ed. 48 - dez/2011

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Órgão de divulgação do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso Ano V - Nº 48 Cuiabá - Dezembro/2011 FILIADO À e CONDSEF A luta continua ... Servidores federais mais unidos em 2012 Natal! Feliz Desejamos à vocês: Um Feliz Natal... 365 dias de felicidade; 52 semanas de saúde e prosperidade; 12 meses de amor e carinho; 8760 horas de paz e harmonia! Que neste novo ano você tenha 2012 motivos para sorrir. É o que deseja a diretoria do Sindsep-MT! A presidenta Dilma Rousseff pode mudar mi- nistros e continuar com a “faxina”, mas para a melhoria do serviço público federal, a Condsef e o Sindsep-MT chamam os trabalhadores para uma maior união e, dessa forma, avançar com as negociações com o Governo. Em entrevista ao Jornal O Compromisso, o diretor da Condsef, Sérgio Ronaldo, fala das expectativas do ano que virá. (Página 4) Ministros que caíram durante o governo Dilma No primeiro ano do mandato da presidente Dilma, seis de seus ministros entregaram o cargo. Apenas Nelson Jobim não estava envolvido em denúncias de corrupção. Relembre os casos. (Página 3) Servidores do Incra cruzam os braços No total são 350 pessoas que aderiram à greve; categoria quer que o governo fede- ral informe sobre as metas de reestrutura- ção do órgão. (Página 4) (Página 2) Demonstração do Resultado SIND. DOS SERV. PÚBLICOS FEDERAIS DE MT Período: 30/09/2011

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Órgão de divulgação do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Mato Grosso

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Page 1: Ed. 48 - Dez/2011

Órgão de divulgação do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso

Ano V - Nº 48Cuiabá - Dezembro/2011

FILIADO À

e CONDSEF

A luta continua ...

Servidores federais mais unidos em 2012

Natal!Feliz

Desejamos à vocês:Um Feliz Natal... 365 dias de

felicidade; 52 semanas de saúde eprosperidade; 12 meses de amor e

carinho; 8760 horas de paz eharmonia!

Que neste novo ano você tenha2012 motivos para sorrir.

É o que deseja a diretoria doSindsep-MT!

A presidenta Dilma Rousseff pode mudar mi-

nistros e continuar com a “faxina”, mas para a

melhoria do serviço público federal, a Condsef

e o Sindsep-MT chamam os trabalhadores para

uma maior união e, dessa forma, avançar com as

negociações com o Governo. Em entrevista ao

Jornal O Compromisso, o diretor da Condsef,

Sérgio Ronaldo, fala das expectativas do ano que

virá. (Página 4)

Ministros que caíramdurante o governo Dilma

No primeiro ano do mandato da presidente Dilma, seis de seus ministros

entregaram o cargo. Apenas Nelson Jobim não estava envolvido em denúncias

de corrupção. Relembre os casos. (Página 3)

Servidores do Incracruzam os braços

No total são 350 pessoas que aderiram àgreve; categoria quer que o governo fede-ral informe sobre as metas de reestrutura-ção do órgão. (Página 4)

(Página 2)

Demonstração do ResultadoSIND. DOS SERV. PÚBLICOS FEDERAIS DE MT

Período: 30/09/2011

Page 2: Ed. 48 - Dez/2011

O COMPROMISSO Ano V - N º 48 - Dezembro/2011 - 2

Demonstração do Resultado 33.710.088/0001-94SIND. DOS SERV. PÚBLICOS FEDERAIS DE MT Período: 30/09/2011

