inicial ricardo barros

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DR. JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA ESTADO DO PARÁ. PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA. RICARDO JOSÉ MAGALHÃES BARROS, brasileiro, casado, atualmente no exercício do cargo de Ministro da Saúde, portador da cédula de identidade RG n. 683.590-2-SSP/PR, inscrito no CPF/MF sob o n. 424.789.799-34, domiciliado na Avenida Prudente de Morais, n. 740, Zona 07, Maringá/PR, CEP 87020-010, neste ato representado por seus advogados constituídos (instrumento de procuração mov. 1.02), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 300 e 497 do CPC e arts. 186 e 927 do Código Civil, ajuizar AÇÃO DE COMINATÓRIA (OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER) C/C INDENIZAÇÃO DE DANOS MORAIS em face de SINDICATO DOS POLICIAIS RODOVIÁRIOS FEDERAIS NO ESTADO DO PARANÁ (SINPRF/PR), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n. 40.444.416/0001-13, com sede na Rua Leopoldo Belczack, n. 491, Capão da Imbuía, Curitiba/PR, CEP 82.800-220, e-mail: [email protected]; telefone: (41) 3266-5535; e UNIÃO DOS POLICIAIS DO BRASIL (UPB), pessoa jurídica de direito privado, CNPJ/MF desconhecido, com sede na SHIS QI 9, Conjunto 11, CS 20, Lago Sul, Brasília/DF, CEP 71.625-110, e-mail: [email protected]; pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas. Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJ6L7 UH9K2 7B6N6 CD3NA PROJUDI - Processo: 0033777-59.2017.8.16.0001 - Ref. mov. 1.1 - Assinado digitalmente por Diego Caetano da Silva Campos 11/12/2017: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

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Page 1: Inicial Ricardo Barros

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DR. JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DO

FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA –

ESTADO DO PARÁ.

PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA.

RICARDO JOSÉ MAGALHÃES BARROS, brasileiro,

casado, atualmente no exercício do cargo de Ministro da Saúde, portador da cédula

de identidade RG n. 683.590-2-SSP/PR, inscrito no CPF/MF sob o n. 424.789.799-34,

domiciliado na Avenida Prudente de Morais, n. 740, Zona 07, Maringá/PR, CEP

87020-010, neste ato representado por seus advogados constituídos (instrumento de

procuração – mov. 1.02), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com

fulcro nos arts. 300 e 497 do CPC e arts. 186 e 927 do Código Civil, ajuizar

AÇÃO DE COMINATÓRIA (OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER) C/C

INDENIZAÇÃO DE DANOS MORAIS

em face de SINDICATO DOS POLICIAIS RODOVIÁRIOS FEDERAIS NO ESTADO

DO PARANÁ (SINPRF/PR), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF

sob o n. 40.444.416/0001-13, com sede na Rua Leopoldo Belczack, n. 491, Capão da

Imbuía, Curitiba/PR, CEP 82.800-220, e-mail: [email protected]; telefone: (41)

3266-5535; e UNIÃO DOS POLICIAIS DO BRASIL (UPB), pessoa jurídica de direito

privado, CNPJ/MF desconhecido, com sede na SHIS QI 9, Conjunto 11, CS 20, Lago

Sul, Brasília/DF, CEP 71.625-110, e-mail: [email protected];

pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas.

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Page 2: Inicial Ricardo Barros

I. FATOS

O ora Requerente, Sr. Ricardo Barros, é Deputado Federal

pelo PARTIDO PROGRESSISTA (PP), atualmente licenciado do mandato legislativo para

o exercício do cargo de Ministro da Saúde, este vinculado ao Poder Executivo, por

meio do DECRETO DE 12 DE MAIO DE 2016, publicado no Diário Oficial da União n. 91,

Seção 2, de 13 de maio de 2016 (mov. 1.03).

É, portanto, figura pública, cuja carreira política se

consolidou com a confiança nele depositada ao longo dos anos pelos seus eleitores e

pelos trabalhos realizados em prol da sociedade, em especial à sociedade

paranaense, que forma seu eleitorado.

Além dos préstimos realizados à sociedade, requisito

implícito à reeleição de qualquer candidato político, há de se contar também a sua boa

imagem e nome perante os eleitores.

Ao longo de sua longa carreira pública, o Sr. Ricardo Barros

sempre manteve firme o seu propósito de bem atender a sociedade, não medindo

esforços para dar fiel cumprimento aos mandatos a ele confiados. Tanto é verdade

que foi o prefeito mais jovem a ser eleito na cidade de Maringá, assumiu o cargo de

Deputado Federal por cinco legislaturas, foi Presidente do Conselho Nacional dos

Secretários de Desenvolvimento Econômico e exerce atualmente a importante função

de Ministro de Estado da Saúde.

Pois bem.

Ocorre que, de forma nociva e extremamente prejudicial à

imagem e ao nome do Sr. Ricardo Barros, construídos ao longo de muitos anos de

vida pública, os Requeridos, no final da semana passada, passaram a divulgar em

outdoors e publicações em redes sociais (Facebook) afirmações caluniosas,

difamatórias, sensacionalistas e mentirosas de que o Requerente estaria “agindo

contra a sociedade”, supostamente por apresentar um “projeto” de sua autoria com

a finalidade de “acabar com a aposentadoria”, tudo com claro propósito de macular

a imagem do ora Requerente. Vejamos a imagem:

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Page 3: Inicial Ricardo Barros

Estes outdoors estão sendo publicizados em inúmeros

pontos da cidade de Curitiba/PR, tal como ocorre na Avenida João Bettega, entre os

n. 2376 e 2576, bairro Portão; na Avenida Francisco Raitani esquina com a Rua

Ipiranga, bairro Pinheirinho; na entrada do Aeroporto Affonso Pena; na Rodovia

Ludovico Bronny esquina com a Rua João Tschannerl, próximo ao Bosque do

Alemão e da Rede Massa de Telecomunicação, tudo conforme demonstrado pelas

atas notariais anexas (mov. 1.04 e 1.05), pontos estratégicos nos quais passam,

diariamente, milhares de pessoas.

