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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO AFONSO CLAUDIO – ISEAC MARLINE CRAUZER EXPORTAÇÃO AFONSO CLAUDIO 2010 MARLINE CRAUZER EXPORTAÇÃO Trabalho acadêmico apresentado ao professor Aldimar Rossi, na disciplina Teoria da Contabilidade, do 6º período do Curso de Ciências Contábeis do Instituto Superior de Educação Afonso Claudio – ISEAC, como requisito a obtenção de nota no trabalho específico. AFONSO CLAUDIO 2010 SUMARIO SUMARIO 3 1. ABORDAGEM SOBRE EXPORTAÇÃO 7

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Page 1: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO AFONSO CLAUDIO

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO AFONSO CLAUDIO – ISEAC

      MARLINE CRAUZER

EXPORTAÇÃO

      AFONSO CLAUDIO

      2010

      MARLINE CRAUZER

EXPORTAÇÃO

                              Trabalho acadêmico apresentado ao professor Aldimar

Rossi, na disciplina Teoria da Contabilidade, do 6º período do Curso de

Ciências Contábeis do Instituto Superior de Educação Afonso Claudio – ISEAC,

como requisito a obtenção de nota no trabalho específico.

      AFONSO CLAUDIO

      2010

  SUMARIO

SUMARIO 3

1. ABORDAGEM SOBRE EXPORTAÇÃO 7

2. BARREIRAS TÉCNICAS ÀS EXPORTAÇÕES 11

Page 2: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO AFONSO CLAUDIO

  2.1 Cultura de Exportação 13

  2.2 Formação de Preço na Exportação 15

  2.3 CANAIS DE PROMOÇÃO COMERCIAL 17

  2.4 Catálogos 18

  2.5 Internet 19

  2.6 Feiras Internacionais 19

3. Agentes de promoção a Exportação 20

  3.1 APEX 21

  3.2 MIDC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) 21

4. CONCLUSÃO 23

REFERENCIAS 24

RESUMO

      Um dos maiores desafios do Brasil para os próximos anos é o crescimento

da sua economia, e um dos caminhos para isto é a melhoria do desempenho

das organizações brasileiras no mercado internacional. Diversas organizações

governamentais e privadas vêm realizando uma série de ações que objetivam

melhorar o desempenho da atividade exportadora do país. O próprio Governo

brasileiro vem tomado diversas iniciativas com o objetivo de prover informações

sobre mercados internacionais às empresas brasileiras e orientar sobre os

procedimentos para exportação. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e

Comercio Exterior mantém um esforço de incentivar o crescimento das

exportações, bem como

de melhorar o desempenho das organizações brasileiras no mercado

internacional. Desta forma o governo vem oferecendo mecanismos para prover

Page 3: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO AFONSO CLAUDIO

informações sobre mercados externos, produtos e estatísticas sobre o

mercado, tais como Aliceweb, Siscomex – Sistemas de Comércio Exterior,

Portal do Exportador, entre outros. “Entretanto, embora muitas nações e

regiões integrem suas políticas e padrões comerciais, cada nação ainda possui

características peculiares que precisam ser compreendidas. O estagio de

preparação do país para a aceitação de produtos e serviços e sua atratividade

como mercado para empresas estrangeiras dependem do ambiente

econômico, político-legal e cultural.”   (KOTLER, 2000, p. 395). Para Kotler

(2000), em geral, uma empresa prefere entrar em países (1) que estejam entre

os primeiros quanto à atratividade, (2) que tenham baixo risco no mercado e (3)

nos quais a empresa tenha vantagem competitiva.

ABORDAGEM SOBRE EXPORTAÇÃO

      A atividade de exportação pode ser vista como o ato de trocar mercadorias

e serviços entre os países, afim de que essas trocas supram as necessidades

das partes envolvidas e da mesma forma gerando divisas para os países que

participam dessa atividade.   Em termos gerais Ratti (2000), diz que exportação

vem a ser a remessa de bens de um país para o outro implicando um

pagamento por parte do importador por aqueles bens exportados. Fica

evidente, portanto, que a exportação se faz necessária, já que essa atividade

beneficia tanto o importador como o exportador; de um lado um adquire os

produtos que não teria condições de produzir e por outro lado se tem lucro com

a venda dessa mercadoria.

