Informativo da Comissão Nacional da Advocacia Pública Federal - Edição Especial

Pela primeira vez, a Advocacia Pública participa da progra-mação ofi cial da Conferência

Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil. A atividade, inédita, será no painel especial do dia 23 de novem-bro denominado “Advocacia Pública, Missão e Prerrogativas”, com início às 8h30, na Asa 3, Sala 05 – Alir Ratachescki.

Na condição de presidente da Comissão Nacional da Advocacia Pública Federal (CNAP), Conselheira Federal da OAB, presidente da Associação Nacional dos Procuradores Federais da Previdência Social (ANPPREV) e diretora do Fórum Nacional da Advo-cacia Pública, terei a honra e o privilégio de coorde-nar o painel juntamente com o apoio imprescindível do advogado, Dr. Renato Castelo de Oliveira, que irá relatar os trabalhos, e da Defensora Pública e Conselheira Federal da OAB/PB, Dra. Ângela Maria Dantas Lufti de Abrantes, que vai secretariar as atividades.

A edição deste ano da Conferência Nacional da OAB, realizada na cidade de Curitiba/PR, terá início no dia 20 e as atividades vão se estender até o próximo dia 24 de novembro.

Para os debates no painel especial da Advocacia Pública na XXI Conferência Nacional da OAB, foram convidados, entre outras personalidades ilustres, o Advogado-Geral da União, ministro Luís Inácio Adams, que vai abrir as atividades com a palestra: “O Papel da Advocacia Pública na Construção do Estado Democrático de Direito”.

O presidente do Conselho Federal da OAB, Dr. Ophir Cavalcante, tam-bém estará presente às atividades da Advocacia Pública na Conferência, o vice-presidente da ANPPREV e Procurador Federal, Dr. Carlos Do-mingos Mota Coelho, que vai proferir palestra com o tema: “A OAB e a Jurisdição Administrativa e Disciplinar dos Advogados Públicos. Os Direitos Previdenciários dos Advogados Pú-blicos”, bem como, o presidente da Associação Nacional dos Defensores

Públicos, Dr. Gabriel Faria Oliveira, que também proferirá palestra.

Além dos debates, no centro das discussões, também vão estar presentes questões corporativas como prerrogativas e honorários de sucumbência, combate à corrupção e a relevância da Advocacia Pública no enfrentamento de crises e sua importân-cia estratégica para o País.

A CNAP, ao divulgar e participar ativamente do XXI Congresso Nacional da OAB, saúda todos os advo-gados, autoridades e demais participantes do evento, que poderão vivenciar um momento único e histórico, no qual teremos a oportunidade de demonstrar o dinamismo e a concisão das carreiras que compõem a Advocacia de Estado e sua atuação de maneira inequívoca em favor da melhoria da prestação juris-dicional ao Estado, e do Estado à sociedade.

Neste informativo, você também conhecerá algumas proposições que tramitam no Congresso Nacional de interesse direto e imediato dos advoga-dos públicos e, por conseguinte, de toda a sociedade,

afi nal, na condição de servidores públicos atuamos na grande máquina da Administração Pública visando o bem coletivo.

Assim sendo, durante todo o dia 23 de novembro, teremos atividades da Advocacia Pública na XXI Conferência Nacional dos Advogados. Diversas autoridades dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e da Advocacia Pública confi rmaram pre-sença e vão prestigiar o maior evento da advocacia brasileira. Confi ra, na página 2, a programação de atividades.

Meire Lúcia Gomes Monteiro Mota CoelhoPresidente da CNAP

Por meio da Comissão Na-cional de Advocacia Pública, as carreiras advocatícias de Estado são representadas no âmbito da Ordem dos Advoga-dos do Brasil.

De acordo com a presiden-te do CNAP, Dra. Meire Mota Coelho, vivemos hoje um pro-cesso de compreensão de que a defesa da advocacia pública não exclui em maneira alguma a defesa da advocacia privada,

e foi buscando sanar o descompasso an-tes existente entre as duas áreas que se criou a CNAP no Conselho Federal da OAB.

