13 dez 2011

44
XIX 227 13/12/2011 * Cartão vermelho para as ONGs - p.01 * O que Serra tanto temia- p.32 * MAPA DA CORRUPÇÃO - p.42

Upload: clipping-ministerio-publico-de-minas-gerais

Post on 07-Mar-2016

225 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Clipping Eletrônico

TRANSCRIPT

Page 1: 13 Dez 2011

XIX 227 13/12/2011

* Cartão vermelho para as ONGs - p.01

* O que Serra tanto temia- p.32

* MAPA DA CORRUPÇÃO - p.42

Page 2: 13 Dez 2011

Daniel CamargosDepois de terem sido sub-

metidos a exame por 30 dias por recomendação da presiden-te Dilma Rousseff, os contratos de organizações não governa-mentais (ONGs) com o Minis-tério do Esporte foram defini-tivamente cortados, afirmou ontem o titular da pasta, Aldo Rebelo. “Terminamos essa fase e a ideia é não renovar”, disse o ministro. Segundo ele, também não serão firmados novos con-vênios com esse tipo de insti-tuição. No lugar delas, entram órgãos públicos. “A preferên-cia é para convênios celebrados com as prefeituras e governos estaduais”, explicou.

Rebelo garantiu que a de-cisão de excluir as ONGs não denota preconceito contra elas. “Valorizo e reconheço o mérito dessas organizações, mas acho que o poder público deve dar prioridade aos convênios com prefeituras, governos estaduais ou com entidades que tenham representatividade, eleições e componham organismos reco-nhecidos pelo poder público”, defendeu.

Apesar da decisão, o mi-nistro não informou se foram encontradas irregularidades nos contratos da gestão anterior. Diante da questão, limitou-se a dizer que convênios e presta-ções de contas são submetidos a uma avaliação rigorosa do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Ge-ral da União (CGU). “É difícil passar algo errado em contrato ou no convênio que o ministé-rio não perceba”, resumiu.

O ministro participou da abertura do campeonato Futu-re Champions, para jogadores de até 17 anos. Em seguida, foi à posse do colega do PCdoB – partido a que é filiado – Zito Vieira na Secretaria Municipal de Esporte de Belo Horizonte, participou da inauguração de obras e visitou o Mineirão. Re-belo diz que ainda não finali-zou o processo de transição no Ministério do Esporte. “Assu-mi o cargo muito recentemen-te e tenho que conhecer todo o processo, toda a cultura do ministério, que conta não ape-nas com programas, mas com a Copa do Mundo e as Olimpía-das”, disse.

COPA DO MUNDO De acordo com a análise de

Rebelo, a Lei Geral da Copa é uma interpretação do governo sobre os acordos firmados com a Federação Internacional de Futebol (Fifa), que aguarda a votação do Congresso. “Já foi feito o relatório, com pequenas alterações naquilo que o go-verno propôs, e espero que a Casa vote para sinalizar para o mundo que o Brasil está dando a importância que deve à Copa do Mundo de 2014”, ponderou o ministro.

Um dos pontos polêmicos é a venda de bebidas alcoólica nos estádios. De acordo com o secretário de Estado extraordi-nário da Copa do Mundo, Sér-gio Barroso, é preciso encon-trar um consenso entre os esta-dos e o governo federal. “Nós não temos uma lei que proíba a venda de bebida nos estádios,

mas temos um termo de ajusta-mento de conduta (TAC) com o Ministério Público (MPMG) nesse sentido”, explica Barroso sobre a situação de Minas Ge-rais. O secretário informou que o cronograma de obras segue dentro do previsto, sendo que o Mineirão será inaugurado em 21 de dezembro do ano que vem e o Independência no final de fevereiro do próximo ano.

Memória

Denúncias e demissão

O ministro Aldo Rebelo tomou posse no Esporte em 31 de outubro, depois da queda de Orlando Silva, motivada por denúncias envolvendo orga-nizações não governamentais (ONGs). O estopim da crise foi a acusação do policial mi-litar João Dias Ferreira de que Orlando Silva teria recebido dinheiro vivo na garagem do ministério.

Os recursos seriam prove-nientes das verbas destinadas às ONGs por meio do progra-ma Segundo Tempo, que in-centiva a prática de esporte en-tre jovens.

