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Mononucleose Infecciosa terça-feira, 8 de setembro de 2015 18:22 Página 1 de Infectologia Elisa

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Resumo de infectologia

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Page 1: Infectologia resumo

Mononucleose Infecciosaterça-feira, 8 de setembro de 2015 18:22

Página 1 de Infectologia Elisa

Page 2: Infectologia resumo

Endocardite de valva nativa•Endocardite em drogaditos•Endocardite em prótese valvar precoce (até 1 ano de troca)•Endocardite em prótese valvar tardia (depois de 1 ano de troca)•

Dividida em três classes:

A EI é uma lesão microbiana no endocárdio, geralmente envolvendo as válvulas.O QC depende das valvulas que foram acometidas (se lado esquerdo ou lado direito) assim como a virulência do organismo.Febre está presente em 95% dos casos

ENDOCARDITE AGUDAPaciente quase sempre tem febre, insuficiência valvular aguda e fenômenos embólicos

ENDOCARDITE SUBAGUDAHá sintomas gerais como anorexia, perda de peso, sudorese noturna, e achados atribuíveis à deposição de imunocomplexos e à vasculine séptica; petéquias, esplenomegalia, glomerulonefrite, nodulos de Osler, lesões de Janeway, manchas de Roth, hemorragias subungueais.

ENDOCARDITE DO LADO DIREITOEnvolve principalmente válvula tricúspide, cursando com embolia pulmonar (no RX de tórax há múltiplas opacidades circulares periféricas e de contornos mal definidos, podendo haver cavitações), ou seja, lesão nodular periférica.

O diagnóstico consiste nos chamados critérios de DUKE.

2 hemoculturas de agente típico, ou 2 HMC ou compatível em seriadas.○

ECO com vegetação○

MAIORES

Febre○

Embolizações○

Fenômenos Imunes○

HMC+○

Predisposição.○

MENORES

São eles:

QUADRO ELISA

Há a necessidade que se tenha lesão valvar prévia, pois os MO causadores desse tipo são de baixa virulência.Como lesão valvar previa se tem: Cardiopatias, comorbidades (desnutrição, IRC,DM)A etiologia então se faz por MO de baixa virulência - Estreptococos e Enterecocos (S viridans, S. bovis) e bactérias do grupo HACEK (Hamophilus, actinobater, cardiobacterium, Eikenalla, Kingella). Essa bactérias do grupo HACEK tem crescimento em cultura MUITO lento, sendo necessário avisar o lab de microbiologia que se supetia de uma infecção por esse tipo de bactéria, para que seja dado maior tempo de cultura.O QC é de uma febre de origem indeterminada, > 4 semanas, insiodoso acompanhada de perda de peso.

+ GentamicinaCeftriaxone para o grupo HACEK.

TRATAMENTO - Penicilia cristalina ou ampicilina

Endocardite SUB aguda

Endocardite Infecciosaterça-feira, 8 de setembro de 2015 15:15

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Page 3: Infectologia resumo

Ceftriaxone para o grupo HACEK.

Sem lesão prévia, pois como MO são de alta virulência eles mesmo vão lesionar a valva. Tem de 25-40% de letalidadeFoco secundárioS Aureus, S pneumoniae, S pyogenes, Candida albicansO QC é castatrófico, com sepse grave aguda e embolizaçõesTratamento: Oxacilina + genta (stafilo) e penincilina ou ampi + genta (pra estrepto)

Endocardite AGUDA

O material da prótese aumenta o acúmulo de fibrinas/biofilme.Classificada em recente se menor de 12 meses ou tardia de > 12 meses.A etioloia está de acordo com a classificação. Recente - MO hospitalares, S aureus, G -ressitente. Tardia - Mesma que nativa - flora da comunidade.O quadro clínico então vai depender do MO envolvido no processo infeccioso.Tratamento: Recente - Vancomicina + Rifampicina. Tardia - Oxa ou Vanco/Pen/gentaVancomicina para S aureus OXAR

ENDOCARDITE Prótese Valvar

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Page 4: Infectologia resumo

CASO 11: Infecções Bacterianas de Pele e Partes Moles

Caso 1

Um homem de 30 anos de idade procura o serviço de urgência reclamando de dor na perna direita. Há dois dias foi picado por um inseto na região da panturrilha direita. No dia seguinte, notou vermelhidão e inchaço ao redor da picada que rapidamente espalhou para toda região abaixo do joelho. Antecedentes clínicos sem importância e nega alergias conhecidas.

