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INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE ISSN 1518-3858 MINISTÉRIO DA SAÚDE VOLUME 27 – N.º 4, out./dez. 2007 MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM

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INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

ISSN 1518-3858

MINISTÉRIO DA SAÚDE

VOLUME 27 – N.º 4, out./dez. 2007

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Informação para a Saúde

Volume 27, n.º 4, out./dez. 2007

Publicação trimestral da Biblioteca do Ministério da Saúde destinada à divulgação de artigos publicados em periódicos incorporados ao acervo institucional.

ISSN 1518-3858Periodicidade: trimestralTiragem: 3.800 exemplares

Elaboração, distribuição e informações:MINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria-ExecutivaSubsecretaria de Assuntos AdministrativosCoordenação-Geral de Documentação e InformaçãoCoordenação de BibliotecaEsplanada dos Ministérios, bloco G, térreoCEP: 70058-900, Brasília – DFTels.: (61) 3315-2344/3315-2347/3315-2280/3315-3218Fax: (61) 3315-2563E-mail: [email protected]

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Ficha Catalográfica

Informação para a Saúde / Ministério da Saúde. Coordenação-Geral de Documentação e Informação. Coordenação de Biblioteca. – Brasília: Ministério da Saúde, 1980.

v. 27, n. 4, out./dez. 2007Trimestral

ISSN 1518-3858

1. Serviços de informação. 2. Disseminação da informação. 3. Informação – saúde – periódico. I. Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação-Geral de Documentação e Informação. Coordenação de Biblioteca. II. Título.

NLM ZA 3150-3159

Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 1256/2007

Apresentação 5

Resumos/bibliografias 7

sumário

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APrEsENTAÇÃo

ALimENTos (LEGisLAÇÃo)PoLÍTiCAs DE sAÚDE091

STRINGHETA, Paulo César; OLIVEIRA, Tânia Toledo de; GOMES, Ri-cardo Corrêa et al. Políticas de saúde e alegações de propriedades funcio­nais e de saúde para alimentos no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Far-macêuticas, São Paulo, v. 43, n. 2, p. 181-194, abr./jun. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v43n2/03.pdf

O trabalho estabelece a relação entre as diretrizes das políticas públicas de saú-de brasileiras e os critérios adotados pela Anvisa para aprovação das alegações de propriedades funcionais e, ou, de saúde para alimentos e para substâncias bioativas e probióticos isolados. Comenta a legislação brasileira sobre alimen-tos com alegações de propriedades funcionais e, ou, de saúde, novos alimen-tos e substâncias bioativas e probióticos isolados, evidenciando a obrigatorie-dade de registro destes produtos junto aos órgãos competentes. Apresenta as diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição, Política Nacional de Promoção da Saúde, Guia Alimentar para a População brasileira e Estraté-gia Global sobre Dieta, Atividade Física e Saúde da Organização Mundial de Saúde. Ressalta a convergência das diretrizes destas políticas que objetivam a redução das doenças crônicas não-transmissíveis na população através da pro-moção da alimentação saudável e da atividade física. Destaca as orientações direcionadas aos governos e à indústria para a implementação dessas medi-das. Apresenta critérios de avaliação da base científica das alegações propostos por órgãos internacionais. Objetiva oferecer subsídios para o entendimento da influência da tecnologia de alimentos sobre a saúde pública e para o en-tendimento dos critérios adotados pela Anvisa, na avaliação das alegações de propriedades funcionais e de saúde.

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ArTriTE rEumATÓiDE092BERTOLO, Manoel Barros; BRENOL, Claiton Viegas; SCHAINBERG, Cláudia Goldenstein et al. Atualização do consenso brasileiro no diagnóstico e tratamento da artrite reumatóide. Revista Brasileira de Reumatolologia, São Paulo, v. 47, n. 3, p. 151-159, maio/jun. 2007. Disponível em: http://www.scie-lo.br/pdf/rbr/v47n3/03.pdf

AsmAQuALiDADE DE ViDA093MATOS, Ana Paula Soares de; MACHADO, Ana Cláudia Cardoso. In­fluên cia das variáveis biopsicossociais na qualidade de vida em asmáticos. Psicologia: Teoria e Pesquisa, brasília, v. 23, n. 2, p. 139-148, abr./jun. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v23n2/a04v23n2.pdf

A asma brônquica é uma doença complexa e interfere com a qualidade de vida desses doentes. Pretendemos, com a presente investigação, estudar a re-lação das variáveis sócio-demográficas (género, idade e grau de instrução), clínicas (gravidade da doença, duração e tipo clínico) e psicológicas (cogni-ções, emoções e comportamentos) com a qualidade de vida do doente as-mático. Cinqüenta doentes asmáticos do Departamento de Pneumologia e Imunoalergologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra preencheram cinco questionários de auto-resposta que avaliavam as variáveis psicológicas em estudo. Os dados clínicos relativamente à doença foram igualmente reco-lhidos.Os nossos resultados revelam-nos que a qualidade de vida se relacio-na com um conjunto de variáveis que podemos denominar biopsicossociais (e.g., uma menor qualidade de vida relaciona-se com uma maior idade, me-nor escolaridade, uma atitude mais negativa face à asma, designada “estigma”, cognições disfuncionais e comportamentos/emoções-problema relacionados com a asma). Implicações ao nível do tratamento são apresentadas.