MARIA DE JESUS DA SILVACONTABILISTAC.R.C. : MT-009536-0-4 / C.P.F. : 766.765.601-00

CARLOS ALBERTO DE ALMEIDAPRESIDENTER.G. : 474000 SJ/MT / C.P.F. : 349.054.641-53

SIND. DOS SERV. PUBLICOS FEDERAIS DE MT (0xx65) 3023-9338

135.812,80

135.812,80135.812,80

24.646,77

Receitas Brutas de vendas e/ou serviçosRECEITAS

MIN PLANEJAMENTOEXERCITOMIN EDUCACÃO (MEC)MIN AGRICULTURAMIN FAZENDAMIN JUSTIÇAPOLICIA FEDERALMIN AERONÁUTICAMPAS/SASMIN SAUDEMINISTÉRIO DO TRABALHOUFMTFUNAIM M ED N P MFUNASAA N V SD N I TAGUIBAMAMIN COMUNICAÇÕESINCRAMIN TRANSPORTESINSSMIN MARINHACONABD P R FCONTRIBUIÇÕES SINDICAISINSTITUTO CHICO MENDESCONTROLADORIA GERAL DA UNIÃODEPÓSITO CHEQUE BB

( = ) Receita Líquida( = ) Superávit Bruto( - ) Despesas Operacionais

DESPESAS TRABALHISTASALÁRIOSFGTSINSSVALE TRANSPORTEASSISTÊNCIA MÉDICAAJUDA ALIMENTAÇÃOPARCELAMENTO INSSAJUDA DE CUSTO PRESIDENTEAJUDA DE CUSTO DIRETORESGRATIFICAÇÃO COMISSIONADAANUÊNIO

894,339.641,85

51,326.734,285.233,75

101,0166,16

129,77473,05

36.982,613.871,40

416,6915.037,16

292,78108,69

17.511,91116,40927,47505,26

1.535,071.511,70

14.429,5713.465,91

2.037,71398,21

1.726,50197,13762,99

94,56326,83230,73

6.412,23636,14

2.730,65805,00710,04

1.750,00793,46

6.669,722.600,001.400,00

139,53

DESPESAS ADMINISTRATIVASTELEFONIA E TELECOMUNICAÇÕESENERGIA ELÉTRICAÁGUA E ESGOTOMANUTENÇÃO DE REDE ELÉTRICAMATERIAIS DE ESCRITÓRIOLANCHES E REFEIÇÕESDESPESA C/ COMBUSTÍVELMANUTENÇÃO DE VEÍCULODESPESA C/ ESTACIONAMENTOCORREIOS E POSTAGENSVIAGENS E ESTADIASMANUTENÇÃO PROVEDOR INTERNETHONORÁRIOS ADVOCATÍCIOSDESPESAS TÁXIKENTEL PLUS ALARMECONDSEFMATERIAL DE LIMPEZA E CONSUMOMENSALIDADE COPIADORACOPIAS EXCESSOMENSALIDADE SOFTWARE NETSPEEDJORNAL O COMPROMISSOASSESSORIA DE COMUNICAÇÃODEPARTAMENTO JURÍDICOAJUDA DE CUSTOBISA SIST AUTOMAÇÃO LTDACONDSEF GESTÃO ANTERIORMANUTENÇÃO EM GERALENCONTRO CAPESAUDE

DESPESAS FINANCEIRASTARIFA S DE MANUTENÇÃO DE CONTATARIFAS BANCÁRIAS

DESPESAS TRIBUTÁRIASIRRF - IMPOSTO DE RENDA FONTE

( = ) Superávit Operacional( = ) SUPERÁVIT LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

2.428,74704,16

19,905,00

405,00654,61

1.024,6950,00

9,002.561,50

19.033,00260,69

4.200,0089,00

195,00750,00479,22300,00

1.326,3084,36

1.500,001.200,00

319,00328,21

1.002,16200,00440,00

2.450,00

124,8071,00

49,24

42.019,54

195,80

49,24

68.901,4568.901,45

E X P E D I E N T EBoletim Informativo do SINDSEP-MT

Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato GrossoRua Dr. Carlos Borralho, nº 82, bairro Poção. CEP: 78 015-630, Cuiabá/MT

Telefones: (65) 3023 6617 / 3023 9338 - e-mail: [email protected] Responsável: Thais Raeli DRT 26 645/RJ

Telefone (21) 8058-3771 E-mail: [email protected]