“Nosso trabalho é assessorar o Conselho Fe-deral no encaminhamento de matérias de sua competência; promover pesquisas que esti-mulem o estudo, a discussão

e a defesa dos temas relaciona-dos à sua área de atuação; cooperar e promover inter-câmbio com orga-nizações de mes-mos objetivos.”

Além de fi rmar-se, no bojo da OAB, como representação dos advogados estatais na defesa de suas prerrogativas e no de-senvolvimento de sua atuação, a

CNAP busca ser um canal para o diálogo entre as áreas privada e pública da advocacia, permitin-do que ambos profi ssionais se aliem, ao invés de concorrerem, em suas conquistas institucio-nais, motivo pelo qual recepcio-namos os pedidos provenientes dos advogados atuantes em Empresas Públicas Federais, na condição de pleitos de colegas advogados, merecedores de nosso apoio institucional.

Advocacia Pública participa daprogramação da Conferência Nacional da OAB

Advocacia Pública tem espaço cativo no Conselho Federal da OAB

2Novembro de 2011

Jornal da CNAP

Dia: 23/11/2011 – Quarta-feira

Local: Asa 3 (Sala 05 – Alir Ratacheski)Horário: 8h30 às 12h30 e de 14h30 às 18h30

Painel especial da Advocacia Pública, Missão e PrerrogativasCoordenadora: Meire Lúcia Gomes Monteiro Mota CoelhoRelator: Renato Castelo de OliveiraSecretária: Ângela Maria Dantas Lufti de Abrantes

Abertura

l O Papel da Advocacia Pública na Construção do Estado Democrático de Direito- Luis Inácio Lucena Adams (Ministro da Advocacia Geral da União)

l A Importância Estratégica da OAB na Defesa da Autonomia e Prerrogativas dos Defensores e Advogados Públicos- Rogério Marinho Leite Chaves (Procurador-Geral do Distrito Federal)

l Diagnóstico da Advocacia Pública Brasileira- Marcelo Vieira Campos (Secretário da Reforma do Judiciário/Ministério da Justiça)

l A Justiça Ambiental como Política Pública e sua Defesa pelo Advogado de Estado- Amélia Soares da Rocha (Defensora Pública e Membro da CNAP)

l As Funções Essenciais à Justiça na Constituição Federal. As prerrogativas da Advocacia de Estado. Desafios e Inovações da Advocacia Pública nos Ambientes de Crise- Jorge Rodrigo Araújo Messias (Consultor Jurídico do MCT)

l Aspectos Relevantes da Defesa dos Advogados Públicos no Poder Judiciário, Contencioso Admi-nistrativo, CNJ e Organismos Multilaterais- Hugo Plutarco (Advogado, Consultor Legislativo)

l A OAB e a Jurisdição Administrativa e Disciplinar dos Advogados Públicos. Os Direitos Previdenci-ários dos Advogados Públicos- Carlos Domingos Mota Coelho (Procurador Federal, Vice-Presidente da ANPPREV)

l Internacionalização da Advocacia Pública – Atuação do Advogado Público nos Organismos Multilaterais- João Carlos Souto (Consultor Jurídico do Ministério das Cidades)

l A Autonomia e Simetria Remuneratória das Funções Essenciais à Justiça- Marcos Luiz da Silva (Advogado da União, Presidente da ANAUNI)

l Lei Orgânica da Advocacia Pública- Juliano Dossena (Procurador de Estado, Presidente ANAPE)

l Valorização do Advogado Público – Autonomia, Prerrogativas, Remuneração e Honorários- Allan Titonelli (Presidente do Fórum Nacional da Advocacia Pública e do SINPROFAZ)

l Desafios para a Litigiosidade Estatal e o Ativis-mo Judicial. Os Meios Alternativos de Solução de Conflitos na Advocacia Pública- Jefferson Carus (Advogado da União, Vice-Presi-dente Jurídico da ECT)

