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Jornal Oficial n 1765

do Municpio de LondrinaIMPRENSA OFICIAL DO MUNICPIO DE LONDRINAANO XIV N 1765 Publicao Semanal Segunda-feira, 09 de janeiro de 2012Digitally signed by PREFEITURA DO MUNICIPIO DE LONDRINA:757714770 00170 Date: 2012.01.09 15:08:32 -02'00'

Jornal OficialATOS LEGISLATIVOS

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JORNAL DO EXECUTIVO LEILEI N 11.468 DE 29 DE DEZEMBRO DE 2011 SMULA:Institui o Cdigo de Posturas do Municpio de Londrina.

A CMARA MUNICIPAL DE LONDRINA, ESTADO DO PARAN, APROVOU E EU, PREFEITO DO MUNICPIO DE LONDRINA, SANCIONO A SEGUINTE LEI : TTULO I DISPOSIES PRELIMINARES Art. 1 Esta lei tem a denominao de Cdigo de Posturas do Municpio de Londrina e contm as medidas de Polcia Administrativa a cargo do Municpio, estatuindo as necessrias relaes entre o Poder Pblico local e as pessoas fsicas ou jurdicas, liberando, fiscalizando, condicionando, restringindo ou impedindo a prtica ou omisso de atos de particulares e disciplinando o funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, de produo e de prestao de servios, sempre no sentido de disciplinar e manter a ordem, a higiene, a moral, o sossego e a segurana pblica. Art. 2 Ao Prefeito, aos titulares das Secretarias, aos dirigentes das Sociedades de Economia Mista, Autarquias e Fundaes Municipais, aos Servidores Municipais e aos Servidores Estaduais e Federais, cedidos ao Municpio ou municipalizados, e aos cidados, incumbe velar pela observncia dos preceitos deste Cdigo. Art. 3 Aplicam-se, aos casos omissos, as disposies relativas aos casos anlogos e, subsidiariamente, os princpios gerais de direito. TTULO II DO LICENCIAMENTO EM GERAL CAPTULO I DA CONSULTA PRVIA PARA LICENA DE LOCALIZAO E FUNCIONAMENTO Art. 4 O Municpio, mediante requerimento do interessado, emitir parecer sobre a Consulta Prvia de Viabilidade, contendo informaes sobre o uso e ocupao do solo e os aspectos ambientais, zoneamento e demais dados necessrios instalao de atividades comerciais, industriais e de prestao de servios urbano e rural. Pargrafo nico. A Consulta Prvia de Viabilidade, quando necessria, um procedimento que antecede a solicitao do Alvar de Licena de Localizao, devendo o interessado formaliz-lo, junto ao setor competente do Municpio, por meio de formulrio prprio, tendo validade de 120 (cento e vinte) dias. Art. 5 Na Consulta Prvia de Viabilidade Tcnica, dever constar as seguintes informaes: I - nome do interessado; II - descrio da atividade;

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III - local do exerccio da atividade e identificao do imvel com o respectivo nmero de inscrio no Cadastro Imobilirio, quadra, data e loteamento ou outra identificao, quando estiver fora do permetro urbano; e IV - nmero de inscrio do interessado no Cadastro Mobilirio da Secretaria Municipal de Fazenda, se houver. CAPTULO II DA LICENA DE LOCALIZAO E FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS, COMERCIAIS E PRESTADORES DE SERVIOS Art. 6 Nenhuma atividade de pessoas fsicas ou jurdicas, entidades pblicas, privadas ou religiosas poder ser exercida no Municpio sem o Alvar de Licena para Localizao e Funcionamento, concedido mediante requerimento dos interessados, com a apresentao dos documentos necessrios e do pagamento dos tributos devidos, conforme regulamento. Art. 7 Caso haja dois ou mais estabelecimentos situados no mesmo local, ser exigido o Alvar de Licena de Funcionamento individual para cada estabelecimento. Art. 8 S sero fornecidos Alvars de Licena de Localizao para os seguintes estabelecimentos: I - que exploram as atividades de jogos eletrnicos e similares, bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas alcolicas, desde que distem, no mnimo, 300 (trezentos) metros de centros de educao infantil, de estabelecimentos de ensino fundamental e mdio; II - que exploram jogos de bilhar ou quaisquer dos seus similares, desde que situados em locais que distem, no mnimo, 300 (trezentos) metros de centros de educao infantil, de estabelecimentos de ensino fundamental, mdio ou superior ou de bibliotecas pblicas; III - que permitam o consumo de bebidas alcolicas no local, desde que situados em locais que distem, no mnimo, 300 (trezentos) metros de centros de educao infantil e de estabelecimentos de ensino fundamental, mdio, superior ou cursos preparatrios, observado o seguinte: ser respeitado o direito adquirido dos estabelecimentos que, na data da publicao desta lei, possurem Alvar de Licena para Funcionamento expedido pelo Municpio, com autorizao para consumo de bebidas alcolicas, desde que mantenham as caractersticas do alvar de origem; IV - instituies de ensino de nvel tcnico ou de cursos profissionalizantes, se estas comprovarem estar regularmente inscritas no respectivo conselho e no rgo competente e devidamente autorizadas e credenciadas pelo Conselho Estadual de Educao ou pelo Ministrio da Educao; V - necrotrios, crematrios, casas de embalsamento e servio de tanatopraxia, se instalados em edificaes isoladas, e estiverem de acordo com a lei de uso e ocupao de solo urbano. VI - instalaes que armazenam resduos slidos, inclusive os ferros-velhos, devem possuir infraestrutura mnima adequada, prevendo proteo contra chuva, organizao interna, restrio de acesso, dispositivo que impea a entrada e proliferao de vetores, animais peonhentos, acmulo de gua e, de toda forma, mantendo o ambiente organizado e em condies adequadas para higiene e limpeza, devendo ser fechados com muros em todas as faces do lote, com altura mnima de 2,50 metros. 1 Os centros de educao infantil, os estabelecimentos de ensino que pretenderem se instalar prximos aos estabelecimentos descritos nos incisos I a III do caput deste artigo tambm devero obedecer ao distanciamento mnimo ali previsto. 2 Para que se meam as distncias de que tratam os incisos I a III do caput deste artigo partir-se- dos portes de acesso dos estabelecimentos de ensino, dirigindo-se ao eixo da rua em que se localizarem e, por este, at a porta de acesso dos estabelecimentos ali referidos. 3 No se aplicam as restries mencionadas nos incisos I a III do caput deste artigo nos casos em que os estabelecimentos ali referidos funcionarem em horrios distintos. 4 Fica proibida a explorao de imagens e jogos de cunho sexual em estabelecimentos de aluguel de computadores, jogos eletrnicos ou estabelecimentos que disponibilizem equipamentos para o acesso ao pblico. 5 Ser respeitado o direito adquirido dos estabelecimentos que, na data da publicao desta lei, possurem Alvar de Licena para localizao e funcionamento expedido pelo Municpio. 6 As atividades mencionadas nos incisos I a VI do caput deste artigo, especialmente as geradoras de rudos diurnos e noturnos e de servios de lazer e diverso, somente tero seus alvars concedidos uma vez respeitadas as legislaes prprias de uso, de ocupao e de zoneamento urbano, especialmente o residencial e o de ocupao controlada. Art. 9 A licena para localizao e funcionamento de estabelecimentos - pessoa fsica ou jurdica - ser expedida depois de

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cumpridas as disposies deste Cdigo e procedida juntada dos seguintes documentos: I - licena sanitria, quando exigida pelo rgo municipal competente; II - aprovao do plano de gerenciamento de resduos, quando exigido pelo rgo municipal competente; III - licenciamento ambiental, caso necessrio; IV - certificado de vistoria do Corpo de Bombeiros; e V - certificado de vistoria de concluso de obra expedido pelo Municpio. Pargrafo nico. Decreto Municipal poder regulamentar a exigncia de outros documentos. Art. 10. Todos os estabelecimentos devero expor em local visvel ao pblico em geral, bem como para fins de fiscalizao, o Alvar de Licena para Localizao e a Licena Sanitria, devidamente atualizados. Art. 11. No ser permitida a explorao de atividades em geral, aps as 22 horas e antes das 6 horas em prdios de uso misto. 1 As atividades de que trata este artigo podero ter seus horrios estendidos, desde que haja aprovao em assembleia. 2Considera-se atividade noturna aquela explorada aps as 19 horas. Art. 12. As lojas de convenincia situadas junto aos postos de revenda de combustveis podero comercializar bebidas alcolicas, sendo proibido seu consumo dentro da loja ou no permetro do posto. Art. 13. Os estabelecimentos que operam com a atividade de funilaria e pintura devero ser dotados de ambiente prprio, fechado e provido de equipamentos antipoluentes, a serem definidos em lei especfica. Art. 14. A concesso ou renovao do Alvar de Licena para Localizao, bem como o licenciamento de construes destinadas a postos de abastecimento e servios, oficinas mecnicas, estacionamentos e os lava-rpidos que operam com servios de limpeza, lavagem, lubrificao, manuteno ou troca de leo de veculos automotivos e assemelhados ficam condicionados apresentao de licenciamento ambiental. Art. 15. Qualquer alterao do Alvar de Licena de Funcionamento dever ser requerida antecipadamente perante a Secretaria Municipal de Fazenda. TTULO III DO HORRIO DE FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS LOCALIZADOS NO MUNICPIO Art. 16. A abertura e o fechamento dos estabelecimentos de atividades de pessoas fsicas ou jurdicas, pblicas ou privadas, localizados no Municpio, devero se limitar aos horrios determinados neste captulo, de acordo com os grupos a que pertenam. I - GRUPO 1, composto pelas atividades do comrcio varejista de modo geral, ter como horrio normal de funcionamento: de segunda a sexta feiras das 8 s 18 horas, aos sbados das 9 s 13 horas e fechado aos domingos e feriados. No primeiro e segundo sbados depois do quinto dia til do ms o horrio de funcionamento ser das 9 s 18 horas; II - GRUPO 2, composto pelas atividades dos prestadores de servios, com ou sem estabelecimento fixo, profissionais liberais e correlatos: todos os dias, durante 24 horas; III - GRUPO 3, composto pelas atividades do comrcio varejista de alimentos e gneros de primeira necessidade para atendimento local, localizados na rea central e perifrica: ser livre para fixar o horrio normal de funcionamento at as 22 horas todos os dias; IV - GRUPO 4, composto pelos bares, restaurantes e similares, boates, casas de shows e similares, diverses pblicas, estabelecimentos religiosos e locais de cultos de qualquer natureza, clubes recreativos e servios de hospedagens: todos os dias, 24 horas; V - GRUPO 5, composto pelas atividades hospitalares, postos de sade, clnicas mdicas e similares, postos de combustveis e farmcias: todos os dias, 24 horas; VI - GRUPO 6, composto pelos reparadores de veculos em geral, serralherias, marcenaria, servio de metalurgia e indstrias que, por suas caractersticas, so consideradas atividades incmodas e ruidosas localizadas em zonas comerciais ou residenciais: de segunda a sbado, na faixa das 8 s 18 horas; e aos domingos e feriados, fechado; VII - GRUPO 7, composto por todas as atividades localizadas nas zonas e cilos industriais: todos os dias, 24 horas; excludas as atividades voltadas para o comrcio varejista/atacadista, as quais obedecero ao horrio estabelecido no inciso I deste artigo (Grupo 1); VIII - GRUPO 8, composto pelos shoppings centers, hipermercados, supermercados e mercados ser livre para fixar o horrio normal de funcionamento de segunda a sbado das 8 s 22 horas e aos domingos e feriados das 8 s 18 horas, observando-se ainda o seguinte:

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a) as praas de alimentao localizadas nos estabelecimentos referidos neste Grupo podero funcionar at as 24 horas; b) os estabelecimentos localizados nas dependncias ou nas mesmas edificaes dos supermercados e hipermercados o horrio normal de funcionamento de segunda a sbado ser das 8 s 22 horas e aos domingos e feriados das 8 s 18 horas; c) os mini-mercados, mercados, supermercados e hipermercados no funcionaro nas datas comemorativas de 1 de janeiro (Confraternizao Universal), Domingo de Pscoa, 1 de maio (Dia do Trabalho), Dia das Mes, Dias dos Pais, Natal e no Dia da Conscincia Negra. IX - GRUPO 9, composto pela indstria da construo civil, ter como horrio normal de funcionamento de segunda sexta-feiras, das 7 s 18 horas, aos sbados, das 7 s 12 horas e fechados aos domingos e feriados. 1 A pedido dos interessados, o Municpio poder expedir Autorizao Especial para antecipao ou prorrogao do horrio de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, industriais e de prestao de servio, a ttulo precrio, e por prazo determinado, com anuncia do Sindicato dos Empregados. 2 Sero considerados horrios normais de funcionamento nos estabelecimentos comerciais do Grupo 1 e nos prestadores de servios, s vsperas de datas festivas ou promocionais: das 8 s 18 horas, de segunda a sextafeira, e das 9 s 13 horas, aos sbados. Outros horrios podero ser negociados por meio de Conveno Coletiva de Trabalho entre os sindicatos dos empregados e o patronal. 3 Tambm, ser considerado horrio normal de funcionamento das atividades comerciais durante o ms de dezembro de segunda a sexta feira, das 8 s 22 horas, e aos sbados, das 8 s 18 horas. 4 As atividades exercidas em zonas residenciais podero ter seu horrio limitado, independente do grupo a que pertena. 5 Estabelecimentos comerciais ou de prestao de servios, localizados em distritos, patrimnios ou distantes da rea central podero ter horrios de funcionamento diferenciados. 6 As normas complementares necessrias para definio, limitao dos horrios de atividade e especificao de atividades, conforme cada grupo, sero editadas por meio de regulamento do Poder Executivo. 7 As Convenes Coletivas de Trabalho e os Acordos Coletivos, firmados entre os Sindicatos Patronais e de Trabalhadores, sero considerados para fins da ampliao do horrio de funcionamento dos estabelecimentos e para situaes no previstas anteriormente, com anuncia do Municpio. 8 Para fins do cumprimento do disposto no inciso VIII (Grupo 8) a definio de Shopping Center se dar por meio de lei especfica. 9 As atividades no previstas neste captulo e que vierem a estabelecer-se no Municpio sero enquadradas no grupo a que mais se assemelharem. 10.As atividades que constarem de mais de um grupo devero optar pela atividade predominante. Art. 17. So considerados, para efeito desta legislao, feriados nacionais, estaduais e municipais. Art. 18. So considerados feriados as seguintes datas: I - 1 de Janeiro - Confraternizao Universal; II - Carnaval - Tera-Feira Mvel; III - Sexta-Feira da Paixo - Mvel; IV - Pscoa - Mvel; V - 21 de Abril - Tiradentes; VI - 1 de Maio - Dia do Trabalho; VII - Corpus Christi - mvel; VIII - Sagrado Corao de Jesus - Padroeiro da Cidade - Mvel; IX - 7 de Setembro - Independncia do Brasil; X - 12 de Outubro - Nossa Senhora Aparecida; XI - 2 de Novembro - Finados; XII - 15 de Novembro - Proclamao da Repblica; XIII - 20 de Novembro - Dia da Conscincia Negra; XIV - 10 de Dezembro - Aniversrio da Cidade de Londrina; e

Jornal Oficial n 1765 XV - 25 de Dezembro - Natal.

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TTULO IV DA MORALIDADE E DO SOSSEGO, DOS DIVERTIMENTOS, DO TRNSITO PBLICO E DAS MEDIDAS REFERENTES A ANIMAIS CAPTULO I DA MORALIDADE E DO SOSSEGO PBLICO Art. 19. No sero permitidos a natao, o banho ou a prtica de esportes nuticos nos rios, crregos, lagos e espaos pblicos do Municpio, exceto nos locais designados previamente como prprios para esses fins. 1 Os praticantes de esportes nuticos devero estar devidamente habilitados e trajar-se com roupas e equipamentos apropriados. 2 O disposto no pargrafo anterior dever ser observado nos clubes e nas piscinas pblicas. 3 Os clubes sociais devero manter, permanentemente em suas piscinas, um salva-vidas habilitado com formao especfica ou curso superior de Educao Fsica, no vero, nas frias escolares, nos feriados e nos finais de semana. 4 Nos locais designados pelo Municpio a que se refere o caput deste artigo o Poder Executivo dever manter permanentemente, em cada um deles, um salva-vidas habilitado com formao especfica ou curso superior de Educao Fsica. Art. 20. A emisso de sons e rudos, em decorrncia de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais, religiosas, recreativas ou dos servios de lazer e diverso, culturais e esportivas, inclusive as de propaganda, obedecer ao interesse da sade, da segurana e do sossego da populao, assim como aos padres e critrios determinados em regulamento, com base nas normas tcnicas da ABNT. Pargrafo nico. Consideram-se prejudiciais sade, segurana e ao sossego pblico, para fins deste artigo, os sons e rudos que produzam no ambiente externo rudos acima do permitido pelas normas tcnicas da ABNT, causando incmodo vizinhana. Art. 21.No sero fornecidos alvars de licena para casas de diverses noturnas que estiverem localizadas a menos de 300m (trezentos metros) lineares de hospitais, zonas residenciais, casas de sade e assemelhados. Art. 22. As autoridades competentes pela fiscalizao devero autuar os infratores responsveis por fontes mveis de poluio sonora, que podero ter seus equipamentos apreendidos como instrumentos comprobatrios das infraes, respondendo ainda pelas implicaes jurdicas de ordem civil e criminal. Art. 23.Fica proibido executar qualquer trabalho, evento, atividade ou servio que produza rudos acima dos limites estabelecidos pelas normas tcnicas da ABNT, ficando as fontes fixas de poluio sonora sujeitas, em caso de irregularidade, notificao e autuao, podendo ser interditadas at sua regularizao e, na reincidncia, sujeitas apreenso dos equipamentos geradores de poluio e cassao de seus alvars. CAPTULO II DOS DIVERTIMENTOS PBLICOS Art. 24. So considerados diverso pblica ou evento, para os efeitos deste Cdigo, as festas, congressos, reunies de carter empresarial, poltico, cientfico, cultural, religioso e social, espetculos de qualquer natureza, shows, exposies, circos, competies esportivas ou de destreza e similares, reunies danantes e outros acontecimentos ou atividades assemelhadas. Art. 25. Para a realizao de evento de qualquer natureza, rural ou urbano, com cobrana ou no de ingresso, aberto ao pblico em geral, necessria a obteno de autorizao, solicitada, com antecedncia mnima de 7 (sete) dias teis da data da efetiva realizao, perante o Municpio. Art. 26. Ao conceder a autorizao para a realizao do evento, o Municpio estabelecer as condies que julgar convenientes para garantir a segurana, a ordem, a moralidade e o sossego pblico de seus frequentadores e da vizinhana, devendo o interessado preencher os requisitos definidos em decreto. Pargrafo nico. Fica proibida a concesso de autorizao para a realizao de eventos com msicas eletrnicas ou ao vivo, de longa durao, fora do permetro urbano, tais como chcaras, stios, fazendas, pesqueiros e ilhas, conhecidos como festas "raves".

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Art. 27. A autorizao para a realizao do evento poder ser revogada a qualquer tempo, quando constatada qualquer irregularidade. Art. 28. A autorizao ser expedida aps a quitao dos tributos municipais devidos, relacionados ao evento, previstos no Cdigo Tributrio Municipal, da pessoa fsica ou jurdica solicitante. Art. 29. Fica vedada a realizao de eventos em locais que no possuem infraestrutura adequada sua realizao com relao ao acesso, segurana, higiene e perturbao do sossego pblico. Art. 30. Para execuo de msica ao vivo ou mecnica, em estabelecimentos comerciais como bares e similares, casa de shows, boates e congneres necessria a devida adequao acstica do prdio. Pargrafo nico. Fica excluda das disposies deste artigo, a execuo de msica ambiente cujo nvel no ultrapasse os limites fsicos do ambiente. Art. 31. Os promotores de divertimentos pblicos, de efeito competitivo, que demandem o uso de veculos no motorizados ou participao de pessoas pelas vias pblicas devero apresentar previamente Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU-LD - os planos, regulamentos e itinerrios aprovados pelas autoridades policiais e de trnsito, e responder por eventuais danos causados por eles, ou pelos participantes, aos bens pblicos ou particulares, bem como a terceiros. Art. 32. Em todas as casas de diverses, sero observadas as disposies estabelecidas pelo Cdigo de Obras do Municpio, por outras leis e regulamentos, quer sejam federais, estaduais ou municipais: Art. 33. As casas de espetculos, boates, casas de shows, restaurantes, bares, teatros e cinemas que tiverem ambientes fechados devero conter sistema de exausto e renovao de ar suficiente para manter a qualidade do ar. Art. 34. Os bilhetes de entrada no podero ser vendidos por preo superior ao anunciado e em nmero excedente lotao do teatro, estdio, ginsio, cinema, circo ou sala de espetculos, devendo ser todos numerados e com contra via para ser destacada e entregue ao usurio e dela constando o nome do evento, horrio e local. CAPTULO III DO TRNSITO PBLICO Art. 35. Compete ao Municpio e seu dever estabelecer, dentro dos seus limites, com o objetivo de manter a ordem, a segurana e o bem-estar dos transeuntes, dos visitantes e da populao em geral, a sinalizao do trnsito em geral, a demarcao de faixas de pedestres e vias preferenciais, a instalao de semforos, a demarcao e a sinalizao de reas de cargas e descargas, as reas permitidas ao estacionamento controlado e o uso de equipamentos de segurana, bem como a colocao de placas indicativas nas vias pblicas de entrada e sada dos seus limites. Art. 36. proibido embaraar ou impedir, por qualquer meio, o livre trnsito de pedestres ou de veculos nas ruas, praas, caladas e passeios, exceto para efeito de obras pblicas devidamente autorizadas, por determinao policial ou por meio de autorizao do rgo competente. 1 Em caso de necessidade, poder ser autorizado o impedimento de meia pista de cada vez ou pista inteira, a critrio da CMTU. 2 Sempre que houver necessidade de se interromper o trnsito dever ser colocada sinalizao claramente visvel de dia e luminosa noite. 3 O responsvel dever providenciar, com antecedncia mnima de 2 (dois) dias teis, a notificao aos moradores da via ou logradouro pblico onde ser realizada a ao, sobre a necessidade de seu impedimento. Art. 37. Compreende-se na proibio do artigo anterior o depsito de quaisquer materiais, inclusive de construo, entulhos e podas de rvores e jardins. 1 Tratando-se de materiais que no possam ser depositados diretamente no interior dos prdios ou dos terrenos, sero toleradas a descarga e permanncia na via pblica, com o mnimo prejuzo ao trnsito, por tempo estritamente necessrio sua remoo, no superior a 6 (seis) horas; ou, quando de utilizao de caambas, pelo prazo de durao da obra. 2 No caso previsto no pargrafo anterior os responsveis pelos materiais devero advertir, atravs de sinalizao

