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infoJUR Informativo jurídico da Unafisco Associação Nacional n° 4 - Dezembro de 2011 - www.unafiscoassociacao.org.br TRÊS VITÓRIAS RECENTES DA UNAFISCO NO TRIBUNAL: GAT, GIFA 45% E 95% PÁGS. 3–5 RAV DEVIDA TEM PRECATÓRIO EMITIDO PÁG. 6 AÇÃO DA UNAFISCO CONTRA IN DO TCU SURTE EFEITO PÁG. 6 GDAT: NOVOS PRECATÓRIOS INSCRITOS PARA PAGAMENTO EM 2012 PÁG. 6 ANDAMENTO DAS PRINCIPAIS AÇÕES JURÍDICAS PROPOSTAS PELA ENTIDADE E NOVOS TRABALHOS DO JURÍDICO PÁG. 7

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InfoJUR - nº 4 (dez/2011)

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Page 1: InfoJUR - nº 4 (dez/2011)

infoJURInformativo jurídico da Unafisco Associação Nacionaln° 4 - Dezembro de 2011 - www.unafiscoassociacao.org.br

Três viTórias recenTes da Unafisco no TribUnal:GaT, Gifa 45% e 95%págs. 3–5

rav devidajá Tem precaTório emiTidopág. 6 ação da Unafisco conTra indo TcU sUrTe efeiTo pág. 6

GdaT: novos precaTóriosinscriTos para paGamenTo em 2012 pág. 6

andamenTo das principais ações jUrídicas proposTas pela enTidade e novos Trabalhos do jUrídico pág. 7

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Diretores jurídicos da Unafisco Associação comentam as recentes vitórias nas ações da GAT e Gifa junto ao TRF-3

Departamento Jurídico confirma tradição histórica de defender interesse dos associados

É com enorme satisfação que a Diretoria Jurídica da Unafisco Associação transmite aos colegas informações sobre recentes decisões favoráveis emanadas pelo TRF da 3ª Região em nossas ações coletivas. Nos últimos 12 meses, tivemos 6 (seis) processos julgados pelo TRF-3, sendo que em 4 (quatro) deles tivemos

decisão favorável: Abono Permanência, Gifa 45%, Gifa 95% e Incorporação da GAT ao vencimento básico. Essas quatro ações foram julgadas, em sede de recurso, e todas as decisões foram favoráveis, por decisão unânime dos desembargadores.Além disso, nas decisões da GAT e da Gifa 45%, os efeitos das decisões foram estendidos aos futuros associados da Unafisco Associação, o que quer dizer que o Auditor Fiscal que se filiar hoje à Unafisco já ingressará como parte nessas ações, observando-se que essas ações tratam de atrasados do período de 2004 a 2008.Na oportunidade, salientamos que continuamos trabalhando firmes no propósito de buscar, no Poder Judiciário, todas as tutelas de interesse dos nossos associados. E esse trabalho vem dando resultado, pois temos conseguido êxito em nossas principais ações.Já temos muito que comemorar, mas continuamos empenhados pelo sucesso definitivo dessas e de outras ações que aguardam julgamento.

Um grande abraço,

Temos o prazer de lhe entregar esta nova edição do InfoJUR, o informativo da Unafisco Associação Nacional que trata especificamente de assuntos

jurídicos de interesse dos nossos associados.Queremos ressaltar o excelente empenho do Departamento Jurídico da Unafisco, que confirma a tradicional postura adotada pela entidade de defender as causas dos associados.Com a leitura destas páginas, você encontrará uma relação de ações bem-sucedidas, que alcançam os atuais associados e também os colegas que vierem a se associar, entre outras. Na página três, por exemplo, estão as informações a respeito da manifestação

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Além de garantir a efetividade da comunicação entre a Unafisco Associação Nacional e você, isso assegura que seus dados estejam corretos nas listagens de associados beneficiários. Essa relevância se torna ainda maior quando o associado deixa o serviço público. Existem ações judiciais propostas pela entidade exclusivamente em favor dos aposentados. Ausência de informações ou dados desatualizados podem prejudicar associados beneficiários de decisões judiciais. Portanto, se você mudou a sua situação funcional, endereço, telefone ou outra forma de contato, informe-nos pelo e-mail [email protected].

Importante: atualize seu cadastro!

Paulo Fernandes Bouças Presidente

Valmir da Cruz Diretor

Assuntos Jurídicos

Kleber CabralDiretor Adjunto

Assuntos Jurídicos

Ildebrando ZoldanVice-Presidente

favorável do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), que manteve, por unanimidade, a decisão de primeira instância reconhecendo que a GAT deve ser incorporada ao vencimento básico.Abaixo, os diretores Jurídicos continuam a falar sobre o sucesso da Unafisco Associação Nacional nessa importante área. E eles falam com propriedade, pois estão à frente do Jurídico de uma entidade que luta incansavelmente pelos direitos dos Auditores Fiscais. É só folhear esta publicação para comprovar, uma vez mais, a histórica participação da Unafisco em prol dos seus associados.

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GAT: Unafisco Associação obtém decisão favorável em sua segunda ação no TRF-3

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região manteve, por unanimidade, a decisão de 1ª instância, no processo nº 2007.61.00.006222-0, reconhecendo que a GAT deve ser incorporada ao vencimento básico, e ainda deu provimento ao recurso da Unafisco, com o objetivo de que o benefício seja estendido aos futuros associados. Na sentença (de 1ª instância), o juiz proferiu a seguinte decisão:

“Isto posto, julgo parcialmente procedente a ação para reconhecer o direito de todos associados da autora, à data da propositura da ação, em ter incorporado a Gratificação de Atividade Tributária – GAT sobre os seus vencimentos, incidindo sobre ela as demais parcelas remuneratórias, com reflexos em todas as verbas recebidas no período, a partir da edição da Lei nº 10.910, de 15 de julho de 2004”.

O TRF-3, por sua vez, acolheu o pedido da Unafisco para extensão aos futuros filiados:

“Desta feita, não vislumbro óbices para o ingresso de novos associados à lide, mesmo após o ajuizamento da ação, pois, o reconhecimento do direito é destinado à determinada categoria.”

A Unafisco Associação já havia obtido sentença favorável (1ª instância) nas três ações propostas (em 2006, 2007 e 2009) no mesmo sentido, mas essa é a primeira vez que o Tribunal se manifesta sobre a extensão da decisão aos futuros filiados.No mérito, a decisão do Tribunal reconheceu que a GAT possuía natureza jurídica de vencimento básico, uma vez que era paga em razão do vínculo estatutário com o cargo de Auditor Fiscal, sem nenhuma outra condição, de forma que a GAT não era revestida da natureza jurídica de uma verdadeira gratificação, independentemente do nomem iuris que lhe foi dada. Portanto, tendo caráter de vencimento básico, a GAT deve compor a base de cálculo das demais parcelas da remuneração que incidem sobre o vencimento básico, a exemplo dos anuênios e da Gifa, no período de agosto de 2004 a julho de 2008. A apelação da União obteve parcial provimento, para limitar os juros de mora em 6% (seis por cento) ao ano. A sentença havia determinado juros de 12% (doze por cento).

A União recorreu dessa decisão interpondo recurso especial para o STJ e recurso extraordinário para o STF. No entanto, avalia-se que a União poderá ter dificuldades na admissão desses recursos, uma vez que não se vislumbra, a princípio, a existência dos principais requisitos necessários: ofensa a normas constitucionais, para justificar um recurso ao STF; e divergência jurisprudencial, para motivar um recurso ao STJ. Sem dúvida, essa é uma das mais relevantes vitórias jurídicas da Unafisco Associação Nacional, a primeira entidade a propor essa ação, confirmando o pioneirismo e a postura propositiva que sempre foram a marca da entidade. E, sobretudo, pelo fato de essa decisão abarcar todos os seus associados, tanto os provenientes do Ministério da Fazenda quanto os oriundos da Previdência.

O que foi a GAT?

