imóveis - edição 22331 - 29 de agosto de 2014

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Jornal O Estado (Ceará)

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Page 1: Imóveis - Edição 22331 - 29 de agosto de 2014

Especial

Corretor de imóveis

NOVO FÔLEGOCenário aponta reação domercado imobiliário cearense.

INICIANTESAlta competitividade impõenovos parâmetros para corretores.

SINDIMÓVEISSINDIMÓVEISSindicato investe em açõesdiferenciadas para atrair a categoria

CONVENSIConvenção conecta três grandeseventos imobiliários em Fortaleza

RESPONSABILIDADEO papel do corretor na segurança

dos negócios imobiliários.

CONQUISTACorretores de imóveis são

beneficiados com a inclusãono Supersimples.no Supersimples.

DE PAI PARA FILHOOs desafios e vantagens dos

negócios familiares no mercadoimobiliário.

Page 2: Imóveis - Edição 22331 - 29 de agosto de 2014

O ano de 2014 começou com incertezas para o merca-do imobiliário cearense. O

comportamento do segmento em 2013, com a freada na velocidade de vendas dos imóveis, e alguns “sustos” na economia, como o risco de alta da inflação, apontavam que o ano seguinte seria fundamental para a re-tomada do fôlego. Conforme a aná-lise de representantes do mercado, o primeiro semestre apresentou um comportamento de compra desacele-rado. O consenso é de que o quadro não gerou uma crise, mas um arrefe-cimento nos negócios.

Confirmando algumas previsões, Armando Cavalcante, diretor do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), destacou que 2014 sofreu com os reflexos do ano ante-rior. De acordo com ele, o mercado sentiu as mudanças econômicas e também o efeito Copa Mundo, onde muitos apostaram numa alavanca-gem nas vendas que não foi concreti-zada. No entanto, aponta Cavalcante, o cenário dá sinais de recuperação. “Eu já sabia disso (desaceleração). Os construtores estavam com estoque de produtos. Entretanto, isso gerou não uma crise, mas uma angústia do pró-prio mercado de vender seu estoque. A volta a compra está acontecendo, embora que ainda morno”, avalia.

Para Cavalcante, o ano foi atípico, com carnaval tardio, Copa do Mundo e eleições. “Nós vamos ter as eleições e o pessoal se volta para isso. A mu-dança de governo cria uma expecta-tiva que altera radicalmente o com-portamento do mercado”, explica o diretor do Cofeci.

Patriolino Dias, diretor executivo da construtora Dias de Sousa, avalia que o segundo semestre trouxe mais fôlego para os negócios. “A gente até brinca e diz que o ano começou ago-ra. Na verdade, as pessoas prolonga-ram sua decisão de compra. Houve carnaval, que aconteceu em março, Copa do Mundo, férias etc. Mas, nos-so mercado continua saudável. Nos-sos lançamentos foram de acordo com que a demanda tinha para ab-sorver”, destaca.

O baixo crescimento da economia nacional também preocupou o setor. Contudo, na avaliação do diretor da Viva Imóveis, Paulo Angelim, o défi-cit habitacional ainda muito grande no País muda a relação do segmento com a economia brasileira. “Essa de-saceleração da economia pode impli-car numa desaceleração no processo de compra, mas não na anulação dele. O imóvel continua sendo um porto seguro para os investidores. O brasileiro ainda acredita que investir em imóveis é um bom investimento.

E é! É óbvio, porém, que tem uma coisa que não se pode abrir mão, que é comprar bem. Então o fato do mercado está pouco mais desacelera-do não significa dizer que você não precise ser seletivo em comprar imó-veis que tenha liquidez. Seja liquidez de venda ou de aluguel. Uma vez atendido esse pré-requisito, você vai sempre vai poder colocar o imóvel no mercado”, resume Angelim.

VALORIZAÇÃO DO M2 Algumas pesquisas no início do

ano mostraram certa retração no me-tro quadrado de muitas cidades bra-sileiras. Contudo, o metro quadrado de Fortaleza continuou em valori-zação, diferenciando-se do processo de valorização de outras praças. Nos últimos três anos, pontua Marcos Novaes, presidente da Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Co-opercon-CE), o mercado imobiliário brasileiro obteve ritmo de lançamen-tos de produtos e de fornecimento de residências maiores do que o consu-mo. “Em Fortaleza, no entanto, este cenário se apresentou de maneira di-ferente por causa do nosso alvará de construção, que demorava em média dois anos e meio, serviu como modo de evitar essa super oferta de lança-mentos para a população, fazendo com que a demanda se tornasse equi-librada e nosso metro quadrado se mantivesse valorizado”, pondera.