Exame físico: Temperatura 39,4 °C; pulso 120; FR 12ipm; pressão arterial 130/80mmHg. Encontra-se ansioso e sem alterações no exame físico, excetuando pelas extremidades. A região abaixo do joelho direito apresenta-se em toda a sua extensão edemaciada, eritematosa e dolorosa à palpação. A lesão é elevada com as bordas bem eritematosas demarcadas.

Os achados laboratoriais: Ht 36%; 21.000 leucócitos com 16.000 granulócitos, 2.100 bastonetes, 2.000 linfócitos e 250. 000 plaquetas.

1) Qual é o diagnóstico mais provável? Justifique Paciente séptico de provável foco cutâneo.Erisipela? Por ser lesão eritematoso com bordas elevadas, bem delimitado.Internação

Caso 2

Um homem de 40 anos de idade, com um histórico de diabetes mellitus tipo II mal controlada, apresenta-se na emergência com uma história de 3 dias de uma infecção de pele na região anterior da coxa. Nega trauma nesta região, mas é mesmo local das suas injeções de insulina. Inicialmente, a área estava vermelha e dolorosa, mas agora estão aparecendo bolhas. Ele teve febre de até 40°C, acompanhada de calafrios. Seus medicamentos de rotina são insulina e enalapril. Cefalexina foi iniciada no 3º dia do quadro. Nega alergias a drogas.

Exame físico: Temperatura 39,8 °C; pulso 132; FR 20ipm; pressão arterial 98/72 mmHg. Encontra-se com aparência de doente. Cabeça e pescoço: sem anormalidades. Coração: taquicardia sem sopros. Ausculta pulmonar sem anormalidades. Abdômen: globoso, não doloroso a palpação e sem visceromegalias.

Extremidades: coxa direita edemaciada, tensa, eritematosa com várias bolhas. Na região anterior da coxa, observa-se uma área necrótica de 3 X 3 cm. Linfonodos regionais ausentes.

Os achados laboratoriais são: 6.200 leucócitos, com 3.100 neutrófilos, 2.500 bastonetes, 430 linfócitos, e 62 monócitos. Creatinina 2,0 mg/dl. Exsudato da ferida: odor fétido sendo encontrado, no gram, leucócitos abundantes, cocos gram-positivos, bacilos gram-positivos e bastonetes gram-negativos.

1) Qual é o diagnóstico mais provável? Justifique

CASO 11quarta-feira, 2 de setembro de 2015 01:33

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Page 5: Infectologia resumo

1) Qual é o diagnóstico mais provável? JustifiqueSepse grave,Celulite grave que foi tratado com atb subdosado.Celilte que complicou para faceíte.Fasceíte necrotizante polimicrobiana.imipenem/cilastatina

Clinda - estrepto e anaeróbioCipro não pega ESTREPTOCefalo de terceira não pega stafilococos bem

Caso 3

Um homem de 59 anos de idade é internado para acromioplastia para aliviar um ombro direito persistentemente congelado. Quatro dias após a cirurgia, começou reclamar de dor no ombro direito e na garganta. Ao exame, encontra-se com temperatura de 39.5° C e um quadro de faringite. A ferida operatória está dolorosa, mas sem sinais clínicos de infecção. E iniciado amoxicilina 500 mg pela via oral,8/8h, após a coleta de sangue e do swab de orofaringe para culturas.

A febre continua e 48 horas depois é encontrado hipotenso e oligúrico e com febre alta. Existe um pouco de exsudato na ferida e apresenta um exantema eritematoso, difuso e generalizado. A amoxicilina é interrompida, a ferida é explorada sendo aspirado um pus fino serosanguinolento enviado para bacterioscopia e cultura. Após a operação, é transferido para a UTI. Está com temperatura de 40.1°C, pulso de 156, pressão arterial sistólica de 75 e uma FR de 35ipm. Além da erupção, o paciente esta com edema generalizado, icterícia e injeção conjuntival.