Diagramação/Edição de Arte: Mario Pulcherio Filho - 9214-8099Fotos: Chico Venâncio

DIRETORIA EXECUTIVA: CARLOS ALBERTO DE ALMEIDA - PRESIDENTE - FUNASA; ROOSEVEL MOTTA - VICE-PRESIDENTE - INCRA; DAMÁSIO DESOUZA PEREIRA - 1º SEC GERAL - CGU; ADÉLIO DA SILVA JÚNIOR - 2º SEC GERAL - DSEI-XAVANTE; EDSON LUIS DOS SANTOS - 1º TESOUREIRO -GRA; GILDÁSIO FERREIRA GOMES - 2º TESOUREIRO - SRTE; JOSÉ LUIS DA SILVA - 1º SEC. DE ADM. - MAPA; FRANCISCO LOPES FILHO - 2º SEC. DEADM. - SVS/ROO; IDIVALDO BERNARDES DE OLIVEIRA - 1º SEC. DE ASSUNTOS JURÍD. - PRF; JOSENICE AUX.TAVARES SIQUEIRA - 2º SEC. DE ASSUN-TOS JURÍD. - MAPA; ARY CÉZAR NERIS - 1º SEC. FORM. SIND - TRANS/ROO; ADERBAL CASTRO QUEIROZ - 2º SEC. FORM. SIND. - 9º BEC; IRACIOLIVEIRA FERREIRA - 1º SEC. INTERIOR - FUNAI; BENEDITO ASSIS DA SILVA - 2º SEC. INTERIOR - SVS/CÁCERES; MARINÉZIO SOARES DE MAGALHA-ES - 1º SEC. IMP. E COMUN. - GRA; ARCÍLIO DE BARROS FILHO - 2º SEC. IMP. E COMUN. - INCRA/CBÁ; IZAEL SANTANA DA SILVA - 1º SEC. APOS. EPENSION. - TRANS/CBÁ; ENILDO GOMES - 2º SEC. APOS. E PENSION. - FUNAI; JOÃO DE DEUS DA SILVA FILHO - 1º SEC. SAÚDE DO TRAB. - SVS/SINOP; IDIO NEMÉZIO DE BARROS - 2º SEC. SAÚDE DO TRAB. - SVS/SINOP; SELMO JACINTO DE OLIVEIRA - 1º SEC. ANIST. E DEMITIDOS - CONAB;JOACIRA SANTANA RODRIGUES DE ALMEIDA - 2º SEC. ANIST. E DEMITIDOS - CONAB; ELIETE DOMINGOS DA COSTA - 1º SEC. DE CULTURA - SRTE;HERONILDES FRANCISCO VIEIRA - 2º SEC. DE CULTURA - 9º BEC. SUPLENTES DE DIREÇÃO: DONATO FERREIRA DA SILVA - DSEI/CBÁ; SAMUELFERNANDES DE SOUZA - SUS/ROO; LUIZ EDUARDO DE FREITAS BUENO - SVS/ERS/CBÁ; FRANCISCO ROBERTO DIAS NETO - INCRA; JOSÉ MARIASILVA E ARRUDA - SVS/CBÁ; SEBASTIÃO PINTO DA SILVA - MIN. TRANSP/CÁCERES. CONSELHO FISCAL TUTELAR: JOÃO GALDINO DE SOUZA - ERS/CBÁ; JUAREZ JUSTINO DE BARROS - DSEI/CBÁ; MARIZE FRANCISCO DE ARRUDA - DNIT/CBÁ. SUPLENTES DE CONSELHO FISCAL: GEOVANO SANTOS MOREI-RA - SVS/NORTELANDIA; MOACIR MÓDULO - SVS/TANGARA; ANTONIO SANTANA DO ESPIRITO SANTO - 9º BEC

Mais notícias em nosso site:

www.sindsepmt.org.br

A diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso (Sin-dsep-MT) e os delegados Heronildes Francisco Vieira e Aderbal Castro, agrade-cem ao comandante do 9º BEC , Roberto Tailor Souza da Silva, e ao sub-coman-dante Fernandes pela valorosa colaboração prestada ao Sindsep-MT, liberandoseus servidores quando requisitados à participarem das reuniões da categoria.