Em julho, a variação anual do pre-ço médio dos imóveis no Brasil regis-trou desaceleração pelo oitavo mês consecutivo, segundo o Índice Fipe-Zap, indicador que acompanha a va-riação do preço do metro quadrado dos imóveis anunciados para venda em 16 cidades brasileiras. Fortaleza ocupa a oitava colocação entre as ci-dades analisadas, com o preço médio de R$ 5.451. O valor, conforme espe-cialistas do setor, é puxado pela alta

dos insumos, da mão de obras e dos terrenos, dentre outros fatores.

Mesmo listada entre as capitais com metro quadrado mais valoriza-do, o ano mostrou a acomodação do mercado de Fortaleza. Para Marcos Novaes, porém, o mercado imobili-ário cearense está se reerguendo em 2014. “O ano foi considerado difícil para o setor da construção civil por causa da Copa do Mundo e das elei-ções. A solução que encontramos para driblar essas incertezas e a estag-nação do mercado foi não deixar de investir em inovação e muito traba-lho. No primeiro semestre deste ano, nós tivemos lançamentos reduzidos. Isso foi bom, porque não houve ex-cesso de oferta e o período serviu para que as construtoras pudessem vender seus estoques, se reposicio-nassem no mercado e lançassem em-preendimentos em uma velocidade menor para que o mercado pudesse absorver”, explica Novaes.

Andréa Coelho, superintendente de Obras e Incorporação do Grupo Marquise, explica que o mercado cearense é particular e muito interes-sante no contexto imobiliário. “For-taleza tem preços menores que em outras capitais do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Para traçarmos uma ideia da importância deste setor, a área de incorporação responde sozinha por 16% do fatu-ramento do Grupo Marquise atual-mente”, afirma.

Analisando dados FipeZap dos dois primeiros meses de 2014, An-dréa ressalta que o mercado imobili-ário em Fortaleza cresceu 1,2% nesse período. “O percentual ficou acima do Índice Geral de Preços do Merca-do (IGP-M), estimado em 0,86% no mesmo período. A diferença significa que o mercado de imóveis na capital cearense é quase 40% mais aquecido que o do Brasil”, argumenta.

MERCADO COMPETITIVO Na análise de Angelim, o pano-

rama atual do mercado pode ser resumido em competitividade. Con-forme ele, o comportamento do seg-mento não pode ser avaliado sob a ótica da recessão, mas do comedi-mento, principalmente, no ato da compra. “O mercado está competi-tivo. E vai ficar de certa forma ofer-tado, porque tem muito lançamento vindo por aí. Não consigo imaginar recessão. Existe uma desaceleração, o que não significa parar ou voltar para trás. A desaceleração é da eu-foria, do ímpeto de compra. Essa compra está sendo mais trabalha-da. Os profissionais vão precisar se diferenciar. Os clientes estão muito seletivos”, prevê Angelim.

Marcos Novaes compartilha da mesma estimativa. Segundo ele, para 2015, o mercado seguirá in-vestindo e inovando em diferenciais competitivos em seus empreendi-mentos. “Atributos dos imóveis, como qualidade de vida e segurança, estão entre os mais valorizados pelo consumidor que hoje avalia não so-mente o retorno financeiro do imó-vel e, sim, o que e de qual maneira ele melhor usufrui do seu espaço. Se o imóvel oferecer tudo isso, o consu-midor está disposto a valorizar este diferencial”, reforça Novaes.

POTENCIAL

Atualmente, alguns bairros de For-taleza despontaram no cenário com forte potencial construtivo e de valo-rização, como Guararapes e Papicu. De acordo com Marcos Novaes, há algum tempo os construtores per-ceberam que as pessoas não querem deixar de morar nos seus bairros, onde têm negócios, amigos e paren-tes. “Então, existem atualmente bons empreendimentos em vários bairros de Fortaleza com estrutura de lazer e

segurança a preços que estão ao alcance das va-riadas classes. Na capital cearense alguns bairros apresentam uma valo-rização maior, como Meireles, Cocó, Gua-rarapes, Papicu, Cida-de dos Funcionários, dentre outros”, esclarece o presidente do Coopercon.

