pesquisa pratica
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INTRODUÇÃO
A finalidade desse estudo é a conscientização do meio ambiente no processo deEducação, já que a discussão a respeito da relação da sociedade com a natureza não é
recente e a melhor ferramenta para preservação da natureza e da própria vida do homem no
planeta é o conhecimento de cidadãos bem informados. O presente estudo destaca o
reconhecimento de um comprometimento entre qualidade ambiental para a sociedade, para
que a preservação do meio ambiente não venha ser receitada e sim compreendida e que
simples ações tenham significados para os educandos do ensino fundamental, e que
também sejam relevantes para a sociedade.
No presente estudo podemos perceber que Educação Ambiental trata-se de uma
perspectiva de ação, de uma mudança de mentalidade, e não deve ser entendida como uma
disciplina, ela permite que o educando reconheça algumas das possibilidades para resolver
problemas relacionados ao meio em que se vive, estimula o desenvolvimento de deveres,
desenvolvendo nos mesmos a consciência de preservação ambiental e um senso crítico
para discussões relacionadas ao meio em que vivem e no que elas podem contribuir para
um futuro melhor, induzindo novas formas de conduta por intermédio da Educação.
A natureza do projeto é básica já que o futuro da natureza está nas mãos de todos e que
devem ser conscientes a um desenvolvimento sustentável da sociedade, tem sua
abordagem qualitativa, pois estaremos lidando diretamente com o sujeito, e os
procedimentos técnicos utilizados são: pesquisas bibliográficas, levantamento técnico
experimental e livros paradidáticos, sem a utilização de gráficos e dados.
A questão A questão
ambiental é geralmente compreendida por ações que ocorrem no meio ambiente e
de alguma forma trazem prejuízo ao bem estar social, imediato ou futuro.
Diferenciam-se dois grandes grupos de danos ambientais: o das manifestações
denominadas “catástrofes naturais”, que compreendem vulcanismo, tectonismo,
enchentes, incêndios em florestas provocados por raios etc.; e o daqueles que são
resultado da intervenção da sociedade, como aquecimento global do planeta,
chuvas acidas, radiatividade, disposição do lixo, poluição do solo a gestão dos
recursos naturais, entre outros.
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Essas degradações ambientais são definidas pela introdução de substancias ou
energias decorrentes das atividades humanas que causariam danos a saúde, aos
recursos biológicos e sistemas ecológicos, ao patrimônio estético e cultural e aofuturo dos recursos naturais.
Qualquer atividade provocaria um impacto no meio ambiente, positivo ou
negativo, de escala diferente, são essas alterações que muitas vezes diminuem a
qualidade de vida da humanidade, e alguns cientistas julgam mais adequados
classificá-las como impactos sócio-ambientais. Os problemas ambientais, ou
ecológicos, são multidimensionais, pois, também acarretam problemas sociais,
políticos e econômicos.
Os impactos sócio-ambientais têm origem distinta – ora produto da intervenção
da sociedade na natureza, ora resultados dos mecanismos naturais – porém seus
efeitos, independentemente de sua procedência, atingem em maior escala, a
humanidade, de alguma forma, influenciarão a organização do espaço geográfico.
Uma das grandes dificuldades da questão ambiental consiste em avaliar,
qualitativa e quantitativamente,
os impactos sócio-ambientais. O impacto pode ser benéfico para determinados
grupos sociais e maléficos para outros.
Leal (1999) afirmava que são inúmeras as causas da degradação ambiental,
mas a principal reside, sem duvidas, no uso indevido da natureza e dos recursos
naturais dentro de uma visão consumista e individualista de apropriação, de lucro e
de acumulação cada vez maiores. Vivendo num mundo de profundas e complexas
dificuldades.
Na caminhada, geração após geração tem provocado transformações no planeta
e nem sempre essas transformações são feitas com inteligência ou respeito ao meio
ambiente e a vida. O que mais se presencia, ao longo dos tempos, é um ser humano
cada vez mais predatório e ambicioso, capaz de poluir e destruir o ambiente na
busca exarcebada de poder e lucro.
Tendo em vista a ação destruidora do homem em virtude da ocupação
desordenada no espaço geográfico, percebemos que o cidadão não se preocupa
com os efeitos prejudiciais de suas ações em relação à natureza e acaba por utilizar
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de maneira errada os recursos.
Brasil (1999) afirma que a educação se caracteriza por incorporar as dimensões
socioeconômicas, política, cultural e histórica,não podendo se basear em pautasrígidas, e de aplicação Universal, devendo considerar as condições e estágios de
cada pais, região e comunidade sob uma perspectiva histórica. Assim sendo, a
Educação Ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio
ambiente, com vista a utilizar racionalmente is recursos no presente e no futuro.
Inicialmente os problemas ambientais e em conseqüência os programas de
educação são confundidos
com ecologia. A maior parte dos problemas ambientais tem suas raízes na miséria,
que por sua vez é gerada por política e modelos econômica concentradores em
riquezas e geradores de desemprego e de degradação ambiental, estes modelos
são adotados nos países pobres, como o nosso, por imposição dos países ricos,
interessados na exploração de nossos recursos ambientais. Por essa razão, não
podemos nos preocupar apenas com aspectos ecológicos de uma questão
ambiental, pois assim estaríamos desconsiderando os demais aspectos políticos,sociais e etc;.todo ele tem sua importância daí então está a diferença entre ecologia
e educação ambiental.
Segundo Rickles (1996) “a ecologia é uma ciência com seus princípios,
conceitos, teorias, etc” já a Educação Ambiental é um processo, uma dimensão
dada ao conteúdo e a prática da educação que utiliza os vários conhecimentos
inclusive os da ecologia, para promover a compreensão dos mecanismos da inter-
relação natureza homem, em suas diversas dimensões.
Campos (2001) afirma que com o passar do tempo, o homem vai imprimindo
suas marcas no meio natural, tornando-o assim uma socialização, ou se preferir,
uma socialização da natureza. Prédios, casas, ruas, fabricas, campos agrícolas,
desmatamento e queimadas, são os sinais mais evidentes desse fenômeno, mas
outros podem passar a despercebidos aos olhares menos atentos, com a emissão
de gases poluentes, a destruição da queimada de ozônio e as toneladas de
resíduos líquidos lançadas nos rios e mares todos os dias provocando uma
perturbação na ordem natural. O autor defende que a “natureza natural, aquela
original, não existe mais.
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Capítulo
l Histórico e Conceitos sobre Meio Ambiente
Esse capitulo tem por objetivo a conscientização dos educandos a conhecerem o
meio ambiente global e os problemas que afetam a todos, e a se mostrarem
sensíveis a eles. As pessoas devem ter acesso a uma compreensão essencial do
meio ambiente global, dos problemas que estão interligados e do papel de cada um
neste contexto, interessando-se e tendo vontade de contribuir para sua proteção e
qualidade. As atitudes podem ser das mais simples as mais complexas, tais como
não fumar em locais não permitidos, utilizar mais os meios de transportes coletivos,
adquirindo habilidades e competências necessárias para a solução dos problemas
ambientais.
Os educandos devem saber avaliar os programas ambientais em função de
fatores de ordem ecológica, política, econômica, social, estética e educativa, pois,
como cidadão deve ter conhecimento suficiente para avaliar se os projetos são
duvidosos ou não, reconhecendo suas responsabilidades, direitos e deveres, parauma melhor qualidade de vida.
Segundo Tuma 2007 a questão ambiental é uma preocupação dos povos do
mundo inteiro. O homem há pouco mais de 5 décadas vem se preocupando em
preservar o meio ambiente.
Queimadas, poluição de mananciais e desastres ambientais ainda são uma
prática comum no mundo. Para se ter uma idéia da gravidade da situação, até a
água estamos correndo o risco de perder ( pg. 05).