A denúncia do policial sus-tenta que o então ministro teria recebido 20% das verbas do programa e que, em oito anos, teria desviado cerca de R$ 40 milhões. O ex-ministro negou a participação no esquema e alegou ter sido perseguido por Dias. Afirmou ainda que deixou o cargo para provar sua inocên-cia. Depois da posse, Rebelo suspendeu os convênios com ONGs para análise.

GOVERNO

Cartão vermelho para as ONGs Análise do Ministério do Esporte reprova convênios com organizações não governamentais para prestação

de serviços. Pasta decide substituí-las por órgãos públicos, confirma Rebelo

ESTADO DE MINAS - P. 3 - 12.11.2011

01

Page 3: 13 Dez 2011

O ESTADO DE SP - P. C4 - 13.12.2011

02

Page 4: 13 Dez 2011

hOjE EM DIA - P.2 - 13.12.2011

03

Page 5: 13 Dez 2011

O TEMPO - P. 26 - 13.12.2011

04

Page 6: 13 Dez 2011

O TEMPO - P. 10 - 13.12.2011

05

Page 7: 13 Dez 2011

ESTADO DE MINAS - 1ª P. E P. 01 - CAD. ESPECIAl - 11.12.2011REPORTAGEM ESPECIAl

INFÂNCIA ATRÁS DAS GRADESA INDESEJÁVEL VIDA EM PRESÍDIOS DE FILHOS DE MULHERES CONDENADAS

06

Page 8: 13 Dez 2011

INFÂNCIA ATRÁS DAS GRADESDIRETORES DE UNIDADES DO SISTEMA CARCERÁRIO NEM SEMPRE SEGUEM A LEGISLAÇÃO

QUE REGE A CONVIVÊNCIA ENTRE AS CONDENADAS E SEUS FILHOS

CONTRADIÇÕES QUE BALANÇAM O BERÇO

ESTADO DE MINAS - P. 01 A 4 - CAD. ESPECIAl - 11.12.2011

07

Page 9: 13 Dez 2011

CONT... ESTADO DE MINAS - P. 01 A 4 - CAD. ESPECIAl - 11.12.2011INFÂNCIA ATRÁS DAS GRADES

MÃE, FILHA E NETO VIVEM A DURA ROTINA DA VIDA EM UM PREDÍDIO DA GRANDE BH. EM COMUM COM AS OUTRAS DETENTAS, O DESEJO DE VER AS CRIANÇAS EM LIBERDADE

TRÊS GERAÇÕES E UMA SÓ HISTÓRIA

08

Page 10: 13 Dez 2011

CONT... ESTADO DE MINAS - P. 01 A 4 - CAD. ESPECIAl - 11.12.2011

INFÂNCIA ATRÁS DAS GRADES

O AMARGO DA COLMEIA

09

Page 11: 13 Dez 2011

CONT... ESTADO DE MINAS - P. 01 A 4 - CAD. ESPECIAl - 11.12.2011

10

Page 12: 13 Dez 2011

ESTADO DE MINAS - P. 08 E 09 - 13.12.2011

11

Page 13: 13 Dez 2011

Melhor preso do que longe

Distância involuntária

Alice Maciel - enviando especial a Belém (PA)

CONT... ESTADO DE MINAS - P. 08 E 09 - 13.12.2011

12

Page 14: 13 Dez 2011

hOjE EM DIA - P. 19 - 13.12.2011

13

ISTO É - SP - P. 24 - 14.12.2011

ISTO É - SP - P. 35- 14.12.2011

ISTO É - SP - P. 38 - 14.12.2011

Page 15: 13 Dez 2011

A cerimônia de entrega do VIII Prêmio Innovare será re-alizada no próximo dia 15, às 11h, no Hall dos Bustos do Su-premo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF). Criado para valorizar e divulgar práticas inovadoras que beneficiam a sociedade, idealizadas por magistrados, integrantes do Ministério Público estadual e federal, defensores públicos e advogados públicos e privados de todo Brasil, o prêmio deste ano tem como temas “Justiça e Inclusão Social” e “Combate ao Crime Organizado”, na ca-tegoria Prêmio Especial.

Ao todo, concorrem nes-ta oitava edição 371 práticas inscritas em seis categorias: 105 práticas na categoria Juiz individual, 100 na categoria Advocacia, 74 na categoria Ministério Público, 40 na ca-tegoria Defensoria Pública, 25 na categoria Tribunal e 27 na categoria Prêmio Especial. Menções honrosas serão ofere-cidas em todas as categorias.