A Lei nº 10.910, de 2004, transformou a então conhecida Gratificação de Desempenho de Atividade Tributária — Gdat em GAT — Gratificação de Atividade Tributária. Assim, a GAT, por não mais apresentar pagamento condicionado ao cumprimento de metas, passou a ter, segundo a Associação, natureza de vencimento básico. Como rubrica de vencimento básico, passaria então a ser somada ao vencimento básico do Auditor Fiscal e sobre esse montante passaria a incidir os adicionais como anuênios e gratificações, entre outros. A Unafisco, com abrangência nacional, ingressou com a sua primeira ação de nº 2006.61.00.006982-9, em trâmite na 12ª Vara Federal de SP, que acobertou filiados até 16/1/2007. A segunda, processo nº 2007.61.00.006222-0, em trâmite na 15ª Vara Federal de SP, que abrangia filiados de 17/1/2007 até 28/3/2007 e a terceira, de nº 2009.61.00.006725-1, em trâmite na 12ª Vara Federal de São Paulo, estendida a futuros associados da entidade. Todas obtiveram sentença favorável em 1ª instância e já se encontram no TRF-3 para julgamento do recurso de apelação da União. A segunda ação, por ter o seu primeiro julgamento já realizado, confirmou a tese da entidade, além de agora acobertar, em regra, todos os filiados da entidade.

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Mais uma vitória da Associação para aposentados e pensionistas O que foi a Gifa?A Gifa foi uma Gratificação de Incremento da Fiscalização e Arrecadação que foi paga aos Auditores Fiscais Ativos, Aposentados e Pensionistas desde o seu surgimento, com a Lei nº 10.910, de 15/7/2004, até a transformação da remuneração em subsídio, que se deu pela Lei 11.890, de 26/12/2008. Ocorre que a Gifa foi estabelecida em percentuais distintos para ativos e aposentados/pensionistas, em desrespeito ao princípio constitucional da paridade, o que ensejou a propositura de duas medidas judiciais pela Associação.

Gifa 45%O Tribunal Regional Federal da 3ª Região reconheceu, por decisão proferida monocraticamente pelo desembargador Luiz Stefanini, que a Gifa possui, de fato, natureza genérica.

Na sua decisão, o referido desembargador havia proferido seu entendimento de que “A Lei nº 10.910/2004, ao instituir a GIFA, em favor dos ocupantes dos cargos efetivos das carreiras de Auditoria da Receita Federal, Auditoria-Fiscal da Previdência Social e Auditoria-Fiscal do Trabalho, estabeleceu que a gratificação seria paga aos servidores ativos, inativos e pensionistas. Entretanto, o artigo 4º da referida lei estabeleceu limites na percepção da Gratificação de Incremento da Fiscalização e Arrecadação – GIFA aos servidores inativos e pensionistas.”

Afirmou, ainda, que “A interpretação sistêmica das normas que instituíram a GIFA, leva a exegese de que se trata de vantagem de natureza genérica, na medida em que assegura seu pagamento a integrantes das carreiras que não estejam no efetivo exercício da atividade”, determinando que o cálculo da referida gratificação será efetuado com base nas regras que disciplinariam a vantagem se não estivessem afastados do exercício das respectivas atribuições.

Ao final, concluiu “que a fixação da GIFA em valor inferior para os inativos e pensionistas constitui flagrante violação ao dogma constitucional que assegura a paridade de remuneração entre servidores ativos, inativos e pensionistas.”

A AGU tentou ainda um recurso (Agravo Regimental) no âmbito do TRF-3, o qual manteve, por unanimidade, a decisão anterior.

Cabe ressaltar, também, que a decisão teve os seus efeitos estendidos a futuros associados. Por fim, vale frisar que a União recorreu ao STJ em 2/9/2011, em sede de recurso especial, e aguarda-se julgamento.

Resumo da açãoProcesso nº 2006.61.00.005779-7, em trâmite na 13ª Vara Federal de SP

Beneficiários: aposentados e pensionistas

Abrangência: nacional

A ação foi distribuída em 16/3/2006. O juiz concedeu a tutela antecipada à Associação, determinando a implementação imediata da diferença na folha de seus filiados.

Após três meses, o governo majorou o percentual da Gifa de 45% para 95%, por meio da MP-302/2006, ensejando a propositura de nova ação pela Associação (Gifa 95%). A sentença foi favorável aos associados da Unafisco. A apelação da União foi finalmente julgada improcedente pelo TRF-3. Agora resta aguardar pelo STJ, caso o Recurso Especial da União seja admitido.

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Gifa 95%Depois da vitória no processo da Gifa 45%, no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), outro resultado positivo foi alcançado pelo Jurídico da Unafisco, agora no percentual 95% (AO nº 2006.61.00.017709-2).O processo da Gifa 95% correu da seguinte forma: a Associação obteve pronunciamento favorável do juízo em 1ª instância nessa ação da Gifa 95%.Posteriormente, a tese foi levada ao Tribunal em grau de recurso de apelação apresentado pela União.Ao julgá-lo, a 1ª Turma do TRF-3, por unanimidade, acompanhou o entendimento da relatora, juíza convocada Silvia Rocha, de que “havendo expressa previsão legal do pagamento da GIFA a servidores que não se encontram no efetivo exercício das atribuições próprias da carreira, é de concluir ser a gratificação em tela de natureza genérica, extensível, portanto, aos servidores inativos.”A conclusão do Tribunal foi que “desconfigurada a natureza pró labore faciendo da gratificação, impõe-se sua extensão na integralidade aos aposentados e pensionistas, em observância à garantia constitucional da paridade”.Sobre a extensão da açãoAo contrário da Gifa 45%, que continua aberta a futuros associados, o desembargador federal Johonsom Di Salvo, no julgamento específico da Gifa 95%, modificou a decisão de 1ª instância, para impedir que futuros filiados à Associação passem a fazer parte dela. Tal modificação levaria a Unafisco a ingressar com nova ação com o mesmo objeto, assegurando o direito dos futuros associados.Mas antes de ingressar com nova medida, a Unafisco Associação achou prudente embargar de declaração nesse ponto específico, por entender que houve obscuridade na decisão. Veja por quê:Ao proferir o entendimento, o desembargador informou que é inconcebível representar futuros associados, pois no momento da propositura da ação muitos não eram legitimados a ocupar o cargo, dando a entender que a ação da Gifa acobertaria Auditores Fiscais de concursos futuros àquela data. Assim, concluiu que a Unafisco não dispõe de legitimidade para representá-los.

Na verdade, ao contrário do que dispôs o nobre julgador, todos os associados que ingressaram futuramente nessa ação já eram Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, no ato da propositura da ação. E não poderia ser diferente, porque o processo não envolve o direito de ativos oriundos de novos concursos públicos, mas de aposentados e pensionistas que já estavam na carreira naquela ocasião.Outro entendimento não háA Gifa abarca aposentados e pensionistas que perceberam aludida gratificação desde a edição da Lei nº 10.910, de 2004, até o advento da Lei nº 11.890, de 2008. Por conseguinte, os futuros filiados à entidade — em favor dos quais a Unafisco pleiteia a extensão da decisão judicial — são Auditores Fiscais que já eram aposentados/pensionistas no período abarcado pela Gifa 95% (2006 a 2008).De qualquer forma, independentemente dos embargos, que ainda aguardam por decisão, a União apresentou recurso especial para o STJ.

Resumo da açãoProcesso nº 2006.61.00.017709-2, em trâmite na 13ª Vara Federal de SP

Beneficiários: aposentados e pensionistas

Abrangência: nacional

A ação foi distribuída em 15/8/2006. O juiz concedeu a tutela antecipada à Associação, para que a União fizesse a implementação imediata na folha de seus filiados. Os associados beneficiaram-se por um período de 9 meses, até que a União conseguiu suspender os pagamentos por meio de uma medida judicial excepcional, intitulada Suspensão de Segurança, até que houvesse decisão do Tribunal. A sentença e o acórdão do Tribunal confirmaram a tutela antecipada inicialmente concedida. Após a apreciação dos embargos de declaração opostos pela Unafisco sobre a extensão aos futuros filiados, restará aguardar pelo STJ, caso o Recurso Especial da União seja admitido.