Proteger o meio ambiente é antes de tudo, conhece-lo e compreender como se
pode restabelecer o equilíbrio ambiental, é mais do que
falar de reciclagem, lixo, enchentes e água, é uma questão de sobrevivência, por
esse motivo a Educação ambiental é tão importante, pois, é uma forma de
conscientização.
De acordo com Dias 2000 (pg 17) “através da educação ambiental podemos
perceber que existem formas mais inteligentes de se lidar com o ambiente,
integrando-se com ele através do desenvolvimento sustentável e que a atual crise
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ambiental mostra apenas sintomas de uma crise mais profunda: A falta de ética e de
respeito aos valores”.
1.1 MEIO AMBIENTE
O conceito de Meio Ambiente ainda vem sendo construído. Por enquanto, ele é
definido de modo diferente por especialistas de diferentes ciências. Muitos
estudiosos da área ambiental consideram que a idéia à qual se vem dando o nome
de "meio ambiente" não configura um conceito que possa ou que interesse ser
estabelecido de modo rígido e definitivo.
ACSELRAD (1992, p.20) considera o meio ambiente um bem coletivo:
A natureza ao fornecer a moldura e a substância para o desenvolvimento das
sociedades, foi sendo pouco a pouco associada à idéia de habitat, de casa onde
mora o conjunto da espécie humana. A associação da natureza à idéia de morada
da espécie humana nos ajuda a entender o meio ambiente como espaço comum,
habitado por distintos indivíduos, grupos sociais e culturas compartilhados por todos,
o ar, as águas e os solos podem ser entendidos como bens coletivos, cujo uso por
alguns pode afetar o uso que deles é feito por outros.
Continuando diz:
O meio ambiente é constituído, basicamente, por elementos que não são
passíveis de apropriação privada. Este é o caso do ar e em grande
parte, das águas. Ninguém pode, portanto, ser privado do acesso a estes bens,
ainda que no caso da água este possa ser condicionado ou não pela distância
relativa dos rios lagos e nascentes, ou pela existência de sistemas artificiais de
distribuição. A terra, por outro lado, é o único elemento da natureza que se tornou
possível de apropriação privada.
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Também ao definir o meio ambiente “bem de uso comum do povo”, a
Constituição Federal de 1988 estabeleceu que: “Os bens ambientais não podem ser
utilizados pelo Estado ou por particulares de forma que seja impedido o usufruto
coletivo desses bens.
Nessa medida, as políticas ambientais do Estado estão, em grande parte,
articuladas às opções de desenvolvimento que dizem respeito ao conjunto da
sociedade.
Políticas ambientais democráticas supõem políticas de desenvolvimento que
sejam também norteadas pelo interesse coletivo.
1.2 Ecologia
Ecologia é a ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o
ambiente; alguns autores referem-se a ela como história natural científica, ciência
das populações comunitárias ou estudo das comunidades bióticas; outros como
sociologia da natureza.
Para MARCONDES (1992, p.118 ), didaticamente a Ecologia pode ser dividida
da seguinte maneira:
Ecologia geral ou bioecologia – encara em conjunto animais, plantas e
fatores ambientais, ecologia vegetal ou fitoecologia – dentro da qual alguns
procuram caracterizar uma sociedade botânica essencialmente estatística, focaliza
as comunidades vegetais, ecologia animal – se restringe às comunidades animais,
ecologia fisiológica – estuda as reações
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dos organismos aos agentes físicos do meio, ecologia energética – analisa as trocas
de energia, ecologia dinâmica – investiga processos de dispersão, ação e reação,
produtividade natural, diferenciação no tempo e no espaço, regulação daabundância dos organismos.
Muito antes de se criar o nome e a noção básica de ecologia, os filósofos já
faziam pesquisas sobre assuntos enquadrados nessa ciência. Considera-se
Teofrasto, discípulo de Aristóteles, o primeiro ecologista, por ter descrito as relações
dos organismos entre si e com o meio.
A definição atual de Ecologia é mais ampla que a primitiva. Para BAPTISTA
(1997, p.09), o conceito de Ecologia é o seguinte: O vocábulo Ecologia foi
empregado pela primeira vez pelo biólogo alemão Ernest Haeckel em 1866, na sua
obra Generalle Morphologie der Organismen, para significar estudo do ambiente. Os
ecologistas preferem definir a Ecologia como sendo a ciência que estuda os
ecossistemas. Esta conceitualização é essencialmente biológica, isto é, interpretada
do ponto de vista do estudo da vida animal e vegetal, em função do ambiente,
natureza. Mas a Ecologia tem também conotação com a Sociologia e, neste
particular, segundo os sociólogos, o seu conceito se formula em função do homem
vivendo em sociedade. Como conseqüência desta colocação, nasceu a Ecologia
Humana, na qual o homem é o centro de interesses, nas suas relações com outros
animais e com os vegetais, enfim com o próprio ambiente. No fundo, os conceitos se
encontram e se completam, variando a intensidade do estudo, com maior ou menor
ênfase à Biologia de uma maneira geral ou então ao homem de uma maneira
particular.”
É um dos grandes problemas enfrentados pela Ecologia na luta pela preservação do
meio ambiente, o desconhecimento por grande parte das pessoas das relações de
causa e efeito que caracterizam ações cotidianamente exercidas pelos homens e
que de algum modo acabam por trazer prejuízos aos ecossistemas. Sendo um dos
aspectos significativos da
Ecologia o estudo dos ecossistemas, é importante um conhecimento sobre os
mesmos.
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1.3 Ecossistema
O ecossistema é o ponto de partida para o entendimento mais amplo do meio
ambiente e de sua preservação através dos tempos. O ecossistema é todo conjunto
formado por um ambiente inanimado (solo, água, atmosfera) e os seres vivos que o
habitam.
A expressão ecossistema costuma ser associada a significativos espaços
naturais, portanto, com pouca ou nenhuma interferência antrópica.
A realidade da maior parte dos espaços físicos, entretanto, impõe a adequação
desse conceito a pelo menos duas outras realidades: ecossistemas rurais e
ecossistemas urbanos. Os primeiros são sistemas profundamente alterados pela
atividade agropecuária, embora mantenham, em maior ou menor grau, espaços
remanescentes do sistema natural primitivo. Os urbanos, ao contrário,
principalmente quando se trata de grandes cidades, mantêm apenas vestígios dos
recursos naturais do sítio primitivo.
Por outro lado, a maior parte da população do mundo vive hoje nas cidades, o
que impõe o desenvolvimento do conceito de meio ambiente urbano ou ecossistema
urbano. Para CALDAS (1998, p.196): “Todo ecossistema está constituído por
componentes vivos, os fatores bióticos e por componentes não-vivos, os fatores
abióticos
ou biótopo”. Em certos ecossistemas os fatores abióticos são os mais classificá-los.
Citamos por exemplo, os desertos e os ecossistemas aquáticos. Em outros, um certo
tipo de vegetação é utilizada para classificação do tipo de ecossistema. É o caso dos
campos e das florestas. Raramente a fauna domina suficientemente o aspecto de
uma região que poderia ser empregada na classificação do ecossistema.
Qualquer área ou volume de espaço pode ser considerado um ecossistema.
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Todos os seres vivos juntamente com o susbtrato físico e os fatores meteorológicos,
como vento e chuvas, integram o ecossistema.
Considerando os ecossistemas como pequenas unidades funcionais da vida, éimportante mencionar os principais ecossistemas.
1.4 Os Principais Ecossistemas
A composição ou alteração de um determinado ecossistema não se faz
repentinamente, mas representa a soma da interação de vários fatores através do
tempo.
O número de ecossistemas é incontável. Distinguiremos três grandes regiões da
biosfera (o conjunto de todos os ecossistemas da Terra, desde o fundo do mar,
passando pelas planícies até as grandes altitudes, incluindo o espaço aéreo, onde
seres vivos são encontrados). Essas regiões incluem os ecossistemas terrestres,
marinhos e de água doce.
