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INSTRUÇÕESPara a realização das provas, você recebeu este Caderno de Questões, uma Folha deRespostas para a Prova I e uma Folha de Resposta destinada à Redação.

1. Caderno de Questões• Verifique se este Caderno de Questões contém as seguintes provas:

Prova I: ESTUDOS CRÍTICO-ANALÍTICOS II — Questões de 01 a 35

Prova de REDAÇÃO

• Qualquer irregularidade constatada neste Caderno de Questões deve ser imediatamentecomunicada ao fiscal de sala.

• Na Prova I, você encontra apenas um tipo de questão: objetiva de proposição simples. Identifiquea resposta correta, marcando na coluna correspondente da Folha de Respostas:

V, se a proposição é verdadeira;F, se a proposição é falsa.

2. Folha de Respostas

• A Folha de Respostas da Prova I e a Folha de Resposta da Redação são pré-identificadas.Confira os dados registrados nos cabeçalhos e assine-os com caneta esferográfica de TINTAPRETA, sem ultrapassar o espaço próprio.

• NÃO AMASSE, NÃO DOBRE, NÃO SUJE, NÃO RASURE ESSAS FOLHAS DE RESPOSTAS.

• Na Folha de Respostas destinada à Prova I, a marcação da resposta deve ser feita preenchendo-se o espaço correspondente com caneta esferográfica de TINTA PRETA. Não ultrapasse o espaçoreservado para esse fim.

• O tempo disponível para a realização das provas e o preenchimento das Folhas de Respostas éde 3 (três) horas.

ATENÇÃO: Antes de fazer a marcação, avalie cuidadosamente sua resposta.

LEMBRE-SE:A resposta correta vale 1 (um), isto é, você ganha 1 (um) ponto.

A resposta errada vale −0,5 (menos meio ponto), isto é, você não ganha o ponto e aindatem descontada, em outra questão que você acertou, essa fração do ponto.

A ausência de marcação e a marcação dupla ou inadequada valem 0 (zero). Você nãoganha nem perde nada.

ESTAS PROVAS DEVEM SER RESPONDIDAS PELOS CANDIDATOS AO SEGUINTE CURSO:

• DANÇA

UFBA – 2012 – Vagas Residuais – 1

PROVA I — ESTUDOS CRÍTICO-ANALÍTICOS II

QUESTÕES de 01 a 35

INSTRUÇÃO:

Para cada questão, de 01 a 35, marque na coluna correspondente da Folha deRespostas:

V, se a proposição é verdadeira;F, se a proposição é falsa.

A resposta correta vale 1 (um ponto); a resposta errada vale −0,5 (menos meioponto); a ausência de marcação e a marcação dupla ou inadequada valem 0 (zero).

UFBA – 2012 – Vagas Residuais – Estudos Crítico-Analíticos II – 2

Questão 01Nessa ótica, corporalidade define os indivíduos como sistemas autônomos,semi-permeáveis, com sensibilidade em constante troca com o ambiente em que vive.

Questão 02Na atualidade, quando se fala de “corpo”, refere-se à distinção clássica entre sujeito eobjeto.

Questão 03Considerando-se um olhar que rompe com as dicotomias clássicas, é correto associar alinguagem como parte de uma experiência corporal.

Questão 04A enação permite pensar sincronicamente o sujeito e o mundo numa experiênciacontextualizada, corporalizada e histórica.

Questão 05O sujeito encarnado é o nome de uma categoria clássica.

Questão 06Os modelos de auto-organização e de enação propõem participar dessa aventuramultidimensional – um corpo que emergiu da experiência social e histórica e está atravessadopor múltiplos imaginários.

QUESTÕES de 01 a 06O mundo que conhecemos, incluindo nosso “corpo-mente”, não é um mundoindependente de nosso conhecimento, mas um mundo “enatuado”, ou seja, ummundo co-criado em nossa interação com o ambiente. Um mundo que convocamosa ser em nossa experiência interativa o que está fora mas não separado de nós.(NAJMANOVICH, 2001, p. 26).

A análise do texto e os conhecimentos sobre a relação “corpo e ambiente” permitemafirmar:


Questão 07O sujeito é corpo e mente juntos, não havendo separação entre eles.

Questão 08O senso comum, geralmente, atribui ao leitor maior atividade intelectual, e ao espectador,apenas o deleite da obra de arte.

Questão 09Estudos recentes demonstram que não cabe ao leitor a apropriação e a reelaboração daquiloque vê.