Considerando a dinâmica do mercado da Capital, Andréa Coe-lho acredita que nenhum bairro te-nha atingido o teto da valorização. “A Marquise Incorporações realiza pesquisas para analisar o mercado antes de definir os locais que recebe-rão novos empreendimentos. Atenta às tendências do mercado, lançamos recentemente empreendimentos nos bairros que mais crescem em Fortaleza”, aponta a superintendente de Obras e Incorporação do Grupo que tem lançamentos no Guarara-pes e no Cambeba.

LANÇAMENTOS No último ano, o mercado cea-

rense deu uma freada com relação a oferta de novos produtos. Para os próximos meses, conforme adiantou Paulo Angelim e Armando Caval-cante, a perspectiva é de que setor receberá muitos lançamentos.

O primeiro semestre, avalia No-vaes, foi de observação. “Creio que nos próximos meses o setor voltará a crescer. A perspectiva é positiva, com previsão de lançamentos em várias das 98 construtoras que fazem parte da Coopercon-CE”.

PAPEL DO CORRETOR Em todo o contexto do mercado

imobiliário, o papel do corretor de imóveis é sinalizado como um dos mais importantes. Andréa Coelho lembra que o profissional é quem conhece o mercado, oferece oportu-nidades e dá segurança a todo o pro-cesso de compra, venda ou locação de um imóvel, desde a fase de anún-cio até a entrega das chaves.

Marcos Novaes ressalta que a rela-ção entre empresa e corretor deve ser de parceria, apoio e troca de experi-ências, uma vez que o crescimento do mercado imobiliário é a consequ-ência desse trabalho em conjunto.

Por sua vez, Patriolino Dias des-taca que o corretor de imóveis é o elo entre o cliente e a empresa, quem analisa o perfil do compra-dor e o orienta para fazer um ne-gócio seguro. Armando Cavalcante aponta que o profissional é quem dá condições de movimentação para o mercado imobiliário. “Nós somos o combustível da maior in-dústria sem fumaça do País”.

Um dos grandes desafios da sociedade moderna é a busca da qualidade de vida, e a mora-dia é um importante gargalo a ser enfrentado. No Brasil, o déficit habitacional é de 5,6 milhões de domicílios. E, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, o crescimento vegetativo nos próximos 13 anos levará a uma demanda de mais de 20 milhões de novas unidades habitacionais.

Diante deste cenário, os agentes que contribuem para a redução desta demanda

reprimida ganham destaque. É o caso do corretor de imó-veis, que agiliza o processo de compra, ao auxiliar e orientar o cidadão que quer realizar o sonho da casa própria, verifi-cando o perfil a ser atendido, consultando as melhores con-dições e indicando o caminho mais adequado, desde a busca até a entrega das chaves.

O corretor de imóveis tam-bém atua junto com os cons-trutores, sendo um importante consultor por sua qualificação e conhecimento do mercado,

além do papel de facilitador no contato com o consumidor final. Não é à toa que o mer-cado reconhece e valoriza esse profissional e incentiva que o consumidor realize sua nego-ciação com um profissional credenciado, qualificado e ca-pacitado para que tudo ocorra com perfeição.

Um exemplo da seriedade e profissionalismo na carreira do corretor de imóveis é a respon-sabilidade jurídica com o que é prometido ao consumidor na hora da compra. A verificação

do Registro de Incorporação (RI) antes de efetuar uma venda é a ferramenta utilizada tam-bém pelo corretor para garantir a legalidade da comercialização.

Pensando em facilitar o acesso às informações e em valorizar as boas-práticas, o Sinduscon-CE escolheu o dia 27 de agosto, quando celebra-mos o Dia do Corretor do Imó-veis, para lançar uma cartilha ilustrada, esclarecendo o que é o RI e sua importância para o consumidor de imóvel, com seus direitos e deveres. A ini-

ciativa faz parte do Programa Incorporar, que também traz o “Juridicamente Perfeito”.

O sucesso da aceitação do selo, que já está em 165 em-preendimentos, demonstra a seriedade em que o setor atua, passando a confiança que o consumidor precisa para inves-tir na realização do seu sonho. Continuaremos atuando em conjunto com esse profissional estratégico, incentivando sem-pre as boas-práticas e valori-zando sua contribuição para o setor e para a sociedade.