Os principais ecossistemas terrestres são: Tundra, Taiga, Desertos, Campos e
Florestas.
Os ecossistemas marinhos cobrem mais da metade da Terra. As regiões
marinhas que se estendem até profundidades de 200m, constituem a chamada
plataforma continental e a parte mais rasa dessa é o litoral. As águas de alto-mar
constituem a zona pelágica, sendo
que a zona abissal ocorre além de 5.000m de profundidade. Os ecossistemas de
água doce, como as comunidades terrestres, são diversificados e possuem
características que permitem sua divisão em: estuários e costas, águas correntes,
lagos e brejos.
Preservar os ecossistemas, minimizar os efeitos negativos causados pela ação
humana sobre o meio ambiente e promover o equilíbrio ambiental, são medidas
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necessárias e atingidas por meio de um desenvolvimento sustentável.
1.5 Sustentabilidade
Já é universalmente constatado que o crescimento econômico deve ser
concebido inevitavelmente associado à preservação ambiental. O conceito de
desenvolvimento sustentável busca novas formas de crescimento econômico que
sejam compatíveis com o uso sustentado dos recursos naturais, ou seja,
minimizando-se o esgotamento desses recursos, permanecendo-se dentro dos
limites da capacidade de suporte dos ecossistemas. O desenvolvimento sustentável
possibilita a continuidade indefinida das atividades econômicas, em contraste com o
crescimento econômico a qualquer custo, enfoque simplista e suicida.
A exacerbação dos níveis de consumo e o crescimento populacional em taxas
ascendentes provocaram, na última metade de século, uma aceleração da
degradação e exaustão dos recursos naturais do nosso planeta. Problemas
ambientais diversos – o crescente aquecimento da biosfera terrestre, devido ao
“efeito estufa”, a redução da camada de ozônio, o crescimento do processo de
desertificação, a extinção de espécies vegetais e animais, somente como exemplos,
despertam a atenção para a necessidade de uma verdadeira reforma na sociedade,
visando à conservação
dos sistemas de sustentação da vida.
A questão ambiental enfrenta grandes desafios no nosso país, como em outros
países em desenvolvimento, devido à combinação de degradação ambiental e
pobreza e outros problemas sociais. Existe um verdadeiro círculo vicioso entre a
degradação social e a ambiental.
A sustentabilidade constitui um conceito dinâmico, que leva em conta as
necessidades crescentes das populações, num contexto internacional em constante
expansão. O desenvolvimento sustentável não representa um estado estático de
harmonia, mas, antes, um processo de mudança, no qual a exploração dos
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recursos, a dinâmica dos investimentos, e a orientação das inovações tecnológicas e
institucionais são feitas de forma consistente face às necessidades tanto atuais
quanto futuras.Para VIEIRA (1998, p.474), o conceito de sustentabilidade apresenta cinco
dimensões principais:
1) Sustentabilidade social, isto é, o estabelecimento de um processo de
desenvolvimento que conduza a um padrão estável de crescimento, com
uma distribuição mais eqüitativa da renda e dos ativos, assegurando uma
melhoria substancial dos direitos das grandes massas da população e uma
redução das atuais diferenças entre os níveis de vida daqueles que têm e
daqueles que não têm.
2) Sustentabilidade econômica, tornada possível graças ao fluxo constante de
inversões públicas e privadas, além da alocação e do manejo eficiente dos
recursos naturais.
3) Sustentabilidade ecológica, implicando a expansão da capacidade e
transporte da “nave espacial terrestre”, mediante a intensificação dosusos do
potencial de recursos existentes
nos diversos ecossistemas, intensificação esta tornada compatível com um nível
mínimo de
deteriorização deste potencial. O consumo de combustíveis fósseis e
outros, de esgotamento rápido além de prejudiciais ao meio ambiente,
deveria ser reduzido. Da mesma forma, impõem-se a redução do volume de
substâncias poluentes, mediante a adoção de políticas de conservação de
energia e de recursos, reciclagem, substituição de recursos renováveis e
ou abundantes e inofensivos, o desenvolvimento de tecnologias capazes de
gerar um nível mínimo de dejetos e de alcançar um máximo de eficiência
em termos de recursos utilizados, o estímulo à “agricultura biológica” e
aos sistemas de agro-vivicultura.
4) Sustentabilidade geográfica: os problemas ambientais são ocasionados,
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muitas vezes, por uma distribuição espacial desequilibrada dos
assentamentos humanos e das atividades econômicas. Dois exemplos
expressivos desta tendência são a excessiva concentração da populaçãoem áreas metropolitanas, e a destruição de ecossistemas frágeis, mas de
importância crucial, devido a processos não controlados de colonização.
Daí a necessidade de se buscar uma configuração rural-urbana mais
equilibrada e de se estabelecer uma rede de reservas da biosfera para
proteger a diversidade biológica, e, ao mesmo tempo, ajudar a população
local a viver melhor.
5) Sustentabilidade cultural, que, talvez constitua a dimensão mais difícil de ser
concretizada, na medida em que implica que o processo de
modernização deveria ter raízes endógenas, buscando a mudança por meio
da educação e da fomalização de novos hábitos. Decorre deste
princípio a
hipótese de uma multiplicidade de vias de acesso à modernidade, além da
necessidade de se traduzir o conceito normativo de desenvolvimentosustentável numa pluralidade de soluções locais, adaptadas a cada
ecossistema, a cada cultura e, inclusive, soluções sistêmicas de âmbito
local, utilizando-se o ecossistema como um paradigma dos sistemas de
produção elaborados pelo homem e aplicando a racionalidade camponesa
no nível mais elevado da espiral do conhecimento.
Com o confronto inevitável entre o modelo de desenvolvimento econômico
vigente que valoriza o aumento de riqueza em detrimento da conservação dos
recursos naturais e a necessidade vital de conservação do meio ambiente, surge a
discussão sobre como promover o desenvolvimento das nações de forma a gerar o
crescimento econômico, mas explorando os recursos naturais de forma racional e
não predatória.
Desenvolvimento sustentável foi definido pela Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento (1991, p.42), como o “desenvolvimento que satisfaz as
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necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de
suprir suas próprias necessidades.”
Por isso, todo desenvolvimento não será possível se não considerarmos asnecessidades das gerações futuras que estão sendo ameaçadas por agressões
constantes ao meio ambiente, provocando a degradação do mesmo. Nesse sentido,
abordaremos a seguir algumas questões relacionadas a essa temática.
1.6 A Degradação Global do Meio Ambiente
Estamos testemunhando atualmente uma devastação em grande escala das
terras para o plantio, das comunidades florestais, da atmosfera,
dos mananciais de água em todo o mundo.
Esses desequilíbrios provocados por um choque, um “trauma ecológico”,resultante principalmente da ação do homem sobre a natureza, pode ser
considerado um “impacto ambiental”.
É importante lembrar que os ecossistemas têm incrível capacidade de
regeneração e recuperação contra eventuais impactos esporádicos, descontínuos ou
localizados, muitos dos quais provocados pela própria natureza, mas a agressão
causada pelo homem é contínua, não dando chance nem tempo para a regeneração
do meio ambiente”
Graves são as conseqüências da interferência humana no meio ambiente, quais
sejam: Desmatamento, efeito estufa, buraco na camada de ozônio, desertificação,
esgotamento das reservas de água potável.
