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NOVOS CONSELHEIROS INFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ - Nº 131- SET|OUT DE 2018 Págs. 2 e 3 Págs. 4 e 5 Págs. 6, 7 Págs. 8,9,10,11 e 12 PARA USO DOS CORREIOS MUDOU-SE DESCONHECIDO RECUSADO ENDEREÇO INSUFICIENTE NÃO EXISTE O NÚMERO INDICADO FALECIDO AUSENTE NÃO PROCURADO INFORMAÇÃO ESCRITA PELO PORTEIRO OU SINDICO REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL EM____/___/___ ___________________ Medalhas e Diplomas | 2018 Posse oficial - 01/10/2018 Posse festiva - 05/10/2018 Palavra do Presidente Nova Gestão Posse da Nova Gestão 2018/2023 Posse da Nova Gestão 2018/2023 Cátedra da UNESCO Galeria dos Conselheiros Eleitos - Gestão - 2018/2023

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NOVOS CONSELHEIROSINFORMATIVO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ - Nº 131- SET|OUT DE 2018

Págs. 2 e 3 Págs. 4 e 5 Págs. 6, 7 Págs. 8,9,10,11 e 12

PARA USO DOS CORREIOS

MUDOU-SEDESCONHECIDORECUSADOENDEREÇO INSUFICIENTENÃO EXISTE O NÚMERO INDICADO

FALECIDOAUSENTENÃO PROCURADOINFORMAÇÃO ESCRITA PELO PORTEIRO OU SINDICO

REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL

EM____/___/___ ___________________

Medalhas e Diplomas | 2018

Posse oficial - 01/10/2018

Posse festiva - 05/10/2018

Palavra do PresidenteNova Gestão

Posse da Nova Gestão 2018/2023

Posse da Nova Gestão 2018/2023

Cátedra da UNESCO

Galeria dos Conselheiros Eleitos - Gestão - 2018/2023

[email protected] Jornal Conselho

Palavra do Presidente

COMISSÃO EDITORIALDalgimar Beserra de Menezes

Fátima SampaioCREMEC: Av. Antonio Sales, 485 - Joaquim Távora

CEP: 60135-101Telefone: (85) 3230.3080

Fax: (85) 3221.6929www.cremec.org.br

E-mail: [email protected] responsável: Fred Miranda

Projeto Gráfico: WironEditoração Eletrônica: Júlio Amadeu

Impressão: Gráfica Ronda

DIRETORIAHelvécio Neves Feitosa

Inês Tavares Vale e MeloRoberto da Justa Pires NetoRoger Murilo Ribeiro SoaresAna Lúcia Araújo Nocrato

Régia Maria do Socorro Vidal do PatrocínioMarcelo Esmeraldo Holanda

José Albertino Souza Renato Evando Moreira Filho

CONSELHEIROS Alberto Farias Filho

Jáder Rosas CarvalhoJosé Lindemberg da Costa Lima

José Málbio Oliveira RolimJosé Otho Leal Nogueira

Lino Antônio Cavalcanti HolandaLúcio Flávio Gonzaga Silva

Maria Neodan Tavares Rodrigues Rafael Dias Marques Nogueira

Regina Lúcia Portela Diniz Antero Gomes Neto

Carlos Eduardo Barros JucáDiego Antunes Silveira

Fernando Soares de Medeiros Francisco Alequy de Vasconcellos Filho

Francisco Flávio Leitão de Carvalho Filho George Rafael Martins de Lima

Jailton Vieira Silva Joel Porfírio Pinto

José Fernandes Dantas Júlio Lélis da Costa Neto

Maria Airtes Vieira VitorianoPaulo Roberto de Arruda Tavares Raphael Felipe Bezerra de Aragão

Roberta Mendes NapoleãoRoberto Ribeiro Maranhão

Roberto Wagner Bezerra de Araújo Stela Norma Benevides Castelo

Thomaz Zeferino Veras Coelho Júnior Valéria Goes Ferreira Pinheiro

OUVIDORRicardo Maria Nobre Othon Sidou

Diretor de Fiscalização no Interior: Lino Antonio Cavalcanti Holanda

Diretor de Fiscalização na Capital: Maria Neodan Tavares Rodrigues

SECCIONAIS E REPRESENTANTES DO CREMEC

SECCIONAL DA ZONA NORTEEnd.: R Oriano Mendes, 113 - Centro

CEP.: 62010-370 Sobral-CE Fone/Fax: (88) 3613.2480

Email: [email protected] José Fontenele de Azevedo

Artur Guimarães Filho Raimundo Tadeu Dias Xerez

Francisco José Mont’alverne SilvaFrancisco Carlos Nogueira Arcanjo

José Ricardo Cunha Neves

SECCIONAL DO CARIRIR São José, 1085 - Centro

CEP.: 63050-211 / Juazeiro do Norte - CEFone/Fax: (88) 3511.3648

Email: [email protected]áudio Gleidiston Lima da Silva

José Flávio Pinheiro VieiraJoão Bosco Soares Sampaio

Geraldo Welilvan Lucena LandimJosé Marcos Alves Nunes

João Ananias Machado Filho

SECCIONAL DO CENTRO SULEnd.: R. Professor João Coelho, 66 sala 28

CEP.: 63500-000 Iguatu-CE Fone/Fax: (88) 3582.0944

Email: [email protected] Nogueira Vieira

Ariosto Bezerra ValeLeila Guedes Machado

Jorge Félix Madrigal AzcuyFrancisco Gildivan Oliveira Barreto

Givaldo Arraes

LIMOEIRO DO NORTEEfetivo: Dr. Michayllon Franklin Bezerra

Suplente: Dr. Ricardo Hélio Chaves Maia

CANINDÉEfetivo: Dr. Francisco Thadeu Lima ChavesSuplente: Dr. Antônio Valdeci Gomes Freire

ARACATIEfetivo: Dr. Francisco Frota Pinto JúniorSuplente: Dr. Abelardo Cavalcante Porto

CRATEÚSEfetivo: Dr. José Wellington Rodrigues

Suplente: Dr. Antônio Newton Soares TimbóQUIXADÁ

Efetivo: Dr. Maximiliano LudemannSuplente: Dr. Marcos Antônio de Oliveira

ITAPIPOCAEfetivo: Dr. Francisco Deoclécio Pinheiro

Suplente: Dr. Nilton Pinheiro GuerraTAUÁ

Efetivo: Dr. João Antônio da LuzSuplente: Waltersá Coelho Lima

nova gestãoEstamos iniciando nova gestão do Conselho Re-

gional de Medicina do Estado do Ceará – CREMEC, para o quinquênio 2018-2023.

O Conselho Federal de Medicina e os Conselhos Regionais de Medicina foram instituídos pelo De-creto-Lei n° 7.955, em 13 de setembro de 1945, no governo de Getúlio Vargas. O referido Decreto-Lei foi revogado pela Lei n° 3.268, de 30 de setembro de 1957 (no governo do presidente Juscelino Ku-bitscheck), ainda em vigor, que estabeleceu que os Conselhos passam a constituir em seu conjunto uma autarquia, sendo cada um deles dotado de persona-lidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira.

As atribuições dos Conselhos Federal e Regionais de Medi-cina estão definidas na Lei nº 3.268/57, bem como o processo de escolha dos conselheiros e sua composição (com alteração da redação dada pela Lei nº 11.000/2004). São os Conselhos de Medicina órgãos supervi-sores da ética profissional em todo o País e, ao mesmo tempo, julgadores e disciplinadores da “classe médica” (conforme a Lei), cabendo-lhes zelar e trabalhar por todos os meios ao seu alcance, pelo perfeito desempenho ético da Medicina e pelo prestígio de bom conceito da profissão e dos que a exercem legalmente. A aplicação de penas disciplinares, em caso de processo ético-profissional, está prevista no artigo 22 da Lei 3.268/57, tendo a gradação em cinco alíneas: a) advertência confidencial em aviso reservado; b) censura confidencial em aviso reservado; c) censura pública em publicação oficial; d) suspen-são do exercício profissional até 30 (trinta) dias; e) cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal.