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ATENÇÃo PrimáriA À sAÚDEsisTEmAs DE sAÚDE094HERRERA VAZQUEZ, María Magdalena; RODRIGUEZ AVILA, Nuria; NEbOT ADELL, Carme et al. Una red para promover sistemas de salud basados en la atención primaria de salud en la Región de las Américas. Revista Panamericana de Salud Pública, Washington, v. 21, n. 5, p. 261-273, maio 2007. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v21n5/01.pdf

OBJETIVOS: Identificar los componentes relacionales de una red interna-cional de organizaciones de cooperación técnica y financiera que promueva el desarrollo de sistemas de salud basados en la atención primaria de salud (APS) en los países de la Región; analizar los vínculos de acción social para la cooperación en salud entre los socios colaboradores de la Organización Pana-mericana de la Salud (OPS); y determinar los elementos teóricos básicos que pueden contribuir a desarrollar estrategias de acción que respalden la aboga-cía en red. MÉTODOS: Estudio transversal cualitativo y cuantitativo basa-do en la identificación de informantes clave y el análisis de redes sociales. Se colectó información etnográfica y relacional de 46 organizaciones internacio-nales mediante un cuestionario semiestructurado autoaplicado. Participaron 29 tomadores de decisión pertenecientes a 29 organizaciones de cooperación internacional en salud (tasa de respuesta: 63,0%). La estructura y solidez de la red se evaluó mediante la densidad, la distancia, la transitividad y la cen-tralización de los nodos. El análisis estadístico se realizó mediante los pro-gramas informáticos UCINET, PAJEK y MS Access, entre otros. RESUL­TADOS: Se identificó una red teórica estructuralmente centralizada, cuyos nodos aglutinados en cuatro subgrupos centrales se vincularon en una visión compartida. El liderazgo, la influencia y los intereses políticos reflejaron los vínculos cooperativos de tipo formal y técnico y el apoyo formal a favor de la propuesta, con el predominio del flujo de recursos técnicos sobre los financie-ros. CONCLUSIONES: Los componentes relacionales interorganizacionales y los vínculos de acción social identificados pueden influir positivamente en la conformación y consolidación de una red temática de abogacía y gestión para la cooperación técnica y financiera en apoyo a la APS en la Región de las Américas. Los vínculos de acción identificados pueden favorecer la coope-ración internacional en el desarrollo de sistemas de salud basados en la APS, una vez que la OPS formule estrategias de implementación claras y tome el liderazgo para movilizar recursos financieros y generar vínculos de acción in-formal e interpersonal.

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CAusAs DE morTE EViTáVEisAVALiAÇÃo DE sErViÇos DE sAÚDEsus095AbREU, Daisy Maria Xavier de; CESAR, Cibele Comini; FRANCA, Eli-sabeth barboza. Relação entre as causas de morte evitáveis por atenção à saúde e a implementação do Sistema Único de Saúde no Brasil. Revista Panamericana de Salud Pública, Washington, v. 21, n. 5, p. 282-291, maio 2007. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v21n5/03.pdf

OBJETIVOS: Analisar a relação entre a ocorrência de mortes que poderiam ser evitadas por atenção à saúde e o processo de reorganização do sistema de saúde brasileiro entre 1983 e 2002. MÉTODOS: No presente estudo eco-lógico, a mortalidade por causas evitáveis foi analisada em 117 municípios. As causas de morte evitáveis por atenção à saúde foram agrupadas em: evi-táveis por diagnóstico e tratamento precoce, evitáveis por melhoria no tra-tamento e na atenção médica e doença isquêmica do coração. Para avaliar a associação entre as causas de morte evitáveis e a reorganização do sistema de saúde, o período analisado foi dividido em dois subperíodos, 1983 a 1992 e 1993 a 2002 (antes e depois da aprovação da norma operacional que serviu como referencial para a implantação do Sistema Único de Saúde). Utilizou-se um modelo de regressão binomial negativa, com controle das variáveis sexo, idade, região geográfica e condições socioeconômicas. RESULTADOS: No perío do analisado, ocorreram 1 854 165 óbitos por causas evitáveis nas ida-des de 0 a 74 anos nos municípios selecionados. A análise multivariada indi-cou que o risco foi maior no período de 1983 a 1992 em relação ao período de 1993 a 2002 para os três grupos de causas evitáveis estudados. Observou-se que os homens apresentaram risco maior, particularmente para a doença isquêmica do coração. As populações mais jovens tiveram um risco menor. O nível socioeconômico mais elevado reduziu o risco de morte por causas evi-táveis, exceto para a doença isquêmica do coração. CONCLUSÕES: Os re-sultados sugerem que, no brasil, o declínio da mortalidade por causas evitá-veis entre 1983 e 2002 deveu-se, em parte, às mudanças na oferta e no acesso aos serviços de saúde, impulsionadas pela reorganização do sistema de saúde a partir da década de 1990.

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ComuNiCAÇÃo E sAÚDEPromoÇÃo DA sAÚDE096RANGEL-S, Maria Ligia. Comunicação no controle de risco à saúde e segu-rança na sociedade contemporânea: uma abordagem interdisciplinar. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 5, p. 1375-1385, set./out. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v12n5/29.pdf

Este ensaio objetiva discutir a comunicação enquanto tecnologia para o con-trole do risco, proteção e promoção da saúde e segurança, no contexto da “so-ciedade de risco”. Como um componente da Análise de Risco, a comunica-ção do risco é uma tecnologia que comparece na literatura sobre risco, com objetivos, princípios e modelos bem definidos. Esses aspectos são descritos e problematizados, considerando-se as múltiplas racionalidades em torno dos riscos na cultura e as várias dimensões que envolvem a regulação e controle do mesmo na chamada “modernidade tardia”. Considera-se também a com-plexidade do processo de comunicação, informada pelo debate teórico-me-todológico deste campo. Para apreciar o verdadeiro valor do campo da co-municação para o controle de risco, proteção e promoção da saúde, o artigo oferece uma síntese das teorias de comunicação que sustentam o debate desse tema, e propõe aproximações críticas a modelos que incluem as dimensões do poder e da cultura, no contexto da sociedade capitalista.

DETErmiNANTEs soCiAisPromoÇÃo DA sAÚDE097bUSS, Paulo Marchiori; PELLEGRINI FILHO, Alberto. A saúde e seus determi­nantes sociais. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p. 77-93, jan./abr. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/physis/v17n1/v17n1a06.pdf

Este artigo busca analisar as relações entre saúde e seus determinantes sociais, apresentando inicialmente o conceito de determinantes sociais de saúde (DSS) e uma breve evolução histórica dos diversos paradigmas explicativos do pro-cesso saúde/doença no âmbito das sociedades, desde meados do século XIX. Em seguida são discutidos os principais avanços e desafios no estudo dos DSS, com ênfase em novos enfoques e marcos de referência explicativos das relações

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ente os diversos níveis de DSS e a situação de saúde. Com base nesses estudos e marcos explicativos, discute-se, em seguida, uma série de possibilidades de in-tervenções de políticas e programas voltados para o combate às iniqüidades de saúde geradas pelos DSS. Finalmente, são apresentados os objetivos, linhas de atuação e principais atividades da Comissão Nacional sobre Determinantes So-ciais da Saúde, criada em março de 2006, com o objetivo de promover estudos sobre os DSS, recomendar políticas para a promoção da eqüidade em saúde e mobilizar setores da sociedade para o debate e posicionamento em torno dos DSS e do enfrentamento das iniqüidades de saúde.