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Conforme ata notarial anexa à esta exordial (mov. 1.05), a

publicação no Facebook pode ser acessada pelo seguinte link:

https://www.facebook.com/sindicato.parana/photos/rpp.888857147801338/16040905

56277990/?type=3&theater

Tal imagem sensacionalista, difamatória e mentirosa,

com o claro objetivo de macular a imagem e o nome do Sr. RICARDO BARROS, ora

Requerente, segue:

a) com informações absolutamente inverídicas,

induzindo a população a erro, notadamente porque:

a.1) ao contrário do que consta nos outdoors e nas postagens

de Facebook, o projeto de Reforma da Previdência (PEC n.

287/2016) que tramita no Congresso Nacional não é de

autoria do Requerente e/ou dos deputados federais indicados

nos outdoors e nas imagens divulgadas nas redes sociais, e

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sim projeto de emenda à constituição de iniciativa do Poder

Executivo Federal, visando o saneamento das contas

públicas (arquivo anexo – mov. 1.06);

a.2) o ora Requerente é deputado federal licenciado, estando

no exercício do cargo de Ministro de Estado da Saúde,

razão pela qual as atribuições legais de sua função não

incluem participação em deliberações do Congresso

Nacional, não tendo o Requerente direito a voto na PEC que

prevê a Reforma da Previdência, sendo absolutamente

deturpada a tentativa da publicidade maldosa de indicar que

o Requerente teria um projeto e que agiria para “acabar com

a aposentadoria”, pois sequer seria possível que o Ministro da

Saúde deliberasse pela aprovação de matéria sujeita à

exame do Congresso Nacional;

a.3) a PEC da Reforma da Previdência em nenhum momento

prevê o “fim da aposentadoria” de quem quer que seja,

estabelecendo apenas novos critérios para as

aposentadorias, tendo em vista os fundamentos econômicos

apresentados pelo Ministério da Fazenda, sendo nítida a

tentativa dos outdoors e das postagens de facebook de incutir

falsamente nas pessoas a impressão de que o Requerente

estaria defendendo no Congresso Nacional o fim das

aposentadorias, quando a verdade é que: o Requerente é

atualmente Ministro de Estado da Saúde, não tendo voto em

deliberações do Congresso; o projeto de reforma da

previdência é de iniciativa do Poder Executivo Federal; e não

há previsão de “fim de aposentadoria” no projeto de reforma

da previdência;

b) além de conterem informações inverídicas, salta aos

olhos que os outdoors e as postagens de facebook são

totalmente desprovidos de qualquer cunho informativo, no

sentido de informar à sociedade o que representa ou como se

dará a reforma previdenciária. Ao revés, buscam os

Requeridos unicamente atingir a imagem e nome do

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Page 7: Inicial Ricardo Barros

Requerente perante os eleitores paranaenses, ultrapassando

os limites do direito à liberdade de expressão e informação,

atingindo diretamente a honra subjetiva e objetiva do SR.

RICARDO BARROS, imputando a ele fatos inverídicos voltados

apenas a prejudicar sua imagem;

c) por fim, chama a atenção o fato de que os Requeridos

optaram por espalhar diversos outdoors e postagens no

facebook vinculando apenas a imagem do MINISTRO DA SAÚDE

RICARDO BARROS e dos DEPUTADOS FEDERAIS ALFREDO

KAEFFER e REINHOLD STEPHANES, optando por não expor a

imagem de outros membros do Congresso Nacional da

bancada paranaense, o que indica que a motivação dos

Requeridos não é voltada a defender suas posições de forma

legítima, mas sim de atacar direta e especificamente a

imagem e a honra do Requerente e dos deputados federais

citados apresentando informações falsas que deturpam a

realidade, o que certamente não é abarcado pelo direito à

expressão e manifestação.

Também quanto ao texto que acompanha à imagem nas

postagens de Facebook de autoria do SINDICATO DOS POLICIAIS RODOVIÁRIOS

FEDERAIS NO ESTADO DO PARANÁ (SINPRF/PR), depreende-se manifestações

injuriosas, que caracterizam ilícito penal e civil por macularem a honra e a imagem

do SR. RICARDO BARROS.

Diante de tais fatos, que urgem por célere provimento

judicial, é a presente ação cominatória (obrigação de fazer e não fazer), objetivando

provimento judicial para determinar a imediata retirada de tais outdoors e das

postagens de Facebook, bem como ordem de abstenção dos Requeridos de

promoverem novas publicações com o mesmo conteúdo injurioso, difamatório e

inverídico contra a honra e imagem do SR. RICARDO BARROS, em qualquer meio de

comunicação, sob pena de multa, cumulada com indenização por danos morais,

conforme os fundamentos de direito a seguir aduzidos.

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Page 8: Inicial Ricardo Barros

II. FUNDAMENTOS JURÍDICOS

II.1. EXTRAPOLAÇÃO DOS LIMITES DO DIREITO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO

– DIREITO À CESSAÇÃO DA CONTINUIDADE DO DANO E INDENIZAÇÃO

A presente ação tem como fundamento primordial fazer

cessar imediatamente e reparar os danos à imagem e à honra que foram e vem

sendo acarretados ao Requerente em decorrência da afixação de outdoors pela

cidade de Curitiba (até aonde se tem ciência, pois acredita-se que estão espalhados

por outras cidades do Paraná) e publicações nas redes sociais (facebook) nas quais

o Requerente é acusado falsamente de ter um projeto para “acabar com a

aposentadoria” e de estar “agindo contra a população”, imprimindo a ideia de que

o Requerente mente e trai a população paranaense. E mais, nos posts efetuados nas

redes sociais, o primeiro Requerido, SINPRF/PR, afirma que continuará “defendendo

nosso país de ladrões e má gestores do dinheiro público (sic)”.

