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B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO HEPATITES VIRAIS ano II nº 01

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B O L E T I ME P I D E M I O L Ó G I C O

HEPATITES VIRAIS

ano II nº 01

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria de Vigilância em Saúde

Departamento de Aids, DST e Hepatites Virais

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

HEPATITES VIRAIS

ano II

nº 01

Boletim Epidemiológico – Hepatites Virais Ano II - nº 01 Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais SAF SUL Trecho 2 Bloco F - Torre I - Ed. Premium - Andar Auditório - sala 4 CEP 70070-600 - Brasília - DF Telefone: (61) 3306-7001 Disque Saúde - 0800 61 1997 e-mail: [email protected] página web: www.aids.gov.br Coordenação de Vigilância, Informação e Pesquisa – VIP Autores: Gerson Fernando Mendes Pereira Juliana Machado Givisiez Ronaldo de Almeida Coelho Silvano Barbosa de Oliveira Thiago Rodrigues de Amorim Revisão: Angela Gasperin Martinazzo Projeto gráfico, capa e diagramação: Marcos Cleuton de Oliveira

Sumário

Apresentação............................................................................................. 5 Introdução.................................................................................................. 7 Estimativas de duplicidade para a base de dados de hepatites virais no Sinan..................................................................................................... 9 Estudo de prevalência de base populacional das infecções pelos vírus das hepatites A, B e C nas capitais do Brasil............................................ 11 Hepatite A.................................................................................................. 16 Hepatite B................................................................................................... 21 Hepatite C.................................................................................................. 28 Hepatite D.................................................................................................. 33 Hepatite E................................................................................................... 35 Óbitos por hepatites virais.......................................................................... 36 Nota Técnica: procedimentos para retirada de duplicidades da base de dados das hepatites virais no Sinan...................................................... 38 Tabelas....................................................................................................... 41

5

Apresentação

Após o lançamento da primeira edição do Boletim Epidemiológico das

Hepatites Virais, no dia 28 de julho de 2010, por ocasião do Dia Mundial de

Luta Contra as Hepatites Virais, evidenciou-se a relevância das informações

nele contidas para a construção do cenário epidemiológico dessas doenças

no país.

Convém ressaltar que esses dados, elaborados a partir do Sistema de

Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e do Sistema de Informações

sobre Mortalidade (SIM), compõem uma das fontes de informação, dentre

muitas outras, que são necessárias à compreensão da epidemiologia das

hepatites virais. Para tanto, incluem-se ainda os estudos de soroprevalência,

tanto os de base populacional quanto os que contemplam populações

específicas, os estudos com doadores de sangue, os de caráter sentinela e,

por fim, os que utilizam coleções de soro, comumente chamadas de sorotecas.

Esta segunda edição do Boletim firma o compromisso de publicação anual,

disseminando a informação e trazendo consigo, além dos casos e óbitos por

hepatites virais, os resultados do Estudo de Prevalência de Base Populacional

das infecções pelos vírus das hepatites A, B e C nas capitais do Brasil, iniciado

em 2005. Este estudo foi o primeiro dessa envergadura na América Latina e

agregou conhecimentos importantes sobre as prevalências e fatores

associados às hepatites virais no país.

São apresentadas, ainda, estimativas de duplicidade obtidas por métodos

probabilísticos de análise, com vistas a aperfeiçoar a informação aqui

trabalhada e alertar para a necessidade de que esse procedimento seja

implementado como rotina no âmbito dos municípios e estados, como

marcador da qualidade dos dados. Essas duplicidades foram removidas do

banco de dados aqui analisado.

Espera-se, portanto, que as análises descritivas exibidas ao longo deste

Boletim sejam amplamente divulgadas, discutidas e utilizadas sob diferentes

perspectivas: para subsidiar o planejamento das ações em hepatites virais;

auxiliar na elaboração de hipóteses sobre os padrões de ocorrência dessas

doenças; e identificar as necessidades de aperfeiçoamento da vigilância, da

qualidade da informação e da capacidade local para a captação de casos e

confirmação destes à luz dos critérios preconizados.

7

Introdução

A vigilância das hepatites virais no Brasil utiliza o sistema universal, baseado na notificação e investigação epidemiológica de todos os casos suspeitos e dos surtos por meio do Sinan, sendo este sistema a principal fonte de dados sobre esses agravos. Não obstante, outras fontes podem ser utilizadas para conhecer a ocorrência das hepatites virais, como, por exemplo, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e os estudos epidemiológicos. Observa-se que muitos casos não são notificados, gerando elevada subnotificação. Isso se deve ao amplo espectro da doença e à proporção considerável de casos assintomáticos que permanecem desconhecidos do sistema de vigilância. Somam-se a esse fato, ainda, as diferentes capacidades de captação de casos pela vigilância epidemiológica local, bem como de encerramento destes de acordo com os critérios preconizados. Após a notificação dos casos de hepatites virais, deve-se iniciar a investigação epidemiológica para permitir que as medidas de controle possam ser adotadas em tempo oportuno. O instrumento de coleta de dados, a Ficha de Investigação Epidemiológica, contém os elementos essenciais a serem coletados em uma investigação de rotina. Todos os campos dessa ficha devem ser criteriosamente preenchidos. Para fins de vigilância epidemiológica, são considerados casos confirmados:

Hepatite A

• Indivíduo que preencha as condições de caso suspeito e que apresente anti-HAV IgM reagente.

• Indivíduo que preencha as condições de caso suspeito e que apresente vínculo epidemiológico com caso confirmado (anti-HAV IgM reagente) de hepatite A.

Hepatite B

• Indivíduo que preencha as condições de caso suspeito e que apresente um ou mais marcadores sorológicos reagentes ou exame de biologia molecular para hepatite B listados a seguir:

- HBsAg reagente;

- Anti-HBc IgM reagente;

8

- HBeAg reagente;

- DNA do VHB detectável.

Hepatite C

• Indivíduo que preencha as condições de caso suspeito e que apresente anti-HCV reagente e HCV-RNA detectável.

Hepatite D

• Indivíduo que preencha as condições de caso suspeito e que apresente HBsAg ou anti-HBc IgM reagentes e um ou mais dos marcadores sorológicos listados a seguir:

- Anti-HDV total reagente;

- Anti-HDV IgM reagente.

Hepatite E

• Indivíduo que preencha as condições de caso suspeito e que apresente anti-HEV IgM reagente. Ao se aplicarem os critérios supracitados, foi realizada uma análise das duplicidades de registros na base de dados de hepatites virais, descrita adiante, que permitiu estimar, para cada etiologia viral, o número de registros que se repetem. Isso constitui um passo importante para melhoria da qualidade da informação apresentada. Sobre os estudos epidemiológicos, destaca-se o mais recente realizado no país: o Estudo de Prevalência de Base Populacional das Infecções pelos Vírus das Hepatites A, B e C nas capitais do Brasil. Seus resultados trouxeram importantes contribuições à epidemiologia dessas doenças no país, uma vez que as estimativas de prevalência encontradas apontam para mudanças no padrão de ocorrência, com redução dessas infecções. Neste Boletim, são apresentadas as estimativas de prevalência para o conjunto das capitais de cada macrorregião e do Distrito Federal de forma resumida. Para o detalhamento destas, bem como dos fatores associados em cada local, poderão ser acessadas referências já publicadas, advindas do estudo1.