A mesma norma determina também que os mé-dicos só poderão exercer legalmente a Medicina, em qualquer de seus ramos ou especialidades, após o prévio registro de seu diploma no Ministério da Edu-cação e Cultura (MEC) e sua inscrição no Conselho Regional de Medicina, sob cuja jurisdição se achar o local de sua atividade. Para divulgar especialida-de médica e/ou área de atuação, há a necessidade do registro prévio no Conselho Regional de Medicina (Art. 115 do Código de Ética Médica e Resolução CFM nº 1.974/2011). Os Conselhos só reconhe-cem como especialista quem concluiu programa de Residência Médica reconhecido pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM)/MEC e/ou quem obteve aprovação em prova para título de

especialista promovida pelas especialidades médicas filiadas à AMB. Temos, atualmente, 55 especialidades médicas e 59 áreas de atuação (subespecialidades) reconhecidas pela Comissão Mista de Especialidades (composta pela CNRM/AMB/CFM) (Resolução CFM nº 2.162/2017).

A autonomia financeira dos Conselhos Regionais de Medicina decorre basicamente dos 2/3 do valor das anuidades de pessoas físicas e jurídicas (empresas privadas, que prestam serviços médicos) inscritas. O 1/3 restante vai para o Conselho Federal de Medicina (Lei n° 3.268/1957, artigos 11 e 16). Há outras fon-tes de recursos de menor porte, sempre respeitando a proporção citada, entre os Conselhos Regionais

e o Federal (por exemplo, a taxa de expedição de carteiras profissionais).

Além da função judican-te (apuração de denúncias, instrução de processos ético--profissionais e realização de julgamentos) e cartorial (regis-tro de diploma de conclusão de curso com inscrição do médico e emissão do número do CRM, emissão de carteiras médicas, registro de certifi-cado de Residência Médica e de título de habilitação em Área de Atuação, inscrição de empresas médicas, declarações de regularidade para o exer-cício profissional), os Conse-lhos Regionais desempenham também as funções normativa (emissão de pareceres e resolu-ções) e fiscalizatória (fiscalizar

os locais em que os médicos trabalham, avaliando a adequação das condições estruturais, de recursos humanos e de insumos para o exercício profissional). Na perspectiva de zelar e trabalhar por todos os meios ao seu alcance, pelo perfeito desempenho ético da Medicina e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exercem legalmente, cabe também aos Conselhos de Medicina promover a educação con-tinuada dos médicos nas esferas técnico-científica e ética, bem como lutar pela melhoria das condições de trabalho (incluindo infraestrutura e remuneração).

As metas da nova gestão estão delineadas no “Dis-curso de Posse” (publicado nesta edição do Jornal). Na expectativa de dias melhores para a Medicina cea-rense e brasileira, vamos dar seguimento ao trabalho sério e competente da gestão pretérita, promovendo as inovações necessárias ao cumprimento das novas exigências da sociedade e da categoria médica.

Helvécio Neves FeitosaPresidente do CREMEC

“Na expectativa de dias melhores para a Medicina cearense e

brasileira, vamos dar seguimento ao trabalho

sério e competente da gestão pretérita,

promovendo as inovações necessárias ao cumprimento das novas exigências da sociedade e da categoria médica.”

Jornal Conselho [email protected]

DIRETORIAHelvécio Neves Feitosa

Inês Tavares Vale e MeloRoberto da Justa Pires NetoRoger Murilo Ribeiro SoaresAna Lúcia Araújo Nocrato

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José Albertino Souza Renato Evando Moreira Filho

CONSELHEIROS Alberto Farias Filho

Jáder Rosas CarvalhoJosé Lindemberg da Costa Lima

José Málbio Oliveira RolimJosé Otho Leal Nogueira

Lino Antônio Cavalcanti HolandaLúcio Flávio Gonzaga Silva

Maria Neodan Tavares Rodrigues Rafael Dias Marques Nogueira

Regina Lúcia Portela Diniz Antero Gomes Neto

Carlos Eduardo Barros JucáDiego Antunes Silveira

Fernando Soares de Medeiros Francisco Alequy de Vasconcellos Filho

Francisco Flávio Leitão de Carvalho Filho George Rafael Martins de Lima

Jailton Vieira Silva Joel Porfírio Pinto

José Fernandes Dantas Júlio Lélis da Costa Neto

Maria Airtes Vieira VitorianoPaulo Roberto de Arruda Tavares Raphael Felipe Bezerra de Aragão

Roberta Mendes NapoleãoRoberto Ribeiro Maranhão

Roberto Wagner Bezerra de Araújo Stela Norma Benevides Castelo

Thomaz Zeferino Veras Coelho Júnior Valéria Goes Ferreira Pinheiro

OUVIDORRicardo Maria Nobre Othon Sidou

Diretor de Fiscalização no Interior: Lino Antonio Cavalcanti Holanda

Diretor de Fiscalização na Capital: Maria Neodan Tavares Rodrigues

SECCIONAIS E REPRESENTANTES DO CREMEC

SECCIONAL DA ZONA NORTEEnd.: R Oriano Mendes, 113 - Centro

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Artur Guimarães Filho Raimundo Tadeu Dias Xerez

Francisco José Mont’alverne SilvaFrancisco Carlos Nogueira Arcanjo

José Ricardo Cunha Neves

SECCIONAL DO CARIRIR São José, 1085 - Centro

CEP.: 63050-211 / Juazeiro do Norte - CEFone/Fax: (88) 3511.3648

Email: [email protected]áudio Gleidiston Lima da Silva

José Flávio Pinheiro VieiraJoão Bosco Soares Sampaio

Geraldo Welilvan Lucena LandimJosé Marcos Alves Nunes

João Ananias Machado Filho

SECCIONAL DO CENTRO SULEnd.: R. Professor João Coelho, 66 sala 28

CEP.: 63500-000 Iguatu-CE Fone/Fax: (88) 3582.0944

Email: [email protected] Nogueira Vieira

Ariosto Bezerra ValeLeila Guedes Machado

Jorge Félix Madrigal AzcuyFrancisco Gildivan Oliveira Barreto

Givaldo Arraes

LIMOEIRO DO NORTEEfetivo: Dr. Michayllon Franklin Bezerra

Suplente: Dr. Ricardo Hélio Chaves Maia

CANINDÉEfetivo: Dr. Francisco Thadeu Lima ChavesSuplente: Dr. Antônio Valdeci Gomes Freire

ARACATIEfetivo: Dr. Francisco Frota Pinto JúniorSuplente: Dr. Abelardo Cavalcante Porto

CRATEÚSEfetivo: Dr. José Wellington Rodrigues

Suplente: Dr. Antônio Newton Soares TimbóQUIXADÁ

Efetivo: Dr. Maximiliano LudemannSuplente: Dr. Marcos Antônio de Oliveira

ITAPIPOCAEfetivo: Dr. Francisco Deoclécio Pinheiro

Suplente: Dr. Nilton Pinheiro GuerraTAUÁ

Efetivo: Dr. João Antônio da LuzSuplente: Waltersá Coelho Lima

POSSE DA NOVA GESTÃO 2018/2023

DISCURSO DO DR. IVAN DE ARAÚJO MOURA FÉ AO TÉRMINO DO MANDATO NA PRESIDÊNCIA DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO CEARÁ.

Senhoras e Senhores

Há cinco anos, quarenta médicos estavam toman-do posse como Conselheiros do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, para o mandato de 2013 a 2018. Cabe agora, mesmo que em linhas gerais, prestar contas do que foi feito, cotejar os compromissos assumidos com o que efetivamente foi realizado. Aferir se no período citado o CREMEC desempenhou seu dever de fiscalizar o exercício da Medicina e promover o perfeito desempenho técnico e ético da profissão médica; se contribuiu para um melhor atendimento à saúde da população.

