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Instituto Brasileiro de Sustentabilidade Segurança do Trabalho e Meio Ambiente do Trabalho

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CAPÍTULO 4 – Prevenção

Os programas de prevenção, de uma forma ampla, são ferramentas e implementações de

grandioso valor para a prevenção de doenças e da ocorrência de acidentes de trabalho. Não se trata,

jamais, de mera obrigação ou dispêndio por parte do empregador. Tampouco devem ser observados

apenas como mera formalidade interna. São, como já dito, verdadeiras ferramentas responsáveis por

grande diferença benéfica quanto à segurança e saúde do trabalhador.

A empresa deverá desenvolver sua Política de Segurança do Trabalho e, através desta,

elencar e apresentar todas as metas e objetivos pretendidos visando a segurança dos trabalhadores e

a saúde dos mesmos. É necessário que tal política seja objetiva, clara e transparente, acessível a

todos de uma forma ampla, a todos stakeholders – clientes, fornecedores, trabalhadores e sociedade

em geral, o que demonstrará o real compromisso da organização para com seus colaboradores.

4.1. Documentos de um programa de prevenção:

Os documentos a seguir apresentados são essenciais à estruturação e efetivação de um

programa de prevenção a doenças e acidades de trabalho, uma vez que é através dos mesmos que as

informações poderão ser analisadas, documentadas, compiladas e, se necessário, examinadas. A

documentação em si é o meio natural para os programas de prevenção.

4.1.1. PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais):

O PPRA está previsto e regulamentado pela NR 9. O objetivo do PPRA é reunir em um

documento todos os riscos ambientais relacionados com a atividade que o empregado desenvolve. É

no PPRA que, de forma antecipada, avaliam-se os possíveis riscos da condição ambiental em

determinado momento e se propõe soluções e melhorias, colocando prazos e responsáveis pela

implementação das propostas descritas.

As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa,

sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência

e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle.

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O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da

preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto

nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO

previsto na NR 7.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte

estrutura:

a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma.

b) estratégia e metodologia de ação.

c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados.

d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.

Deverá ser efetuada, sempre que necessário e ao menos uma vez ao ano, uma análise global

do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e

estabelecimento de novas metas e prioridades.

As informações contidas neste documento precisam ser divulgadas, pois o objetivo é que os

empregados conheçam os riscos da sua atividade e possam propor soluções de melhorias. A

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) também deve atuar conforme as indicações do

PPRA. Mesmo que a empresa contrate os serviços de uma consultoria para elaborar o PPRA, esta

deve coletar as informações do mapa de risco da CIPA da empresa.

Questões a serem observadas na elaboração de um PPRA:

• Riscos: definir claramente o tipo de risco que o trabalhador está exposto.

• Agentes: indicar o agente ao qual o trabalhador está exposto.

• Número de trabalhadores: identificar o número de funcionários que estão expostos.

• Fonte geradora: analisar a causa geradora de risco.

• Meio de Propagação: entender como se transmitem os agentes agressores.

• Atividades/funções: tentar compreender o método de trabalho.

• Avaliação quantitativa: mensurar valores mesmo os abaixo dos "Limites de Tolerância".

• Tempo de exposição: descrever o tempo de exposição ao agente ambiental.

• Medidas de controle existentes: especificar as medidas coletivas e individuais existentes.

• Indicadores de saúde: verificar as principais queixas de saúde dos trabalhadores.

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• Acidentes já ocorridos: ver as Comunicações de Acidentes de Trabalho (CAT) já emitidas e

buscar informações com o SESMT e trabalhadores quando possível.

De fato, é preciso o envolvimento de todos os empregados, empregadores e terceiros para

que o PPRA tenha êxito. O reconhecimento e o gerenciamento dos riscos evitam prejuízos

financeiros e protegem os trabalhadores, pois as doenças e os acidentes do trabalho ficam reduzidos,

melhorando o ambiente de trabalho, a satisfação física e mental do trabalhador e, como

consequência, também melhora a produção e a qualidade de serviços prestados.

4.1.2. PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional):

De acordo com a Portaria 24, de 29 de Dezembro de 1994, as empresas são obrigadas a

implantar um Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO (NR 7). Essa medida,

além de monitorar as condições de saúde de cada trabalhador, permite ao empresário verificar a

eficácia das medidas de controle da insalubridade.