DoENÇAs TrANsmissÍVEisCrECHEsPrÉ-EsCoLAs098NESTI, Maria M. M.; GOLDbAUM, Moisés. As creches e pré­escolas e as doenças transmissíveis. Jornal de Pediatria (Rio de J.), Porto Alegre, v. 83, n. 4, p. 299-312, jul./ago. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jped/v83n4/v83n4a04.pdf

OBJETIVO: Descrever o aumento do risco para aquisição de doenças infec-ciosas associado ao cuidado da criança fora do domicílio e a efetividade das medidas de controle para a prevenção da transmissão de doenças nas creches e pré-escolas. FONTES DE DADOS: Revisão das bases de dados MEDLI-NE, LILACS e Cochrane Library, através dos descritores creches, infecção, controle de infecção e doenças infecciosas, focalizada em estudos que compa-ram o risco de doença infecciosa em crianças cuidadas dentro e fora de casa, associam o risco às características do cuidado fora de casa e avaliam a efeti-vidade de medidas de prevenção. SÍNTESE DE DADOS: As crianças cui-dadas em creches ou pré-escolas apresentam risco de adquirir infecções au-mentado em até duas a três vezes, com impacto na saúde individual e na dis-seminação das doenças à comunidade. O risco está associado, entre outros fatores, às características das creches, e medidas de prevenção simples são efe-tivas para diminuir a transmissão de doenças. Entre estas, recomenda-se: la-vagem apropriada das mãos após exposição; utilização de precauções padrão; rotina padronizada para troca e descarte de fraldas usadas, localização e lim-peza da área de troca, limpeza e desinfecção de áreas contaminadas; uso de

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lenços descartáveis para assoar o nariz; funcionários e área exclusivos para a manipulação de alimentos; notificação das doenças infecciosas; treinamento de funcionários e orientação dos pais. CONCLUSÕES: Diante da utilização crescente de creches e pré-escolas e da associação com risco aumentado de ad-quirir infecções, medidas de controle são imprescindíveis para a prevenção e controle das doenças transmissíveis.

EDuCAÇÃo mÉDiCAiNTErDisCiPLiNAriDADE099GARCIA, Maria Alice Amorim; PINTO, Anna Thereza b. C. e Souza; ODONI, Ana Paula de Carvalho et al. A interdisciplinaridade necessária à educação médica. Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, p. 147-155, maio/ago. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbem/v31n2/04.pdf

Nas Diretrizes Curriculares nacionais, a saúde é considerada uma área in-terdisciplinar, pois seu objeto “o processo saúde-doença humano” envolve as relações sociais, a biologia e as expressões emocionais. Este estudo analisa os programas e atividades do currículo implantado na Faculdade de Medici-na da PUC-Campinas a partir de 2001, no tocante às ações interdisciplina-res e multiprofissionais que envolvem os demais cursos da saúde. Procedeu-se à análise documental e de depoimentos de diferentes atores envolvidos no curso. Na perspectiva dos entrevistados, apesar das dificuldades relativas à fragmentação dos saberes e práticas, ao desconhecimento e preconceito acer-ca dos campos e núcleos das profissões da saúde e à precarização do vínculo docente, tem havido iniciativas de integração, destacando-se os ciclos mor-fofisiológicos, de correlação clínica e as práticas de Saúde da Família e Co-munidade. Concluiu-se que a interdisciplinaridade está presente na proposta curricular e como intenção da Universidade, mas acontece por iniciativas in-dividuais, nas quais se viabilizam “encontros” entre discentes, docentes, fun-cionários e usuários, que se tornam significativos e demonstram um processo em construção, ainda distante da transdisciplinaridade.

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EPiLEPsiAAssoCiAÇÕEs DE PACiENTEs100FERNANDES, Paula T.; NORONHA, Ana L. A.; SANDER, Josemir W. et al. National epilepsy movement in Brazil. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, São Paulo, v. 65, supl. 1, p. 55-57, jun. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/anp/v65s1/a09v65s1.pdf

PURPOSE: To establish a social network of epilepsy lay organization in bra-zil to provide advocacy for people with epilepsy and eventually form a power-ful National Epilepsy movement. METHOD: We actively searched for any associations, support groups or organizations related to epilepsy in the coun-try by personal contacts, internet search and by telephone search. Contact was then established with any entity found. RESULTS: The first meeting was held in Campinas in March 2003, and was attended by 270 people, inclu-ding many people with epilepsy, members of all eleven epilepsy associations found, health professionals and representatives of the brazilian chapters of IbE and ILAE and the brazilian Ministry of Health. This first meeting resul-ted in a National Movement expressed every year through the National Week of Epilepsy and National Meeting of Lay Associations. DISCUSSION: This strategy, developed by ASPE, was simple and effective, and in a very short time a national movement was active. These actions could be reproduced in any country developing a campaign against epilepsy. It is important to consi-der that this is a process of empowerment, thus people with epilepsy need to take actions into their own hands and to be active participants.