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NOVO FÔLEGO

Construtores de sonhos

FORTALEZA - CEARÁ - BRASILSexta-feira, 29 de agosto de 2014

PorAndré MontenegroPresidente do sinduscon

ARTIGO

Segundo especialistas, mercado imobiliário cearense está reagindo a desaceleração de 2014

EXPEDIENTEnCOORDENAÇÃO: Ricardo Dreher nEDITORA GERAL: Cely Fraga nCOORDENAÇÃO COMERCIAL: Glauber Luna nCAPA: João Luck

nREVISÃO: Lena Lopes nPROGRAMAÇÃO VISUAL: J. Júnior nFOTOGRAFIA: Anderson Santiago, Nayana Melo e Tiago Stille

Armando Cavalcante Andréa Coelho Paulo Angelim

Page 3: Imóveis - Edição 22331 - 29 de agosto de 2014

3FORTALEZA - CEARÁ - BRASILSexta-feira, 29 de agosto de 2014

MERCADOEmpresas ressaltam a importância da parceria na relação com a categoria

Levando em con-sideração as ca-racterísticas da

atividade, o corretor de imóveis não é um profis-sional comum. A função exige dele uma série de responsabilidades e uma

gama de informações sobre mercado, pro-duto e leis, entre ou-

tros pontos. O termo “intermediar” é o verbo mais conjugado pelo cor-retor de imóveis. Nesta conjuntu-ra, ele busca intermediar o sonho da casa própria, o melhor negócio para o cliente e/ou a empresa que representa e garantir a segurança jurídica desse processo. Neste ema-ranhado de exigências e cobranças, por ambos os lados do mercado, não é difícil prever a deterioração das relações de trabalho. Para evi-tar que esse quadro seja acentuado, todos os atores envolvidos pontu-am que o respeito, a parceria e a transparência no relacionamento são elementos fundamentais.

“Acredito que a relação entre em-presa e corretor deve ser de parce-ria, apoio e troca de experiências, uma vez que o crescimento do mer-cado imobiliário é a consequência desse trabalho em conjunto”, afir-ma Marcos Novaes, presidente da Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon).

TRANSPARÊNCIAPaulo Angelim, diretor da Viva

Imóveis, defende que uma relação saudável entre empresas, corretor de imóveis e mercado deve ser nor-

teada pelo respeito. “É uma rela-ção onde o construtor deve passar claramente para o mercado, tanto imobiliárias quanto corretores au-tônomos, uma mensagem de que não está aqui para competir com eles. A construtora não pode igno-rar a função nobre do corretor de imóveis”, alerta.

De acordo com o diretor presi-dente da Mercurius Engenharia, Dante Bonorandi, a transparência é um dos fatores preponderantes na consolidação das relações e dos ne-

gócios. “O cliente se sente confortá-vel num relação comercial quando há, acima de tudo, transparência no negócio. Então se o corretor se mostrar confiável, honesto e simpá-tico são as características para um negócio duradouro, onde com cer-teza o cliente e empresa sairão satis-feitos. Diante das inúmeras ofertas de imóveis que existem no mercado hoje, o corretor se torna peça fun-damental nesse elo entre o cliente e a empresa”, destaca Bonorandi.

Para Eleno Damasceno, coorde-

nador de vendas da Magis Incorpo-rações, a ética deve ser priorizada no relacionamento com os profis-sionais e o mercado. “Todas as re-lações são saudáveis quando além do cumprimento das regras vem em primeiro lugar a ética. O respei-to nós temos pelos profissionais do ramo imobiliário é entendido tan-to no mercado quanto pelo cliente como o caminho mais salutar para a realização do sonho da casa pró-pria, portanto, no nosso caso, a re-lação corretor – cliente – Magis só vem se fortalecendo com o tempo”, aponta Damasceno.

FUTUROBonorandi prevê que no futuro,

diante de um mercado dinâmico e cada vez mais segmentado, os cor-retores de imóveis irão optar por trabalhar como autônomos. O con-texto sinalizado por Bonorandi vai exigir que as empresas se esforcem mais para oferecer produtos dife-renciados que além de aproximar clientes, sejam atrativos para os profissionais. “Nesse panorama do mercado, posso dizer que no futu-ro os corretores irão preferir tra-balhar por conta própria, pois tem uma flexibilidade maior em seus negócios, não tendo que estar fixos a uma empresa e restrito a um em-preendimento. Diante desse fato, as empresas terão que se esforçar para que seus produtos se tornem mais atrativos não só para os clientes, mas também para os corretores, pois a larga opção no mercado dei-xa cada vez mais acirrada a disputa pelas vendas”, prevê o empresário.

Dante Bonorandi destaca que o corretor de imóveis é peça fundamental no elo entre o cliente e a empresa

Construtora investe em programa de fi delidade

para corretoresA Dias de Sousa Con-

struções, dentro das ações comemorativas dos seus 20 anos de mercado, investe no programa de fi delidade “Mais Dias Melhores”. A iniciativa faz com que os corretores acumulem pontos, através da venda dos produtos Dias de Sousa e os troquem por prêmios. “Buscamos prestigiar quem nos prestigia. Quem vende mais, ganha mais”, explica o diretor executivo da construtora, Patriolino Dias.