O PCMSO não define somente os exames relacionados à ocupação do empregado, este

programa também destaca todas as ações voltadas à saúde, à qualidade de vida, à prevenção do uso

de drogas e do estresse, além de promover campanhas de vacinação, entre outras medidas.

Com o PCMSO no cronograma de ações, é possível programar palestras esclarecedoras e

informativas em conjunto com as propostas pela CIPA e SESMT. No PCMSO, são descritos os

exames que os empregados devem realizar conforme os riscos ambientais aos quais estão expostos:

1. Exame admissional.

2. Exame periódico.

3. Exame de mudança de função.

4. Exame de retorno ao trabalho.

5. Exame demissional.

O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no

campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR.

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O PCMSO deverá considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de

trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico e epidemiológico na abordagem da relação entre

sua saúde e o trabalho.

O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos

à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da

existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores.

O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos

trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NR.

Faz parte do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho) o serviço médico coordenado pelo médico do trabalho, portanto, a empresa deve

disponibilizar um local adequado, o mais próximo possível da área de produção, de forma a

possibilitar o atendimento ao trabalhador em caso de acidente. O técnico de enfermagem e o

auxiliar de enfermagem do trabalho devem desenvolver atividades em conjunto com o médico do

trabalho neste ambiente.

4.1.3. LTCAT – Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho:

O LTCAT é utilizado para fins de comprovação da exposição aos agentes nocivos e é

exigido pela Previdência Social de acordo com o decreto nº 4.032 de 26 de novembro de 2001. O

decreto 4.882, de 18 de novembro de 2003, descreve que deverão constar no LTCAT informações a

respeito da tecnologia de proteção coletiva, das questões administrativas ou de organização do

trabalho e da tecnologia de proteção individual utilizada que reduza, elimine ou controle os agentes

ambientais dentro dos limites de tolerância descritos pela NR 15 e NR 16 do MTE e pelos atos

normativos da Previdência Social.

Se nas normas regulamentadoras brasileiras não constarem os valores de referência, ou seja,

os "Limites de Tolerância" (LT), é possível utilizar o padrão de LT da American Conference of

Governmental Industrial Hygienists (ACGIH).

O LTCAT só pode ser elaborado por um engenheiro de segurança do trabalho ou por um

médico do trabalho. É baseado neste laudo que é elaborado o Perfil Previdenciário Profissiográfico

(PPP), este documento permite que o empregado comprove a sua exposição ao agente ambiental

para adquirir o benefício da insalubridade e para o requerimento de aposentadoria especial.

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Enquanto o PPRA e o PCMSO são programas, o LTCAT é um laudo que apresenta

conclusões sobre a insalubridade e a periculosidade. O PPRA e PCMSO descrevem, ao final do

documento, um cronograma com prazos e responsáveis pela implementação. Vale lembrar que caso

ocorra alguma mudança em relação à condição do ambiente, do processo ou do arranjo físico da

empresa, que mude as características iniciais descritas, será necessário refazer todos os documentos

e substituí-los.

4.2. Documentos específicos:

4.2.1. PPR – Programa de Proteção Respiratória:

Se em determinado processo industrial é utilizada uma substância química que possa

provocar danos aos trabalhadores relacionados com a qualidade do ar respirável, inclusive

possibilitando que estes danos sejam letais, esta condição é suficiente para a elaboração de um PPR.

O PPR é o programa que determina quais são os procedimentos importantes relacionados ao

uso de respiradores em atividades inevitáveis.

O PPR inclui ambientes com pouca ou nenhuma ventilação, ambientes com concentração de

agentes químicos dispersos no ar e espaços confinados. Logo, atividades realizadas nestes

ambientes são perigosas e requerem cuidados específicos em relação aos procedimentos técnico-

administrativos, à seleção de respiradores, à guarda e à higienização.

Os procedimentos precisam ser realizados com o Equipamento de Proteção Respiratória

(EPR) e todos os cuidados devem ser descritos, mas é essencial que sejam considerados os

procedimentos para controle e inspeção das áreas de riscos e de exposição aos agentes químicos,

assim como medidas de educação dos trabalhadores que forem executar tarefas nestas áreas e

condições.