      Segundo Guidolin

(1991), nenhum país tem condições de produzir tudo aquilo que seu povo

necessita, e sobre a ótica desse problema, a única forma de se solucionar essa

questão seria através do comércio exterior. Esses e outros fatores são provas

claras de que as exportações têm uma influência significante sobre a economia

Page 4: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO AFONSO CLAUDIO

mundial e sobre o fator humano que está diretamente ligado com essa

atividade.

      Guidolin (1991, p. 160) afirma que “as transações econômicas com o

exterior são importantíssimas para a manutenção de uma economia em níveis

satisfatórios de desenvolvimento, isto é, para a manutenção da estabilidade

dos níveis de emprego, de preços e de crescimento”.

      Pires (1992), por sua vez diz que, as exportações não prejudicam o país

em termos econômicos, pois estão dando lucro e as mesmas permitem o

desenvolvimento da economia interna, aperfeiçoam a produção de nossas

empresas e ajuda a levar o país a uma posição industrializada. Perfeitamente

as questões citadas podem se encaixar nas empresas que atuam e que irão

atuar nas exportações.

      Diante das teorias e das ideias apresentadas, as micro e pequenas

empresas capixabas precisam enxergar os benefícios que a exportação pode

trazer para dentro de suas organizações. É óbvio que o maior objetivo em uma

transação comercial é obter lucro, mas em um mercado cada vez mais

competitivo que as empresas vivem hoje é fundamental se preocupar com as

tendências, competitividade e as novas formas de se trabalhar. E alguns

desses aspectos só serão possíveis de se ver através de um relacionamento

com outros países.

                  A exportação é a atividade que proporciona a abertura do país

para o mundo. É uma forma de se confrontar com os demais parceiros e,

principalmente, freqüentar a melhor escola de administração, já que, lidando

com diferentes países, o país exportador assimila técnicas e conceitos a que

não teria acesso em seu mercado interno. (VAZQUEZ, 2003, p. 179).

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      Por tanto, a exportação traz para dentro das organizações uma modificação

na forma de se trabalhar, passaria a desenvolver novos processos, estaria se

submetendo às regras que os países importadores exigem e também

atendendo às exigências dos importadores. Isso só traria benefícios para essas

empresas, pois, além de se tornarem mais competitivas no mercado externo,

isso se refletiria no mercado interno consequentemente.

      Conforme citado por Silva (2007), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e

Pequenas Empresas do Espírito Santo – SEBRAE, a atividade exportadora faz

com que a empresa sobreviva em um mercado cada vez mais integrado e

globalizado e diminui os riscos de seus negócios, pois, exportando, a empresa

não ficaria condicionada apenas à economia nacional.

      Para que essas empresas cheguem a obter o sucesso almejado, é preciso

haver uma preparação antes de se aventurar em um mercado tão exigente que

é o mercado externo. As exigências serão diferentes das que aparecem no

mercado interno. Pires (1992), afirma que antes de se fazer uma exportação é

preciso ter conhecimento sobre o mercado e o público a ser atingido, através

de estudos e informações e, se possível fazer um contato pessoal com o

possível importador.

      Nesse ponto as empresas encontrarão a primeira dificuldade que seria

saber qual a aceitação de seus produtos no

mercado externo. Pires (1992), diz que o primeiro entrave para as empresas

que querem conquistar o mercado externo, surge no saber conhecer o

mercado lá fora, ou seja, é de fundamental importância que essas empresas

conheçam o mercado a ser atingido para evitar possíveis problemas.

      Outro fator a ser observado é a formação do preço dos produtos dessas

empresas. Esse fator pode ser decisivo, pois, juntamente com a qualidade, o

Page 6: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO AFONSO CLAUDIO

preço desses produtos é quem vai ditar a competitividade dele no mercado

externo. Segundo Vazquez (1999), apesar de a qualidade ser o fator decisivo

para a escolha do produto, a variável preço continua sendo elemento influente

nas compras e vendas externas. Isso mostra que para se abrir um mercado no

exterior, tem de se ter preço estável, competitivo e com qualidade nos produtos

que essas empresas pretendem mandar para o mercado externo.

      Para as empresas que estão se aventurando no comércio exterior, mais

precisamente a exportação, é de suma importância ter um mínimo de

conhecimento para atuar nessa área. Em um mercado tão disputado e

competitivo no qual essas empresas vão se inserir é preciso preparação e

capacidade especializada, nem que seja realizada dentro dessas organizações

cursos de curta duração sobre exportação.