EsTADo NuTriCioNALCriANÇAs101GIGANTE, Denise P.; bUCHWEITZ, Márcia; HELbIG, Elizabete et al. Ensaio randomizado sobre o impacto da multimistura no estado nutricional de crianças atendidas em escolas de educação infantil. Jornal de Pediatria (Rio de J.), Porto Alegre, v. 83, n. 4, p. 363-369, jul./ago. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jped/v83n4/v83n4a13.pdf

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OBJETIVO: Avaliar o efeito da multimistura adicionada à merenda esco-lar sobre o estado nutricional de crianças atendidas em escolas municipais de educação infantil. MÉTODOS: Estudo de intervenção, longitudinal e controlado, incluindo 24 escolas de educação infantil que foram compara-das antes e depois da intervenção. Os grupos controle e intervenção foram definidos por sorteio das escolas que haviam sido emparelhadas por situa-ção nutricional. A intervenção consistiu em adicionar 10 g de multimistura à alimentação fornecida às crianças que freqüentavam as 12 escolas do grupo intervenção. As medidas de desfecho incluíram as diferenças de escore z dos três índices nutricionais e dos valores de hemoglobina no período de 6 meses em que a suplementação foi fornecida. Modelo multinível foi utilizado nas análises. RESULTADOS: As médias de escore z de peso por idade ao final do acompanhamento foram de 0,40 (±1,34) e 0,31 (±1,32), respectivamen-te, nos grupos intervenção e controle. A análise em multiníveis mostra dife-renças não significativas a favor da intervenção nas médias de escore z de peso para idade (β 0,05; IC95% -0,03 a 0,12) e de estatura para idade (β 0,02; IC95% -0,06 a 0,09). A diferenηa média de hemoglobina foi contrária à in-tervenção, mas também não foi significativa (β -0,01; IC95% -0,36 a 0,34). CONCLUSÃO: A suplementação com 10 g de multimistura não mostrou efeito significativo sobre nenhuma das medidas ou índices nutricionais estu-dados em crianças atendidas em escolas municipais de educação infantil.

HEPATiTE BTrATAmENTo102FERREIRA, Marcelo Simão; bORGES, Aércio Sebastião. Avanços no tratamento da hepatite pelo vírus B. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Uberaba, v. 40, n. 4, p. 451-462, jul./ago. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v40n4/a16v40n4.pdf

Nos últimos anos, houve um grande progresso no tratamento da hepatite b crônica. Cinco drogas são hoje aprovadas para tratamento dessa virose: intér-feron a, lamivudina, adefovir, entecavir e telbivudina. Os intérferons (con-vencionais ou peguilados) foram as primeiras drogas utilizadas no tratamento dessas infecções podendo levar a resposta sustentada (perda do DNA-VHb e do AgHbe) em até um terço dos casos tratados. Um grande número de aná-

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logos de nucleosídeos/nucleotídeos estão no momento, disponíveis para tra-tar a hepatite b; a eficácia da lamivudina, o primeiro análogo de nucleosídeo utilizado, é limitada pela elevada incidência de resistência. O adefovir tem eficácia comparável à lamivudina porém baixa freqüência de resistência. En-tecavir e tenofovir também se mostram muito ativos em controlar a replica-ção do vírus da hepatite b, e estão associados com mínimo desenvolvimento de resistência, mesmo em tratamento prolongados. Outras drogas, tais como telbivudina, emtricitabina e clevudine, se tornarão em futuro próximo, novas armas no controle dessa virose. Co-infectados HIV/VHb representam um grupo de doentes de difícil manuseio e que hoje se beneficiam com combina-ções de drogas no esquema anti-retroviral potente que devem atuar em ambas as viroses. O desenvolvimento de antivirais mais potentes e novas associações de medicamentos, conjuntamente com a melhor compreensão dos mecanis-mos de resistência do vírus da hepatite b a terapia são importantes conquistas para melhorar a eficácia do tratamento e diminuir no futuro, a carga global de portadores do vírus da hepatite b.

HiPErTENsÃoADoLEsCENTEs103KUSCHNIR, Maria C. C.; MENDONCA, Gulnar A. S. Fatores de risco associados à hipertensão arterial em adolescentes. Jornal de Pediatria (Rio de J.), Porto Alegre, v. 83, n. 4, p. 335-342, jul./ago. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jped/v83n4/v83n4a09.pdf

OBJETIVO: Investigar os fatores de risco associados à hipertensão arterial primária em adolescentes. MÉTODOS: Estudo caso-controle de base ambu-latorial com adolescentes, de 12 a 20 anos incompletos, todos provenientes do Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. O estado nutricional foi avaliado através do índice de mas-sa corporal. Obteve-se ainda a medida da circunferência abdominal, estatu-ra, história familiar de hipertensão arterial, peso ao nascer e desenvolvimento puberal. A análise foi elaborada através de regressão logística não condicional. RESULTADOS: Participaram 91 casos e 182 controles. O índice de massa corporal mostrou-se associado à hipertensão. A estatura mostrou associação positiva com hipertensão apenas em meninas. Não se evidenciou associação

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entre desenvolvimento puberal e peso ao nascer com hipertensão arterial na adolescência. Por outro lado, a história familiar, principalmente quando am-bos os pais são hipertensos, apresentou forte associação, tanto em meninos (OR = 13,32; IC95% 2,25-78,94), como em meninas (OR = 11,35; IC95% 1,42-90,21). CONCLUSÕES: Em nosso estudo, sobrepeso, obesidade e his-tória familiar de hipertensão (pai e mãe hipertensos) foram os principais fato-res de risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial em adolescentes.

HiPErTENsÃoEDuCAÇÃo Em sAÚDE104TOLEDO, Melina Mafra; RODRIGUES, Sandra de Cássia; CHIESA, Anna Maria. Educação em saúde no enfrentamento da hipertensão arterial: uma nova ótica para um velho problema. Texto & Contexto: Enfermagem, Florianópolis, v. 16, n. 2, p. 233-238, abr./jun. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v16n2/a04v16n2.pdf

O artigo apresenta os resultados de uma pesquisa bibliográfica, tendo por ob-jetivo levantar a produção científica multiprofissional e da enfermagem so-bre a prática de educação em saúde nos serviços de saúde, referentes ao en-frentamento da hipertensão. Os artigos foram selecionados quanto ao caráter do processo pedagógico, a partir do enfoque da visão de saúde-doença, das possibilidades de participação dos usuários e das dinâmicas utilizadas; iden-tificando-se características emancipatórias ou normativas. Foram analisados 46 artigos publicados entre 1981 e 2005 que contemplavam os aspectos ava-liados. Conclui-se que as experiências educativas com usuários portadores de hipertensão são incipientes e poucos artigos se reportam à perspectiva de for-mação da “consciência crítica” sobre saúde.