Desde que os mais distantes antepassados do homem surgiram na Terra, eles
vêm transformando a natureza. No início, essa transformação causava impacto
irrelevante sobre o meio ambiente, seja pelo fato de haver um pequeno número de
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pessoas vivendo no planeta, seja pelo fato de o homem não dispor de técnicas que
lhe permitissem fazer grandes transformações. Assim, durante muitos séculos, o
homem foi bastante submisso à natureza. Período que durou desde os primórdiosda humanidade até aproximadamente 10.000 a.C., sua ação sobre o meio ambiente
restringia-se à interferência em algumas cadeias alimentares, ao caçar certos
animais e colher certos vegetais para seu consumo. A utilização do fogo foi, talvez, a
primeira grande descoberta realizada pelo homem, permitindo que ele se aquecesse
nos dias mais frios e cozinhasse seus alimentos. Ainda assim, o impacto sobre o
meio ambiente era
muito reduzido
Com o passar do tempo, alguns grupos humanos descobriram como cultivar
alimentos e como criar animais. Eles se fixaram em determinados lugares da
superfície terrestre, tornando-se sedentários. Com a revolução agrícola, o impacto
sobre a natureza começou a aumentar gradativamente, devido à derrubada das
florestas em alguns lugares para permitir prática da agricultura e da pecuária. Além
disso, a derrubada de matas proporcionava madeira para a construção de abrigosmais confortáveis e para a obtenção de lenha. A partir de então, alguns impactos
ambientais sobre o meio ambiente já começaram a se fazer notar: alterações em
algumas cadeias alimentares, como resultado da extinção de espécies animais e
vegetais; erosão do solo, como resultado de práticas agrícolas impróprias; poluição
do ar, em alguns lugares, pela queima das florestas e da lenha; poluição do solo e
da água, em pontos localizados, por excesso de matéria orgânica.
Ao longo de séculos e séculos, os avanços técnicos foram muitos lentos, assim
como o crescimento populacional. Os impactos sobre o meio ambiente eram
praticamente irrelevantes e quase sempre localizados. Desde o surgimento do
homem, a população mundial demorou mais de 200 mil anos para atingir os 170
milhões de habitantes, no início da era cristã. Depois, precisou de apenas 1700 anos
para quadruplicar, atingindo os 700 milhões às vésperas da revolução industrial. A
partir daí, passou a crescer num ritmo acelerado. Em 1970, já éramos mais de 3,5
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bilhões. No ano 2000 ultrapassamos a barreira dos 6 bilhões (CARTA DA TERRA,
2000).
Os números acima são realmente impressionantes e levam
muitas pessoas a buscar explicação para o aumento brutal dos impactos ambientais
na época contemporânea, como resultado apenas do acelerado crescimento
demográfico. É importante perceber que, paralelamente à espantosa aceleração do
crescimento demográfico, ocorreram avanços na ciência e na técnica, aumentando
cada vez mais a capacidade de transformação da natureza.
Considerando também a revolução industrial, os impactos ambientais passaram
a crescer em ritmo acelerado, chegando a provocar desequilíbrios não mais
localizados, mas em escala global, colocando em risco a própria sobrevivência da
humanidade.
1.7 Contaminação do solo
Tuma 2007 afirma que o solo de muitos lugares do mundo tem recebido
agressões de todo tipo. As chuvas ácidas, os adubos e pesticidas são os principais
fatores que ameaçam o equilíbrio natural desses solos, contaminando até os lençóis
de água.
Essa degradação pode ser somada á devastação das florestas e que, por isso, tem
provocado alterações climáticas em muitas regiões. Em menores proporções, aqui
mesmo em nossa cidade, o desmatamento bruto provoca as erosões que arrastam
sujeiras para os rios através das chuvas (assoreamento), além de empobrecer o
solo e provocar enchentes ( pg. 8).
O homem tem destruído o meio ambiente como um todo, não é apenas uma
questão de jogar lixo nas ruas ou desperdiçar água, vai muito além do que isso, ele
tem destruído o solo que é o seu provedor de alimento.
Tuma 2007 (pg. 9) diz que “O impacto das chuvas, desmatamento, queimadas e
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o uso inadequado do solo, provocam poças e sulcos de erosão, que é um verdadeiro
desastre para o mesmo. A única
maneira de evitarmos a erosão e todos os problemas que ela traz, é mantermos osolo sempre protegido com a vegetação”.
Vegetação essa que o próprio homem arranca da terra e não repõem, são
árvores, arbustos, hortas e até mesmo a simples grama.
As raízes dessas plantas ajudam na estrutura do solo, pois, são enriquecidas
com alimentos fornecido pelos humos, matéria orgânica que torna a terra fértil e
evita rachaduras.
Sem essa proteção o solo perde camadas da superfície se tornando imprópria para
o plantio.
1.8 Água
De acordo com Tuma 2007 “O solo e a água tem uma relação vital para nossa
sobrevivência. O ciclo da água faz garantir a vida do ser humano, das plantas e
animais. Os seres vivos são constituídos por 70% de água em seu corpo. No meio
físico, isto é, rios, mares e lagoas, a água é parcialmente evaporada formando
nuvens; que encontram frentes de baixa temperatura, retornando a terra em forma
de chuva. Está água da chuva escorre pela superfície e parte dela retorna aos rios e
mares. As chuvas mais intensas fazem com que as águas penetrem no solo de
forma mais profunda, alimentando raízes e atingindo os depósitos naturais de água
no subsolo. (lençóis de água)” pg. 12.
Os microorganismos nocivos, substâncias químicas e resíduos provenientes de
processos indústrias e agrícolas, chegam aos lençóis de água contaminando-a e são
as atividades humanas que contribuem com isso, por esse motivo não existe mais
água totalmente limpa.
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Não são somente os lençóis freáticos que são contaminados com as atividades
humanas, mas também oceanos, rios e mares, pois estão se transformando em
lixeiras oceânicas.
Segundo Tuma 2007 “77% dessa poluição vem de fontes terrestres e se
concentram em regiões costeiras. O restante vem dos esgotos. Só 20% das cidades
costeiras têm saneamento básico. Outra praga da poluição do mar é o plástico. Este
vem com os turistas que sujam as praias” pg15.
Infelizmente é o que temos visto muito em nossos dias, as pessoas parecem que
não tem noção de suas ações, jogam lixos por toda parte principalmente nos
córregos e rios, são plásticos, papeis e outros objetos, enquanto não houver
conscientização e ação, o meio ambiente que tanto precisamos irá se acabar, pois,
não teremos água, vegetação, animais, todos os seres necessitam desse bem que
está sendo devastado pelo próprio homem.
1.9 Lixo
Segundo Araguaia “O marco desse problema foi a Revolução Industrial, trazendo
consigo a urbanização e a industrialização. Com a consolidação do capitalismo,
propiciado por este momento histórico, o incentivo à produção e acúmulo de
riquezas, aliada à necessidade aparente de se adquirir produtos novos a todo o
momento, fez com que a ideia de progresso surgisse ligada à exploração e
destruição de recursos naturais”.
Por esse motivo a grande produção de lixo tem sido gerada por conta do
desperdício e pelo consumo exagerado, as pessoas estão sempre descartando
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produtos, trocando por novas tecnologias que vem surgindo diariamente, a todo o
momento somos invadidos pelo desejo de consumir coisas supérfluas,
transformadas em necessidades pelo mercado, e rapidamente viram lixo, isso temsem duvidas degradado o planeta, o lixo é o produto mais problemático, pois
representa mais do que poluição,
significa desperdício de recursos naturais e energéticos.
1.10 Aquecimento global e efeito estufa
Segundo os pesquisadores do clima mundial o aquecimento global está
ocorrendo em função do aumento da emissão de gases poluentes principalmente,
derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc.), na atmosfera.Estes gases (ozônio, dióxido de carbono metano, óxido nitroso e monóxido de
carbono), formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o
famoso efeito estufa. Este fenômeno ocorre, pois, estes gases absorvem grande
parte da radiação infravermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor.
O desmatamento e a queimada de florestas e matas também colaboram para
este processo. Os raios do sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera. Como
esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da
temperatura global. Embora este fenômeno ocorra de forma mais evidente nas
grandes cidades, já se verifica suas conseqüências em nível global.
Essa é uma triste realidade de nosso dia a dia, e infelizmente países e pessoas
por pensarem em sua própria condição financeira não estão preocupadas com a
conservação do planeta, e isso agrava ainda mais nosso ecossistema; Até quando
isso acontecerá? Esperamos que tão breve atitudes como estás mudem.