Com o programa, quanto mais empreendimentos da construtora o corretor vender, mais pontos ele irá acumu-lar. “Cada produto terá uma pontuação pré-estabelecida, e a cada venda efetuada poderá resgatar parcialmente seus pontos ou integralmente, ele é que escolhe pelo que quer tro-car”, garante Patriolino Dias.

O resgate dos prêmios pode ser feito pelo site do programa (maisdiasmelhores.com) e dependendo da pontuação poderá levar para casa desde uma Calculadora HP até um Mercedes Classe A.

O corretor que desejar par-ticipar do programa Mais Dias Melhores, deverá cadastrar-se no site www.maisdiasmel-hores.com.br.

Page 4: Imóveis - Edição 22331 - 29 de agosto de 2014

“Um sindicato forte é uma categoria pro� ssional forte”. A declaração de

Cristina Chaul, presidente do Sindica-to dos Corretores de Imóveis do Estado do Ceará (Sindimóveis-CE), revela os planos de aproximação da entidade com os corretores de imóveis. Atual-mente, o Sindimóveis conta com pou-co mais de 1000 pro� ssionais � liados. Em termos percentuais, representa menos de 10% do universo de correto-res ativos no Ceará, segundo Cristina.

Em entrevista ao jornal O Estado, Cristina Chaul destaca o papel do sin-dicato pro� ssional para a classe, os de-sa� os e responsabilidades da pro� ssão e o trabalho de conscientização que o Sindimóveis vem desenvolvendo para esclarecer ao corretor de imóveis sobre a importância de sua � liação. “Estamos fazendo um trabalho grande e diferen-ciado para trazer o corretor de imóveis para dentro de casa. O sindicato pro� s-sional é a casa dele, é quem vai ampa-rá-lo e protegê-lo”, a� rma Cristina.

[O Estado] – Diante de um mer-cado cada vez mais plural e compe-titivo, a atuação do sindicato já ul-trapassa a pauta de reivindicações trabalhistas. Em sua análise, qual é o papel atual do sindicato para a categoria?

[Cristina Chaul] - O papel do sin-dicato é muito importante. O Sindi-móveis-CE é uma entidade sem fi ns lucrativos que visa a atender aos cor-retores e corretoras de imóveis, em tudo aquilo que almejam como capa-citação, qualifi cação, convênios e ou-tros benefícios. Mas, nosso foco hoje é, prioritariamente, a qualifi cação e o nosso compromisso em relação a essa crescente busca pelo conhecimento.

[O Estado] - Atualmente, quantos corretores de imóveis são sindicali-zados?

[Cristina Chaul] - Hoje chega-

mos a pouco mais de 1000 sindicaliza-dos. Número muito baixo, mas a gente vem ampliando, porque percebemos a necessidade do corretor de imóveis de conhecer a verdadeira casa dele, que é o sindicato. Nós do sindicato somos quem defendemos os interesses e os objetivos do corretor e corretora de imóveis. A classe profi ssional tem que se fi liar ao sindicato. A fi liação, como é assegurada pela Constituição, é livre. Só se sindicaliza quem quer. Contudo, um sindicato forte é uma categoria profi ssional forte também. O profi s-sional vai reivindicar seus direitos junto à classe patronal através do sin-dicato profi ssional.

[O Estado] – A senhora afi rmou que tem pouco mais de 1000 cor-retores sindicalizados. Comparan-do com o número de corretores de imóveis do Estado, quanto repre-senta percentualmente os fi liados do Sindimóveis?

[Cristina Chaul] - No Estado,

hoje, tem uma média de 15 mil cor-retores ativos. Quer dizer, nós temos menos de 10% de profi ssionais sindi-calizados. Mas, através de ações e de um grande trabalho que estamos de-senvolvendo, dando continuidade aos das outras gestões, e com essa vontade de fazer com que a categoria se apro-xime do sindicato estamos chegando mais perto do nosso objetivo. Nós estamos mostrando ao corretor de imóveis que, através de um sindicato forte, ele estará amparado. O corretor é responsável pela intermediação da negociação imobiliária. Ele pode ser responsabilizado civil e penalmen-te por tudo que intermedia. Então o sindicato é a entidade que vai prote-ger o profi ssional de qualquer coisa. É quem vai lutar por ele, ampará-lo em qualquer difi culdade que ele tenha.