PArTiCiPAÇÃo ComuNiTáriAEDuCAÇÃo DA PoPuLAÇÃo105KLEbA, Maria Elisabeth; COMERLATTO, Dunia; COLLISELLI, Liane. Promoção do empoderamento com conselhos gestores de um pólo

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de educação permanente em saúde. Texto & Contexto: Enfermagem, Florianópolis, v. 16, n. 2, p. 335-342, abr./jun. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v16n2/a18v16n2.pdf

Este artigo relata a experiência de um curso de capacitação para conselhei-ros municipais desenvolvido em municípios da região do Pólo de Educação Permanente em Saúde do Oeste de Santa Catarina, utilizando a abordagem problematizadora. O curso teve como objetivo qualificar a atuação dos con-selheiros na gestão das políticas públicas nos municípios, favorecendo a in-tervenção crítica propositiva, e promovendo a articulação entre os atores in-seridos no processo de gestão pública na região. Como resultados ressaltamos a troca de conhecimentos e de experiências e a ampliação do acesso à infor-mações e outras ferramentas para análise da situação e para a tomada de de-cisões. Fica ainda como desafio fortalecer o compromisso dos atores com o próprio processo de educação permanente, para o que seria essencial a criação de um espaço de referência − administrativo e pedagógico − com a disponibi-lização de recursos e informações.

PArTo HumANiZADoPEsQuisAs Em ENFErmAGEm106PEREIRA, Adriana Lenho de Figueiredo; MOURA, Maria Aparecida Vasconcelos; SOUZA, Ivis Emília de Olveira et al. Pesquisa acadêmica sobre humanização do parto no Brasil: tendências e contribuições. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 205-215, abr./jun. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ape/v20n2/a15v20n2.pdf

OBJETIVOS: Realizamos um levantamento das pesquisas acadêmicas brasilei-ras dos programas de pós-graduação stricto sensu acerca da humanização do par-to e nascimento, de forma a identificar a distribuição temporal, regional, por abordagem metodológica e área de conhecimento, e analisar as contribuições desta produção acadêmica para a prática assistencial. MÉTODOS: Pesquisa ex-ploratória e descritiva. Os dados foram coletados através dos resumos de teses e dissertações disponíveis em bases de dados de bibliotecas virtuais, bIREME e CAPES. RESULTADOS: Foram encontradas 26 dissertações e 4 teses no pe-ríodo de 1987 a 2004. A maioria (20; 66,7%) foi desenvolvida em programas

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de pós-graduação da região Sudeste. Mais da metade (16; 53,3%) do total foi realizada em programas de pós-graduação de enfermagem. A metodologia qua-litativa foi a mais utilizada (25; 80%). Os aspectos ético-políticos da assistência predominaram (20; 66,7%) sobre os aspectos técnicos nas sínteses dos resulta-dos e conclusões das pesquisas estudadas. CONCLUSÃO: As pesquisas de pós-graduação propõem mudança de paradigma técnico-científico, na formação profissional, na atitude profissional frente aos direitos humanos e sociais, e uma redefinição de papeis profissionais das enfermeiras e parteiras.

PNEumoNiACriANÇA107DIRETRIZES brasileiras em pneumonia adquirida na comunidade em pediatria – 2007. Jornal Brasileiro de Pneumologia, Ribeirão Preto, v. 33, supl. 1, p. s31-s50, abr. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v33s1/02.pdf

PoLÍTiCAs DE ALimENTAÇÃoFomENuTriÇÃo108DOMENE, Semíramis Martins Álvares; OTA, Rosana Rodrigues Lemes; NILSON, Eduardo Augusto Fernandes et al. Experiências de políticas em alimentação e nutrição. Estudos Avançados, São Paulo, v. 21, n. 60, p. 161-178, maio/jul. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/v21n60/a14v2160.pdf

Medidas para o enfrentamento da fome e da desnutrição vêm sendo associa-das a ações de prevenção dos efeitos da má nutrição, especialmente a obesida-de e outras doenças crônicas, dado o aumento da sua prevalência. Esse qua-dro epidemiológico complexo exige a concepção de projetos estruturantes de médio e longo prazos ao lado de ações imediatas e criativas, para resposta a situações emergenciais quando da falta do alimento. Entre as propostas nasci-das no setor público, no setor produtivo, em universidades e em organizações da sociedade civil, observa-se elevado grau de insucesso, a despeito da serie-dade dos proponentes, levando à sua interrupção, com efeitos danosos para

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ambas as partes. Este artigo contém o relato de experiências de êxito, com elementos para a análise dos principais problemas comuns às políticas na área de alimentação e nutrição e formas de superação, e é o resultado do trabalho de pesquisadores, gestores públicos e técnicos que se reuniram em oficina in-terdisciplinar promovida pelo Grupo de Estudos Nutrição e Pobreza do IEA em 2005, cujo objetivo foi fornecer subsídios para o aprimoramento de po-líticas públicas na área.

QuALiDADE Dos sErViÇos DE sAÚDErADioLoGiAAmÉriCA LATiNA109FLEITAS, Ileana; CASPANI, Carlos C.; bORRÁS, Cari et al. La calidad de los servicios de radiología en cinco países latinoamericanos. Revista Panamericana de Salud Pública, Washington, v. 20, n. 2-3, p.113-124, ago./set. 2006. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v20n2-3/08.pdf

OBJETIVO: Determinar la correlación entre ciertos indicadores de calidad para los servicios de imaginología y la certeza en la interpretación de los exá-menes radiológicos para cuatro quejas frecuentes: las masas de la mama, el malestar del aparato digestivo, el dolor de espalda y los síntomas de la tuber-culosis. MÉTODOS: Se evaluaron veintiséis servicios de radiología en Ar-gentina, bolivia, Colombia, Cuba y México. Se evaluaron los equipos de ma-mografía y de radiografía/fluoroscopia convencional usados en los servicios seleccionados utilizando protocolos comunes, hojas de especificaciones téc-nicas, instrumen-tos de prueba, maniquíes y sistemas de dosimetría calibra-dos. Los estudios se realizaron en establecimientos de complejidad media. Se obtuvo el consentimiento informado de todos los pacientes estudiados, y se garantizó la confidencialidad de los resultados. Se evaluaron y documentaron los siguientes parámetros: el tipo de establecimiento (público o privado); la población cubierta; el número de pacientes y exámenes; los equipos radioló-gicos, los de procesamiento de imágenes y los suministros; la educación y la capacitación del personal profesional y técnico; los programas de la garantía de la calidad y del mantenimiento preventivo, y la adherencia a las normas de seguridad radiológica. Se determinaron el funcionamiento de los equipos de rayos X, los receptores de la imagen y las procesadoras; las condiciones del