l O Advogado Público, o Estatuto e o Exame de Ordem

- Jorge Eluf (Procurador de Estado, Presidente da Comissão de Advocacia Pública - OAB/SP)

l Desafios para Acesso à Justiça em um País em Desenvolvimento. Interseções entre as Questões Social, Ética e Ambiental- Gabriel Faria Oliveira (Defensor Público Federal, Presidente ANADEF)

l O Defensor e o Advogado Públicos no Combate à Corrupção - Rosemiro Salgado Canto Filho (Procurador Federal, Membro do CNAP)

l A OAB e o Direito de Greve do Advogado Público - Joana D’Arc Alves Barbosa Vaz de Mello (Advogada da União, Presidente da ANAJUR)

l O Advogado Público no Poder Legislativo: As Propostas de Reforma da Advocacia Pública- Rogério Filomeno Machado (Procurador Federal, Presidente da ANPAF)

l O Papel do Advogado Público nos Órgãos de Regulação, Fiscalização e Controle da Atividade Estatal- Fabiano Jantalia Barbosa (Procurador do Banco Central, Presidente da APBC)

l A OAB e as Prerrogativas dos Advogados das Entidades Estatais- Marcelo José Leles Carvalho (Coordenador da Coordenação Nacional da Advocacia em Estatais)

l A Dedicação Exclusiva e o Direito de Advogar fora das Funções da Advocacia Pública- Arodi de Lima Gomes (Procurador Federal, Presiden-te da Comissão da Advocacia Pública - OAB/RS)

Tramita no Congresso Nacional a Proposta de Emenda à Consti-tuição (PEC) 443/2009, que busca estabelecer a igualdade de remu-neração das Carreiras Jurídicas com o Judiciário e o Ministério Público por meio da instituição do subsídio máximo das carreiras da Advocacia-Geral da União, das Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal.

A PEC, de autoria do deputa-do Bonifácio de Andrada (PSDB/MG), está tramitando no âmbito de uma comissão especial criada para analisar o seu mérito e, uma vez aprovada, assegurará o paga-mento do subsídio de 90,25% do vencimento de ministro do Supremo Tribunal Federal para as carreiras da Advocacia-Geral da União e Procuradores dos Estados e do Distrito Federal.

Importância da PEC 443Entre as Funções Essenciais à

Justiça, a nossa Carta Magna não

fez qualquer menção à prevalência de uma instituição ou órgão, colo-cando no mesmo patamar o Minis-tério Público, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e a Advocacia stricto sensu.

Ocorre que, passados 23 anos da promulgação da Constituição, é chegada a hora de concretizar o tratamento isonômico entre as Fun-ções Essenciais à Justiça, buscando, assim, restabelecer esse equilíbrio. Nesse contexto, a reestruturação da Advocacia Pública e da Defensoria Pública é relevante para a implemen-tação desse objetivo.

Seminários regionaisCom o intuito de garantir um

amplo debate e aprovar o quanto antes a PEC 443 no colegiado especial, deliberou-se pela reali-zação de seminários nos estados de São Paulo (SP), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Curitiba (PR), João Pessoa (PB) e Belo Horizonte (BH).

Após o ciclo de seminários regio-nais, será realizada uma audiência pública em Brasília para deliberação final da matéria. Os organizadores dos eventos estaduais são, respecti-vamente, os deputados José Mentor (PT/SP), Chico Lopes (PCdoB/CE), Amaury Teixeira (PT/BA), Osmar Serraglio (PMDB/PR), Wilson Filho (PMDB/PB)/Manoel Júnior (PMDB/PB) e Bernardo Santana de Vascon-cellos (PR/MG).

