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PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA LEI N° 11.095 de 08 de julho de 2004. Dispõe sobre as normas que regulam a aprovação de projetos, o licenciamento de obras e atividades, a execução, manu- tenção e conservação de obras no Muni- cípio, e dá outras providências.A CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA, CAPITAL DO ESTADO DO PARANÁ, aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º. Esta lei estabelece as disposições gerais que regulam a aprovação de projetos, o licenciamento de obras e atividades e a execução, manutenção e conservação de obras no Município de Curitiba, independentemente das normas estaduais e federais aplicáveis. Art. 2º. As siglas e os termos, utilizados nesta lei, estão conceituados no ANEXO que é parte integrante desta. CAPÍTULO II REGISTRO E RESPONSABILIDADE Seção I Profissionais e Empresas Art. 3º. Para os efeitos de aplicação desta lei, fica estabelecido o que segue para os Profissionais e Empresas Habilitados: I - profissional legalmente habilitado é a pessoa física registrada junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA respeitadas as atribuições e limi- tações consignadas por esse organismo e devidamente licenciado pelo Município; II - empresa legalmente habilitada é a pessoa jurídica registrada junto ao CREA, respei- tadas as atribuições e limitações consignadas por esse organismo e possuidora de alvará de localização expedido pelo Município. § 1°. O profissional legalmente habilitado poderá atuar individual ou solidariamente, como Autor ou como Responsável Técnico da Obra, assumindo sua responsabilidade no momento do protocolamento do pedido de licença ou do início dos trabalhos no imóvel. § 2°. Para os efeitos desta lei, será considerado:

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  • PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

    LEI N 11.095 de 08 de julho de 2004.

    Dispe sobre as normas que regulam a aprovao de projetos, o licenciamento de obras e atividades, a execuo, manu-teno e conservao de obras no Muni-cpio, e d outras providncias.

    A CMARA MUNICIPAL DE CURITIBA, CAPITAL DO ESTADO DO PARAN, aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte lei:

    CAPTULO I

    DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1. Esta lei estabelece as disposies gerais que regulam a aprovao de projetos, o licenciamento de obras e atividades e a execuo, manuteno e conservao de obras no Municpio de Curitiba, independentemente das normas estaduais e federais aplicveis.

    Art. 2. As siglas e os termos, utilizados nesta lei, esto conceituados no ANEXO que

    parte integrante desta.

    CAPTULO II REGISTRO E RESPONSABILIDADE

    Seo I

    Profissionais e Empresas

    Art. 3. Para os efeitos de aplicao desta lei, fica estabelecido o que segue para os Profissionais e Empresas Habilitados:

    I - profissional legalmente habilitado a pessoa fsica registrada junto ao Conselho

    Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA respeitadas as atribuies e limi-taes consignadas por esse organismo e devidamente licenciado pelo Municpio;

    II - empresa legalmente habilitada a pessoa jurdica registrada junto ao CREA, respei-

    tadas as atribuies e limitaes consignadas por esse organismo e possuidora de alvar de localizao expedido pelo Municpio.

    1. O profissional legalmente habilitado poder atuar individual ou solidariamente,

    como Autor ou como Responsvel Tcnico da Obra, assumindo sua responsabilidade no momento do protocolamento do pedido de licena ou do incio dos trabalhos no imvel.

    2. Para os efeitos desta lei, ser considerado:

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    a) Autor o profissional/empresa legalmente habilitado responsvel pela elaborao de

    projetos, que responder pelo contedo das peas grficas, descritivas, especifica-es e exeqibilidade de seu trabalho;

    b) Responsvel Tcnico da Obra o profissional encarregado pela direo tcnica das obras, desde seu incio at sua total concluso, respondendo por sua correta execuo e adequado emprego dos materiais, conforme projeto aprovado na Prefeitura Muni-cipal de Curitiba - PMC.

    3. O Municpio manter um cadastro dos profissionais/empresas legalmente habilita-

    dos. 4. No ser considerado legalmente habilitado o profissional/empresa que estiver em

    atraso com os tributos municipais. 5. A responsabilidade sobre projetos, instalaes e execues cabe exclusivamente

    aos profissionais atravs das Anotaes de Responsabilidade Tcnica - ART, no assumindo o Municpio qualquer responsabilidade tcnica sobre qualquer destas partes ou sua totalidade, embora tramite a aprovao dos projetos e execute a fiscalizao das obras, visando a con-formidade das mesmas com a legislao em relao ao uso, zoneamento, ocupao e aos as-pectos urbansticos.

    Art. 4. O Municpio, atravs de ato do Poder Executivo Municipal, poder fazer outras

    exigncias relativas ao registro dos profissionais ou empresas habilitadas, considerando suas atividades especficas.

    Seo II Baixa de Responsabilidade Tcnica

    Art. 5. Sempre que cessar a sua responsabilidade tcnica, o profissional dever solicitar

    ao rgo competente a respectiva baixa e comunicar imediatamente ao Municpio, que a con-ceder desde que a obra esteja de acordo com o projeto aprovado e com as disposies desta lei.

    Pargrafo nico. Uma vez solicitada a baixa, com a construo em andamento, a obra ser interrompida at que um outro profissional legalmente habilitado assuma a responsabili-dade tcnica.

    CAPTULO III

    OBRAS PBLICAS

    Art. 6. As obras pblicas no podero ser executadas sem licena do Municpio, devendo obedecer as disposies da presente lei, ficando, entretanto, isentas de pagamento de emolumentos.

    Pargrafo nico. Entende-se como obra pblica: I - construo de edifcios pblicos;

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    II - obras de qualquer natureza executadas pelo Governo da Unio, do Estado ou do

    Municpio; III - obras a serem executadas por instituies oficiais ou para-estatais, quando para sua

    sede prpria. Art. 7. O processamento do pedido de licenciamento para obras pblicas ter priorida-

    de sobre quaisquer outros pedidos de licenciamento. Art. 8. As obras executadas pelo Municpio, pelo Estado e pela Unio tambm ficam

    sujeitas obedincia das determinaes da presente lei.

    CAPTULO IV APROVAO DE PROJETO E LICENCIAMENTO DE OBRAS

    Seo I

    Obrigatoriedade Art. 9. obrigatrio o Alvar de Licena expedido pela Prefeitura Municipal de

    Curitiba para: I - obra de construo de qualquer natureza; II - obra de ampliao de edificao; III - obra de reforma de edificao; IV - obras de qualquer natureza em Imveis de Valor Cultural e Stios Histricos; V - demolio de edificao de qualquer natureza; VI - obras de implantao, ampliao e reforma de redes de gua, esgoto, energia eltri-

    ca, telecomunicaes, gs canalizado, central de GLP, cerca energizada e congneres, bem como para a implantao de equipamentos complementares de cada rede, tais como armrios, gabinetes, estaes de regulagem de presso, transformadores e similares;

    VII - obras de pavimentao e obras de arte; VIII - obra de construo/instalao de antenas de telecomunicaes; IX - construo de passeio em logradouros pblicos em vias pavimentadas; X - substituio parcial ou total de revestimento do passeio dos logradouros pblicos; XI - implantao ou rebaixamento de meio-fio (guias);

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    XII - colocao de tapume, "stand" de vendas, caambas; XIII - outros servios de apoio s construes; XIV - canalizao de cursos d'gua no interior dos lotes; XV - desvio de cursos d'gua; XVI - exerccio de atividades comerciais, industriais e de servios; XVII - implantao de mobilirio urbano; XVIII - implantao de publicidade. Art. 10. O Alvar de licena para a execuo de qualquer obra ou servio, ser obtido

    por meio de requerimento do proprietrio dirigido ao rgo competente, no qual devero constar indicaes precisas sobre:

    I - a localizao da obra pelo nome do logradouro; II - numerao predial; III - autoria do projeto; IV - responsabilidade tcnica; V - endereo para correspondncia. 1. O proprietrio poder ser representado legalmente pelo autor do projeto, mediante

    apresentao de procurao por instrumento hbil no requerimento de abertura do processo de aprovao.

    2. Os esclarecimentos tcnicos relativos aos projetos de aprovao das obras de que

    trata o presente artigo, sero fornecidos exclusivamente ao autor do projeto, devidamente ca-dastrado na PMC.

    3. O trmite dos procedimentos relativos ao licenciamento previsto neste artigo, ser

    atribuio do autor do projeto, responsvel tcnico pelo projeto ou do proprietrio legalmente reconhecido, ou de procurador formalmente constitudo pelo proprietrio, investido de pode-res especiais para tal mister.

    4. No sero fornecidos alvars de licena para construo, reforma, demolio, ou

    alvar de localizao e funcionamento de atividades comercial, industrial e de servios, em lotes resultantes de loteamentos ou parcelamentos no aprovados pela Prefeitura.

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    5. Em reas de interesse social da Companhia de Habitao Popular de Curitiba -

    COHAB-CT e em processo de regularizao fundiria nas condies da legislao municipal vigente, podero ser fornecidos Alvars de Licena a critrio do Municpio.

    6. O projeto ou atividade que possa produzir impacto ambiental, dever ser analisado

    pelo rgo ambiental do Municpio. 7. O projeto ou atividade de interesse a sade, da qual possa decorrer risco sade

    pblica, dever ser analisado pela autoridade sanitria municipal. 8. O projeto ou atividade que possa ocasionar impacto ao patrimnio cultural ou

    arqueolgico dever ser analisado pelo rgo competente a fim de que obtenha as devidas autorizaes ou licenciamentos.

    9. O rgo responsvel pela emisso da licena dever, atravs de ato prprio devi-

    damente publicado na imprensa oficial, indicar quais os usos ou atividades que produzem impacto ambiental ou risco a sade, para o fim do disposto nos 6 e 7 deste artigo, exclu-dos os templos de qualquer culto.

    Art. 11. O requerimento de Alvar de Licena de Construo, dirigido ao rgo compe-

    tente ser instrudo, nos casos especificados por esta lei, com o projeto da obra elaborado con-forme as determinaes dos artigos que se seguem e da certido atualizada da Matrcula do Registro de Imvel do terreno onde a obra ser executada.

    Art. 12. O projeto relativo construo, ampliao, alterao, reforma e restauro de edi-

    ficaes, dever obedecer as normas vigentes da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT e a legislao especfica.

    1. As obras de fachada quando no compreenderem alterao das linhas arquitetni-

    cas, no dependero de projeto, no sendo dispensadas, porm, do devido licenciamento de que trata este Captulo.

    2. Para as obras de fachada em Imvel de Valor Cultural ou localizado em Stio

    Histrico, no haver dispensa de apresentao de projeto. 3. Os servios de pintura externa e troca de telhas, em imveis cadastrados como

    Imveis de Valor Cultural, ou localizados em Stios Histricos dependero de licenciamento especfico.