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RAV DEVIDA: Deferida a inscrição do primeiro lotede precatórios

Decisão publicada em 13/7/2011, nos autos da Execução de Sentença do caso RAV Devida, determinou a inscrição do primeiro lote de precatórios, em favor dos exequentes maiores de 60 (sessenta) anos de idade. Os contemplados irão receber os valores já no primeiro semestre de 2012.

Cumpre esclarecer que a Unafisco Associação Nacional, no fim de 2010, propôs aludida Execução de Sentença para os Auditores Fiscais que atuaram como Técnicos do Tesouro Nacional no período de fevereiro de 1993 a janeiro de 1995.

Como é sabido, a ação de conhecimento foi ajuizada em Recife/PE, no ano de 1997, pelo então Sindtten, atual Sindireceita, e transitou em julgado favoravelmente, reconhecendo que o TTN deveria receber 30% da RAV atribuída ao Auditor Fiscal (RAV DEVIDA ou RAV CALCULADA) e não 30% da RAV efetivamente paga.

Naquela época havia o chamado “teto do almirante de esquadra”, que reduzia, como abate-teto, a RAV efetivamente paga ao Auditor Fiscal.

Para aqueles que constavam da listagem da ação de conhecimento do Sindtten, estima-se que os precatórios sejam inscritos até o final do 1º semestre (30/6/2012), segundo previsão da Vara na qual tramita o feito, o que permitirá que esses exequentes recebam seus direitos no primeiro semestre de 2013. Ressalta-se que isso é uma estimativa diante do posicionamento atual da AGU e da Vara Federal.

Com relação às execuções daqueles que não constavam da listagem da ação de conhecimento do Sindtten — ou porque não eram sindicalizados ou porque não eram mais TTN em 1997, quando a ação foi proposta —, o juiz da Vara determinou o desmembramento em grupos de 10 e, de ofício, vem determinando a comprovação do vínculo de alguns exequentes com o cargo de TTN, apesar dos embargos serem de competência da União. A AGU tem mantido entendimento contrário à extensão dos efeitos da ação de conhecimento do Sindtten aos que não constavam de sua listagem inicial, de forma que, para esses últimos, ainda não há clareza quanto aos recursos que ainda poderão ser utilizados pela AGU.

TCU: Ação da Unafisco Associação surte efeito

Recentemente, a Unafisco Associação ingressou em juízo com uma ação na qual pleiteou que seus associados fossem dispensados da obrigação prevista na Instrução Normativa nº 65/2011, do Tribunal de Contas da União, de entregar a autorização para que este órgão pudesse acessar a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física, de seus associados, fornecida à Receita Federal. Em substituição à exigência emanada na IN em questão, requereu-se que a entrega da declaração de bens e valores fosse o bastante para alcançar o fim almejado, conforme determina a lei.

A juíza, ao analisar o pleito da entidade, concedeu a antecipação de tutela para impedir que a Administração exigisse a autorização de acesso aos dados das Declarações de Ajuste Anual do IR. Na decisão, a magistrada determinou, ainda, que fossem devolvidas as autorizações de acesso aos associados da Unafisco que porventura já as tivessem entregado, possibilitando-lhes a substituição pela declaração de bens e valores.

Corroborando o entendimento exposto na decisão judicial, o TCU reconheceu a sobredita ilegalidade e, no dia 6 de julho, editou a IN (Instrução Normativa) 67/2011, revogando a IN 65/2011.

Em consonância ao que foi requerido na ação da Associação, e confirmado pela juíza, a IN nº 67/2011 confere agora a alternativa ao associado de escolher pela forma em que ele pretende fornecer as informações ao TCU.

Gdat: Novos precatórios inscritos para pagamento em 2012

É com satisfação que a Unafisco Associação Nacional informa que novos precatórios da Gdat foram inscritos para pagamento em 2012.

Como é sabido, o processo em questão abarcou interesses de aposentados e pensionistas e objetivou a percepção da Gratificação de Desempenho de Atividade Tributária (Gdat) em sua totalidade, no período de 1999 até a edição da Lei 10.593/2002, do mesmo modo que foi concedida aos ativos.

Estima-se que os valores serão depositados no primeiro semestre de 2012 em uma conta bancária específica, que será aberta em nome do associado no Banco do Brasil. Para fazer o levantamento, o associado deverá comparecer a uma das agências bancárias do Banco do Brasil e identificar-se, munido de documentação pessoal, bem como do número do precatório.

Os exequentes contemplados já foram cientificados individualmente por esta Associação, por meio de carta.

Para aqueles que ainda não tiveram seus precatórios inscritos, orientamos que aguardem até o mês de junho de 2012, que será o momento em que se encerrará o prazo para as inscrições de precatórios a serem pagos em 2013.

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Reajuste de 10% para filiados atuais e futuros

Ação condenatória com pedido de tutela antecipada com o intuito de estender o reajuste linear de 10% aos seus associados. Em 2004 foi editada a Lei nº. 10.910/2004 que instituiu a Gratificação de Incremento da Fiscalização e da Arrecadação (Gifa) e essa mesma lei conferiu aos antigos técnicos da Receita Federal, atuais analistas tributários, o reajuste linear de 10% da tabela de seus vencimentos. O reajuste concedido pela lei em questão não foi concedido de forma igualitária aos Auditores Fiscais. A revisão dos 10% fez com que a remuneração dos antigos técnicos se aproximasse ainda mais da remuneração dos Auditores Fiscais, ainda que não tenha ocorrido qualquer acréscimo de atribuição.

AO 2006.61.00.017646-4, em trâmite na 15ª Vara Federal de SP

beneficiários: ativos, aposentados e pensionistas

siTUação: filiados atuais e futuros abranGência: nacional

Andamento: A ação foi proposta em agosto de 2006 e obteve tutela antecipada para imediata implementação do reajuste em folha de pagamento no fim de fevereiro de 2007. Em seguida, a União interpôs agravo de instrumento requerendo a suspensão da decisão antecipatória de tutela, a qual foi deferida pela desembargadora relatora do agravo. Em 30/5/2008, os pedidos da Unafisco foram julgados procedentes, em sentença que ficou sujeita ao duplo grau de jurisdição. A União, em dezembro de 2008, apelou da decisão que conferiu procedência aos pedidos da Unafisco. A Associação, por sua vez, também apresentou recurso de apelação, mas apenas para requerer a garantia da antecipação da tutela aos amparados pelo Estatuto do Idoso, já que a Lei 10.741, de 2003, além de posterior à Lei nº 9494, de 1997, é especial e deve prevalecer nesse caso. No momento, o processo está no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, especificamente, no gabinete da Des. Federal Vesna Kolmar aguardando por julgamento de ambos os recursos de apelação. Significa dizer que a sentença que julgou procedente os pedidos da Associação só terá eficácia quando confirmada pelo Tribunal no julgamento dos recursos.

Conversão da licença-prêmio em pecúniaAO 2007.61.00.025289-6

26ª Vara Cível Federal – SPbeneficiários: aposentados,

pensionistas e ativos

Trata-se de uma ação condenatória cujo objetivo é garantir o direito à conversão da licença-prêmio em pecúnia aos aposentados e pensionistas do cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. A ação reivindica, ainda, a possibilidade de opção, para os ativos, entre a conversão em pecúnia e o gozo da licença-prêmio por meio do afastamento remunerado e, também, que seja computado na contagem do tempo o período do Programa de Formação na Escola de Administração Fazendária (Esaf). Para todas as situações descritas acima, o termo final para aquisição da licença-prêmio é 11 de dezembro de 1997.A ação foi proposta em 3/9/2007 e teve o pedido de tutela antecipada indeferido.Em setembro de 2010 o juiz prolatou a sentença julgando procedente em parte os pedidos da Associação. A saber:PARA ASSOCIADOS APOSENTADOS E PENSIONISTASO juiz concedeu parcialmente o direito à concessão da licença-prêmio em pecúnia, limitando-o a associados da Unafisco aposentados e pensionistas que implementaram o direito (à aposentadoria ou pensão) a partir de setembro de 2002 (cinco anos anteriores à propositura da ação) e não gozaram a licença-prêmio nem contaram em dobro para efeito de aposentadoria.Baseou-se no instituto da prescrição ao impedir a conversão em pecúnia para aposentados e pensionistas que, embora tenham a contagem da licença-prêmio, se aposentaram ou implementaram a pensão antes de setembro de 2002. Nesse ponto, a Associação embargou de declaração para requerer a extensão da prescrição, considerando os períodos