Em uma de suas principais linhas de ação, o Con-selho de Medicina do Ceará pôs em prática um amplo trabalho de fiscalização dos serviços médicos em terras cearenses, tendo sido feitas visitas e vistorias em hospitais, clínicas, unidades básicas de saúde, UPAs, Policlínicas, CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) e demais locais em que se realiza atendimento à saúde em todos os mu-nicípios do Estado do Ceará. Cada uma das fiscalizações resultou em relatório encaminhado ao Ministério Público e aos gestores de saúde, envolvendo também esses entes públicos na cobrança de providências saneadoras. O sentido deste esforço emerge da compreensão de que ao fiscalizar e determinar medidas para a correção de impropriedades ou carências nos serviços de saúde, o Conselho está contribuindo para que melhore a qualidade do atendimento médico prestado à saúde da população. Em 2017, o Conselho fiscalizou, no interior do Estado, 67 hospitais, 5 policlínicas, 9 UPAs e 633 unidades bási-cas de assistência à saúde; na cidade de Fortaleza, foram vistoriados 22 hospitais, 32 clínicas, 15 CAPS, 9 UPAs e 15 unidades de atenção primária à saúde.

No que respeita ao trabalho judicante, isto é, de apuração de possíveis infrações às normas éticas da profissão médica, ressaltamos que o CREMEC sempre teve como prioridade a ação pedagógica e de informação e esclarecimento acerca dos ditames éticos da profissão médica, laborando no sentido da prevenção de faltas éticas na prática médica. Assim, com o intuito de bem formar os médicos para o exercício digno e ético da profissão,

foram realizados diversos fóruns de ética médica tanto em Fortaleza como nas cidades do interior do Estado do Ceará, com a explanação e discussão de temas como Relação Médico-Paciente, Responsabilidade Profissional, Atestados Médicos, Segredo Médico, Publicidade Médica, Plantão Médico e Transferência Inter-hospitalar, dando margem a que os esculápios conhecessem em mais pro-fundidade as normas deontológicas da profissão e também pudessem expor e dirimir possíveis dúvidas sobre situações que envolvem conflitos de natureza ética, a exemplo da utilização ou não de sangue em pacientes Testemunhas de Jeová, ou a manutenção do segredo médico no tratamento de pacientes crianças ou adolescentes, inclusive para os pais destes. Os últimos fóruns do interior ocorreram em Iguatu e Juazeiro do Norte. Por outro lado, as denúncias que chegaram ao conhecimento do Conselho foram devidamente apuradas, sendo que em 2017 o CREMEC julgou 139 sindicâncias e 28 processos ético-profissionais.

A defesa do ensino médico de qualidade e, em de-corrência, a oposição à abertura indiscriminada de escolas médicas, se inclui entre as bandeiras do CREMEC. O Ceará já tem 8 cursos médicos, o Brasil dispunha até o mês passado de 323 escolas médicas (61 em São Paulo, 47 em Minas Gerais, 21 no Rio de Janeiro, 2 em Roraima), números estes provavelmente já superados, uma vez que o frenesi pela abertura de novos cursos de medicina é algo que impressiona e costuma se exacerbar nos períodos eleitorais. De qualquer modo, o Conselho tem procurado intensificar conexões com as faculdades de medicina, tratando de delinear ações conjuntas para a boa formação dos futuros médicos. Exemplificando: são conselheiros que, de forma voluntária e gratuita, ministram as aulas da disciplina de Ética Médica do curso de Medicina da UECE, atividade esta que se desenvolve nas dependências do Conselho de Medicina do Ceará. Recentemente, o CREMEC estabeleceu convênio com a Escola de Saúde Pública para iniciativas conjuntas, com ações de educação continuada e permanente, já tendo sido realizadas as três primeiras unidades do Curso de Ética Médica na Prática Profissional, com grande participação de médicos residen-tes. Impôs-se entre nós, ademais, a percepção de que cabe ao CREMEC também dar sua parcela de contribuição na formação científica dos médicos, uma vez que está inserido nos Princípios Fundamentais do Código de Ética Médica que “Compete ao médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente”. Deste modo, cuidou o CREMEC, com o auxílio indispensável de suas Câmaras Técnicas, de promover Fóruns sobre Chikungunya, Influenza, Cuida-dos paliativos, Disponibilidade obstétrica, prescrição de medicamentos sujeitos a controle especial, além de cursos sobre Urgência e emergência (ministrado em várias cidades do interior do Estado) e Avaliação laboratorial diagnós-tica em medicina interna, para citar apenas os eventos de 2017. De igual modo, o Conselho deu continuidade aos Congressos Científicos e Éticos, inserindo no debate técnico do diagnóstico e tratamento das enfermidades a abordagem ética.

O CREMEC se posicionou seguidamente em defesa da Residência Médica de qualidade, considerada a melhor forma de preparação pós-graduada de médicos especia-listas. Outrossim, defendemos a Carreira de Estado para Médicos, como o caminho para possibilitar a presença de profissionais da Medicina em todos os municípios cearenses e brasileiros.

A defesa do SUS e a luta por concurso, assim mino-rando a carência de médicos no serviço público, sempre foram prioridades para o CREMEC. Participamos da discussão que resultou no concurso para médicos do

Instituto Dr. José Frota, ocorrido há poucos anos. Mais recentemente, os dados fornecidos pelo Conselho de-monstrando a necessidade de mais psiquiatras nos CAPS deram base para que a Prefeitura de Fortaleza publicasse Edital marcando concurso para este mês de outubro de 2018, abrangendo médicos e outros profissionais de saúde. Continuamos cobrando concurso para o Estado do Ceará, lembrando que o último aconteceu em 2006, sendo evidente que desde então muitos profissionais se aposentaram. É notório que o baixo número de médicos no serviço público faz com que aumente ainda mais a dificuldade de acesso dos pacientes aos cuidados de que necessitam para a manutenção de sua integridade física e mental e o tratamento dos agravos à saúde.

Juntamente com o Sindicato dos Médicos do Ceará e a Associação Médica Cearense, o Conselho Regional de Medicina tem se empenhado diuturnamente para assegurar aos médicos condições dignas de trabalho e remuneração justa, inclusive denunciando às autoridades os casos de violência contra pacientes e médicos. Por seu turno, tem havido articulação com a Academia Cearense de Medicina, com a proposta de inclusão de temas de ética médica na programação da Bienal daquele sodalício. Iniciativas análogas ocorreram com as Sociedades de Es-pecialidades. Como exemplo, o Conselho recentemente reviu e alterou a Resolução CREMEC nº 44/2012, que “define e regulamenta as atividades da Sala de Recuperação Pós-Anestésica”, para o que houve a participação da Câ-mara Técnica e da Sociedade Cearense de Anestesiologia, aprimorando a norma para garantir maior segurança aos pacientes.

A construção da nova sede do CRM foi outro grande marco da gestão que ora se encerra, ficando a medicina cearense com um local adequado para a realização de atividades científicas e éticas, além de propiciar o con-graçamento dos esculápios e atividades culturais. Como dissemos por ocasião da inauguração da nova sede, afir-mamos agora, para registro, que na conclusão de nosso mandato o Conselho Regional de Medicina do Ceará está com as contas equilibradas e bom saldo bancário.

Fazemos questão, neste momento, de fazer uma re-ferência toda especial ao novo corpo de Conselheiros que agora toma posse sob o competente, digno e equilibrado comando do Professor Helvécio Neves Feitosa, equipe constituída por médicos e médicas que gozam do respeito dos seus pares pela excelência da formação científica e da atitude profissional pautada nos mais lídimos valores hipocráticos. Nossos votos de um trabalho profícuo.

Quero agradecer a todos os que colaboraram para que o trabalho do Conselho, durante todo o mandato, fosse bem-sucedido. Aos conselheiros e conselheiras, aos membros das Seccionais, das Câmaras Técnicas e aos Representantes Municipais do CRM. Aos funcionários do CREMEC pelo trabalho dedicado no atendimento a todos os que buscaram o Conselho, seja com denúncias, reclamações, seja com indagações, dúvidas sobre como deve o médico proceder para estar em consonância com os ditames éticos da profissão. Aos médicos que apresen-taram sugestões, ideias para uma atuação mais efetiva do Conselho. Aos que formularam críticas, apontando eventuais omissões ou equívocos.