Contato dos parlamentaresDeputado José Mentor (SP) –

Onelir (Lili) – Av. Bosque da Saúde, nº 589, CEP: 04142-091 – (11) 5581- 3339

Deputado Chico Lopes (CE) – Rua Adolfo Herbster, 315, Benfica - CEP 60020-330 – (85) 3253-5906

Deputado Amauri Teixeira – Pa-trícia e Izabel – Av. Ulisses Guima-rães, nº 3302, sala 103, 1º andar, Ed. Cab Empresarial, Sussuarana, Salvador-BA, CEP: 41213-000

Deputado Osmar Serraglio (PR)

– Monica – Rua Desembargador Munhoz de Melo, nº 5400, Ed. Caravelas, 1º andar, salas 6 a 9, Umuarama-PR, CEP: 87501-180 – (44) 3622-2000

Deputado Wilson Filho (PB) – Evanir/Clidevaldo – Rua Padre Jose Trigueiro , 104, Cabo Branco-PB – CEP: 58045-400 – (83) 9107-9941/8895-3713

Deputado Manoel Junior (PB) – Daniel – Praça Pedro Gondim, nº 90, Bairro Torres, CEP: 58040-360 – (83) 3241-1539

Deputado Bernardo Santana Vasconcellos (MG) – Rua João de Freitas, nº 164, Bairro Santo Antonio – CEP: 30350-100 – (31) 3213-4143

A CNAP envidará todos os es-forços necessários para que sejam atendidos os pleitos da Advocacia Pública Federal, em especial a aprovação e promulgação da PEC 443/09 de modo que seus efeitos e benefícios sejam para toda a Advocacia Pública e o País.

Igualdade de remuneração das CarreirasJurídicas com o Judiciário e o Ministério Público

PROGRAMAÇÃO DA ADVOCACIA PÚBLICA NA XXI CONFERÊNCIA DA OAB

3Novembro de 2011

Jornal da CNAP

Reestruturação, autonomiae honorários para a Advocacia Pública

Com o propósito de pro-mover uma Reforma na Advocacia Pública Federal,

tramita no Congresso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 452/2009. A matéria, de autoria do deputado Paulo Rubem Santiago (PDT/PE), dispõe sobre a reestru-turação, autonomia e recebimento dos honorários de sucumbência pelos advogados.

Tramitando na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, a PEC 452/2009 conta com parecer favorável do relator, deputado federal Fábio Trad (PMDB-MS). Após sua aprovação neste co-legiado, deverá ser constituída uma comissão especial para aná-

lise do mérito da PEC.A manifestação favo-

rável do relator à matéria é fruto do trabalho per-manente da CNAP e da ANPPREV em conjunto com o Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal, colegiado do qual a Associação Nacio-nal dos Procuradores da Previdência Social tem a honra e o privilégio de integrar. Trata-se, tam-bém, de um sinal inequí-voco de apoio inconteste à melhoria da Advocacia Pública cujos beneficiados serão a popu-lação e o nosso imenso País.

É salutar registrar que a PEC

452 somada à PEC 443 integra o Movimento de Reforma da Advo-cacia Pública Federal, deflagrado em 2009 pelo Fórum Nacional

da Advocacia Pública.Uma vez aprovada e

promulgada pelo Con-gresso Nacional, a PEC 452 vai garantir o aper-feiçoamento do sistema de Advocacia Pública, inserindo mudanças no desenho da Advocacia-Geral da União, das Pro-curadorias Estaduais e Municipais; além de equilibrar o tratamento constitucional entre as denominadas Funções Essenciais à Justiça,

motivos pelos quais a CNAP manterá seu apoio e persistência em sua promulgação o quanto antes possível.

Desde 2009, en-tidades de classe da Advocacia Pública Federal atuam ativa-mente na campanha nacional “Honorários para Todos” por en-tender que se trata de um direito que deve ser estendido e garantido para toda a advocacia pública.

Os honorários de sucumbência são um percentual pago pela parte vencida no processo judicial ao advogado da par-te vencedora. A campanha “Hono-rários para Todos”, lançada inicial-mente em 2009, busca evidenciar a importância de se estabelecer um marco legal que possibilite aos membros da Advocacia Pública Federal a percepção desse ganho que é fruto do trabalho que desen-volve, e cujo pagamento é previsto no Estatuto da OAB e já é realizado em 22 Estados da Federação.