que foram interrompidos. Como os embargos não foram acolhidos, a Unafisco recorreu desta decisão, considerando que o próprio STJ já tem se posicionado que o termo inicial da prescrição é a data da aposentadoria do servidor. No que tange à extensão da decisão, embora o juiz tenha concedido o direito da licença-prêmio nos termos previstos na Lei nº 9.527, que dispõe em seu artigo 7º, a observância do direito até 15/10/1996, para que não paire dúvidas no momento da execução, a Unafisco Associação embargou de declaração de modo que o juiz expressamente reconhecesse o direito até a data de 10/11/1997. Isso diante da existência da Medida Provisória nº 1.522/96, datada de 15/10/1996, que fora reeditada pela MP-1.595-14 e somente após, convertida da lei em comento. Como os embargos foram rejeitados, a Unafisco também apelou desse ponto.PARA ASSOCIADOS EM ATIVIDADEPara os associados em atividade, o juiz vislumbrou não ser aplicável a conversão da licença-prêmio em pecúnia, inclusive para aqueles que já tinham os cinco anos contados em 1997. Entendeu que nestes casos foi assegurada a fruição de tal licença ou o cômputo em dobro para efeito de aposentadoria.A Unafisco recorreu da decisão também neste particular. TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO À ESAFA sentença foi bastante favorável neste ponto. O juiz entendeu que é devida a contagem do período do Programa de formação da Esaf como tempo de serviço público para todos os associados da Unafisco que dele participaram. JUROS E CORREÇÃOA decisão assegura o direito dos associados da entidade de terem o pagamento da licença-prêmio em pecúnia com juros e correção monetária. Tanto o recurso da União quanto o da Unafisco chegaram ao TRF-3 em 16/6/2011 e encontram-se no gabinete do des. federal José Lunardelli, aguardando por inclusão em pauta de julgamento.

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e Não incidência do Imposto de Renda sobre o Abono de

PermanênciaProcesso nº 2007.61.00.032951-0, em trâmite

na 23ª Vara Federal de SP beneficiários: ativos

siTUação: filiados até 4/12/2007abranGência: nacional

O abono de permanência foi criado pela Emenda Constitucional nº 41 e consiste em uma verba paga, no valor equivalente ao da contribuição previdenciária, àqueles que possuem os requisitos para aposentadoria, mas permanecem na ativa até a aposentadoria compulsória.Entende-se que o abono de permanência possui natureza de verba indenizatória, o que impossibilita a incidência do Imposto de Renda.Sob tal argumento, a Associação demandou uma ação ordinária, com pedido de tutela antecipada, objetivando a não incidência de Imposto de Renda sobre os valores percebidos pelos filiados da Unafisco Associação a título de abono de permanência, seja na fonte ou na declaração de ajuste anual, de modo a impedir que a União Federal adote qualquer medida tendente à sua retenção ou recolhimento.A tese da Unafisco Associação consiste no argumento de que o abono de permanência não se enquadra no conceito de renda, possuindo este natureza típica de compensação ao servidor público que opta por permanecer em atividade, não obstante tenha preenchido os requisitos legais para aposentar-se voluntariamente (ou seja: é verba indenizatória/compensatória).

Esta ação judicial contempla associados ativos que estejam recebendo o abono permanência, bem como aposentados e pensionistas que tenham recebido esse benefício.Andamento: A ação foi distribuída em 4/12/2007 e, no dia 14/12, o juiz deferiu a liminar para declarar o abono de permanência como rendimento não tributável. E, consequentemente, que não incide sobre o Imposto de Renda. Ocorre que a decisão só veio a ser efetivamente cumprida em agosto de 2008, após diversas informações prestadas ao juízo acerca do descumprimento da ação judicial pela Administração. Em setembro de 2009, apesar dos precedentes favoráveis no STJ, o juízo julgou improcedente o pedido da Associação. Entendeu que o abono de permanência implica em acréscimo ao patrimônio e, por isso, tem natureza tributável. A Unafisco apelou dessa decisão, defendendo que o abono tem natureza compensatória e indenizatória. O Tribunal, ao processar e julgar o recurso, reformou a decisão de 1ª instância, sob o fundamento de que “O legislador estabeleceu um incentivo para aqueles servidores públicos que já tiverem atingido os requisitos para a aposentadoria, ou seja, aposentar-se imediatamente ou continuar no emprego recebendo um valor adicional para isso. Portanto, caso incida o imposto de renda sobre o citado adicional representaria uma descaracterização da norma incentivadora”. A União recorreu desta decisão ao STJ e STF. Aguarda-se pela admissibilidade de ambos os recursos pelo TRF-3.

Reajuste de 13,23%AO 2007.61.00.000852-3

13ª Vara Cível Federal – SPbeneficiários: ativos, aposentados e pensionistas

siTUação: filiados atuais e futuros abranGência: nacional

Em 2003 foram editadas as leis 10.697 e 10.689 para reajustar os vencimentos das carreiras civis do serviço público federal, determinando o reajuste de 1% mais o abono de R$ 59,87. Com isso, algumas carreiras sofreram reajustes equivalentes ao percentual de 13,23%, ao contrário dos Auditores Fiscais, que receberam o reajuste de 1,5%. O art. 37, inciso X, da Constituição Federal, bem como a lei 10.331, de 18/12/2001, determinam que a revisão geral anual de todos os servidores públicos civis deverá ocorrer na mesma data e sem distinção de índices, o que não se vislumbra ter ocorrido.Por esta razão, em janeiro de 2007, a Unafisco Associação entrou com uma ação condenatória cujo objeto é garantir o direito de reajuste de vencimentos dos associados da entidade no percentual equivalente ao maior reajuste concedido, qual seja, de 13,23%, mantendo a unicidade dos índices percentuais aplicados à revisão geral anual dos servidores civis, conforme assegurado pela Constituição Federal.

Em maio de 2007, a ação teve indeferido o pedido de tutela antecipada e, no mérito, o juiz julgou procedente o pedido da Associação. Para subsidiar a sua decisão, o nobre juiz enfatizou matérias publicadas na época, em que o governo afirmava que todos os servidores receberiam 1% linear retroativo a janeiro de 2003, além de um percentual variável de acordo com a renda atual de cada um, a valer a partir de maio daquele ano. Destacou que aquele reajuste não seria único e sem igual para todos os servidores e, na prática, não foi isso que se vislumbra ter ocorrido.A União apelou dessa decisão No Tribunal Regional Federal da 3ª Região, os desembargadores, ao julgá-lo, deram provimento ao recurso apresentado pela União, alegando que a Lei 10.698/2003 não realizou revisão geral de vencimentos, visando, tão somente, a implantação de uma vantagem pecuniária individual aos servidores públicos.Diante do acórdão desfavorável, a Unafisco apresentou recurso especial e extraordinário, em 7/7/2011, visando a reforma da decisão de segunda instância. Aguarda-se pela admissibilidade de ambos os recursos junto ao TRF-3.

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e Reconhecimento, como tempo de serviço público,

do período trabalhado na administração direta e indireta municipal, estadual e federal

AO 2008.61.00.008254-524ª Vara Cível Federal – SP

Nesta ação, de suma importância, a Unafisco Associação, em nome de seus filiados, requereu em juízo o reconhecimento como tempo de serviço público, do tempo de serviço prestado, até 1997, em sociedades de economia mista, empresas públicas, autarquias, fundações públicas e órgãos da Administração direta e indireta municipal, estadual e federal, para todos os efeitos jurídicos, principalmente com fins de contagem de tempo para aquisição da aposentadoria com paridade e integralidade, bem como percepção de anuênios, quinquênios e demais parcelas pro rata temporis, a integrarem a remuneração.