Hematologia Bioquimica Microbiologia

Hb 12.5 g/dl

Leucócitos:20.500

Neutrófilos: 18.000

Linfócitos:2.600

Uréia:

Creatinina: 9 mg/dL - insuficiência renal Bilirrubinas:3,6 mg/dL ALT: 205 u/L - hepatite transinfecciosa

CK:1900 u/L - lesão muscular - necrose

Hemoculturas negativas 48h depois Cultura de swab de orofaringe: flora normal

Bacterioscopia da secreção da ferida: cocos gram positivos.

1) Qual é o diagnóstico mais provável? Justifique

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Page 6: Infectologia resumo

1) Qual é o diagnóstico mais provável? Justifique Fasceíte? Deve fazer um exame de imagem.Choque tóxico por estafilococos áureos sendo a icterícia e injeção conjuntivas marcam a síndrome tóxica

2) Como o diagnóstico pode ser confirmado? Exame de imagem (USG)RessonânciaCultura (qual é o coco gram positivo)

3) Qual é o tratamento? Oxa + clindamicinaOu vancomicina + clinda se OXA-R pela abordagem cirúrgica

Gram-negativo hospitalar - cefepime, piperacilina/tazobactAm caso paciente saia da cirurgia e faça quadro séptico grave ( e não se tem diagnóstico de sd de choque tóxico)

Caso 4

Um homem de 30 anos de idade vai ao pronto socorro queixando-se de dor na panturrilha direita. Há três tinha sido submetido a uma sutura na panturrilha direita devido a uma laceração profunda, causada por um acidente automobilístico. Inicialmente, estava sentindo-se bem, mas ao longo das últimas 48 horas percebeu um aumento da dor e do eritema na perna e uma febre baixa e intermitente. Ele não tomou qualquer medicação.

Exame Físico: Temperatura 37,8°C; pulso 148; FR 18ipm; pressão arterial 88/60mmHg. Apresenta-se ansioso com intensa sudorese. Cabeça e pescoço: ndn. Coração: taquicárdico e rítmico. Pulmões: ausculta sem alterações. Abdômen normal. Extremidades: panturrilha direita edemaciada com eritema intenso ao redor da sutura; bolhas hemorrágicas e exsudato acastanhado saindo da ferida.

Os achados laboratoriais: Ht 37%; 14.600 leucócitos com 10.500 neutrófilos, 3.200 bastonetes e 870 linfócitos. Uréia de 60 mg/dl; creatinina 2,8 mg/dl. Gram do exsudato da ferida: alguns leucócitos e abundantes bastonetes gram positivos.

Radiografia da perna direita: presença de gás nos tecidos.

1) Qual é a causa provável da presença de gás nos tecidos. Gangrena gasosa causada por anaeróbio

2) TratamentoMetronidazol para pegar anaeróbioClindamicina que pega anaeróbio e estrepto Devem ser associados com oxa mostra cobrir gram +

Caso 5

Um garoto de 15 anos vem ao pronto socorro com dor e vermelhidão no braço, que se desenvolveu 18 horas após ter sido mordido por um cão. O cão estava com a imunização atualizada e a mordida ocorreu após o menino ter provocado o ataque. História médica passada é normal. Nega alergias.

Exame Físico: Temperatura 38,8°C; pulso 120; FR 14ipm; pressão arterial 120/70mmHg. Com aparência de doente. Cabeça e pescoço: normal. Sem rigidez de nuca. Coração: rítmico e sem sopros. Pulmões e abdômen sem alterações. Extremidades:

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sopros. Pulmões e abdômen sem alterações. Extremidades: drenagem de secreção purulenta pelo ferimento da mordida na mão, com eritema avançando para o antebraço.

Achados laboratoriais: Ht 40%; 22.000 leucócitos, 16.000 neutrófilos, 2.200 bastonetes, 2.200 linfócitos e 300.000 plaquetas.

1) Qual diagnóstico deve ser considerado. Justifique Infecção por mordedura por Pasteurella sp. Para tratamento desse agente etiológico amoxa + clavulanato, ampi/sulbactam, quinolonas.

Mordedura de humanos quase sempre infecta.

Mordedura de macaco - cobrir herpes com aciclovirMordedura de morcego- raiva

Raiva? Não precisa fazer profilaxia pra raiva pois vão era imunizado. Se não for vacinado ele vem de uma área endêmica e raiva?