[O Estado] - Qual é o trabalho que está sendo desenvolvido pelo Sindimóveis para ampliar o seu quadro de fi liados?

[Cristina Chaul] - É um trabalho

de conscientização ao longo do tem-po. Nós brasileiros, infelizmente, te-mos muita difi culdade em investir em nós mesmos. O corretor e a corretora de imóveis não falam em investimen-to, que aqui no sindicato é um pouco mais de R$ 200,00 por ano, e os ganhos em torno desse valor são muito gran-des. Saúde, conhecimento, capacita-ção, qualifi cação, amparo legal, tudo. O que falta é essa aproximação. São essas questões que vamos conseguir conscientizar sobre a importância do sindicato na vida do profi ssional.

[O Estado] – Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1872/07, que cria a fi gura do corretor de imóveis as-sociado. Qual é a fi nalidade dessa nova fi gura no mercado?

[Cristina Chaul] – Estamos lutan-do por esse PL, que já está bem avan-çado. Na verdade queremos três fi guras no mercado. O corretor que trabalha com a carteira assinada. O corretor au-tônomo e o corretor de imóveis asso-ciado, que não quer a carteira assinada, mas quer uma participação na venda daqueles imóveis que ele capta. Esse associado seria um parceiro. E o inte-ressante é que esse corretor associado vai ter que homologar o contrato com a imobiliária no sindicato. Porque aqui temos o departamento jurídico, para aconselhar e mostrar que ele não pode perder todos os direitos.

[O Estado] – Conforme sua ex-periência no mercado imobiliário, quais são os principais desafi os do corretor de imóveis?

[Cristina Chaul] - Primeiro é a questão de conhecimento. Muitas vezes, o profi ssional deixa de fazer boas vendas por não saber o leque de oportunidades que ele tem. Ele des-conhece a legislação e as oportunida-des de vendas. O corretor de imóveis precisa conhecer as vendas que tem

para fazer além do imóvel. Hoje, ele pode trabalhar com avalia-ções de imóveis ou como perito judicial na área mercadoló-gica de imóveis, por exemplo. O corretor de imóveis tem muita oportunidade de ga-nhos. E para ele ter essas oportunidades, tem que conhecer a legislação, o plano diretor da cidade, além de se profi ssio-nalizar e se qualifi car. É uma meta que nós do Sindimóveis e do Creci estamos traçando taxativamente. Estamos fazendo um trabalho grande e dife-renciado para podermos trazer esse corretor para dentro de casa.

[O Estado] – Para fi nalizar, qual a mensagem que a senhora deixa para a categoria cearense?

[Cristina Chaul] - Quero dizer a todos que invistam mais no conhe-cimento para se qualifi carem. O que é o diferencial hoje no mercado? É o conhecimento! Quem tem conheci-mento prospera. A gente não pode deixar, corretor e corretora de imó-veis, de investir no que é mais impor-tante para nós, que é a qualifi cação.

Observamos com satisfação, que a partir da primeira regula-mentação da categoria, conquis-tada em 27 de agosto de 1962 (daí a data que comemoramos anualmente), o corretor de imó-veis foi paulatinamente deixando de ser um mero intermediador de transações imobiliárias, para se tornar cada vez mais um con-sultor de negócios.

Hoje a profi ssão é muito res-peitada e, segundo uma pesquisa do Sistema Cofeci-Creci, 65% dos corretores de imóveis têm diplo-ma superior. E não poderia ser

diferente, pois estamos falando de um profi ssional que precisa dis-por e utilizar-se de uma série de conhecimentos necessários para o bom exercício da sua atividade, como contabilidade, economia, avaliação de imóveis, fundamen-tos jurídicos, domínio de outras línguas, entre outros requisitos.

Costumamos dizer que os cor-retores de imóveis hoje são quase todos iguais diante da parafernália tecnológica existente, e que o sucesso nessa atividade acontece como numa corrida de cavalo, onde muitas vezes se ganha por

um focinho. Nós ganhamos pelo detalhe, que é o que vai fazer a diferença, e o que a gente precisa buscar constantemente por meio do aperfeiçoamento. Cada dia mais é preciso ver o corretor de imóveis como um consultor, como alguém que sabe de tudo um pouco.

A Fenaci entende que essa ampla qualifi cação passa, entre outras ações, por eventos como o XXV Congresso Nacional de Corretores de Imóveis, que a entidade promoveu recentemente em Maceió, Alagoas, reunindo mais de mil profi ssionais para,

durante três dias debater, o futu-ro das cidades e como o corretor imobiliário se encaixa no desen-volvimento urbano.