O fundamento de tal ação judicial se baseia no fato de que, qualquer tempo de serviço na Administração Direta ou Indireta da União, Estados, Distrito Federal e/ou dos municípios é tempo de serviço público e, como tal, deve ser considerado pela União, nos termos da Lei 8.112/90.

A Consultoria Jurídica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão editou o Parecer nº 1467, concluindo que: “Em consonância com a mais recente jurisprudência do Tribunal de Contas da União, e julgados do STF reconhecer o direito a servidores à averbação de tempo de serviço prestados à empresas públicas e à averbação de tempo de serviço prestado à empresas públicas e sociedades de economia mista, inclusive a outros entes da federação para a percepção de quaisquer benefícios e para todos os efeitos legais”. Mas, infelizmente, na esfera administrativa, o secretário de Recursos Humanos do MPOG não reconheceu o direito, e decisões conflitantes ainda vêm prejudicando diversos associados país afora.

A petição inicial foi protocolizada em 7/4/2008. A União apresentou contestação e o processo está na conclusão com o juízo desde março de 2010, para a prolação da sentença de primeiro grau. Cópia do parecer nº 1467 acima citado, fora juntado pela Unafisco em 25/4/2011 aos autos do processo.

Transposição – greve de 2008

AO 0024659.38.2010.4.03.610025ª Vara Cível Federal – SP

Uma das conquistas da greve de 2008 foi a mitigação do chamado “fosso salarial”, por meio da concessão de 3 (três) padrões, em julho de 2009, a todos os Auditores Fiscais do então chamado “fosso salarial”.

Entretanto, a redação com que a MP acabou sendo convertida em Lei e, posteriormente, interpretada pela Administração, fez com que uma parcela desses colegas não obtivessem os 3 (três) padrões, já que entre a publicação da MP, em 2008, e o efetivo benefício de 3 (três) padrões, em 2009, ocorreram progressões/promoções ordinárias (nos termos do Decreto 84.669/80), que acabaram sendo absorvidas pelos 3 (três) padrões concedidos a título extraordinário para os colegas do “fosso salarial”.

A pedido de um grupo de associados, a Unafisco ingressou, em dezembro de 2010, com uma ação judicial para corrigir a distorção causada pela não

observância das progressões/promoções ordinárias.

O juiz, ao sentenciar a ação, entendeu que não cabe ao Poder Judiciário alterar o conteúdo da Lei nº 11.890/2008, que dispõe sobre a reestruturação da composição remuneratória das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e Auditoria-Fiscal do Trabalho, salientando que essa alteração só pode ser realizada por força de lei ordinária.

Salientou que é proibido ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, invadir matéria de competência reservada ao Poder Legislativo e que a remuneração dos servidores públicos somente pode ser fixada ou alterada por meio de lei específica, de iniciativa do presidente da República. Assim, concluiu pela improcedência dos pedidos.

A Unafisco opôs embargos de declaração contra essa decisão, já que o juiz não levou em conta as progressões ordinárias ocorridas e, ainda, recorrerá desta decisão ao Tribunal caso os embargos não sejam acolhidos.

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Auxílio-Alimentação: Filiados até 28/5/2002

Três ações em tramitação na Justiça, em nome da Unafisco Associação, tratam da questão do auxílio-alimentação.Esta primeira é um mandado de segurança com pedido de liminar, cujo objeto é a correção monetária da verba paga aos Auditores Fiscais da Receita Federal e foi fundamentado com base na natureza indenizatória do auxílio-alimentação, tendo em vista a insuficiência do valor creditado à época. Infelizmente, as outras duas ações propostas posteriormente, com o objetivo de contemplar os que se filiaram após aquela data, não obtiveram êxito, em face dos precedentes do STJ que não estavam consolidados à época.A não aplicação da correção monetária da verba e o fenômeno da inflação resultaram na redução do real valor indenizatório da verba e no não atendimento da finalidade da lei instituidora, que é o custeio da alimentação dos dias de trabalho.Além disso, por meio de tal medida se buscou o reconhecimento da ilegalidade da Portaria nº 21, de 24 de janeiro de 2002, expedida pelo ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, que estabeleceu valor diverso do originalmente fixado pela Portaria nº 2.082, de 17 de junho de 1994, ferindo o princípio da irredutibilidade de vencimentos dos servidores públicos, que é assegurado pela Constituição Federal, uma vez que a não correção do auxílio-alimentação implica utilização crescente da própria remuneração do Auditor Fiscal para poder se alimentar.Em 5 de julho de 2002 foi concedida medida liminar determinando a correção monetária pelo INPC do IBGE desde a data da edição da Portaria 2.082/94. Posteriormente, em 25 de abril de 2003, o pedido foi julgado inteiramente procedente com a respectiva concessão da segurança pleiteada, confirmando-se a liminar inicialmente deferida.

Mandado de Segurança nº 2002.61.00.011140-38ª Vara Cível Federal – SP

beneficiários: ativossiTUação: filiados à entidade até 28/5/2002

Basicamente, as decisões foram fundamentadas na premissa de que devem refletir o valor da atualização da moeda; evitar a redução de salários; aferir real expressão da base de cálculos de tributos, e, principalmente, na necessidade de atualizar a verba destinada ao custeio das necessidades básicas, como é o caso do auxílio-alimentação.São beneficiários da sentença os associados filiados até 28/5/2002, constantes da listagem nominal incluída na petição inicial.A União, inconformada, já está na terceira tentativa de reverter a decisão de primeira instância. Em 2003, entrou com um pedido de Suspensão de Segurança, diretamente à Presidência do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), mas não obteve êxito. Houve recurso de apelação da União (AGU), mas o recurso não foi recebido no efeito suspensivo. Ainda, interpôs Agravo Regimental no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), que ainda não foi julgado.Dessa forma, a sentença de primeiro grau mantém-se em vigor. Os autos do processo foram remetidos ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região no fim de 2005 e continuam aguardando o julgamento do mérito recursal. Atualmente, os autos se encontram na Subsecretaria da Quinta Turma.Atenção: Em 9/2/2010, o MPOG, por meio da Portaria nº 42, majorou o valor do auxílio que apresentavam valores distintos de R$ 126,00, R$ 133,19, R$ 143,99 ou R$ 161,99, a depender do Estado onde o servidor morava. Por enquanto, o Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil recebe valor unificado de R$ 304,00.A Unafisco Associação oficiou a Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (Cogep), em Brasília, requerendo que fosse recalculada a defasagem do valor apresentado para o auxílio-alimentação, em cumprimento à decisão judicial vigente, que determina que a correção se dê pelo INPC do IBGE desde a data da edição da Portaria nº 2082/94, ou seja, 17 de junho de 1994.Assim, o valor passaria para R$ 357,20. Por envolver cumprimento de ação judicial, a COGEP encaminhou, em julho de 2011, o processo administrativo com o requerimento da entidade para a AGU.

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Filiados após 10/1/2006

AO 2008.61.00.026436-21ª Vara Cível Federal – SP

Com o mesmo objeto da ação 2005.61.00.029652-0, o Departamento Jurídico da Unafisco Associação protocolizou a segunda medida judicial em 28/10/2008, para então abranger todos os novos associados em âmbito nacional, filiados à entidade após 10/1/2006. Distribuída

primeiramente para a 15ª Vara Cível Federal de SP, foi remetida posteriormente para a 1ª Vara Cível Federal (distribuição por dependência ao 1º processo, de nº 2005.61.00.029652-0). Atualmente, tal ação aguarda decisão de mérito.

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Exercícios anteriores

Reajuste de 15% do Legislativo

AO 2006.61.00.017472-826ª Vara Cível Federal – SP

Em 2005, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados, por meio das leis 11.169 e 11.170, concederam majoração linear de 15% sobre a remuneração dos servidores civis vinculados às referidas casas legislativas federais, concedendo também efeito retroativo a 1º/11/2004. No entanto, as demais carreiras do serviço público federal, incluindo a dos Auditores Fiscais, não foram atingidas por essa revisão geral concedida a todos os servidores do Legislativo.