A divulgação em outdoors está sendo promovida pela

UNIÃO DOS POLICIAIS DO BRASIL (UPB), conforme constam nos próprios outdoors

(logo da UPB), com apoio do SINDICATO DOS POLICIAIS RODOVIÁRIOS

FEDERAIS NO ESTADO DO PARANÁ (SINPRF/PR). Já as postagens de Facebook,

por sua vez, estão sendo promovidas pelo SINDICATO DOS POLICIAIS

RODOVIÁRIOS FEDERAIS NO ESTADO DO PARANÁ (SINPRF/PR) – razão que

justifica o litisconsórcio passivo.

No Facebook, os Requeridos, ao publicarem o

cartaz/fotografia, se utilizam dos termos “ladrões” e “má gestores”, atrelando tais

adjetivos à imagem e ao nome do SR. RICARDO BARROS. Além disso, fazem menção

expressa de que a intenção dos outdoors e publicações no Facebook é para que o

“povo não reeleja político nenhum que apoie tal medida [reforma da previdência]”.

Ou seja, com claro caráter prejudicial ao nome e à imagem do SR. RICARDO BARROS,

com a intenção de influenciar a população, instigando nela o sentimento de repulsa

ao ora Requerente quando da vinculação de sua imagem (fotografia) e nome às

palavras de “ladrão” “má gestor (sic)” e, implicitamente, a “traidor da população” em

razão da afirmativa “não deixe que eles ajam contra você”, como se o Requerente

estivesse adotando conduta sorrateira e lesiva contra a população.

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Page 9: Inicial Ricardo Barros

Ora, conforme já explanado, as manifestações dos

Requeridos via outdoors e postagens na rede social facebook estão repletas de

informações inverídicas e difamatórias, que denotam extrapolação dos limites do

direito à liberdade de expressão, configurando ato ilícito que deve ser cessado via

tutela jurisdicional, bem como faz surgir contra os Requeridos o dever de indenizar o

dano moral ocasionado, nos estritos termos do art. 5º da Constituição Federal:

Art.5º

(...)

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo,

além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

(...)

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a

imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização

pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

É certo que a Constituição Federal também garante a

liberdade de expressão, porém esta é condicionada pelo direito fundamental à

proteção à honra e à imagem, notadamente nos casos em que as informações

manifestadas a respeito de outrem distorcem os fatos e apresentam informações

inverídicas, com claro objetivo de ensejar conclusões e sentimentos equivocados à

população (destinatários).

No caso, foram apresentados nos outdoors e nas

postagens de facebook informações falsas, pois: (i) o projeto de Reforma da

Previdência que tramita no Congresso Nacional é de autoria do Poder Executivo

Federal, visando o ajustes das contas públicas (arquivo anexo – mov. 1.06), sendo

inverídica a informação que atribui ao Requerente o projeto de Reforma da

Previdência “projeto deles pode acabar com sua aposentadoria”; (ii) o Requerente

está no exercício do cargo de Ministro de Estado da Saúde, estando licenciado do

mandato de deputado federal, razão pela qual as atribuições legais de sua função

permitem “agir” ou “votar” em favor ou contra a PEC da Reforma da Previdência

sendo falsa a informação da imagem/outdoor de que o Requerente teria um projeto e

que agiria para “acabar com a aposentadoria”; (iii) a PEC n. 287/2016 que versa sobre

a reforma da previdência em nenhum momento estabelece o fim da aposentadora,

mas, sim, altera critérios para aposentadoria em razão de necessidade de equilíbrio

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das contas públicas, sendo, portanto, inverídica a menção do outdoor/imagem ao “fim

da aposentadoria”; (iv) os Requeridos resolveram atacar a imagem e a honra apenas

do Requerente e de dois deputados federais, o que causa no mínimo estranheza e

indica que o objetivo das publicações não é apenas de se contrapor à reforma da

previdência, mas sim atacar especificamente algumas pessoas públicas, inclusive

aquelas que não estão no exercício de mandato perante o Congresso Nacional, como

o caso do ora Requerente.

Com relação às postagens de facebook, é dotada de

flagrante desrespeito, nocividade e ilegalidade, imprimindo a ideia de que o SR.

RICARDO BARROS está “traindo a população”, está “agindo pelas costas dos

eleitores” e, pior, é “ladrão” e “má gestor (sic)”, conduta está que configura ato ilícito

por ofender-lhe a honra, o nome e a imagem.

Não pretende-se atacar aqui o direito dos Requeridos à

liberdade de expressão, pelo contrário, entende-se que a exposição de ideias

contrárias e a veiculação de informações e de posicionamentos de interesse geral e

público são inerentes à democracia, desde que se dê de forma razoável, adequada,

moderada, sem oportunismos e sem cunho prejudicial à imagem e ao nome de

outrem.

Em outras palavras, pode-se afirmar que o direito à

liberdade de expressão deve dar-se de forma responsável, com rigor e objetividade,

respeitando-se os direitos fundamentais, em especial aqueles ligados à dignidade da

pessoa humana, tal como o nome, a imagem e honra subjetiva e objetiva.

