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Página 1 Boletim 586/14 – Ano VI – 18/08/2014 Destaques Atividade-fim O Tribunal Superior do Trabalho (TST) acolheu recurso de um trabalhador para restabelecer sentença que havia reconhecido seu vínculo de emprego com o Banco Finasa e declarar sua condição de bancário. No entendimento majoritário da 2ª Turma, houve terceirização ilícita de atividade-fim por parte do banco, estando caracterizados os requisitos configuradores da relação de emprego. No caso, o trabalhador foi contratado pela Finasa Promotora de Vendas para prestar serviços ao Banco Finasa como assistente de negócios e promotor. Suas funções eram analisar propostas de crédito de clientes de lojas parceiras do banco e fazer cadastros, consultas no Serasa e, por fim, liberar recursos a partir de crédito pré-aprovado. Em juízo, requereu seu enquadramento como bancário e o pagamento de verbas típicas da categoria. Ao analisar o caso, a 87ª Vara do Trabalho de São Paulo classificou de "inequívoca" a fraude contratual. A decisão, porém, foi revista pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. O caso teve uma reviravolta ao ser examinado no TST. A 2º Turma constatou que as atividades desenvolvidas pelo trabalhador estavam integradas à dinâmica produtiva do banco, que se beneficiou de sua força de trabalho. A situação permite o reconhecimento do vínculo de emprego, por contrariedade à Súmula 331, item II, do TST. Sequestro relâmpago O Banco Bradesco foi condenado no Tribunal Superior do Trabalho (TST) a pagar indenização de R$ 70 mil a uma gerente que sofreu sequestro relâmpago ao transportar valores. Para o ministro Lelio Bentes Corrêa, da 1ª Turma, a conduta da instituição financeira enseja o pagamento de danos morais, já que a Lei nº 7.102, de 1983, determina a contratação de pessoal especializado para desempenhar essa atividade. A bancária, gerente-geral da agência de Santa Inês (BA), descreveu que era habitualmente desviada da função e obrigada a transportar dinheiro no seu próprio carro ou em táxis para agências de diferentes cidades do Estado, algumas delas a mais de 80 km de distância. Numa dessas viagens, foi vítima de assalto a mão armada, seguido de sequestro relâmpago no qual ficou cerca de 40 minutos nas mãos dos assaltantes. (Fonte: Valor Econômico dia 18-08-2014).

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Boletim 586/14 – Ano VI – 18/08/2014

Destaques Atividade-fim

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) acolheu recurso de um trabalhador para restabelecer sentença que havia reconhecido seu vínculo de emprego com o Banco Finasa e declarar sua condição de bancário. No entendimento majoritário da 2ª Turma, houve terceirização ilícita de atividade-fim por parte do banco, estando caracterizados os requisitos configuradores da relação de emprego. No caso, o trabalhador foi contratado pela Finasa Promotora de Vendas para prestar serviços ao Banco Finasa como assistente de negócios e promotor. Suas funções eram analisar propostas de crédito de clientes de lojas parceiras do banco e fazer cadastros, consultas no Serasa e, por fim, liberar recursos a partir de crédito pré-aprovado. Em juízo, requereu seu enquadramento como bancário e o pagamento de verbas típicas da categoria. Ao analisar o caso, a 87ª Vara do Trabalho de São Paulo classificou de "inequívoca" a fraude contratual. A decisão, porém, foi revista pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. O caso teve uma reviravolta ao ser examinado no TST. A 2º Turma constatou que as atividades desenvolvidas pelo trabalhador estavam integradas à dinâmica produtiva do banco, que se beneficiou de sua força de trabalho. A situação permite o reconhecimento do vínculo de emprego, por contrariedade à Súmula 331, item II, do TST.

Sequestro relâmpago

O Banco Bradesco foi condenado no Tribunal Superior do Trabalho (TST) a pagar indenização de R$ 70 mil a uma gerente que sofreu sequestro relâmpago ao transportar valores. Para o ministro Lelio Bentes Corrêa, da 1ª Turma, a conduta da instituição financeira enseja o pagamento de danos morais, já que a Lei nº 7.102, de 1983, determina a contratação de pessoal especializado para desempenhar essa atividade. A bancária, gerente-geral da agência de Santa Inês (BA), descreveu que era habitualmente desviada da função e obrigada a transportar dinheiro no seu próprio carro ou em táxis para agências de diferentes cidades do Estado, algumas delas a mais de 80 km de distância. Numa dessas viagens, foi vítima de assalto a mão armada, seguido de sequestro relâmpago no qual ficou cerca de 40 minutos nas mãos dos assaltantes.

(Fonte: Valor Econômico dia 18-08-2014).

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Metalúrgicos vão cobrar da GM aplicação de recursos em São José dos Campos júlio ottoboni SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos vai pedir uma reunião com a General Motors (GM) nos próximos dias, com objetivo de discutir as expectativas para a unidade da montadora no Vale do Paraíba, interior paulista. A movimentação partiu de sinalização do presidente da GM na América Latina, Jaime Ardilla, sobre o fim das atividades da fábrica. Em coletiva de imprensa, na sexta-feira (15), na qual a multinacional comemorava o patrocínio à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o executivo afirmou que os investimentos de R$ 6,5 bilhões, anunciados um dia antes, serão destinados a outras fábricas. No entanto, os metalúrgicos esperavam que a fábrica de São José dos Campos fosse incluída nos planos da GM, conforme acordo assinado em 15 de julho de 2013. Pelo acordo, a montadora investiria R$ 2,5 bilhões na fábrica para a produção de um novo veículo, a partir de 2017, o que resultaria em 2.500 novos postos de trabalho. Na época, a própria direção da companhia explicou que sem investimentos a unidade do Vale do Paraíba, a maior do complexo Chevrolet, encerraria as atividades. Em acordo anterior, assinado no dia 28 de janeiro de 2013, a GM se comprometeu a dar preferência para a planta de São José dos Campos, caso a montadora trouxesse para o Brasil a produção de um novo modelo da montadora. "Os dois acordos foram aprovados em assembleia pelos trabalhadores. Toda a negociação foi acompanhada de perto por representantes dos governos federal, estadual e municipal. Portanto, agora a GM tem de cumprir sua parte e trazer os investimentos para a nossa cidade", afirmou, em nota ao DCI, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antônio Ferreira de Barros. O grupo também tem fábricas em São Caetano e Mogi das Cruzes (SP), Gravataí (RS) e Joinville (SC). Recentemente, a GM anunciou planos de adotar na fábrica de São José dos Campos o sistema de lay-off (suspensão de contratos de trabalho). O sindicato é contrário à medida e condicionou a aceitação à garantia de estabilidade de emprego para todos os trabalhadores da planta. A montadora, entretanto, se recusou a aceitar a proposta dos metalúrgicos. "Desde 2012, as montadoras do País receberam mais de R$ 11 bilhões do governo. No mesmo período, demitiram mais de 9,7 mil trabalhadores. O governo está, literalmente, usando o dinheiro da população para financiar demissões no setor", destacam os sindicalistas, em comunicado. (Fonte: DCI dia 18-08-2014).

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