Os vencedores serão con-templados com um prêmio de R$ 50 mil (exceto a categoria Tribunal, que não recebe pre-miação em dinheiro) e terão

suas práticas disseminadas em outras regiões do país. Para tanto, o Innovare conta com uma equipe difusora composta por ministros, renomados ad-vogados, juízes, promotores de Justiça e diretores do Instituto.

Desde 2004, o Prêmio In-novare incentiva e replica boas práticas jurídicas, acumulando mais de duas mil iniciativas inscritas. Já foram contempla-das práticas ligadas à adoção e reintegração à família, cidada-nia, meio ambiente, moderni-zação do Judiciário, infraestru-tura, crescimento urbano, entre outras.

A cada ano, as práticas inscritas são visitadas por con-sultores parceiros do Instituto. Eles se dedicam a analisar a adequação das iniciativas ao prêmio. Posteriormente, as ini-ciativas são avaliadas pelos in-tegrantes da comissão julgado-ra, formada por nomes de peso na comunidade jurídica. Neste ano, a comissão contou com 27 integrantes, entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST), além de advogados e integran-

tes da Defensoria Pública e do Ministério Público Federal (MPF).

O prêmio é realizado em parceria com a Secretaria de Reforma do Judiciário do Mi-nistério da Justiça, Associação de Magistrados Brasileiros (AMB), Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), Associação Nacional dos Defensores Pú-blicos (Anadep), Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Ordem dos Advoga-dos do Brasil (OAB) e Asso-ciação Nacional dos Procura-dores da República (ANPR).

O Instituto conta ainda com o patrocínio e apoio das Orga-nizações Globo e tem como objetivos dar continuidade ao prêmio e, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), disseminar as práticas já identificadas. O Instituto Innovare é uma associação sem fins lucrativos que visa ao desenvolvimento de projetos para pesquisa e modernização da Justiça brasileira. Foi criado em 2009 especialmente para organizar o Prêmio Innovare.

Com informações da AMB.

SUPREMO TRIbUNAl FEDERAl - DF - CONAMP - 12.12.2011

Prêmio Innovare será entregue no próximo dia 15, no STF

FÁTIMA LESSA , ESPECIAL PARA O ESTA-DO/ CUIABÁ

O procurador da República em Mato Grosso do Sul, Ramiro Rockenbach, ajuizou esta semana ação civil pública na Justiça Federal pedindo que a União construa no Estado um presídio exclusivo para cor-ruptos. A proposta, segundo ele, seria uma resposta concreta do Judiciário às recentes mobilizações con-tra corrupção.

A ação foi ajuizada na semana do Dia Internacio-

nal de Combate à Corrupção, na data de ontem.O procurador argumenta que todos fazem sua

parte: a Polícia Federal prende, o Ministério Público Federal denuncia e a Justiça Federal condena. Mas a União não dispõe de um local para colocar os conde-nados por crimes federais.

Segundo ele, o presídio de corruptos daria mais transparência e serviria como termômetro para medir o desfecho dessas ações. “Os corruptos, no Brasil, passarão a ter endereço certo.”

O ESTADO DE S. PAUlO - SP - CONAMP - 12.12.2011

Procurador sugere presídio para corruptos

14

Page 16: 13 Dez 2011

Por Fábio Medina Osório

A aplicação da Lei de Improbidade Administrativa (8.429/1992) deve ser aplaudida como ferramenta re-publicana no Estado Democrático brasileiro, desde que respeitados os princípios da segurança jurídica, propor-cionalidade, razoabilidade e dignidade humana, além dos princípios reitores do Direito Administrativo Sanciona-dor, que absorvem, como se sabe, a dogmática do Direito Penal, com matizes.

Desde o advento desta lei, como era previsível, au-mentou a cobrança dos gestores públicos brasileiros, em matéria de responsabilidades por ressarcimento ao erário. Contra eles aplicam-se multas civis, suspensão de direitos políticos e interdições de direitos, através de ações civis públicas que mais se encaixam no regime jurídico de um direito punitivo do que propriamente no clássico Direito Processual Civil.

A partir dela, especula-se que muitos agentes públi-cos passaram a transitar num limbo: teriam perdido o di-reito de errar e ficado temerosos de ousar, ou que os bons gestores estariam assustados, afastando-se do setor públi-co. Outrossim, especula-se, também, que teria havido um aumento substancial no combate às práticas de má gestão pública no Brasil e redução dos níveis históricos de impu-nidade. O certo é que são muitas as controvérsias acesas em torno da interpretação desta Lei.