Um agradecimento especial para a minha família, pela solidariedade e paciência ao longo de todos esses anos.

Muito obrigado.

05/10/18 - Fortaleza - Ceará

4 Jornal Conselho [email protected]

DISCURSO DO CONSELHEIRO PRESIDENTE HELVÉCIO NEVES FEITOSA POR OCASIÃO DA SOLENIDADE DE POSSE NA NOVA GESTÃO DO CREMEC.

Agradecemos, inicialmente, a presença de todos vocês, que deixaram o aconchego dos vossos lares e outras programações, para estarem aqui conosco, prestigiando o evento de posse da gestão do CREMEC para o quinquênio 2018-2023.

Aceitar o convite do grupo para disputar a eleição do Conselho foi uma decisão difícil, pela responsabilidade implícita de dar continuidade a um trabalho sério, complexo, competente e de grandes dimensões, capitaneado pelo Dr. Ivan de Araújo Moura Fé, homem cujas qualidades de liderança, sabedoria, cultura humanística, temperança, honestidade e sensibilidade para as questões sociais são sobejamente conhecidas e apreciadas por todos os que tiveram a honra e o privilégio de conhecê-lo mais de perto, como eu, ao longo dos últimos 20 anos.

Com a consciência da exata dimensão do desafio, representado pela condução dos destinos da instituição nos próximos anos, formamos um grupo seleto de 40 colegas, conhecidos pelo elevado padrão técnico-científico e ético com que têm exercido a profissão médica, e nos comprometemos com uma pauta ampla de propostas para a nossa gestão, que será o norte a ser perseguido. Dentre os pontos fulcrais do nosso comprometimento, estão os de:

1. Defender condições dignas de trabalho e a justa remuneração médica.

Nesta perspectiva, reforçaremos a atuação das duas Comissões de Fiscalização do CREMEC – da Capital/Região Metropolitana e do Interior – para avaliar as condições de trabalho, incluindo instalações, insumos e recursos humanos, para que o médico tenha os pré-requisitos mínimos necessários ao exercício da profissão com segurança, não se expondo e não expondo os pacientes a riscos desnecessários e evitáveis, decorrentes das más condições de trabalho, que, quando existentes, deverão ser denunciadas às instâncias competentes, exigindo correções, que serão monitoradas pelo fiscalização do Conselho.

Nesta mesma linha, vamos criar também uma Comissão de Gerenciamento de Crises, a ser composta por um grupo de conselheiros, com o objetivo de se fazerem presentes nos locais em que estejam ocorrendo situações críticas assistenciais, no sentido de promoverem as negociações necessárias à resolução de conflitos.

Na luta pela justa remuneração médica, para o setor

público, nos planos estadual e municipal, defenderemos a realização de concurso público para médicos, atrelado a “plano de cargos, carreira e salários”, com remuneração digna.

Em alinhamento, com o Conselho Federal de Medicina, lutaremos firmemente pela criação da carreira de estado para médico, que deve contemplar: ingresso por concurso público, piso salarial atraente, mobilidade, ascensão funcional e estímulo à qualificação. Isso permitirá ao médico a dedicação exclusiva, a fixação em áreas de escassez e o aperfeiçoamento continuado, que irá gerar mais benefícios à saúde da população.

Desestimularemos os médicos a se inscreverem em concursos públicos ou outras formas de seleção com salários aviltantes.

Na saúde suplementar, estreitaremos relações com as entidades médicas (Sindicato dos Médicos e Associação Médica Cearense), com participação qualificada, ativa e determinada na Comissão de Honorários Médicos, na luta pela atualização e reajustes de honorários, para reforçar o poder de negociação junto aos planos de saúde.

2. Seremos defensores intransigentes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Consideramos o SUS uma das maiores conquistas da sociedade brasileira nos últimos 30 anos, com os seus princípios doutrinários de universalidade, integralidade e equidade, proporcionando o acesso a toda a população.

Em princípio, alertamos que todos somos beneficiários diretos do SUS (é só lembrar o papel da ANVISA, que faz parte dos SUS, pois o sistema é único, no controle da qualidade da água e dos alimentos que consumimos diariamente, dos medicamentos, das campanhas de vacinação, dos procedimentos de alta complexidade como os transplantes, do controle de endemias, das medicações de alto custo e do tratamento contínuo do HIV, tudo disponibilizado para toda a população). É o SUS, na sua vertente médico-assistencial, a única possibilidade de acesso ao serviço de saúde para mais de 75% da população brasileira. Em nosso Estado, este percentual se aproxima de 90% da população, que está fora da Saúde Suplementar, por não poder pagar um plano de saúde. Portanto, todos temos a obrigação moral, e no nosso caso, funcional, de lutar pelo fortalecimento do SUS, incluindo a qualificação da gestão e aporte de mais recursos.

Quanto aos recursos destinados ao SUS, temos o grave e real problema de subfinanciamento. Dados de 2015, da Organização Mundial de Saúde, mostram que o gasto público per capta anual com saúde em nosso país é de apenas 594,9 dólares, o que corresponde a 8,9% do PIB nacional. Em termos comparativos, países de primeiro mundo, com sistema de saúde universal como o nosso, gastam seis a oito vezes mais: Canadá, 3,4 mil dólares; Reino Unido, 3,3 mil dólares; Suécia, 4,4 mil dólares. Em tais países, o gasto público em saúde, em relação ao gasto total, fica próximo de 80%. No Brasil, o gasto público, para atender mais de três quartos da população, é de 42,7%. A Saúde Suplementar, que atende menos de 25% da população, gasta mais de 55% do total de gasto com saúde.

Como sabemos, o financiamento do SUS é proveniente dos recursos da União, dos estados e dos municípios. Na proporção da participação de cada um, o que se observa nos últimos anos, é o encolhimento da União, gastando cada vez menos, sobrecarregando os estados e, particularmente, os municípios. Só para ilustrar, em termos comparativos, em 2002, os gastos da União correspondiam a 60,6%, os estados participavam com 22,1% e os municípios com 17,3%. Em 2016, a União participou com 43,1%, os

estados com 29,6% e os municípios com 27,3%. Pela Lei Complementar nº 141/2012, os munícipios

são obrigados a aplicar no mínimo 15% da arrecadação de impostos em ações e serviços públicos de saúde por ano. Os estados, pelo menos 12%. Para o Governo Federal, o total aplicado deve corresponder ao valor comprometido no exercício financeiro do ano anterior, adicionado ao percentual relativo à variação nominal do PIB ocorrido no ano anterior ao da lei orçamentária anual. Devido ao baixo crescimento do PIB, a participação da União está diminuindo ao longo dos anos. Há, portanto, que se lutar, no plano nacional, junto aos nossos representantes no Congresso, para que se mude a legislação e se obrigue o Governo Federal a uma participação maior, de pelo menos 10% das receitas correntes brutas para a saúde.

Na relação com os gestores do sistema de saúde, deveremos trabalhar arduamente, no sentido de estabelecer canais eficientes de atuação junto aos órgãos governamentais, objetivando a defesa da boa prática da medicina.

3. Temos como meta também defender o ensino médico de qualidade e trabalhar contra a abertura indiscriminada de novas escolas médicas.

A criação de novas escolas médicas no Brasil, mormente nas duas últimas décadas, tem sido algo assustador e ilógico. Na nossa visão, tem sido o resultado da combinação da ganância dos empresários da educação com a política em seu espectro negativo, de favorecimento ao poder econômico e de busca de voto, sem a real avaliação da necessidade social e sem a preocupação com a qualidade do ensino, o que é pior.

Para se ter uma ideia da dimensão do problema, até o mês de setembro passado, contávamos com 323 escolas médicas no País. Já são mais de 32 mil vagas anuais para ingressantes. No nosso Estado, 1.036 vagas, distribuídas em oito cursos de Medicina, com aprovação da criação de mais quatro cursos, em cidades do Interior.