Chegando ao término de seus comandos, desejamos ao coronel e ao tenente-coronel, muito sucesso em seus novos caminhos.

Feliz Natal e próspero Ano Novo!Diretoria do Sindsep-MT

Nota:

Foto

: Thaís

Raeli

BR-163 em Guarantã do Norte

Page 3: Ed. 48 - Dez/2011

O COMPROMISSO Ano V - N º 48 - Dezembro/2011 - 3

Mais uma vez, irregularidades em convêniosenvolvendo organizações não governamen-tais – ONGs colocam um ministro na cor-da bamba. Carlos Lupi, do Ministério do

Trabalho e Emprego (MTE), é acusado de ter utilizadoum avião particular em viagens pelo Maranhão em 2009,acompanhado de Adair Meira, diretor de ONGs que têmcontratos com a pasta.

Apesar das denúncias, Lupi se mantém forte no car-go com apoio de seus correligionários e até mesmo dapresidenta Dilma, afirmando que ele não deve deixar oministério. As conversas nos bastidores de Brasília éque a presidenta está serena com mais essa crise e ajustificativa é que a reforma ministerial, prevista parajaneiro de 2012, faz com que ela considere a presençade Lupi como “poucos dias a mais”.

Muitos cientistas políticos já anunciavam algumasquedas como inevitáveis, isso porque a presidenta nãose mostrava confortável com a manutenção de algunstitulares do Governo Lula em seus ministérios. As amar-ras políticas da campanha deixaram que parte da identi-dade de comando de Rousseff ficasse para ser apre-sentada em seu segundo ano de mandato. Enquanto isso,a “faxina” na Esplanada dos Ministérios continua até avirada de 2011.

A última queda foi delicadamente amortecida pelosanos de companheirismo entre PC do B e PT. OrlandoSilva foi o quinto ministro a cair diante de denúncias deirregularidades em apenas dez meses de governo DilmaRousseff . Por outro motivo, a presidente perdeu aindaum sexto ministro: Nelson Jobim. Ele deixou o Ministé-rio da Defesa, no início de agosto, depois de dar decla-rações que causaram desconforto no Palácio do Planal-to.

Coincidência ou não, todos os que caíram foram“abençoados” direta ou indiretamente pelo ex-presidenteLuiz Inácio Lula da Silva. O primeiro foi o articuladorpolítico Antonio Palocci, que deixou a Casa Civil emjunho, diante de notícias sobre sua evolução patrimonialentre 2006 e 2010. Um mês depois, Alfredo Nascimen-to deixou o Ministério dos Transportes; em seguida foi avez de Wagner Rossi pedir demissão do Ministério daAgricultura e da saída do ministro Pedro Novais do Tu-rismo.

Logo no mês de janeiro, Lupi sairá da zona de con-

Ministros que caíram durante o governo DilmaNo primeiro ano do mandato da presidente Dilma, seis de seus ministros entregaram o cargo.

Apenas Nelson Jobim não estava envolvido em denúncias de corrupção. Relembre os casos

Antonio Palocci Alfredo Nascimento Nelson Jobim

Wagner Rossi Pedro Novais Orlando Silva

forto e a espectativa é que junto com o Ministério dasCidades, no comando de Mário Negromonte (PP) hajaa substituição dos jogadores desse time deixado por Lula.Nos bastidores, Negromonte não é visto há algum tem-po despachando com a presidente, fator que é conside-rado um termômetro das afinidades da presidenta comseus ministros.

Lupi e Negromonte têm algo em comum: não repre-sentam mais as respectivas bancadas de seus partidos.Recentemente, um grupo de pedetistas circulou pelo Con-gresso reclamando do enfraquecimento da pasta, cadavez mais esvaziada. Lupi, hoje, não comanda mais asnegociações com os sindicatos. Tudo isso está a cargodo Palácio do Planalto, mais precisamente nas mãos doministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência daRepública, Gilberto Carvalho. É ele que os sindicalistasprocuram quando querem tratar de algum problema re-lacionado às centrais.