    Art. 13. Quando se tratar de obra de qualquer natureza a ser executada em prprios mu-

    nicipais objeto de concesso ou permisso de uso a particulares, a serem executados por estes, seu licenciamento e aprovao dos respectivos projetos s podero ter lugar depois da indis-pensvel autorizao ou aprovao do rgo titular do domnio e da comprovao da quitao dos emolumentos devidos.

    Pargrafo nico. Os emolumentos neste caso sero de obrigao do particular.

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    Art. 14. O rgo competente poder em qualquer caso, quando entender necessrio,

    mesmo depois de iniciadas as obras, exigir a apresentao de memorial descritivo da obra e as especificaes tcnicas dos materiais que sero empregados, bem como do clculo de estabi-lidade e da resistncia dos diversos elementos construtivos, alm dos desenhos de detalhes.

    1. Os memoriais tcnicos, clculos, desenhos e a relao de materiais com suas espe-

    cificaes tcnicas, devero ser assinados pelos profissionais legalmente habilitados, de acor-do com esta lei.

    2. Para qualquer obra ser necessrio apresentar, quando solicitado, alm das plantas

    e desenhos indicados nos artigos precedentes, uma memria justificativa que contenha o cl-culo estrutural e o desenho dos elementos estruturais, bem como os projetos eltrico, de tele-comunicaes, de sistema de proteo contra descarga atmosfricas (SPDA), de preveno de incndio, ar condicionado, hidro-sanitrio, de captao, armazenamento e utilizao de gua pluvial, de armazenamento e utilizao de guas servidas, de instalaes de gs e especiais, conforme as normas tcnicas oficiais vigentes.

    3. A documentao de que trata este artigo dever ser anexada ao processo de licen-

    ciamento da obra, a fim de esclarecer e auxiliar na apurao de responsabilidade, no caso de ser necessrio.

    4. Poder ser facultada a apresentao dos documentos de que trata o presente artigo,

    desde que o imvel e a obra possuam o Certificado de Vistoria de Segurana - CVS, de que trata o art. 57 desta lei.

    5. O Municpio poder embargar a obra licenciada no caso de no serem apresenta-

    dos dentro do prazo marcado, os elementos referidos no 2, ficando a obra paralisada en-quanto no for satisfeita esta exigncia.

    Art. 15. Todas as folhas dos projetos sero assinadas pelo proprietrio ou por seu repre-

    sentante legal, pelo autor do projeto e pelo responsvel tcnico pela execuo da obra, deven-do ser indicada, adiante da assinatura dos dois ltimos, a respectiva categoria profissional e o registro no conselho de classe, de acordo com o que esta lei estabelece.

    Seo II

    Do Alvar de Licena Art. 16. O licenciamento para obras ser feito de acordo com o ato baixado pela Secre-

    taria Municipal competente. Art. 17. Nos casos em que for julgado necessrio, para o incio do processo de licenci-

    amento, as Secretarias Municipais competentes, atravs de um de seus tcnicos, far a inspe-o do terreno onde se localizar a obra.

    Art. 18. Os projetos submetidos aprovao, aps concludo os procedimentos prelimi-

    nares de anlise, no podero conter retificao, rasuras ou correo.

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    Art. 19. O alvar de licena ser expedido aps a constatao de que os projetos e

    documentos apresentados atendem s exigncias do rgo competente e as disposies desta lei.

    Art. 20. O Municpio sempre que julgar necessrio, exigir a apresentao de levanta-

    mento topogrfico e a devida ART. Art. 21. O licenciamento ser expedido aps a comprovao de quitao dos emolumen-

    tos definidos em lei. Art. 22. Um dos exemplares do projeto aprovado das obras ser conservado na PMC e

    os demais sero entregues ao interessado juntamente com o alvar de licena. Art. 23. No alvar de licena constar: I - a indicao do nome do proprietrio; II - a identificao nominal do logradouro; III - finalidade da obra; IV - o nome do responsvel tcnico com o nmero do registro no CREA; V - o nome do construtor; VI - o nome do autor do projeto com o nmero do registro no CREA; VII - outros detalhes que se tornarem necessrios fiscalizao.

    Seo III Validade, Prorrogaes e Cancelamento do Licenciamento para Construes

    Art. 24. Aprovados os projetos, as obras somente podero ser iniciadas aps a expedi-

    o de alvar de licena por parte dos rgos municipais competentes. 1. No caso de ser expedido o alvar de licena, no sendo a obra iniciada, ou sendo

    iniciada e interrompida, a aprovao ser cancelada uma vez decorridos 180 (cento e oitenta) dias do trmino do prazo marcado no alvar, para o incio das obras ou da data da interrupo.

    2. Fixado o prazo para incio da construo, e no tendo sido esta iniciada, dever ser

    requerida a sua prorrogao, a qual poder ser negada a critrio do rgo competente em vir-tude de fatos supervenientes.

    3. Se dentro do prazo fixado a construo no for concluda, dever ser requerida a

    prorrogao de prazo e quitada a taxa de licenciamento correspondente.

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    Seo IV

    Alterao de projeto aprovado

    Art. 25. As alteraes de projeto a serem efetuadas aps o licenciamento da obra, devem ser requeridas e aprovadas, previamente, exceto aquelas que no impliquem em aumento de rea, e no alterem a forma externa e o uso da edificao, devendo nestes casos ser apresenta-do ao rgo competente, previamente execuo, uma planta elucidativa das modificaes propostas.

    Pargrafo nico. Quaisquer alteraes efetuadas devero ser aprovadas anteriormente ao

    pedido de vistoria de concluso de obras.

    Seo V Iseno de projetos ou licenas

    Art. 26. Atendidas as disposies desta lei, podero ser executadas, independentemente

    do pedido de licena, as obras adiante referidas: I - os servios de reparo e substituio de telhas; II - reparo parcial de passeio, desde que este no seja superior a 50% (cinqenta por

    cento) da rea ou volume total e que utilize o mesmo revestimento existente; III - manuteno e conserto de canalizao de abastecimento de gua, esgoto, gs, insta-

    laes de energia eltrica, de telecomunicaes e servios de pintura, desde que no ocorra obstruo do passeio e sejam atendidas as demais disposies desta lei;

    IV - instalao de elementos decorativos; V - construo de caladas no interior de terreno edificado, desde que respeitada a taxa

    de permeabilidade mnima para o lote estabelecida pela Lei de Zoneamento e Uso do Solo. 1. Os incisos I, II, III e IV, deste artigo, no se aplicam aos imveis considerados

    como de Valor Cultural ou localizados em Stios Histricos. 2. O inciso IV, deste artigo, no se aplica a logradouros pblicos.

    Seo VI Obras Existentes em Desacordo com a Legislao Vigente

    Art. 27. Para efeito de aplicao desta lei, consideram-se edificaes existentes: I - as averbadas em registro de imveis anteriores a 1965; II - as com Certificado de Vistoria de Concluso de Obras;

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    III - as com cadastro da construo anterior a 1.965 no Municpio. Art. 28. Nas construes existentes que no atendam o recuo mnimo do alinhamento

    estabelecido pela Lei de Zoneamento e Uso do Solo, somente sero admitidas obras de ampli-ao, reforma ou alterao, aps parecer favorvel do Conselho Municipal de Urbanismo e o devido licenciamento de que trata o presente Captulo.

    Pargrafo nico: Quando se tratar de Imvel de Valor Cultural, dever ser ouvido o

    rgo competente. Art. 29. Nas construes em desacordo com a legislao vigente podero ser toleradas

    somente pequenas obras de reparo, destinadas manuteno da habitabilidade e resistncia do prdio.

    Pargrafo nico. As obras de construo, reforma ou ampliao somente sero permiti-

    das quando devidamente enquadradas nas disposies desta lei e demais diplomas legais apli-cveis.

    CAPTULO V

    CERTIFICADO DE VISTORIA E CONCLUSO DE OBRAS CVCO

    Seo I Vistoria

    Art. 30. Aps a concluso, a obra seja qual for seu uso, para que a mesma seja habitada,

    ocupada ou utilizada, dever ser solicitado o Certificado de Vistoria de Concluso de Obras - CVCO, por meio de requerimento ao rgo competente.

    1. O CVCO ser expedido aps verificado estar a edificao completamente conclu-

    da, em conformidade com o projeto aprovado, com ligaes definitivas de gua, esgoto sani-trio e energia eltrica, o passeio construdo, estar com placa de numerao oficial, apresenta-o de todos os laudos ou pareceres exigidos, inclusive os do prximo pargrafo, bem como a comprovao de recolhimento de das taxas e emolumentos.

    2. Em todas as solicitaes de vistoria de concluso de obras dever ser anexado ao

    requerimento laudo tcnico assinado pelo responsvel tcnico da obra com cincia do proprie-trio, atestando quanto as seguintes condies:

    I - execuo da obra de acordo com o projeto arquitetnico aprovado, e que a mesma

    est em condies de higiene e habitabilidade; II - execuo de fundaes, estrutura, instalaes hidrulicas, sanitrias, de preveno

    de incndio, eltricas, de gs e outros projetos especficos exigidos pela legislao, de acordo com os projetos tcnicos especficos, nominando os responsveis tcnicos pelos projetos e por sua execuo, anexando a ART de cada profissional;

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    III - que os projetos referidos no inciso anterior, bem como o arquivo de ensaios, esta-

    ro disposio, a qualquer tempo, para exame por parte dos rgos competentes mediante assinatura de termo prprio;

    IV - Obedincia a eventuais obrigaes adicionais impostas por ocasio da expedio

    dos alvars de licena respectivos, atravs de ressalvas ou condicionantes para a expedio do CVCO.

    3. Atendidas todas as exigncias anteriores e no sendo expedido o CVCO no prazo

    definido em legislao especfica, poder a edificao ser ocupada. 4. No caso de no serem atendidas as exigncias deste artigo e pargrafos, e tenha

    havido ocupao irregular da edificao, poder o Municpio, quando entender necessrio, adotar procedimento para a desocupao, demolio, interdio ou embargo da edificao atravs dos meios legais.

    5. Aps a correo das irregularidades, ser expedido o CVCO, quando ento a edifi-

    cao poder ser ocupada.

    Seo II Certificado de Vistoria de Concluso Parcial de Obras

    Art. 31. Poder ser concedido, a juzo do rgo competente, Certificado de Vistoria de

    Concluso Parcial nos seguintes casos: I - quando se tratar de edifcio composto de parte comercial e parte residencial e puder,

    cada uma, ser utilizada independentemente da outra; II - quando se tratar de apartamentos, caso em que poder, a juzo do rgo competente,

    ser concedido o certificado para cada pavimento que estiver completamente concludo e desde que o acesso no sofra interferncia dos servios at a concluso total da obra;

    III - quando se tratar de 02 (duas), ou mais, edificaes construdas no mesmo lote e

    desde que o acesso no sofra interferncia dos servios at a concluso total da obra. Pargrafo nico. Em todos os casos devero ser atendidas as exigncias da legislao

    especfica, proporcionalmente a rea liberada, e demais disposies do art. 30 desta lei.