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provisria, os veculos, em conformidade com o Cdigo de Trnsito Brasileiro, dos impedimentos causados ao livre trnsito. 3 Os infratores deste artigo estaro sujeitos a ter os respectivos materiais apreendidos e recolhidos ao depsito ou outro local indicado pelo Municpio, os quais, para serem retirados, dependero do pagamento de multa e das despesas de remoo e guarda. Art. 38. proibido o estacionamento de veculos sobre os passeios, caladas, praas pblicas, reas verdes, gramados e nas reas destinadas aos pontos de parada dos coletivos, desde que o local no seja destinado para esse fim. 1 Os proprietrios de veculos, estacionados em desrespeito proibio deste artigo, sero autuados pelo Poder Pblico Municipal, sem prejuzo das penalidades aplicveis por autoridades federais e estaduais. 2 Os veculos ou sucatas abandonados na forma do artigo anterior sero recolhidos ao depsito ou outro local indicado pelo Municpio. Art. 39. VETADO. Art. 40. No ser permitida a preparao de reboco ou argamassa nas caladas, praas ou vias pblicas. Art. 41.Todo aquele que transportar detritos, resduos da construo civil, terra, galhos, podas de jardim e outros, e os deixar cair sobre a via pblica, fica obrigado a fazer a limpeza do local imediatamente, sob pena de multas e apreenso do veculo transportador. Art. 42. Fica proibida a lavagem de betoneiras, caminhes-betoneiras, caminhes que transportam terra, banheiros qumicos ou similares em logradouros pblicos. Art. 43. proibido, nos logradouros pblicos, no mbito do Municpio: I - realizar a prtica estudantil denominada trote; II - conduzir animais ou veculos em velocidade no compatvel com a via pblica; III - atirar substncias ou resduos que possam incomodar os transeuntes; e IV - utilizar cerol ou qualquer outro tipo de material cortante nas linhas de pipas, papagaios, maranhes, capuchetas, pandorgas e de semelhantes artefatos ldicos, para recreao ou finalidade publicitria. 1 Define-se como prtica denominada trote toda e qualquer forma de manifestao estudantil por aprovao em cursos regulares ou em concursos seletivos e exames vestibulares, que utilize qualquer modo ou meio de comunicao, violncia ou agresso que possa injuriar, colocar em risco ou constranger a integridade moral ou fsica, a dignidade ou a imagem do estudante e/ou seus familiares. 2 Entende-se por cerol o produto originrio da mistura de cola, vidro modo e produtos similares. 3 No caso do inciso IV do caput deste artigo o material ser apreendido, sem prejuzo da multa. Art. 44. proibido danificar, encobrir ou retirar equipamentos colocados nas vias e logradouros pblicos para advertncia de perigo ou sinalizao de trnsito e os pontos e abrigos para o transporte coletivo. Art. 45. Assiste ao Municpio, o direito de impedir o trnsito de qualquer veculo ou meio de transporte que possam ocasionar danos vida humana ou via pblica. Art. 46. VETADO CAPTULO IV DAS MEDIDAS REFERENTES A ANIMAIS Art. 47. Caber ao Executivo Municipal, por meio da Autarquia Municipal de Sade, em interface com outros rgos do Governo, elaborar e implementar polticas pblicas de controle de zoonoses e bem estar animal, com um conjunto de aes para prevenir, reduzir e eliminar a morbidade e mortalidade, bem como o sofrimento dos animais, causados por maus tratos e doenas, preservando a sade da populao, protegendo-a contra zoonoses e agresses dos animais, mediante contingenciamento de recursos, empregando conhecimentos especializados e experincias em sade pblica. Art. 48. Fica criado o Centro de Controle de Zoonoses, dentro do organograma da Autarquia Municipal de Sade. Art. 49. Fica criado o fundo de proteo aos animais.

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Art. 50. Todo proprietrio de animal considerado seu guardio, devendo zelar por sua sade e bem-estar e exercer a guarda responsvel que consiste em: I - mant-lo alimentado e que tenha fcil acesso gua e comida; II - mant-lo em local adequado ao seu porte, limpo, arejado, com acesso luz solar, com proteo contra as intempries climticas e com fcil acesso; III - manter a vacinao em dia; IV- proporcionar cuidados mdicos veterinrios e zootcnicos sempre que necessrio; V - proporcionar caminhadas e brincadeiras frequentes, com a finalidade de lazer e sade do animal; VI - remover os dejetos deixados pelo animal em vias e logradouros pblicos, bem como reparar e ressarcir os danos causados por este a terceiros. 1 O proprietrio no poder abandonar o animal sob qualquer pretexto em logradouros ou vias pblicas ou em imveis alheios. 2 Fica proibida a permanncia domiciliar de animais que coloquem em risco a sade e a integridade fsica da populao. Art. 51. permitida a circulao de ces em vias e logradouros pblicos do Municpio, includas as reas de lazer e esporte, desde que: I - sejam conduzidos com guia e enforcador ou guia e peitoral, independente de seu porte; II - sejam conduzidos com guia e enforcador e focinheira se forem ces de guarda de mdio, grande e gigante porte, como: Pit Bull, Bull Terrier, Pastor Alemo, Rotweiller, Fila Brasileiro, Doberman, Mastin Napolitano, Mastiff e outros que possam oferecer riscos para pessoas ou a outros animais; e III - seu condutor dever portar os objetos necessrios para recolher eventuais dejetos de seu animal. Pargrafo nico. Sero colocadas placas de orientao do contedo deste Captulo e de advertncia quanto ao no cumprimento de suas disposies em logradouros e reas de lazer e esporte do Municpio. Art. 52. Todo guardio ser responsabilizado, nos termos da lei, por agresses que seu animal cometer contra pessoas ou animais. 1 Os imveis que possurem animais de guarda ou de comportamento agressivo devero estar de acordo com o disposto no Cdigo de Obras do Municpio e ter placas indicativas da presena desses animais em local visvel e que permita a sua perfeita leitura. 2 Os ces de guarda e de comportamento agressivo devero ser mantidos fora do alcance de compartimentos de coleta de correspondncia e dos medidores do consumo de gua e luz para garantir a segurana daqueles que realizam esses servios. Art. 53.Todos os guardies de ces e gatos devero vacin-los, identific-los eletronicamente e cadastr-los no Centro de Controle de Zoonoses ou em clnicas veterinrias conveniadas. 1 O cadastramento dos animais ser efetuado pelo Centro de Controle de Zoonoses, por profissionais tcnicos da Vigilncia Sanitria ou por mdicos veterinrios devidamente credenciados. 2 Os guardies de animais nascidos antes da vigncia da presente lei tero o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, prorrogvel por igual perodo, desde que devidamente justificado pelo rgo responsvel pelo controle de zoonoses, para providenciar o cadastro e a identificao dos respectivos animais. 3 Os formulrios para cadastro dos animais sero fornecidos exclusivamente pelo rgo municipal responsvel pelo controle de zoonoses ou por parceiros licenciados e credenciados, e constar, no mnimo, os seguintes dados: I - nmero do Registro Geral dos Animais (RGA); II - nome, sexo, raa, cor e idade real ou presumida do animal; III - nome, qualificao, endereo, registro de identidade (RG) e do cadastro de pessoas fsicas (CPF) do responsvel; e IV - data das ltimas vacinaes do animal e nome do veterinrio por elas responsvel. 4 Os guardies que apresentarem condio econmica insuficiente para arcar com o custo de identificao, apurada e constatada pelo rgo municipal responsvel pelo controle de zoonoses por meio de avaliao scio-econmica, ficaro isentos do pagamento das taxas de cadastro, de identificao e de custos com a esterilizao cirrgica dos animais. 5 Para a comprovao da iseno de que trata o pargrafo anterior podero ser solicitados documentos comprobatrios da situao scio-econmica e efetuadas diligncias necessrias para constatar a veracidade das informaes fornecidas.

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6 As entidades de proteo animal, devidamente registradas, reconhecidas de utilidade pblica e regulamentadas por lei, ficaro isentas do pagamento dos valores referentes ao cadastro e identificao, bem como dos custos com a esterilizao cirrgica dos animais. Art. 54.Os animais encontrados em desconformidade com o disposto no artigo anterior, que estejam vivendo nas ruas, sem identificao de seus guardies, podero ser recolhidos ao Centro de Controle de Zoonoses, observado o seguinte: I - os animais somente podero ser recolhidos por oficiais de controle animal, devidamente treinados por profissionais especializados para efetuar o recolhimento, sem o uso de qualquer tipo de violncia ou agresso, cabendo penalidades para o descumprimento desta norma; II - os animais recolhidos em estado grave de sade somente sero submetidos eutansia em caso da impossibilidade de recuperao atestada por mdico veterinrio, visando evitar seu sofrimento ou quando, comprovadamente, representarem risco sade pblica; e III - todo procedimento de eutansia dever ser realizado por mdico veterinrio responsvel, utilizando-se somente dos mtodos considerados recomendados na legislao vigente do Conselho Federal de Medicina Veterinria (CFMV - Resoluo 714/2002). Pargrafo nico. proibida a eutansia de ces e gatos como forma de controle populacional. Art. 55.Os animais recolhidos ao Centro de Controle de Zoonoses podero ser resgatados por seus proprietrios em um prazo mximo de dez dias, mediante pagamento de multa e dos respectivos valores referentes manuteno do animal. 1 Decorrido o prazo de que trata o caput deste artigo, o destino do animal ser decidido por profissionais do Centro de Controle de Zoonoses. 2 Os animais de produo e trabalho recolhidos podero ser doados para pequenos produtores rurais com propriedades de at 25 hectares, para cooperativas de interao solidria ou de agricultura familiar e demais pessoas interessadas. 3 Os animais de companhia podero ser doados para qualquer pessoa interessada.