                  É rigorosamente necessário ter pessoal capacitado, treinado,

motivado, para esgrimir num campo em que os adversários são competentes e

agressivos: o conhecimento das regras cambiais de nosso país (e dos outros!),

as fontes e as condições de financiamentos para exportações e importações, o

capital de giro, uma política de marketing voltada estrategicamente para o

mercado

externo, focalizando o cliente como sua principal preocupação e motivo de

redobradas atenções, cuidado com o produto, sua qualidade, seu preço, suas

condições competitivas. (VAZQUEZ, 1999, p. 11).

      Pires (1992), afirma que a demanda pelo conhecimento na área de

exportação não só existe pelas empresas que já atuam no comércio exterior,

como também pelas empresas que estão ingressando nesse mercado. Isso

mostra que a ferramenta do conhecimento, especialização e melhoria da visão

sobre comércio exterior, são fundamentais para que essas empresas tenham

seu trabalho de exportação melhor desenvolvido.

Page 7: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO AFONSO CLAUDIO

BARREIRAS TÉCNICAS ÀS EXPORTAÇÕES

      No comércio exterior os países utilizam de mecanismos conhecido como

barreiras comerciais para evitar a entrada de mercadorias importadas em seu

território. A maneira mais usual é por meio de tarifas, mas com o surgimento de

acordos comerciais internacionais que, visam a redução dessas tarifas, esses

países se utilizam de barreiras não tarifárias, mais especificamente as barreiras

técnicas às exportações.

      Para Oliveira (2005), barreiras técnicas ao comércio são medidas que

dificultam ou impedem o livre fluxo de mercadorias entre os países impondo

desta maneira exigências técnicas sobre os produtos que se pretende exportar.

Essas exigências podem ser legítimas ou não, sendo legítimas aquelas

constituídas por regulamentos técnicos emitidos pelo governo.

      Essas barreiras tornam ainda mais difíceis o processo de exportação das

empresas que já exportam e das empresas que pretendem exportar. São

exigências que se refletem nos processos produtivos das empresas, pois, as

mesmas irão ter que

adequar seus produtos de acordo com o que o país importador determina.

Segundo Henson e Wilson (2005 apud BACCHI et al., 2007), esses

adequações se dão no controle de segurança e qualidade dos produtos,

adaptações na rotulagem e embalagem e medidas de proteção ambiental

explícito nos produtos.

      A imposição de barreiras técnicas vai fazer também com que os custos do

produto que se pretende exportar aumentem consideravelmente, pois, para

fazer as adequações exigidas vai haver por parte da empresa exportadora um

investimento. Conforme Souza; Burnquist, Segerson (1999 apud BACCHI et al.,

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2007), afirma que as barreiras técnicas aumentam os custos para as empresas

exportadoras, sendo possível limitar ou até mesmo impedir que essa empresa

venha dar continuidade em seu processo de exportação.

      As barreiras técnicas, além de dificultar as exportações chegando a um

ponto que pode até impedir a transação com outro país, acabam prejudicando

a empresa que precisa enviar seus produtos para o exterior. Segundo Guidolin

(1991), essas barreiras impostas pelos países acabam prejudicando as

exportações de várias empresas e países fazendo com que o comércio

internacional fique restrito.

                  Do ponto de vista da competitividade e do acesso a mercados, na

medida em que mais e mais mercados exigem requisitos técnicos diferentes

para os mesmos produtos ou serviços, esta multiplicidade de exigências cria

sérias dificuldades de acesso aos mercados e gera custos adicionais

crescentes, até mesmo inviabilizando o acesso. (GARRIDO, 2005, p.6).

      A imposição das barreiras técnicas se reflete não só nas empresas

exportadoras, mas também

no país em que essa empresa está inserida, impactando na produção da

indústria nacional e até mesmo na empregabilidade do fator humano. Garrido

(2005), afirma que as barreiras técnicas tornam inviável a geração de emprego

e renda em um determinado país e também torna a produção interna limitada.

      As barreiras técnicas são um entrave para as empresas exportadoras.

Trata-se de um fator importante que as empresas tem se preocupado, pois,

essa questão tem influência e reflexões nos resultados das empresas. Bacchi

et al. (2007), diz que as barreiras técnicas são um fator que tem efeito sobre as

exportações das empresas e que essas barreiras são percebidas pelas

empresas de forma diferenciada dos outros fatores que afetam as exportações.