De fato, a Lei de Improbidade Administrativa trans-formou-se num autêntico Código Geral de Conduta para todos os agentes públicos brasileiros, com eficácia jurí-dica. As condutas proibidas vão desde a “violação dos princípios da Administração Pública” até a prática de ato diverso da regra de competência, bem como negar publi-cidade aos atos oficiais ou facilitar que terceiro se enri-queça ilicitamente.

Pode-se dizer que uma das características centrais da referida lei é o uso abundante de cláusulas gerais, termos jurídicos indeterminados e princípios como técnicas aber-tas de enquadramento. Após o advento da Lei 8.429/1992, proliferaram as ações de improbidade, sendo um dos seus efeitos aflitivos mais notáveis o abalo moral, causado pelo impacto das informações transmitidas pelos meios de comunicação social.

O risco da Lei é transformar ilegalidades em improbi-dades, banindo o direito ao erro por parte do administra-dor público. Daí a importância de se aquilatar cuidadosa-mente quais as regras vigentes, hoje, no sistema.

Nesse sentido, é importante um levantamento esta-tístico qualitativo sobre a eficácia da Lei no Brasil, nestes quase 20 anos de vigência, que se completarão em junho de 2012, tempo suficiente para produção de jurisprudên-

cia nos Tribunais Superiores e, sobretudo, para uma so-ciologia rica no mundo forense.

Em tal direção, sugere-se ao CNJ e ao CNMP um tra-balho de campo na seguinte ordem:

a) pesquisa qualitativa e quantitativa sobre todos os processos ajuizados e cases suscitados, nos Tribunais or-dinários, e nas ações propostas, para verificar, na praxe das instituições, se há uniformidade de critérios no tocan-te à seleção das condutas proibidas pelo Ministério Pú-blico (e eventualmente por outros legitimados), à luz dos princípios da unidade institucional e segurança jurídica; ]

b) pesquisa qualitativa e quantitativa sobre processos julgados procedentes e improcedentes, com suas respec-tivas causas, para avaliação da relação custo-benefício da Lei e do que pode significar a eficiência do sistema punitivo no período, especialmente considerando o im-pacto dos processos na vida de pessoas inocentes (deve-se considerar que uma determinada margem de erro para os acusadores é admissível, mas, se houver uma margem demasiado larga, pode haver um erro sistêmico);

c) sistematização das normas de conduta geradas na “jurisprudência”, para orientar os administradores públi-cos com maior segurança jurídica, de tal sorte a preve-nir problemas e pautar comportamentos lícitos, coibindo gestores de boa-fé; imperioso diagnosticar, aqui, se existe uma fragmentação muito dispare a respeito da tipificação dos atos de improbidade no sistema brasileiro.

A realização de seminários, estudos, congressos, obras jurídicas, em torno a este complexo temário, tem ocorrido nos últimos anos, para o aperfeiçoamento desse notável instrumental jurídico.

Da mesma forma, já há mais de uma instituição que maneja com frequência esta Lei: não apenas o Ministério Público é um ativo protagonista, mas, nos últimos anos, também as Advocacias Públicas vêm assumindo seus es-paços, de que é exemplo eloquente a Advocacia-Geral da União, fato público e notório.

Assim sendo, a tendência é fortalecer-se o caminho de combate às práticas de má gestão pública, o que é lou-vável e necessário, mas, simultaneamente, merecem pro-teção máxima os direitos dos acusados em geral, seja na órbita dos direitos difusos ou no campo dos direitos indi-viduais.O que vai reduzir a impunidade, em nosso país, é a boa gestão do sistema punitivo, e não a redução dos direitos fundamentais dos acusados ou investigados, cuja presunção de inocência há de ser salvaguardada.

Fábio Medina Osório é advogado, doutor em Direito Administrativo e ex-secretário adjunto da Secretaria da Justiça e Segurança do Rio Grande do Sul.