Além desses dois, está no rol dos que podem sersubstituídos o ministro do Transporte, Paulo Sérgio Pas-sos. A percepção do Planalto sobre o setor é de que asobras estão com ritmo lento desde que Alfredo Nasci-mento (PR) pediu demissão e voltou ao Senado. Essaárea é considerada uma das mais importantes do PACda Infraestrutura.

A ideia da presidente é aproveitar janeiro para mon-tar uma equipe mais homogênea. Na avaliação de inte-grantes do Planalto e dos ditos ministros “da casa”, nãodá para ficar, por exemplo, com titulares que não te-nham o ok de seus partidos. Além disso, também é pre-ciso contemplar aqueles que estão fora, caso do PTB,que há meses pede um lugar no primeiro escalão dogoverno e até agora não recebeu. O PR também podevoltar, uma vez que o partido, embora se declare inde-pendente, não perde a chance de acenar com boa von-tade em relação aos pedidos do Planalto.

Legendas

A intenção de Dilma, entretanto, não é buscar minis-tros que respondam apenas a seus partidos. Ela quercolocar em todos os postos pessoas que possa demitirsem precisar passar pelo constrangimento a que foi ex-posta esta semana. Ciente dos problemas no Esporte e

incomodada com a fraqueza política de Orlando Silva,Dilma foi pressionada pelo PCdoB, que, desde o primei-ro momento, insistiu para que ele ficasse no cargo.

À Exceção de Paulo Sérgio Passos, todos os minis-tros que Dilma nomeou nos últimos meses foram da sualavra. No Turismo, Gastão Vieira, embora peemedebis-ta, foi escolhido por ela por ser um professor — o PMDBpretendia nomear o deputado Manoel Júnior (PB). NaAgricultura, Mendes Ribeiro também foi escolha deDilma, e não o preferido dos peemedebistas. O mesmoocorreu em abril quando ela trocou Antonio Palocci porGleisi Hoffmann na Casa Civil, e Luiz Sérgio por IdeliSalvatti nas Relações Institucionais. Aos poucos, emmeio às denúncias de corrupção, Dilma vai montando asua equipe, que, entre os partidos e a presidente, ficasempre com a chefe.

Antonio Palocci

A primeira baixa do governo Dilma veio com a que-da do ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci,responsável pela articulação política do Planalto, quepediu demissão em 7 de junho, um mês depois da publi-cação de reportagem segundo a qual ele teve o patri-mônio aumentado em 20 vezes entre 2006 e 2010. Elefoi substituído por Gleise Hoffmann (PT-PR). Na oca-sião, Ideli Salvatti, que comandava a Pesca, assumiu aSecretaria de Relações Institucionais, trocando de pos-to com o então titular da pasta, Luiz Sérgio.

Alfredo Nascimento

O ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento(PR-AM) deixou o cargo em 6 de julho, após denúnciassobre suposto esquema de superfaturamento em obrasenvolvendo servidores da pasta. Suspeitas de que o fi-lho do ministro teria enriquecido ilicitamente em razãodo cargo do pai agravaram a crise. Também foram de-mitidos diretores do Departamento Nacional de Infra-estrutura de transportes (Dnit) e da Valec. Nascimentofoi substituído por Paulo Sérgio Passos.

Nelson Jobim

O desgaste provocado por uma sucessão de decla-rações polêmicas sobre o governo e colegas de Espla-nada levou à demissão do ex-ministro da Defesa Nel-son Jobim, em 4 de agosto, titular da pasta desde o go-verno Lula. Reportagem publicada na imprensa haviacreditado a ele críticas à ministra Ideli Salvatti, a quemteria chamado de “fraquinha”, e a Glesi, de quem teriadito que “nem conhece Brasília”. Antes disso, já haviadeclarado que votou em José Serra na eleição de 2010.Jobim foi substituído pelo ex-ministro das Relações Ex-teriores Celso Amorim.