Alexandre de MORAES, ao lecionar sobre o direito de

liberdade de expressão, consigna que tal direito não é absoluto, devendo seu

exercício dar-se dentro de limites de compatibilidade e razoabilidade impostos pelas

demais normas constitucionais, in verbis:

(...) A liberdade de expressão constitui um dos fundamentos essenciais de uma sociedade democrática e compreende não somente as informações consideradas como inofensivas, indiferentes ou favoráveis, mas também as que possam causar transtornos, resistência, inquietar pessoas, pois a Democracia somente existe baseada na consagração do pluralismo de ideias

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e pensamentos, da tolerância de opiniões e do espírito aberto ao diálogo. (...) Obviamente que, assim como os demais Direitos Fundamentais, o exercício da liberdade de expressão não é absoluto, sofrendo restrições perante a análise de compatibilidade e razoabilidade com o conjunto das previsões constitucionais, entre elas, a proibição ao racismo e qualquer forma de preconceito, a proteção à criança e adolescente, além da possibilidade de indenização por danos morais e à imagem, consagrando ao ofendido a total reparabilidade em virtude de prejuízos sofridos1.

Palmilhando o mesmo caminho, André Ramos TAVARES

assevera que o direito à liberdade de expressão (art. 5º, IV e IX, da CF/88) possui

limites lógicos, ínsitos ao próprio sentido axiológico e conceitual de liberdade. Para

que o exercício deste direito encontre guarida legal não poderá violar a esfera jurídica

de outros, em nenhum de seus direitos individuais. Em especial sentir sobre o direito

à imagem, ao nome e à honra (art. 5º, X, da CF/88) o doutrinador lança as seguintes

considerações:

Com base no que foi dito, Nuno e Souza entende que, como

limites imediatos à liberdade de expressão, “(...) podem apontar-

se os direitos à imagem, à identidade pessoal, ao bom nome e

reputação e à reserva da intimidade da vida privada e familiar

(...)”.

Finda o autor por concluir, ainda, que: “(...) veda-se a utilização

abusiva (mas sem atingir o grau mais grave de violação da

dignidade humana), ou contrária à dignidade humana, de

informações relativas às pessoas e famílias; portanto, o uso

abusivo de informações sobre as pessoas e famílias, mesmo

que não contrarie directamente a dignidade humana, é ilícito”.2

No mesmo diapasão tem-se os ensinamentos de Gilmar

MENDES, que nos indicam que a liberdade de expressão não é absoluto, insuscetível

de restrição pelo Judiciário ou pelo Legislador, vez que ao exercício deste direito

1 MORAES, Alexandre. Constituição do Brasil interpretada e legislação constitucional. São Paulo : Atlas, 2011, p. 129-130 2 TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. 9.ed. rev. e atual. – São Paulo : Saraiva,

2011, p. 633/634.

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encontram-se limites expressamente previstos na Constituição Federal quando, em

seu art. 220, afirma que deverá ser observado o disposto na Constituição3:

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a

expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou

veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto

nesta Constituição.

Não de outra sorte é que segue o entendimento de Sérgio

CAVALIERI FILHO, que, ao deter-se sobre a responsabilidade civil, se expressa

afirmando que o direito constitucional à imagem, à honra, quando em conflito com o

direito à liberdade de expressão, sobrepõe-se a este. In verbis:

À luz desses princípios, é forçoso concluir que, sempre que

direitos constitucionais são colocados em confronto, um

condiciona o outro, atuando como limites estabelecidos pela

própria Lei Maior para impedir excessos e arbítrios. Assim, se ao

direito à livre expressão da atividade intelectual e de

comunicação contrapõe-se o direito à inviolabilidade da vida

privada, da honra e da imagem, segue-se como consequência

lógica que este último condiciona o exercício do primeiro4.

E mais, atrelada à doutrina está a posição do Egrégio

Superior Tribunal de Justiça, que, em síntese, apregoa que a liberdade de informação

deve estar atenta ao dever de veracidade, pois a falsidade dos dados divulgados

manipula, em vez de formar a opinião pública, bem como ao interesse público (REsp

896.635/MT, 3ª Turma, DJe 10.03.2008).

Vê-se, portanto, que o direito à liberdade de expressão

encontra limites imediatos nos direitos da personalidade, o qual abarca o direito ao

nome, à imagem e à honra (objetiva e subjetiva), todos consagrados pela Constituição

Federal. A conduta de transgressão desses limites constitucionais ingressa, assim, no

3 MENDES, Gilmar. Colisão de Direitos Fundamentais: Liberdade de Expressão e Comunicação e

Direito à Honra e à Imagem. In.____. Informativo Consulex, Brasília, ano VII, n. 43, out. 1993, p. 1.150. 4 CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. 10ºed. – São Paulo : Atlas, 2012, p. 124.

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campo da responsabilidade civil e penal, fazendo surgir ao titular do direito violado o

direito de justa reparação, tal como nos ensina Rui STOCO5.

Consoante se infere dos outdoors e postagens no

Facebook, a manifestação perpetrada pelos Requeridos não possuem, nem mesmo

de longe, qualquer indício de caráter informativo à sociedade ou de manifestação de

posicionamento legítima. Os outdoors e as postagens de facebook apresentam

informações inverídicas, difamatórias e injuriosas, enganam os destinatários e

ofendem a honra do Requerente, levando as pessoas a imaginar que o Requerente

estaria encabeçando um projeto para acabar com a aposentadoria das pessoas,

quando a realidade é que o Requerente é Ministro da Saúde, não deliberando no

Congresso Nacional; o projeto de reforma da previdência que tramita no Congresso

não prevê fim de aposentadoria, e sim readequação de critérios para a aposentadoria;

o Requerente jamais agiu contra a população, e sim de acordo com o interesse

público.