Neste ano, com a universa-lização do Simples, temos um motivo a mais para comemorar o Dia do Corretor de Imóveis, pois esta é uma das maiores conquis-tas da categoria e, nós da Fenaci, tivemos forte participação nesta luta desde o seu início.

Outra conquista que está prestes a se consolidar diz respeito ao corretor associado. A Comissão de Constituição e de Justiça e de

Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou em junho últi-mo, em caráter terminativo, parecer sobre o Projeto de Lei 1.872/2007, que acrescenta dispositivo à Lei 6.530, de 12 de maio de 1978, regu-lando a associação entre corretor de imóveis e imobiliárias. Por ter cará-ter conclusivo, a decisão da CCJC permitiu que o PL fosse remetido diretamente para a análise do Sena-do Federal. Quando virar lei, o que esperamos ocorra brevemente, vai atender a uma antiga reivindicação dos corretores de imóveis, numa luta que foi iniciada em 2007.

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CRISTINA CHAUL - SINDIMÓVEIS

Mensagem para o corretor de imóveis

FORTALEZA - CEARÁ - BRASILSexta-feira, 29 de agosto de 2014

PorJoaquimRibeiroPresidente dA FenAci

ARTIGO

“Queremos trazer o corretorde imóveis para dentro de casa”

Para encerrar o mês de comemorações alusivas ao Dia Nacional do Corretor de Imóveis, o Sindimóveis-CE promove a tradicional festa do corretor de imóveis, que acontece no dia 29 de agosto, no La Maison Dunas.

Cristina Chaul, presidente doSindimóveis-CE

Page 5: Imóveis - Edição 22331 - 29 de agosto de 2014

5FORTALEZA - CEARÁ - BRASILSexta-feira, 29 de agosto de 2014

Pesquisa realizada pelo Cofeci, em 2013, aponta mudanças no cenário imobiliário, com o cresci-mento da participação feminina e aumento da escolaridade entre os profi ssionais

O mercado imobiliário está mais competitivo. Fato. É também um segmento

com alta rentabilidade, segundo o diretor do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), Armando Cavalcante. O atual con-texto estabelece mais parâmetros para todos os atores do segmento, principalmente, para os novos corretores de imóveis. “A nossa pro-fi ssão é nova, porém, é a que mais se desenvol-veu nos últimos 50 anos. Ela tem um futuro com muito potencial, em termos de cresci-mento e negócio. É uma profi ssão que real-mente desenvolve trabalho social importante, porque o corretor de imóveis é o responsável pela realização do maior sonho que o homem tem na vida que é a casa própria. Contudo, o profi ssional que está chegando agora no mer-cado precisa ter conhecimento e consciência de que é co-responsável pela negociação imo-biliária”, aponta Cavalcante.

Como assinalou Cavalcante, a profi ssão vem crescendo exponencialmente nos últimos anos. Atualmente, conforme dados do Cofeci, o País conta com mais de 300 mil corretores de imóveis em atividade. No Ceará, conforme o Conselho Regional de Corretores de Imó-veis (Creci-CE), há cerca de 10 mil corretores de profi ssionais exercendo a atividade. Além disso, uma pesquisa abrangente sobre os cor-retores de imóveis brasileiros realizada pelo Cofeci revelou que hoje há mais mulheres trabalhando como corretoras, o nível de es-colaridade está cada vez mais alto e há mais profi ssionais autônomos. A pesquisa também apontou o aumento no número de corretores atuantes e uma mudança na faixa etária: a mé-dia, hoje, é de 46 a 55 anos.

Chama atenção o número de corretores com nível superior que chega a quase 50%, com predominância dos bacharéis em Direito e Administração, seguidos por profi ssionais graduados em Contabilidade e Engenharia. Um quadro que refl ete a análise de Caval-cante ao falar sobre as atuais atribuições do profi ssional. “O corretor moderno tem que ter conhecimento de economia – nacional e do Estado onde atua-, da parte cartorial, da legislação. Tem que estudar as tendências do mercado, saber para onde a cidade cresce re-almente, onde é o bom negócio, qual o futuro de crescimento da cidade. Ele tem que conhe-cer o plano diretor da cidade como a palma da

mão, se não ele vai se perder dentro do merca-do. Ele não é apenas um mero intermediário da compra e venda. Isso já acontece em gran-des centros como nos EUA ou Europa, onde o corretor é um assessor de negócio. E aqui não pode ser diferente, sob pena dele não so-breviver no mercado. E o mercado você sabe é exigente, ele mesmo expurga naturalmente aquilo que não serve”, pondera Cavalcante.