Ficam as palavras de SIR NICHOLAS STERN, que não é um “ambientalista”
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radical, e sim respeitado ex-economista- chefe do Banco Mundial: “Somos a primeira
geração com poder de destruir o planeta. Ignorar esse risco pode ser descrito como
uma temeridade” (The Guardian, 1.º/4)
1.11 Protocolo de Kyoto:
Este protocolo é um acordo internacional que visa a redução da emissão dos
poluentes que aumentam o efeito estufa no planeta. Entrou em vigor em 16 fevereiro
de 2005. O principal objetivo é que ocorra a diminuição da temperatura global nos
próximos anos. Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite poluentes no
mundo, não aceitou o acordo, pois afirmou que ele prejudicaria o desenvolvimento
industrial do país.
Sendo assim, com a diminuição dos gases poluentes emitidos pela queima de
petróleo, gás natural e carvão, reduz-se o consumo de energia, o que afeta o
sistema econômico dos países desenvolvidos, ou seja, a prevenção da mudançaclimática tem um custo muito alto para a maioria dos países, por esse motivo, alguns
deles não aceitam o acordo, já que o mesmo será substituído em Dezembro de
2009.A Europa que parecia mais decidida está aceitando reduzir parte de sua
emissão de gases, se os Estados Unidos e outros emissores também aceitassem
reduziria quase toda parte de gases poluentes na atmosfera evitando que a
temperatura suba além de 2 graus .
1.12 Adentrando ao Séc. XXI
Em 25 de junho de 2002 foi assinada pelo Presidente da República a
Regulamentação da Lei nº 9795, pelo Decreto 4.281, que dispõe sobre a educação
ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental.
Através da Portaria 1648/99 do MEC cria-se o Grupo de Trabalho com
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representantes de todas as suas Secretarias para discutir a regulamentação da Lei
nº 9795/99. E o MEC propõe o Programa PCN em Ação, atendendo às solicitações
dos Estados. O tema Meio Ambiente, como um dos temas transversais,que foi trabalhado no ano 2000 pelas escolas de Educação Básica.
Em 2007 aconteceu na Escócia A Cúpula do G8 (sete países mais
industrializados do mundo e a Rússia) para Convenção Quadro das Nações Unidas
para Mudança do Clima (UNFCCC ). Entre os assuntos que serão discutidos no
encontro deste ano, dois estão em evidência: chegar a um acordo sobre como
acabar com a pobreza na África e alcançar um consenso sobre como evitar
mudanças climáticas causadas pela poluição. Neste encontro estão: Estados
Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Canadá, Itália e Rússia, convidada
devido a sua importância geopolítica e países emergentes Brasil, China, Índia,
México e África do Sul.
Atualmente não param de acontecer movimentos e encontros internacionais
entre as grandes nações para discussão e implementação de propostas para o
melhoramento do quadro alarmante, segundo os últimos relatórios científicos acercados temas como Mudança Climática, Energia Limpa e Desenvolvimento Sustentável.
Ministros do Meio Ambiente e especialistas de todo o mundo se reúnem na
Suécia para discutir informalmente as opções e as possibilidades de um novo
acordo global substituir o Protocolo de Kyoto, em 2013, para atacar o problema do
efeito estufa.
Cerca de 30 países participam do encontro, entre eles os Estados Unidos e
China - os dois principais emissores mundiais de gases-estufa -, que acontece na
cidade de Riksgransen, localizada 200 quilômetros ao norte do Círculo Ártico. Esta é
a terceira reunião do tipo: a primeira aconteceu em 2005, na Groenlândia, e a
segunda, na África do Sul, em 2006.
A expectativa é que a natureza informal
da reunião permita que os países entrem em um acordo e desenhem um plano mais
detalhado para o período pós-Kyoto - algo que não foi obtido na reunião do G-8, que
terminou na semana passada na Alemanha. Na ocasião, os oito países mais
poderosos do mundo, além de cinco emergentes, apenas concordaram em desenhar
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um projeto para o futuro em 2009 - para especialistas, tarde demais. O Brasil toma a
frente diante do Projeto 2009 - Projeto Piloto do Etanol, base agrícola para produção
de biocombustíveis a partir da cana-de-açúcar, muito menos poluentes do que osfósseis e mais produtivo que os demais biocombustíveis a base de beterraba ou
milho, como desenvolvido na Europa. A Agência Internacional de Energia (IEA)
garante que o projeto brasileiro promove eficiência energética: limpa, inteligente e
competitiva.
O Brasil ainda pretende atingir os seguintes objetivos: adotar políticas para reduzir a
emissão de gases de carbono - sem metas e números oposição dos EUA, fundo de
suporte internacional, promover pesquisa e inovação, promover programa de
impactos, vulnerabilidades e estratégias de adaptação, evitar o desmatamento e
ajuda para a África.
No ano de 2007, em fevereiro, março e abril, consecutivamente surgiram três
novos relatórios internacionais, que costumam acontecer a cada seis anos sobre as
mudanças climáticas, seus impactos e sobre as mitigações (Dias, 2007).
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CAPITULO II Parâmetros Curriculares Nacionais Meio Ambiente
Esse capitulo tem por objetivo mostrar o que os Parâmetros Curriculares
Nacionais do Meio Ambiente dizem a respeito da Educação
Ambiental. Os mesmos baseiam-se na Conferência Internacional Rio/92, onde
cidadãos de mais de 170 países assinaram tratados que reconhecem o papel central
da educação para a construção de um mundo totalmente justo e ecologicamente
equilibrado.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais “todas as recomendações e
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tratados internacionais sobre o tema evidenciam a importância atribuída por
lideranças de todo o mundo para a Educação Ambiental como meio indispensável
para conseguir criar e aplicar formas cada vez mais sustentáveis de interaçãosociedade/natureza e soluções para os problemas ambientais”.
Evidentemente que a educação sozinha não é suficiente para mudar os rumos
do planeta, mas certamente é a condição necessária para que isso ocorra, educar
os brasileiros para que ajam de modo responsável e com sensibilidade, conservando
o ambiente saudável no presente e para o futuro; sabendo exigir e respeitar os
direitos próprios e de toda a comunidade tanto local quanto internacional; e se
modifiquem tanto interiormente, como pessoas, nas suas relações com o ambiente.
Obviamente que embora recomendada por todas as conferências internacionais,
exigida pela constituição e declarada como prioritária por todas as instâncias de
poder, a Educação Ambiental está longe de ser uma atividade tranqüila, aceita e
desenvolvida, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais ela implica
mobilização de melhorias profunda do ambiente, ao contrário, quando bem
realizada, a Educação Ambiental leva a mudanças de comportamento pessoal e a
atitudes e valores de cidadania que podem ter importantes conseqüências
ambientais.
Os Parâmetros
Curriculares Nacionais trazem um conjunto de temas transversais para serem
trabalhados no ensino fundamental, como o objetivo de promover discussões sobre
questões referentes aos problemas do cotidiano da vida social.A proposta é que tais
temas sejam distribuídos em tópicos como ética, saúde, orientação
sexual,pluralidade cultural, meio ambiente, trabalho e consumo, em que são
chamados de transversais, pois são comuns a todas as áreas de conhecimento.
Estes temas auxiliam o processo de desenvolvimento da capacidade do aluno
pensar e compreender agindo adequadamente diante das questões importantes no
contexto social.Porém é necessário integrar os conteúdos para que não se tornem
disciplinas isoladas ou mesmo que pareçam para os alunos fragmentados e
descontextualizados da realidade
A interação entre os diversos conteúdo é a forma mais fácil de construir o
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processo educativo interdisciplinar, baseado no saber dos livros e na realidade
social do aluno. Mas para atingir tal objetivo é de suma importância a reestruturação
do currículo escolar para que estejam contempladas relações interpessoais, sociais,éticas, de respeito ás pessoas,á diversidade etnocultural e, particularmente ao meio
ambiente.