1 XIMENES, R. A. A. et al. Methodology of a nationwide cross-sectional survey of prevalence and epidemiological patterns of hepatitis A, B and C infection in Brazil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 9, p. 1693-1704, set. 2010; UNIVERSIDADE de Pernambuco. Núcleo de Pós-Graduação. Estudo de prevalência de base populacional das infecções pelos vírus das hepatites A, B e C nas capitais do Brasil. Relatório de Pesquisa. Brasil, 2010; PEREIRA, L. M. M. B. Population-Based Multicentric Survey of Hepatitis B Infection and Risk Factor Differences among Three Regions in Brazil. Am. J. Trop. Med. Hyg., [S.l.], v. 81, n. 2, p. 240-247, 2009; XIMENES, R. A. A., et al. Multilevel analysis of hepatitis A infection in children and adolescents: a household survey in the Northeast and Central-west regions of Brazil. International Journal of Epidemiology, [S.l.], v. 37, p. 852-861, 2008.

9

Estimativas de duplicidade para a base de

dados de hepatites virais no Sinan

A ocorrência de registros duplicados nas bases de dados deve ser avaliada

com o objetivo de qualificar a informação. São consideradas duplicidades os

registros de um mesmo indivíduo que entram no banco de dados de um

mesmo agravo duas ou mais vezes, independentemente do tempo, o que pode

ser explicado pela notificação em diferentes serviços e por erros de digitação.

Os casos duplicados, indevidamente presentes na base de dados de hepatites

virais no Sinan, representam um déficit na qualidade da informação e podem

distorcer os cálculos de indicadores. No caso das hepatites virais, é necessário

atentar para os prováveis registros repetidos, uma vez que um indivíduo pode

adoecer por diferentes tipos de hepatite, sem que isso constitua uma

duplicidade. Dessa forma, as duplicidades que forem encontradas devem ser

identificadas, investigadas e, se necessário, removidas.

Apesar de o Sinan possuir uma ferramenta específica para a identificação de

duplicidades, esta não capta todas as possíveis variações de entrada de

registros repetidos, como, por exemplo, as decorrentes de erros de digitação,

uma vez que aplica um método determinístico que considera como critério de

seleção a combinação exata de campos chave.

Sendo assim, outra possibilidade de análise de duplicidades é a utilização de

métodos probabilísticos por meio do software RecLink, o qual permite

minimizar os efeitos dos erros de digitação, mediante a criação de blocos

lógicos de comparação (chaves de blocagem) e a aplicação de algoritmos,

cálculo de escores de concordância de registros e revisão manual de

duplicidades duvidosas2.

Para este Boletim, o método referido foi aplicado após a seleção dos casos

confirmados segundo os critérios definidos para cada tipo de hepatite viral.

A Tabela I traz os resultados obtidos na análise das duplicidades a partir das

duas plataformas do Sinan (Windows e Net). Observou-se que as maiores

2 CAMARGO K. R. J.; COELI, C. M. Reclink: aplicativo para o relacionamento de bases de dados, implementando o método probabilistic record linkage. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 16. n. 2, abr./jun. 2000.

10

proporções de duplicidades foram encontradas para as hepatites B, C e D nas

duas bases. Ressalta-se que os casos considerados duplicados com o método

aplicado foram removidos e, sendo assim, pequenas diferenças poderão ser

observadas quanto ao número absoluto de casos na série histórica

apresentada neste Boletim. Todavia, em relação às taxas de incidência ou

detecção, estas pouco ou nada se alteram quando comparadas às taxas

calculadas sem a retirada das duplicidades.

Tabela I. Número de casos confirmados e percentual de duplicidades segundo

etiologia das hepatites virais e plataforma do Sinan. Brasil, 1999 a 2010(1).

Etiologia(2) Sinan Windows Sinan NET

Casos % Duplicidade Casos % Duplicidade

Hepatite A 90955 1,55 42287 1,30

Hepatite B 56107 3,93 56402 4,37

Hepatite C 76505 4,46 82992 4,50

Hepatite D 883 3,96 1037 2,41

Hepatite E 538 0,37 342 0,00

Fonte: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS. Notas: (1) Casos notificados no Sinan até 31/12/2010.

(2) Hepatite A: casos confirmados segundo critério laboratorial (anti-HAV IgM reagente) ou clínico-epidemiológico. Hepatite B: casos confirmados são aqueles que apresentaram pelo menos um dos seguintes marcadores sorológicos reagentes: HBsAg ou anti-HBc IgM ou HBeAg. Hepatite C: casos confirmados são aqueles que apresentaram os testes anti-HCV e HCV-RNA reagentes. Hepatite D: casos confirmados são aqueles que apresentaram pelo menos um dos seguintes marcadores sorológicos: HBsAg ou anti-HBc IgM ou HBeAg e anti-HDV total ou anti-HDV IgM. Hepatite E: casos confirmados segundo critério laboratorial (anti-HEV IgM reagente) ou clínico-epidemiológico.

11

Estudo de prevalência de base populacional

das infecções pelos vírus das hepatites A, B

e C nas capitais do Brasil3

O inquérito de hepatites virais teve como objetivo estimar a prevalência das

infecções virais A, B e C para o conjunto das capitais em cada macrorregião e

o Distrito Federal (DF), nas faixas etárias de 5 a 19 anos para o vírus da

hepatite A (VHA) e de 10 a 69 anos para os vírus B e C (VHB e VHC,

respectivamente), avaliando variáveis biológicas, socioeconômicas e

epidemiológicas.

A população alvo desse estudo constituiu-se nos indivíduos com idade entre 5

e 69 anos residentes na zona urbana, em domicílios particulares de todas as

26 capitais e no DF, conforme informações do censo do ano de 2000, realizado

pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O processo amostral

foi baseado em conglomerados, de forma estratificada e em múltiplos estágios.

A população estudada por faixa etária, segundo o tipo de hepatite, totalizou

6.468 indivíduos selecionados para o estudo da hepatite A e 19.634 indivíduos

para o estudo das hepatites B e C.

Foram aplicados questionários estruturados para coleta de dados sobre o

domicílio, o indivíduo e a área de residência. As variáveis do nível da área

(setor censitário) foram recuperadas a partir de um subconjunto dos dados do

Censo do IBGE.

Dos indivíduos amostrados foram coletadas amostras de sangue durante a

visita domiciliar e os testes sorológicos empregados foram: para hepatite A, o

anti-HAV total; para hepatite B, o anti-HBc total, o HBsAg e o anti-HBs; e, para

hepatite C, o anti-HCV e o teste de biologia molecular HCV-RNA. O

processamento das amostras foi realizado nos Laboratórios Centrais de Saúde

Pública (LACEN).

3 XIMENES, R. A. A. et al. Methodology of a nationwide cross-sectional survey of prevalence and epidemiological patterns of hepatitis A, B and C infection in Brazil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 9, p. 1693-1704, set. 2010; UNIVERSIDADE de Pernambuco. Núcleo de Pós-Graduação. Estudo de prevalência de base populacional das infecções pelos vírus das hepatites A, B e C nas capitais do Brasil. Relatório de Pesquisa. Brasil, 2010; PEREIRA, L. M. M. B. Population-Based Multicentric Survey of Hepatitis B Infection and Risk Factor Differences among Three Regions in Brazil. Am. J. Trop. Med. Hyg., v. 81, n. 2 , p. 240-247, 2009; XIMENES, R. A. A., et al. Multilevel analysis of hepatitis A infection in children and adolescents: a household survey in the Northeast and Central-west regions of Brazil. International Journal of Epidemiology, [S.l.], v. 37, p. 852-861, 2008.

12

Em razão do processo de amostragem empregado, os dados, quando

apresentados para o Brasil, necessitaram de ponderação tanto para corrigir as

diferentes frações de amostragem quanto para agrupar os diferentes grupos

etários.