Tal fato revelou manifesta desigualdade de tratamento entre servidores públicos civis e violação da garantia constitucional da revisão geral anual, prevista no art. 37, inciso X, da Constituição, o qual dispõe que as revisões gerais sempre deverão ocorrer na mesma data e sem distinção de índices, para os servidores públicos civis do Executivo, Judiciário e Legislativo.

Com base nesses e em outros argumentos, a Associação propôs, em 1º de agosto de 2006, uma ação condenatória cujo objeto é a extensão, aos nossos associados, do reajuste linear do percentual de 15% concedido aos servidores do Poder Legislativo. O juízo indeferiu o pedido de antecipação da tutela. Em 8/1/2009, foi proferida sentença de mérito julgando improcedente o pedido, sob o fundamento de que não se tratou, no caso, de uma revisão geral, mas apenas setorial para as carreiras do Legislativo Federal.

AO 2005.61.00.029652-01ª Vara Cível Federal – SP

Filiados até 9/1/2006

Esta ação requer o pagamento de créditos decorrentes de exercícios anteriores, que já foram reconhecidos como devidos pela Administração, corrigidos pelo índice do INPC/IBGE desde a data de sua constituição, acrescidos de juros de mora de 1% ao mês.

Pelas regras vigentes, os valores a receber da Administração que não forem pagos no próprio ano-calendário são lançados no rito determinado de “exercícios anteriores” e são pagos sem nenhuma forma de atualização monetária, ainda que o pagamento demore dez anos ou mais.

A Associação sustenta que a tramitação do procedimento administrativo para pagamento de exercícios anteriores tem sido tão delongada,

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por depender de atos praticados conjuntamente pelo Ministério da Fazenda e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) que acaba implicando em diversas ilegalidades como, por exemplo, o excesso de prazo para efetivo pagamento e arbitrariedades na ordem de pagamento. Ademais, com a demora no pagamento e a ausência de atualização monetária dos valores devidos, os servidores acabam sendo prejudicados com a corrosão do valor real do montante devido pela União, em decorrência da inflação.

A sentença foi procedente em parte, proferida em 8/1/2010. A Unafisco embargou desta decisão, levando o juiz a reconhecer que a correção monetária deve incidir desde o surgimento do crédito, isto é, o momento do seu respectivo fato gerador, ao passo que os juros moratórios, a partir da decisão administrativa que reconheceu o direito. A União apelou da decisão e, atualmente, o recurso se encontra na conclusão com a desembargadora Federal Ramza Tartuce para julgamento.

Inconformada com a decisão, a Associação propôs recurso de apelação com o objetivo de reformar a sentença de primeiro grau.

O TRF-3, ao analisar o recurso, manteve a decisão de 1ª instância, sob o argumento de que não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimento dos servidores públicos, sob o argumento de isonomia.

Curiosamente, a União entrou com ADI no STF contra o reajuste dos servidores do Legislativo, argumentando que apenas o Executivo poderia ter a iniciativa de conceder revisão geral anual. O STF, por sua vez, não considerou o reajuste inconstitucional, pois entendeu que não houve revisão geral, mas apenas para os servidores do Legislativo. Ora, a inconstitucionalidade estava exatamente no fato de a revisão ter sido concedida para os servidores de um dos Poderes da República, enquanto o inciso X do artigo 37 prevê que a revisão deve ser no mesmo índice e mesma data para os servidores públicos civis do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. A AGU buscava a revogação do aumento, e nós, a extensão do benefício aos Auditores Fiscais. Enquanto a AGU argumentou junto ao STF que se tratava de revisão geral, em nosso processo defendeu-se afirmando o contrário, que se tratava apenas de reajuste setorial.

De qualquer forma, em razão do citado precedente contrário do próprio STF, a Unafisco decidiu não mais recorrer, vindo o processo a transitar em julgado em 29/8/2011.

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e Contribuição previdenciária (PSS) sobre o adicional

de 1/3 de férias

AO 2008.61.00.008414-111ª Vara Cível Federal – SP

siTUação: filiados até 8/4/2008 (inclusive)

Neste processo, requer a Unafisco Associação, em defesa de seus filiados, que não incida contribuição previdenciária (PSS) sobre o adicional de 1/3 de férias, por ser tal adicional verba de natureza indenizatória e por não fazer parte da base de cálculo do salário de benefício, o que ofende os princípios do equilíbrio financeiro e atuarial e da irredutibilidade de vencimentos.

A tese jurídica deste caso se baseia no fato de que os servidores, quando em inatividade, não mais recebem o adicional de 1/3 de férias, de modo que, por ser o sistema previdenciário brasileiro de natureza atuarial e contributiva, não é cabível a incidência da PSS sobre parcelas que não serão pagas, futuramente, aos aposentados e pensionistas.

O pedido de tutela antecipada foi indeferido. Em 10/3/2009, foi publicada sentença improcedente, contrária ao pedido da Associação. A Unafisco Associação já ajuizou recurso de apelação contra tal decisão, que será apreciado pelo Tribunal Regional da 3ª Região. O recurso está com a desembargadora Federal Vesna Kolmar desde 12/2/2010.

A título de informação, observa-se que há precedente favorável no STJ sobre o assunto:

Processo

AgRg na Pet 7193 / RJAgravo Regimental na petição 2009/0067587-5 Relator(a) ministro Mauro Campbell Marques (1141)Órgão Julgador S1 - Primeira SeçãoData da Publicação/Fonte DJe 9/4/2010

Ementa Pedido de uniformização de jurisprudência. Contribuição social sobre o terço constitucional de férias. Não incidência. Orientação firmada pela primeira seção do STJ por ocasião do julgamento da PET 7.296/PE, da relatoria da ministra Eliana Calmon. Violação ao princípio constitucional da reserva de plenário não configurada.

AO 3051.53.2011.4.01.34006ª Vara Cível Federal – DF

siTUação: filiados a partir de 9/4/2008

Diante da limitação temporal imposta no primeiro processo, a Unafisco ingressou em juízo com uma segunda ação, com o mesmo objeto.

Diferentemente do que ocorreu na primeira demanda, a segunda ação da entidade apresentou sucesso em um primeiro momento, vindo a acompanhar os precedentes favoráveis do STJ.

Recentemente, o juízo da 6ª Vara Federal de Brasília concedeu a antecipação dos efeitos da tutela no segundo processo da Associação, proposto em 14/1/2011, para associados que ingressaram na Unafisco entre 9/4/2008 e 15/1/2011. Até o início de agosto de 2011, estes gozavam do privilégio de que não fosse efetuado o recolhimento previdenciário sobre o terço de férias, já que a entidade havia encaminhado à COGEP a relação de associados que não poderiam sofrer o desconto.

Infelizmente, no fim de agosto de 2011, a juíza Maria Cecília de Marco Rocha revogou a tutela, vindo a julgar improcedente o pedido da Associação. Em sua decisão, salientou que “o terço de férias não tem natureza indenizatória, visto que não visa a reparar qualquer perda do servidor, mas sim proporcionar-lhe melhores condições financeiras para o usufruto de seu descanso”.

Enfatizou ainda, “que o terço de férias é uma vantagem social assegurada pelo artigo 7º da Constituição ao trabalhador, assim como o são os outros o adicional noturno, o pagamento das horas extras em valor superior a 50% da hora normal e outros tantos direitos previstos no dispositivo e estendidos aos servidores públicos”.

A Associação recorreu da decisão, face o precedente favorável da 1ª Seção do STJ (AgRg na petição 7193/RJ).

andamenTo das ações jUrídicas proposTas pela enTidade

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Impedir o abate-teto para aqueles que percebem pensão cumulada com remuneração ou provento

A juíza da 3ª Vara Cível Federal de São Paulo julgou procedente o pedido da Unafisco Associação Nacional, nos autos da ação ordinária nº 2009.61.00.024074-0, vindo a reconhecer o direito a seus associados — filiados até 8/11/2009 — de ter afastado “o desconto a título de “abate-teto”, incidente sobre os proventos ou remuneração, quando percebidos conjuntamente com pensão”.