A intensa mobilização em torno da campanha “Honorários para Todos” tem como fulcro a extensão de um direito, que já é aplicado e cumprido em alguns estados bra-sileiros que reconhecem a impor-tância do advogado no exercício de sua atividade laboral.

Ademais, é sempre bom re-lembrar e reforçar o entendimento de que a própria Constituição Fe-

deral, em seu artigo 133, deixa de apontar quaisquer distinções entre os profissionais das advocacias públi-ca e privada, despindo de lógica a vedação à percepção dos ho-norários dos profis-sionais que, mesmo sendo representantes do Estado, são, de fato, advogados.

Assim sendo, a CNAP assume publi-camente o compro-misso de continuar na luta em busca da equi-

paração do princípio da sucum-bência entre advogados públicos e privados, por meio da extensão dos honorários advocatícios para todos, um direito devido e um dever de longa data à espera de cumprimento.

Projetos no Congresso Nacional

A concretização da percepção dos honorários pelos advogados públicos pode ser resolvida na esfera legal, por projeto de lei ordi-nário. Na Câmara dos Deputados, há duas proposições com este ob-jetivo: o PL 1.754/11, do deputado Ronaldo Benedet (PMDB/SC), e o PL 2.279/11, do deputado Paulo Rubem Santiago (PDT/PE).

O PL 1.754/11 está com tra-mitação mais avançada do que

o PL 2.279/11. Foi despachado à Comissão de Segurança Pública porque também autoriza o porte de arma aos advogados. Neste colegiado já conta com parecer favorável do relator, o deputa-do Nelson Pellegrino (PT/BA).

Como à Comissão de Seguran-ça cabe analisar somente o que se refere à autorização do porte de arma, Pellegrino manifestou-se favorável à aprovação do projeto, contudo solicitou que o tema seja tratado pela Lei 10.826/03 (Es-tatuto do Desarmamento) e não através de alteração no Estatuto da OAB.

Após a votação na Comissão de Segurança, o projeto será en-caminhado para exame conclusivo da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), que irá apreciar o mérito quanto aos honorários advocatícios.

Quanto ao PL 2.279/2011, en-contra-se na Comissão de Finan-ças e Tributação (CFT) aguardan-do parecer do relator, o deputado Jerônimo Goergen (PP/RS).

Após votação na CFT, a pro-posição seguirá à Comissão de Constituição, Justiça e de Cidada-nia (CCJC), desde que não receba parecer contrário à adequação fi-nanceira e orçamentária na CFT.

Novo Código de Processo CivilDestacamos ainda que no PL

8.046/2010, que reformula o Códi-go de Processo Civil, foi apresen-

tada uma emenda pelo deputado Ronaldo Benedet (PMDB/SC) para a inclusão dos honorários aos ad-vogados públicos.

A emenda pede a inclusão de parágrafo prevendo expressa-mente no texto do novo Código de Processo Civil (CPC) que os honorários advocatícios são de-vidos aos advogados, sejam eles públicos ou privados.

A proposta de emenda sana de uma vez por toda a dúvida que persiste sobre o pagamento de honorários de sucumbên-cia aos advogados públicos no exercício da defesa em juízo da Administração Direta e Indireta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

“O recebimento de honorários de sucumbência configura-se em direito e prerrogativa da profissão de advogado, assim também con-siderados os advogados públicos. Isso porque os honorários de su-cumbência não estão classificados entre as receitas públicas, sejam elas tributárias ou não tributárias, descritas na Lei nº 4.320/64, que institui normas gerais de direito financeiro para elaboração e con-trole dos orçamentos e balanços dos entes públicos, bem como nas demais normas que regulam a matéria, e não há qualquer outro fundamento legal para amparar a tese de que honorários constituam receita pública”, diz o texto da emenda.