Na elaboração do PPR, os trabalhadores que farão uso do EPR e realizarão as atividades

devem fazer parte do processo e opinar sobre as melhores condições quanto aos procedimentos, aos

padrões e à qualidade de equipamentos que serão utilizados.

4.2.2. PPA – Programa de Conservação Auditiva:

O Programa de Conservação Auditiva (PCA) é adotado nas medidas de prevenção dos

efeitos danosos do ruído no ambiente de trabalho, de exposição direta ou indireta. Legalmente, o

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PCA passou a ser obrigatório através do anexo I (quadro II) dentro dos requisitos do PCMSO

instituídos pela portaria nº 19, de 9 de abril de 1998.

O termo conservação da audição deve ser compreendido no sentido mais amplo como meio

de prevenir o dano do sistema auditivo, uma vez que o programa de conservação da audição não

consiste meramente em colocar à disposição sistemas de proteção do ouvido às pessoas expostas.

(VIEIRA, 2005, p. 119).

No PCA, leva-se em conta o acompanhamento do trabalhador quanto à saúde ocupacional

prevista no PCA, realizada, por exemplo, através de exames audiométricos e inclui a possibilidade

do grupo de empregados de uma empresa ter Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR).

O termo PAIR é o utilizado pelo MTE, pela Previdência Social e pelo Ministério da Saúde,

mas em algumas pesquisas pode ser encontrado o termo "Perda Auditiva Induzida pelo Ruído

Ocupacional" (PAIRO). Como já foi salientado, a proteção auditiva envolve, sobretudo, o

isolamento do ruído no ouvido, na parte interna, evitando que a vibração atinja o ouvido interno e

provoque danos.

No Brasil, o PCA deve ser implantado quando a dose de ruído for superior a 50%, isto

corresponde a ambientes com ruído acima de 83 dB e que, neste caso, devem elaborar o PCA. O

PCA segue a seguinte sistemática: medição do ruído, avaliação do ruído, redução do ruído e

monitoramento audiométrico.

1. Identificar os postos de trabalho e as funções onde há exposição ao ruído.

2. Identificar a dose equivalente de ruído. Se a dose estiver acima do limite de tolerância,

será preciso realizar ações preventivas com monitoramento periódico da exposição, o controle

médico e a comunicação de informações aos trabalhadores expostos.

3. Criar medidas corretivas que visem reduzir o nível de pressão sonora e o ruído do

ambiente de trabalho.

4. Nesta etapa, o PCA é elaborado e divulgado para empresa e para os empregados. O

cronograma de ações com prazos e responsáveis pela execução das medidas propostas também deve

constar no documento.

5. Realizar a auditoria ou o controle da eficácia do PCA.

O PCA deve ter integração com as medidas preventivas propostas no PPRA e no PCMSO.

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A avaliação do PPRA deve incluir a verificação das audiometrias, confirmando todas as

ações do cronograma e se não houve perda auditiva no grupo de trabalhadores expostos.

4.2.3. PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho:

O PCMAT é um conjunto de ações, ordenadas, documentadas e relacionadas à saúde e à

segurança do trabalho, de modo a preservar a saúde e a integridade dos trabalhadores em diversas

etapas de obra, incluindo terceiros e o meio ambiente.

O PCMAT é obrigatório em estabelecimentos com vinte trabalhadores ou mais.

Ele deve ser elaborado por um profissional legalmente habilitado e contemplar as exigências

da NR 9 do PPRA. Como este é um documento voltado para a construção civil e específico, não

poderia ser elaborado da mesma forma que qualquer outro voltado para uma indústria ou comércio,

por isso são consideradas as diversas etapas da obra e situações como as de área de vivência e

canteiro de obras.

Junto ao PCMAT devem constar outros documentos, tais como:

1. Memorial descritivo, levando em consideração riscos de acidentes e doenças, além de

ações preventivas sugeridas.

2. Projeto de execução das proteções coletivas conforme etapas da obra: fundação,

estrutura/alvenaria e acabamento.

3. Especificação técnica de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e Equipamento de

Proteção Coletiva (EPC).