4 As doaes de que tratam os pargrafos 2 e 3 deste artigo sero precedidas de cadastramento, de entrevista e de aprovao, pelos profissionais do Centro de Controle de Zoonoses, do local onde o animal ir habitar. Art. 56. O Municpio dever manter programas permanentes de controle de zoonoses, de vacinao e de controle da populao de ces e gatos, devidamente acompanhados de aes educativas para a guarda responsvel. Art. 57. expressamente proibido realizar ou promover lutas ou rinhas entre quaisquer animais da mesma espcie ou de espcies diferentes, assim como touradas, simulacros de tourada e vaquejadas em locais pblicos ou privados. Art. 58. proibida a apresentao ou utilizao de animais em espetculos circenses. Art. 59. As provas de rodeios somente podero ser realizadas no Municpio de Londrina se contar com a presena de mdico veterinrio responsvel e com a emisso dos devidos laudos tcnicos. Art. 60. Exposies para torneio de canto de pssaros silvestres sero permitidas se promovidas por associao de criadores, desde que acompanhadas por mdico veterinrio e tenham a comprovao da sanidade dos animais e a excluso de riscos sade dos mesmos. Art. 61. Na zona urbana podero ser estabelecidos hotis para animais de companhia, canis de adestramento, casas de criadores de animais de raa e casas abrigos para animais de companhia, desde que os guardies estejam em conformidade com os artigos 50 e 66 desta lei. 1 As casas abrigos a que se refere esse artigo so para animais que estejam em processo de adoo e seus responsveis devero ser cadastrados em instituies de proteo animal, devidamente registradas no Centro de Controle de Zoonoses. 2 Hotis de animais, canis de adestramento e criadores devero ser devidamente credenciados no Centro de Controle de Zoonoses. Art. 62. Fica proibida a criao de abelhas na zona urbana de Londrina. Art. 63.Fica proibida a alimentao de pssaros silvestres em reas pblicas do Municpio.

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Art. 64.Compete ao Centro de Controle de Zoonoses tomar as medidas cabveis para o recolhimento de animais mortos em via pblica sem identificao do guardio. Art. 65. O Poder Pblico, como forma de diminuir a proliferao de animais nas ruas, dever: I - fiscalizar, garantir e incentivar a prtica da guarda responsvel de animais de companhia e das diferentes formas de esterilizao, atravs de propagandas nos meios de comunicao e da promoo de eventos e palestras educativas em escolas e bairros do Municpio; e II - realizar programas de esterilizao em massa de ces e gatos, em todos os bairros de Londrina, de forma contnua. Art. 66. expressamente proibido: I - privar os animais de alimento, gua e cuidados mdicos-veterinrios; II - manter os animais acorrentados ou presos em cordas curtas ou apertadas; III - manter os animais em local desabrigado, expostos s intempries climticas; IV - manter os animais em locais insalubres ou em precrias condies sanitrias; V- praticar ato de abuso, ferir, golpear ou mutilar animais silvestres, domsticos ou domesticados, nativos ou exticos; VI- obrigar animais a trabalhos excessivos ou superiores sua capacidade fsica, causando dor ou sofrimento; VII- o uso de ces e gatos, recolhidos das ruas ou no, em experincias cientficas ou em aulas prticas em instituies e centros de pesquisa e ensino; VIII - a utilizao de mtodos que causem sofrimento, aumento da dor ou morte lenta a todo animal cuja recuperao seja considerada impossvel e a eutansia seja necessria, mediante laudo e acompanhamento do mdico veterinrio; IX - realizar qualquer tipo de propaganda que insinue agressividade contra os animais, a priso destes em jaulas ou gaiolas ou incentivo procriao; e X - a utilizao de animais de companhia para executar servios de animais de trabalhos. Pargrafo nico. A utilizao de animais de outras espcies que no as referidas no inciso VII deste artigo por instituies e centros de pesquisa ou de ensino deve ser previamente aprovada por um Comit de tica em Uso de Animais (CEUA). Art. 67. A reproduo de animais de companhia para a comercializao somente ser permitida por criador devidamente credenciado no Centro de Controle de Zoonoses e desde que: I - seja efetuada com a emisso de nota fiscal; II - o animal comercializado tenha no mnimo quarenta e cinco dias de idade; III - no momento da venda do animal seja dada orientao, por mdico veterinrio responsvel tcnico do estabelecimento, sobre a guarda responsvel, as caractersticas da raa do animal, o calendrio de vacinao e outros cuidados sanitrios; IV - seja fornecido ao comprador manual com informaes sobre a raa, o porte, o comportamento, a expectativa de vida, as necessidades fsicas e psicolgicas, a esterilizao cirrgica, o controle populacional e sobre as leis de proteo animal e suas penalidades; V - a utilizao de gaiolas de exposio permitida desde que sejam respeitadas as recomendaes do fabricante e ainda: a) as medidas das gaiolas tenham trs vezes o comprimento do animal em largura e comprimento, e 30 (trinta) centmetros a mais que a altura do animal em estao; b) no devem ser mantidos mais do que trs animais em uma mesma gaiola; e c) o tempo mximo de exposio dos animais nas gaiolas de 10 (dez) horas por dia; VI - os animais em exposio, vencido o prazo de que trata a alnea "c" do inciso anterior, devero ser mantidos fora das gaiolas, em um local limpo, tranqilo, arejado, com proteo contra as intempries climticas, com fcil acesso comida e gua e em espao suficiente para correr e se movimentar livremente. 1 Cabe Vigilncia Sanitria a fiscalizao do comrcio de animais de companhia. 2 Todo o animal comercializado deve possuir carteira de vacinao atualizada e ser livre de enfermidades. Art. 68. permitida a realizao de eventos de doao de ces e gatos em estabelecimento legalizados ou em locais pblicos devidamente autorizados pelos rgos competentes, de acordo com legislao especfica. 1 Tais eventos s podero ser realizados sob a responsabilidade de pessoa fsica ou jurdica, de direito pblico ou privado, mediante a presena e o acompanhamento de responsvel tcnico mdico veterinrio. 2 A identificao da entidade, associao, instituio ou pessoa promotora do evento de doao dever ser feita por meio de afixao de placa no local e de forma visvel. 3 Todos os animais destinados adoo devem estar devidamente desverminados, vacinados e, em se tratando de ces e gatos acima de 4 (quatro) meses de idade, devem ser obrigatoriamente esterilizados.

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Art. 69. As adoes sero regidas por um termo de responsabilidade em que o adotante se comprometer a zelar pelo bemestar, sade e manuteno do animal, assim como seu registro no Centro de Controle de Zoonoses. 1 Nos processos de adoo o guardio receber visitas do agente fiscalizador de sade, que verificar as condies de guarda, trato e manejo do animal adotado. 2 A adoo ser precedida de orientao, por mdico veterinrio responsvel tcnico do estabelecimento, sobre a guarda responsvel, as caractersticas da raa do animal, o calendrio de vacinao e outros cuidados sanitrios. 3 Ao adotante ser fornecido manual com informaes sobre a raa, o porte, o comportamento, a expectativa de vida, as necessidades fsicas e psicolgicas, a esterilizao cirrgica, o controle populacional e sobre as leis de proteo animal e suas penalidades. Art. 70. Compete ao Municpio de Londrina: I - cadastrar todos os carroceiros e equinos encontrados na zona urbana; II - realizar o registro de posse e o emplacamento das carroas, a fim de facilitar processos de fiscalizao e denncias de maus tratos; III - realizar programas de reabilitao e cursos profissionalizantes, propor uma nova atividade para esta classe, a fim de, num prazo de seis anos, acabar com essa atividade na zona urbana, em conformidade com o Cdigo Sanitrio do Estado; IV - estabelecer jornada de trabalho para os animais de trao, prevendo um mnimo de dois intervalos para descanso do animal; e V - somente admitir carga compatvel com a capacidade do animal, respeitando sua integridade fsica e emocional. Pargrafo nico. O condutor de carroa dever ter idade igual ou maior de dezoito anos, bem como registr-la no Centro de Controle de Zoonoses. Art. 71.Os animais de trao e carga somente podero ser usados com arreios devidamente ajustados anatomia destes, de modo a no lhes causar feridas, sendo expressamente proibido: I - a utilizao de animais cegos, feridos, enfermos, desnutridos, extenuados, desferrados e prenhes; II - jornada de trabalho por mais de seis horas contnuas, sem respeitar os intervalos para descanso, alimentao e gua; III - o trabalho noturno e aos domingos; IV - mant-los no perodo de descanso atrelado ao veculo, em aclive ou declive, ou sob ms condies climticas; V - mant-los presos atrs de veculos ou atados a caudas de outros; VI - manter animais de diferentes espcies atrelados no mesmo veculo; VII - mant-los atrelados a veculos sem os acessrios indispensveis ou com excesso daqueles dispensveis; e VIII - o uso de chicote ou qualquer objeto similar. 1 Para efeito do disposto no inciso VII deste artigo, consideram-se acessrios indispensveis o arreio completo do tipo peitoral, composto por dois tirantes de couro presos ao balancim; ou do tipo coalheira, composto por dois pares de correntes presas ao balancim; mais selote com retranca fixa no animal, correias, tapa-olho, brido ou freio, par de rdeas e o cabresto, no caso de o animal estar desatrelado. 2 A fiscalizao do disposto neste artigo caber ao Centro de Controle de Zoonoses, bem como a aplicao de advertncias, multas, penalidades e apreenso do animal. Art. 72.Constitui infrao aos preceitos deste Captulo toda ao ou omisso que importe na inobservncia de preceitos ou a desobedincia s determinaes de carter normativo dos rgos das autoridades administrativas competentes, que ser autuada a critrio da autoridade competente, considerando: I - a intensidade do dano, efetivo ou potencial; II - as circunstncias atenuantes ou agravantes; e III - os antecedentes do infrator. Pargrafo nico. Responder pela infrao aquele que por qualquer modo a cometer, concorrer para sua prtica ou dela se beneficiar. Art. 73. As infraes de que trata o artigo anterior se classificam em: I - leves: aquelas em que o infrator seja beneficiado por circunstncias atenuantes; II - mdias: aquelas em que for verificada uma circunstncia agravante; e III - graves: aquelas em que for constatada a existncia de duas ou mais circunstncias agravantes. Art. 74. As penalidades cabveis pela inobservncia do disposto neste Captulo, sem prejuzo das sanes de natureza civil