Honorário de sucumbência, um direito do Advogado Público

4Novembro de 2011

Jornal da CNAP

A CNAP e a OAB não tem medido esforços para que o Congresso Nacio-nal aprove as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 555/2006 e 270/2008, que resgatam direitos e a dignidade dos aposentados e pensio-nistas. A PEC 555/2006, de autoria de Carlos Mota, ex-deputado federal, Procurador Federal, Vice-Presidente da ANPPREV e membro da Advocacia Pública, põe fim à malfadada cobrança da contribuição previdenciária dos ser-vidores inativos.

Já a PEC 270/2008, apresentada pela deputada Andreia Zito (PSDB/RJ), busca garantir o retorno da in-tegralidade e da paridade para os servidores aposentados por invalidez permanente.

Segundo Carlos Mota, infelizmente, evidências apontam que as mudanças promovidas na Previdência Social nos últimos anos afetaram sobremodo os servidores públicos como se fos-sem os grandes responsáveis pelas

mazelas existentes em todo o País.A aprovação dessas duas emen-

das constitucionais são extremamen-te importantes para que seja colocado um ponto final nessas injustiças e inconstitucionalidades criadas e man-tidas pelos governos.

PREVIDÊNCA COMPLEMENtAROutra matéria que tem sido acom-

panhada de perto pela CNAP e a OAB é o PL 1.992/2007, do Executivo, que cria a Previdência Complementar para os servidores públicos. Além de graves ameaças a direitos adquiridos, o projeto representa a possibilidade de privatização do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores uma vez que o regime será de capita-lização a ser administrado por opera-doras do mercado financeiro. A CNAP e a OAB são contra o PL 1.992/2007 no formato em que se encontra e tem atuado para a sua modificação no Parlamento Federal.

Luta pela extinção da contribuição dos aposentados

Projetos de interesse da Advocacia Pública

Proposição Autor Resumo Tramitação

PEC 443/2009

Deputado Bonifácio

de Andrada (PSDB/MG)

Busca estabelecer a igualdade de remuneração das Carreiras Jurídicas com o Judiciário e o Ministério Público por meio da instituição do subsídio máximo das carreiras da Advocacia-Geral da União, das Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal. Uma vez aprovada, assegurará o pagamento do subsídio de 90,25% do vencimento de ministro do Supremo Tribunal Federal para as carreiras da Advocacia-Geral da União e Procuradores dos Estados e do Distrito Federal.

Tramitando no âmbito de uma comissão especial criada para analisar o seu mérito. O colegiado está promovendo seminários nos estados para discutir a matéria e conquistar apoio para sua aprovação o quanto antes possível. Sendo aprovada no colegiado especial, a PEC 443 deverá ser votada em dois turnos no plenário da Câmara e contar com o apoio de, no mínimo, 308 votos favoráveis em cada votação.

PEC 452/2009

Deputado Paulo

Rubem Santiago (PDT/PE)

Reforma na Advocacia Pública F e d e r a l . D i s p õ e s o b r e a reestruturação, autonomia e recebimento dos honorários de sucumbência pelos advogados.

A PEC 452 somada à PEC 443 integra o Movimento de Reforma da Advocacia Pública Federal, deflagrado em 2009 pelo Fórum Nacional da Advocacia Pública. Uma vez aprovada e promulgada pelo Congresso Nacional, a PEC 452 vai garantir o aperfeiçoamento do sistema de Advocacia Pública, inserindo mudanças no desenho da Advocacia-Geral da União, das Procuradorias Estaduais e Municipais; além de equilibrar o tratamento constitucional entre as denominadas Funções Essenciais à Justiça.

Tramitando na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, a PEC 452/2009 conta com parecer favorável do relator, deputado federal Fábio Trad (PMDB-MS). Após sua aprovação neste colegiado, deverá ser constituída uma comissão especial para análise do seu mérito.

PL 1.754/2011Deputado Ronaldo Benedet

(PMDB/SC)

Autoriza o porte de arma para os advogados e garante o pagamento de honorários advocatícios.

Tramitando na Comissão de Segurança Pública onde conta com parecer favorável do relator, deputado Nelson Pellegrino (PT/BA). Sendo aprovada neste colegiado, será enviada para análise da Comissão de Constituição e Justiça.