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cuarto oscuro y de la visualización de las imágenes; las dosis recibidas por los pacientes y la calidad de la imagen, usando parámetros uniformados en todos los casos. Los paneles independientes de radiólogos, reconocidos como exper-tos por la sociedad radiológica local, evaluaron la calidad de las imágenes clí-nicas obtenidas y realizaron una interpretación radiológica para cada pacien-te usando las mismas películas e historia clínica a disposición de los médicos especialistas en imaginología de la institución. El acuerdo entre los informes de los paneles de expertos y los de los radiólogos locales se tomó como un indicador de la certeza de la interpretación radiológica. RESULTADOS: Se analizaron 366 mamografías, 343 procedimientos radiológicos para las quejas del aparato digestivo, 319 exámenes de rayos X de la columna vertebral y 157 radiografías de tórax. El acuerdo entre la interpretación radiológica del panel de expertos y del médico local fue de 70% a 100%, excepto en el caso de las películas de la columna vertebral en Cuba (57,8%) y de las mamografías en México (33,3%), que el panel de expertos juzgó estaban entre las imágenes clínicas de peor calidad. Se encontró una correlación positiva significativa entre la certeza en la interpretación radiológica y la calidad de las imágenes radiológicas. La calidad de la imagen mostró una correlación positiva con el nivel de formación y capacitación de los técnicos. Los estudios que se realiza-ron en los servicios que contaban con equipos automáticos de revelado y que cumplieron con los indicadores establecidos para el contacto película-pantalla obtuvieron imágenes de mejor calidad y una proporción mayor de estudios con resultados concordantes. Más de 50% de los negatoscopios no cumplie-ron con los criterios de calidad para el brillo y la homogeneidad. CONCLU­SIONES: Una imagen de buena calidad es fundamental para el logro de un diagnóstico certero. Se debe hacer hincapié en la educación continuada de los técnicos de radiología y en la adquisición y el mantenimiento de los equipos y los accesorios adecuados, especialmente de los negatoscopios, las pantallas intensificadoras y las máquinas reveladoras automáticas, dada la repercusión que tienen en la calidad de las imágenes.

sAÚDE Do ADoLEsCENTEEsTiLo DE ViDA110FERREIRA, Márcia de Assunção; ALVIM, Neide Aparecida Titonelli; TEIXEIRA, Maria Luiza de Oliveira et al. Saberes de adolescentes: estilo de

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vida e cuidado à saúde. Texto & Contexto: Enfermagem, Florianópolis, v. 16, n. 2, p. 217-224, abr./jun. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v16n2/a02v16n2.pdf

Pesquisa qualitativa cujo objetivo é conhecer as concepções dos adolescentes sobre saúde e como estas se articulam com as suas práticas de cuidado, na es-pecificidade do processo de adolescer. Os sujeitos foram trinta adolescentes. O método empregado na produção dos dados foi participativo, com enfoque na interação e diálogo, com aplicação das técnicas de grupo focal e foto-lin-guagem. A análise temática de conteúdo possibilitou a evidência das concep-ções de saúde como um modo de viver a vida que, como tal, originam práti-cas de cuidado que se articulam aos estilos de vida peculiares à adolescência. A convergência dos saberes científico e do senso comum emergiu como ne-cessária à sustentação de uma prática de educação em saúde em atendimento às demandas de cuidado indicadas pelos próprios sujeitos.

sAÚDE Do ADoLEsCENTEsuBsTÂNCiAs PsiCoATiVAs111COSTA, Maria Conceição O.; ALVES, Maria Vilma de Q. M.; SANTOS, Carlos Antonio de S. T. et al. Experimentação e uso regular de bebidas alcoólicas, cigarros e outras substâncias psicoativas/SPA na adolescência. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 5, p. 1143-1154, set./out. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v12n5/05.pdf

OBJETIVO: analisar o uso de bebidas alcoólicas, cigarros, outras substâncias psicoativas - SPA e fatores de risco entre adolescentes das escolas de um mu-nicípio com 500 mil/hab., bahia/brasil. MÉTODO: estudo transversal, com amostra aleatória, estratificada por conglomerado com adolescentes de 14 a 19 anos, totalizando 10 escolas públicas e 1.409 alunos de Feira de Santana. O instrumento auto-aplicável foi elaborado segundo a OMS e outros estu-dos nacionais adequados à faixa adolescente, com rigoroso procedimento, ga-rantindo anonimato e sigilo. RESULTADOS: 86,5% dos adolescentes con-sideravam-se bem informados sobre SPA, a maioria por TV, rádio e escola; 57,0% relataram uso de bebidas alcoólicas, principalmente cervejas e vinhos; 23,3% usavam cigarros e 5,2% outras SPA (cânabis, solventes e cocaína);

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29,3% usavam bebidas uma a três vezes/mês e 13% todo final de semana. Na faixa de 10 a 14 anos, 47% experimentaram bebidas e 16,7% outras SPA. A razão de prevalência (RP) mostrou consumo de bebidas, cigarros e outras SPA significantemente maiores na faixa 17 a 19 anos e sexo masculino. A curiosidade foi a principal motivação; na companhia de amigos e pais; festas e casas de colegas. CONCLUSÕES: A necessidade de institucionalização de atividades adequadas nas escolas à prevenção do uso das SPA entre jovens.

sAÚDE DA CriANÇAProGrAmA sAÚDE DA FAmÍLiA112bUSTAMANTE, Vânia; TRAD, Leny A. bomfim. Cuidando da saúde de crianças pequenas no contexto familiar: um estudo etnográfico com famílias de camadas populares. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 5, p. 1175-1184, set./out. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v12n5/08.pdf

O presente estudo focaliza os modos de cuidar da saúde de crianças pequenas em famílias atendidas pelo Programa de Saúde da Família (PSF) na periferia de Salvador, acompanhadas durante um período de nove meses. A aborda-gem etnográfica, através da observação participante complementada com en-trevistas semi-estruturadas, permitiu-nos aproximar-nos da compreensão dos informantes sobre o cuidado das crianças e de sua estreita relação com o con-texto sociocultural. As necessidades de cuidado são pensadas em três grandes eixos, marcadamente estruturados a partir do gênero das crianças: a preserva-ção da integridade, a capacidade de brincar e a educação. As práticas vincu-ladas aos cuidados de saúde são expressão de avaliações e escolhas que levam em consideração as limitações da realidade e ponderam diferentes discursos, dentre os quais o discurso médico ocupa um lugar importante, mas não pre-ponderante. Finalmente, destacamos o caráter intersubjetivo do cuidado, na medida em que, ao cuidar, os adultos obtêm gratificações morais ao mesmo tempo em que buscam satisfazer necessidades da criança.