Para a hepatite A, as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS)

classificam o país como de alta endemicidade; entretanto, os dados do

inquérito revelam que, para o conjunto das capitais de cada macrorregião e o

Distrito Federal, a endemicidade observada foi de intermediária a baixa.

O resultado global da prevalência para a exposição à infecção pelo VHA,

referente ao conjunto das capitais do Brasil, foi de 39,5% (IC 95% 36,5%-

42,5%). O percentual de expostos ao VHA na faixa etária de 5 a 9 anos foi de

27,0% (IC 95% 23,5%-30,5%) e de 44,1% (IC 95% 40,4%-47,8%) para o grupo

de 10 a 19 anos. Os resultados indicam associação inversa entre o nível

socioeconômico e a prevalência de anti-HAV total, bem como a redução das

prevalências nas faixas etárias de crianças e adolescentes, implicando um

aumento do número de indivíduos suscetíveis à doença. Na Tabela A verificam-

se as estimativas de prevalência do marcador sorológico de contato com o

vírus da hepatite A, o anti-HAV total para o conjunto das capitais de cada

macrorregião e para o DF.

Em relação à hepatite B, a OMS classifica a Região Norte como de alta

endemicidade, e as demais regiões, como de baixa endemicidade. Todavia, os

resultados do inquérito sugeriram a ocorrência de baixa endemicidade (menor

que 1%) da infecção pelo vírus da hepatite B no conjunto das capitais de cada

macrorregião e do Distrito Federal, como pode ser observado na Tabela B. O

resultado global da prevalência para o marcador de exposição ao HBV (anti-

HBc), referente ao conjunto das capitais do Brasil, foi de 7,4% (IC 95% 6,8%-

8,0%). O percentual de expostos ao HBV na faixa etária de 10 a 19 anos foi de

1,1% (IC 95%% 0,9%-1,4%) e de 11,6% (IC 95% 10,7%-12,4%) para o grupo

de 20 a 69 anos.

Para todas as regiões, verificou-se um aumento da positividade do anti-HBc

total com a idade. Em relação ao sexo, os homens apresentaram maior

probabilidade de exposição ao VHB em todas as regiões e no Distrito Federal,

exceto na Região Norte. À exceção do Sudeste, nas demais regiões observou-

se uma maior oportunidade de exposição ao VHB para indivíduos com piores

condições socioeconômicas. A transmissão sexual foi relevante nas Regiões

Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul, sendo que, nesta última, a transmissão

sanguínea também se destacou.

13

Para o marcador HBsAg, a prevalência global referente ao conjunto das

capitais do Brasil foi de 0,37% (IC 95% 0,25%-0,50%), sendo de 0,055% (IC

95% 0,012%-0,10%) na faixa etária de 10 a 19 anos e de 0,6% (IC 95% 0,41%-

0,78%) para os grupos de 20 a 69 anos.

Para o anti-HCV, o resultado global da prevalência referente ao conjunto das

capitais do Brasil foi de 1,38% (IC 95% 1,12%-1,64%). O percentual de

expostos ao HCV na faixa etária de 10 a 19 anos foi de 0,75% (IC 95% 0,53%-

0,98%) e de 1,56% (IC 95% 1,28%-1,91%) para o grupo de 20 a 69 anos.

Assim, constatou-se que a endemicidade da infecção pelo VHC é baixa,

diferentemente dos parâmetros da OMS, que considera o país como de

intermediária endemicidade. Como se pode verificar na Tabela C, a prevalência

de anti-HCV corresponde a 1,56% na faixa etária de 20 a 69 anos de idade.

Outras informações relevantes apontadas pelo inquérito dizem respeito à maior

positividade para o anti-HCV associada a situações de extrema pobreza e ao

aumento da idade. Demonstrou-se, ainda, que o uso de drogas injetáveis e

inaladas e o uso de seringa de vidro em algum momento da vida foram

associados à infecção pelo VHC.

É importante ressaltar que se apresenta aqui um resumo das inúmeras

informações advindas do inquérito. O estudo avaliou fatores situados em três

âmbitos fundamentais: individual, domiciliar e de área e, em cada um deles,

são observadas importantes associações de variáveis com as infecções pelos

vírus das hepatites A, B e C. As associações aqui relatadas foram as que

permaneceram na análise multinível, não significando, com isso, que sejam as

determinantes. Deve-se atentar, igualmente, para características de outras

variáveis que, apesar de não constarem no modelo final, são relevantes e

necessitam ser consideradas na construção de estratégias de prevenção e

controle direcionadas a grupos específicos.

14

Hepatite A

Tabela A. Estimativas das prevalências (%) de anti-HAV total e seus

respectivos intervalos de confiança (IC 95%), incidência e endemicidade de

hepatite A para o conjunto das capitais de cada região e Distrito Federal.

Características/

variáveis Norte Nordeste

Centro-

Oeste Sudeste Sul DF

Prevalência (%)

5 a 19 anos

58,3

(49,4-67,2)

53,1

(47,5-58,7)

54,1

(47,7-60,5)

32,5

(28,6-36,3)

30,8

(25,6-36,1)

41,6

(38,6-44,6)

Prevalência (%)

5 a 9 anos

28,7

(16,2-38,3)

41,3

(34,2-48,4)

32,3

(25,6-39,1)

20,6

(15,3-26,0)

18,9

(13,7-24,1)

33,8

(22,4-45,3)

Prevalência (%)

10 a 19 anos

67,5

(59,8-80,0)

57,4

(50,3-64,6)

56,0

(49,2-62,7)

37,7

(33,2-42,1)

34,5

(28,5-40,6)

65,1

(55,3-74,8)

Incidência

6,2 por 100

pessoas/ano

5,3 por 100

pessoas/ano

7,4 por 100

pessoas/ano

3,9 por 100

pessoas/ano

3,2 por 100

pessoas/ano

8,0 por 100

pessoas/ano

Endemicidade intermediária intermediária intermediária baixa baixa intermediária

Fonte: UNIVERSIDADE de Pernambuco. Núcleo de Pós-Graduação. Estudo de prevalência de base populacional das infecções pelos vírus das hepatites A, B e C nas capitais do Brasil. Relatório de Pesquisa. Brasil, 2010.

Hepatite B

Tabela B. Estimativas das prevalências de anti-HBc e HBsAg e seus respectivos

intervalos de confiança (IC 95%) e endemicidade de hepatite B para o conjunto das

capitais de cada região e Distrito Federal.

Características/variáveis Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul DF

Anti-HBc

Prevalência

(%)

10 a 69 anos 10,9 (8,9-12,9) 9,1 (7,9-10,4) 4,3 (3,7-4,9) 6,3 (5,3-7,3) 9,6 (8,5-10,7) 3,1 (2,3-3,9)

10 a 19 anos 0,9 (0,5-1,5) 2,1 (1,40-2,9) 1,3 (0,7-1,8) 0,6 (0,3-1,0) 1,6 (0,8-2,3) 1,2 (0,4-2,1)

20 a 69 anos 14,7 (12,2-17,8) 11,7 (10,0-13,3) 12,7 (10,9-14,5) 7,9 (6,6-9,2) 11,3 (9,9-12,7) 8,4 (6,6-10,2)

HBsAg

Prevalência

(%)

10 a 69 anos 0,6 (0,2-1,0) 0,4 (0,2-0,7) 0,3 (0,2-0,5) 0,3 (0,1-0,5) 0,5 (0,2-0,8) 0,3 (0,0-0,5)

10 a 19 anos 0,0 0,1 (0,0-0,3) 0,2 (0,0-0,3) 0,0 0,2 (0,0-0,4) 0,2 (0,0-0,5)

20 a 69 anos 0,9 (0,3-1,5) 0,5 (0,2-0,9) 0,8 (0,3-1,2) 0,4 (0,1-0,7) 0,6 (0,2-0,9) 0,4 (0,0-0,8)

Endemicidade baixa baixa baixa baixa baixa baixa

Fonte: UNIVERSIDADE de Pernambuco. Núcleo de Pós-Graduação. Estudo de prevalência de base populacional das infecções pelos vírus das hepatites A, B e C nas capitais do Brasil. Relatório de Pesquisa. Brasil, 2010.

