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Inovação Tecnológica e em Gestão Saúde

Por Maria Cristina Gonçalves

Aconteceu no dia 28 de maio, na FGV – Berrini, a mesa redonda com o tema Inovação

Tecnológica e em Gestão Saúde, realizado pelo Fórum de Inovação e GVsaúde, em

parceria com a Global Innovation Consulting (GAC).

O evento reuniu grandes nomes como Antonio Britto, presidente da Interfarma; Clarice

Petramale, presidente da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS

(CONITEC); João Massude Filho, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina

Farmacêutica e Marcelo De Franco, do Instituto Butantã.

A coordenadora do GVsaúde, Ana Maria Malik, foi a mediadora e debateu com os

especialistas, executivos e platéia temas como: o papel do Estado como regulador do

desenvolvimento e incorporação tecnológica; a agenda do setor farmacêutico para o

próximo governo e o desenvolvimento, disseminação e absorção do desenvolvimento

acadêmico e cientifico na indústria.

O pesquisador do Fórum de Inovação, Gustavo Mirapalheta, definiu a importância

desse encontro: "Em uma sociedade que se define como "do conhecimento" a

inovação tem um papel essencial. É por intermédio dela que o futuro torna-se

realidade. Debates sobre a inovação em setores específicos da economia, como o de

saúde, permitem que um maior número de pessoas participe deste processo, ajudando

a sociedade brasileira a tornar-se, de fato, do conhecimento".

Antonio Britto iniciou o ciclo de palestras dando um panorama da área e deixou um

recado contundente: "mal estamos trabalhando direito no andar térreo e as demandas

da área da saúde estão no oitavo andar. Estamos diante da explosão da ciência e da

longevidade e da implosão do setor público", disse.

Dr. João Massud fez um paralelo da indústria farmacêutica com a automobilística:

“Enquanto um carro novo só demora 2 anos para ser desenvolvido e gasto de 16% em

P&D; a farmacêutica demora 10 anos pesquisando um novo medicamento e investe

4% em P&D. É preciso inovar na indústria farmacêutica porque a expectativa de vida

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aumentou, erradicou doenças infecciosas e aumentou-se a qualidade de vida. Para

inovar é preciso parceria entre governo, universidade e indústria”.

Marcelo De Franco trouxe uma boa nova, o projeto do Instituto de Inovação em

Biotecnologia do Brasil: “Temos espaçonuma área própria do Butantã e faremos uma

espécie de parque tecnológico de pesquisa básica e aplicada, para a capacitação de

novos pesquisadores e, ainda, abrigaremos novas incubadoras”, confidenciou.

Já a representante do Conitec, Clarice Petramale defendeu que “dinheiro para saúde é

uma coisa, para inovação é outra. E nós do governo optamos em trabalhar em prol da

saúde epidemiológica e não de pessoas”.

O evento foi um sucesso como a professora Ana Maria Malik resumiu: “tendo em vista

a velocidade do desenvolvimento da tecnologia no setor da saúde e sua influência para

os custos crescentes da assistência, foi possível debater o ponto de vista dos

diferentes atores do sistema. Além disso, as manifestações da plateia contemplaram o

papel dos cidadãos e das associações de doentes. Também foram levantadas algumas

aspirações da indústria e o trabalho de regulaçãoque o governo deve desempenhar”.