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INTRODUÇÃO INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO CENTRO DE ATENDIMENTO CLÍNICO E EDUCACIONAL MARIA DE NAZARÉ DOMINGOS – CACE DE HORIZONTE – CEARÁ - BRASIL Francisca Semírames Nogueira de Sousa - Mestrado em Ciências da Educação Profa. Dra. Stânia Nágila Vasconcelos Carneiro – Doutora em Ciências da Educação REFERÊNCIAS ALTMANN ,W. Lutero e Libertação: releitura de Lutero em perspectiva latino-americana. Front Cover. Editora Sinodal, 1994. ARANTES, V. A. (Org.). Inclusão Escolar: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2006. BORGES, V. P. Integração ou Inclusão Escolar? São Paulo. Brasiliense, 1996. BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: CORDE, 1994. BUENO, I.G.S. A Inclusão do Aluno Deficiente nas Classes Comuns do Ensino Regular. Temas sobre o desenvolvimento .v.9, n. 54, p.21-27. São Paulo: Memnon, 1996. CAMPBELL, L. et al. Ensino e Aprendizagem por Meio das Inteligências Múltiplas. 2ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2001. FUNDAMENTAÇÃO Durante o período de abril de 2013 à fevereiro de 2015, vivenciamos o universo do CACE Maria de Nazaré Domingo, em Horizonte - CE , com foco maior nos DV. Desta forma, insertos nesse ambiente de inclusão, fomos partícipes em eventos, como: passeatas, corridas de bicicleta, missas, festival de talentos especiais, feira de artesanato, entre outras organizações ministradas pelo CACE. Destarte, pertencendo a este contexto, pudemos elencar dados junto com os gestores, professores e alunos através de entrevistas elaboradas para análise e formação do Corpus desta pesquisa. Portanto a participação de todos que compõem o CACE, foi essencial para o intento desejado. Nesta pesquisa pode-se verificar a realidade apresentada no Brasil no âmbito da educação especial, de que a escola e os mais diversos setores da sociedade começaram a operar mudanças, ainda que lentas, em direção a um processo de inclusão mais consciente. Nesse sentido, pode concluir que, apesar das dificuldades impostas aos deficientes visuais, estes, através de intervenções bem sucedidas pelo CACE e, através de seus educadores, conseguem interagir de forma a apresentar bons resultados com os alunos de escolas regulares e na sociedade em geral. OBJETIVO GERAL METODOLOGIA RESULTADOS E ANÁLISE CONCLUSÃO A presente pesquisa tem por objetivo analisar como vem ocorrendo a inclusão de deficientes visuais através do CACE - Centro de Atendimento Clínico e Educacional Maria de Nazaré, localizado na cidade de Horizonte CE, a partir da ótica de Deficientes Visuais (DV), Professores e Gestores. O presente estudo teve o propósito de descrever, além de verificar, a situação educacional do deficiente visual residente na cidade de Horizonte CE e em cidades circunvizinhas que frequenta o CACE Maria de Nazaré Domingos, localizado na referida cidade, no que desenvolve um trabalho de inclusão social e educacional com deficientes visuais e muitas outras deficiências, com ações sociais em grupos terapêuticos de convivência e, em escola regular através de atividades sistemáticas em grupos. Contudo, delimitamos esta pesquisa no contexto do deficiente visual, pois intentamos discutir as teorias referentes à inclusão desse DV em seu espaço escolar e na própria família, levando-se em consideração os avanços propiciados pelas tecnologias assistivas e pelos suportes técnico e estrutural oferecidos nas atividades cotidianas nos centros de apoio ou de reabilitação, estendendo-se a disseminação das práticas inclusivas junto aos cidadãos brasileiros, independentemente da situação física. Os recursos conciliados com o conhecimento pedagógico fortalecem a compreensão do profissional da educação quanto a estabelecer um equilíbrio entre os interesses individuais com os sociais. Arantes (2006) postula que esta ação exige dos profissionais da educação o exercício considerável da complexidade, dentre as maiores dificuldades presentes nesta operação aponta-nos que certamente. De acordo com as entrevistas realizadas, os professores afirmaram ser algo desafiador e ao mesmo tempo gratificante trabalhar com DV, pois incita a um sentimento mais humanitário. Ainda homologaram acerca do despreparo do professor ao lidar com o aluno DV, muitas vezes subestimando-o em sua capacidade de aprendizado. Encerraram afirmando ser preciso realizar um trabalho de sensibilização na escola, envolvendo toda a comunidade, inclusive a família, no que certamente sanaria o preconceito no âmbito escolar, favorecendo a continuidade do trabalho positivo e satisfatório desenvolvido pelo CACE. Com o desenvolvimento e análise do presente estudo, evidenciou-se uma evolução da Educação especial em meados do século XX e, no Brasil, a partir dos anos 70, no que verifica-se a inclusão e integração educativa do deficiente na sociedade, e, especificamente na escola, objetivando torná-lo um cidadão capacitado para o convívio social. Nesse contexto, o CACE se torna protagonista mediador e interventor de melhorias para alunos com deficiência visual e muitas outras deficiências.