    CAPTULO VI LICENCIAMENTO DAS ATIVIDADES ECONMICAS

    Seo I

    Do Licenciamento Art. 32. Toda a atividade desenvolvida no Municpio de Curitiba somente poder ter

    incio aps a expedio do respectivo alvar de localizao e funcionamento.

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    1. A expedio de alvar de localizao e funcionamento, para atividades considera-

    das de risco ambiental, depender de prvio licenciamento, pelo rgo ambiental do Munic-pio.

    2. A expedio de alvar de localizao e funcionamento, para atividades considera-

    das de risco sade pblica, depender de prvio parecer tcnico sanitrio expedido pela autoridade sanitria municipal.

    Seo II

    Atividades Comerciais, de Prestao de Servios, Comunitrios e Industriais Art. 33. O alvar de licena para localizao e funcionamento de novas atividades ser

    exigido mesmo que o estabelecimento esteja localizado no recinto de outro j licenciado. 1. Excetuam-se das exigncias deste artigo, os rgos da Administrao Direta e In-

    direta da Unio, do Estado ou do Municpio. 2. O alvar de licena dever permanecer em lugar facilmente visvel. 3. Em estabelecimentos de risco sade, as atividades desenvolvidas devero ser

    compatveis entre si, e devidamente autorizadas pela autoridade sanitria municipal, mesmo quando desenvolvidas em horrios diferentes.

    Art. 34. O alvar de localizao e funcionamento ser expedido mediante requerimento

    ao rgo competente, e atendidas as disposies legais. 1. O alvar ter validade enquanto no se modificar qualquer dos elementos essenci-

    ais nele contidos e condicionados sua vigncia. 2. Quando ocorrer o previsto no pargrafo anterior, o interessado dever requerer

    outro alvar de licena, com as novas caractersticas essenciais. Art. 35. A critrio do rgo competente, poder ser expedido o alvar de localizao e

    funcionamento temporrio de estabelecimento, pelo prazo mximo de 30 (trinta) dias. Art. 36. Os horrios de abertura e fechamento do comrcio, sero fixados por Ato do

    Poder Executivo Municipal, bem como os horrios especiais para estabelecimentos de nature-za especfica, obedecida a legislao pertinente.

    Art. 37. Todo estabelecimento destinado a atividade econmica e de servios de qual-

    quer natureza, obrigado a manter seu recinto em perfeita limpeza e higiene, bem como dispor de instalaes sanitrias destinadas ao pblico.

    Pargrafo nico. Em situaes especiais, a critrio do rgo competente, poder ser

    dispensada a exigncia de instalaes sanitrias destinadas ao pblico.

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    Art. 38. As atividades destinadas habitao transitria devero atender as disposies

    estabelecidas nos artigos anteriores, quanto ao licenciamento para funcionamento. Art. 39. As atividades desenvolvidas em oficinas, servios de manuteno, restaurao,

    reposio, troca ou consertos, quando definidas como de risco ambiental, por legislao espe-cfica, devero obter licenciamento ambiental previamente a expedio de alvar de funcio-namento ou construo.

    Seo III Comrcio Ambulante

    Art. 40. Considera-se comrcio ambulante a atividade temporria de venda a varejo, de

    mercadorias, realizada em logradouros pblicos, por pessoa fsica, sem vnculo com terceiros, pessoa jurdica ou entidade, em locais ou horrios previamente determinados.

    Pargrafo nico. proibido o exerccio da atividade de comrcio ambulante fora dos

    horrios e locais demarcados. Art. 41. Nenhum vendedor ambulante poder exercer suas atividades no Municpio, sem

    a respectiva licena. Pargrafo nico. A licena para o comrcio ambulante individual, intransfervel e ex-

    clusivamente para o fim ao qual foi destinada, e dever estar sempre disponvel para apresen-tao, pelo seu titular, fiscalizao, sob pena de multa e apreenso.

    Art. 42. A licena para comrcio ambulante ser expedida aps avaliao do cumpri-

    mento da legislao especfica, mediante requerimento da parte interessada. 1. O vendedor licenciado para o comrcio ambulante responsvel pelo fiel cumpri-

    mento da legislao pertinente, e das determinaes do rgo competente relativas ativida-de.

    2. Quando o vendedor licenciado para comrcio ambulante necessitar afastar-se, do

    seu local de trabalho, dever informar por escrito o motivo e o perodo de afastamento para avaliao quanto as faltas, pelo rgo competente.

    Art. 43. O vendedor ambulante no licenciado para o exerccio, ficar sujeito apreen-

    so da mercadoria encontrada em seu poder, a qual somente lhe ser restituda mediante requerimento, e aps o pagamento da multa correspondente.

    Art. 44. Todo vendedor ambulante dever cumprir as disposies da legislao especfi-

    ca relativa a cada produto licenciado, e respectivo equipamento, sob pena de multa, apreenso das mercadorias e equipamento, suspenso e cancelamento da licena.

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    CAPTULO VII LICENCIAMENTO DE INSTALAES DIVERSAS

    Art. 45. O licenciamento para a execuo dos servios e para a manuteno das instala-

    es, dever obedecer aos critrios definidos pelo rgo municipal competente, atendida as disposies da presente lei.

    Art. 46. As instalaes que direta ou indiretamente propiciam populao atendimento

    a fornecimento de gua potvel, de energia eltrica, de gs, de servios de telecomunicaes e instalaes diversas, devero ser licenciadas pelo Municpio.

    Art. 47. A concessionria dos servios indicados no artigo anterior dever manter arqui-

    vados os projetos e as ARTs, para os projetos e execuo das respectivas instalaes, de-vendo fornec-las ao Municpio sempre que solicitado.

    Art. 48. Todas as instalaes de que trata o presente Captulo, devero ser mantidas em

    perfeito estado de conservao e funcionamento, podendo a Comisso de Segurana instituda pelo art. 56 desta lei, fiscalizar o estado destas instalaes e submet-las a provas de eficin-cia.

    Art. 49. O licenciamento de que trata o art. 46 desta lei ser analisado pelos rgos

    competentes, atravs de processo prprio e dever atender as exigncias de legislao espec-fica, inclusive quanto ao acompanhamento arqueolgico.

    Art. 50. Em todo o Municpio de Curitiba, quando da solicitao do licenciamento para

    a instalao e funcionamento de Subestao e Linhas de Transmisso de Energia Eltrica, Torres de Telecomunicao e Estao Rdio Base - ERB e similares, dever ser apresentado pelo interessado, termo de responsabilidade pela instalao e influncia desta, aos imveis confrontantes, quanto ao sistema de proteo contra descargas atmosfricas e a compatibili-dade eletromagntica.

    Pargrafo nico. A critrio do rgo competente podero ser feitas outras exigncias,

    quando necessrio, considerando a potencializao do risco ao entorno.

    CAPTULO VIII LICENCIAMENTO DE ATIVIDADES DE CARTER PROVISRIO

    Seo I Circos

    Art. 51. Os circos devero obter o devido Licenciamento, e s podero ser abertos ao

    pblico aps o cumprimento dos itens abaixo: I - licena Ambiental;

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    II - laudo do Corpo de Bombeiros; III - ART de todos os equipamentos e instalaes; IV - instalaes sanitrias. 1. Descumpridas as condies impostas pelo Municpio, o rgo competente poder

    promover a interdio do circo. 2. Quando apresentado o Certificado de Vistoria de Segurana CVS, de que trata o

    art. 57 desta lei, ser facultado o atendimento aos incisos II e III deste artigo.

    Seo II Parque de Diverses

    Art. 52. Os parques de diverses devero obter o devido licenciamento, e atender as

    seguintes condies: I - licena Ambiental; II - todos os equipamentos de material incombustvel; III - laudo do Corpo de Bombeiros; IV - ART de todos os equipamentos e instalaes. Pargrafo nico. Todos os equipamentos, inclusive os instalados aps licenciamento,

    devero atender aos incisos II, III e IV deste artigo. Art. 53. Quando apresentado o CVS, de que trata o art. 57 desta lei, ser facultado o

    atendimento aos incisos II, III e IV do art. 52.

    CAPTULO IX NUMERAO PREDIAL

    Art. 54. Todas as edificaes existentes e que vierem a ser construdas, reformadas ou

    ampliadas no Municpio, sero obrigatoriamente numeradas. 1. A numerao das edificaes e terrenos, bem como das unidades distintas, existen-

    tes em um mesmo terreno ou edificao, ser definida pelo rgo competente. 2. obrigatria a colocao da placa da numerao, com o nmero oficial definido

    pelo rgo competente, em local visvel, no muro do alinhamento ou na fachada.

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    3. A numerao das novas edificaes e das respectivas unidades distintas ser de-

    signada por ocasio da emisso do alvar de construo e para a emisso do CVCO ser exi-gida a fixao.

    4. Todos os parmetros para a numerao predial sero os definidos pelo rgo

    Municipal competente, em legislao especfica. Art. 55. Os proprietrios dos imveis sem placa de numerao oficial, com placa em

    mau estado ou que contenha numerao em desacordo com a oficialmente definida, sero notificados para regularizar a situao.

    CAPTULO X

    SEGURANA DOS IMVEIS

    Seo I Comisso de Segurana do Municpio

    Art. 56. Fica instituda a Comisso de Segurana subordinada diretamente ao Prefeito

    Municipal com a finalidade especfica de agir sempre que obra, edificao ou imvel locali-zado no Municpio de Curitiba, ou seu uso, representar risco populao, a sade ou ao am-biente e a Comisso de Acessibilidade, com a finalidade de controlar, fiscalizar e propor a-es destinadas aplicao das normas federais sobre acessibilidade em imveis, equipamen-tos urbanos e instalaes mecnicas.

    Pargrafo nico. A composio e as atividades das Comisses de que trata o "caput"

    deste artigo, sero regulamentada atravs de ato do Poder Executivo Municipal

    Seo II Certificado de Vistoria de Segurana - CVS

    Art. 57. Fica institudo o Certificado de Vistoria de Segurana - CVS, que atestar aten-

    dimento pelo interessado s normas de segurana para edificaes, imveis, instalaes e equipamentos, estabelecidas pela legislao municipal, estadual ou federal pertinentes.

    1. O CVS a que se refere o "caput" deste artigo ser expedido pelo Municpio ou

    delegao a entidade especializada, com comprovada experincia, nos termos do art. 130 e seus pargrafos.

    2. Quando apresentado o CVS, de que trata o "caput" deste artigo, nas solicitaes de

    Vistoria de Concluso de Obras, ser dispensado ao requerente, o atendimento das exigncias do 2 do art. 30.

    3. As disposies do presente artigo sero regulamentadas por ato do Poder

    Executivo Municipal.