Tétano? Questionar paciente se foi vacinado, e se faz mais de 10 anos.Se já tem cobertura de vacina, tem reforço? Se não faz reforço. Se paciente nunca fez esquema vacinal, faz imunoglobulina ou soro anti-tetánico.

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Doença comum da infância causada por Staphylococcus ou Streptococcus. Tem alta transmissibilidade.Dividido em bolhoso e não bolhoso.

IMPETIGO BOLHOSO: há vesículas e bolhas que se desenvolvem em pele normal, SEM eritema ao redor.Lesões normalmente presentes em tronco, face, mãos, áreas intertriginosas, tornozelo ou dorso dos pés, coxas, nádegas. O conteúdo seroso, ou purulento, seca e se transforma em uma crosta amarelada -característica do impetigo. QUANDO não tratada tem tendência a disseminação. A lesão inicial é referida como se fosse uma bolha de queimadura feita por cigarro.

IMPETIGO NÃO BOLHOSO: Inicia-se com lesões eritematosas seguida da formação de vesículas e pústulas que se rompem rapidamente formando então áreas erosadas com típicas crostas de coloração amarelada. Sua localização se dá preferencialmente em face, braços, pernas e nádegas. COMUM presença de LESÕES

Vesícula com componente purulento-seroso. Observar a nãopresença de eritema ao redor

Após secar, dando a característica do impetigo.

ImpetigoSunday, August 23, 2015 12:06

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localização se dá preferencialmente em face, braços, pernas e nádegas. COMUM presença de LESÕES SATÉLITES que ocorrem por auto-inoculação. Lesões duram dias ou semanas.Se não tratadas podem então envolver a DERME - causando o chamado ectima, onde há ulceração extensa e crosta hemorrágica.

Etiologia se dá por S. aureus e S. pyogenes.

TRANSMISSÃOSe dá a partir dos focos de colonização das bactérias nas narinas do próprio paciente ou de portador assintomático.20 - 30% da pop geral é portadora de estafilococos coagulase positiva, sendo que as mãos são o meio de transmissão mais importante, e as lesões supurativas são o meio de transmissão mais comum.

INCUBAÇÃOVariável: 4-10 dias

COMPLICAÇÕESGlomerulonefrite, septicemias

TRATAMENTORemoção e limpeza, 2-3x/dia das crostas com agua e sabão. Em seguida aplicar pomada de antibióticos tipo neomicina, mupirocina, gentamicina. Caso haja necessidade introduzir eritromicina VO de 40mg/kg/dia 6/6h ou cefalexina 30-50mg/kg/d dividida em quatro tomadas.

ECTIMA

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São piodermites (infecção bacteriana da pele) que se iniciam no folículo piloso.

Foliculite superficial: forma particular de impetigo. Se apresenta como pequena pústula folicular, que após ruptura forma crosta que não interfere no crescimento do pelo ou cabelo. Lesões são geralmente numerosas, localizadas geralmente no couro cabeludo, extremidades, pescoço, tronco e mais raramente nas nádegas. Lesões podem ter durações de alguns dias ou até tornar-se crônicas.Hordéolo: folículite dos cpilios e glândulas de MeibomiusSicose da barba: lesão é pústula folicular centralizada por pêlo.

Furúnculo•É uma infecção causada por estafilococo do folículo piloso e da glândula sebácea, comprometendo o tecido celular subcutâneo próximo.Tem núcleo eritematoso, pustuloso, quente e doloroso que acaba por flutuar e romper liberando líquido necrótico (carnegão) e purulento.

FURUNCULOSE - área de vários furúnculos, pode ser decorrente de complicação de dermatoses secundariamente infectadas, como pediculose ou escarbiose. A ocorrencia de várias furúnculos em mesma região é chamada de antraz.Mais frequentes em face, pescoço, axilas, costas e nádegas que são áreas mais pilosas e sujeitas a uma sudorese mais intensa.ETIOLOGIA: Staphylococcus aureusTRANSMISSÃO: contato com secreção purulenta.COMPLICAÇÃO: Raramente evoluem para septicemias.DIAG DIFERENCIAL: Hidradenite, miíase

Carbúnculo (anthrax)•É uma toxiinfecção aguda que ataca pele e raramente nasofaringe, vias aéreas inferiores, e vias intestinais.Cutânea se inicia por prurido na pele exposta ao ag, seguido por aparecimento de lesões confluentes: pápulas, pústulas, vesículas e úlceras indolores que evoluem para escara em alguns dias.