Frisa-se, ainda, que as manifestações dos Requeridos

extrapolam os limites do direito à liberdade de expressão quando incitam a população

a não mais votar no ora Requerente com a seguinte redação: A UPB/PR, com a

instalação dos outdoors, pretende chamar a atenção do povo para que NÃO

REELEJA político nenhum que apoie tal medida. (vide ata notarial – mov. 1.04 e

1.05).

Neste sentir, fica mais que evidente que o adjetivo de

“traidor”, decorrência lógica da frase “não deixe que eles ajam contra você”, somado

ao de “ladrão” e “má gestor”, caracteriza ofensa à honra, ao nome e à imagem do

SR. RICARDO BARROS, extrapolando o direito de crítica a sua atuação política, surgindo,

portanto, dever de reparação pelos danos morais, nos estritos termos do art. 186 c/c

927 do Código Civil.

Em caso similar ao aqui exposto, o Tribunal de Justiça do

Mato Grosso do Sul confirmou sentença proferida pelo MM. Juízo de Dourados, que

condenou o Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação e a Seção Sindical

5 STOCO, Rui. Tratado de Responsabilidade Civil. – São Paulo : RT, 2004, p. 1.742.

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dos Docentes da Fundação da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul ao

pagamento de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) a cada um dos 13 (treze) vereadores

do munícipio em razão da publicização de outdoors que continham a foto e o nome

de cada parlamentar somada à frase: “Os traidores do povo passaram a mão na

educação”, somado ao adjetivo desprezível de “traíras”. Tais outdoors não faziam

qualquer esclarecimento à população – sem caráter informativo portanto. Vejamos

excertos da sentença:

Nesta linha de raciocínio, analisando a documentação

colacionada aos autos (fls. 29/31), na esteira dos ensinamentos

doutrinários supra transcritos, entendo que o Sindicato Municipal

dos Trabalhadores em Educação – SIMTED e a Seção Sindical

dos Docentes da Fundação da Universidade Estadual de Mato

Grosso do Sul – ADUEMS, ao veicularem propagandas

estampadas com as imagens de cada um dos Autores,

atribuindo-lhes a prática de conduta delituosa ("Os

traidores do povo que passaram a mão na educação") e o

adjetivo chulo e pejorativo de "TRAÍRA", em letras

destacadas e garrafais, sem nem ao menos esclarecer à

população a razão e/ou os fatos que ensejaram a afronta,

excederam os limites de seu direito à livre manifestação do

pensamento, maculando visivelmente a honra subjetiva dos

vereadores, fato este suficiente para ensejar a reparação

pretendida.

Note-se, in casu, não se tratou de publicidade com caráter de

informação e/ou de mera crítica contundente à atuação dos

vereadores, veiculada com o escopo de informar e/ou

defender/atender os interesses de seus sindicalizados, mas

sim de um ato grosseiro, desrespeitoso e acintoso à

dignidade dos Autores. (TJMS. Ap. 0806445-

63.2015.8.12.0002 – 5ª CC. Rel. Des. Julio Roberto Siqueira

Cardoso. Pub.D.O – 30.05.2017).

Na espécie, as propagandas veiculadas pelos Requeridos

deturpam a realidade, apresentando informações inverídicas sobre a reforma da

previdência e sobre a participação direta do Requerente nas deliberações do

Congresso Nacional, tentando prejudicar a imagem do Requerente perante a

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população. Além disso, das postagens de facebook extrai-se o termo “ladrão” e

“traidor”, aquele que age pelas costas de alguém, sem se olvidar, claro, da incitação

da população à rejeição deste Requerente enquanto candidato político.

Demonstra-se, assim, que todos os requisitos necessários

para que os Requeridos sejam obstados de continuar ofendendo a honra e

imagem do Requerente, via outdoors e postagens difamatórias e injuriosas (obrigação

de não fazer), e para a configuração do dever de indenizar revelam-se presentes in

casu: (i) a conduta humana consiste na publicação da foto e nome do Requerente

aliados aos fatos inverídicos e dizeres e adjetivos constantes dos outdoors e

Facebook; (ii) o dano consiste ao abalo da honra subjetiva, interna do SR. RICARDO

BARROS, por ser chamado de “ladrão” e “traidor”, aliada à vinculação de seu nome e

fotografia para fins pejorativos, desrespeitosos e lesivos, bem como a sua honra

objetiva, aquela de se configura perante a sociedade e que resta abalada pelos fatos

inverídicos que lhe são atribuídos; (iii) o nexo de causalidade salta aos olhos, pois

flagrante o liame jurídico imaterial que liga o dano sofrido à conduta perpetrada pelos

Requeridos.

Portanto, mostra-se imperativa a condenação dos

Requeridos à devida reparação dos danos morais ocasionados ao SR. RICARDO

BARROS, em razão dos graves fatos acima noticiados e provados (documentação

anexa) e com base na fundamentação supra.

II.2. DA TUTELA DE URGÊNCIA: obrigação cominatória – imediata retirada de

TODOS os Outdoors e postagens no Facebook e abstenção a novas postagens

e publicações – Ofício ao Facebook

Consoante o acima arrazoado, juntamente com os

documentos ora colacionados, verifica-se o direito do Requerente em fazer cessar

imediatamente a veiculação de seu nome e imagem nas postagens e

publicações/outdoors realizadas pelos Requeridos, ante os efeitos nocivos e nefastos

deles decorrentes, ordenando que os Requeridos efetuem (i) a imediata retirada de

TODOS os outdoors, independentemente da cidade em que se localizam, que

contenham a imagem e o nome do SR. RICARDO BARROS vinculando à imagem

apresentada nos presentes autos ou qualquer outra imagem que o vincule aos fatos

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inverídicos de ter um projeto e agir para acabar com a aposentadoria; (ii) excluam

toda e qualquer publicação de redes sociais, blogs e demais sites da rede mundial de

computadores que sejam injuriosos, difamatórios contra o Requerente, em especial a

vinculada no seguinte endereço

https://www.facebook.com/sindicato.parana/photos/rpp.888857147801338/16040905

56277990/?type=3&theater; e (iii) se abstenham de fazer novas publicações

vinculadas ao nome e à imagem deste Requerente sobre pautas que não são de

atribuição do Ministro de Estado da Saúde e que imputam informações falsas como

as destacadas e desmentidas na presente ação, em qualquer meio de comunicação

ou difusão de informação, até o julgamento final da presente demanda.