4. Cronograma de implantação de medidas preventivas com prazos estabelecidos e descrição

dos responsáveis pela execução.

5. Desenho do canteiro de obras com as instalações iniciais e previsão das áreas de vivência;

6. Programa educativo sobre prevenção de acidentes e doenças ocupacionais com a carga

horária já estabelecida.

4.3. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA:

4.3.1. Definições e considerações:

Significa Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Foi criada na década de 40, pelo

governo federal, objetivando reduzir o grande número de acidentes de trabalho nas indústrias. É um

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grupo de pessoas, constituído por representantes dos empregados e do empregador especialmente

treinados para colaborar na prevenção de acidentes. A participação efetiva dos trabalhadores nessa

comissão é um dos pilares de sustentação de qualquer programa voltado à prevenção de acidentes.

A CIPA considera o fato de o acidente de trabalho ser fruto de causas que podem ser

eliminadas ou atenuadas ora pelo empregador, ora pelo próprio empregado ou, ainda, pela ação

conjugada de ambos. O objetivo dessa união é encontrar meios e soluções capazes de oferecer mais

segurança ao local de trabalho e ao trabalhador.

A CIPA é um organismo interno nas empresas que deve ter atuação efetiva junto aos

trabalhadores visando proporcionar ao máximo os resultados preventivos quanto a acidentes de

trabalho. Deve atuar junto ao empregador visando constantes melhorias para os trabalhadores,

melhorias estas que resultem na redução do número de acidentes.

As empresas privadas e públicas e os órgãos governamentais que possuam empregados

regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT ficam obrigados a organizar e manter em

funcionamento uma CIPA, na qual haja pelo menos uma pessoa com curso de CIPA.

A CIPA é normatizada pela Norma Regulamentadora – NR 5 e sua composição é baseada no

número de funcionários e na classe da empresa. Consta, no Quadro I da referida norma, que a CIPA

deve ser constituída por processo eleitoral. Uma vez organizada ela deve ser registrada no órgão

regional do Ministério do Trabalho, em até 10 dias após a eleição.

Ainda segundo a NR 5:

Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as

empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e

indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras

instituições que admitam trabalhadores como empregados.

A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados. Os

representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados. Os representantes

dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem,

independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.

O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.

É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de

Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após

o final de seu mandato.

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4.3.2. Atribuições da CIPA:

A CIPA tem as seguintes atribuições:

a) Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a

participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver.

b) Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de

segurança e saúde no trabalho.

c) Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção

necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho.

d) Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a

identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores.

e) Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de

trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas.

f) Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho.

g) Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para

avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e

saúde dos trabalhadores.

h) Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou

setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores.

i) Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros

programas relacionados à segurança e saúde no trabalho.

j) Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas

de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho.

l) Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das

causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas

identificados.

m) Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham

interferido na segurança e saúde dos trabalhadores.

n) Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas.

o) Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de

Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT.

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p) Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da

AIDS.

Cabe aos empregados:

a) Participar da eleição de seus representantes.

b) Colaborar com a gestão da CIPA.

c) Indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar sugestões

para melhoria das condições de trabalho.

d) Observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à prevenção de

acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

Cabe ao Presidente da CIPA:

a) Convocar os membros para as reuniões da CIPA.

b) coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando

houver, as decisões da comissão.

c) Manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA.

d) Coordenar e supervisionar as atividades de secretaria.

e) Delegar atribuições ao Vice-Presidente.

Cabe ao Vice-Presidente:

a) Executar atribuições que lhe forem delegadas.

b) Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos

temporários.

O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as seguintes atribuições:

a) Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento de

seus trabalhos.

b) Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos propostos

sejam alcançados.

c) Delegar atribuições aos membros da CIPA.

d) Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver.

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e) Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento.

f) Encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA. Constituir a comissão

eleitoral.

O Secretário da CIPA terá por atribuição:

a) Acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas apresentando-as para aprovação e

assinatura dos membros presentes.

b) Preparar as correspondências.

c) Outras que lhe forem conferidas.

A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido. As

reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da empresa e em local

apropriado. As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de

cópias para todos os membros. As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da

Inspeção do Trabalho.

A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes,

antes da posse. O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de

trinta dias, contados a partir da data da posse.