Foliculitesterça-feira, 1 de setembro de 2015 18:06

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Mais frequente em cabeça e mãos.Quando não tratada dissemina-se para os linfonodos regionais e para a corrente sanguínea, e consequentemente pode ocorrer septicemia.Letalidade da forma cutânea sem tratamento varia de 5-20%

ETIOLOGIA: Bacillus anthracis, bacilo móvel, gram positivo, encapsulado, formador de esporos.

TRANSMISSÃO: se dá pelo contato com o bacilo com a pele, inalação ou ingestão dos esporos existentes em tecidos ou objetos contaminados. A transmissão de um indivíduo contaminado a um indivíduo sadio é muito improvável de acontecer.

INCUBAÇÃO: 24 horas a 7 dias

COMPLICAÇÕES: pneumonia, hemorragia gastro-intestinal, septicemia, meningites

DIAGNÓSTICO: Clínico-epidemiológico e laboratorialLaboratorial se dá pelo isolamento do bacilo no sangue, lesões, secreções ou tecidos (histopatológico). Por imunofulorescência pode-se identificar Ac no sangue.

TRATAMENTO: Quando confirmado para bacilo sensível a amoxa - AMOXA.Para cepas resistentes usa-se ciprofloxacina

NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA IMEDIATA

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Infecção crônica supurativa com períodos de remissão e exacerbações geralmente em axilas e região inguino-crural.Causada pela obstrução do folículo e ocorrência de acúmulo de sebo e suor e com consequente inflamação da área.

Hidradenite Supurativaterça-feira, 1 de setembro de 2015 18:55

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É uma celulite porém cutânea, superficial com marcante envolvimento de vasos linfáticos.Caracterizada por febre, anorexia, calafrios,, leucocitose e lesão cutânea em placa eritematosa, edematosa e dolorosa. Sendo que a área de inflamação destaca-se por uma relevo, o que indica distinta demarcação entre o tecido envolvido e o tecido normal.Dessa placa podem ter origem faixas eritematosas ao longo do trajeto dos vasos linfáticos. (linfagites)Há adenite satélite à região comprometida.Vesículas e bolhas podem ser observadas - erisipela bolhosa.Mais prevalente em membros inferiores, face ou abdome.

AGENTE ETIOLÓGICO: Estreptococos beta-hemolíticos do grupo A, ou também chamados Estreptococos pyogenes.Muito raramente por S aureus.

TRANSMISSÃO: Se dá por penetração da bactéria na pele por solução de continuidade. São porta de entrada frequentes: MMII - úlceras nas pernas e dermatomicoses interdigitais

COMPLICAÇÃO: Linfedema

DIAG: clínico

TRATAMENTO: repouso no leito é essencial, principalmente quando o acometimento é no membro inferior, que deve ser mantido elevado.Droga de escolha: penicilina procaína na dose de 400.000UI de 12/12 por 10d. Em pacientes alérgicos: eritromicina na dose de 30-50mg/kg/d 6/6 por 7-10diasCefalexina de 30-50mg/kg/d 6/6 7-10dQuadros graves podem necessitar de pen cristalina associada a oxacilina ou vancomicina.Para evitar recaídas é conveniente administrar PEN BENZ.se edema residual - usar meias elásticas.

Erisipelaterça-feira, 1 de setembro de 2015 18:58

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Page 14: Infectologia resumo

Infeção que envolve derme profunda e tecido subcutâneo e nem sempre tem clara distinção entre tecido envolvido e tecido normal.

Como agente etiológico mais prevalente se tem o S. aureus e S pyogenes, porém ocasionalmente outras bactérias também podem vir a causar a infecção: H. influenza, bacilos G - , e ainda fungos ( Cryptococus neoformans)Há sinais locais de inflamação (eritema, edema, calor e dor), com febre e leucocitose.A infecção também ocorre por abertura da barreira, sendo que a porta de entrada pode ser distante como dermatomicoses em infecção acima do tornozelo ou ainda infeccão de face por colonização da nasofaringe por estreptococos.No caso da celulite, também pode haver contaminação por via hematogênica até os tecidos frouxos. (S pneumoniae, Vibro vulnificus)

Celuliteterça-feira, 1 de setembro de 2015 19:17

Página 14 de Infectologia Elisa

Page 15: Infectologia resumo

Página 15 de Infectologia Elisa

Page 16: Infectologia resumo

SPEE é uma doença epidermolítica, mediada por toxinas, qie se caracteriza por eritema, desprendimento generalizado das camadas superficiais da epiderme, envolvendo principalmente recém nascidos e lactentes menores de 2 anos.