Na comparação com os demais países do mundo, em números absolutos de cursos de Medicina, em primeiro lugar está a Índia, com 381 escolas médicas, com uma população de um bilhão e duzentos e dez milhões de habitantes, com uma proporção de 3,2 milhões de habitantes/escola. A China tem 150 escolas médicas para uma população de 1 bilhão e 350 milhões de habitantes, com a proporção de nove milhões e vinte e seis mil habitantes por escola. Os Estados Unidos têm 147 escolas médicas, com uma população de 317,6 milhões de habitantes, com a proporção de dois milhões e seiscentos e quarenta mil habitantes por escola. No Brasil, com as atuais 323 escolas médicas e com pouco mais de 200 milhões de habitantes, somos o segundo no mundo em números absolutos, perdendo apenas para a Índia, e o primeiro em números relativos, dentre os principais países, com a proporção de cerca 660 mil habitantes por escola.

Como resultado de luta nacional do complexo conselhal, encabeçada pelo Conselho Federal de Medicina, em parceria com a Associação Médica Brasileira e outras entidades médicas, em abril deste ano, conseguiu-se moratória suspendendo a abertura de novos cursos de Medicina nos próximos cinco anos junto ao MEC, através de Portaria. A referida moratória não atinge os cursos já autorizados.

Na defesa do ensino médico de qualidade, nos alinhamos com o Conselho Federal de Medicina, que está lutando pela aprovação do Projeto de Lei n° 165/2017, que institui o exame de proficiência para o exercício profissional, com a proposta de que o exame seja efetuado em dois momentos, o primeiro ao final do quarto ano,

POSSE DA NOVA GESTÃO 2018/2023

[email protected] Jornal Conselho 5

ATIVIDADE CONSELHAL

Em 17 de setembro de 2018, na sede do Con-selho Regional de Medicina do Estado do Ceará, foi instalada a unidade da Cátedra de Bioética da UNESCO em Fortaleza, sob a coordenação do Dr. Ivan de Araújo Moura Fé e contando com a participação ativa dos médicos Helvécio Neves Feitosa, Dalgimar Beserra de Menezes, Rafael Dias Marques Nogueira, Lino Antonio Cavalcanti Holanda, Renato Evando Moreira

Filho, Valéria Goes Ferreira Pinheiro, Roberto Wagner Bezerra de Araújo, Lúcio Flávio Gon-zaga Silva e Alberto Farias Filho. A Dra. Valéria Goes representou a Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará. A instalação da Cátedra de Bioética em Fortaleza tem vinculação com a UFC, através do Reitor Médico Henry de Holanda Campos, e com o CREMEC. A Cátedra de Bioética da UNESCO em Fortaleza, realizará,

entre outras, as seguintes atividades: 1- Inclusão do ensino da Bioética no Programa de Educação Continuada do Conselho Regional de Medicina do Ceará 2- Vinculação com o ensino da Ética e Bioética nos cursos de Medicina do Estado do Ceará 3- Fóruns e seminários sobre Ética e Bioética 4- Tradução de Livros e documentos da UNESCO.

INSTALAÇÃO DA CÁTEDRA DE BIOÉTICA DA UNESCO EM FORTALEZA

correspondente ao ciclo básico e o segundo, de natureza terminativa, ao final do sexto ano e com consequências, ou seja, a não aprovação implicará em impossibilidade do exercício profissional. As avaliações propostas deverão ter a complexidade necessária para atestar a competência para o exercício da profissão, contemplando não só os aspectos cognitivos, mas as habilidades e atitudes requeridas. De acordo com o projeto de lei citado, ficará sob a responsabilidade dos Conselhos de Medicina a aplicação das avaliações. Na verdade, o sistema conselhal tinha posição contrária ao PL 165/2017 em sua forma original, que previa apenas uma avaliação ao final do curso, e está apoiando o substitutivo, com as duas avaliações, que tem como relator o médico e senador Ronaldo Caiado. A proposta é que o exame terminativo seja realizado duas vezes por ano, o que aumenta as oportunidades para os egressos.

4. Adotar outras ações que promovam benefícios para os médicos

No contexto de outras ações que promovam benefícios para os médicos, estamos reforçando a Comissão de Educação Médica Continuada do CREMEC, sob a coordenação do conselheiro José Lindemberg da Costa Lima, com a participação de vários professores universitários, com uma referência especial ao novo conselheiro, Dr. Otho Leal Nogueira, mestre de todos nós. Tal comissão deverá promover atividades de cunho técnico-científico e ético, destinadas prioritariamente aos médicos, o que resultará, certamente, em assistência mais qualificada aos pacientes.

Vamos dinamizar também a Comissão do Médico Jovem, encabeçada pelo conselheiro Ricardo Sidou, com o propósito de trazer os médicos recém-formados e os médicos residentes para dentro do Conselho, em atividades que sejam dos seus interesses e que contribuam não só para

a formação ética e técnico-científica, mas que os preparem amplamente para o exercício profissional.

Ainda com relação aos médicos residentes, deveremos exercer um papel político efetivo, em especial junto à Escola de Saúde Pública, contribuindo na defesa da expansão planejada da Residência Médica.

A saúde do médico está também no escopo das nossas preocupações. Neste sentido, iremos criar uma comissão que terá como objetivo desenvolver ações voltadas para a promoção da saúde dos colegas médicos, nos planos físico e emocional.

A modernização dos canais de comunicação com os médicos também é uma medida que vamos implementar, para que todos tomem conhecimento do trabalho desenvolvido pela instituição, com a necessária transparência das nossas ações e com o objetivo de aproximá-los do Conselho.

5. No plano interno, deveremos promover, em breve, um planejamento estratégico da instituição, com assessoria especializada, com identificação dos nossos pontos fortes, aspectos a serem melhorados, oportunidades e ameaças, com o objetivo de promover a melhoria do ambiente de trabalho, otimizar a alocação dos recursos humanos e de processos de trabalho, agilizando as respostas às demandas dos médicos e da sociedade. Para isso, deveremos contar com a ampla participação dos nossos colaboradores, constituídos pelo corpo de funcionários, bem como dos conselheiros.

Como sabemos, o sistema conselhal constitui-se em autarquia, de natureza jurídica pública federal, com independência administrativa e financeira, fiscalizada pelo Tribunal de Contas da União, além de auditada pelo Conselho Federal de Medicina. Tem como grande missão a defesa da boa prática médica e a proteção da sociedade.

No campo ideológico, ou político-partidário, o Conselho deverá manter uma posição suprapartidária sempre, de absoluta neutralidade. Não está no escopo de suas atribuições posicionar-se politicamente. Nada impede, entretanto, que os conselheiros tenham as suas preferências individuais, contanto que a instituição não seja aparelhada e que não se posicionem em nome da instituição.

Quero agradecer ao grupo de colegas que aceitaram o desafio, não só de disputar a eleição, mas de gerir os destinos do CREMEC nos próximos cinco anos. Temos uma grande missão pela frente, à qual pretendemos nos dedicar com afinco.

Agradeço também ao corpo de conselheiros das gestões passadas, que não mais compõem o quadro atual, pelos momentos de convívio, de aprendizagem e pela construção de sólidas amizades.

Em nome dos conselheiros eleitos, agradecemos ao atual quadro de colaboradores do CREMEC, que é o seu corpo funcional, patrimônio maior da instituição, pela a forma afetuosa e entusiasmada com que estão a nos receber. Precisaremos demais da colaboração e do engajamento de todos.

Agradecemos a todos os presentes, amigos e familiares. No meu caso, vai um agradecimento especial à minha

esposa Ieda Diógenes e aos filhos Caroline, Helvécio Filho e Isabela, razão maior da luta diuturna, pela compreensão das horas que lhes foram e serão roubadas de convívio, em nome do cumprimento desta missão.

Mais uma vez, muito obrigado a todos.

Fortaleza, 05/10/2018.