15

Hepatite C

Tabela C. Estimativas das prevalências de anti-HCV e seus respectivos

intervalos de confiança (IC 95%) e endemicidade de hepatite C para o conjunto

das capitais de cada região e Distrito Federal.

Características/

variáveis Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul DF

Prevalência (%)

10 a 69 anos 2,1 (1,4-2,8) 0,7 (0,4-0,9) 1,3 (1,0-1,7) 1,3 (1,0-1,6) 1,2 (0,8-1,6) 0,9 (0,5-1,3)

Prevalência (%)

10 a 19 anos 1,0 (0,4-1,6) 0,4 (0,1-0,7) 1,0 (0,5-1,5) 1,0(0,5-1,3) 0,5 (0,1-0,9) 0,6 (0,1-1,1)

Prevalência (%)

20 a 69 anos 3,2 (2,0-4,4) 1,0 (0,5-1,4) 1,6 (1,1-2,1) 1,6 (1,1-2,2) 1,7 (1,1-2,3) 1,1 (0,5-1,7)

Endemicidade Baixa baixa baixa baixa baixa baixa

Fonte: UNIVERSIDADE de Pernambuco. Núcleo de Pós-Graduação. Estudo de prevalência de base populacional das infecções pelos vírus das hepatites A, B e C nas capitais do Brasil. Relatório de Pesquisa. Brasil, 2010.

16

Hepatite A

Na Tabela 1 podem ser observados os casos confirmados de hepatite A por UF

de residência e suas respectivas taxas de incidência por 100 mil habitantes.

São considerados casos confirmados de hepatite A aqueles que apresentam

anti-HAV (IgM) reagente ou aqueles que possuem vínculo epidemiológico com

casos confirmados de hepatite A. Sendo assim, no período de 1999 a 2010

foram confirmados no Sinan 130.354 casos, sendo a maior parte deles

notificados nas Regiões Nordeste (31,2%) e Norte (22,6%). Em relação às

taxas de incidência, verifica-se queda no país desde 2006 (Gráfico 1). Para as

regiões, observa-se a mesma tendência. No Gráfico 2, verifica-se que em 2009

o país registrou uma taxa de 5,6 casos por 100 mil habitantes e que oito

estados (Ceará, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro,

Santa Catarina, Espírito Santo e São Paulo) apresentaram taxas abaixo desse

patamar. A menor taxa de incidência nesse mesmo ano ocorreu no estado de

São Paulo (0,7), e a maior, em Roraima (58,8).

Gráfico 1. Taxa de incidência de hepatite A (por 100.000 habitantes) segundo

região de residência por ano de notificação. Brasil, 1999 a 2010.

0

5

10

15

20

25

30

35

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Ano de notificação

Ta

xa d

e in

cid

ên

cia

po

r 1

00

mil

ha

b.

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

FONTES: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009). NOTAS: (1) Casos de hepatite A confirmados segundo critérios laboratorial (Anti-HAV IgM reagente) ou clínico epidemiológico; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

17

Gráfico 2. Taxa de incidência de hepatite A (por 100.000 habitantes) segundo

UF de residência. Brasil, 2009. 58,8

35,7

28,1 27,0

13,3 12,2 11,2 11,1 10,4 9,5 9,2 9,1 8,1 8,0 7,7 7,36,0 5,7 5,7 5,6 5,3 5,3 4,9 3,9 2,7 2,6 2,5

0,7

0

10

20

30

40

50

60R

orai

ma

Toc

antin

s

Am

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Am

apá

Par

aíba

Mat

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Sul

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San

to

São

Pau

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UF de residência

Tax

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inci

dênc

ia p

or 1

00 m

il ha

b.

FONTES: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009). NOTAS: (1) Casos de hepatite A confirmados segundo critérios laboratorial (Anti-HAV IgM reagente) ou clínico epidemiológico; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

A Tabela 2 traz os casos confirmados de hepatite A com um recorte por sexos

e suas respectivas taxas de incidência por 100 mil habitantes, bem como a

razão de sexos. Ao longo da série histórica, observa-se pouca diferença de

ocorrência de casos entre os sexos. A razão M:F oscilou entre 1,2:1 e 1,1:1 em

todo o período observado (Gráfico 3).

18

Gráfico 3. Taxa de incidência de hepatite A (por 100.000 habitantes) segundo

região de residência por ano de notificação. Brasil, 1999 a 2010.

1,2 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,2 1,1 1,1 1,2

0

2

4

6

8

10

12

14

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Ano de notif icação

Tax

a de

inci

dênc

ia p

or 1

00 m

il ha

b.

Masculino Feminino Razão M:F

FONTES: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009). NOTAS: (1) Casos de hepatite A confirmados segundo critérios laboratorial (Anti-HAV IgM reagente) ou clínico epidemiológico; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

A distribuição de casos de hepatite A e suas respectivas taxas de incidência

por faixa etária podem ser verificadas na Tabela 3. Observa-se que crianças

menores de 13 anos representam o grupo mais acometido, compreendendo

68,7% dos casos notificados no país de 1999 a 2010; nesse grupo também se

concentram as mais elevadas taxas de incidência (Gráficos 4 e 5).

19

Gráfico 4. Taxa de incidência de hepatite A (por 100.000 habitantes) segundo

faixa etária por ano de notificação. Brasil, 1999 a 2010.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Ano de notificação

Ta

xa d

e in

cid

ên

cia

po

r 1

00

mil

ha

b.

< 5 anos 5 a 12 anos 13 a 19 anos 20 a 39 anos 40 anos e mais

FONTES: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009). NOTAS: (1) Casos de hepatite A confirmados segundo critérios laboratorial (Anti-HAV IgM reagente) ou clínico epidemiológico; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

20

Gráfico 5. Taxa de incidência de hepatite A (por 100.000 hab.) segundo faixa

etária e sexo. Brasil, 2010.

5,5

11,0

5,3

2,6

1,9

1,1

1,0

1,0

0,8

0,7

4,8

11,2

3,4

1,8

1,3

1,0

0,8

0,7

0,6

0,6

15 10 5 0 5 10 15

< 5 anos

05 a 12

13 a 19

20 a 24

25 a 29

30 a 34

35 a 39

40 a 49

50 a 59

60 e mais

Fai

xa e

tária

Taxa de incidência por 100 mil hab.

Masculino Feminino

FONTES: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009). NOTAS: (1) Casos de hepatite A confirmados segundo critérios laboratorial (Anti-HAV IgM reagente) ou clínico epidemiológico; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

A Tabela 4, por sua vez, traz a distribuição de casos (número e percentual) de

hepatite A por raça/cor. Ressalta-se que essa variável não é um campo de

preenchimento obrigatório; sendo assim, ainda se observa, em relação à

raça/cor, um alto percentual de informações ignoradas ou deixadas em branco.

Todavia, esse percentual sofreu acentuada redução do início da série (94,5%)

até o ano de 2010 (13,6%), o que demonstra melhoria na qualidade da

informação. Nesse último ano, a maioria dos casos de hepatite A foi observada

em indivíduos da raça/cor parda (58,0%), seguidos dos indivíduos da raça/cor

branca (33,6%).