Em sua ilustre decisão, a juíza afirmou que:“Conforme posicionamento do Tribunal de Contas da União – TCU, o benefício da pensão decorrente da Seguridade Social do servidor publico, na forma definida pela CF e pela Lei nº 8.112/90, observa o regime contributivo, vale dizer, o servidor contribui mediante desconto mensal para a seguridade social, que, no futuro, arcará com o desembolso decorrente do pagamento da pensão de seu beneficiário. O fato gerador da pensão é a morte do segurado”.

A ação se originou do pedido de alguns filiados que percebiam remuneração ou provento, e, em decorrência de falecimento do cônjuge ou companheiro, passaram a receber a pensão. Somados, esses valores sofriam a incidência do abate-teto, quando na verdade, a Constituição Federal, ao tratar do assunto, foi omissa nessa situação em particular.

Os advogados da Associação defendem que o abate- teto não era cabível à espécie, já que tal instituto visa apenas que determinado servidor, ativo ou aposentado não ganhe, individualmente, mais que o máximo permitido constitucionalmente, em virtude de remunerações por ele próprio obtidas. No caso em comento, a Administração tem aplicado o abate-teto para benefícios recebidos de origens distintas, o que implicaria em ofensa ao princípio da legalidade.Tanto o Tribunal de Contas da União como o Conselho Nacional de Justiça já se posicionaram favoravelmente à tese, e, agora, a juíza sinalizou o mesmo direito para os Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil — filiados à Unafisco Associação Nacional. Embora positiva, a Unafisco embargou de declaração da decisão, pois apesar de requerida para seus associados em âmbito Nacional, a juíza acatou o pedido da União, de modo a delimitar a abrangência apenas àqueles associados que, na data da propositura da ação, tinham domicílio no âmbito da competência do órgão prolator, ou seja, em São Paulo. Os embargos foram julgados improcedentes. A Associação por atuar em âmbito nacional recorreu da decisão, objetivando estendê-la a todos os seus associados. Aguarda-se a decisão do recurso, que se encontra na conclusão com o Desembargador Federal Antonio Cedenho, desde 5/3/2011.

andamenTo das ações jUrídicas proposTas pela enTidade

conheça as ações do sUbsídio Absorção da Parcela Complementar ao Subsídio (PCS)

AO 2009.61.00.019859-07ª Vara Cível Federal – SP

A Associação ingressou em 28/10/2008 com uma ação objetivando impedir a absorção da Parcela Complementar ao Subsídio (PCS) prevista no artigo 2º F, parágrafo 1º da Lei nº 10.910/2004, incluído pela Medida Provisória nº 440, de 29 de agosto de 2008 e reedições, por ocasião dos reajustes ou concessão de vantagem qualquer, desenvolvimento, progressão, promoção, reorganização e estruturação do cargo.A PCS representa o conjunto de direitos que foram adquiridos ao longo da carreira e certamente deveriam ser mantidos quando houvesse os reajustes remuneratórios compatíveis com as melhorias salariais trazidas pela carreira.A Unafisco defende que, para o aposentado/pensionista

com paridade, a absorção da PCS reveste-se de patente inconstitucionalidade, pois, sendo parcela da remuneração, a PCS jamais poderia ser absorvida (irredutibilidade salarial), e, ao contrário, deveria ser corrigida na mesma data e mesmo índice do subsídio.Sob tal entendimento, defende-se que a PCS deve ser preservada e revista monetariamente, de forma a sempre traduzir o valor real do benefício desde a sua concessão, sob pena de sua absorção representar redução salarial por via oblíqua.O juízo da 7ª Vara Federal de São Paulo extinguiu a ação, por entender que havia litispendência com uma outra ação anterior. A entidade recorreu da decisão, o TRF-3 entendeu que não havia litispendência, e os autos retornaram à 1ª instância para prosseguir com a ação. Em 27/7/2011, a Unafisco se manifestou em réplica acerca da contestação apresentada pela União e o processo encontra-se com o juiz, concluso para sentença desde 5/9/2011.

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Supressão dos adicionais – Direitos Sociais

AO 2009.61.00.016562-52ª Vara Cível Federal – SP

Tendo em vista as diretrizes da Emenda Constitucional 45 (Reforma do Judiciário), que deu nova redação ao artigo 114 da Constituição Federal, a Justiça do Trabalho passou a ser competente para processar e julgar as ações referentes às relações de trabalho, abrangidos também os entes da Administração Pública Direta e Indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios.Considerando a matéria a ser pleiteada, a Unafisco Associação protocolou, na Justiça do Trabalho, ação judicial sob o nº 02637200805802002 (58ª Vara do Trabalho de SP), com o objetivo de manutenção das “verbas trabalhistas” suprimidas pelo artigo 2º-C, incisos IX ao XI, da Medida Provisória 440/08 — convertida na Lei 11.890/08 — que instituiu o subsídio para os Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil.Segundo a nova sistemática, ficaram os Auditores impedidos de receber os adicionais de insalubridade, periculosidade,

Coisa julgada em face do subsídio

AO 2009.61.00.011033-826ª Vara Cível Federal – SP

Nessa ação, a Unafisco pretende que a União seja condenada à manutenção integral das rubricas de decisões judiciais transitadas em julgado em favor de todos os seus associados, de modo que se proceda ao seu lançamento e efetivo pagamento isolada e cumulativamente com a percepção do subsídio e sem qualquer absorção, acrescido de juros e correção monetária. A ação foi distribuída em maio de 2009, momento em que o juiz, ao analisar o pedido de antecipação de tutela do Unafisco, indeferiu por entender que inexiste direito adquirido à imutabilidade do regime remuneratório. No julgamento, entendeu que o pedido é improcedente, sob o argumento de que “Não há direito adquirido a regime jurídico instituído por lei e que, não houve redução de vencimentos e proventos dos substituídos da Unafisco. Afirmou ainda, que a própria lei do subsídio falou no artigo 2ºF que não poderá implicar em redução de remuneração”. A Unafisco recorreu da decisão. O processo chegou ao TRF-3 em 25/5/2011 e se encontra conclusos com o relator, desembargador federal Nelton dos Santos, desde 1º/6/2011.

Direito adquirido

AO 2009.61.00.018725-614ª Vara Cível Federal – SP

Com a transformação da remuneração dos Auditores Fiscais em subsídio, algumas verbas remuneratórias consideradas como direito adquirido do Auditor Fiscal foram incorporadas à remuneração. A Unafisco entende que essas parcelas, tais como os anuênios, o adicional de 20% (art.184 da Lei nº 1.711/52), os quintos/décimos e DAS incorporados, entre outras, são direitos adquiridos individualmente em função da Lei vigente à época, e não poderiam ser extintos por lei posterior.Para fortalecer a tese, a Unafisco contratou, juntamente com o Sindifisco Nacional, parecer do ex-Ministro do STF, Dr. Carlos Velloso, o qual defendeu a tese da Associação, na qual tais parcelas são de caráter pessoal, não inerentes ao cargo, e foram incorporadas ao patrimônio jurídico do titular em respeito à “Lei do Tempo” no qual o fato (gerador do direito) foi consumado, devendo, portanto, ser preservadas e pagas além do subsídio.A União apresentou contestação em maio de 2011.O processo está concluso para julgamento desde 1º/7/2011.

por atividade penosa, trabalho noturno e pela prestação de serviço extraordinário, o que representa grande injustiça para aqueles associados que possuem condições especiais de trabalho e, portanto, devem ser devidamente remunerados por isso.Ainda houve um pedido alternativo, por parte da Associação, de modo que se impeça judicialmente, que a Administração aplique sanções remuneratórias e disciplinares caso os seus filiados se neguem a praticar as atividades excepcionais já elencadas, sem a devida contrapartida remuneratória.A ação foi distribuída em 2/12/2008, tendo sido designada audiência para o dia 11/5/2009. Além da maior celeridade, o ingresso da ação na Justiça do Trabalho trazia, a princípio, maior chance de êxito. Entretanto, o juiz se declarou incompetente para julgar a causa, remetendo-se os autos para a Justiça Federal.O processo foi novamente distribuído, no dia 20/7/2009, sob o nº 2009.61.00.016562-5, em curso na 2ª Vara Federal de São Paulo, e aguarda pela prolação da sentença desde 1º/2/2010.

conheça as ações do sUbsídio

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aposenTadoria especialTrabalhos realizados pela Unafisco associação

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Mandado de Injunção nº 3557 -STFO Sindifisco Nacional obteve, no colendo Supremo Tribunal Federal, por meio do Mandado de Injunção nº 1616, o direito de seus filiados terem os seus pedidos de aposentadoria analisados à luz do artigo 57, da Lei 8.213/91.Considerando que há associados que não são filiados ao Sindicato, a Associação ingressou com o MI- 3557, com idêntico pedido, além de também requerer que sejam as aposentadorias revistas para aqueles que, embora

tenham trabalhado em condições excepcionais, vieram a se aposentar proporcionalmente.Esse Mandado de Injunção foi distribuído ao ministro Gilmar Mendes, que já recebeu as informações em 13/5/2011, da Câmara dos Deputados; em 17/5/2011, da Presidência da República; e em 6/6/2011, do Senado Federal. No dia 27/6/2011, a União apresentou contestação. Aguarda-se pelo julgamento.