São obrigadas a manter os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina

do Trabalho (SESMT) e as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA) as empresas

privadas e públicas que possuem empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho

(CLT).

Ambos os órgãos, CIPA e SESMT possuem como obrigação conjunta:

a) Zelar pela saúde e integridade física do trabalhador.

b) Revisar todos os acidentes envolvendo visitantes, terceirizados, funcionários, bem como

manter relatórios e estatísticas de todos os danos.

c) Investigar e analisar acidentes, recomendando medidas preventivas e corretivas para

evitá-los.

d) Apoiar a área gerencial como consultor na área de segurança do trabalho e atividades

afins.

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e) Coordenar e treinar a equipe de Brigada Contra Incêndio, bem como a população

envolvida em situações de incêndio.

4.4. Prevenção e combate a incêndios:

4.4.1. Técnicas de prevenção e combate ao princípio de incêndio:

Fogo é a consequência de uma reação química denominada combustão que libera só calor ou

calor e luz. Para que haja combustão ou incêndio, devem estar presentes três elementos interligados:

O primeiro é o combustível, ou seja, aquilo que vai queimar e transformar-se. O segundo é o calor

que faz começar o fogo. O terceiro é o oxigênio, um gás que existe no ar que respiramos e que é

chamado comburente.

Nos locais de trabalho existem esses três elementos essenciais ao fogo: ar (comburente)

madeiras, papéis, álcool, etc, (combustível) e chamas de maçarico, lâmpadas, cigarros acesos

(calor). Faltando um dos três elementos do triângulo, não haverá fogo.

Triângulo do fogo

A proteção contra incêndios começa com as medidas que a empresa e todos que nela

trabalham tomam para evitar o aparecimento do fogo. Conclui-se que a palavra de ordem é prevenir

e, sendo necessário, combater o fogo com rapidez e eficiência. Existem algumas maneiras básicas

de evitar, combater e eliminar incêndios:

• Armazenamento de material: manter sempre, se possível, a substância inflamável longe

de fonte de calor e de comburente, como no caso de operações de solda e oxicorte – tubos de

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acetileno separados ou isolados dos tubos de oxigênio. Manter no local de trabalho a mínima

quantidade de inflamáveis. Possuir um depósito fechado e ventilado para armazenamento de

inflamáveis e, se possível, longe da área de trabalho. Proibir que se fume nas áreas onde existam

combustíveis ou inflamáveis.

• Manutenção adequada.

• Instalação elétrica apropriada: fios expostos ou descascados devem ser evitados, pois

podem ocasionar curtos-circuitos que serão origem de focos de incêndio.

• Instalações elétricas bem projetadas: instalações elétricas mal projetadas poderão

provocar aquecimento nos fios e ser origem de incêndios.

• Pisos contra faísca: em locais onde há inflamáveis, os pisos devem ser contra faísca

porque um simples prego no sapato poderá ocasionar um incêndio.

• Manutenção de equipamentos: os equipamentos devem sofrer manutenção e lubrificação

constantes, para evitar aquecimento por atrito em partes móveis, criando a perigosa fonte de calor.

• Ordem e limpeza: os corredores com papéis e estopas sujas de óleo, graxa pelo chão, são

lugares onde o fogo pode começar a se propagar, dificultando a sua extinção.

• Decorações, móveis, equipamentos de escritório: devem merecer atenção, porque podem

contribuir para aumentar o volume de material combustível representado por móveis, carpetes,

cortinas e forros falsos.

• Instalação de para-raios: os incêndios ocasionados por raios são bem comuns. Todas as

edificações devem possuir proteção adequada, instalando-se um sistema de para-raios.

4.4.2. Combate a incêndios:

Mesmo que as medidas prevencionistas sejam adequadas, saber como combater o fogo

também é importante. Os incêndios, em seu início, são muito mais fáceis de se controlarem. Quanto

mais rápido o ataque às chamas, maiores serão as possibilidades de reduzi-las. A principal

preocupação no ataque consiste em romper o triângulo do fogo: o combustível, o comburente e o

calor.

Como os incêndios são de diversos tipos, as soluções e os equipamentos de combate também

serão diferentes. Um erro na escolha de um extintor pode tornar inútil o esforço de combater as

chamas ou pode piorar a situação, aumentando-as, espalhando-as, ou criando novos focos de fogo.