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Page 1: INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO … · inclusÃo da pessoa com deficiÊncia visual no centro de atendimento clÍnico e educacional maria de nazarÉ domingos ... slide

INTRODUÇÃO

INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO CENTRO DE ATENDIMENTO CLÍNICO E EDUCACIONAL MARIA DE NAZARÉ DOMINGOS – CACE DE HORIZONTE –

CEARÁ - BRASIL Francisca Semírames Nogueira de Sousa – - Mestrado em Ciências da Educação

Profa. Dra. Stânia Nágila Vasconcelos Carneiro – Doutora em Ciências da Educação

REFERÊNCIAS

ALTMANN ,W. Lutero e Libertação: releitura de Lutero em perspectiva latino-americana. Front Cover. Editora Sinodal, 1994.

ARANTES, V. A. (Org.). Inclusão Escolar: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2006.

BORGES, V. P. Integração ou Inclusão Escolar? São Paulo. Brasiliense, 1996.

BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: CORDE, 1994.

BUENO, I.G.S. A Inclusão do Aluno Deficiente nas Classes Comuns do Ensino Regular. Temas sobre o desenvolvimento .v.9, n. 54,

p.21-27. São Paulo: Memnon, 1996.

CAMPBELL, L. et al. Ensino e Aprendizagem por Meio das Inteligências Múltiplas. 2ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2001.

FUNDAMENTAÇÃO

Durante o período de abril de 2013 à fevereiro de 2015,

vivenciamos o universo do CACE Maria de Nazaré Domingo, em

Horizonte - CE , com foco maior nos DV. Desta forma, insertos

nesse ambiente de inclusão, fomos partícipes em eventos, como:

passeatas, corridas de bicicleta, missas, festival de talentos

especiais, feira de artesanato, entre outras organizações

ministradas pelo CACE. Destarte, pertencendo a este contexto,

pudemos elencar dados – junto com os gestores, professores e

alunos – através de entrevistas elaboradas para análise e

formação do Corpus desta pesquisa. Portanto a participação de

todos que compõem o CACE, foi essencial para o intento

desejado.

Nesta pesquisa pode-se verificar a realidade apresentada

no Brasil no âmbito da educação especial, de que a escola e

os mais diversos setores da sociedade começaram a operar

mudanças, ainda que lentas, em direção a um processo de

inclusão mais consciente. Nesse sentido, pode concluir que,

apesar das dificuldades impostas aos deficientes visuais,

estes, através de intervenções bem sucedidas pelo CACE e,

através de seus educadores, conseguem interagir de forma a

apresentar bons resultados com os alunos de escolas

regulares e na sociedade em geral.

OBJETIVO GERAL

METODOLOGIA

RESULTADOS E ANÁLISE

CONCLUSÃO

A presente pesquisa tem por objetivo analisar como vem

ocorrendo a inclusão de deficientes visuais através do CACE -

Centro de Atendimento Clínico e Educacional Maria de Nazaré,

localizado na cidade de Horizonte –CE, a partir da ótica de

Deficientes Visuais (DV), Professores e Gestores.

O presente estudo teve o propósito de descrever, além de

verificar, a situação educacional do deficiente visual – residente na

cidade de Horizonte – CE e em cidades circunvizinhas – que

frequenta o CACE Maria de Nazaré Domingos, localizado na

referida cidade, no que desenvolve um trabalho de inclusão social

e educacional com deficientes visuais e muitas outras

deficiências, com ações sociais em grupos terapêuticos de

convivência e, em escola regular – através de atividades

sistemáticas em grupos. Contudo, delimitamos esta pesquisa no

contexto do deficiente visual, pois intentamos discutir as teorias

referentes à inclusão desse DV em seu espaço escolar e na

própria família, levando-se em consideração os avanços

propiciados pelas tecnologias assistivas e pelos suportes técnico

e estrutural oferecidos nas atividades cotidianas nos centros de

apoio ou de reabilitação, estendendo-se a disseminação das

práticas inclusivas junto aos cidadãos brasileiros,

independentemente da situação física. Os recursos conciliados

com o conhecimento pedagógico fortalecem a compreensão do

profissional da educação quanto a estabelecer um equilíbrio entre

os interesses individuais com os sociais. Arantes (2006) postula

que esta ação exige dos profissionais da educação o exercício

considerável da complexidade, dentre as maiores dificuldades

presentes nesta operação aponta-nos que certamente.

De acordo com as entrevistas realizadas, os professores

afirmaram ser algo desafiador e ao mesmo tempo gratificante

trabalhar com DV, pois incita a um sentimento mais humanitário.

Ainda homologaram acerca do despreparo do professor ao lidar

com o aluno DV, muitas vezes subestimando-o em sua

capacidade de aprendizado. Encerraram afirmando ser preciso

realizar um trabalho de sensibilização na escola, envolvendo toda

a comunidade, inclusive a família, no que certamente sanaria o

preconceito no âmbito escolar, favorecendo a continuidade do

trabalho positivo e satisfatório desenvolvido pelo CACE.

Com o desenvolvimento e análise do presente estudo,

evidenciou-se uma evolução da Educação especial em meados

do século XX e, no Brasil, a partir dos anos 70, no que verifica-se

a inclusão e integração educativa do deficiente na sociedade, e,

especificamente na escola, objetivando torná-lo um cidadão

capacitado para o convívio social. Nesse contexto, o CACE se

torna protagonista mediador e interventor de melhorias para

alunos com deficiência visual e muitas outras deficiências.