Revista Consultor Jurídico, 9 de dezembro de 2011

CONSUlTOR jURíDICO - SP - CONAMP - 12.12.2011

Lei da improbidade administrativa deve ter limites

15

Page 17: 13 Dez 2011

O TEMPO - 1ª P. - 13.12.2011

16

Page 18: 13 Dez 2011

O TEMPO - P. 23 E 24. - 13.12.2011

17

Page 19: 13 Dez 2011

CONT... O TEMPO - P. 23 E 24. - 13.12.2011

18

Page 20: 13 Dez 2011

CONT... O TEMPO - P. 23 E 24. - 13.12.2011

19

Page 21: 13 Dez 2011

CONT... O TEMPO - P. 23 E 24. - 13.12.2011

20

Page 22: 13 Dez 2011

VEjA - SP - P. 17 A 21 - 14.12.2011

21

Page 23: 13 Dez 2011

CONT.. VEjA - SP - P. 17 A 21 - 14.12.2011

22

Page 24: 13 Dez 2011

CONT.. VEjA - SP - P. 17 A 21 - 14.12.2011

23

Page 25: 13 Dez 2011

CARTA CAPITAl - SP - P. 80 E 81 - 14.12.2011

24

Page 26: 13 Dez 2011

CONT... CARTA CAPITAl - SP - P. 80 E 81 - 14.12.2011

25

Page 27: 13 Dez 2011

Numa postura pragmática, o comando do PT decidiu aderir à operação para preservar Fernando Pimentel, defla-grada pela presidente Dilma Rousseff. Apesar das divergên-cias internas entre grupos petistas, o partido avaliou que a queda do ministro neste momento fragilizaria o governo e o PT. Esse argumento foi considerado fundamental para que houvesse uma “unidade pontual” na defesa de Pimentel, apesar das restrições que o ministro sofre em vários setores petistas. O secretário de Comunicação do PT, deputado An-dré Vargas (PR), verbaliza o que ouve nas reuniões internas do partido: “É preciso ter estabilidade para governar. Não dá para transformar a Esplanada dos Ministérios num tribunal da inquisição. De fato, Pimentel não é a pessoa mais amada no PT. Agora, no partido, ninguém vai dar as costas para o cara. Se ele não puder dar consultoria como economista, vai passar fome.”

Ao longo dos anos, Pimentel colheu desafetos não só no PT mineiro, mas no PT nacional. Sua aliança com o hoje senador tucano Aécio Neves (MG) para eleger o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), em 2008, dividiu o partido. No PT, até mesmo o ex-presidente Lula tinha restri-ções ao comportamento político de Pimentel.

A construtora Convap, que foi cliente da P-21, empre-sa de consultoria do hoje ministro do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, deve R$ 474,7 mil à prefeitura de Belo Horizonte em taxas e tributos. Ainda assim, assinou dois contratos que somam R$ 95,3 mi-lhões, por meio de consórcio com a construtora Constran para obras na cidade. A decisão de não exigir um certificado de quitação de débitos com o município, do qual Pimentel foi prefeito até 2008 (e elegeu seu sucessor), é um indício de favorecimento à empresa, na avaliação do promotor de De-fesa do Patrimônio Público do Ministério Público de Minas

Gerais, Eric Nepomuceno. Ele abriu inquérito para apurar as circunstâncias em que ocorreu a contratação do consórcio. A prefeitura nega favorecimento.

“Uma cidade do porte de Belo Horizonte jamais pode deixar de exigir no edital uma certidão negativa da regula-ridade com o município. O fato de ter deixado esse assunto de lado é indício de que houve alguma coisa errada”, diz o promotor, para quem a decisão do município “contraria toda a lógica administrativa”, ao se decidir pela contratação de uma empresa da qual é credora.

Em 2010, Pimentel recebeu R$ 514 mil da Convap, se-gundo ele a título de consultoria, meses antes de o consórcio que a empresa participava vencer duas licitações na prefei-tura de Belo Horizonte. A primeira licitação foi vencida em junho deste ano, com uma proposta no valor de R$ 59 mi-lhões, referente à implantação da Via 210 — novo acesso ao bairro Bethânia, na região oeste da capital mineira. No mês seguinte, a Convap venceu nova concorrência, no valor de R$ 36,3 milhões, para implantar pavimento de concreto na Avenida Cristiano Machado. A obra, com recursos federais, é para implantação de Bus Rapid Transit (BRT), visando à Copa de 2014.

O entendimento de que a assinatura de contratos e o pagamento por serviços à Convap são irregulares não se res-tringe à Promotoria de Defesa do Patrimônio de Minas. Para o procurador-geral do Ministério Público de Contas do Es-tado de Minas Gerais, Glaydson Santo Soprani Massaria, o fato de exigir certidão negativa da cidade onde fica a matriz da empresa não desobriga a prefeitura de Belo Horizonte de pedir a comprovação de regularidade fiscal em seu pró-prio âmbito. Ele explica que há previsão para isso na Lei de Licitações, além de jurisprudência a respeito em outros tribunais.