O art. 300 do Código de Processo Civil afirma que a

tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a

probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Nas lições dos Professores MARINONI, MITIDIERO e

ARENHART, para a concessão da tutela de urgência basta que reste evidenciada a

probabilidade do direito, sendo esta que autoriza o emprego da técnica antecipatória

para a tutela dos direitos é a probabilidade lógica ­ que é aquela que surge da

confrontação das alegações e das provas com os elementos disponíveis nos autos,

sendo provável a hipótese que encontra maior grau de confirmação e menor grau de

refutação nesses elementos6.

No caso vertente, a probabilidade de direito resta mais

que estampada, estando demonstradas as informações abusivas, inverídicas e

difamatórias constantes dos outdoors espalhados pela cidade de Curitiba/PR

(conforme confirmado por ata notarial - mov. 1.04 e 1.05) e as injurídicas lançadas

nas postagens de facebook, que evidentemente desbordam os limites do direito de

expressão, configurando ilícito que merece ser imediatamente cessado e reparado.

Aliado a isso, existe inequívoco perigo na demora, pois

eventual continuidade da exposição dos outdoors nas cidades paranaenses, bem

como continuidade das postagens públicas no facebook enquanto se esperar o

6 MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo código de processo civil comentado ­ São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015, p. 312

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julgamento definitivo da ação implicaria concretização de forma irreparável dos

danos à imagem e à honra do Requerente, pois milhares de pessoas continuariam

tendo acesso às informações extraídas de tais publicidades, maculando

continuamente a imagem do Requerente.

É necessário medida de urgência para imediatamente

ordenar a cessação dos graves danos que vem sendo ocasionados ao Requerente

em decorrência dos outdoors e postagens que vem sendo levadas a efeito pelos

Requeridos.

Destarte, com base no todo até aqui exposto, com os

sólidos fundamentos e provas carreadas aos autos, que demonstram a violação dos

direitos personalíssimos do SR. RICARDO BARROS (nome, imagem e honra – subjetiva

e objetiva), requer-se, respeitosamente, a antecipação da tutela de urgência

ordenando aos Requeridos a (i) a imediata retirada de TODOS os Outdoors colocados

em Curitiba/PR e eventualmente em outras cidades, que contenham a imagem e o

nome do Sr. Ricardo Barros vinculando à imagem apresentada nos presentes autos

ou qualquer outra imagem que o vincule a acusação inverídica de ter um projeto para

acabar com a aposentadoria; (ii) excluam toda e qualquer publicação de redes sociais,

blogs e demais sites da rede mundial de computadores que sejam injuriosos,

difamatórios contra o Requerente, em especial a vinculada no seguinte endereço

https://www.facebook.com/sindicato.parana/photos/rpp.888857147801338/16040905

56277990/?type=3&theater ; e (iii) se abstenham de fazer novas publicações

vinculadas ao nome e à imagem deste Requerente sobre pautas que não são

atribuição de Ministro da Saúde e que imputam informações falsas como as

destacadas e desmentidas na presente ação, em qualquer meio de comunicação ou

difusão de informação, até o julgamento final da presente demanda.

Para o devido cumprimento da tutela de urgência, requer-

se seja fixado o prazo de 24h (vinte e quatro horas) para que os Requeridos retirem

as publicações de todos os outdoors, nos termos acima, e o prazo de 3h (três horas)

para que todas as publicações em redes sociais, sites, blogs e demais sites da rede

mundial de computadores, sejam excluídas, sob pena de multa diária de R$ 10.000,00

(dez mil reais).

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Derradeiramente, e visando a célere efetividade da tutela

de urgência, requer-se a expedição de ofício ao Facebook Serviço Online do

Brasil, pessoa jurídica inscrita no CNPJ/MF sob o n. 13.202.118/0001-44, com sede

na Rua Leopoldo Couto Magalhães Júnior, n. 700, 5º andar, São Paulo/SP, CEP

04542-000, para que efetue a imediata exclusão da postagem realizada pelos

Requeridos, fazendo consignar expressamente no ofício o endereço eletrônico

da postagem:

https://www.facebook.com/sindicato.parana/photos/rpp.888857

147801338/1604090556277990/?type=3&theater

II.3 DA CONFIRMAÇÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA (OBRIGAÇÃO

COMINATÓRIA) EM SENTENÇA

Ao final, quando da sentença de mérito pela integral

procedência da presente ação, pugna-se a este MM. Juízo a confirmação da tutela de

urgência deferida, aplicando na espécie o art. 497 do Código de Processo Civil,

determinando as providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado

prático equivalente, consignando, ainda, a incidência de multa diária em caso de

descumprimento pelos Requeridos.

Por oportuno, aliada à fundamentação supra, cumpre

informar que a confirmação da tutela especifica cominatória (obrigação de fazer, a

princípio, e obrigação de não fazer) prescinde de demonstração do dano ou da

existência da culpa (lato sensu) dos Requeridos, nos termos do parágrafo único do

art. 497 do Código de Processo Civil.