Wagner Rossi

O ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi foi o quar-to integrante do ministério de Dilma a deixar o governo,em 18 de agosto. Ele argumentou que saiu do cargo apedido da família. A pasta vinha sendo alvo de denúnci-as de irregularidades. A gota d’água foi reportagem doEstado de Minas denunciando o uso ilegal, por parte deRossi e um dos filhos, do avião particular da OurofinoAgronegócios. Ele foi substituído por Mendes Ribeiro,indicado pelo PMDB.

Pedro Novais

Titular do Turismo, Pedro Novais, pediu demissão em14 de setembro, alvo de investigações da Polícia Federalque levaram à prisão seu número 2, Frederico Costa. Saiuda pasta depois de nove meses e uma série de escânda-los. A maioria das denúncias diz respeito à nomeação deapadrinhados e uso de verba pública para fins pessoais.Foi substituído por outro peemedebista, o deputado Gas-tão Vieira, maranhense aliado do presidente do Senado,José Sarney. Novais voltou à Câmara dos Deputados,onde cumpre o sexto mandato consecutivo.

(Fonte: Agências e Correio Web)

Foto

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eb

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O COMPROMISSO Ano V - N º 48 - Dezembro/2011 - 4

A luta continua ...

Servidores federaismais unidos em 2012

presidenta Dilma Rousseff pode mudar ministros e continuar coma “faxina”, mas para a melhoria do serviço público federal, aCondsef e o Sindsep-MT chamam os trabalhadores para umamaior união e, dessa forma, avançar com as

negociações com o Governo. Em entrevista ao Jornal OCompromisso, o diretor da Condsef, Sérgio Ronaldo, fala dasexpectativas do ano que virá.

O Compromisso: Você acha que com a reforma ministerial do GovernoDilma, prevista para janeiro de 2012, pode melhorar a gestão do Execu-tivo em relação ao primeiro ano de mandato?

Sérgio Ronaldo: Caso o governo Dilma continue a priorizar a entrega deministérios a partidos políticos sem a utilização de critérios técnicos a ex-pectativa é de que a situação continue a mesma. Ministérios não devemservir como cabides de empregos e muito menos serem usados comomoeda de troca de favores políticos. Funcionários sem perfil exigidopelos cargos que ocupam só fazem piorar a situação. Defendemos etemos a expectativa de que cargos estratégicos sejam ocupados pre-ferencialmente por servidores de carreira e principalmente que tenhamperfil técnico e conhecimento da administração pública suficientes paragerir de forma eficiente as necessidades e atender as demandas dapopulação brasileira.

O Compromisso: O que você acha da queda de tantos minis-tros e tantos escândalos de corrupção?

Sérgio Ronaldo: Tal situação é proporcionada por esse perfil deindicações políticas que nada tem a ver com perfil técnico. É possívelque a tendência seja a queda de outros já que outras denúncias devemcontinuar vindo à tona. A manutenção dessa situação não pode daroutro resultado senão o caminho dos escândalos. Portanto, o que hojeestá na contramão precisa ser urgentemente conduzido para o cami-nho certo.

O Compromisso: Já está certa a greve para o mês de abril?Sérgio Ronaldo: A Condsef vai realizar diálogos em fevereiro, em conjunto

com entidades nacionais que construíram a campanha salarial unificada este ano.Pretendemos realizar o lançamento unificado da campanha 2012 e buscar a reto-mada da frente parlamentar em defesa do serviço público. Caso a metodologia doMinistério do Planejamento continue a mesma implementada em 2011, teremosproblemas. Uma plenária estatutária em abril será determinante para definirmos osrumos do movimento. Caso o processo de negociação siga lento temos grandespossibilidades de instalar uma greve geral no serviço público das três esferas.