CLÍNICA:Manifestações cutâneas localizadas e disseminadas, de impetigo bolhoso localizado ou generalizado

AG ETIOLÓGICO: Staphylococcus aureus do grupo II, principalmente o tipo 71 que produz duas exotoxinas, A e B, as quais são epidermolíticas. A produção das toxinas são originárias dos focos de infeção como por exemplo conjuntivite purulenta, OMA e infecção nasofarpingea, ou até mesmo localmente como no impetigo bolhoso.Exame histopatológico evidencia clivagem intraepidérmica, subgranulosa o que diferencia da clivagem subepidérmica que ocorre na necrólise epidérmica tóxica provocada por drogas.

TRATAMENTO:Topico - é recomendado banhos e compressas para desbridamento da epiderme superficial necrótica.Agentes antimicrobianos tópicos (sulfadiazina de prata, bacitracina, mupirocina) são indicados quando há infecções localizadas. Há indicação para tratamento com Oxacilina quando há infecção em extensas área de pele

Síndrome da Pele Escaldada Estafilocócicaterça-feira, 1 de setembro de 2015 19:24

Página 16 de Infectologia Elisa

Page 17: Infectologia resumo

Mediada por toxinas liberadas pela bactérias Staphylococcus aureus.Ocorre seguindo padrão menstrual, não-menstrual com quadro caracterizado pelo início súbito de febre, hipotensão, e posteriormente falencia de órgãos.O agente etiológico. S aureus, produz a toxina 1 que causa TSCT-1. A toxina diminui o tônus vasomotor e tem como consequência o extravasamento de líquido intravascular., com isso há início súbito de hipotensão, seguido de isquemia tecidual e falência de múltiplos órgãos.

Presença de feridas cirúrgicas e não cirúrgicas•Tamponamento nasal•Infecção puerperal•

Na SCT, seguindo o padrão menstrual, o uso de tampões vaginais no período menstrual foi implicado como fator relevante de risco.Na SCT não relacionada ao padrão menstrual, os fatores de riscos são:

Pode ainda estar associada a diversas infecções por S aureus

QUADRO CLÍNICOSCT padrão menstrual - se inicia subtamente com febre e hipotensão, sensação de formigamento nas mãos e pés, seguido de erupção maculo-papulosa e pruriginosa.é comum o edema generalizado e subsequente descamação de mãos e pés.

CRITÉRIOSFebre > 38,9Erupção eritrodermia maculosa, difusaDescamação: uma a duas semanas após início do quadro, particularmente palmo-plantaresHipotensão: PAS<90 mmHg. Síncope ou vertigem ortostáticaComprometimento de tres ou mais dos sistemas orgânicos.Hemocultura positiva em torno de 5% dos casos somente

TRATAMENTOSuporte intensivo,ATB que cobre S aureus (oxacilina e clindamicina) sendo que o primeiro é bactericida e o segundo tem por objetivo diminuir a síntese de toxina.Se for S aureus OXAR - vancomicina no lugar da Oxa.

Síndrome do Choque Tóxico Estafilocócicoterça-feira, 1 de setembro de 2015 19:37

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Page 18: Infectologia resumo

Causada por S pyogenes.Há liberação de exotoxinas progênicas, estreptocócicas, substâncias responsáveis pelo rash cutâneo da febre escarlatina.Na maioria dos casos há evidência do foco infeccioso, principalmente em partes moles.diagnóstico se baseia em critérios clínicos e isolamento da bactéria em hemoculturas.Nesse caso, as hemoculturas são positivas em mais de 50% dos casos.

TRATAMENTODrenagem e tratamento do foco (abcesso? Drena. Pneumonia? Trata.)Oxa + clinda.