Equipamentos de combate a incêndio:

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• Extintor de espuma.

• Extintor de água pressurizada: o agente extintor é a água.

• Extintor de gás carbônico.

• Extintor de pó químico seco.

• Hidrantes e chuveiros automáticos: Os sistemas de proteção por hidrantes, chuveiros

automáticos e outros devem ser estudados dentro de projetos de engenharia. A água para incêndio

deve ser exclusiva e guardada em reservatórios especiais para sua utilização.

4.4.2.1. O fator humano e sua importância:

O elemento humano, para poder combater eficazmente um incêndio, deve estar

perfeitamente treinado. Todo estabelecimento industrial ou comercial com mais de 50 empregados

deve implantar uma rede de hidrantes de combate a incêndio, consequentemente, a constituição de

uma brigada contra incêndio. Seus integrantes têm como função prioritária eliminar princípios de

incêndio, bem como verificar condições inseguras, riscos de incêndio ou explosão.

Deve ser esquematizado um sistema de controle que proporcione rápida comunicação e

correspondente tomada de providências. O grupo deverá ser constituído de elementos dos diversos

setores, particularmente da área de manutenção e de supervisão. Um treinamento constante deverá

ser dado a todo elemento da brigada, ensinando a:

• Saber localizar, de imediato, o equipamento de combate ao fogo.

• Usar um extintor.

• Engatar mangueiras e acionar o sistema de hidrantes.

• Controlar o sistema de “sprinklers” (chuveiros automáticos contra fogo).

• Conhecer as instalações e os diferentes tipos de risco da empresa.

• Conhecer as saídas de emergência.

4.4.2.2. O plano de emergência:

Quando um sinistro ocorre, geralmente, as pessoas entram em pânico e ficam

desorganizadas, reduzindo a possibilidade de sobrevivência.

Os planos de emergência têm a finalidade de organizar as ações a serem executadas nestas

situações extremas de emergência e de capacitar os trabalhadores a reagir de forma mais produtiva

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em uma situação crítica, salvaguardando as vidas humanas. O êxito de um plano de emergência

depende da participação tanto dos trabalhadores quanto do empregador.

Sugere-se para a estrutura de um plano de emergência:

Sumário executivo: Elaborar o propósito do plano com clareza. Promover uma política de

gerenciamento de emergência, definindo as autoridades envolvidas em cada situação de emergência

com as responsabilidades das pessoas-chave. Projetar os tipos de emergência que possam ocorrer e

os locais que serão usados para gerenciar emergências em caso de ocorrência.

Elementos da gestão de emergência: Refletir sobre como será possível controlar a

emergência. Verificar as comunicações possíveis e como será salvaguardada a vida das pessoas.

Definir metas de proteção dos bens da empresa, pensando na questão administrativa e logística.

Procedimentos definidos para resposta à emergência: Realizar ações necessárias para

cada situação, visando proteger os empregados e os visitantes. Manter a empresa funcionando,

evitando a falta de água, de energia elétrica e até acidentes de trânsito.

Documentos de apoio: Identificar as pessoas a serem acionadas. Definir atribuições,

recursos, plantas, mapas, indicações de hidrantes, áreas confinadas, rotas de fuga, produtos

perigosos, entre outros.

Além de elaborar o documento físico, a empresa deverá dispor de um programa de

treinamento, revisar o plano sempre que necessário e, por fim, distribuir o plano para as partes

interessadas. Os empregados devem conhecer o plano de emergência e serem informados da

programação de treinamento. Além disso, os terceiros devem ser integrados ao plano de emergência

e devem ser elaboradas formas de divulgação aos visitantes.

4.4.2.3. O plano de contingência:

Os planos de contingência são elaborados para evitar os danos decorrentes das situações que

possam se transformar em uma emergência ou para que, durante uma emergência, haja condições de

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limitar os danos, levando-se em conta os diversos impactos que podem prejudicar o patrimônio e a

vida.

Um plano de contingência mais elaborado, certamente, gerará um custo maior, mas somente

a partir da identificação do que é importante para a empresa, será possível comparar e elaborar um

plano de contingência dentro da realidade institucional.