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ou penal cabveis, so as seguintes: I - advertncia; II - prestao de servios compatveis com aes vinculadas ao bem-estar animal e preservao do meio ambiente, de forma direta ou indireta; III - multa estipulada pelo Centro de Controle de Zoonoses, a qual ser destinada ao Fundo de Proteo aos Animais; IV - apreenso do animal; V - apreenso de instrumentos, aparelhos ou produtos vedados por este Captulo; VI - apreenso de veculos que estejam em desconformidade com as especificaes do presente Captulo; VII - perda definitiva da guarda, posse ou propriedade do animal; VIII - perda definitiva do lote de animal. 1 Os valores das multas prevista no inciso III deste artigo sero fixados de acordo com a classificao da infrao. 2 No caso de reincidncia, caracterizada pelo cometimento de nova infrao da mesma natureza e gravidade, a multa corresponder ao dobro da anteriormente imposta e cumulativamente. Art. 75. No so passveis das penalidades previstas no artigo anterior: I - os incapazes e menores de idade; e II - os que forem comprovadamente coagidos a cometer a infrao. 1 No caso de a infrao for praticada por incapaz, a penalidade recair sobre os pais, tutores, curador ou pessoa sob cuja guarda estiver o menor ou o incapaz. 2 No caso previsto no inciso II a penalidade recair sobre aquele que der causa contraveno forada. Art. 76. Fica criado o Comit Municipal de tica em Bem Estar Animal, de carter deliberativo, que ter a seguinte composio: I - 1 (um) representante da Vigilncia Sanitria; II - 1 (um) representante indicado por ONGs/OSCIPs devidamente registradas; III - 1 (um) representante indicado por criadores registrados no Municpio; IV - 1 (um) representante indicado pelo Sindicato de Comrcio Varejista; V - 2 (dois) representantes indicados por associaes de classe de mdicos veterinrios; VI - 2 (dois) representantes indicados por associaes de classe dos zootecnistas; e VII - 1 (um) representante da Cmara Municipal. Pargrafo nico. Compete a este comit avaliar, aferir, advertir e orientar as aplicaes das polticas pblicas de proteo aos animais, bem como decidir os recursos interposto s penalidades aplicadas. TTULO V DO COMRCIO AMBULANTE, DO COMRCIO NO CALADO E DAS FEIRAS CAPTULO I DO COMRCIO AMBULANTE Art. 77. Considera-se comrcio ambulante, a atividade de venda a varejo de: leite embalado fermentado com lactobacilos vivos, frutas, salada de frutas, minipizza expressa, salgados, doces, pipocas, lanches, sorvetes, alho, hortalias, caldo-decana, cachorro-quente, algodo-doce, beiju, ma-do-amor em embalagem plstica, peas artesanais confeccionadas pelo prprio arteso, flores naturais e artificiais, pes, bolos e bolachas, pipas, maranhes, produtos naturais, tais como aveia, linhaa, granola, melado de cana-de-acar, e ainda, a atividade de conserto de sombrinhas, guarda-chuvas e panelas, venda de jornais e revistas realizadas em logradouros pblicos ou de porta em porta, por pessoas fsicas independentes, em locais e horas previamente determinados, utilizando-se para isso carrinho de mo ou veculo motorizado de pequeno porte (ciclomotor, veculo de passeio e utilitrios) ou trailers. 1 Os produtos de origem animal e vegetal, quando manipulados, s podero ser comercializados com registro de origem e licena sanitria atualizados. 2 Os produtos de origem animal e os derivados lcteos devero ser conservados sob refrigerao. 3 proibido o exerccio do comrcio ambulante, fora dos horrios e locais demarcados. 4 E proibido o exerccio do comrcio ambulante, sem a prvia autorizao do rgo municipal. 5 Fica proibida a venda ambulante de quaisquer mercadorias no previstas neste captulo. 6 A venda ambulante de verduras e hortalias ser feita obrigatoriamente em veculos ciclomotores ou carrinhos de mo,

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sendo proibida a comercializao ambulante desses produtos nas feiras livres ou nas proximidades dos locais onde estas funcionam. 7 A venda ambulante em veculos motorizados ou trailer ser autorizada somente em locais fixos. 8 Fica proibido o comrcio de produtos saneantes e domissanitrios.

9 Os produtos referidos no caput deste artigo devero atender s normas de preparo, conservao, higiene e outras pertinentes ao comrcio. Art. 78. Fica constituda uma Comisso Permanente que ter funo consultiva em todos os pedidos de autorizao do comrcio ambulante no Municpio, a qual ser composta por 8 (oito) membros indicados pelos seguintes rgos: I - Sindicato do Comrcio Varejista; II - Vigilncia Sanitria; III - Cmara Municipal de Londrina; IV - CMTU; V - VETADO; VI - VETADO; VII - VETADO; e VIII - VETADO. 1 Compete Comisso de que trata o caput deste artigo receber e analisar, dentro dos critrios estabelecidos neste Cdigo, os processos de solicitao de alvar de autorizao para o comrcio ambulante e definir o local e o horrio para a atividade solicitada. 2 Constatado que o requerente cumpriu as normas estabelecidas, o processo ser encaminhado Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU-LD, para expedio do alvar de autorizao, acompanhado dos documentos pessoais, comprovante de residncia, fotocpia do certificado do treinamento em higiene de alimentos e licena sanitria, se necessrio. 3 O alvar confeccionado e no retirado no prazo de 30 (trinta) dias ser sumariamente cancelado, sem qualquer tipo de ressarcimento. 4 VETADO. Art. 79. A autorizao para o exerccio do comrcio ambulante de carter pessoal e intransfervel, servindo exclusivamente para o fim nela indicado e expedido somente em favor de pessoas que demonstrem a necessidade de seu exerccio, sendo vedado auxiliares e funcionrios sem identificao. 1 Constaro os seguintes dados na autorizao: I - nome do vendedor ambulante e seu endereo; II - nmero de inscrio; III - indicao das mercadorias, objeto da autorizao; IV - horrio e local; V - indicao de forma de exposio e acondicionamento da mercadoria; e VI - nome dos auxiliares e ou funcionrios. 2 No quadriltero central compreendido pela Avenida Leste Oeste, a Rua Fernando de Noronha, a Avenida Juscelino Kubitscheck e a Avenida Duque de Caxias ser concedido alvar de autorizao para, no mximo, 200 (duzentos) pontos de ambulantes. Art. 80. O no comparecimento do ambulante habilitado ao local autorizado, sem justa causa, por prazo superior a 15 (quinze) dias, implicar na cassao da autorizao e sua conseqente substituio por outro habilitado. Art. 81. Fica o comrcio ambulante sujeito legislao fiscal e sanitria deste Municpio, do Estado e da Unio. Pargrafo nico. Os vendedores que comercializarem produtos alimentcios ou qualquer outro de interesse da Sade Pblica, especialmente os de fabricao caseira, devero ter a licena sanitria atualizada e, se o produto for comercializado em outros estabelecimentos, ter tambm o registro municipal (SIM - Servio de Inspeo Municipal). Art. 82. So obrigaes do vendedor ambulante: I - comercializar somente as mercadorias especificadas no Alvar de Licena e exercer a atividade nos limites do local

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demarcado, dentro do horrio estipulado, sob pena de ter sua autorizao revogada e seus produtos apreendidos; II - colocar venda mercadorias em perfeitas condies de consumo, atendido, quanto aos produtos alimentcios ou qualquer outro de interesse da Sade Pblica, o disposto no Cdigo Sanitrio do Estado; III - portar-se com urbanidade, tanto em relao ao pblico em geral quanto aos colegas de profisso e aos fiscais, de forma a no perturbar a tranquilidade pblica; IV - transportar os bens de forma a no impedir ou dificultar o trnsito; V - acatar ordens da fiscalizao, exibindo, quando for o caso, o respectivo Alvar de Licena; VI - manter o Alvar de Licena e a Licena Sanitria do Municpio devidamente atualizados e no local de trabalho; VII - usar Equipamentos de Proteo Individual - EPI's condizentes com as atividades exercidas; VIII - manter sempre limpo o local onde est exercendo sua atividade, colocando lixeira, com tampa acionada por pedal, disposio do pblico para serem lanados os detritos resultantes do comrcio; e IX - recolher os seus instrumentos de trabalho tais como carrinhos e veculos motorizados de pequeno porte e trailers, aps o encerramento do horrio de venda, sob pena de autuao. Art. 83. Fica vedado ao vendedor ambulante: I - expor e comercializar qualquer tipo de mercadoria alimentcia e outras no interior dos terminais de transporte coletivo; II - expor e comercializar qualquer tipo de mercadoria alimentcia e outras no interior dos imveis tombados pelo patrimnio histrico municipal, estadual e federal; III - comercializar fora do horrio e local determinados; IV - estacionar veculo para comercializao nas vias pblicas e outros logradouros fora dos locais previamente determinados; V - impedir ou dificultar o trnsito nas vias e logradouros pblicos; VI - transitar e permanecer no passeio e caladas, conduzindo carrinhos, cestas ou outros volumes grandes; VII - deixar de atender s prescries de higiene e asseio para a atividade exercida; VIII - colocar venda produtos imprprios para o consumo; IX - vender bebidas alcolicas, sob pena de cassao da autorizao; X - aglomerar-se com outros ambulantes; XI - estacionar e comercializar em distncia inferior a quarenta metros de estabelecimentos que pratiquem a mesma atividade com produtos congneres; XII - comercializar produtos no constantes da licena concedida; XIII - comercializar dentro das feiras livres ou muito prximo a elas; e XIV - estacionar e comercializar produtos em distncia inferior a cem metros do porto principal das escolas de 1 e 2 graus, a menos de 10m dez metros de distncia de ponto de nibus ou em reas residenciais, aps as 22 horas. Pargrafo nico. Poder o Poder Executivo Municipal, por meio de seu rgo competente e a seu exclusivo critrio, permitir o estacionamento e o comrcio em distncia e horrios diferentes daqueles previstos no inciso XIV atendendo s condies e s peculiaridades do local ou da regio. Art. 84. Pela inobservncia das disposies deste captulo, aplicar-se-o as seguintes sanes: I - advertncia verbal; II - advertncia, mediante notificao; III - apreenso da mercadoria; IV - multa; V - suspenso de at quinze dias, prorrogvel, mediante requerimento e aprovao do rgo competente; VI - revogao do Alvar de Autorizao; e VII - aplicao concomitante de sanes. 1 Das sanes impostas cabe recurso, no prazo de 7 (sete) dias, Comisso Permanente, feito o depsito prvio, em caso de multa. 2 No caso de apreenso, lavrar-se- termo de apreenso, no qual sero discriminadas as mercadorias apreendidas, cuja devoluo ser feita mediante comprovante de pagamento das taxas e multas devidas, apresentao de documento de identificao, nota fiscal das mercadorias e declarao registrada em cartrio, expondo a propriedade da mercadoria apreendida. 3 No caso de no-revalidao do alvar de autorizao no prazo de noventa dias aps o vencimento, sem motivo justificado e aceito pela Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao de Londrina - CMTU, aquele ser sumariamente cancelado, sem nenhum tipo de ressarcimento ao ambulante. Art. 85. No caso de no serem as mercadorias reclamadas e retiradas no prazo de 30 (trinta) dias, os objetos apreendidos podero ser vendidos em hasta pblica, pelo Municpio, sendo revertida a importncia apurada indenizao das multas e despesas de que trata o artigo anterior, e entregue o saldo ao proprietrio, mediante requerimento devidamente instrudo e processado.