Como mencionado anteriormente, os casos de hepatite A são observados, em

sua maioria, em crianças menores de 13 anos. A Tabela 5 demonstra a

distribuição de casos de hepatite A e as taxas de incidência por 100 mil

habitantes por região e UF de residência, no período de 1999 a 2010, em

crianças dessa faixa etária. No país, observa-se diminuição da taxa de

incidência a partir de 2006. Em 2009, a taxa verificada foi de 16,5 por 100 mil

habitantes. Nesse mesmo ano, em relação às demais regiões, o Norte

apresentou a maior taxa (40,0), seguido pelo Centro-Oeste (31,0).

21

Hepatite B

Os casos confirmados de hepatite B e as taxas de detecção por 100 mil

habitantes são mostrados na Tabela 7. Entendem-se como casos confirmados

de infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) todos os que apresentaram pelo

menos um dos marcadores sorológicos específicos reagentes: o antígeno de

superfície do VHB (HBsAg), ou o antígeno ‘e’ do VHB (HBeAg), ou, ainda, o

anticorpo contra o antígeno central do VHB da classe IgM (anti-HBc IgM).

Pode-se observar, na mesma tabela, que houve um aumento dos casos

confirmados de hepatite B no país, perfazendo um total de 104.454 casos em

2010 (Tabela 7). A análise por região demonstra que a Região Sudeste

concentra 36,6% dos casos seguida pela Região Sul, com 31,6% das

notificações. Em se tratando das taxas de detecção, tanto o país quanto as

regiões apresentaram crescimento de 1999 a 2010. A Região Sul apresenta as

maiores taxas desde 2002, seguida pela Região Norte. As taxas observadas

nessas regiões, em 2009, foram 13,3 por 100 mil habitantes e 12,6,

respectivamente (Gráfico 7).

As taxas de detecção (por 100 mil habitantes) por UF de residência, em 2009,

podem ser observadas no gráfico 2. O Brasil registrou 7,6 casos de hepatite B

por cada 100 mil habitantes. A maior taxa observada no país foi do estado do

Acre (96,2) e, a menor, do Rio Grande do Norte (1,1).

22

Gráfico 6. Taxa de detecção de hepatite B (por 100.000 habitantes) segundo

região de residência por ano de notificação. Brasil, 1999 a 2010.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Ano de notif icação

Tax

a de

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o po

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0 m

il ha

b.

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

FONTES: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009). NOTAS: (1) Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram pelo menos um dos seguintes marcadores sorológicos reagentes: HBsAg ou anti-HBc IgM ou HBeAg ; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

23

Gráfico 7. Taxa de detecção de hepatite B (por 100.000 habitantes) segundo

UF de residência. Brasil, 2009.

96,2

26,823,7

20,8 20,114,5 12,211,7 11,5 10,6 9,1 9,0 7,9 7,7 7,6 7,0 6,5 5,2 4,3 3,4 3,0 2,9 2,6 2,5 2,3 1,3 1,3 1,1

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Acr

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Min

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Par

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Rio

Gra

nde

do N

orte

UF de residência

Tax

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ecçã

o po

r 10

0 m

il ha

b.

FONTES: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009). NOTAS: (1) Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram pelo menos um dos seguintes marcadores sorológicos reagentes: HBsAg ou anti-HBc IgM ou HBeAg ; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

O recorte por sexos dos casos e das taxas de detecção de hepatite B pode ser

verificado na Tabela 8, bem como a razão de sexos. Esta se manteve

relativamente constante, com pequenas oscilações, nos últimos dez anos.

Observa-se que a maioria dos casos (54,3%) ocorre entre indivíduos do sexo

masculino e que as taxas de incidência foram maiores entre os homens ao

longo de toda a série apresentada (Gráfico 8).

24

Gráfico 8. Taxa de detecção de hepatite B (por 100.000 habitantes) segundo

sexo por ano de notificação e razão de sexos. Brasil, 1999 a 2010.

1,91,6

1,2 1,2 1,2 1,3 1,2 1,1 1,1 1,1 1,2 1,2

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Ano de notif icação

Tax

a de

det

ecçã

o po

r 10

0 m

il ha

b.

Masculino Feminino Razão de sexos

FONTES: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009). NOTAS: (1) Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram pelo menos um dos seguintes marcadores sorológicos reagentes: HBsAg ou anti-HBc IgM ou HBeAg ; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

Na Tabela 9, verificam-se os casos confirmados de hepatite B por faixa etária e

sexo e se observa que o grupo de 40 a 49 anos de idade agrega o maior

percentual do total de casos (19,5%). Em relação às taxas de detecção,

durante os anos de 1999 a 2010 as taxas mais altas correspondem à faixa

etária de 30 a 39 anos (Gráfico 9).

25

Gráfico 9. Taxa de detecção de hepatite B (por 100.000 habitantes) segundo

faixa etária por ano de notificação. Brasil, 1999 a 2010.

0

2

4

6

8

10

12

14

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Ano de notif icação

Tax

a de

det

ecçã

o po

r 10

0 m

il ha

b.

< 5 anos 5 a12 anos 13 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 anos e mais

FONTES: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009). NOTAS: (1) Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram pelo menos um dos seguintes marcadores sorológicos reagentes: HBsAg ou anti-HBc IgM ou HBeAg ; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

No ano de 2010 a maior taxa de detecção para o sexo masculino foi verificada

na faixa etária de 40 a 49 anos, com 12,9 casos para cada 100 mil habitantes,

enquanto para o sexo feminino esse número foi de 9,6 na faixa etária de 30 a

34 anos (Gráfico 10).

26

Gráfico 10. Taxa de detecção de hepatite B (por 100.000 hab.) segundo faixa

etária e sexo. Brasil, 2010.

1,0

0,5

1,5

5,1

8,1

10,1

11,5

12,9

11,8

7,4

0,7

0,3

3,3

8,9

9,2

9,6

8,4

7,7

6,4

3,7

15,0 10,0 5,0 0,0 5,0 10,0 15,0

< 5 anos

05 a 12

13 a 19

20 a 24

25 a 29

30 a 34

35 a 39

40 a 49

50 a 59

60 e mais

Fai

xa e

tária

Taxa de detecção por 100 mil hab.

Masculino Feminino

FONTES: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009). NOTAS: (1) Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram pelo menos um dos seguintes marcadores sorológicos reagentes: HBsAg ou anti-HBc IgM ou HBeAg ; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

Quanto à variável raça/cor, chama a atenção a progressiva redução dos

campos ignorados ou deixados em branco, que passaram de 84,5% em 1999

para 10,6% em 2010. Nesse ano, os indivíduos das raças/cores branca e parda

foram responsáveis por 57,0% e 32,7% dos casos, respectivamente

(Tabela 10).

Sobre a escolaridade, a maior proporção de casos corresponde a indivíduos

com 4 e 11 anos de estudo (53,4%) e esse padrão se aplica a ambos os sexos,

conforme a Tabela 11.

A vigilância epidemiológica das hepatites virais pressupõe a notificação dos

casos agudos e crônicos, definidos de acordo com os marcadores sorológicos

específicos apresentados no momento da notificação. Maiores proporções de

casos crônicos têm sido captadas em todas as faixas etárias. Nota-se diminuta

proporção de casos de hepatite B fulminante, não ultrapassando 0,4% das

ocorrências (Tabela 12).