Destarte, com base no todo até aqui exposto, com os

sólidos fundamentos e provas carreadas aos autos, que demonstram a violação dos

direitos personalíssimos do Sr. Ricardo Barros (nome, imagem e honra – subjetiva e

objetiva), requer-se, respeitosamente, a confirmação da tutela de urgência, proferindo

comando mandamental aos Requeridos para que: (i) se abstenham de afixar Outdoors

em Curitiba/PR ou qualquer outro Município, que contenham a imagem e o nome do

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Sr. Ricardo Barros vinculando à imagem apresentada nos presentes autos ou

qualquer outra imagem que o vincule a acusação difamatória e inverídica de ter um

projeto para acabar com a aposentadoria; (ii) excluam toda e qualquer publicação de

redes sociais, blogs e demais sites da rede mundial de computadores que sejam

injuriosos, difamatórios contra o Requerente, em especial a vinculada no seguinte

endereço

https://www.facebook.com/sindicato.parana/photos/rpp.888857147801338/16040905

56277990/?type=3&theater , abstendo-se de realizar novas publicações de igual ou

semelhante teor; e (iii) se abstenham de fazer novas publicações vinculadas ao nome

e à imagem deste Requerente sobre pautas que não são atribuição de Ministro da

Saúde e que imputam informações falsas como as destacadas e desmentidas na

presente ação, em qualquer meio de comunicação ou difusão de informação.

Pugna-se, ainda, para que seja arbitrada multa diária para

o caso de descumprimento da ordem mandamental em valor não inferior a R$

10.000,00 (dez mil reais).

II.4 DO QUANTUM INDENIZATÓRIO

No que tange ao valor necessário à devida reparação dos

danos causados pelos Requeridos, pende asseverar, inicialmente, que: (i) o

Requerente é pessoa pública, reconhecida nacionalmente em razão de seus seguidos

mandatos de Deputado Federal e mais recentemente por sua atuação como Ministro

de Estado da Saúde; (ii) as manifestações dos Requeridos, além dos inúmeros

outodoors espalhados pela cidade, foram postadas na rede social Facebook, canal de

comunicação aberto para o mundo inteiro, sendo que as informações lá lançadas são

rapidamente disseminadas; e (iii) a condenação dos Requeridos independe de

qualquer investigação e comprovação de culpa ou dolo, pois o fato em si configura-se

lesivo – considerar o contrário colocaria o Requerente em posição de total

impossibilidade de demonstração do seu direito.

Perfilhado aos argumentos acima, é o entendimento do

Superior Tribunal de Justiça (STJ):

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11/12/2017: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

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RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ALEGAÇÃO DE DANOS MORAIS DECORRENTES DE NOTÍCIA JORNALÍSTICA QUE INCLUI DEPUTADO FEDERAL NO ROL DE ACUSADOS DE PARTICIPAREM DO ESCÂNDALO DO "MENSALÃO". INFORMAÇÃO QUE SE DISTANCIA DA REALIDADE DOS FATOS. INDENIZAÇÃO DEVIDA. 1. Embora a proteção da atividade informativa extraída diretamente da Constituição garanta a liberdade de "expressão, da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (art. 5º, inciso IX), também se encontra constitucionalmente protegida a inviolabilidade da "intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação" (art. 5º, inciso X). 2. Nesse passo, apesar do direito à informação e à liberdade de expressão serem resguardados constitucionalmente - mormente em épocas eleitorais, em que as críticas e os debates relativos a programas políticos e problemas sociais são de suma importância, até para a formação da convicção do eleitorado -, tais direitos não são absolutos. Ao contrário, encontram rédeas necessárias para a consolidação do Estado Democrático de Direito: trata-se dos direitos à honra e à imagem, ambos condensados na máxima constitucional da dignidade da pessoa humana. 3. O direito à informação não elimina as garantias individuais, porém encontra nelas os seus limites, devendo atentar ao dever de veracidade. Tal dever, ao qual estão vinculados os órgãos de imprensa não deve consubstanciar-se dogma absoluto, ou condição peremptoriamente necessária à liberdade de imprensa, mas um compromisso ético com a informação verossímil, o que pode, eventualmente, abarcar informações não totalmente precisas. Não se exigindo, contudo, prova inequívoca da má-fé da publicação. 4. No caso em julgamento, é fato público e noticiado pela mídia que o Deputado Federal Sandro Mabel foi absolvido de qualquer envolvimento no escândalo "mensalão" pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados em novembro de 2005, quase um ano antes das matérias veiculadas na rede televisiva da recorrida. Tampouco foi denunciado pelo Ministério Público na propalada ação penal que tramita no Supremo Tribunal Federal, sequer foi indiciado. 5. O fundamento do acórdão estadual de que não houve intenção do veículo de comunicação de ofender a honra e a moral do autor é descabido. Para ensejar indenizações do jaez desta que se ora persegue, não se exige a prova inequívoca da má-fé da publicação. Do contrário, equivaleria a prescrever a tais situações a produção de prova diabólica, improvável de ser produzida. 6. Nos termos do art. 944 do CC a indenização mede-se pela extensão do dano. Atentando-se às peculiaridades do caso, especialmente que se mostra evidente e estreme de dúvidas que a capacidade financeira da ora

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recorrida é elevada; e, considerando que a pessoa noticiada é pública e tem imagem estabelecida em âmbito nacional, que a reportagem foi veiculada em vários programas da rede televisiva; que, por outro lado, a condenação, no caso, é independente da investigação da intensidade da culpa/dolo do agente, afigura-se-me razoável o arbitramento da indenização no valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais). 7. Recurso especial provido. (REsp 1331098/GO, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 05/09/2013, DJe 24/10/2013)

Portanto, seguindo os parâmetros do Superior Tribunal de

Justiça, entende-se adequado o valor de R$100.000,00 (cem mil reais) a título de

quantum indenizatório, sobretudo considerando a capacidade e situação das partes,

em especial a pessoa do SR. RICARDO BARROS, Ministro de Estado da Saúde, que teve

seu nome, a sua imagem e sua honra diretamente atingidas pelas publicações

maliciosas, mentirosas, pejorativas e nocivas.