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1 Quando o valor das taxas e multas, que incidirem sobre os objetos apreendidos, for maior que seu prprio valor, poder o Municpio doar tais objetos, mediante recibo, a entidades assistenciais. 2 No caso de apreenso de mercadoria perecvel ou outra qualquer de interesse da Sade Pblica, ser adotado o seguinte procedimento: I - a mercadoria ser submetida inspeo sanitria, pelos tcnicos da Sade Pblica; II - se for constatado que a mercadoria est deteriorada, imprpria para consumo ou qualquer outra irregularidade, ser providenciada a sua eliminao; III - cumprido o disposto no inciso anterior, em caso de no ser apurada irregularidade quanto ao estado da mercadoria, darse- prazo de um dia para sua retirada, desde que esteja em condies adequadas de conservao, expirado o qual ser entregue a uma ou mais instituies de caridade locais, mediante comprovante; e IV - a mercadoria de que trata este pargrafo poder ser doada em prazo menor, de acordo com a previsibilidade de deteriorao. Art. 86. As penalidades previstas neste captulo no isentam o infrator da responsabilidade civil ou criminal que no caso couberem. Art. 87. A fiscalizao do comrcio ambulante e artesanal de competncia da Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU, com a colaborao dos fiscais da Autarquia Municipal de Sade. Pargrafo nico. Para cumprimento das disposies contidas nesta lei a Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao CMTU-LD poder requisitar fora policial ou da Guarda Municipal, quando se fizer necessrio. Art. 88. As disposies deste captulo estendem-se ao comrcio ambulante das sedes dos distritos e patrimnios deste Municpio, no que forem aplicveis. CAPTULO II DO COMRCIO NO CALADO SEO I DAS DISPOSIES PRELIMINARES Art. 89. Fazem parte do denominado "Calado", para os efeitos desta lei, os seguintes logradouros pblicos, todos abrangidos pelo Plano de Reurbanizao da cidade: I - Praa Gabriel Martins; II - Praa Willie Davids; III - Praa Marechal Floriano Peixoto; IV - Vias destinadas ao uso exclusivo de pedestres; V - Praa XV de Novembro; VI - Praa Jorge Danielides, situada na confluncia das ruas Prefeito Hugo Cabral, Quintino Bocaiva e Avenida Paran; VII - Rua Sergipe, entre as ruas Pernambuco e Minas Gerais; VIII - Rua Professor Joo Cndido e Pernambuco, Avenida So Paulo e Rio de Janeiro, entre a Rua Sergipe e Avenida Paran; e IX - Rua Minas Gerais, entre as ruas Sergipe e Maranho. Art. 90. A rea integrante do "Calado" ser administrada pela Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU-LD. Art. 91. So as seguintes atividades permitidas em quiosques na rea do Calado, desde que precedidas de licitao, na modalidade concorrncia pelo maior aluguel: I - floricultura; II - bancas de jornal e revistas; III - caf; IV - sorvete; e V - servios pblicos. Pargrafo nico. No ser concedida permisso para explorao de mais de um quiosque por pessoa fsica ou jurdica. Art. 92. A permisso para uso do quiosque destinado ao comrcio de alimentos ser precedida da licena sanitria atualizada, para a atividade que se pretende explorar, dentre as previstas nesta lei. Art. 93. As despesas de gua e luz e outras necessrias ao bom funcionamento das atividades permitidas sero de responsabilidade exclusiva do permissionrio, que dever providenciar as respectivas medies. Art. 94. proibido depositar resduos nos logradouros pblicos, em horrios no autorizados pela CMTU, proceder sua

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varrio e descartar os resduos para as canaletas das vias para pedestres ou do interior dos prdios e dos quiosques para as reas de uso comum. SEO II DAS OBRIGAES COMUNS AOS PERMISSIONRIOS Art. 95. So obrigaes comuns a todos os permissionrios e seus empregados ou prepostos, alm de outras que venham a ser estabelecidas: I - zelar pelo cumprimento das normas estabelecidas nesta lei e acatar as instrues da Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU; II - no ocupar rea superior inicialmente destinada pelo Municpio, salvo quando expressamente autorizada; III - manter a rea ocupada, inclusive o seu entorno, em perfeito estado de conservao e asseio; IV - iniciar as atividades diariamente s 8 (oito) horas, encerrando-se at as 18 (dezoito) horas, salvo anuncia expressa da Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU; V - no manter o quiosque fechado por perodo superior a dois dias consecutivos, salvo justificativa aprovada pela CMTU; VI - manter desobstrudas as vias sinalizadas destinadas ao trnsito de veculos de emergncia; VII - pagar, mensalmente, na Diretoria Contbil Financeira ou no banco indicado, o preo de uso das unidades, at o quinto dia aps o ms vencido, sob pena de revogao ou cassao da permisso de uso do referido quiosque; VIII - manter pessoal suficiente, qualificado e convenientemente trajado, de acordo com orientaes da Vigilncia Sanitria, para o atendimento ao pblico; IX - zelar pela boa ordem do local, impedindo a permanncia de pessoas perturbadoras da disciplina e tranquilidade pblicas; X- recompor s suas expensas, os danos que venham a sofrer os quiosques; XI - cumprir, fielmente, as exigncias e determinaes legais para o exerccio da atividade; XII - devolver, nos casos de desistncia de explorao do comrcio permitido ou revogao da permisso, as instalaes no mesmo estado em que as recebeu, deixando nelas as benfeitorias introduzidas, sem direito indenizao, compensao ou reteno; XIII - usar de urbanidade e respeito com o pblico e com representantes de rgos oficiais; e XIV - utilizar lixeiras prprias e adequadas, conforme normas tcnicas, para o depsito de lixo proveniente de suas atividades; Pargrafo nico. Fica proibido a todos os permissionrios instalados em logradouros pblicos, o comrcio de bebidas alcolicas. SEO III DAS OBRIGAES COMUNS A TODOS OS USURIOS Art. 96. proibido no Calado: I - apregoar a venda de mercadorias em voz alta; II - atos atentatrios aos bons costumes, higiene e moral pblicos; III - sentar-se, por os ps ou lanar invlucros, papis, pontas de cigarros e outros detritos nas floreiras; IV - a propaganda comercial e promocional, oral ou por escrito, por meio de tabuletas, distribuio de panfletos ou sua fixao nos quiosques, muros, paredes e fachadas de estabelecimentos, exceto as permitidas pela lei federal ou eleitoral; V - o depsito, nas reas de uso comum, de caixas, vasilhames, volumes ou qualquer material que comprometa o bom aspecto da rea, objeto desta lei; e VI - divertir-se com o uso de bolas, petecas, dardos, patins e, sob qualquer pretexto, trafegar com bicicletas, motocicletas e outros veculos que possam por em risco a integridade dos pedestres, salvo as excees previstas nesta Lei. SEO IV DO ACESSO E TRNSITO DE VECULOS Art. 97. Nas canaletas destinadas aos acessos de veculos, proibido o estacionamento, sob qualquer pretexto, devendo o trfego ocorrer em velocidade no superior a 15 Km/h. Pargrafo nico. proibido o trfego de veculos, sem prvia autorizao da CMTU, exceto veculos oficiais. Art. 98. Somente ser permitido o acesso, fora das canaletas, de veculos leves, at mil quilos, para fins de mudana ou outra situao de imperiosa necessidade, mediante prvia autorizao da Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU, em horrios determinados e durante o tempo estritamente permitido. Pargrafo nico. Qualquer dano ou avaria decorrentes desse trfego dever ser imediatamente ressarcido pelo responsvel, sob pena de apreenso do veculo, at que o ressarcimento ocorra, sem prejuzo de aplicao de multa. Art. 99. Nos casos de construo, os materiais destinados a esse fim devero ser transportados para o local por meio de

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veculos de trao manual, mediante autorizao prvia da Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU. Art. 100. proibido preparar reboco ou argamassa nas reas externas dos prdios e dos quiosques. SEO V DA REVOGAO OU DA CASSAO DA PERMISSO Art. 101. O Municpio poder determinar a revogao da permisso, sem direito de indenizao ou compensao em favor do permissionrio, alm da perda do valor por ele inicialmente integralizado, nos seguintes casos: I - no cumprimento das obrigaes atribudas pelo Municpio, durante o perodo de permisso; II - mera convenincia do Municpio; e III - quando necessrio, por razes de segurana coletiva. Art. 102. Nos casos de convenincia e oportunidade, caber ao Municpio proceder a notificao do permissionrio, concedendo a este prazo mnimo de 90 (noventa) dias para que possa proceder a desocupao do local a retirada das benfeitorias introduzidas, deixando o quiosque nas mesmas condies em que o recebeu. Art. 103. Verificando-se a revogao da permisso, ser o permissionrio intimado a entregar o local livre e desembaraado, no prazo de 2 (dois) a 30 (trinta) dias. Art. 104. Em caso de no desocupao do local, no prazo previamente determinado, caber a CMTU-LD a retirada dos objetos, devendo encaminh-los a depsito, cujas despesas ficaro s expensas do permissionrio. CAPTULO III DAS FEIRAS SEO I DAS FEIRAS LIVRES SUBSEO I DAS FINALIDADES Art. 105. As feiras livres tm por finalidade a exposio e venda de mercadorias no varejo, sejam elas alimentcias ou no, em local pblico e descoberto. 1 As mercadorias alimentcias so classificadas em: a) "in natura": hortifrutigranjeiros "in natura" ou processados, cereais e peixes; b) industrializadas: frios, doces, compotas, po caseiro, tempero caseiro, frango congelado e resfriado e frios ou embutidos, com inspeo; e c) prontas para consumo humano, frituras em geral, assados, lanches e sucos. 2 As mercadorias no-alimentcias so classificadas em: a) naturais - flores cortadas, flores naturais, terra vegetal, sementes, adubos domsticos; e b) artesanais - produtos de tecido, couro, metal, cermica ou madeira. 3 Fica permitida, em carter excepcional e observadas as normas deste Cdigo, a prestao de servios relativos a pequenos consertos de eletrodomsticos e de utenslios domsticos, desde que em veculo apropriado para esse fim e em espao no superior ao de uma banca. Art. 106. Tero prioridade no exerccio do comrcio na feira livre, os agricultores e produtores do Municpio de Londrina, ressalvadas as permisses outorgadas at a entrada em vigor desta Lei. SUBSEO II DA ADMINISTRAO E FUNCIONAMENTO Art. 107. VETADO. Art. 108. As feiras livres funcionaro em logradouros pblicos ou em terrenos de propriedade do Municpio, especialmente abertos populao para tal finalidade, no horrio compreendido das 6 s 12 horas, de acordo com escalas semanais previamente determinadas pela Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU. Art. 109. A localizao das bancas ser estabelecida pela CMTU, ficando proibidas as permutas de locais e ampliaes de reas sem o prvio consentimento da Companhia, desde que respeitadas as j solicitadas.