Helvécio Neves Feitosa

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Alberto Farias Filho

Lúcio Flávio Gonzaga Silva

Antero Gomes Neto

Júlio Lélis da Costa Neto Maria Airtes Vieira Vitoriano Paulo Roberto de Arruda Tavares Raphael Felipe Bezerra de Aragão Roberta Mendes Napoleão

Carlos Eduardo Barros Jucá Diego Antunes Silveira Fernando Soares de Medeiros Francisco Alequy de V. Filho

Marcelo Esmeraldo Holanda Maria Neodan Tavares Rodrigues Rafael Dias Marques Nogueira Régia Maria do S.Vidal do Patrocínio

Ana Lúcia Araújo Nocrato Helvécio Neves Feitosa Inês Tavares Vale e Melo Jáder Rosas Carvalho

Galeria dos Conselheiros eleitos - Gestão - 2018/2023

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Roberto Ribeiro Maranhão Roberto Wagner Bezerra de Araújo Stela Norma Benevides Castelo Thomaz Z. Veras Coelho Júnior Valéria Goes Ferreira Pinheiro

George Rafael Martins de Lima Jailton Vieira Silva Joel Porfírio Pinto José Fernandes Dantas Fco. Flávio Leitão de Carvalho Filho

Regina Lúcia Portela Diniz Renato Evando Moreira Filho Ricardo Maria Nobre Othon Sidou Roberto da Justa Pires Neto Roger Murilo Ribeiro Soares

José Albertino Souza José Lindemberg da Costa Lima José Málbio Oliveira Rolim José Otho Leal Nogueira Lino Antônio Cavalcanti Holanda

Galeria dos Conselheiros eleitos - Gestão - 2018/2023

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Como parte de programação anual, o CREMEC realizou a Cerimônia de Entrega da Medalha de Honra ao Mérito Profissional e do Diploma de Mérito Ético-Profissional (50 anos de exercício da profissão). A solenidade de entrega das medalhas e diplomas tendo lugar no auditório da entidade, em 19 de outubro de 2018.

MEDALHAS | 2018

Anastácio de Queiroz Sousa recebe sua Medalha de Ivan de Araújo Moura Fé

João Adolfo de Carvalho Nogueira recebe sua medalha do conselheiro Marcelo Esmeraldo Holanda

José Roosevelt Norões Luna recebe sua medalha do conselheiro Helvécio Neves Feitosa

Discurso do Dr. Anastácio de Queiroz Sousa. Solenidade de entrega da Medalha de Honra ao Mérito Profissional, em 19.10.2018.

Hoje, 19 de outubro de 2018, realiza-se aqui no CREMEC a solenidade de entrega da medalha de Honra ao Mérito Profissional aos colegas médicos, João Adolfo de Carvalho Nogueira, José Roosevelt Norões Luna, e a mim, Anastácio de Queiroz Sousa; realiza-se também a entrega do diploma de Mérito Ético-Profissional (50 anos de exercício da profissão) às médicas e aos médicos formados em 1968; home-nageados 59 colegas. Para mim, acredito para todos nós que estamos sendo agraciados com a medalha ou com o diploma é indiscutivelmente uma honra participar deste momento muito importante, como profissionais de medicina, e, como cidadãos e cida-dãs; com certeza para as nossas famílias.

O conselho zela e trabalha pelo perfeito de-sempenho ético da medicina e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exercem legalmente; a busca de melhor relacionamento com o paciente e a garantia de maior autonomia à sua vontade; o CEM contém as normas que devem ser seguidas pelos médicos no exercício de sua profissão, inclu-sive no exercício de atividades relativas ao ensino, à pesquisa e à administração de serviços de saúde, bem como no exercício de quaisquer outras atividades em que se utilize o conhecimento advindo do estudo da medicina.

Princípios fundamentais: I - A medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza. II - O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional. III - Para exercer a medicina com honra e dignidade, o médico necessita ter boas condições de trabalho e ser remunerado de forma justa. As poucas questões aqui colocadas são exemplos de como o Conselho trabalha para fortalecer a profissão médica, fortalecer o médico, mas principalmente beneficiar as pessoas e a comu-nidade. Fortalecer a profissão médica é garantir que o médico tenha os seus direitos assegurados, que ele cumpra com os seus deveres. Eu sempre respondo

aos estudantes de medicina à pergunta, como pode-rei ser um bom médico? Estudando e tratando bem os pacientes. O que isto significa? Significa estudar para aprender, se diz até que a medicina não é uma profissão para aqueles que não gostam de estudar e somente com o conhecimento é que podemos deci-dir a melhor conduta a ser tomada, em relação ao paciente que estamos atendendo. É quase impossível exercer a medicina eticamente e com qualidade nos dias atuais, sem estudar. São doenças novas, novos métodos diagnósticos, novas modalidades terapêuti-cas e uma infinidade de medicamentos, para as mais diferentes condições clínicas. É fundamental ter o conhecimento para ter a clareza das nossas limitações. O que é tratar bem o paciente? É tratá-lo de modo humano, respeitoso. Colher as informações de modo detalhado do que está acontecendo com ele/ela. Fazer um exame físico completo, e de acordo com as nossas conclusões, explicar ao paciente em uma linguagem que ele possa entender e ajudá-lo a decidir o que será feito. Por que se houver uma concordância plena, o paciente ficará satisfeito, seguirá as recomendações, sendo deste modo o grande beneficiado e nós teremos prestado um atendimento humanizado, qualificado e efetivo, claro, dentro das circunstâncias específicas daquele paciente.

Esta introdução é para dizer da minha satisfação de receber esta medalha, especialmente junto com os colegas João Adolfo e José Roosevelt Luna. Ini-ciarei minhas considerações sobre os homenageados tomando como base o tempo de experiência profis-sional. O Dr. João Adolfo, nasceu em Fortaleza em 1939, formou-se em medicina pela UFC, em 1970; fez especialização em anestesiologia, especialidade que exerce até hoje com os seus bem vividos 79 anos. Tem uma experiência médica que encanta a todos, porque trabalhou e trabalha como anestesiologista de adultos e crianças, com pacientes graves, traumas de todas as naturezas, pois trabalhou no IJF durante 30 anos. Na Santa Casa de Misericórdia trabalhou por mais de 10 anos em cirurgias eletivas. Traba-lhou no hospital SOS, durante 15 anos, realizando anestesiologia para os mais diferentes procedimentos cirúrgicos. Hoje trabalha no Hospital Infantil Albert Sabin e na Clínica Omnimagem realizando aneste-sia para procedimentos cirúrgicos menores e para

exames radiológicos. Durante esses quase 48 anos de atividade teve a oportunidade de ajudar milhares de pessoas e de repassar os seus conhecimentos para um número incalculável de colegas médicos que se iniciavam na anestesiologia. Trabalhou com muitos cirurgiões ao longo destes anos, mas, um deles mar-cou muito a sua vida e a sua carreira médica, nosso saudoso Aguiar Ramos, figura humana excepcional e brilhante cirurgião. O Dr. João Adolfo, apesar de todas as atividades como anestesiologista contribuiu para a sua especialidade, trabalhando para fortalecê--la, tendo sido presidente da Sociedade Cearense de Anestesiologia; foi Presidente de uma Jornada Norte e Nordeste de Anestesiologia. Exerceu o cargo de Secretário e de Vice-presidente do Centro Médico Cearense, hoje Associação Médica Cearense. Como profissional médico deu a sua contribuição à saúde pública; foi Diretor do Departamento de Higiene da Secretaria de Saúde do Município de Fortaleza; exerceu ainda a função de Diretor de Serviço Médico da mesma Secretaria de Saúde. Pelo que aqui foi dito, reconhecemos a grande contribuição do João, profissional médico, mas soma-se a esta contribuição o carinho, o respeito e a admiração da comunidade médica por este ser humano excepcional. É para mim uma grande alegria ser homenageado juntamente com o Dr. João Adolfo de Carvalho Nogueira. O ou-tro colega médico escolhido para receber a medalha de Honra ao Mérito é o Dr. José Roosevelt Norões Luna, Dr. Luna como carinhosamente é tratado, nasceu em Belém do Pará, em 1945, terra de um grande cientista brasileiro Gaspar Vianna, que foi o primeiro a tratar leishmaniose no mundo, com an-timonial, em 1912. Naquela época era o antimonial trivalente, conhecido como tártaro emético. Hoje, passados 106 anos, uma das drogas de escolha para o tratamento da leishmaniose, agora o pentavalente, evidentemente menos tóxico que o trivalente. Vian-na deixou ainda muitas contribuições. Retornando ao nosso homenageado, Dr. Luna formou-se em medicina pela UFC, em 1971. É especialista em Clinica Médica e Medicina do Trabalho. Teve a oportunidade de fazer residência médica em um dos melhores hospitais do Brasil à época, o Hospital dos Servidores do Rio de Janeiro. Trabalhou como clínico por mais de 27 anos. Somente no Hospital Geral