GAzETA DO POVO - PR - CONAMP - 12.12.2011

Pimentel na mira de promotorMP afirma que há indícios de favorecimento à empresa contratada para obras em Belo Horizonte

Publicado em 11/12/2011 | Agência Globo

BrasíliaA construtora Convap, que foi cliente da P-21, empresa

de consultoria do hoje ministro do Desenvolvimento, Fer-nando Pimentel, deve R$ 474,7 mil à Prefeitura de Belo Ho-rizonte em taxas e tributos.

Ainda assim, assinou dois contratos que somam R$ 95,3 milhões, por meio de consórcio com a construtora Constran.A decisão de não exigir um certificado de quitação de dé-bitos com o município de Belo Horizonte é um indício de favorecimento à empresa, na avaliação do promotor de De-fesa do Patrimônio Público do Ministério Público de Minas Gerais, Eric Nepomuceno. Ele abriu inquérito para apurar as circunstâncias em que ocorreu a contratação do consórcio. A prefeitura nega favorecimento.

“Uma cidade do porte de Belo Horizonte jamais pode deixar de exigir no edital uma certidão negativa da regula-ridade com o município. O fato de ter deixado esse assunto de lado é indício de que houve alguma coisa errada”, diz o promotor, para quem a decisão do município “contraria toda a lógica administrativa”, ao se decidir pela contratação de uma empresa da qual é credora.

Em 2010, Pimentel recebeu R$ 514 mil da Convap, se-gundo ele a título de consultoria, meses antes de o consórcio que a empresa participava vencer duas licitações na Prefei-tura de Belo Horizonte. A primeira licitação foi vencida em junho deste ano, com uma proposta no valor de R$ 59 mi-lhões, referente à implantação da Via 210 - novo acesso ao Bairro Bethânia, na região Oeste de BH. (AG)

A GAzETA - ES - CONAMP - 12.12.2011

Promotoria vê favorecimento de empresaEmpresa que tinha dívida com a Prefeitura de Belo Horizonte ganhou contrato

Em 2010, Pimentel recebeu R$ 514 mil da Convap

26

Page 28: 13 Dez 2011

O GlObO - P. 5 - 13.12.2011

27

Page 29: 13 Dez 2011

CONT... O GlObO - P. 5 - 13.12.2011

28

Page 30: 13 Dez 2011

CARTA CAPITAl - SP - P. 28 A 31 - 14.12.2011

29

Page 31: 13 Dez 2011

CONT.. CARTA CAPITAl - SP - P. 28 A 31 - 14.12.2011

30

Page 32: 13 Dez 2011

CONT.. CARTA CAPITAl - SP - P. 28 A 31 - 14.12.2011

31

Page 33: 13 Dez 2011

CARTA CAPITAl - SP - P. 70 A 70 - 14.12.2011

32

Page 34: 13 Dez 2011

CONT... CARTA CAPITAl - SP - P. 70 A 70 - 14.12.2011

33

Page 35: 13 Dez 2011

CONT... CARTA CAPITAl - SP - P. 70 A 70 - 14.12.2011

34

Page 36: 13 Dez 2011

CONT... CARTA CAPITAl - SP - P. 70 A 70 - 14.12.2011

35

Page 37: 13 Dez 2011

CONT... CARTA CAPITAl - SP - P. 70 A 70 - 14.12.2011

36

Page 38: 13 Dez 2011

CONT... CARTA CAPITAl - SP - P. 70 A 70 - 14.12.2011

37

Page 39: 13 Dez 2011

CONT... CARTA CAPITAl - SP - P. 70 A 70 - 14.12.2011

38

Page 40: 13 Dez 2011

CONT... CARTA CAPITAl - SP - P. 70 A 70 - 14.12.2011

39

Page 41: 13 Dez 2011

CARTA CAPITAl - SP - P. 38 E 39 - 14.12.2011

40

Page 42: 13 Dez 2011

CONT... CARTA CAPITAl - SP - P. 38 E 39 - 14.12.2011

41

Page 43: 13 Dez 2011

ISTO É - SP - P. 68 A 70 - 14.12.2011

42

Page 44: 13 Dez 2011

CONT... ISTO É - SP - P. 68 A 70 - 14.12.2011

43