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Art. 110. As bancas, para efeito de expedio do alvar, devero obedecer s seguintes medidas: I - 2m de frente por 3m de fundo; II - 4m de frente por 3m de fundo; III - 6m de frente por 3m de fundo; IV - 8m de frente por 3m de fundo; V - 10m de frente por 3m de fundo; e VI - 12m de frente por 3m de fundo. Pargrafo nico. As bancas no podero ter reas superiores s medidas estabelecidas neste artigo. Art. 111. Entre o fundo da banca e o muro fronteirio do imvel, situado no local das feiras, dever ser guardada distncia mnima de um metro e meio de rea de circulao. Pargrafo nico. O feirante responsvel pelos danos que causar ao muro, ao passeio em frente ao imvel, onde est instalada sua banca, e aos bens pblicos e privados ali localizados. SEO II DA FEIRA DO PRODUTOR SUBSEO I DAS FINALIDADES Art. 112. As Feiras do Produtor tm por finalidade a exposio e venda de produtos provenientes diretamente do produtor ao consumidor, sejam eles alimentcios ou no, em local pblico e descoberto. Art. 113. As mercadorias permitidas para comrcio nas Feiras do Produtor classificam-se em: I - "in natura": hortifrutigranjeiros ou processados, ervas e condimentos; II - alimentcias: frios, doces, compotas, temperos, peixes, cereais, queijo, lanches, sucos, pes, biscoitos e carne de sol; III - naturais: flores cortadas, flores naturais, terra vegetal, sementes e adubos domsticos; e IV - artesanais: produtos confeccionados manualmente, com produo de peas nicas ou em pequena tiragem, sem as caractersticas de produo industrial, em srie. Pargrafo nico. Para a comercializao, os produtos de origem animal, como peixes e derivados de leite, devero ser acondicionados e armazenados em freezer, em equipamento refrigerador ou em caixas trmicas em perfeito estado de funcionamento e conservao, com prvia autorizao da Vigilncia Sanitria. SUBSEO II DA ADMINISTRAO E FUNCIONAMENTO Art. 114. Compete Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento - SMAA a organizao das feiras do produtor, com o auxlio de 3 (trs) representantes da Comisso Geral das Feiras. Art. 115. So atribuies da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento - SMAA: I - criar, localizar, dimensionar, classificar, remanejar ou extinguir as Feiras do Produtor, total ou parcialmente, em atendimento ao interesse pblico e respeitadas as exigncias higinico-sanitrias vigentes, virias e urbansticas em geral; II - elaborar instrues pertinentes s Feiras do Produtor; III - fiscalizar o cumprimento das normas contidas nesta lei e de outras referentes ao funcionamento das feiras e s atividades ligadas a esse servio; IV - efetuar visitas rotineiras s propriedades dos produtores cadastrados; V - executar as medidas administrativas relativas s inscries dos feirantes; VI - arrecadar o valor do alvar devido pelos feirantes, bem como decidir qualquer alterao de seus alvars de licenas; e VII - fiscalizar, notificar e autuar os feirantes que estiverem em desacordo com as normas estabelecidas nesta lei. Art. 116. As Feiras do Produtor funcionaro em logradouros pblicos ou em terrenos de propriedade do Municpio, especialmente abertos populao para tal finalidade e de acordo com escalas semanais previamente determinadas pela Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento - SMAA. Art. 117. Para a instalao das Feiras do Produtor devero ser obedecidas as mesmas normas previstas neste Captulo para as Feiras Livres. Art. 118. As bancas tero suas medidas por ramo de atividade e, para efeito de expedio do alvar, devero obedecer ao seguinte padro: I - comrcio de produtos "in natura" ou processados: 6 m de frente por 3 m de fundo; cor: verde;

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II - comrcio de produtos alimentcios: 2 m de frente por 3 m de fundo; cor: vermelha; III - comrcio de produtos naturais: 2 m de frente por 3 m de fundo; cor: verde; e IV - comrcio de produtos artesanais: 2 m de frente por 3 m de fundo; cor: amarela. 1 As bancas j existentes at a publicao desta lei, sero alteradas paulatinamente, de comum acordo entre os feirantes a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento - SMAA e o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural. 2 As bancas inscritas aps a publicao desta lei, no podero ter reas superiores ao estabelecido neste artigo. Art. 119. As bancas devero possuir toldos e saias de lona em bom estado de conservao e cor padronizada por ramo de atividade. Art. 120. Os interessados em exercer o comrcio nas Feiras do Produtor devero se inscrever na Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento - SMAA, preencher requerimento e apresentar os documentos que forem exigidos em regulamentao especfica. Art. 121. Ser proibida a venda, nas Feiras do Produtor, de qualquer mercadoria que no esteja de acordo com as disposies da legislao sanitria ou no seja originria da propriedade do produtor. 1 As mercadorias julgadas imprprias ao consumo pela Autarquia do Servio Municipal de Sade devero ser retiradas imediatamente pelos proprietrios, sob pena de incorrerem nas penalidades constantes desta lei. 2 Com a finalidade de abastecer a Feira ou torn-la mais atraente, a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento - SMAA poder autorizar a comercializao de produtos que, devido limitao de clima e/ou solo, no so produzidos no Municpio. Art. 122. A Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento - SMAA designar, em cada feira, coordenadores, na proporo de um para cada vinte feirantes, tambm produtores escolhidos pelos feirantes da feira da qual participam, sem qualquer vnculo empregatcio e sem remunerao, para desempenhar as seguintes funes: I - auxiliar na organizao da feira e propor solues aos problemas encontrados; II - auxiliar na fiscalizao, comunicando as irregularidades que venham a ocorrer; e III - participar da Comisso das Feiras. Art. 123. A criao de novas Feiras do Produtor estar subordinada determinao dos seguintes critrios: I - demanda de populao; II - localizao vivel; III - interesse da populao local; IV - interesse da Administrao Municipal; e V - interesse do rgo representativo dos produtores, ouvida a Comisso Geral das Feiras. SEO III DA FEIRA DA LUA SUBSEO I DA FINALIDADE Art. 124. denominada 'Feira da Lua' a feira com funcionamento das 18 s 22 horas. SUBSEO II DA ADMINISTRAO E FUNCIONAMENTO Art. 125. VETADO. Art. 126. Para a habilitao ao Alvar de Licena para participar da Feira da Lua os interessados devero se cadastrar na Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU-LD, especialmente para esse fim. Pargrafo nico. Tero preferncia na concesso do Alvar de Licena os feirantes cujos produtos despertem maior interesse na populao, ou seja, de interesse pblico do Municpio pelo seu carter de qualidade, modernidade ou exoticidade. Art. 127. Na Feira da Lua s sero comercializados os seguintes produtos: I - hortifrutigranjeiros, processados e/ou "in natura"; II - lanches, doces, salgados, refrigerantes e sucos; III - comidas tpicas; IV - gneros alimentcios; e

Jornal Oficial n 1765 V - produtos artesanais.

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Art. 128. As barracas utilizadas na Feira da Lua devero ter toldo ou cobertura impermeveis, tipo uniforme, obedecer s normas tcnicas cabveis bem como atender a um s padro a ser fornecido pela Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU-LD. Art. 129. Cabero Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU-LD a organizao e a fiscalizao da Feira da Lua. SEO IV DA FEIRA DO "FEITO A MO" SUBSEO I DA FINALIDADE Art. 130. A feira do "Feito Mo" um projeto de incluso e extenso, de iniciativa do Poder Executivo Municipal, que tem como objetivo integrar e valorizar a produo artesanal de Londrina, a qual funcionar nos seguintes dias e horrios: I- as quartas-feiras: das 18h30min s 22 horas; II - aos sbados e vspera de feriados: no mesmo horrio de funcionamento do comrcio; III - aos domingos: quando houver funcionamento do comrcio, no mesmo horrio deste; e quando no houver funcionamento do comrcio, das 8 s 13 horas; e IV - na semana antecedente ao Natal: das 8 s 22 horas. Pargrafo nico. Na semana que antecede o Dia das Mes e o Dia dos Pais, a feira tambm funcionar na quinta e sextafeiras, no mesmo horrio de funcionamento do comrcio. Art. 131. VETADO. SUBSEO II DA ADMINISTRAO E DO FUNCIONAMENTO Art. 132. Os produtos autorizados para comercializao na Feira do "Feito Mo" sero aqueles abrangidos pelos produtos artesanais populares e tradicionais, efetivamente feitos mo, transformados ou customizados pelos artesos, assim considerados: I - indgena: aquele entendido como o trabalho de uma comunidade indgena; II - tradicional: aquele entendido como a manifestao popular que conserva determinado costume e a cultura de um determinado povo e/ou regio; III - regional tico: aquele entendido como manifestao popular especfica, identificada pela relao e manuteno dos costumes e cultura, resultado da ocupao, povoao e colonizao da cidade e/ou regio; IV - contemporneo: aqueles resultantes de matria-prima natural ou industrializada, transformada, manual ou mecanicamente, sob processos caseiros; e V - habilidades manuais: o trabalho manual sem transformao de matria-prima e sem desenho prprio, buscando principalmente uma resposta mercadolgica, muitas vezes seguindo tendncias e modismos. Pargrafo nico. Os produtos artesanais que possam causar riscos e acidentes devero ser regulamentados por decreto. Art. 133. Para participar da feira do "Feito Mo", os interessados devero ser maiores de 18 (dezoito) anos e se inscreverem junto CMTU-LD. 1 Para a expedio do alvar de autorizao, ser exigido os seguintes documentos: I - solicitao de permisso; II - carteira de identidade; III - carteira de sade atualizada; IV - duas fotos 3x4; V - comprovante de residncia (talo de gua ou luz); e VI - licena sanitria. 2 Na solicitao da permisso, o requerente dever ainda apresentar, do preposto ou do auxiliar contratado em regime de CLT, os seguintes documentos: I - carteira de sade, em caso de manipulao de alimentos; II - carteira de identidade; III - comprovante de residncia; e IV - duas fotos 3x4. 3 O permissionrio poder a qualquer tempo fazer a substituio do preposto ou do auxiliar contratado em regime de CLT,

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desde que apresente do substitudo os documentos enumerados no pargrafo anterior. Art. 134. A autorizao, para explorao de produtos artesanais, pessoal e intransfervel, devendo o autorizado estar presente nas feiras, podendo ser auxiliado por empregado contratado, em regime de CLT. SEO V DAS DISPOSIES GERAIS APLICVEIS A TODAS AS FEIRAS, NO QUE COUBER SUBSEO I DAS OBRIGAES Art. 135. VETADO. SUBSEO II DAS PROIBIES AOS FEIRANTES Art. 136. proibido ao feirante: I - VETADO; II - venda de bebidas alcolicas; III - transferncia da autorizao, exceto nos casos previstos nesta lei; IV - apresentar-se em estado de embriaguez; e V - portar-se com indisciplina e algazarra. SUBSEO III DA INSCRIO Art. 137. Os interessados em exercer o comrcio nas feiras devero se inscrever no rgo competente, mediante apresentao de documentao exigida. Pargrafo nico. No ser fornecido mais de um alvar de licena de feirante a qualquer pessoa fsica ou jurdica, ressalvadas as autorizaes vlidas at a data da publicao desta lei. Art. 138. No Alvar de Licena constaro a identificao do feirante, a dimenso do espao, os produtos a serem comercializados e a validade da autorizao. Pargrafo nico. Fica vedado ao feirante comercializar outro produto que no seja o constante no seu Alvar de Licena, sob pena de cassao de sua autorizao. Art. 139. VETADO. Art. 140. O alvar de autorizao dever ser revalidado, anualmente, e a sua no revalidao no prazo importar na aplicao de multa. Pargrafo nico. Para a renovao anual do alvar o feirante dever apresentar requerimento dirigido Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU-LD instrudo com os mesmos documentos apresentados por ocasio do requerimento da licena. Art. 141. VETADO. Art. 142. Os pedidos de afastamento das atividades nas feiras no podero ultrapassar noventa dias, salvo motivos especiais devidamente comprovados e mediante aprovao da Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTULD ou da SMAA. Art. 143. O feirante que comprovar, por atestado e laudo mdicos, incapacidade para o exerccio da atividade, ter seu direito avaliado pela Comisso Geral das Feiras. Art. 144. VETADO. Art. 145. O feirante dever exercer pessoalmente o seu comrcio, sob pena de cassao do Alvar de Licena. SUBSEO IV DAS DISPOSIES GERAIS Art. 146. Compete Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU-LD:

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I - elaborar instrues pertinentes s feiras, inclusive s Feiras Espordicas de Artesanatos de Mulheres; II - fiscalizar o cumprimento das normas contidas nesta lei e em outras referentes ao funcionamento das feiras e s atividades ligadas a esse servio; III - executar as medidas administrativas relativas inscrio dos feirantes; IV - arrecadar os preos devidos pelos feirantes, bem como decidir sobre qualquer alterao de seus alvars de licena; V - cobrar as taxas devidas pelos feirantes; e VI - fiscalizar, notificar e autuar os feirantes que estiverem em desacordo com as normas estabelecidas nesta lei. Pargrafo nico. As instrues referentes feira do produtor sero emitidas pela Secretaria da Agricultura. Art. 147. Para a manuteno da ordem e do bom funcionamento das feiras a Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU-LD - contar com o apoio da Comisso Geral das Feiras, que ter as seguintes atribuies: I - organizar as feiras, proporcionando um melhor atendimento aos usurios e aos prprios feirantes; e II - debater os problemas existentes e propor possveis solues Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU-LD; Art. 148. A Comisso Geral das Feiras ser composta por onze membros titulares e igual nmero de suplentes, sendo: I - um representante da Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU-LD; II - VETADO; III - um representante das feiras livres; IV - um representante da feira da lua; V - um representante da feira "do feito mo"; VI - VETADO; VII - um representante da Cmara Municipal; VIII - um representante da Vigilncia Sanitria; IX - um representante do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina - IPPUL; X - VETADO; e XI - VETADO. 1 Os representantes a que se referem os incisos III, IV, V e VI sero escolhidos, em assembleia, pelos feirantes das respectivas reas de atuao. 2 Os membros da Comisso escolhero, entre si, o seu presidente. 3 A Comisso ser substituda a cada dois anos, por meio da renovao dos seus integrantes, exceto do representante da Cmara Municipal de Londrina que poder ser reconduzido. Art. 149. Para a instalao das feiras, devero ser obedecidas as seguintes normas: I - o trabalho de montagem das feiras livres e do produtor dever ser iniciado a partir das 4 horas e dever encerrar-se at as 7 horas, sendo que durante o horrio de vero o incio poder ser atrasado e o encerramento adiantado em uma hora; II - o trabalho de montagem da feira da lua dever ser iniciado s 16 horas e dever encerrar-se s 18 horas, sendo que durante o horrio de vero o incio poder ser atrasado e o encerramento adiantado em uma hora; III - VETADO; IV - a montagem das bancas dar-se- na seguinte ordem: a) o feirante dever estacionar o seu veculo no local correspondente rea ocupada por sua banca e proceder descarga no passeio, sendo vedado o estacionamento de veculo no Calado; b) as mercadorias e instalaes sero dispostas somente dentro da rea demarcada, de modo a no interromper o trnsito e nem danificar os logradouros pblicos, colocando-as sempre em bancas e acima do nvel do solo; c) aps a descarga das mercadorias, o veculo dever ser estacionado a uma distncia mnima de 50m (cinquenta metros) do local de realizao da feira; d) aps a retirada do veculo, o feirante proceder montagem de sua banca e exposio das mercadorias; V - a montagem das bancas dever ser feita nos locais previamente determinados pela CMTU e pela SMAA e respeitado o horrio para esse procedimento; VI - iniciada a comercializao na feira vedado o ingresso no local de veculos com mercadorias, respeitado o horrio de montagem; VII - vedado o trfego de motos, bicicletas, carrinhos de ambulantes e outros similares que possam causar transtornos aos transeuntes, excetuando-se os casos de entrada e sada de veculos de estacionamentos de prdios e residncias localizados na via impedida; VIII - encerradas as atividades comerciais, os veculos podero ingressar no local para o carregamento das mercadorias e instalaes desmontadas, demorando-se somente o tempo necessrio para faz-lo dentro de ordem e disciplina; IX - os veculos no podero ingressar no Calado para efetuar o carregamento das mercadorias e instalaes desmontadas; X - o desmonte das feiras livres e do produtor poder iniciar-se as 11 e encerrar-se s 13 horas;

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XI - o desmonte da feira da lua poder iniciar-se s 22 horas e encerrar-se s 24 horas; e XII - o desmonte das feiras do "Feito Mo" poder iniciar-se quando encerradas as atividades comerciais, conforme o disposto no artigo 130. 1 Esgotados os prazos a que se referem os incisos IX, X e XI, o logradouro dever estar completamente desocupado e limpo. 2 Aps o encerramento da feira as mercadorias comercializadas que permanecerem no local sero apreendidas pela Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU-LD, que ficar de posse das mesmas caso no sejam reclamadas dentro de vinte e quatro horas mediante pagamento da multa devida. Art. 150. Os feirantes respondem perante a Companhia Municipal de Trnsito e Urbanizao - CMTU-LD pelos atos de seus empregados quanto observncia das disposies desta Lei e de outras normas relativas s feiras. Pargrafo nico. Os empregados possuem legitimidade para receber notificaes, autuaes e demais ordens administrativas pelos atos que praticarem em seu nome ou em nome do feirante, desde que na forma da lei. Art. 151. VETADO. Art. 152. Todos os gneros alimentcios comercializados nas feiras devero ter licena sanitria atualizada. Pargrafo nico. As mercadorias julgadas imprprias ao consumo pela Autarquia Municipal de Sade, por meio da Vigilncia Sanitria, devero ser retiradas imediatamente e recolhidas pela Vigilncia Sanitria, sob pena de incorrerem nas penalidades previstas na lei. TTULO VI DA HIGIENE PBLICA CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS Art. 153. A fiscalizao abranger especialmente a higiene e a limpeza das vias pblicas e das habitaes particulares e coletivas. Art. 154. Sero objetos da fiscalizao sanitria as habitaes particulares e coletivas, os estabelecimentos comerciais, industriais, de servios, incluindo ambulantes e feirantes. Art. 155. Em cada inspeo em que for verificada irregularidade, o fiscal, que dever se identificar com seu nome completo e o nmero de sua matrcula funcional, apresentar ao servidor um relatrio circunstanciado sugerindo medidas ou solicitando providncias para o bem da higiene pblica. Art. 156. Em cada inspeo em que for verificada irregularidade, o fiscal, que dever se identificar com seu nome completo e o nmero de sua matricula funcional, iniciar os procedimentos, conforme legislao vigente. CAPTULO II DA HIGIENE DOS ESTABELECIMENTOS Art. 157. Os hotis, motis, penses e demais meios de hospedagem, restaurantes, bares, cafs, lanchonetes e estabelecimentos congneres devero observar o seguinte: I - a lavagem de loua e talheres dever ser feita em gua corrente em pia exclusiva ou equipamentos prprios para esta finalidade, no sendo permitida, sob qualquer hiptese, a sua execuo em baldes, tonis, tanques ou vasilhames; II - a higienizao da loua, talheres e outros utenslios de uso pessoal direto dever ser feita em gua potvel, de acordo com a legislao especfica; III - os guardanapos e toalhas de mesa sero de uso individual; IV - os aucareiros sero do tipo que permita a retirada do acar sem o levantamento da tampa; V - os utenslios utilizados no consumo dos alimentos devem ser armazenados em local protegido, exceto se forem descartveis; e VI - o uso de copos descartveis fica a critrio da autoridade sanitria. Art. 158. Os estabelecimentos a que se refere o artigo anterior so obrigados a manter os manipuladores de alimentos uniformizados de acordo com a legislao vigente e terem feito curso de manipulao nos termos da lei. Art. 159. proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumgero, derivado ou no do tabaco, em recinto coletivo, privado ou pblico, salvo em rea destinada exclusivamente a esse fim, devidamente

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1 Incluem-se nas disposies deste artigo as reparties pblicas, os hospitais, os postos de sade, as salas de aula, as bibliotecas, os recintos de trabalho coletivo, as salas de teatro, os cinemas, os taxis, os transportes coletivos e os veculos particulares que estejam transportando crianas. 2 Os estabelecimentos mencionados neste artigo devero fixar, obrigatoriamente, em locais visveis ao pblico, plaquetas alusivas proibio. 3 Os infratores sero convidados a deixar o recinto. Art. 160. Nos sales de barbeiros, cabeleireiros, manicures, pedicures e podlogos, estdios de tatuagens e assemelhados, so obrigatrios o uso de toalhas e golas individuais e a esterilizao ou desinfeco dos utenslios prprios destas atividades, antes do incio e aps encerramento das atividades, conforme legislao especfica. Pargrafo nico. de competncia da Vigilncia Sanitria a fiscalizao do disposto neste artigo. Art. 161. Nos hospitais, clnicas e maternidades, alm das disposies gerais deste Cdigo e legislao especfica que lhes forem aplicveis, so obrigatrios: I - o cumprimento da legislao especfica, caso possua lavanderia; II - a cozinha constituda dos seguintes ambientes: depsito de alimentos, sala de higienizao dos produtos, sala de manipulao dos alimentos e distribuio adequada, conforme legislao vigente; III - instalaes e meios adequados para acondicionamento, coleta interna, armazenamento, transporte externo, tratamento e destinao final dos resduos, na forma da legislao vigente; e IV - a existncia de, no mnimo, uma ambulncia equipada com aparelhos mdicos indispensveis ao atendimento de urgncia ou servio conveniado ou contratado com empresa habilitada para tal. CAPTULO III DA HIGIENE DA ALIMENTAO Art. 162. A Vigilncia Sanitria do Municpio fiscalizar as condies higinicas e sanitrias dos estabelecimentos que fabricam, comercializam e manipulam alimentos, dentro dos padres estabelecidos pela legislao vigente. Pargrafo nico. Para os efeitos deste Cdigo, considera-se alimento toda a substncia ou mistura de substncias, no estado slido, lquido, pastoso ou qualquer outra forma adequada, destinadas a fornecer ao organismo humano os elementos sua formao, manuteno e desenvolvimento. Art. 163. No sero permitidas a produo, exposio ou venda de gneros alimentcios deteriorados, falsificados, adulterados ou nocivos sade, os quais sero apreendidos pelo rgo responsvel pela fiscalizao e removidos para local destinado a sua inutilizao. Art. 164. No ser permitida a produo, exposio ou venda de alimentos sem a devida inscrio ou registro e/ou inspeo municipal, estadual ou federal. 1 Os alimentos deteriorados, falsificados, adulterados, vencidos ou nocivos sade sero apreendidos pelo fiscal, conforme legislao vigente. 2 A apreenso e/ou inutilizao dos alimentos em desacordo com a legislao no eximir o responsvel, pessoa fsica ou jurdica do pagamento das multas e demais penalidades que possam sofrer em virtude da infrao. 3 obrigatrio o uso de embalagem individual e descartvel, de papel alumnio ou similar, para os condimentos fornecidos nos estabelecimentos comerciais de alimentos, bem como para o comrcio ambulante e feirantes. 4 Fica proibida a utilizao de dispensadores e outros recipientes de uso repetido para condimentos, molhos e temperos. Art. 165.