Vale ainda lembrar que não é só a escola o agente educador, uma vez que os
padrões estabelecidos dentro do núcleo familiar, a sociedade e as informações
veiculadas na mídia exercem grande influência sobre os alunos.
Segundo Carvalho (2005) a escola não é a única entidade responsável pela
educação do individuo e a ausência de uma parceria efetiva entre instituições sociais
torna muito difícil atingir os objetivos propostos
dos, Parâmetros Curriculares Nacionais sobretudo no que a transversalidade
ambiental.
A proposta com o tema Meio Ambiente apresentada nos Parâmetros Curriculares
Nacionais propõe muito mais que uma mera reflexão sobre os problemas ambientais
da sua comunidade ou mundiais, mas uma aprendizagem que possibilite a tomadade decisões em relação a esses problemas, para agir de modo a minimizar ou
mesmo prevenir tais problemas que têm afetado a vida na terra. Assim é de inteira
responsabilidade da educação escolar a formação de atores sociais capazes de se
relacionarem de forma mais harmônica com a natureza.
Trabalhando com o aluno a escola poderá aumentar sue raio de ação atingindo
os pais, os adultos de modo geral e até mesmo toda a sociedade, levando o
discurso da associação entre a qualidade de vida com as condições ambientais.
Diante deste caminho aberto pela escola das series iniciais ao ensino
fundamental é que deve trabalhar enfocando os temas ligados aos valores da ética,
da justiça, da esperança de que essas crianças e adolescentes tragam essas
discussões de volta para casa, no sentido de propagar a defesa da qualidade de
vida. Assim a educação se apresenta como um elemento indispensável para a
consolidação da consciência ambiental, sendo de fundamental importância investir
na percepção interior do aluno possibilitando-lhe conceber o mundo e suas
engrenagens sociais da forma mais abrangente possível, sensibilizando-o para a
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toada de consciência da necessidade de adotar novos hábitos em relação ao meio.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais mostram que trabalhando o tema Meio
Ambiente é possível para formaçãode cidadão consciente e perfeitamente apta a decidirem a atuarem diante de
problema sócio ambientais; Juntamente com desenvolvimento de atitudes, formação
de valores, construção de habilidades e procedimentos no cotidiano escolar é
possível trabalhar também gestos simples de sociedade, hábitos de higiene pessoal
e dos diversos ambiente, como jogar lixo nos cestos, cuidar das plantas da escola,
cuidar das relações interpessoais.
A proposta inicial apresentada nos Parâmetros Curriculares Nacionais reforça a
idéia de trabalhar inicialmente a percepção de espaço pensando, apreendido, para
segui-la e concomitantemente, discernir como algo a ser realizado no cotidiano.
O sentido de uma educação de valores está em entrar em relação dinâmica com
a realidade e com os problemas que os alunos vivem. Levando-se em conta o
contexto da globalidade da experiência pessoal.Nesta questão que reside o desafio:
como educar para valores que entram em contradição com a realidade social, pluralque vivencia no cotidiano.
Os valores e as atitudes se educam dentro do contexto da realidade a partir de
interação com as outras pessoas, com o ambiente e com a realidade em que se está
inserido. Os valores não são obstratos, homogêneos e definidos que se aprendem e
se incorporam conceitualmente na estrutura do conhecimento.
Os valores se mostram em atitudes e em comportamentos concretos a partir da
realização de projetos de vida e de felicidade, particular de cada grupo social. São
projetos idéias de comportamento de existência que o ser humano aprecia, deseja e
busca em determinada comunidade social. São, ainda características da ação
humana que motivam a conduta, orientam a vida e marcam a personalidade do
educando.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais orientam para que o professor leve em
conta a realidade de cada aluno, incluindo os valores oriundos da família. Para isso
é importante eu se estabeleça uma porte entre o que se aprende e a realidade do
aluno. Mas também é de fundamental importância que o contexto local da
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comunidade escolar ocorra dentro desta porção do espaço geográfico e que nessa
fração do social sejam considerados como elementos vitais para o processo de
reflexão ambiental.Mas também é importante que os professores apresentem conhecimento sobre o
tema e apresentem alguma familiaridade com a linguagem ambientalista, o que
facilitará no processo de instrução do aluno no reconhecimento de fatores que
produzam o desenvolvimento sustentável.
Gadotti 2000 aponta ainda para necessidade de capacitar os professores para que
as concepções teóricas metodológicos sejam compreendidas e não existam
controvérsias no estabelecimento da pratica da temática ambiental.Alguns
estudiosos afirmam ainda apenas com a formação continuada dos professores será
possível superar a falta de clareza entre os conteúdos.
Gadotti (2000) afirma que a “educação, concebida não como escolarização, pode e
deve ser um peso na luta pela sustentabilidade econômica, política e social.
Processos não formais, informais e formais já estão sensibilizando muitas pessoas e
intervindo positivamente, se não solucionado, e despertando para o problema da
degradação do meio ambiente”.
A prática da Educação Ambiental deve ser uma concepção de mundo para
professor e para o aluno
e ainda deve atingir todos os setores do processo educacional visando o
desenvolvimento de uma postura critica diante da realidade da informação e aos
conceitos do tema. Esta proposta é um desafio muito importante, pois indica a
necessidade da ultrapassar os limites da pedagogia, chegando à integração como a
ecologia.
Gadotti (2000) afirma que desta associação nasceria da eco pedagogia, que
pretende desenvolver “um novo olhar sobre a educação “ de maneira mais global,
uma nova forma de ser e estar no mundo, um jeito de pensar a partir da vida
cotidiana, que busca sentido a cada momento em cada ato, que “pensa a prática em
cada instante de nossas vidas, evitando a burocratização do olhar e do
comportamento”.
Mas os Parâmetros Curriculares Nacionais receberam muitas criticas por apresentar
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uma linguagem de difícil compreensão para os professores e uma metodologia
baseada na centralização, o que acarreta no desuso deste documento.
A discussão que envolve a problemática ambiental deve estar atenta aosmodelos econômicos. O atual contexto sociopolítico e econômico sugere que a
diferente disciplina cientifica busquem a internacionalização de princípios
econômicos e valores ecológicos para garantir a sustentabilidade do processo
econômico de desenvolvimento, tendo em vista que relações político-econômicas
resultaram na expansão da exploração desenfreada da natureza.
Tal modelo de civilização é resultante de um processo de industrialização,
acelerado pela globalização, que tem promovido perda da qualidade de e faz com
que a humanidade entenda que os problemas ambientais e a violência contra o
ambiente se constituem como
fenômenos transnacionais, visto que em ação realizada em um lugar acaba
afetando outros. Um exemplo são os problemas gerados pelos acidentes atômicos.
Num primeiro momento, dão a impressão de que afetam apenas os que estão
próximos, mas a radiação atômica chega a todos os lugares do planeta, carregadapelas correntes de águas, pelos ventos e outras formas.
2.1 Ensinar e aprender em Educação Ambiental
A principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é contribuir para a
formação de cidadãos conscientes, aptos a decidir e atuar na realidade
socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem estar de cada um
e da sociedade, local e global. Para isso é necessário que, mais do que informações
e conceitos, a escola se proponha a trabalhar com atitudes, com formação de
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valores, com o ensino e aprendizagem de procedimentos. E esse é um grande
desafio para a educação, gestos de solidariedade, hábitos de higiene pessoal e dos
diversos ambientes, participação em pequenas negociações são exemplo deaprendizagem em que podem ocorrer na escola.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais a grande tarefa da escola
é proporcionar um ambiente escolar saudável e coerente com aquilo que ela
pretende que seus alunos apreendam, para que possa, de fato contribuir para a
formação da identidade como cidadãos conscientes de suas responsabilidades com
o meio ambiente e capazes de atitudes de proteção e melhoria em relação a ele.
