciado principalmentepela banalização das relações, onde o seupróprio papel é frequentementeconfrontado. A reflexão acerca do uso denovas formas de aprendizado torna-sefrequentemente um esforço inócuo, namedida em que condições básicas para oqualificado exercício profissional sãonegligenciadas.

    5. Conclusões 

    Os professores analisados no presenteestudo são usuários frequentes da internet,utilizando principalmente o e-mail para finsde comunicação e os motores de buscaassociados ao Download  para a obtenção deinformações que são distribuídas na rede. De

    forma geral, as ferramentas da internet sãopouco utilizadas para fins didáticos noexercício do magistério da química. De fato,nenhum professor declarou utilizar redessociais para essa finalidade, embora a maiorparte deles faça uso dessas ferramentas parafins sociais. Os professores parecemdesconhecer o potencial colaborativo deferramentas como Fórum, Blog e redessociais.

    Apesar de estarmos inseridos nasociedade da informação e do conhecimento,na qual o uso das tecnologias de informação,comunicação e compartilhamento,especialmente a internet, está bastantedifundido, principalmente entre os jovens eadolescentes, os professores fazem um usolimitado das mesmas na sua prática docente.Por exemplo, a ausência de ferramentascolaborativas, como as preconizadas na web2.0, limita suas possibilidades de estimular,

    ao menos pelas vias tecnológicas mais atuais,a construção colaborativa, proximidade e

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    autossuficiência no aprendizado do aluno.Esses frequentemente usufruem dastecnologias modernas com mais desenvolturado que os seus docentes.

    A despeito do esforço e do investimentona educação focada em novas tecnologias, osmodelos apresentados ainda não têm sidosuficientemente compensados, há que seinvestigar mais sobre as habilidades ouinteresses dos professores em seu uso noensino e na aprendizagem. Ainda há tambémmuito que aprender e praticar para tornar ouso das ferramentas de internet maisconvincente e ou efetivo em sala de aula enos fatores que contribuem para estaintegração.

    Anexo 1.

    Questionário de uso da internet (QUI)

    1- Com qual frequência você utiliza ainternet? Raramente - 1 dia/semana - 2dias/semana - 3 dias/semana - 4 dias/semana- 5 dias/semana - 6 dias/semana - Todos osdias

    2- Você faz pesquisa na internet? Sim ouNão. Para quê?

    3- Você utiliza e-mail? Sim ou Não. Paraquê?

    4- Você utiliza chat? Sim ou Não. Paraquê?

    5- Você utiliza Twitter? Sim ou Não. Paraquê?

    6- Você utiliza Skype? Sim ou Não. Paraquê?

    7- Você utiliza download ? Sim ou Não.

    Para quê?8- Você utiliza upload? Sim ou Não. Para

    quê?9- Você utiliza fotos? Sim ou Não. Para

    quê?10- Você utiliza vídeos? Sim ou Não. Para

    quê?11- Você utiliza Wiki? Sim ou Não. Para

    quê?12- Você utiliza blog? Sim ou Não. Para

    quê?

    13- Você utiliza fórum? Sim ou Não. Paraquê?

    14- Você utiliza Orkut? Sim ou Não. Paraquê?

    15- Você utiliza Facebook? Sim ou Não.Para quê?

    16- Você utiliza Myspace? Sim ou Não.Para quê?

    17- Você utiliza Ning? Sim ou Não. Paraquê?

    18- Você utiliza Second Life? Sim ou Não.Para quê?

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  • 8/18/2019 Intergração Entre Internet e Pratica Docente de Quimica_prelo

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