Instrução Normativa nº 10, do MPOG

Processo nº 0011489.62.2011.4.03.6100 emtrâmite na 24ª Vara Federal de São Paulo

Visando dar cumprimento ao MI-1616 do Sindicato, o Ministério do Planejamento, Orçamento Gestão, como órgão responsável no âmbito do Sistema de Pessoal Civil da União (Sipec), considerando a necessidade de se uniformizar procedimentos estabelecendo orientações quanto à concessão de aposentadoria especial de que trata o art. 57, da lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, aos servidores públicos amparados por mandado de injunção, editou a Orientação Normativa nº 6, de 21 de junho de 2010, que posteriormente foi revogada pela de nº 10, de 5 de novembro de 2010.Ocorre que a referida orientação veio revestida de ilegalidades e inconstitucionalidades, impossibilitando que os associados da Unafisco Associação alcancem

o efetivo exercício do direito à aposentadoria especial assegurado pelo STF em sede do mandado de injunção.Nesse sentido, após obter a aprovação da Assembleia, a Associação ingressou em juízo com uma Ação Ordinária, objetivando que a União seja impedida de aplicar, quando da análise dos processos administrativos dos substituídos da autora em que objetivem a concessão da aposentadoria especial, os artigos 4º, 5º, 6º, 8º, 10º, 11º e 12º da referida norma do MPOG, bem como, não fiquem obrigados à apresentação de laudos ambientais e fichas financeiras, caso estes já tenham percebido, por força de Portaria em algum período de trabalho, os adicionais de insalubridade, periculosidade ou por atividade penosa.A juíza reservou-se o direito de ouvir as alegações da União, em contestação, antes de decidir se concederá à Unafisco, ou não, a antecipação da tutela para impedir os pedidos requeridos na ação.

Novo Mandado de Injunção no STFAposentadoria Especial – Atividade de Risco

Além da falta de regulamentação do artigo 40, parágrafo 4º, inciso III da Constituição Federal, referente aos servidores que exercem atividades sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, já referida nesta página (MI 3557), a Unafisco tem se debruçado sobre a hipótese prevista no inciso II do mesmo parágrafo, que se refere aos servidores que exerçam atividades de risco.O Sindifisco Nacional ajuizou MI também sobre esse tópico; entretanto, a Lei apontada como paradigma a ser aplicado pela falta de regulamentação da norma constitucional foi a Lei Nº 8.213 (artigo 57), que trata da Previdência Social do setor privado. Entretanto, entendemos que a simetria nesse caso não é precisa, pois a referida Lei da Previdência Social não trata de “atividade de risco”.

Recentemente, o STF concedeu aposentadoria especial aos ocupantes do cargo de oficial de justiça avaliador federal, por entender que estes laboram em condições de risco. Nesse caso, a Lei apontada como paradigma foi a Lei Complementar Nº 51/1985, que dispõe sobre a aposentadoria do funcionário policial, cuja recepção pela CF/88 já foi reconhecida pelo STF.Assim, a Unafisco Associação ingressará junto ao STF com um novo Mandado de Injunção, desta vez para requerer que seja a atividade do Auditor Fiscal considerada como atividade de risco, e que seja aplicada, por analogia, a Lei Complementar Nº 51/1985, que prevê a aposentadoria “com proveitos integrais, após 30 (trinta) anos de serviço, desde que conte, pelo menos 20 (vinte) anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial”.

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novos Trabalhos do jUrídico

Jornalista Responsável: Julio Scarparo (MTB-SP 45.245) – Jornalista: Bruna Serra – Diagramação: Alencar Botari – Banco de imagens: SXC – Tiragem: 10.000 exemplares – Impressão: Intergraf Ind. Gráfica Ltda. – Sedes próprias da Unafisco Associação Nacional: Administrativa – Av. Ipiranga, 1.267, 13º andar – República – São Paulo, SP – CEP 01039-907 – Tel. (11) 3228-4766 | Social – Av. Prestes Maia, 748 – Luz – São Paulo, SP – CEP 01031-000 – Tel. (11) 3229-3374 |Regional RJ – Rua Anfilófio de Carvalho, nº 29, 13º andar, salas 1.301/1.310 – Bairro Castelo – CEP 20030-060 – Telefone (21) 2220-7811 E-mail: [email protected] – Site: www.unafiscoassociacao.org.br.

infoJUR - Publicação da UNAFISCO - Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil.

Aposentadoria concedida a portadores de doenças graves e acidentados em serviço permite isenção de IR

Aposentadoria decorrente de acidente de trabalho ou em virtude de doenças graves são condições para que o servidor seja isento do Imposto de Renda Pessoa Física, segundo a Lei nº 11.052, de 29 de dezembro de 2004, que alterou o inciso XIV da Lei nº 7.713, de 1988. Segundo o artigo 212 da Lei 8.112, de 1991, configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione com as atribuições do cargo ou decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo ou até mesmo aquele sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.

Doenças graves são aquelas elencadas no Decreto nº 3.000, de 1999, veja-se:

“tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados de doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, e fibrose cística (mucoviscidose), com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma.”

No entanto, a Unafisco Associação Nacional tomou conhecimento de que a Administração não vem cumprindo esse direito.A título de ilustração, dois casos chegaram à entidade. O primeiro diz respeito a um associado que, mesmo após ter comprovado, por meio de laudo médico, que era portador da doença de Parkinson, teve o pedido indeferido pela Administração, sob o argumento de que ele se encontrava em estágio inicial da doença. Noutro caso, uma associada, portadora de neoplasia grave, foi informada que não teria direito à isenção do IR porque se encontrava em tratamento da doença. Se você é nosso associado e aposentado em virtude de acidente de trabalho ou por uma das doenças graves

elencadas em lei e não possui direito à isenção do IR, por ter encontrado dificuldade com a Administração nesse sentido, a Unafisco Associação Nacional informa que estudará as medidas judiciais que visem assegurar o seu direito. Basta enviar à entidade cópia dos documentos indicados a seguir.

Documentos necessários para aposentados por doenças graves 1. Contracheque, para comprovar a retenção do IR; 2. Portaria, na qual se deu a aposentadoria ou

reforma motivada por acidente em serviço;3. Laudo médico recente, cópia autenticada

que comprove a doença;4. Indeferimento do direito proferido pela

Administração em sede de processo administrativo.

Documentos necessários para os aposentados por acidente em serviço1. Contracheque, para comprovar a retenção do IR; 2. Portaria, na qual se deu a aposentadoria ou

reforma motivada por acidente em serviço.

Os documentos devem ser encaminhados para a Sede Administrativa da entidade (Av. Ipiranga, 1.267, 13º andar, São Paulo/SP, CEP 01039-907), aos cuidados do Departamento Jurídico, até 31/1/2012, impreterivelmente. Para mais informações, fale com o Departamento Jurídico da entidade pelo [email protected] por meio do telefone (11) 3228-4766.