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de Fortaleza exerceu a especialidade durante 22 anos, de 1975 a 1997. Trabalhou também como clínico no Hospital da Policia Militar onde exerceu a chefia clinica da enfermaria de mulheres de cabos e soldados. Foi médico da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará onde exerceu durante duas décadas a função de diretor do serviço médico. Lá atuou como clínico e médico do trabalho. Sempre foi muito ativo nas atividades que fortaleciam a profissão médica, tendo exercido a Presidência do Centro Médico Cearense, de 1987 a 1989. Vice--presidente Norte e Nordeste em dois mandatos do CMC. Além disso, a sua grande dedicação foi a este Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, onde durante 35 anos exerceu a função de conselheiro, em seis gestões, de 1983 a 2018, tendo aqui coordenado a Comissão de Divulga-ção de Assuntos Médicos; membro da mesma comissão a nível nacional, no CFM. Foi membro de várias comissões deste Conselho: Comissão de Pareceres, Comissão de Sindicâncias e Presidente da Comissão de Tomada de Contas. Organizou e foi palestrante em um grande número de fóruns de ética médica no interior do Ceará. A contribuição de Luna para a melhoria da medicina no Ceará foi enorme, por que ajudar e exercer a medicina com ética é fortalecê-la. Luna, por questões de saúde, afastou-se de suas atividades médicas em maio deste ano, após 47 anos de dedicação à profissão que exerceu com amor e ética. Luna será sempre lembrado como um dos médicos que mais se de-dicou ao CREMEC.

Eu, Anastácio de Queiroz Sousa, nasci em Coreaú, Ceará, em 1951. Concluí o curso médi-co em 1976, há quase 42 anos. Fiz residência em Clínica Médica, de 1977 a 1978, no Hospital das Clínicas da UFC.

Em 1979, através de concurso, entrei para o Departamento de Medicina Clínica da Faculdade de Medicina da UFC, onde trabalho até hoje como professor. No presente momento, divido as minhas atividades docentes, entre o Departamento de Medicina Clínica e o Departamento de Patologia, onde funciona o mestrado em Patologia do qual faço parte do corpo de professores.

Completei meu treinamento nos EEUU nos anos de 1982 a 1984, na Universidade de Virginia, Charlottesville, Estado da Virginia e na Universi-dade de Miami, Flórida, onde fiz especialização em Medicina Tropical e em Doenças Infecciosas, respectivamente. Desde aquela época mantenho uma cooperação com professores da Faculdade de Medicina da Universidade de Virgínia, cooperação esta que tem me permitido muitas publicações, especialmente na área de leishmaniose. Na épo-ca em que entrei na universidade havia muito pouco incentivo para a realização de doutorado para professores das áreas clínicas, era mais para as áreas básicas, por isto somente concluí meu doutorado em 2009, em Farmacologia, com um trabalho sobre leishmanioses, tema sobre o qual tenho a maioria das minhas publicações. Duas destas publicações trazem contribuições práticas que considero importantes; uma foi o uso pela primeira vez do fluconazol no tratamento da leishmaniose cutânea no Brasil, com resultados muito bons. Por ser uma medicação de uso por via oral, tem uma grande vantagem e indicação

plena para crianças e para pessoas que vivem longe de facilidades médicas para a aplicação de medi-cação injetável. A medicação recomendada pelo Ministério da Saúde é injetável, glucantime, car-diotóxico e contraindicado para pessoas com mais de 60 anos, cardiopatas, diabéticos, hipertensos... Temos utilizado rotineiramente também nestes grupos de pacientes, o fluconazol, por funcionar bem e pela falta de outras opções terapêuticas. Venho utilizando o fluconazol para o tratamento da leishmaniose cutânea, desde 2003. A dose que recomendamos é de 8mg/ kg/dia, até a cicatrização da lesão cutânea. Em crianças temos utilizado até 12mg/kg/dia; nestes casos a resposta é bem melhor: Sousa AQ, Frutuoso MS, Moraes EA, Pearson RD, Pompeu MML: High-dose oral fluconazole therapy effective for cutaneous leishmaniasis due to leishmania (vianna) braziliensis. Clinical infectious diseases, v. 53, P. 693-695, 2011. Tenho uma publicação im-portante que tenta responder como a leishmaniose cutânea chegou ao Ceará. Tem relação direta com a grande seca e a epidemia de varíola ocorrida entre 1877 e 1879, no Ceará, quando houve a grande migração de cearenses para a Região Amazônica para trabalhar nos seringais; na volta trouxeram a leishmaniose, e em aqui existindo o vetor, a doença se estabeleceu: Sousa AQ, Pearson RD: Drought, smallpox, and emergence of leishmania braziliensis in northeastern brazil. Emerging infectious diseases (print), v. 15, P. 916-921, 2009. Uma outra contri-buição diz respeito ao diagnóstico da leishmaniose cutânea. Modificamos um método de imprint em que um fragmento de biópsia (2 a 3mm) é colo-cado entre duas lâminas de vidro e sob pressão em uma superfície firme, esmagamos o tecido e em cada lâmina fica um esfregaço que quando corado pelo Giemsa demonstra ser quase duas vezes mais positivo para o encontro de amastigotas (leishma-nia) que a histopatologia; é um método que pode ser utilizado inclusive no campo, basta haver microscópio: Sousa AQ, Pompeu MML, Frutuoso MS, Lima JWO, Tinel JMBM, Pearson RD - Press imprint smear: a rapid, simple, and cheap method for the diagnosis of cutaneous leishmaniasis caused by leishmania (viannia) braziliensis. The american journal of tropical medicine and hygiene, v. 91, P. 905-907, 2014. Temos publicações sobre Melioi-dose, Sarampo, Aids, Neurocisticercose. Recente publicação nossa foi sobre o vírus Zica: Sousa AQ, Cavalcante DIM, Franco LM, Araújo FMC, Sousa ET, Valença Junior JT, Rolim DB, Melo MEL, Sin-deaux PDT, Araújo MTF, Pearson RD, Wilson ME, Pompeu MML - Postmortem findings for 7 neonates with congenital zika virus infection. Emerging infec-tious diseases (online), v. 23, P. 1164-1167, 2017. Tenho tido a oportunidade de escrever capítulos em vários livros, um deles, muito conhecido dos médicos, Cecil Textbook of Medicine, em quatro edições. Vários outros: Mandell’s principles and practice of infectious diseases; Schlossberg’s clinical infectious diseases; Guerrant’s tropical infectious diseases: principles, pathogens and practice, também em várias edições.

Como médico tenho trabalhado mais como infectologista, a maior parte do tempo no Hospital São José de Doenças Infecciosas, onde iniciei como estudante, em 1974, e como médico, desde 1979. Fui Diretor do Hospital São José em dois períodos,

totalizando 14 anos de trabalho na direção. Tive a oportunidade de assumir a Direção da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA) por um período de oito anos (1995 a 2002). Dentre as muitas realizações, citaria uma contribuição que me deixou muito feliz, a redução da mortalida-de infantil (MI). No final de 1994 a MI era de 80/1000 nascidos vivos; de 1995 a 2002, reduzida para 25/1000 nascidos vivos; claro, trabalho de muitos, mas sob a coordenação da SESA. Minha última experiência administrativa foi como Reitor da UNILAB, Universidade Federal nova, localizada no município de Redenção (Universidade da Inte-gração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira): uma universidade jovem com um corpo docente e de técnicos qualificados. Lá aprendi e dei mi-nha contribuição em muitas questões, apesar do pouco tempo que ali permaneci (18 meses); saí a pedido e por questões pessoais, principalmente devido às três horas de viagem diária. Fico muito feliz por ter criado lá um curso de Engenharia de Computação, o mais concorrido este ano, dentre os vários oferecidos.