Quanto à variável provável fonte/mecanismo de infecção, atribuída ao final da investigação epidemiológica, verifica-se uma importante restrição na análise

27

desse campo, dado que 60,8% são ignorados ou deixados em branco (Tabela 13). Excluindo-se tais casos, construiu-se o Gráfico 11, que mostra a distribuição dos casos de hepatite B quanto à provável fonte/mecanismo de infecção, revelando a via sexual como a forma predominante de transmissão. Essa via correspondeu a 21,4% e 23,3% dos casos nos anos de 2009 e 2010, respectivamente. Gráfico 11. Distribuição percentual dos casos de hepatite B segundo provável fonte/mecanismo de infecção por ano de notificação. Brasil, 1999 a 2010.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Ano de notif icação

Sexual Uso de drogas Transfusional Transmissão vertical Acidente de trabalho Hemodiálise Domiciliar Outros

FONTE: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS. NOTAS: (1) Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram pelo menos um dos seguintes marcadores sorológicos reagentes: HBsAg ou anti-HBc IgM ou HBeAg ; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

Dentre os casos de hepatite B confirmados entre 1999 e 2010, 12.261 ocorreram em gestantes. No ano de 2009 foram notificadas 1.545 e em 2010 1.321. As taxas de detecção para esses dois anos foram iguais: 0,5 casos para cada mil nascidos vivos (Tabela 14). Os casos notificados foram mais frequentes nas mulheres pertencentes à faixa etária de 20 a 29 anos (51,5%), que possuíam entre 8 e 11 anos de estudo (34,2%) e que eram de raça/cor branca (55,4%). Em relação à coinfecção com o HIV, essa informação passou a ser coletada com a implementação da Ficha de Investigação Epidemiológica na plataforma do Sinan Net, no ano de 2007. Na Tabela 17 encontram-se os casos de hepatite B confirmados segundo a informação sobre a presença da infecção pelo HIV/aids. A proporção de casos nos quais foi referida a presença dessa infecção em relação ao total foi de 5,4%.

28

Hepatite C

Foram confirmados no Brasil 69.952 casos de hepatite C no período de 1999 a 2010 (Tabela 18). Destes, 47.830 provêm da Região Sudeste e 15.095 da Região Sul, que juntas concentram 90% dos casos confirmados no país. Dentre as Unidades Federadas, destacam-se São Paulo e Rio Grande do Sul, com 58,7% (41.033) e 13,1% (9.143), respectivamente, dos casos confirmados de hepatite C no país. As taxas de detecção mais elevadas podem ser visualizadas também nas Regiões Sudeste e Sul (Gráfico 12). Enquanto a taxa para o país no ano de 2009 foi de 5,3 casos confirmados de hepatite C por 100 mil habitantes, a Região Sudeste apresentou 8,3 casos e a Sul, 7,4. Nesse mesmo ano, o Acre exibiu a maior taxa de detecção, com 22,6 casos por 100 mil habitantes, seguido de São Paulo (13,9) e do Rio Grande do Sul (10,9), conforme o Gráfico 13. Em 2010 verifica-se que a taxa para o país foi de 4,5, ao passo que a Região Sudeste registrou 7,2 e a Sul, 6,8. Gráfico 12. Taxa de detecção de hepatite C (por 100.000 habitantes) segundo região de residência por ano de notificação. Brasil, 1999 a 2010.

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Ano de notif icação

Tax

a de

det

ecçã

o po

r 10

0 m

il ha

b.

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

FONTES: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009). NOTAS: (1) Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram os testes anti-HCV e HCV-RNA reagentes ; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

Os casos de hepatite C foram mais frequentes no sexo masculino, que, de 1999 a 2010, somaram 60,5% (42.342) dos casos. Nesse grupo, as taxas de detecção também são mais elevadas, sendo registrados, em 2009, 6,4 casos

29

por 100 mil habitantes do sexo masculino contra 4,3 do sexo feminino (Tabela 19). A razão de sexos variou entre 2,1 e 1,4 durante o período citado (Gráfico 14). Gráfico 13. Taxa de detecção de hepatite C (por 100.000 habitantes) segundo UF de residência. Brasil, 2009.

22,6

13,9

10,9

9,4

5,4 5,4 5,3

3,7 3,2 2,7 2,4 2,4 2,4 2,4 2,3 2,21,6 1,6 1,5 1,1 1,0 0,6 0,5 0,5 0,2 0,1 0,1 0,1

0

5

10

15

20

25

Acr

e

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Ron

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Mar

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Pia

Per

nam

buco

UF de residência

Tax

a de

det

ecçã

o po

r 10

0 m

il ha

b.

FONTES: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009). NOTAS: (1) Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram os testes anti-HCV e HCV-RNA reagentes ; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

Gráfico 14. Taxa de detecção de hepatite C (por 100.000 habitantes) segundo

sexo por ano de notificação e razão de sexos. Brasil, 1999 a 2010.

2,1 2,0 2,1 2,01,7 1,6 1,7

1,5 1,5 1,4 1,4 1,4

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Ano de notif icação

Tax

a de

det

ecçã

o po

r 10

0 m

il ha

b.

Masculino Feminino Razão de Sexos

FONTES: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009). NOTAS: (1) Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram os testes anti-HCV e HCV-RNA reagentes; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

30

A maior proporção de casos de hepatite C confirmados entre 1999 e 2010 encontra-se na faixa etária de 40 a 59 anos, que detém 54,4% dos eventos. Ao longo desse período, as taxas de detecção mais elevadas são aquelas correspondentes à faixa etária de 50 a 59 anos, seguida do grupo de 40 a 49 anos de idade (Tabela 20 e Gráfico 15).

Gráfico 15. Taxa de detecção de hepatite C (por 100.000 habitantes) segundo

faixa etária por ano de notificação. Brasil, 1999 a 2010.

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Ano de notif icação

Tax

a de

det

ecçã

o po

r 10

0 m

il ha

b.

< 12 anos 13 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 e mais

FONTES: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009). NOTAS: (1) Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram os testes anti-HCV e HCV-RNA reagentes ; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

O comportamento das taxas de detecção para hepatite C segundo o sexo e a faixa etária, no ano de 2010, pode ser visualizado no Gráfico 16. Nele, a maior taxa para ambos os sexos ocorre na faixa etária de 50 a 59 anos de idade, sendo 16,3 casos para cada 100 mil habitantes entre o sexo masculino e 10,3 entre o feminino.

31

Gráfico 16. Taxa de detecção de hepatite B (por 100.000 hab.) segundo faixa

etária e sexo. Brasil, 2010.

0,5

0,2

0,8

2,0

4,4

7,7

14,0

16,3

7,9

0,3

0,2

0,9

2,0

3,2

4,6

5,9

10,3

8,1

0,1 0,0

18,0 15,0 12,0 9,0 6,0 3,0 0,0 3,0 6,0 9,0 12,0

< 5 anos

05 a 12

13 a 19

20 a 24

25 a 29

30 a 34

35 a 39

40 a 49

50 a 59

60 e mais

Fai

xa e

tária

Taxa de detecção por 100 mil hab.

Masculino Feminino

FONTES: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS; população: estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009). NOTAS: (1) Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram os testes anti-HCV e HCV-RNA reagentes ; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

Quanto à raça/cor, observou-se que 68,6% dos casos de hepatite C registrados

em 2010 pertenciam à raça/cor branca, seguida da parda, com 23,0%; da

preta, com 7,5%; da amarela, com 0,8; e, por fim, da indígena, com 0,1%

(Tabela 21).

Em relação à escolaridade, a maioria dos casos (57,4%) possui entre 4 e 11

anos de estudo e, para ambos os sexos, as maiores proporções ocorrem entre

aqueles que possuem entre 8 e 11 anos de estudo (Tabela 22).

A forma clínica predominante dos casos de hepatite C confirmados entre 1999

e 2010 é a crônica, em quaisquer das faixas etárias sob análise. Do total,

98,3% dos casos preencheram essa condição. Os casos agudos ocorrem em

pequenas proporções, mas se destacam nas faixas etárias inferiores a 12 anos

(Tabela 23).