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      Outro questão considerada por Bacchi et al. (2007), é que essas exigências

técnicas por parte dos países importadores, são percebidas pelas empresas

como fator de dificuldade mais alta que as barreiras tarifárias e que os efeitos

dessas barreiras técnicas é sentido pela maioria das empresas exportadoras,

independente do setor em que atuam, estrutura de capital ou destino de suas

exportações.

      Diante dessa situação cabe principalmente às empresas que ainda não

atuam no comércio exterior e também as empresas que já exportam que se

prepararem e busquem informações sobre tal entrave para que essas possam

estar em condições de fazerem as devidas adequações e consequentemente

venham exportar.

      Guidolin (1991), afirma que, é prudente que o exportador deve se informar

sobre a existência dessas medidas antes de se aventurar no comércio exterior

e que o exportador deve estar seguro e ter conhecimento

dos regulamentos e procedimentos que estão em vigor em relação às barreiras

técnicas às exportações.

2.1 Cultura de Exportação

      Minervini (2001), diz que as empresas entrantes no mercado internacional

se esquecem de algumas variáveis do mercado internacional que são

incontroláveis, “como um mar em tempestade, e isso exige um marinheiro

esperto e muito bem informado”.

      Os principais pontos culturais de fragilidade nas empresas com relação ao

mercado internacional que devem ser trabalhadas são:

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      1. Falta de informação;

      2. Desconhecimento do tipo de apoio existente nas exportações;

      3. Desconhecimento de como gerenciar a exportação;

      4. Dificuldade em adaptar-se a outras culturas;

      5. Estruturas inadequadas;

      6. Falta de atitude.

      Além das adaptações internas pertinentes a cultura de exportação, como as

citadas acima, existe também a necessidade de que a empresa exportadora se

coloque na cultura do importador, que são:

      Tempo: Segundo o autor o conceito de tempo varia com as latitudes, e

além da questão do fuso horário que influencia diretamente nas relações

comerciais existe também a importância que alguns países da ao seu tempo,

por exemplo, países como a China e Japão, o tempo é visto com uma

dimensão diferente se comparado com os países da América Latina.

      Minervini comprova sua teoria com uma situação vivida em uma viagem.

Ele conta que “Em uma determinada ocasião, participei de um seminário onde

um dos expoentes era um gerente chinês, ao qual perguntei: “Por que não

respondeu à minha carta?” Ele me respondeu com outra pergunta: “Desde

quando a

enviou?” Respondi-lhe que já havia se passado quatro meses. “que são quatro

meses para um país como o nosso que tem uma historia escrita de 5.000 anos

(MINERVINI, 2001, p. 100).”

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      Saudação: Temos desde uma formalíssima e cerimoniosa inclinação dos

japoneses quando se encontram ate um forte e barulhento abraço dos

mexicanos, desde frio cumprimento britânico a um firme aperto de mão norte-

americano.

      Cruz (2010), diz que em uma outra visão mais cientifica Cateora e Graham

(2001) complementam a idéia de Minervini (2001) e diz que a cultura deve ser

estudada com a visão de um antropólogo, deve ser investigada

minuciosamente em cada aspecto cultural e assim traçar um quadro amplo que

seja um esquema   que defina as partes de cada cultura. Os autores dizem que

para o profissional de marketing é necessária à mesma atenção para que a

analise das conseqüências das diferenças culturais em um mercado externo

seja precisa.

2.2 Formação de Preço na Exportação

      A formação do preço de exportação é um tema aonde já é possível

perceber os incentivos que o governo proporciona a exportação brasileira, além

de ser um fator decisivo para a entrada do produto no mercado de destino,

dessa forma sendo totalmente influente na decisão de compra ou não, sendo

assim, passa a ser um dos principais influenciadores nas exportações

efetuadas.

      Segundo Cruz (2010), de acordo com Keegan (2006), as decisões tomadas

a respeito de preços são elementos críticos do marketing que devem refletir

custos e fatores competitivos. Não há um preço máximo absoluto, mas o preço

deve corresponder ao valor percebido do produto para o cliente. Se o preço for

muito

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baixo é possível que pensem que o produto não é de qualidade tão boa, mas

ao mesmo tempo uma das estratégias do marketing é não deixar o cliente com

dinheiro sobrando.

      Cruz (2010), diz que já na opinião de Kotler & Armstrong (2005), o preço

nada mais é do que a quantia de dinheiro que se cobra por um produto ou

serviço. De forma macro, é a soma de todos os valores que os consumidores

trocam pelos benefícios de obter ou utilizar um produto ou serviço.