Um plano de contingência se bem elaborado e desenvolvido, reduz os custos em caso de

acidentes. Assim, todos os processos da empresa que estejam relacionados com as possíveis falhas

devem estar descritos, assim como as ações de operacionalização e responsabilidades formais. A

ideia central do plano de contingência é restabelecer de maneira ágil e rápida as condições antes da

situação crítica e monitorar situações imprevisíveis e previsíveis.

4.4.2.4. Brigada de emergência:

As brigadas de emergência são equipes preparadas para executar as principais ações

definidas no plano de emergência e de contingência. Não só para o combate a incêndio, mas para

qualquer situação de emergência que possa afetar a vida.

A NBR 14276 de 1999 prevê treinamento de brigada de emergência de 16 horas, sendo

destinadas para treinamento prático e conhecimento teórico. Esta capacitação deve ocorrer a cada

12 meses ou quando houver alteração de 50% dos membros da brigada.

As brigadas podem ser classificadas em:

1. Brigada de incêndio: é a brigada designada para combater incêndios em fase inicial.

2. Brigada de abandono: treinada para operacionalizar a retirada de pessoal que ocupa a

edificação.

3. Brigada de emergência: inclui funções de brigada de incêndio e brigada de abandono.

Atuam em situações específicas, como: vazamentos de produtos perigosos, inundações e explosões.

Para garantir a segurança em uma emergência, antes do atendimento às vítimas, recomenda-

se os seguintes procedimentos:

1. Sinalização e isolamento do local.

2. Verificação dos EPIs e EPCs.

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3. Comunicação com o Corpo de Bombeiros da região, que deve ser acionado sempre pelo

telefone 193.

4. Liberação com rapidez e segurança das vias trafegáveis.

5. Atenção especial aos outros riscos decorrentes do evento inicial.

4.4.2.5. Providências a serem tomadas em caso de incêndio:

• Toda a área deve ser evacuada.

• Manter a calma, para evitar o pânico. Ninguém deve tentar ser herói.

• Usar extintores ou os meios disponíveis para apagar o fogo.

• Os curiosos e as pessoas de boa vontade só atrapalham.

• A brigada deve intervir e, orientada pelo chefe, isolar a área e dar combate ao fogo.

• A brigada não tem todos os recursos e não domina todas as técnicas de combate ao fogo.

Portanto, deve ser chamado, imediatamente, o Corpo de Bombeiros (193).

• Antes de dar combate ao incêndio, deve ser desligada a entrada de força e ligada a

emergência.

• Acionar o botão de alarme mais próximo ou telefonar para o Corpo de Bombeiros quando

não conseguir a extinção do fogo.

• Fechar portas e janelas, confinando o local do sinistro.

• Isolar os materiais combustíveis e proteger os equipamentos, desligando-os da rede

elétrica.

• Comunicar o fato à chefia envolvida ou ao responsável do mesmo prédio.

• Existindo muita fumaça no ambiente ou local atingido, usar um lenço como máscara (se

possível molhado), cobrindo o nariz e a boca.

• Armar as mangueiras para extinção do fogo, se for o caso.

• Para se proteger do calor irradiado pelo fogo, sempre que possível, manter molhadas as

roupas, cabelos e calçados.

• Sair dos lugares onde há muita fumaça.

• Não suba, procure sempre descer pelas escadas.

• Não corra nem salte, evite quedas que podem ser fatais.

• Não tire as roupas, pois elas protegem seu corpo e retardam a desidratação.

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• Se suas roupas se incendiarem, jogue-se no chão e role lentamente. Elas se apagarão por

abafamento.

Algumas dicas para evitar incêndios:

• Não use cestos de lixo como cinzeiros.

• Não jogue pontas de cigarro pela janela, nem as deixe sobre armários, mesas, prateleiras.

• Respeite as proibições de fumar e acender fósforos em locais sinalizados.

• Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados.

• Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados.

• Mantenha desobstruídas as áreas de escape e não deixe, mesmo que provisoriamente,

materiais nas escadas e nos corredores.

• Não deixe os equipamentos elétricos ligados após sua utilização. Desconecte-os da tomada.

• Não cubra fios elétricos com tapete.

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