Com uma proporção menor de casos ignorados ou deixados em branco em

comparação com a hepatite B, ou seja, 60,8%, contra 43,0% da hepatite C,

duas principais vias de transmissão destacam-se de acordo com o Gráfico 17 e

a Tabela 24: o uso de drogas e a transfusional. Em 2010, a primeira via esteve

presente como provável fonte/mecanismo de infecção em 14,8% dos casos,

enquanto para a segunda esse percentual foi de 14,9%.

32

Gráfico 17. Distribuição percentual dos casos de hepatite B segundo provável

fonte/mecanismo de infecção por ano de notificação. Brasil, 1999 a 2010.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Ano de notif icação

Uso de drogas Transfusional Sexual Transmissão vertical Acidente de trabalho Hemodiálise Domiciliar Outros

FONTE: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS. NOTAS: (1) Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram os testes anti-HCV e HCV-RNA reagentes ; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010. EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

A coinfecção da hepatite C com o HIV/aids foi referida em 11,4% do total de

casos confirmados entre os anos de 2007 e 2010 (Tabela 26). Essa proporção

é quase duas vezes maior que a da coinfecção do HIV/aids com o vírus da

hepatite B. Em 72,3% dos casos de hepatite C não foi referida a coinfecção e,

em 16,4% deles, essa informação foi ignorada.

33

Hepatite D

A hepatite D (ou hepatite delta) tem como característica fundamental depender

do VHB para causar infecção; mais especificamente, do antígeno de superfície

do VHB, o HBsAg. Portanto, são considerados casos confirmados de hepatite

delta aqueles que exibem qualquer um dos marcadores específicos da infecção

pelo VHB na presença de anticorpos contra o vírus da hepatite delta. Sob essa

condição, foram confirmados no Brasil, de 1999 a 2010, 1.812 casos de

hepatite delta, com uma concentração de 76,3% desse total de casos na

Região Norte (Tabela 27 e Gráfico 18). Os estados do Acre e Amazonas

agregam a maioria dos casos de hepatite delta detectados na Região Norte e

no país, na série histórica mencionada.

No ano de 2010, ainda que com dados preliminares, registraram-se 248 casos

da doença, principalmente nos estados da Região Norte. No entanto, há casos

notificados em pequeno número em outras Unidades Federadas.

Gráfico 18. Casos confirmados de hepatite D segundo região de residência por

ano de notificação. Brasil, 1999 a 2010.

0

50

100

150

200

250

300

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Ano de notif icação

Núm

ero

de c

asos

Brasil Região Norte Demais Regiões

FONTES: Casos de hepatites virais: Sinan/SVS/MS NOTAS 1) Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram pelo menos um dos seguintes marcadores sorológicos: HBsAg ou anti-HBc IgM ou HBeAg e anti-HDV total ou anti-HDV IgM ; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010. (3) Dados preliminares para 2010 EXECUÇÃO: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

34

No decorrer da série histórica analisada, os indivíduos do sexo masculino

foram responsáveis pelo maior número de casos em todos os anos, totalizando

60,7% (1.099); por isso, a razão de sexos permaneceu maior que 1 em todos

os anos, chegando em 2010 a 1,5:1 (Tabela 28).

Na Tabela 29, verifica-se o número de casos de hepatite D segundo a faixa

etária e o ano de notificação. Observa-se que 58,4% destes ocorreram em

menores de 34 anos de idade.

A raça/cor parda foi mencionada em 48,3% dos casos confirmados, seguida da

branca, com 19,1%. Entretanto, é alto o percentual de ignorados/em branco

nessa variável, que chega a 18,3% (Tabela 30).

A forma clínica crônica prevalece como a mais importante entre os casos de

hepatite D confirmados de 1999 a 2010, sendo que 72,1% pertencem a essa

categoria (Tabela 31).

35

Hepatite E

Com uma frequência menor quando comparada às hepatites A, B e C, os

casos de hepatite E confirmados no país totalizam 874, no período de 1999 a

2010, sendo que 50,6% (442) destes foram registrados na Região Sudeste

(Tabela 32). Em 2009 e em 2010 foram registrados, no país, 75 e 62 casos da

doença, respectivamente.

36

Óbitos por hepatites virais

Dentre os óbitos atribuídos às hepatites virais no Brasil, considerando apenas a causa básica, o maior número registrado entre os anos de 2000 a 2010 foi decorrente da hepatite C, com 14.873 eventos. Em seguida, encontram-se a hepatite B, com 4.978; a hepatite A, com 608; a hepatite D, com 264; e, por fim, a hepatite E, com 48 óbitos. Entretanto, quando são utilizadas as demais linhas da declaração de óbito, isto é, as causas associadas, ocorre um acréscimo importante que varia conforme a doença. Desse modo, observa-se um incremento de 34,7% dos óbitos por hepatite A (819), 73,6% por hepatite B (8.641), 83,0% por hepatite C (27.231), 42,8% por hepatite D (377) e 68,7% por hepatite E (81) (Tabela 33). Apesar de a utilização da causa associada constituir uma importante estratégia para a recuperação da informação sobre a ocorrência das hepatites virais, priorizou-se a análise das taxas calculadas a partir dos óbitos, utilizando-se tão somente a causa básica. Portanto, as análises aqui apresentadas são relativas a esse conjunto de dados e seus respectivos coeficientes de mortalidade brutos para as hepatites virais B e C.

Óbitos por hepatite B

Ao se comparar as regiões, o maior número de óbitos por hepatite B declarados entre 2000 e 2010 ocorreu na Região Sudeste, com 2.155 (43,3%) registros. Em seguida, encontram-se a Região Sul, com 1.051 (21,1%); o Nordeste, com 691 (13,9%); o Norte com 690 (13,9%); e o Centro-Oeste, com 391 (7,9%). O estado de São Paulo possui a maior proporção de óbitos nesse período, ou seja, 1.127, o que corresponde a 22,6% dos eventos ocorridos no país (Tabela 34). No Brasil, os coeficientes de mortalidade por hepatite B são baixos e não ultrapassam 0,3 óbitos a cada 100 mil habitantes. Considerando-se o ano de 2009, a Região Norte comparece com o coeficiente mais elevado (0,4 óbitos por 100 mil habitantes), seguida pelo Sudeste, Sul e Centro-Oeste (todos com 0,3) e por último, o Nordeste (com 0,1). O estado do Acre apresentou o maior coeficiente de mortalidade por hepatite B em 2009, com um número de 2,3.

Em relação ao sexo, o maior número de óbitos foi registrado no sexo masculino em todos os anos analisados. A razão de sexos varia de 2,1 a 2,7 e os coeficientes de mortalidade são mais elevados no sexo masculino (Tabela 35).

37

Óbitos por hepatite C

Dos 14.873 óbitos no país decorrentes de hepatite C como causa básica, no período de 2000 a 2010, 58,3% (8.672) ocorreram na Região Sudeste e 23,4% (3.482) na Região Sul. Os coeficientes de mortalidade no país foram crescentes desde o ano 2000, chegando a um óbito para cada 100 mil habitantes em 2007 e assim permanecendo até 2010. O maior coeficiente, em 2009, foi registrado na Região Sul, com 1,6 óbitos por 100 mil habitantes, seguida do Sudeste, com 1,3; do Centro-Oeste, com 0,6; do Norte, com 0,5; e do Nordeste, com 0,4. Ainda nesse ano, destacam-se os estados do Acre, com 3,0; Rio Grande do Sul, com 2,7; São Paulo, com 1,7; e Rio de Janeiro, com 1,6.