Síndrome do Choque Tóxico Estreptocócicoterça-feira, 1 de setembro de 2015 21:24

Página 18 de Infectologia Elisa

Page 19: Infectologia resumo

Infecção bacteriana destrutiva e rapidamente progressiva do tecido subcutâneo e fáscia superficial, associada a altos índices de morbi-mortalidade.

Infecção mais superficial de partes moles, como celulite ou erisipela, e com outras semelhanças quanto à etiologia e fatores predisponentes.Caso haja falha no tratamento dessas infecções por exemplo, pode cursar com a FN - se houver comprometimento do tecido subcutâneo e da fáscia superficial.

Em seu estágio inicial:

AGENTES ETIOLÓGICOSNormalmente S pyogenes e S aureus, separadamente ou em sinergismo, atuam na FN.

I - ou celulite necrotisante, é caracterizada pelo isolamento de pelo menos uma espécie de anaeróbio obrigatório, como por exemplo Bacterioides e Peptostreptococcus, em combinação com um ou mais organismos anaeróbios facultativos. Mais comum após cirurgias e em pacientes com diabetes e doença vascular periférica.

Odor do exsudato é forte, com gás tecidual.II - ou também chamada de gangrena estreptocócica é caracterizado pelo isolamento do Streptococo do grupo A isolado ou associado ao S aureus.. Ocorre tipicamente após ferimentos penetrantes, procedimentos cirurgicos, queimaduras e traumas, os mínimos incluídos. Porém a história de trauma prévio pode não estar presente. O odor do exsudato é fraco, sem gás tecidual.

CLASSIFICAÇÃO

CLÍNICAInicia-se com área eritematosa, dolorosa e localizada, que aumenta em horas ou dias, associada a edema tecidual importante. Em seguida ocorre cianose local e formação de bolhas de conteúdo amarelado ou avermelhado-escuro. A área envolvida torna-se rapidamente eritematosa e recoberta por tecido necrótico, onde ocorre então anestesia da pele por conta da destruição do tecido subcutâneo subjacente e trombose dos vasos nutrientes, causando necrose das fibras nervosas.

TRATAMENTODiagnóstico precoce é essencial.Debridamento cirurgico radical de todo tecido necrótico e antibióticoterapia parenteral de amplo espectro e medidas gerais de suporte agressivas.em geral se faz necessário vários debridamentos, e o enxerto de pele é quase sempre necessário.As medidas de suporte incluem: controle da hipotensão e da disfunção de órgãos decorrentes de sepse severa.Penicilia - Estreptocócicas associadas a clindamicinaQuando se suspeita de infecção mista ou por anaeróbios - aminoglicosídeo.Polimicrobiana - imipenem/cilastatina

Fasciíte Necrotizanteterça-feira, 1 de setembro de 2015 21:32

Página 19 de Infectologia Elisa

Page 20: Infectologia resumo

Gangrena gasosa é uma infecção rápida e progressiva causada pelo Clostridium perfringens,

Clostridium septicum, Clostridium histolyticum ou Clostridium novyi. ou seja, é a lesão causada por patógenos anaeróbios.

Quadro clinico se dá pelo aparecimento de edema gasoso, posterior ao aparecimento de eritema e descoramento cutâneos.

Trauma profundo é um fator de risco importante, que não foi adequadamente higienizado.

Necrose muito rápida.

Gangrena Gasosaterça-feira, 1 de setembro de 2015 21:52

Página 20 de Infectologia Elisa

Page 21: Infectologia resumo

Úlcera com neuropatia periférico sendo que o paciente começa a fazer trauma no local, cursando com deformidade e lesão.Ou seja, vem de uma úlcera por trauma repetido, com colonização da úlcera. Dependendo da virulência da bactéria pode cursar com uma infecção clínica, associada a uma piora da ulceração com necrose peri -úlceraA infecção pode evoluir por contiguidade e chegar a tecidos profundos, até mesmo fazer uma osteomielite.

IMPORTANTECalçados confortáveis

MICRO ORGANISMOSMaior fator de risco para gram -, enterobacterias e anaeróbios além de gram+ (estafilococos não estão muito presentes)Ciprofloxacina e clinda (cipro pega gram-, e clinda que pega gram positivo e anaeróbio)Metro+ceftriaxone

Pé DiabéticoWednesday, September 2, 2015 10:13

Página 21 de Infectologia Elisa