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    CAPTULO XI

    VISTORIA ADMINISTRATIVA Art. 58. A vistoria administrativa ter lugar, quando: I - por motivo de segurana, for julgado necessrio pelo Municpio e comprovado atra-

    vs de laudo tcnico, que se proceda a imediata demolio de qualquer obra em andamento ou paralisada, ou ao desmonte de instalaes, aparelhos ou quaisquer elementos que ocasionem risco segurana, sade ou ao meio ambiente;

    II - em edificao, instalao ou aparelho, forem constatados riscos que ameacem a

    segurana pblica, sade ou ao meio ambiente; III - deixar de ser cumprida, dentro do prazo fixado, uma notificao feita para demoli-

    o parcial ou total de uma obra ou para o desmonte parcial ou total de qualquer instalao ou aparelho;

    IV - o rgo competente, por motivos justificados, assim o determinar. Art. 59. A vistoria em regra geral, dever ser realizada na presena do proprietrio, inte-

    ressado ou seu representante legal, notificado previamente pelo rgo competente, e ter lugar em dia e hora marcados, salvo nos casos de iminente risco segurana pblica, sade ou ao meio ambiente.

    Pargrafo nico. No sendo localizado o proprietrio, interessado ou seu representante

    legal, o rgo competente far a notificao por meio de edital publicado no Dirio Oficial e jornal de grande circulao no Municpio, com antecedncia de 03 (trs) dias teis data mar-cada para vistoria.

    Art. 60. Comparecendo o proprietrio, interessado ou seu representante legal ao ato da

    diligncia, a Comisso de Segurana dar-lhe- conhecimento das concluses da vistoria noti-ficando-o para providncias imediatas.

    1. No caso de se tornarem necessrias outras providncias, a Comisso de Segurana

    far uma comunicao ao interessado, relatando o que tiver decidido, solicitando a expedio da imediata notificao ou medidas que se tornarem necessrias, indicando o prazo para o cumprimento da deciso ou nova notificao.

    2. No caso de no ser localizado o proprietrio, interessado ou seu representante

    legal, a Comisso de Segurana promover sua notificao por edital. Art. 61. Na hiptese de no comparecer o proprietrio, interessado ou o seu representan-

    te legal, a Comisso de Segurana far um rpido exame a fim de apurar se o caso admite adiamento e, se concluir pela afirmativa, ser marcada nova vistoria devidamente notificada que se realizar a revelia do proprietrio, se pela segunda vez deixar de comparecer por si ou por seu representante legal.

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    Pargrafo nico. Na notificao ou edital relativo segunda vistoria, dever constar que

    a diligncia se efetuar, como determina este artigo, mesmo que o proprietrio deixe de com-parecer ou de se fazer representar.

    Art. 62. No caso do imvel a ser vistoriado se encontrar fechado na hora marcada para a

    vistoria, a Comisso de Segurana solicitar ao rgo competente a sua interdio, a no ser que haja risco iminente, caso em que, a Comisso far a vistoria, mesmo que seja necessrio proceder ao arrombamento do imvel.

    Art. 63. Dentro do prazo fixado na notificao, o interessado poder apresentar recurso

    Autoridade competente por meio de requerimento. 1. O recurso ser imediatamente encaminhado a despacho do rgo competente, an-

    tes de decorrido o prazo marcado pela notificao para o cumprimento das exigncias do lau-do.

    2. O recurso no suspende a execuo das providncias a serem tomadas de acordo

    com as prescries desta lei nos casos de risco iminente segurana pblica, sade ou meio ambiente.

    3. O Municpio proceder a demolio de irregularidades quando: I - tratar-se de obras irregularizveis ou de obras que podero ser regularizadas median-

    te modificaes; II - qualquer providncia que o responsvel tenha deixado de realizar depois de lhe ter

    sido expedida por 02 (duas) vezes a necessria notificao. 4. A autoridade competente poder mandar demolir as obras irregulares, no todo ou

    em parte, por servidores do Municpio, precedida da ordem judicial de desocupao quando necessrio, com ou sem a expedio de nova notificao, cobrando-se do responsvel as des-pesas feitas pela Administrao Municipal em conseqncia dessas providncias.

    Art. 64. Constatado o risco iminente em obra de construo civil ou edificao habitada,

    a autoridade competente adotar as providncias necessrias imediata ordem judicial de desocupao, como medida de segurana pblica.

    Art. 65. As despesas decorrentes de procedimentos ocorridos nesta Seo sero cobra-

    das do proprietrio judicialmente, no caso de no serem pagas administrativamente.

    CAPTULO XII OBRAS PARALISADAS OU EM RUNAS

    Art. 66. Todo proprietrio de imvel com obra paralisada por mais de 30 (trinta) dias,

    ou em runas, que possibilite a sua ocupao irregular, fica obrigado a executar a vedao do

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    terreno no alinhamento da via pblica, bem como proceder o lacramento das vias de acesso ao imvel.

    1. A obrigao estende-se s pessoas jurdicas de direito pblico ou privado. 2. Durante o perodo de paralisao o proprietrio ser responsvel pela vigilncia

    ostensiva de forma a impedir a ocupao do imvel. Art. 67. O exame local de obra paralisada ou em runas ser feito pela Comisso de

    Segurana, quanto s condies estruturais, de estabilidade e de segurana pblica no sentido de evitar desabamentos, a qual emitir notificao com aviso de recebimento, determinando o prazo e as medidas a serem tomadas pelo proprietrio, preposto, representante legal ou responsvel.

    1. No que tange segurana, com intuito de evitar a ocupao irregular, a fiscaliza-

    o poder ser realizado diretamente por rgo competente. 2. Todas as obras de demolio ou execuo de servios necessrios, devero ser

    acompanhadas por responsvel tcnico habilitado, o qual dever tomar as medidas relativas segurana, durante a sua execuo.

    3. Poder ser prorrogado por mais 120 (cento e vinte) dias o prazo de que trata o

    "caput" deste artigo, desde que o proprietrio demonstre ser este o seu nico imvel, destina-do a sua moradia, e que a paralisao tenha sido realizada por fora de diminuio de renda familiar.

    Art. 68. Tratando-se de runa iminente, dever a obra ser demolida a bem da segurana

    pblica, no prazo determinado pela Comisso de Segurana, sujeitando o proprietrio s pe-nalidades previstas nesta lei, na hiptese de descumprimento.

    Art. 69. No caso de obra comprometida estruturalmente a Comisso de Segurana

    determinar a execuo das medidas necessrias para garantir a estabilidade da edificao. Art. 70. No caso de imveis cadastrados como de Valor Cultural ou em Stios Histri-

    cos, ser ouvido o rgo competente, em atendimento as normas legais pertinentes, sem pre-juzo na vedao e lacramento necessrios, na forma que a Comisso de Segurana definir, observado o contido no artigo anterior.

    CAPTULO XIII

    NORMAS PARA EXECUO DE OBRAS

    Seo I Canteiro de Obras e Instalaes Temporrias

    Art. 71. As instalaes temporrias que compe o canteiro de obras, somente sero

    permitidas aps a expedio de alvar de construo da obra, obedecido seu prazo de valida-de.

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    Pargrafo nico. No canteiro de obras sero permitidos: I - tapumes; II - barraces; III - escritrios; IV - sanitrios; V - poos; VI - gua; VII - energia; VIII - depsito de material; IX - caamba; X - depsito de detritos; XI - vias de acesso e circulao; XII - transportes; XIII - vestirios; XIV - espao de venda exclusiva das unidades autnomas da construo. Art. 72. Alm das demais disposies legais, as instalaes temporrias devero: I - ter dimenses proporcionais ao vulto da obra permanecendo apenas enquanto dura-

    rem os servios de execuo da mesma; II - ser distribudas no canteiro de obras, de forma a no interferir na circulao de

    veculos de transporte de material e situar-se a partir do tapume; III - no ultrapassar os limites dos tapumes; IV - ser mantidas pintadas e em bom estado de conservao e segurana.

    Seo II Vedao

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    Art. 73. Todas as obras de construo, de reforma ou de demolio, devero ser vedadas

    por tapume, tela, grade ou outro elemento que proporcione o isolamento e proteo da obra, bem como a segurana do pblico, obedecidas as normas.

    Seo III Escavaes, Movimentos de Terra, Arrimo e Drenagens

    Art. 74. As escavaes, movimentos de terra, arrimo e drenagens e outros processos de

    preparao e de conteno do solo, somente podero ter incio aps a expedio do devido licenciamento pelos rgos municipais competentes.

    1. Toda e qualquer obra executada no Municpio, obrigatoriamente, dever possuir,

    em sua rea interna, um sistema de conteno contra o arrastamento de terras e resduos, com o objetivo de evitar que estes sejam carreados para galerias de guas pluviais, crregos, rios e lagos, causando assoreamento e prejuzos ambientais aos mesmos.

    2. O terreno circundante a qualquer construo dever proporcionar escoamento s

    guas pluviais e proteg-la contra infiltraes ou eroso. 3. Antes do incio de escavaes ou movimentos de terra, dever ser verificada a

    existncia ou no de tubulaes e demais instalaes sob o passeio do logradouro que possam vir a ser comprometidas pelos trabalhos executados.

    4. No caso de servios previstos no "caput" deste artigo junto a imveis cadastrados

    como de Valor Cultural ou em Stios Histricos, poder ser solicitada pelo rgo competente a apresentao de laudo tcnico quanto a garantia da integridade e estabilidade dos imveis em questo, bem como diagnstico arqueolgico.

    5. Os passeios dos logradouros e as eventuais instalaes de servio pblico devero

    ser adequadamente escorados e protegidos. Art. 75. O rgo competente poder exigir dos proprietrios a construo, manuteno e

    conteno do terreno, sempre que for alterado o perfil natural do mesmo pelo proprietrio ou seu preposto.

    1. A mesma providncia poder ser determinada em relao aos muros de arrimo no

    interior de terrenos e em suas divisas, quando coloquem em risco as construes acaso exis-tentes no prprio terreno ou nos vizinhos, cabendo a responsabilidade das obras de conteno quele que alterou a topografia natural.

    2. As providncias do "caput" tero cabimento quando se verificar o arrastamento de

    terras dos terrenos particulares, em conseqncia das enxurradas. 3. O prazo para o incio das obras ser de 30 (trinta) a 90 (noventa) dias, contado da

    respectiva notificao, salvo se, por motivo de segurana, a juzo do rgo competente, a obra for julgada urgente, caso em que esses prazos podero ser reduzidos.

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    Seo IV Conservao e Limpeza

    Art. 76. Durante a execuo da obra, inclusive pintura, o profissional responsvel ou proprietrio, conforme o caso, dever adotar as medidas necessrias e possveis para garantir a segurana dos trabalhadores, do pblico, das benfeitorias dos logradouros e das proprieda-des vizinhas, bem como para impedir qualquer transtorno ou prejuzo a terceiros.