O Compromisso: É possível acreditar que os cerca de 500 mil servidorespúblicos federais podem conseguir os reajustes para o próximo ano? E aequiparação entre os níveis?

Sérgio Ronaldo: Possível é. Não podemos ser pessimistas, mas isso depen-derá de muita mobilização. Processos de mobilização isolados têm maior chancede serem abafados pelo governo. Trabalhamos para construir uma mobilizaçãomuito forte em 2012. Nossas entidades sindicais precisam fazer o seu dever decasa com discussões nos locais de trabalho e preparo para que categoria defendaseus interesses. Essa pressão e determinação serão inevitáveis. O próprio Dieeseaponta que o que governo reserva para setor público deve ser menor do que vem

sendo aplicado nos últimos anos. 2012 promete ser mais um ano muito difícil, masnão impossível. Os resultados dele vão depender diretamente do nosso poder demobilização e luta.

O Compromisso: O que se pode esperar para PGPE, CPST e carreiras cor-relatadas, INPI e Inmetro, Tecnologia Militar, INEP/FNDE, Ciência e Tecnolo-gia e para os aposentados em 2012?

Sérgio Ronaldo: Todos esses setores, além de outros, têm acordos assina-dos, propostas de reestruturação de carreira, GQ, RT. Nossa meta é fazer comque distorções nesses setores da base da Condsef sejam corrigidas de uma vezpor todas para que haja, a partir daí, a possibilidade da instalação de uma neces-sária política salarial unificada para o conjunto do funcionalismo. Todos devem tersua parcela de contribuições nesse processo. A regulamentação da negociaçãocoletiva, inclusive, será fator determinante para assegurar que o que negociamoscom o governo seja efetivamente cumprido. Nossa pressão certamente seguirádevendo ser forte. Temos batalhas duras para 2012 e esperamos que categoriaesteja consciente e preparada para essa missão. Juntos somos mais fortes e capa-zes de superar com êxito os obstáculos que nos separam de nossos maiores ob-jetivos: a valorização dos servidores que atendem diretamente a população e doserviço público no Brasil.

(Texto: Thaís Raeli)

A

Funcionários do Incrafizeram paralisação por 24horas na quinta-feira (24 denovembro). A reivindicaçãoda categoria é de que osservidores participem daproposta de reestruturaçãodo órgão que o governo fe-deral pretende fazer. O In-cra de Cuiabá tem 350 fun-cionários e todos aderirama paralisação, convocadapelo Sindicato dos Servido-res Públicos Federais deMato Grosso (Sindsep-MT). O Estado ainda conta

Servidores do Incra cruzam os braçosNo total são 350 pessoas que aderiram à greve; categoria quer que

o governo federal informe sobre as metas de reestruturação do órgão

Servidores não concordam com medidas do governofederal em restruturar órgão e não avisa-los

com outras nove superin-tendências.

O presidente da associ-ação do Incra e vice-presi-dente do Sindsep-MT, Roo-sevel Motta, disse que oquestionamento da catego-ria é que o governo federalestuda fazer uma reestrutu-ração do órgão e não infor-mou nada para os servido-res. Ele defende que ogoverno chame uma co-missão de funcionáriospara ajudar a definir a rees-truturação.

“O que queremos étransparência, não estamossabendo de nada o que estáacontecendo, só sabemosque é possível que mude areestruturação do Incra.Nós queremos trabalhar,mas o Governo tem que darcondições para isso”, sen-tenciou Motta.

O presidente da associ-ação dos servidores do In-cra disse que informou aosuperintendente, ValdirMendes Barranco, sobre aparalisação e que o mesmo

prometeu levar os argu-mentos para uma Brasília,durante uma reunião que vaiparticipar no início de mêsde dezembro.

“O superintendente (Val-dir Barranco) está sabendodo nosso descontentamen-to e prometeu levar as nos-sas queixas para serem dis-cutidas em uma reunião emBrasília, estamos esperan-do que os servidores fi-quem sabendo dos projetosde reestruturação”,avaliou.

Fonte: Hipernotícias