Homenagens, recebi várias, uma que muito me deixou feliz foi a de Membro Honorário da So-ciedade Americana de Medicina Tropical; terceiro brasileiro a receber este título.

Hoje, recebo com meus colegas João Adolfo de Carvalho Nogueira e José Roosevelt Norões Luna esta homenagem do CREMEC. Homena-gem esta que muito nos deixa felizes e muito nos envaidece e que nos incentiva a continuar exer-cendo a profissão médica, com ética e qualidade, pois sabemos que este é o nosso compromisso, esta é a nossa obrigação. Sabemos também que esta é a missão deste Conselho Regional de Medicina, trabalhar para que a medicina seja exercida com ética e qualidade, de modo humano e objetivando sempre beneficiar as pessoas e a comunidade.

Registramos aqui nosso agradecimento ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará e a todos os seus conselheiros.

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Catarina Maria Soares Martins representando Antonia Luiza Pinheiro Campelo e conselheiro Alberto Farias Filho

Dulce Percicotti Santana filha de Antonio Santana Neto recebe o diploma de seu pai e conselheira Inês Tavares Vale e Melo

Benjamim de Brito Bacellar e conselheiro Jáder Rosas Carvalho

Enio José Guimarães Mesquita e conselheiro Joel Porfírio Pinto

Conselheiro José Lindemberg da Costa Lima, Francisco José Motta Barros de Oliveira e sua esposa

Geraldo Luciano Lopes e conselheiro Júlio Lélis da Costa Neto

Gilson Assunção de Figueiredo e conselheira Maria Neodan Tavares Rodrigues

Francisca Ruth Figueiredo Hamaty e conselheiro José Fernandes Dantas

Francisco Airton Ferro Marinho e conselheiro José Málbio Oliveira Rolim

Catarina Maria Soares Martins Maia e conselheira Valéria Goes Ferreira Pinheiro

Aurea Maria Matos Chaves e conselheiro Helvécio Neves Feitosa

Adriano Diogo de Medeiros e o seu filho, conselheiro Fernando Soares de Medeiros

Conselheiro Antero Gomes Neto e Antonio José de Araújo Nóbrega

Antonio de Pádua Guimarães Façanha e conselheira Ana Lúcia Araújo Nocrato

Diplomas | 2018

Conselheiro Paulo Roberto de Arruda Tavares e Glauceneide de Barros Figueiredo

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Conselheiro Antero Gomes Neto e Luiz Carlos Rebouças de França

Manoel Tibúrcio Cavalcante e conselheira Inês Tavares Vale e Melo

Maria Dalva de Abreu Machado,representada por sua filha Adriana de Abreu Machado e conselheiro Joel Porfírio Pinto

Maria Darcy Gomes de Figueiredo e conselheiro José Fernandes Dantas

conselheiro Fernando Soares de Medeiros e Paulo Mendes de Souza Martins

Maide Braide dos Santos e conselheiro Helvécio Neves Feitosa

Diplomas | 2018

Conselheiro Roberto Wagner Bezerra de Araújo e Irene Holanda Costa

Conselheiro Alberto Farias Filho e José Carlos Chaves

José Iris de Moraes e conselheira Ana Lúcia de Araújo Nocrato

Juarez de Sousa Carvalho e conselheiro Jáder Rosas Carvalho; seu filho

João Gualberto Peixinho e conselheiro Marcelo Esmeraldo Holanda

João Maia Nogueira e Ivan de Araújo Moura Fé

Conselheira Régia Maria do Socorro Vidal do Patrocínio e Francisco de Assis Fernendes Maia

Conselheiro Roberto Ribeiro Maranhão e Heloisa Beatriz de Holanda

Maria Teresa de Oliveira Araújo e conselheiro José Málbio Oliveira Rolim

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Yacy Mendonça de Almeida e conselheira Valéria Goes Ferreira Pinheiro

Diplomas | 2018

Conselheiro Roger Murilo Ribeiro Soares e Eloá Resende Martins

Severino Enrique da Silva, representado por sua esposa Amerita Gama da Silva e conselheira Maria Neodan

Tavares Rodrigues

Conselheiro Paulo Roberto de Arruda Tavares e Sérgio Montenegro Liebmann

Conselheiro Roberto Ribeiro Maranhão e Valdomir Saldanha Fontenele

Yolanda Maria Duavy Pereira e conselheiro Roberto Wagner Bezerra de Araújo

Onildo Nunes Gusmão e conselheira Régia Maria do Socorro Vidal do Patrocínio

Sylos Montezuma de Carvalho Júnior e conselheiro José Lindemberg da Costa Lima

Conselheiro Júlio Lélis da Costa Neto e Moacir Asevedo Braga

Ricardo Meyer Fontenelle e conselheiro Marcelo Esmeraldo Holanda

Agradecimento proferido pela representante da Turma Ney

Paranaguá (1968-2018), Dra. Eloá Resende Martins, por ocasião dos 50 anos de vida médica – Jubileu

de Ouro.

Ilustríssimo Senhor Presidente do Conselho Re-gional de Medicina do Estado do Ceará, Dr. Helvécio Neves Feitosa, em cujo nome saúdo os digníssimos

componentes da Mesa e os nobres conselheiros. Saúdo igualmente os colegas homenageados com a Medalha de Honra ao Mérito Profissional, bem como os queridos colegas de turma que generosamente me escolheram para representá-los. Cumprimento os demais colegas médicos, familiares e amigos presentes nesta solenidade.

Sinto-me honrada por estar neste templo da ética, representando a Turma Ney Paranaguá (1968-2018) na oportunidade em que nosso Conselho nos outorga o Diploma de Mérito Ético-Profissional pelos 50 anos de vida médica, exercidos sem mácula, dentro da moral e da ética, dignificando nossa profissão.

Agradecemos acima de tudo a Deus, criador de todos os dons, que nos contemplou com a sublime missão de curar quando possível, aliviar quando necessário e consolar sempre (Hipócrates 460 a.c. – 370 a.c.).

Ao Conselho Regional de Medicina do Ceará nossa imensa gratidão pela tão significativa home-nagem, que tanto nos orgulha e nos gratifica depois desta caminhada de longos 50 anos, atravessando as adversidades da vida, sempre irmanados aos nossos pacientes.

Nossa eterna gratidão aos nossos amados pais, que trabalharam com afinco para nos ofertar uma promissora educação.

Aos pacientes, que com sua dor nos despertaram a compaixão e o amor ao próximo.

Aos nossos estimados mestres, que nos transmiti-ram seus conhecimentos e nos ensinaram o caminho do saber e da decência profissional.

Aos nossos cônjuges, filhos e familiares, que compreenderam nossa ausência em face do sacrifício exigido para o cumprimento do nosso dever médi-co, apoiando-nos e tolerando nossas angústias com paciência e amor.

Estendemos nossa homenagem aos 22 colegas que partiram desta vida e aos 8 que se encontram enfermos, impossibilitados de comparecer a esta magna solenidade, em especial ao nosso saudoso Ney Paranaguá, um jovem inteligente, alegre, amigo, vocacionado, que no final do terceiro ano do ensino médico, no dia 28/12/1965, teve sua vida ceifada em um acidente de ônibus, quando seguia feliz para o seu período de férias no Piauí.

Celebramos nosso Jubileu de Ouro com o en-tusiasmo dos nossos sonhos amadurecidos, porém jamais envelhecidos, e seguimos nossa travessia com a esperança de um Brasil sadio, fraterno e de paz entre os homens.

Muito obrigada! Fortaleza, 19 de outubro de 2018.