    1. A limpeza do logradouro pblico dever ser permanentemente mantida pelo res-

    ponsvel da obra, enquanto esta durar e em toda a sua extenso. 2. Quaisquer detritos cados da obra e bem assim resduos de materiais que ficarem

    sobre qualquer parte do leito do logradouro pblico, devero ser imediatamente recolhidos, sendo, caso necessrio, feita a varredura de todo o trecho atingido, alm de irrigao para impedir o levantamento de p.

    Art. 77. Nenhum tipo de material de construo poder permanecer no logradouro

    pblico, seno durante o tempo necessrio para a sua descarga e remoo, salvo quando se destinar a obras que devam ser realizadas no prprio logradouro, as quais devero ser conve-nientemente protegidas.

    Seo V

    Demolies

    Art. 78. A demolio de qualquer obra s poder ter incio aps a expedio do alvar de que trata o inciso V, do art. 9 desta lei.

    Art. 79. Os imveis cadastrados como de Valor Cultural, no podero ser demolidos,

    descaracterizados, mutilados ou destrudos. Art. 80. Em qualquer demolio, o profissional responsvel ou proprietrio, conforme o

    caso, dever por em prtica todas as medidas necessrias e possveis para garantir a segurana dos trabalhadores, do pblico, das benfeitorias dos logradouros e das propriedades vizinhas, bem como para impedir qualquer transtorno ou prejuzo a terceiros, ou a logradouros pbli-cos.

    Art. 81. Os rgos municipais competentes podero, sempre que julgarem conveniente,

    estabelecer horrios para demolio, respeitando a legislao especfica que trata da questo de nveis de presso sonora.

    CAPTULO XIV

    OBRAS EM LOGRADOUROS PBLICOS

    Seo I Disposies Gerais

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    Art. 82. Nenhum servio ou obra que exija alterao de calamento e meio-fio ou esca-

    vaes no leito de vias pblicas, poder ser executado sem prvia licena, obedecidas as con-dies a seguir elencadas, s expensas do executor:

    I - a colocao de placas de sinalizao convenientemente dispostas, contendo comuni-cao visual alertando quanto s obras e a segurana;

    II - a colocao, nesses locais, de luzes vermelhas; III - manuteno dos logradouros pblicos permanentemente limpos e organizados; IV - manter os materiais de abertura de valas, ou de construo, em recipientes estan-

    ques, de forma a evitar o espalhamento pelo passeio ou pelo leito da rua; V - remover todo material remanescente das obras ou servios, bem como a varrio e

    lavagem do local, imediatamente aps a concluso das atividades; VI - assumir a responsabilidade pelos danos ocasionados aos imveis com testada para

    o trecho envolvido; VII - apresentar laudo tcnico no caso dos servios previstos no "caput" deste artigo

    junto a imveis cadastrados como de Valor Cultural ou em Stios Histricos, quanto a garan-tia da integridade e estabilidade;

    VIII - recompor o logradouro de acordo com as condies originais aps a concluso

    dos servios. Pargrafo nico. Aps o devido licenciamento de que trata o art. 6 desta lei, as obras e

    servios executados pela Unio e Estado, suas entidades da administrao indireta, bem como empresas por esses contratadas ficaro sujeitas s condies previstas neste artigo.

    Art. 83. proibida a colocao de material de construo ou entulho, destinado ou pro-

    veniente de obras, nos logradouros pblicos, com a exceo dos casos estabelecidos em legis-lao especfica.

    Art. 84. proibida a utilizao dos logradouros pblicos para a execuo de servios ou

    obras, alm dos limites estabelecidos em legislao especfica.

    Seo II Redes de Distribuio e Transmisso em Logradouros Pblicos

    Art. 85. As redes areas distribuio de energia eltrica e telecomunicaes podero ser

    transferidas para instalao subterrnea. 1. Em todos os locais onde j existe a rede subterrnea a transferncia ser prioritria.

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    2. Todas as concessionrias de energia eltrica e telecomunicaes, devero apresen-

    tar, quando solicitado pelo Municpio, projeto de expanso do trecho subterrneo, indicando os prazos da substituio da rede area.

    Seo III Passeios

    Art. 86. A construo e a reconstruo dos passeios dos logradouros, em toda a exten-

    so das testadas dos terrenos edificados ou no compete aos proprietrios e devem ser feitas de acordo com as especificaes indicadas para cada caso, inclusive as destinadas a promover e preservar a permeabilidade do solo, pelo rgo competente, de acordo com a legislao especifica.

    Seo IV

    Rebaixamento de Guias ou Meio-Fio Art. 87. As guias rebaixadas em ruas pavimentadas, s podero ser feitas mediante

    licena, quando requerido pelo proprietrio ou representante legal, desde que exista local para estacionamento de veculos, de acordo com o disposto nesta lei e legislao especfica.

    Pargrafo nico. Quando da aprovao do alvar de construo ser exigida a indicao

    das guias rebaixadas no projeto. Art. 88. O rebaixamento de guias nos passeios somente ser permitido quando no re-

    sultar em prejuzo para a arborizao pblica. Pargrafo nico. A juzo do rgo competente poder ser autorizado o corte da rvore,

    desde que atendidas as exigncias do mesmo. Art. 89. O rebaixamento de guia obrigatrio, sempre que for necessrio o acesso de

    veculos aos terrenos ou prdios, atravs do passeio do logradouro, sendo expressamente pro-ibida a colocao de cunhas, rampas de madeira ou outro material, fixas ou mveis, na sarjeta ou sobre o passeio.

    Pargrafo nico. As notificaes para regularizao de guia, quando necessrio, estabe-

    lecero o prazo improrrogvel de 30 (trinta) dias para sua execuo.

    Seo V Manuteno e Limpeza dos Logradouros Pblicos

    Art. 90. de responsabilidade do proprietrio do imvel manter o passeio limpo, roa-

    do e capinado, no podendo os resduos provenientes ser encaminhados sarjeta, leito da rua, boca de lobo ou terrenos baldios.

    Art. 91. proibido lanar ou depositar na via pblica, passeios, praas, jardinetes, bocas

    de lobo ou qualquer outro espao do logradouro pblico:

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    I - lixo, animais mortos, mobilirio, folhagens, material de poda, terra, lodo de limpeza

    de fossas ou de sumidouros, leos, gorduras, graxas, liquido de tinturaria, nata de cal e cimento;

    II - papis, anncios, invlucros, restos de alimentos ou quaisquer detritos. Art. 92. Os promotores de eventos culturais, religiosos, esportivos, entre outros, so

    responsveis pela limpeza dos logradouros que forem atingidos por resduos gerados em fun-o da atividade.

    Pargrafo nico. A limpeza das ruas ou logradouros pblicos dever ser iniciada mesmo

    durante a realizao do evento e sua concluso efetuada num prazo mximo de at 08 (oito) horas, aps o trmino.

    Art. 93. As reas de comercializao utilizadas por feirantes e vendedores ambulantes

    devero ser mantidas permanentemente limpas, durante e aps a realizao das atividades. 1. Os feirantes e os vendedores ambulantes devero realizar a limpeza de sua rea de

    trabalho, acondicionar os resduos em sacos plsticos para serem recolhidos pela coleta pbli-ca, quando esta acontecer no dia da realizao da feira livre, caso contrrio, o proprietrio da banca ser responsvel pelo transporte e destinao final adequada.

    2. obrigatria a disponibilizao de depsito de gua para a higiene e limpeza do

    local e para os trabalhadores, conforme legislao vigente. Art. 94. Os proprietrios ou condutores de animais so responsveis pela limpeza dos

    dejetos dispostos pelos mesmos em qualquer logradouro pblico.

    Seo VI Transporte, Carga e Descarga em Logradouros Pblicos

    Art. 95. Os responsveis pelo transporte de materiais, mercadorias ou objetos de qual-

    quer natureza que possam gerar resduos, devero providenciar a sua imediata remoo e des-tinao final adequada, bem como a limpeza do local, sem nus para o Municpio, atendendo a legislao especifica.

    1. O local e horrio de colocao e retirada das caambas, dever atender ao disposto

    na legislao especfica. 2. Os resduos coletados por empresas transportadoras somente podero ser deposita-

    dos em locais previamente autorizados pelo rgo competente, observados os aspectos ambi-entais, a preservao de fundos de vale ou sistemas naturais de drenagem obedecidas as nor-mas legais aplicveis.

    Art. 96. O responsvel pela carga, descarga ou manobra de veculos de transporte de

    materiais, mercadorias ou objetos de qualquer natureza, dever adotar todas as precaues

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    para manter a integridade do logradouro, devendo executar a limpeza do trecho em questo imediatamente aps o trmino da atividade, dando destinao final adequada aos detritos gerados.

    Art. 97. Os veculos empregados no transporte de qualquer natureza, devero ser veda-

    dos e dotados de elementos necessrios proteo da respectiva carga e em condies de impedir a sua queda na via pblica.

    Art. 98. Em hiptese alguma ser permitida a lavagem de caminhes ou de alguma de

    suas partes em logradouros pblicos.

    Seo VII Da irregularidade na publicidade e pintura

    Art. 99. proibido fixar propaganda, anncios, faixas, objetos ou quaisquer engenhos

    publicitrios ou informativos, em postes, rvores, obras pblicas, abrigos de paradas de cole-tivos, placas de sinalizao, equipamentos de mobilirio urbano, ou quaisquer locais legal-mente no autorizados.

    Pargrafo nico. Estaro sujeitos sanes aplicveis todos os responsveis, cedentes

    ou contratantes, a qualquer ttulo, que concorreram para o cometimento da irregularidade. Art. 100. proibido pichar, desenhar ou escrever em muros, fachadas, colunas, paredes,

    postes, rvores, abrigos de paradas de coletivos, placas de sinalizao, equipamentos de mobi-lirio urbano, monumentos ou qualquer lugar de uso pblico e privado.

    Pargrafo nico. Mediante autorizao do proprietrio do imvel e obedecida a legisla-

    o especfica, poder ser executada a pintura artstica em muros e fachadas de edificao.

    CAPTULO XV DISPOSIES GERAIS RELATIVAS A OBRAS

    Seo I

    Obras de Construo Art. 101. A execuo das obras referidas no art. 9 desta lei, no podero ser executadas

    em desacordo com o estabelecido na legislao Municipal, Estadual ou Federal. Art. 102. Para os efeitos de fiscalizao municipal, o alvar, o projeto aprovado e as

    ARTs permanecero no local da obra, mantidos em perfeito estado de conservao.

    Seo II Canto Chanfrado

    Art. 103. Nas construes em terrenos de esquina, para efeito de garantir a visibilidade,

    ser exigida a execuo de canto chanfrado ou outra soluo tcnica equivalente.

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    1. O canto chanfrado dever ter um comprimento mnimo de 2,50m (dois metros e

    cinqenta centmetros). 2. A juzo do rgo competente, o canto chanfrado poder ser dispensado, desde que

    fiquem garantidas as condies de visibilidade.