Por outro lado, cabe á escola também garantir situações em que os alunos
possam pôr em prática sua capacidade de atuação, não nos esquecendo de que a
escola não é o único agente
educativo e que os padrões de comportamento da família e as informações
vinculadas pela mídia exercem especial influência sobre os adolescentes e jovens,
há muitas informações, valores e procedimentos aprendidos pelo que se faz e diz
em casa. Esses conhecimentos poderão ser trazidos e debatidos nos trabalhos daescola, para que se estabeleçam relações sobre os dois universos no
reconhecimento dos valores expressos por comportamentos, técnicas,
manifestações artísticas e culturais.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem que a comunidade escolar reflita
conjuntamente sobre o trabalho com o tema Meio Ambiente, sobre os objetivos que
se pretende atingir e sobre as formas de se conseguir isso, esclarecendo o papel de
cada um nessa tarefa. O convívio escolar é decisivo na aprendizagem de valores
sociais e o ambiente escolar é o espaço de atuação mais imediato para os alunos.
Para que esses trabalhos possam atingir essa amplitude, é necessário que toda
a comunidade escolar (professores, funcionários, alunos e pais), assuma esses
objetivos, pois eles se concretizarão em diversas ações que envolverão a todos,
cada um na sua função, para que os alunos construam uma visão da globalidade
das questões ambientais é necessário que cada profissional de ensino, mesmo
especialista em determinada área do conhecimento, seja um dos agentes da
interdisciplinaridade que o tema exige. A riqueza do trabalho será maior se os
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professores de todas as disciplinas discutirem e, apesar de todo o tipo de
dificuldades, encontrarem elos para desenvolver um trabalho conjunto, essa
interdisciplinaridade pode ser buscada por meio de uma estruturaçãoinstitucional da escola, ou da organização curricular, mas requer, necessariamente,
a procura da superação da visão fragmentada do conhecimento pelos professores
especialistas. .
Outro ponto importante a ser considerado é a relação da escola com o ambiente
em que está inserida. Por ser uma instituição social que exerce intervenção na
realidade, ela deve estar conectada com as questões mais amplas da sociedade, e
com os movimentos amplos de defesa da qualidade do ambiente, incorporando-os
as suas práticas, relacionando-os aos seus objetivos. È também desejável a saída
dos alunos para passeios e visitas a locais de interesse dos trabalhos em Educação
Ambiental. Assim, é importante que se faça um levantamento de locais como parque
empresas, unidades de conservação, serviços públicos, lugares históricos e centros
culturais, e se estabeleça um contato para fins educativos.
Porém, nem sempre é possível sair da escola ou pedir para que os alunos ofaçam, assim, é importante promover situações no interior da escola que promovam
a articulação com os problemas locais, e, se possível estimular a participação de
pessoas da comunidade ou de outras instituições nessas situações.
2.2 A necessidade de transversalização do tema nas áreas
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais os conteúdos de Meio Ambiente foram
integrados nas áreas, numa relação de transversalidade, de modo que impregne
toda a prática educativa e, ao mesmo tempo, crie uma visão global e abrangente da
questão ambiental, visualizando os aspectos físicos e histórico-sociais, assim como
a articulações entre a escala local e planetária desses problemas. Trabalhar
de forma transversal significa buscar a transformação dos conceitos, a explicitação
de valores e a inclusão de procedimentos, sempre vinculados á realidade cotidiana
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da sociedade, de modo que obtenha cidadãos mais participantes.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais cada professor, dentro da
especificidade de sua área, deve adequar o tratamento dos conteúdos paracontemplar o tema Meio Ambiente, assim como os temas transversais.
As áreas de Ciências Naturais, História e Geografia são as tradicionais parceiras
para o desenvolvimento dos conteúdos aqui relacionados, pela própria natureza dos
seus objetos de estudos. Mas as demais áreas ganham importância fundamental,
pois, cada uma, dentro da sua especificidade, pode contribuir para que o aluno
tenha uma visão mais integrada do ambiente: Língua Portuguesa, trabalhando nas
inúmeras “literaturas” possíveis de texto orais e escritos, explicitando os vínculos
culturais, as intencionalidades, as posições valorativas e as possíveis ideologias
sobre meio ambiente embutidas nos textos; Educação Física, que tanto ajuda na
compreensão da expressão e autoconhecimento corporal, da relação do corpo com
o ambiente e desenvolvimento das sensações, Arte, com suas diversas formas de
expressão e diferentes releituras do ambiente, atribuindo-lhes novos significados,
desenvolvendo a sensibilidade por meio da apreciação e possibilitando o repensar
dos vínculos do individuo com o espaço; além do pensamento matemático, que se
constitui numa forma especifica de leitura e expressão. São todas fundamentais, não
só por se constituírem em instrumentos básicos para os alunos poderem conduzir
seu processo
de construção do conhecimento sobre o meio ambiente, mas também como formas
de manifestação de pensamentos e sensações. Elas ajudam os alunos a trabalhar
seus vínculos subjetivos com o ambiente, permitindo-lhes expressá-los.
Cada professor pode contribuir decisivamente ao conseguir explicitar os vínculos
de sua área com as questões ambientais, por meio de uma forma própria de
compreensão dessa temática, de exemplos abordados sobre a ótica de seu universo
de conhecimento e pelo apoio teórico-instrumental de suas técnicas pedagógicas.
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CAPITULO III Sugestões de aplicabilidade do conceito ambiental
Esse presente capitulo tem por finalidade mostrar que a Educação Ambiental
não é uma disciplina, mas, que tem o dever de integrar conhecimentos, aptidões,
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valores, atitudes e ações, converter cada oportunidade em experiências educativas
de sociedades sustentáveis, ajudar a desenvolver uma consciência ética sobre todas
as formas de vida com as quais compartilhamos este planeta, respeitar seus ciclosvitais e impor limites à exploração dessas formas de vida pelos seres humanos.
3.1 O que é educação ambiental?
Segundo Dias 2000 a Educação Ambiental é um processo participativo, onde o
educando assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem
pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais e
busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do
desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta
ética, condizentes ao exercício da cidadania.
A educação
Ambiental foi proposta em 1970, como uma medida de conscientização da
população sobre os problemas ambientais decorrentes do mal uso dos recursos
naturais pelo homem.
A Educação Ambiental tem sido adotada nas escolas, sendo incluída em projetos,
com objetivo de conscientizar os educandos a preservarem o meio em que vivem e
desenvolverem melhor seus conhecimentos, a implementação da Educação
Ambiental deve ser um processo educacional desde seu início e portanto, deve ser
norteado pelos mesmos princípios.
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3.3 Valores da educação ambiental
A Educação Ambiental deve buscar valores que conduzam a uma convivência
harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando
o aluno a analisar criticamente o princípio antropocêntrico, que tem levado à
destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies. É preciso
considerar que: a natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são
finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e
considerando a reciclagem como processo vital; As demais espécies que existem no
planeta merecem nosso respeito. Além disso, a manutenção da biodiversidade é
fundamental para a nossa sobrevivência; É necessário planejar o uso e ocupação do
solo nas áreas urbanas e rurais, considerando que é necessário ter condições
dignas de moradia, trabalho, transporte e lazer, áreas destinadas à produção de
alimentos e proteção dos recursos naturais.
3.4 A Educação Ambiental na escola
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Segundo PONTALTI (2005) Bióloga e Educadora Ambiental do COMMA, a escolaé o espaço social e o local
onde o aluno dará seqüência ao seu processo de socialização. O que nela se faz se
diz e se valoriza representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova.
Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no
cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.
Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do
mundo, no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos para que
cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua
conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o
ambiente.
É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote
posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a
construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e
contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a
perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão holística, ou seja, integral do
mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma
sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da
dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas
e das atividades escolares.