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sAÚDE Do iDosoEDuCAÇÃo Em sAÚDECuiDADorEs113MARTINS, Josiane de Jesus; ALbUQUERQUE, Gelson Luiz de; NASCIMENTO, Eliane Regina Pereira do et al. Necessidades de educação em saúde dos cuidadores de pessoas idosas no domicílio. Texto & Contexto: Enfermagem, Florianópolis, v. 16, n. 2, p. 254-262, abr./jun. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v16n2/a07v16n2.pdf

Trata-se de estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa, que objetivou identificar e classificar as necessidades de educação em saúde apre-sentadas pelos cuidadores de idosos, baseadas na Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva. A amostra foi constituída de seis cuidadores domiciliares. A coleta de dados ocorreu nos meses de setem-bro e outubro de 2005, através de visita domiciliar, entrevista e observação. Os dados foram analisados através da análise de conteúdo. As principais ne-cessidades educativas dos cuidadores estavam relacionadas às doenças e seus agravos, à terapia medicamentosa, dietas e exercícios físicos. Destaca-se o des-preparo das cuidadoras e parcas redes de suporte. Deduzimos que cuidar no domicílio é uma tarefa permeada de desafios para o cuidador, porém a educa-ção em saúde pode contribuir para a realização segura deste, pois permite que os envolvidos neste processo manifestem suas reais necessidades e dialoguem com os profissionais de saúde, possibilitando ações condizentes para ambos.

sAÚDE Do iDosoENVELHECimENTo sAuDáVEL114CUPERTINO, Ana Paula Fabrino bretãs; ROSA, Fernanda Heringer Moreira; RIbEIRO, Pricila Cristina Correa. Definição de envelhecimento saudável na perspectiva de indivíduos idosos. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 20, n. 1, p. 81-86, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/prc/v20n1/a11v20n1.pdf

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O envelhecimento é definido como um processo multidimensional (baltes& baltes, 1990). Rowe e Kahn (1998) apresentam três indicadores de enve-lhecimento saudável: baixo risco de doenças e de incapacidades funcionais; funcionamento mental e físico excelentes; e envolvimento ativo com a vida. Com base nesses pressupostos, o objetivo deste trabalho foi examinar a defi-nição de envelhecimento saudável em uma amostra de idosos da comunidade buscando identificar as multidimensões percebidas pelos mesmos. A amostra foi de 501 idosos com idade entre 60 a 93 anos (M= 72,65; DP= 8,08). Foi realizada análise de conteúdo das respostas abertas sobre envelhecimento sau-dável. Identificou-se 29 categorias, sendo as mais citadas: saúde física; saúde social e saúde emocional e as menos citadas: envelhecimento como patológi-co e atividades específicas para idosos. Conclui-se que este estudo confirmou os pressupostos de heterogeneidade e multidimensionalidade do processo de envelhecimento, ao observar-se a variabilidade nas definições dos idosos.

sAÚDE DA FAmÍLiAsus115HÜbNER, Luiz Carlos Moreira; FRANCO, Túlio batista. O programa médico de família de Niterói como estratégia de implementação de um modelo de atenção que contemple os princípios e diretrizes do SUS. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p. 173-191, jan./abr. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/physis/v17n1/v17n1a10.pdf

Este texto foi construído a partir da narrativa dos atores sociais envolvidos na gestão do Programa Médico de Família (PMF) de Niterói, que vivencia, desde 1992, sua concepção de modelo centrado na Estratégia de Saúde da Família, através de um desenho metodológico próprio, que difere em alguns aspectos da proposta do Ministério da Saúde. Tem o objetivo de revelar os modos de produção do cuidado com base nos processos desenvolvidos pelo PMF. Estes se referem ao processo de trabalho que envolve a equipe de base e uma equipe de supervisores técnicos; às práticas assistenciais centradas na concepção da produção social da saúde, referenciada no campo teórico da vi-gilância à saúde; e à produção de novos sujeitos históricos, profissional médi-co e população, com base em práticas de educação permanente, realizadas no próprio ambiente de trabalho e orientadas para a práxis, associada a processos

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de subjetivação disparados a partir do contato direto no ambiente social da população adscrita às equipes. A literatura que discute modelos tecnoassisten-ciais em saúde tem-se dedicado em grande medida ao estudo do Programa de Saúde da Família (PSF). Quanto ao PMF que foi inspiração para o próprio PSF, há pouca produção disponibilizada àqueles que buscam outros referen-ciais para modelos que trabalhem com a diretriz da vinculação de clientela a equipes assistenciais. Vale registrar que PMF e PSF, embora tenham inspira-ção na mesma matriz teórica da vigilância à saúde, na clínica do médico ge-neralista e na diretriz central do vínculo, são na sua constituição e funciona-mento diferentes, o que justifica estudos específicos de ambos os programas, ou estratégias de mudança do modo de produzir saúde.

sAÚDE mENTALrEABiLiTAÇÃo PsiCossoCiAL116PEREIRA, Maria Alice Ornellas. A reabilitação psicossocial no atendimento em saúde mental: estratégias em construção. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 15, n. 4, p. 658-664, jul./ago. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v15n4/pt_v15n4a21.pdf

Este estudo teve como objetivos identificar as representações elaboradas por profissionais de serviços substitutivos acerca da reabilitação psicossocial, e as di-ficuldades por eles encontradas na efetivação da assistência em Saúde Mental. Adotando abordagem qualitativa, a pesquisa teve a participação de quinze su-jeitos, que foram ouvidos através da entrevista semi-estruturada. Identificou-se que a reabilitação é vista como processo complexo que enfrenta obstáculos di-versos para a concretização de seus objetivos, e que as mudanças ocorridas na assistência solicitam, de cada profissional, disponibilidade e flexibilidade.