    Seo III Sondagens

    Art. 104. A execuo de sondagens geotcnicas em terrenos particulares ser realizada

    de acordo com as normas tcnicas vigentes, da ABNT. Pargrafo nico. Sempre que solicitado pelo rgo competente, dever ser fornecido o

    perfil indicativo com o resultado das sondagens executadas.

    Seo IV Alinhamento Predial

    Art. 105. Toda construo dever obedecer o correto alinhamento predial determinado,

    de acordo com os projetos oficialmente aprovados para o logradouro respectivo, observando-se o disposto no art. 20.

    1. A obedincia ao disposto neste artigo de responsabilidade do proprietrio e do

    responsvel tcnico pela execuo da obra, ficando os projetos de arruamento disposio do interessado no rgo competente.

    2. Quando o terreno em que se pretender construir estiver atingido por projeto apro-

    vado modificando o seu alinhamento, ser exigido o recuo necessrio para o novo alinhamen-to predial.

    3. Caso a implantao do arruamento seja executada pelo Municpio, em desacordo

    com o projeto original do logradouro, resultando em atingimento do passeio ou do alinhamen-to predial, o proprietrio do terreno prejudicado poder exigir a sua retificao, sem qualquer nus para o mesmo.

    Seo V

    Aproveitamento de Terrenos Art. 106. Quando existente ou projetada mais de uma edificao num mesmo lote, pode-

    r ser admitido muro de vedao entre as construes, no podendo em hiptese alguma, tais muros constiturem desmembramento do mesmo.

    Art. 107. No ser permitida a construo de uma ou mais edificaes, ou parte destas

    ocupando mais de um lote, sem a devida unificao dos mesmos.

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    Art. 108. Para a execuo de obras e servios junto s divisas do lote, dever existir au-

    torizao expressa do proprietrio do lote vizinho conforme a legislao vigente.

    Seo VI Placa de Obra

    Art. 109. No local da obra e at a sua concluso, dever haver, em posio visvel, uma

    placa indicando, obrigatoriamente: I - o nome do autor do projeto, seu ttulo profissional e o nmero de sua carteira expedi-

    da pelo CREA; II - o nome do Responsvel Tcnico pela execuo dos servios, seu ttulo profissional

    e o nmero de sua carteira expedida pelo CREA, ou seu respectivo visto; III - o nome da empresa, encarregada da execuo da obra, com o nmero de seu regis-

    tro no CREA; IV - os respectivos endereos, inclusive o da obra; V - o nmero do Alvar de Construo; Pargrafo nico. A placa de obra ficar limitada dimenso mxima de 2,00m (dois

    metros quadrados).

    Seo VII Gerao de Rudos

    Art. 110. Devero ser atendidos todos os preceitos estabelecidos em legislao especfi-

    ca, em relao a gerao de rudos durante a execuo das obras.

    CAPTULO XVI DRENAGEM

    Seo I

    guas Pluviais e de Infiltrao Art. 111. Todos os terrenos devero ser convenientemente preparados para dar escoa-

    mento s guas pluviais e de infiltrao. Pargrafo nico. Quando necessrio, a juzo do rgo competente, poder ser exigida a

    execuo de sistema de drenagem no lote.

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    Art. 112. O escoamento dever ser feito de modo que as guas sejam encaminhadas pa-

    ra curso de gua ou vala que passe nas imediaes, ou ainda, para o sistema de captao de guas pluviais da via pblica, devendo, neste caso, ser conduzida sob o passeio.

    1. Poder ser exigido pelo rgo competente o lanamento no sistema de captao de

    guas pluviais, por meio de ramal, quando houver insuficincia de declividade para o escoa-mento das guas.

    2. A critrio do rgo competente a ligao do ramal galeria poder feita: I - por meio de caixa de ralo; II - por meio de poo de visita com caixa de areia; III - ligao direta do ramal na galeria, mediante interposio de uma caixa de inspeo

    no interior do lote. 3. Visando permitir a passagem de guas pluviais dos lotes a montante, dever ser

    previsto o escoamento destas guas. 4. As guas pluviais provenientes de telhados no devero ser direcionadas para os

    lotes vizinhos, devendo seu escoamento obedecer a legislao especfica.

    Seo II Conservao de Cursos de guas

    e valas no interior dos terrenos, projetos e canalizaes Art. 113. Caber ao proprietrio de terrenos com cursos de gua, lagos ou valas, inde-

    pendente de largura, extenso ou vazo, mant-los limpos, desembaraados e com livre esco-amento, nas duas margens, nos limites de sua propriedade.

    1. Nos terrenos com edificaes, independente de porte e uso, compete ao morador

    ou proprietrio, a limpeza dos cursos de gua, lagos ou valas. 2. O rgo competente, quando julgar conveniente, poder exigir do proprietrio o

    capeamento, a conteno ou a regularizao dos cursos de guas nos limites dos respectivos terrenos.

    3. Nos casos de cursos de guas, lagos ou valas constiturem divisas de terrenos, os

    proprietrios ribeirinhos devero dividir o nus das obras exigidas pelo rgo competente. 4. Poder ser concedida licena para canalizao de cursos de guas, mediante solici-

    tao do proprietrio, aps a anlise dos rgos competentes, atendidas as normas legais per-tinentes.

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    5. Em hiptese alguma poder ser executado desvio de cursos de guas, tomada de

    guas, construo de audes, represas, barragens, tapumes, contenes, canalizaes, galerias celulares, pontes e passarelas, ou qualquer obra que venha alterar ou impedir o livre escoa-mento de guas nos seus cursos primitivos ou retificados, sem a devida licena.

    6. A construo de obras, independente de porte ou uso, somente poder ser feita nas

    margens, no leito ou sobre os cursos de gua, lagos ou valas, mediante anlise de rgo com-petente, nas seguintes condies:

    I - no sejam alteradas as seces de vazo existentes acomodadas e o volume de vazo

    anterior, prejudicando reas jusante; II - no ocorram interferncias na manuteno, como limpezas manuais e dragagens; III - no sejam obstrudas, com obras de arte, sem a devida orientao do rgo compe-

    tente; IV - em situaes emergenciais sejam retirados todos e quaisquer obstculos, que pos-

    sam obstruir os cursos de gua, com vazo em alta velocidade e maior volume, tais como: estacas, escoras, tapumes, areia, pedra, ferro, tbuas e outros materiais necessrios na execu-o de obras;

    V - manter o afastamento do eixo ou margem do curso de gua determinados em legis-

    lao especifica. Art. 114. Em todos os terrenos em que sejam erguidas construes com implantao de

    rua interna e ptios de mltiplo uso, seja para carga, descarga e depsito ou para condomnios residenciais e loteamentos independente de porte ser exigido Projeto de drenagem com dis-positivos de diminuio da vazo mxima de guas pluviais, conforme as normas vigentes e exigncias do rgo competente.

    CAPTULO XVII

    NORMAS PARA EDIFICAES ESPECFICAS

    Seo I Estacionamento e Garagens

    Art. 115. Os espaos destinados a estacionamento ou garagem de veculos podem ser: I - privativos, quando se destinarem a um s usurio, famlia, estabelecimento ou con-

    domnio, constituindo dependncia para uso exclusivo da edificao; II - coletivos, quando se destinarem explorao comercial.

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    Pargrafo nico. A composio das reas, o nmero de vagas, de acordo com o tipo de

    edificao e o acesso para o estacionamento ou garagem, devero atender a legislao espec-fica.

    Art. 116. vedado o uso do passeio ou da faixa de recuo obrigatrio, definido pela Lei

    de Uso e Ocupao do Solo, para estacionamento ou circulao de veculos.

    Seo II reas de Recreao e Outros Equipamentos Comunitrios

    Art. 117. Todos os conjuntos habitacionais ou agrupamentos residenciais, tais como,

    habitaes unifamiliares, habitaes unifamiliares em srie, habitaes coletivas e transit-rias, devero ter uma rea mnima delimitada destinada a recreao e equipamentos comunit-rios, de acordo com legislao especfica.

    CAPTULO XVIII

    COMPONENTES TCNICO - CONSTRUTIVOS DAS EDIFICAES

    Seo I Elementos Tcnico-Construtivos

    Art. 118. As caractersticas tcnicas dos elementos construtivos nas edificaes devem

    ser consideradas de acordo com a qualidade e quantidade dos materiais ou conjunto de mate-riais, a integrao de seus componentes, suas condies de utilizao e respeitando o que ob-servam as normas tcnicas oficiais vigentes, quanto :

    I - segurana ao fogo; II - conforto trmico; III - conforto acstico; IV - iluminao; V - segurana estrutural; VI - estanqueidade. Art. 119. No que tange ao clculo das fundaes e estrutura, sero obrigatoriamente

    considerados: I - os efeitos para com as edificaes vizinhas; II - os bens de valor cultural; III - os logradouros pblicos;

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    IV - as instalaes de servios pblicos. Pargrafo nico. As fundaes e estruturas devero ficar situadas inteiramente dentro

    dos limites do lote, no podendo em hiptese alguma, avanar sob o passeio do logradouro, sob os imveis vizinhos ou sob o recuo obrigatrio, se houver.

    Seo II Acessos

    Art. 120. A manobra de abertura e fechamento de portes de acesso dever ser desen-

    volvida a partir da testada do lote, no avanando sobre a rea do passeio. Pargrafo nico. Aplica-se o disposto neste artigo para toda esquadria, em construo

    edificada no alinhamento predial.

    Seo III Cobertura

    Art. 121. Alm das demais disposies legais, dever ser observado o que segue em

    relao s coberturas das edificaes: I - quando a edificao estiver junto divisa, ou com afastamento desta de at 0,25m

    (vinte e cinco centmetros), dever obrigatoriamente possuir platibanda. II - todas as edificaes com beiral com caimento no sentido da divisa, devero possuir

    calha quando o afastamento deste divisa for inferior a 0,75 m (setenta e cinco centmetros). Art. 122. A cobertura de edificaes agrupadas horizontalmente dever ter estrutura in-

    dependente para cada unidade autnoma e a parede divisria dever propiciar total separao entre os forros e demais elementos estruturais das unidades.

    Seo IV Escadas

    Art. 123. As escadas podem ser privativas, quando adotadas para acesso interno e de

    uso exclusivo de uma unidade autnoma, ou coletivas, quando adotadas para acesso s diver-sas unidades autnomas e acessos internos de uso comum.

    1. As escadas coletivas podero ser de trs tipos: I - normal; II - enclausurada, cuja caixa envolvida por paredes e portas corta-fogo;

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    III - prova de fumaa, que a escada enclausurada precedida de antecmara ou local

    aberto para evitar penetrao de fogo e fumaa. 2. A instalao de escada do tipo helicoidal em estabelecimentos de interesse a sa-

    de e em edifcios pblicos., somente ser admitida a critrio do rgo competente. Art. 124. O dimensionamento das escadas, inclusive patamares intermedirios, devero

    obedecer s determinaes vigentes da ABNT. Art. 125. A exigncia de escadas enclausuradas, ou a prova de fumaa ser definida a

    critrio da Comisso de Segurana do Municpio, obedecida a legislao especfica. Art. 126. Nas edificaes e locais de uso pblico de qualquer natureza, obrigatria a

    instalao de corrimo de apoio em ambos os lados das escadas de acesso permanente ou eventual aos servios de atendimento ao pblico, e piso revestido de material anti-derrapante, conforme legislao especfica.