O sexo masculino concentrou 60,7% dos óbitos por hepatite C na série analisada entre os anos de 2000 e 2010.

38

Nota técnica: procedimentos para retirada

de duplicidades da base de dados das

hepatites virais no Sinan

As bases de dados referentes às notificações de hepatites virais são

provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e

estão distribuídas em duas plataformas distintas, Windows e NET.

Em razão da possibilidade de o paciente infectar-se em momentos distintos por

cada uma das hepatites virais (HV) e do fato de a ficha de notificação ser única,

essas doenças foram separadas por etiologia, de acordo com o marcador de

confirmação do caso, e trabalhadas separadamente.

Dessa forma, para a composição dos bancos de hepatite A, utilizou-se o critério

laboratorial no qual a presença do marcador anti-HAV IgM foi reagente ou o

indivíduo com vínculo epidemiológico; para a hepatite B, utilizou-se o critério de

pelo menos um dos marcadores sorológicos específicos reagentes (HBsAg,

anti-HBc IgM ou HBeAg); para a hepatite C, a presença dos marcadores anti-

HCV e do teste de biologia molecular HCV-RNA reagentes; para a hepatite D

utilizou-se o mesmo critério da hepatite B acrescido de pelo menos um dos

marcadores reagentes anti-HDV total ou anti-HDV IgM. Finalmente, para a

hepatite E, utilizou-se o critério laboratorial com o marcador anti-HEV IgM

reagente ou clínico-epidemiológico.

Os casos de hepatites virais oriundos do Sinan no período de 1999 a 2010

foram submetidos aos processos de retirada de duplicidades e ao

relacionamento de bancos de dados, este último empregado para somar as

bases Windows e NET. Com a realização desses procedimentos, foi possível

identificar duplicidades e registros pareados pertencentes ao mesmo indivíduo.

O procedimento de retirada de duplicidades, empregado pelos softwares

RecLink III e SPSS© 18, foi aplicado em cada hepatite viral e em cada

plataforma do Sinan (Windows e NET), totalizando dez bases de dados

distintas. Para esse processo, foram utilizadas as seguintes chaves de

blocagem: soundex do primeiro e último nome do paciente, sexo e município de

residência. Essas chaves foram empregadas de maneira combinada, variando

39

em seis passos, com o intuito de captar diferentes possibilidades de entrada de

mesmos registros, quais sejam:

1.1. Para a duplicidade e relacionamento, na etapa da blocagem, foram

empregados:

1º e 6º passos: soundex do primeiro e último nome do paciente, sexo e

município de residência;

2º passo: soundex do primeiro nome do paciente, sexo e município de

residência;

3º passo: soundex do primeiro e último nome do paciente e município

de residência;

4º passo: soundex do último nome do paciente, sexo e município de

residência;

5º passo: soundex do primeiro e último nome do paciente e sexo.

1.2. A comparação, por sua vez, foi realizada com o nome completo do

paciente, nome completo da mãe e data de nascimento. Os parâmetros

utilizados foram:

a) Nome completo do paciente (probabilidade de acerto = 99,98%,

probabilidade de erro = 0,0005% e limiar = 85%).

b) Nome completo da mãe (probabilidade de acerto = 55,63%,

probabilidade de erro = 0,0013% e limiar = 85%).

c) Data de nascimento (probabilidade de acerto = 90,88%,

probabilidade de erro = 2,5279% e limiar = 65%).

O procedimento de retirada de duplicidade foi realizado em todas as bases de

dados antes de iniciar o relacionamento. Com isso, foram retiradas as

duplicidades dos bancos de dados de cada hepatite nas versões do Sinan

Windows e NET. Para a classificação de duplicidades, utilizou-se o escore

mínimo igual a 19 para os passos 1 a 5, e escore mínimo igual a 10 no passo

6. A revisão manual dos pares/duplicados foi realizada a partir do passo 3,

sendo utilizadas, como critérios de decisão, as semelhanças nos campos:

nome do paciente, nome da mãe, data de nascimento e município de

residência.

Após a retirada das duplicidades, foram relacionadas as bases do Sinan

Windows e NET para cada uma das etiologias. Para classificação do

pareamento, os registros com escores inferiores a 10 foram considerados como

não-pares e os valores de escore superiores a 19 foram considerados como

pares. Os registros com escores acima de 19 foram revisados nos passos 3 a 5

e aqueles com escores de 10 a 19 foram submetidos a revisão manual no

40

último passo. Os critérios de decisão utilizados foram as semelhanças nos

campos: nome do paciente, nome da mãe, data de nascimento, município de

residência e endereço.

Com os parâmetros e chaves de blocagem utilizados, observou-se uma

melhoria na identificação das duplicidades e dos registros pareados, pois o

processo ficou mais sensível a pequenas variações nos campos utilizados na

comparação. O relacionamento das bases mostra-se muito eficiente no sentido

de identificar as duplicidades e resgate de informações em tempo oportuno,

permitindo assim uma melhor visualização da tendência dos casos das

hepatites virais.

Tabelas

41

Tabe

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Total

(5)

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3341

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6622

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7837

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nino

< 5

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40,

06

0,1

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(5)

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5632

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0,1

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118

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FONT

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2003

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2010

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2001

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2003

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De 4

a 7

anos

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1921

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a 11

anos

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a 7

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1999

2000

2001

2002

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00

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00

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-2010

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2

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006

2

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2

008

200

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201

0(4)

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l

nºta

xanº

taxa

nºta

xanº

taxa

nºta

xanº

taxa

nºta

xanº

taxa

nºta

xanº

taxa

nºta

xanº

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0,5

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0,5

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Norte

00,

084

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210

20,

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0,3

105

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0,7

218

0,7

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195

0,6

1663

Ron

dônia

00,

00

0,0

00,

019

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148

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456

8

Acre

00,

083

5,5

714,

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4,4

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3487

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862

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Rora

ima

00

45

40

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83

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00

00

30

51

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23

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pá0

00

01

11

00

00

03

Toc

antin

s0

01

00

00

01

12

16

Nord

este

01

02

77

215

1817

229

109

Mara

nhão

01

01

11

10

11

11

9

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00

00

00

01

23

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00

00

23

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13

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Gran

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00

00

01

01

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15

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00

02

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112

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ambu

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00

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01

01

22

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16

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00

00

10

10

21

01

6 FO

NTE:

Caso

s de h

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Sinan

/SVS

/MS.

NOTA

S: (

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ti-HDV

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0. (3

) Dad

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2010

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69

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99-20

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2002

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2003

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2004

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2005

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2006

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2007

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6

2008

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2009

183

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2010

(3)

148

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-

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VS/M

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tal ou

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10.

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69

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1999

-2010

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0020

0120

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0820

0920

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)To

tal

%%

acum

ulado

< 5

anos

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24

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3

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9

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241

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,7

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291

93

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591

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1921

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mais

02

02

34

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010

0,0

Total

854

3910

716

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917

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-

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E: Ca

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71

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1999

-2010

(2)

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Fe

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nº%

nº%

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851

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6,3

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1,8

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430

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543

49,4

332

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6,4

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311

56,

3

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m bra

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199

18,1

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18,5

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071

310

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1812

100,

0

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10.

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il, 19

99-20

10(2

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7

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1812

100,

0

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E: Ca

sos d

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71

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1999

-2010

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9920

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0120

0220

0320

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) 1

999-

2010

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00

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00

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19

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119

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00

00

00

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5

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E: Ca

sos d

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os po

r hep

atites

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s seg

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-2010

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e A

He

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e B

H

epat

ite C

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D

He

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socia

daBá

sica

Asso

ciada

Básic

aAs

socia

daBá

sica

Asso

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Básic

aAs

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9986

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