      No caso dos preços de exportação, o principal fator colaborador é a

isenção de impostos, pois como é possível ver abaixo, na composição do preço

de exportação não existe a cobrança de nenhum tributo.

      Preço de venda no mercado interno

      (-) Comissões Internas / Margens para Descontos

      (-) Embalagens p/ mercado interno

      (-) IPI, ICMS, PIS e COFINS

      (-) Lucro do mercado interno

      Custo de Produção

      (+) Despesas c/ embalagens de exportação

      (+) Despesa c/ despachante

      (+) Despesas financeiras específicas

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      Preço Ex Works

      (+) Frete / Seguros internos

      (+) Despesas portuárias/ aeroportuárias

      (+) Comissão de Agente de exportação

      Preço FOB (sem lucro)

      Segundo Cruz (2010), de acordo com a apostila de Marketing Internacional

da Aduaneiras, o governo brasileiro, para incentivar os exportadores, abre mão

de uma série de impostos, para que o produto brasileiro chegue ao mercado

exterior com o preço competitivo. É válido ressaltar que é mais interessante

para o país exportar o produto acabado, pois possui maior valor agregado,

enquanto a matéria prima, muitas vezes, quando

exportada, volta ao Brasil em forma de produto com alto valor agregado, sendo

que poderia ter sido desenvolvido dentro do próprio país gerando mais

empregos e lucro na exportação dele pronto.

2.3 CANAIS DE PROMOÇÃO COMERCIAL

      Minervini (2001) cita os principais canais de promoção comercial utilizados,

mas antes ele aponta a questão da Marca como ponto inicial, antes de iniciar o

trabalho de promoção comercial, a marca deve ser trabalhada e definida.

      Ele aponta os pontos fortes de uma marca, que são:

      1. Posicionamento: cota de mercado em poder da marca;

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      2. Estabilidade: capacidade de ser um ponto de referencia no mercado;

      3. Mercado: uma marca capaz de adquirir novas posições no mercado;

      4. Internacionalidade: a presença da marca em mais mercados lhe dará

      mais valor;

      5. Suporte: nível e qualidade de comunicação. Consideram todas as

atividades de marketing desenvolvidas em favor da marca;

      6. Tendência: a capacidade de permanecer atual e desenvolver-se cada

vez mais;

      7. Poder de se defender: é o componente legal da marca. A dificuldade ou

impossibilidade de outros se apoderarem da marca.

2.4 Catálogos

      Para Minervini (2001), o catalogo é o primeiro vendedor que um comprador

potencial recebe da sua empresa. As principais informações que devem conter

um catálogo são as seguintes:

      1. Quem somos? (dados gerais da empresa);

      2. O que fazemos? (os produtos);

      3. Benefícios, vantagens, características (nessa seqüência) dos produtos;

      4. O que temos feito? (referências sobre principais fornecedores ou

clientes);

Page 15: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO AFONSO CLAUDIO

      5.

O que podemos fazer? (citar possíveis variações nos artigos que ai aparecem);

      6. Como utilizar? (tratando-se de máquinas ou bens de capital em geral,

deve mostrar suas aplicações).

2.5 Internet

      Minervini (2001) aponta os meios de comunicação pela Internet como uma

verdadeira revolução na forma de buscas informações, promover produtos e

serviços, como também na maneira de comercializá-los através do conhecido

e-commerce, na Internet. O autor apresenta alguns pontos que devem ser

observados durante a criação de uma pagina na Internet.

      1. Não faça uma “poluição visual”: seja sóbrio e elegante;

      2. Não complique a “navegação” para não cansar que esta chegando ao

seu porto;

      3. Seja concreto: Não coloque muito códigos, links, etc.. Não perca o foco;

      4. Não coloque cores estranhas: Lembre-se que nem todos os

computadores tem a mesma capacidade de “ler”.

2.6 Feiras Internacionais

      De acordo com a apostila de Marketing Internacional da Aduaneiras,

Marketing internacional (apostila sem dada de publicação e autor), feira é, em

termos econômicos, o local geográfico para demonstração visível de forças de

Page 16: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO AFONSO CLAUDIO

um mercado nos aspectos de oferta e demanda. Em termos comerciais e

práticos, as ferias proporcionam condições de negociação imediata dos

produtos e serviços expostos e a possibilidade de criar um intercâmbio

comercial permanente.