PL 2.279/11

Deputado Paulo

Rubem Santiago (PDT/PE)

Estabelece a obrigatoriedade do pagamento dos honorários advocatícios.

Tramita na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) com relatoria a cargo do deputado Jerônimo Goergen (PP/RS). Após votação na CFT, a proposição seguirá à Comissão de Constituição Just iça e de Cidadania (CCJC), desde que não receba parecer contrário à adequação financeira e orçamentária na CFT.

PL 8.046/2010

Deputado Ronaldo Benedet

(PMDB/SC)

Reformula o Código de Processo Civi l . Foi apresentada uma emenda garantindo o pagamento dos honorários aos advogados públ icos. A emenda pede a inclusão de parágrafo prevendo expressamente no texto do novo Código de Processo Civil (CPC) que os honorários advocatícios são devidos aos advogados, sejam eles públicos ou privados.

Apensado ao PL 6025/2005, que está tramitando em uma comissão especial, e a relatoria está a cargo do deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT/BA).

PEC 555/2006

Deputado Carlos Mota

Põe f im à contr ibuição dos aposentados e pensionistas.

Aguarda inclusão na agenda do plenário da Câmara dos Deputados para votação em dois turnos.

PEC 270/2008

Deputada Andreia Zito (PSDB/RJ)

Busca garantir o retorno da integralidade e da paridade para os servidores aposentados por invalidez permanente.

Aguarda inclusão na agenda do plenário da Câmara dos Deputados para votação em dois turnos.

PRESIDENTEMeire Lucia Gomes Monteiro Mota Coelho

(ANPPREV)

VICE-PRESIDENTERonald Christiam Alves Bicca (ANAPE)

SECRETÁRIO-GERALJorge Rodrigo Araujo Messias (SINPROFAZ)

MEMBROSRicardo Ferreira Balota (APBC)

Evandro de Castro Bastos (ANPM)Amélia Soares da Rocha (ANADEP)

Regina Lúcia Moreira de Carvalho (ANAJUR)Benedito Libério Bergamo (ABRAP)

José Mauro de Lima Ó de Almeida (ANAUNI)Rosemiro Salgado Canto Filho (ANPAF)Ademar Borges de Sousa Filho (ANPM)

SAUS Quadra 5 - Lote 1 - Bloco MBrasília - DF - CEP 70070-939

Fone: +55 61 2193.9600www.oab.org.br

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O presidente do Con-selho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcanti, tem sido um apoiador consistente da agen-da da Advocacia Públi-ca e das atividades da Comissão Nacional da Advocacia Pública em favor do pagamento dos honorários advocatícios e da aprovação das pro-posições que beneficiam os advoga-dos da União, da Fazenda, autarquias, além de procuradores de Estado dos Municípios. “A independência e a autonomia da Advocacia Pública são essenciais para evitar que governan-

tes atentem contra a lei. Não pode jamais existir a vinculação com interes-ses de governos porque a sua atividade precípua é a defesa do Estado”.

Quanto a Conferência da OAB, Ophir é enfático em afirmar que “trata-se do maior evento da advo-

cacia brasileira cujo extenso temário de debates garante a discussão de questões importantes que permeiam a vida nacional. “É uma reflexão so-bre a sociedade brasileira, mostrando para o Brasil e para o mundo que a classe dos advogados é um importan-te agente de transformações”.

Presidente da OAB Nacional defende agenda da Advocacia Pública

A Comissão Nacional da Advocacia Pública não poderia deixar de agradecer, neste primeiro informativo, do apoio inconteste e sem medidas do presidente da Ordem dos Advogados do Dis-trito Federal, Dr. Francisco Queiroz Caputo Neto. Trata-se de um parceiro da Advocacia Pública, amigo em todas as ações empreendidas pela CNAP em favor da melhoria da Advocacia Pública e do Brasil.

OAB do DF é parceira da Advocacia Pública

Arquivo/OAB