A fundamentação teórico/prática dos projetos ocorrerá por intermédio do estudo
de temas geradores que englobam palestras, oficinas e saídas a campo. Esse
processo oferece subsídios aos professores para atuarem de maneira a englobar
toda a comunidade escolar e do bairro na
coleta de dados para resgatar a história da área para, enfim, conhecer seu meio e
levantar os problemas ambientais.
Os conteúdos trabalhados serão necessários para o entendimento dos
problemas e, a partir da coleta de dados, à elaboração de pequenos projetos de
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intervenção.
Considerando a Educação Ambiental um processo contínuo e cíclico, o método
utilizado pelo Programa de Educação Ambiental para desenvolver os projetos e oscursos capacitação de professores conjuga os princípios gerais básicos da
Educação Ambiental.
3.5 A Educação Ambiental não é uma disciplina!
“Por ser um tema muito amplo, a Educação Ambiental não pode ser uma
disciplina, sua diversidade de conteúdos e saberes não permite, isso afirma Haydée
Torres de Oliveira no livro” Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em
Educação Ambiental na escola, Brasília, 2007. Segundo ela a transversalidade da
questão ambiental é justificada pelo fato de que seus conteúdos, de caráter tanto
conceituais (conceitos, fatos e princípios), como procedimentais e também
atitudinais (valores, normas e atitudes), formam campos com determinadas
características em comum: não estão configuradas como áreas ou disciplinas,
podem ser abordadas como uma multiplicidade de áreas, estão ligadas ao
conhecimento adquirido por meio de experiência, com repercussão direto na vida
cotidiana, envolvem fundamentalmente processos e atitudes, cuja assimilação deve
ser observada a longo prazo, (pg 108).
Ou seja, a educação ambiental deve estar presente no dia a dia, pois, não são
apenas conceitos, ou só procedimentos, deve existir atitudes, não é uma área de
conhecimento
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e atuação isolada. Se fosse uma disciplina, existiria apenas um profissional
especifico para o assunto, excluindo assim então, os outros profissionais que
também devem estar envolvidos com a questão.
3.6 Como trabalhar a Educação Ambiental nos projetos já existentes?
“Segundo Haydee Torres de Oliveira, 2007, qualquer que seja o projeto
educativo é possível incluir a questão socioambiental, desde que haja a intenção
clara de reconhecer a interdependência dos fenômenos que configuram a realidade,
descobrir caminhos coletivos para melhorar a qualidade de vida e traçar estratégias
educativas de comunicação de propósitos sustentáveis (...)”. Considerando que não
há um modelo único para a ação educativa ambiental, pois ela é forjada em seu
contexto, nem há ordem de prioridade para tratar questões como recursos hídricos,
resíduos sólidos, consumo, poluição do ar etc.,” (pg 98).
A educação Ambiental pode estar presente em projetos, como por exemplo os
de pré alfabetização, uma vez que com a participação do s alunos os mesmos
podem apresenta um rendimento consistentemente mais elevado.
3.7 Proposta de trabalho:
Fazer um levantamento do perfil ambiental das escolas (se possui área verde, horta,
separação de lixo, etc.); levantamento dos projetos que estão sendo desenvolvidos
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nas escolas; acompanhamento de projetos específicos nas escolas que serão
desenvolvidos pelos professores (horta comunitária, reciclagem de lixo, bacia
hidrográfica como unidade de estudo, trilhas ecológicas, plantio de árvores,recuperação de nascentes, etc...).
Mobilizar a comunidade escolar para o desenvolvimento de
atividades durante a Semana do Meio Ambiente, com finalidade de conscientizar a
população sobre as questões ambientais, com o objetivo de ampliar o conhecimento
e efetivar a implementação dos direitos de cidadania no cotidiano da população,
levando às escolas e à comunidade o conhecimento necessário para a construção
da cidadania.
Podem ser trabalhados temas relacionados à melhoria da qualidade de vida da
população, por exemplo:lixo (redução, reutilização e reciclagem), Lixo Hospitalar
(destinação), Água (consumo, desperdício, poluição) , florestas (porque preservá-
las?) , Fogo (prevenção, efeitos negativos ao meio ambiente), Agrotóxicos (riscos
para a saúde, danos ambiental, caça ilegal, respeito aos animais silvestres e
domésticos; e outros. Ao implementar um projeto de educação para o ambiente, estaremos facilitando
aos alunos e à população uma compreensão fundamental dos problemas existentes,
da presença humana no ambiente, da sua responsabilidade e do seu papel crítico
como cidadãos de um país e de um planeta, desenvolvendo assim, as competências
e valores que conduzirão a repensar e avaliar de outra maneira as suas atitudes
diárias e as suas conseqüências no meio ambiente em que vivem.
Como o aluno irá aprender a propósito do ambiente, os conteúdos programáticos
lecionados, tornar-se-ão uma das formas de tomada de consciência, tornando-se,
mais agradáveis e de maior interesse para o aluno.
3.8 Implementação da Educação Ambiental no curriculo
Andrade (2000), “afirma que um processo da natureza deste que estamos
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tratando aqui só se dará por completo quando seu conteúdo e princípios forem
levados ao currículo,
isto é, forem institucionalizados”. Este é um outro assunto que também merece
profunda reflexão e discussão, no sentido de buscarmos definir qual o papel que é
esperado da Educação Ambiental em diferentes níveis e modalidades de ensino, o
que não é nosso objetivo no presente trabalho. No entanto, em linhas gerais,
podemos dizer que seja qual for a maneira que a Educação Ambiental será
introduzida no currículo, na forma de uma disciplina individual, de forma
interdisciplinar, ou ainda de alguma outra forma que possa parecer mais adequada,
que as sugestões devam surgir de encontros democráticos dentro da escola, onde
os professores e portanto os responsáveis tanto pela implementação prática quanto
pela manutenção da inovação, tenham forte participação e poder de decisão. Com
isso estamos buscando reduzir a distância que há entre aquilo que se pretende na
teoria, e aquilo que de fato será feito na prática.No entanto, ressaltamos aqui que a
institucionalização da Educação Ambiental, neste caso, poderá contar com um forte
aliado, que é o fato da escola já estar envolvida em atividades práticas, de formaque os alunos poderão estar vivenciando atividades que complementam e são
complementadas por aquilo que é feito dentro da sala de aula. Assim, os alunos
estariam não só trabalhando as questões ambientais de forma teórica, mas estariam
também, de forma prática e real, desenvolvendo o comprometimento e as
habilidades de como problemas podem estar sendo solucionados dentro da esfera
de vida de cada um, através da participação na solução dos impactos causados na
escola.
Como já dissemos a Educação Ambiental deve fazer parte do dia
a dia, da rotina escolar, e para que seja feito um trabalho eficaz, deve-se estudar
antes de mais nada a realidade do local.
Considerações Finais
Este é um formato que acreditamos ser eficiente para que o meio ambiente seja
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utilizado de forma mais consciente, com a implantação da Educação Ambiental em
escolas, considerando de forma breve que a Educação Ambiental é a abordagem
educacional que visa uma mudança de paradigmas rumo ao do desenvolvimentosustentável, entendemos que a escola deva não só ser um agente de mudanças,
mas deve ser palco de atuação prática dos novos valores que são colocados pela
Educação Ambiental para formação de cidadãos mais críticos, que façam uso da
natureza de forma coerente.
No entanto, entendemos que nem todas as escolas ofereçam as mesmas
possibilidades ou oportunidades, e que fatores como o tamanho da escola, número
de alunos e de professores, predisposição destes professores em passar por um
processo de treinamento, vontade da diretoria de realmente implementar um projeto
ambiental que vá alterar a rotina na escola, e ainda outros, podem servir como
obstáculos à implementação da Educação Ambiental. Não existe receita pronta para
que um projeto como esse seja elaborado e posto em prática, porém pudemos
mostrar aqui fundamentos que devem ser observados, para que o mesmo aconteça
de forma eficaz.
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