sAÚDE oCuPACioNALrECursos HumANos DE ENFErmAGEmArTEriosCLErosE CoroNáriA117MAIA, Cyntia Oliveira; GOLDMEIER, Silvia; MORAES, Maria Antonieta et al. Fatores de risco modificáveis para doença arterial coronariana nos

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trabalhadores de enfermagem. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 138-142, abr./jun. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ape/v20n2/a05v20n2.pdf

OBJETIVO: identificar os fatores de risco (FR) modificáveis para doença ar-terial coronariana (DAC) nos trabalhadores de enfermagem de um hospital geral. MÉTODOS: estudo com 209 trabalhadores submetidos a exame an-tropométrico e aferição da pressão arterial. Foram realizadas coletas capilares para verificar os níveis de colesterol total e glicemia para cálculo do índice de massa corporal (IMC). Aplicado questionário sobre atividade física e estres-se. Os FR para DAC foram quantificados e avaliados. RESULTADOS: da amostra, 19,1% eram estressados, 29,7% hipertensos e 27,7% apresentaram CT>200mg/dl. O tabagismo corresponde a 28,8% dos técnicos. Os auxilia-res apresentaram maior índice de IMC e nível de estresse; os enfermeiros fo-ram os mais hipertensos. Sedentarismo estava presente em mais da metade da amostra. CONCLUSÃO: este estudo mostra a identificação e quantificação dos diferentes FR para DAC, pois a partir do conhecimento da realidade epi-demiológica, é possível desenvolver ações e educação em saúde relevantes na intervenção preventiva.

sÍNDromE DE imuNoDEFiCiÊNCiA ADQuiriDAADoLEsCENTEs118ALMEIDA, Assunção Dores Laranjeira de; SILVA, Carlos Fernandes da; CUNHA, Gabriel Saraiva da. Os conhecimentos, atitudes e comportamentos sobre SIDA dos adolescentes portugueses do meio urbano e não­urbano. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 41, n. 2, p. 180-186, jun. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v41n2/01.pdf

O principal objetivo desta investigação foi identificar e comparar os conhe-cimentos, atitudes e comportamentos preventivos sobre a Síndrome da Imu-nodeficiência Adquirida (SIDA) dos adolescentes que freqüentam escola se-cundária inserida em meio urbano com os adolescentes que freqüentam es-cola secundária inserida em meio não urbano. Para o efeito procedeu-se a um estudo descritivo numa amostra populacional de 826 adolescentes (455 do meio urbano e 371 do meio não-urbano). O instrumento de coleta de dados

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adotado foi efetuado com base no modelo conceptual Health belief Model. Constatou-se haver relação entre o meio de inserção dos adolescentes e o co-nhecimento da SIDA enquanto ameaça grave; o conhecimento sobre os ris-cos de contágio da SIDA e as atitudes diante da SIDA.

VioLÊNCiAADoLEsCENTEsmorTALiDADE119COSTA, Inês Eugênia Ribeiro da; LUDEMIR, Ana bernarda; AVELAR, Isabel. Violência contra adolescentes: diferenciais segundo estratos de condição de vida e sexo. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 5, p. 1193-1200, set./out. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v12n5/10.pdf

Um estudo ecológico foi conduzido para analisar os diferenciais da mortali-dade por violência contra adolescentes segundo Estrato de Condição de Vida e sexo, no Recife, no período de 1998 a 2004. O coeficiente médio de mor-talidade por violência para o período foi calculado por sexo para o município e para os Estratos de Condição de Vida. A análise demonstrou um maior ris-co de morte por violência para os adolescentes do sexo masculino residentes no estrato III (pior condição de vida). A razão da mortalidade por violência entre os sexos masculino e feminino foi de 10,89 (Recife); 10,90 (estrato I); 11,70 (estrato II) e 10,30 (estrato III). Os resultados demonstram que, se por um lado o sexo masculino é o mais acometido, por outro há uma evidente in-fluência das condições de vida na distribuição das mortes por violências.

VioLÊNCiACriANÇAsADoLEsCENTEs120COSTA, Maria Conceição Oliveira; CARVALHO, Rosely Cabral de; SANTA bARbARA, Josele de F. R. et al. O perfil da violência contra crianças e adolescentes, segundo registros de Conselhos Tutelares: vítimas, agressores e manifestações de violência. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de

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EDITORA MSCoordenação-Geral de Documentação e Informação/SAA/SE

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Brasília – DF, dezembro de 2007OS 1256/2007

A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessadana Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde:

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O conteúdo desta e de outras obras da Editora do Ministério da Saúdepode ser acessado na página:

http://www.saude.gov.br/editora

Janeiro, v. 12, n. 5, p. 1129-1141, set./out. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v12n5/04.pdf

OBJETIVO: estimar a prevalência das formas de violência contra crianças e adolescentes, registradas nos Conselhos Tutelares, e a associação dessas vio-lências por faixas etárias das vítimas e vínculo com agressores, em 2003-2004. MÉTODO: foram coletados dados dos prontuários e calculadas as prevalên-cias e associação entre variáveis, através da razão de prevalência (RP), com ní-vel crítico de 5%. RESULTADOS: totalizaram 1.293 registros de violência, sendo 1.011 (78,1%) originados no domicílio. As violências mais freqüentes foram a negligência (727), por omissão de cuidados básicos (304) e abando-no (259); a violência física (455), por espancamento (392), nas faixas de 2 a 13 anos; a violência psicológica (374), por amedrontamento (219); a violên-cia sexual (68), por abuso (58), principalmente entre adolescentes. A princi-pal forma de denúncia foi anônima, 398 (30,8%); os agressores para negli-gência foram os pais; para violência física, a madrasta e “outros agressores”; para violência sexual, o padrasto, “outros familiares/ agressores”; a violência psicológica foi prevalente entre todas categorias de agressores. CONCLU­SÕES: Os resultados apontam para a necessidade de divulgação do “Disque Denúncia”; a formação de conselheiros, quanto ao registro adequado, assim como a implementação de políticas de prevenção da violência contra crian-ças e adolescentes.

Disque Saúde0800 61 1997

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ISSN 1518-3858