      Minervini (2001) alerta para a importância do planejamento de uma feira,

afirmando que se ela não for planejada com antecedência, pode acabar se

tornando um investimento em vão, investimento esse que não é baixo. O autor

apresenta os principais critérios

para que uma empresa possa decidir participar de uma feira.

      1) Capacidade de internacionalização (maior que a capacidade de

produção);

      2) Tipo de público visitante;

      3) Tipo de expositores;

      4) Período de realização;

      5) Imagem internacional da feria;

      6) Importância do mercado onde a feira se realiza;

      7) Disponibilidade da empresa para investir depois da feria;

      8) Adaptação do produto às normas e gostos internacionais;

      9) Objetivos da participação por parte da empresa;

Page 17: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO AFONSO CLAUDIO

      10) Relação custo / benefício;

      11) Promoção do evento por parte dos organizadores;

      12) Resultados de uma pesquisa preliminar;

      13) Nível de especialização da feira;

      14) Localização do Stand.

Agentes de promoção a Exportação

      Existem vários agentes de promoção a exportação que o governo Federal e

de cada estado disponibilizam para os seus empresários como forma de

incentivo a exportação e implantação da cultura exportadora. Serão citados

abaixo os principais agentes que proporcionam todo tipo de auxilio as

empresas interessadas em se internacionalizar.

3.1 APEX

      A APEX (Agencia Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos)

possui foco total em auxiliar os empresários brasileiros que tem interesse em

se internacionalizar, assim como empresários que tem interesse em entrar no

mercado Brasileiro, disponibilizando total auxílio a esse perfil de empresas.

Além disso, possui grande estrutura para atender, as demandas desse

mercado, conforme texto abaixo divulgado em seu web site:

                  Para garantir o melhor atendimento às

empresas brasileiras com foco no mercado externo e aos empresários

estrangeiros que pretendem investir no Brasil, a Apex-Brasil conta com uma

Page 18: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO AFONSO CLAUDIO

ampla estrutura física, no Brasil e no exterior, e com profissionais

especializados e altamente qualificados. (Disponível em:

http://www.apexbrasil.com.br/).

      O principal papel da APEX é atuar como agente capacitado para inserir

empresas de todos os portes no mercado internacional, com foco nas

pequenas e médias empresas, apoiando também as empresas que desejam

agregar valor ao seu produto e exportar, além disse ela também trabalha na

organização de eventos e missões empresariais do setor com custo reduzido

ou zero para o exportador.

3.2 MIDC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior)

      Conforme informações disponíveis no web site Portal do Exportador,

oferecido pelo Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior o

portal MIDC oferece ao empresário e exportador, de forma clara, informações

sobre a exportação, assim como os principais termos, mecanismos, legislações

e entre outros assuntos sobre o tema.

      Da mesma forma, o portal MIDC, oferece o link “Aprendendo a Exportar”,

que é um portal dinâmico e didático, que ensina passo a passo o processo de

exportação, aonde o exportador poderá aprender e fazer seus processos de

exportação sem custo.

      Esse objetivo se comprova através da informação abaixo, disponibilizado

no portal MIDC:

                  A proposta deste Portal é firmar uma nova parceria entre o Governo

Federal e as empresas exportadoras, em torno de um objetivo comum:

aumentar as exportações.

Page 19: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO AFONSO CLAUDIO

                  (Disponível em:

http://www.portaldoexportador.gov.br/index.php?option

=com_content&task=view&id=26&Itemid=46).

CONCLUSÃO

      É muito importante para o país que ele seja um exportador, seja para atrair

divisas, gerar empregos ou até mesmo aumentar o faturamento das empresas

exportadoras. Seja qual for o objetivo exportar dentro do previsto na legislação

é favorável ao Brasil. Por isso é possível encontrar varias formas de incentivo a

exportação além de existirem inúmeras empresas especializadas em prestar

serviço na área de comércio exterior, tais como, Trading Companies,

consultorias especializadas, enfim, o que não se falta são opções para

internacionalização de empresas.

      O Governo brasileiro disponibiliza uma extensa gama de serviços sem

custo para o empresário que deseja se tornar um exportador que torna o

processo de internacionalização menos doloroso e custoso. Essa iniciativa não

é vantajosa somente para o governo, mas também para o empreendedor que

terá sua empresa e marca conhecida internacionalmente e essa atitude faz

com que o produto ganhe também mais reconhecimento no mercado interno,

ou seja, exportação pode se resumir em uma frase, economia interna aquecida.

REFERENCIAS

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