Questão 10O esquema que tende a colocar o leitor do lado dos ativos, e o espectador, do lado dospassivos nunca se sustentou.

Questão 11As tecnologias da comunicação aumentaram a portabilidade cultural, e o corpo abriga essastecnologias, de tal modo que mesmo sentado, esse corpo atravessa fronteiras e éatravessado por elas.

QUESTÕES de 07 a 15Considerando-se as ideias contidas no texto “O espectador da arte contemporânea”

(KATZ, 2005) e os conhecimentos sobre Corpo, Dança e Comunicação, pode-se afirmar:

Questão 12O problema que há na leitura da dança contemporânea não está nela mesma, mas, nosseus modos de difusão.

Questão 13Cada indivíduo é apenas receptor das informações que recebe, não sendo possíveltransformar ou disseminar essas informações.

Questão 14O sujeito é mediador das informações que recebe.

Questão 15O processo pelo qual se conhece o mundo e as artes é cocriativo.

QUESTÕES de 16 a 20A arte contemporânea, [...] não dispõe de um tempo de constituição,de uma formulação estabilizada, e, portanto, de reconhecimento. Suasimultaneidade — o que ocorre agora — exige uma junção, uma elaboração: oaqui-agora da certeza sensível não pode ser captado diretamente. [...](CAUQUELIN, 2005, p.11).

Sendo assim, pode-se afirmar:Questão 16Para apreender a arte contemporânea, é preciso certos critérios e distinções, que poderãopossibilitar o destaque do conjunto “contemporâneo” da totalidade das produções artísticas.

Questão 25Durante o desenvolvimento da arte conceitual, nas décadas de 1960 e 1970, Marcel Duchampenfatiza os “produtos” em lugar das propostas artísticas conceituais.

Questão 26Propor dançar em ambientes públicos, como nas ruas ou nas paredes de prédios, pareciaalgo sem o menor sentido para Lucinda Childs ou Thrisha Brown, artistas pós-modernistasamericanas.


Questão 17Há uma pluralidade incontrolável de “agoras”.

Questão 18Na arte contemporânea, passa-se do regime de consumo ao regime da comunicação.

Questão 19Em princípio, e não sem contradições, a obra e o artista serão “tratados” pela rede decomunicação, simultaneamente, como elemento constitutivo, mas, também, como produtoda rede.

Questão 20Merce Cunningham, Steve Paxton e Ivone Rainer foram alguns dos expoentes da dançapós-moderna americana.

Questão 21Merce Cunninghham buscava o non sense em suas obras, e, para isso, apelava para oacaso, de modo a construir uma narrativa linear.

Questão 22Através de colaborações artísticas, em que a estratégia era não haver combinação préviaentre as partes, fomentava-se a imprevisibilidade em cada apresentação.

Questão 23O coreógrafo americano Merce Cunningham propôs criar “coreografias” por meio do acaso,contestando a ideia de “coreografia” como um produto acabado.

Questão 24Steve Paxton, como precursor do contact improvisation, iniciou seus experimentos visandoconstruir um produto coreográfico acabado.

QUESTÕES de 20 a 29O movimento pós-moderno americano trouxe o corpo ao poder, e as chamadas

minorias deram força ao movimento de contra-cultura iniciado a partir dos anos de 1960 e1970. Muitos artistas da dança buscaram investigar e ultrapassar os limites entre artistas epúblico, entre “arte” e “não-arte”, interrogando sobre o sentido da arte e da vida.

Os conhecimentos referentes ao movimento pós-moderno americano e ao contextohistórico no qual ocorreu permitem afirmar:

Questão 27Sem uma ação planejada, os artistas pós-modernos americanos criaram um movimento decontestação da arte, nos seus moldes tradicionais, e da vida, nos seus aspectos culturais ede comportamento hegemônico.

Questão 28A dança pós-moderna americana tornou-se altamente comercial e vendável, ocupandosalas de teatro do mundo todo.

Questão 29Em se tratando da importância do movimento pós-moderno americano para o mundo dadança, destaca-se a investigação artística e suas inovações conceituais e imagéticas.

Questão 30Compreender uma obra é como poder tomá-la em um só olhar.

QUESTÕES de 30 a 35Ler uma obra de arte é interpretá-la, traduzi-la. Sem dúvida, trata-se de uma ação

complexa que requer o diálogo entre o leitor e a obra.