    Seo V Rampas

    Art. 127. As rampas de acesso de pedestres, nas edificaes de uso pblico, devero ter

    corrimo em ambos os lados e comprimento mximo, sem patamar de 9,00 m (nove metros) com declividade no superior a 8% (oito por cento).

    Pargrafo nico. Se a declividade for superior a 6% (seis por cento) o piso dever ser

    revestido com material antiderrapante e o corrimo prolongado em 0,30 m (trinta centmetros) nos dois finais da rampa.

    Art. 128. As rampas para acesso de veculos no podero ter declividade superior a 25%

    (vinte e cinco por cento), em nenhum ponto.

    CAPTULO XIX INSTALAES E EQUIPAMENTOS DAS EDIFICAES

    Seo I

    Disposies Gerais Art. 129. As instalaes e equipamentos abrangem os conjuntos de servios especficos

    executados durante a realizao da obra ou servio e sero projetados, calculados e executa-dos, visando a segurana, higiene e o conforto dos usurios, de acordo com as disposies desta lei e das normas tcnicas oficiais vigentes da ABNT e legislao especfica.

    1. Todas as instalaes e equipamentos de que trata o "caput" exigem responsvel

    tcnico legalmente habilitado, no que se refere a projeto, instalao, manuteno e conserva-o.

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    2. A manuteno e conservao de que trata o pargrafo anterior ter sua periodici-

    dade definida em legislao especfica. Art. 130. Fica instituda a obrigatoriedade de inspeo anual de segurana pelo Munic-

    pio ou, sob permisso ou concesso, sempre por meio de licitao, nos termos do artigo 104, da Lei Orgnica do Municpio e da Lei Municipal n. 10.192, de 28 de junho de 2001, por empresa com comprovada experincia, nas seguintes instalaes e equipamentos:

    I - instalaes mecnicas; II - resduos slidos (lixo); III - gs; IV - instalaes hidro-sanitrias; V - drenagem; VI - instalaes eltricas; VII - instalaes de telecomunicaes; VIII - condicionamento ambiental; IX - insonorizao; X - incndio; XI - sistema de proteo contra descargas atmosfricas -SPDA (pra-raios). 1. A inspeo mencionada neste artigo obrigatria, ser anual e constituir requisito

    bsico para a expedio do Laudo Tcnico de Inspeo (LTI) pela autoridade competente. 2. Em caso de delegao dos servios, o prazo de vigncia dos contratos, no podero

    superar 20 (vinte) anos, incluindo suas eventuais prorrogaes. 3. Pelos servios de inspeo de que trata esta lei, o Municpio, ou as empresas, em

    caso de delegao, tero direito ao recebimento de preo pblico a ser pago pelos propriet-rios dos equipamentos inspecionados.

    4. O valor do preo pblico referido no "caput" deste artigo, ser fixado pelo Munic-

    pio na regulamentao desta lei e no respectivo edital de licitao.

    Seo II Instalaes Mecnicas, Eltricas e de Telecomunicaes

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    Art. 131. Quando as instalaes mecnicas, eltricas e de telecomunicaes em geral,

    no possurem o CVS, de que trata o art. 57 desta lei, poder ser exigido Laudo Tcnico, emi-tido por profissional legalmente habilitado, atestando a sua segurana.

    Art. 132. No ser permitido a colocao de motor eltrico, mquina eltrica, equipa-

    mentos de telecomunicao, mquina eltrica, eixo de transmisso ou qualquer outro disposi-tivo que possa exercer esforo, presso, ou produzir vibrao, aquecimento, interferncias ou afetar a sade dos seres vivos com apoio, suspenso ou ligao direta s paredes ou cobertu-ra dos edifcios

    Pargrafo nico. Quando a construo tiver sido especialmente executada para o fim

    especfico da instalao, ou que tenha sido convenientemente preparada ou reforada, poder ser admitida a instalao a critrio do rgo competente, mediante a apresentao de laudo tcnico emitido por profissional legalmente habilitado.

    Art. 133. S sero permitidas as instalaes mecnicas, eltricas e de telecomunicaes

    tais como, elevadores, escadas rolantes, planos inclinados, caminhos areos e quaisquer ou-tros aparelhos de transporte, para uso particular, comercial ou industrial, quando executada por empresa especializada, com profissional legalmente habilitado e devidamente licenciado pelo rgo competente.

    1. Todos os projetos e detalhes construtivos das instalaes devero ser assinados

    pelo representante da empresa especializada em instalao e pelo profissional responsvel tcnico da mesma, devendo ficar arquivados no local da instalao e com o proprietrio pelo menos uma cpia, para ser apresentada Municipalidade, quando solicitado.

    2. O projeto de instalao de equipamento de transporte dever atender aos requisitos

    da ABNT. Art. 134. obrigatria a instalao de elevadores entre os vrios pavimentos em edifi-

    caes cujo piso, imediatamente abaixo da laje de cobertura ou terrao, estiver situado numa altura superior a 9,50m (nove metros e cinqenta centmetros) do piso do acesso principal da edificao.

    1. Excluem-se do clculo da altura para a instalao do elevador: I - as partes sobrelevadas destinadas casa de mquinas, caixa dgua, casa do zelador e

    reas de lazer ou recreao; II - o ltimo pavimento, quando de uso exclusivo do penltimo. 2. A exigncia de elevadores no dispensa a existncia de escadas ou rampas. 3. Ainda que, em uma edificao, apenas um elevador seja exigido, todas as unidades

    devero ser servidas.

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    4. Os elevadores de carga devero ter acesso prprio, independente e separado dos

    corredores, passagens ou espaos de acesso aos elevadores de passageiros e no podero ser usados para o transporte de pessoas, exceo de seus prprios operadores.

    Art. 135. Alm das normas tcnicas especficas, os elevadores das edificaes de uso

    pblico devero ser adequados ao uso por pessoas portadoras de necessidades especiais. 1. Com a finalidade de facilitar o uso por pessoas portadoras de deficincia visual, os

    elevadores devero incluir nas botoeiras da cabina, sinalizao em braille ou em relevo. 2. Os elevadores j instalados na data da publicao da presente lei, tero prazo de 12

    (doze) meses para atendimento deste artigo. Art. 136. Sempre que o equipamento de transporte de passageiros estiver em regime de

    comando manual, dever obrigatoriamente ser operado por ascensorista. Art. 137. A instalao de elevador ou de qualquer outro aparelho de transporte somente

    ter seu uso liberado, aps expedio de Certificado de Funcionamento pela empresa instala-dora, certificado este que poder ser solicitado a qualquer tempo pelo rgo competente

    Art. 138. As escadas rolantes estaro sujeitas s normas tcnicas oficiais vigentes e no

    sero computadas no clculo do escoamento de pessoas da edificao, nem no clculo da largura mnima das escadas fixas.

    Art. 139. Em cada instalao mecnica, eltrica e de telecomunicao dever constar,

    em lugar de destaque, placa indicativa do nome, endereo e telefone, atualizados, dos respon-sveis pela conservao.

    Art. 140. O rgo competente poder exigir do proprietrio, sndico, ou do responsvel

    por edificao onde exista elevador ou similar, a qualquer tempo, a apresentao de contrato de conservao dos equipamentos, com e Empresa Conservadora idnea e cadastrada no Municpio.

    1. Compete s empresas de manuteno zelar pelo funcionamento e segurana das

    instalaes, ficando responsveis perante o Municpio por qualquer irregularidade ou infrao que se verifique nas mesmas instalaes.

    2. A empresa de manuteno obrigada a prestar atendimento, sempre que seja soli-

    citado, s instalaes que estiverem sob sua responsabilidade. 3. As empresas de manuteno respondem pelos danos produzidos a terceiros pelo

    mau funcionamento das instalaes que lhes forem confiadas, no caso de acidente decorrente da falta de conservao de qualquer dos componentes do equipamento, ou do mau estado dos dispositivos de segurana.

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    4. Caber multa e cassao do alvar de localizao e funcionamento das empresas

    responsveis pela manuteno da instalao, na hiptese de constatao por rgo competente das seguintes irregularidades:

    I - ms condies de funcionamento; II - falta de qualquer dos dispositivos obrigatrios de segurana, preventivos ou de

    emergncia; III - com quaisquer dispositivos inutilizados ou sem condies de funcionamento; IV - a ocorrncia de acidente conseqente de falta do cumprimento de qualquer das

    responsabilidades que lhe couberem, em face das disposies desta lei. Art. 141. obrigatria a inspeo peridica e expedio de relatrio anual dos equipa-

    mentos das instalaes mecnicas pela Empresa de manuteno, assinado pelo Engenheiro responsvel.

    1. O relatrio de Inspeo dever permanecer em poder do proprietrio da instalao,

    para pronta exibio fiscalizao municipal. 2. No caso de instalaes mecnicas, eltricas e de telecomunicaes j implantadas

    na data de vigncia desta lei, assim como nas hipteses de substituio de elevadores em caixas e casas de mquinas j existentes, podero, a juzo rgo competente, ser toleradas caractersticas divergentes, desde que no comprometam a segurana dos equipamentos e da edificao.

    Seo III Resduos Slidos - Lixo

    Art. 142. Toda edificao, independente da sua destinao, dever ter no interior do lote

    abrigo ou depsito para guarda provisria de resduos slidos, com capacidade adequada e suficiente para acomodar os diferentes recipientes dos resduos, em local desimpedido e de fcil acesso coleta, obedecendo s normas estabelecidas pelos rgos competentes.

    1. proibida a instalao de tubo de queda para coleta de resduos slidos urbanos. 2. Os tubos de queda existentes para a coleta de resduos devero ser lacrados. 3. Conforme a natureza e volume do lixo ou resduos slidos sero adotadas medidas

    especiais para sua remoo, obedecendo as normas estabelecidas pelo rgo competente, nos termos da legislao especfica.

    Seo VI

    Gs Art. 143. Alm do disposto no art. 129 desta lei, nas instalaes de gs obrigatrio:

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    I - chamins para descarga dos gases de combusto dos aquecedores gs; II - ventilao permanente assegurada por aberturas diretas para o exterior.

    Seo V Efluentes Hdricos - guas Servidas e Esgoto

    Art. 144. Todas as edificaes ou atividades que gerem efluentes sanitrios, industriais,

    infectantes ou contaminantes, devero possuir tratamento adequado s suas caractersticas especficas, em atendimento a legislao ambiental.