Destarte, requer-se a condenação dos Requeridos,

solidariamente, ao pagamento do valor de R$100.000,00 (cem mil reais) a título de

indenização pelos danos morais causados ao SR. RICARDO BARROS, nos termos da

sólida fundamentação acima tecida.

III. DO DESINTERESSE NA SESSÃO DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO (CPC, art.

319, VII).

Sem prejuízo da concessão do pleito de tutela de urgência

formulado acima, o Requerente informa, com arrimo no art. 319, VII, do Código de

Processo Civil, que não tem interesse na realização da audiência de conciliação e

mediação.

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Page 22: Inicial Ricardo Barros

IV. PEDIDOS

Diante de todo o acima exposto,. RICARDO JOSÉ MAGALHÃES

BARROS, respeitosamente pugna a Vossa Excelência:

a) a antecipação da tutela de urgência ordenando aos

Requeridos a (i) a imediata retirada de TODOS os Outdoors colocados em Curitiba/PR

e eventualmente em outras cidades, que contenham a imagem e o nome do Sr.

Ricardo Barros vinculando à imagem apresentada nos presentes autos ou qualquer

outra imagem que o vincule a acusação inverídica de ter um projeto para acabar com

a aposentadoria; (ii) excluam toda e qualquer publicação de redes sociais, blogs e

demais sites da rede mundial de computadores que sejam injuriosos, difamatórios

contra o Requerente, em especial a vinculada no seguinte endereço

https://www.facebook.com/sindicato.parana/photos/rpp.888857147801338/16040905

56277990/?type=3&theater; e (iii) se abstenham de fazer novas publicações

vinculadas ao nome e à imagem deste Requerente sobre pautas que não são de

atribuição do Ministro de Estado da Saúde e que imputam informações falsas como

as destacadas e desmentidas na presente ação, em qualquer meio de comunicação

ou difusão de informação, até o julgamento final da presente demanda., sendo-lhes

fixado o prazo de 24h (vinte e quatro horas) para que retirem as publicações de

todos os Outdoors, nos termos acima, e o prazo de 3h (três horas) para que todas

as publicações em redes sociais, sites, blogs e demais sites da rede mundial de

computadores, sejam excluídas, sob pena de multa diária de R$ 10.000,00 (dez mil

reais);

b) a expedição de ofício ao Facebook Serviço Online do

Brasil, pessoa jurídica inscrita no CNPJ/MF sob o n. 13.202.118/0001-44, com sede

na Rua Leopoldo Couto Magalhães Júnior, n. 700, 5º andar, São Paulo/SP, CEP

04542-000, para que efetue a imediata exclusão da postagem realizada pelos

Requeridos, fazendo consignar expressamente no ofício o endereço eletrônico

da postagem (acima reportado);

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c) a citação dos Requeridos, com as advertências de

estilo, para que apresentem contestação aos termos iniciais; requer-se ainda que se

faça constar do mandado de citação que, havendo reconhecimento da procedência

do pedido, os honorários advocatícios ficarão reduzidos ao percentual de 50%

(cinquenta por cento), na forma do art. 90, § 4º, do CPC 2015; requer-se ainda, em

caso de deferimento, a intimação dos Requeridos, quanto aos termos da tutela de

urgência;

d) a produção de todos os meios de prova admitidos em

direito, em especial com a juntada de novos documentos, depoimento pessoal dos

representantes dos Requeridos e oitiva de testemunhas;

e) ao final, o julgamento de INTEGRAL PROCEDÊNCIA

da presente ação para fins de, confirmando a tutela de urgência:

(1) determinar (comando mandamental) aos Requeridos

que: (i) se abstenham de afixar Outdoors em

Curitiba/PR ou qualquer outro Município, que

contenham a imagem e o nome do Sr. Ricardo Barros

vinculando à imagem apresentada nos presentes autos

ou qualquer outra imagem que o vincule a acusação

difamatória e inverídica de ter um projeto para acabar

com a aposentadoria; (ii) excluam toda e qualquer

publicação de redes sociais, blogs e demais sites da

rede mundial de computadores que sejam injuriosos,

difamatórios contra o Requerente, em especial a

vinculada no seguinte endereço

https://www.facebook.com/sindicato.parana/photos/rpp

.888857147801338/1604090556277990/?type=3&thea

ter , abstendo-se de realizar novas publicações de igual

ou semelhante teor; e (iii) se abstenham de fazer novas

publicações vinculadas ao nome e à imagem deste

Requerente sobre pautas que não são atribuição de

Ministro da Saúde e que imputam informações falsas

como as destacadas e desmentidas na presente ação,

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em qualquer meio de comunicação ou difusão de

informação, sob pena de multa diária não inferior a

R$10.000,00; e

(2) condenar os Requeridos ao pagamento do valor de R$

100.000,00 (cem mil reais) a título de danos morais

ocasionados ao SR. RICARDO BARROS; e

(3) condenar os Requeridos ao pagamento das custas

processuais e honorários advocatícios no montante de

20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, na

forma do art. 85, § 2o, do Código de Processo Civil.

Dá-se à causa o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

Pede deferimento.

Curitiba, 11 de dezembro de 2.017.

FLÁVIO PANSIERI DIEGO CAMPOS THIAGO DOLBERTH OAB/PR 31.150 OAB/PR 57.666 OAB/PR 75.070

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