Sobre a apreciação estética das obras de arte, pode-se afirmar:

Questão 31Se por um lado, a obra de arte “se oferece” a quem conquista seu acesso, também“se fecha” a quem quer monopolizar a sua posse.

Questão 32Ler uma obra de arte pode, também, significar interpretá-la.


Questão 33A infinidade do processo de tradução da obra de arte é o que lhe confere abertura, o que écomum a toda obra de arte.

Questão 34A interpretação compara-se a um diálogo feito de perguntas e respostas, abrindo-se, sempre,a novas perguntas.

Questão 35A obra de arte se revela somente a quem sabe considerá-la, como conclusão de um processoque termina com a sua execução.

UFBA – 2012 – Vagas Residuais – Redação – 6

PROVA DE REDAÇÃO

INSTRUÇÕES:

— se afastar do tema proposto;— for apresentada em forma de verso;— for assinada fora do local apropriado;— apresentar qualquer sinal que, de alguma forma, possibilite a identificação do candidato;— for escrita a lápis, em parte ou na sua totalidade;— apresentar texto incompreensível ou letra ilegível.

Os textos a seguir devem servir como ponto de partida para a sua Redação.

• Escreva sua Redação com caneta de tinta AZUL ou PRETA, de forma clara elegível.

• Caso utilize letra de imprensa, destaque as iniciais maiúsculas.• O rascunho deve ser feito no local apropriado do Caderno de Questões.• Na Folha de Resposta, utilize apenas o espaço a ela destinado.• Será atribuída a pontuação ZERO à Redação que

I.

— Quanto ainda há de Jorge Amado na Bahia de hoje?

Resposta:

— Muito e pouco. A literatura amadiana é movida por um pensar e reinventar a Bahia.Mestiçagem, sincretismo, é a Bahia de suas páginas. E é uma Bahia real. Jorge Amado nãotraduz uma Bahia que não existe. Mas existem várias Bahias. E Jorge começou a escreverna primeira metade do século passado. Havia uma necessidade e até uma urgência demapear e entender o que se via. No entanto, nenhuma cultura é estática. O que se vêtambém muda. Não existe uma identidade única, nem definitiva, pois se trata de um processodinâmico. [...]

LEITE, Gildeci. “Não existe uma Bahia, mas várias Bahias.” MUITO. Revista Semanal do Grupo A Tarde. Salvador, n. 204,p. 8. 26 fev. 2012. Entrevista dada a Eron Rezende, Grupo A Tarde.

II.

O tema da identidade cultural é muito mal resolvido no campo da Antropologia e nocampo da Sociologia. A gente tem, às vezes, até uma certa rejeição à maneira como aquestão da identidade é colocada. Na Antropologia, nós falamos de identidade de umamaneira sempre relacional, opositiva, chamando atenção para contrastes, chamando atençãopara um jogo constante de oposições que ligam grupos entre si, e negamos muito a ideia deque haja uma substância de um grupo social que o caracteriza de uma vez por todas. Nãoacreditamos, por exemplo, numa coisa como baianidade, como uma essência, como umacoisa já dada: numa coisa como brasilidade, que escape ao jogo das oposições que nós


fazemos entre nossas características e características outras. Eu não gosto muito de abordara temática da identidade cultural, porque, em nome da identidade cultural, se fala muitabobagem. [...]

SERRA,Ordep. Identidade e reflexão crítica. In: Carnaval e identidade cultural na Bahia, hoje. Seminários de Carnaval (2.:1998: Salvador, Ba.) Seminários de Verão II. Folia universitária/Pró-Reitoria de Extensão da UFBA. Salvador, 1999.

PROPOSTA: A partir das ideias contidas nos fragmentos apresentados, produza um textoargumentativo-dissertativo, analisando criticamente a ideia de que

“Não existe uma Bahia, mas várias Bahias.”

OBSERVAÇÕES:

— Discuta a questão da baianidade vinculada à problemática da cultura nacional e à existência, ounão, de uma singularidade.

— Embase seus argumentos em conhecimentos e reflexões sobre a Bahia de ontem e a de hoje.


R A S C U N H O

REFERÊNCIAS

Questões de 01 a 06NAJMANOVICH, D. O sujeito encarnado: questões para pesquisa no/do cotidiano. Rio deJaneiro: DP&A, 2001. (Coleção Metodologia e pesquisa do cotidiano).

Questões de 16 a 20CAUQUELIN, A. Arte contemporânea: uma introdução. Tradução Rejane Janowitzer. SãoPaulo: Martins, 2005. (Coleção Todas as artes).


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