    1. Onde existir a rede de coleta de esgoto, as edificaes ficam obrigadas a se conec-tarem rede e desativarem a fossa sptica e o sumidouro.

    2. Em reas no atendidas por rede de coleta de esgoto, nas edificaes que possuam

    fossa sptica, o proprietrio fica obrigado a efetuar manutenes peridicas e manter sinali-zado a sua localizao precisa no lote.

    Art. 145. Todo imvel est sujeito fiscalizao relativa aos efluentes hdricos, ficando

    assegurado o acesso aos agentes fiscalizadores. Pargrafo nico. Verificando-se poluio hidro-sanitria na regio e no sendo possvel

    a vistoria interna do imvel, o proprietrio ser notificado a prestar os devidos esclarecimen-tos junto ao rgo competente.

    Seo VI

    Condicionamento Ambiental

    Art. 146. Quando as edificaes requeiram o fechamento das aberturas para o exterior, os compartimentos devero ter equipamento de renovao de ar ou de ar condicionado, con-forme as normas tcnicas oficiais vigentes, devendo ainda satisfazer as disposies abaixo:

    I - As condies do ambiente sero tais que a temperatura resultante nos compartimen-

    tos, seja compatvel com as atividades desenvolvidas no local; II - o equipamento dever funcionar ininterruptamente durante as horas de funciona-

    mento das atividades, mesmo durante os intervalos, de modo que sejam mantidas permanen-temente as condies de temperatura e qualidade do ar;

    III - atender a legislao especfica a questo de gerao de rudos.

    Seo VII Insonorizao

    Art. 147. As edificaes devero receber tratamento acstico adequado, de modo a no

    perturbar o bem estar pblico ou particular, com sons ou rudos de qualquer natureza, que ultrapassem os nveis mximos de intensidade permitidos pela legislao especfica.

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    Pargrafo nico. Instalaes e equipamentos causadoras de rudos, vibraes ou

    choques devero ter tratamento acstico e sistemas de segurana adequados, para prevenir a sade do trabalhador, usurios ou incmodos vizinhana.

    Seo VIII

    Preveno de Incndio Art. 148. Todas as edificaes, segundo sua ocupao, risco e carga de incndio, deve-

    ro dispor de sistema de proteo contra incndio, alarme e condies evacuao, sob coman-do ou automtico, sujeitos s disposies e normas tcnicas especficas.

    Art. 149. Em benefcio da segurana pblica, nos edifcios j existentes em que se veri-

    fique a necessidade de ser feita a instalao contra incndio, o rgo competente exigir a adequao legislao especfica.

    Seo IX

    Sistema de Proteo Contra Descargas Atmosfricas - SPDA (Pra-raios)

    Art. 150. obrigatria a instalao de sistema de proteo para descargas atmosfricas

    (pra-raios), nos seguintes casos: I - em todas as edificaes, exceto as edificaes residenciais com rea total construda,

    inferior a 400,00m (quatrocentos metros quadrados) ou com altura inferior a 8,00m (oito metros), ressalvadas as prescries da norma tcnica da ABTN;

    II - edificaes e instalaes de carter temporrio, tais como: circos, parques de diver-

    so e congneres; III - instalaes para realizao de eventos especiais. Art. 151. A manuteno do sistema de proteo para descargas eltricas atmosfricas

    (pra-raios), dever ser realizada anualmente, devendo o proprietrio apresentar laudo tcnico sempre que solicitado pelo rgo competente, emitido por profissional ou empresa legalmente habilitados e cadastrados no Municpio.

    Art. 152. Todas as edificaes a que se refere o art. 150, ficam sujeitas a fiscalizao

    pelo rgo competente, podendo, em qualquer caso, ser exigido laudo tcnico emitido por profissional ou empresa legalmente habilitados e outras providncias cabveis, para garantir a segurana das edificaes e dos seus usurios.

    Pargrafo nico. Poder ser facultada a apresentao do laudo tcnico de que trata o

    "caput" deste artigo, desde que a edificao possua o Certificado de Vistoria de Segurana - CVS de que trata o art. 57.

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    Art. 153. As reas abertas onde possa ocorrer concentrao de pblico, devero ser

    devidamente sinalizadas, de forma a orientar o pblico quanto s medidas a serem adotadas, no caso de risco de descarga atmosfrica.

    Pargrafo nico. O responsvel pelo local dever divulgar instrues sobre os procedi-

    mentos a serem adotados em casos de alerta e manter, em arquivo prprio, a documentao referente instalao e manuteno do sistema de proteo contra descargas eltricas atmos-fricas.

    Art. 154. obrigatria a substituio dos sistemas que utilizem materiais radioativos ou

    que se tenham tornado radioativos, em funo do tempo de utilizao ou devido a quantidade de descargas atmosfricas absorvidas.

    Art. 155. Para a remoo, substituio, transporte e disposio final dos pra-raios radioativos, devero obrigatoriamente ser obedecidos os procedimentos indicados pela Comisso Nacional de Energia Nuclear - CNEN.

    CAPTULO XX

    COMPARTIMENTOS DA EDIFICAO

    Seo I Dos Compartimentos

    Art. 156. Para os efeitos da presente lei, o destino dos compartimentos no ser conside-

    rado apenas pela sua designao no projeto, mas tambm pela sua finalidade lgica, decorren-te da disposio em planta.

    Art. 157. Nenhum compartimento poder ter abertura para a divisa a menos de 1,50m

    (um metro e cinqenta centmetros) destas. Art. 158. Havendo sacadas, balces, varandas ou terraos junto s divisas, estas devero

    possuir fechamento com no mnimo 1,80m (um metro e oitenta centmetros) de altura.

    Seo II Dimenses Mnimas dos Compartimentos da Edificao

    Art. 159. Todos os compartimentos devero ter forma e dimenses adequados a sua

    funo ou atividade pretendida e obedecerem ao disposto em legislao especfica. Art. 160. As edificaes devero possuir instalaes sanitrias na quantidade e condi-

    es exigidas pela legislao especfica. Pargrafo nico. Toda edificao de uso pblico dever ter, no mnimo, um sanitrio

    com dimenses apropriadas aos portadores de necessidades especiais, com todos os acess-rios ao alcance e dispositivos auxiliares de apoio, de acordo com a legislao especfica, ob-servado o contido no art. 37 desta lei.

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    CAPTULO XXI

    CONFORTO AMBIENTAL

    Seo I Padres Construtivos

    Art. 161. As edificaes de utilizao humana, independente de sua destinao ou per-

    manncia, devero satisfazer as condies mnimas de conforto ambiental e higiene estabele-cidas pela legislao vigente.

    1. As condies de conforto ambiental e higiene das edificaes so definidas por: I - padres construtivos caracterizados por situaes-limite; II - padres mnimos de desempenho quanto iluminao artificial; III - desempenho trmico dos elementos da construo; IV - tratamento acstico. 2. O Municpio admitir demonstraes de novos padres construtivos, desde que

    respaldados por normas tcnicas legais vigentes, por certificados fornecidos por entidades de pesquisa idneas e por procedimento tcnico-cientfico comprovado.

    Seo II

    Iluminao e Insolao Art. 162. Todas as edificaes devero possuir aberturas para iluminao e insolao

    dos compartimentos, considerando sua utilizao e permanncia, obedecidas s normas espe-cficas.

    Seo III

    Ventilao Natural Art. 163. As aberturas para ventilao podero ou no estar integradas s janelas de

    iluminao e insolao, de acordo com as normas especficas. Art. 164. As instalaes geradoras de gases, vapores e partculas em suspenso devero

    ter sistema de exausto mecnica, sem prejuzo de outras normas legais pertinentes higiene e segurana do trabalho.

    Seo IV

    Isolamento Acstico Art. 165. vedada a ligao por aberturas diretas entre locais ruidosos e reas de escri-

    trio, lazer, estar ou locais que exijam condies ambientais de tranqilidade, bem como logradouros pblicos ou lote contguo.

  • PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

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    Pargrafo nico. Se necessria, a ligao dever ser atravs de antecmara, vestbulo ou

    circulao adequadamente tratada.

    CAPTULO XXII COMPLEMENTOS DA EDIFICAO

    Seo I

    Vedao e Limpeza de Terrenos no Alinhamento dos Logradouros Pblicos Art. 166. Todo proprietrio de terreno edificado ou no, situado no Municpio, dever

    ved-lo no alinhamento predial, conforme legislao especfica, mantendo o terreno limpo e drenado.

    1. A vedao e limpeza de imveis atingidos por Bosques Nativos, dever ser autori-zada pelo rgo municipal competente.

    2. Os terrenos no habitados o proprietrio dever ved-los assegurando acesso

    exclusivamente para a manuteno da limpeza e drenagem.

    Seo II Marquises

    Art. 167. Ser permitida a construo de marquise na testada dos edifcios, desde que

    obedea as seguintes condies: I - seja obtido licenciamento conforme disposto no art. 9 da presente lei; II - para construes no alinhamento predial, no exceder a largura dos passeios menos

    50cm (cinqenta centmetros), e ficar em qualquer caso, sujeita ao balano mximo de 2,00m (dois metros);

    III - para construes onde o zoneamento exige recuo do alinhamento predial, a marqui-

    se no exceder a 1,20m (um metro e vinte centmetros) sobre a faixa de recuo; IV - no apresentar em qualquer dos seus elementos, inclusive bambinelas, altura infe-

    rior da cota de 3,00m (trs metros), referida ao nvel dos passeios, salvo nos casos dos conso-los, os quais, junto parede, poder ter altura reduzida a 2,50m (dois metros e cinqenta cen-tmetros);

    V - no prejudicar a arborizao e a iluminao pblica e no ocultarem placas de

    nomenclatura de ruas e outras indicaes oficiais dos logradouros; VI - ter, na face superior, caimento em direo fachada do edifcio, junto a qual ser

    convenientemente disposta a calha, provida de condutor para coletar e encaminhar as guas, sob o passeio, sarjeta do logradouro;

    VII - vedado o emprego de material sujeito a estilhaamento;

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    VIII - ser construda em material incombustvel, de boa qualidade, com tratamento

    harmnico com a paisagem urbana e ser mantida em perfeito estado de conservao.

    Seo III Prgulas

    Art. 168. As prgulas no tero sua projeo includa na taxa de ocupao e coeficiente

    mximo do lote e, desde que: I - seja obtido licenciamento conforme disposto no art. 9 da presente lei; II - localizem-se sobre aberturas de iluminao, ventilao e insolao de compartimen-

    tos; III - tenham parte vazada, uniformemente distribuda por metros quadrados correspon-

    dentes a, no mnimo, 70% (setenta por cento) da rea de sua projeo horizontal; IV - a parte vazada no tenha qualquer dimenso inferior a 01 (uma) vez a altura da

    nervura; V - somente 10% (dez por cento) da extenso do pavimento de sua projeo horizontal,

    seja ocupada por colunas de sustentao. Pargrafo