NOVO PERFILNos últimos dez anos, explica Fernanda de

Queiroz Barroso, coordenadora da Célula de Educação Profi ssional do CETREDE, que ofe-rece o curso Técnico em Transações Imobiliá-rias - TTI (obrigatório para a regulação da pro-fi ssão), a demanda pelo curso tem aumentado consideravelmente. Desde 1992, o CETREDE atua na educação profi ssional de nível técnico tendo formado mais de 30 mil Técnicos em Transações Imobiliárias. A duração mínima do curso é de aproximadamente cinco meses. “A cada seis meses habilitamos em média 800 técnicos em transações imobiliárias, porém, nem todos se cadastram no Creci. Alguns fa-zem o curso apenas para complementação pro-fi ssional”, afi rma Fernanda.

Segundo ela, o perfi l dos profi ssionais que chegam ao mercado é bastante heterogêneo, devido à diversifi cação do nível intelectual e social das pessoas que buscam atuar nesta área. “O pré- requisito do curso é possuir o ensino médio, mas, em uma mesma turma te-mos alunos que possuem somente o 2º grau, graduados e mestres. A participação femini-na em sala de aula tem aumentado bastante. Há 22 anos, nas primeiras turmas, tínhamos somente, 10% de mulheres em uma turma.

Atualmente esse número tem alcançado em torno de 40%. A faixa etária também é diver-sifi cada, em uma mesma turma temos alunos entre 18 e 65 anos”, afi rma Fernanda.

Silvia Regina do Carmo Sousa (foto), 45 anos, é um exemplo da nova configuração que se apresenta no mercado. Em busca de ascensão profissional e atraída pela rentabi-lidade prometida pelo setor, Silvia está no curso de TTI do CETREDE há quatro meses. Incentivada a fazer o curso, a vendedora de assinaturas de jornal se surpreendeu com a diversidade das disciplinas, contudo, segue otimista para a próxima etapa que é o está-gio em imobiliárias. “O que me atraiu, pri-meiramente, foi a possibilidade de melhora financeira. Em sala de aula, os professores dizem que o mercado é amplo. Eu sei que é competitivo, mas não me assusta. Como os professores ensinam, quem for bom sempre vai encontrar um espaço. No entanto, eu sei que é uma atividade complicada, que exige mais capacitação. Agora, eu admiro essa vi-

são que é colocada em sala de aula, de que não devemos fazer o negócio pelo negócio, e sim um negócio honesto e bem conduzido para o cliente. Estou perto de fazer o estágio e a minha intenção é focar nessa nova pro-fissão como atividade principal”, relata Silvia.

Para Fernanda, os novos corretores forma-dos têm capacidade para atuar no mercado atual acompanhando as mudanças constantes exigidas na atividade do segmento imobiliário. “Nesse ramo, é importante que os profi ssionais possuam a capacidade de atuarem em par-cerias, terem um perfi l voltado não só para o bom fechamento de uma venda, mas, também, compreenderem a necessidade de fortalecerem a imagem da categoria e de si próprios, atuando com seriedade, demonstrando conhecimento do mercado em que estão atuando, ampliando os relacionamentos profi ssionais e buscando fi -delização dos clientes”, argumenta.

TRABALHANDO EM REDESobreviver sozinho no mercado atual pode

ser muito complicado, conforme a análise do diretor da Viva Imóveis, Paulo Angelim. Se-gundo ele, o novo corretor deve se articular em parcerias, seja associado a imobiliárias ou em redes de corretores de imóveis autônomos. “É natural que no mercado mais seletivo, o cliente procure aquelas empresas que dão mais possibilidade para ele. Então, esse cliente vai atrás de uma estrutura que ofereça a ele mais oportunidades. Neste caso, os profi s-sionais que estão associados a alguma dessas estruturas terão mais vantagens. Resumindo, hoje, ou ele trabalha associado a uma imobili-ária ou trabalha em rede, porque senão ele vai ser atropelado”, alerta Angelim.

INICIANTESMercado competitivo estabelece mais parâmetros para o novo corretor de imóveis

Censo mostra novo perfi l do Corretor de Imóveis

O Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) divulgou, em 2013, os dados do Censo sobre os corretores de imóveis brasileiros, que realizou durante dez meses. A sondagem revelou que, atualmente, há mais mulheres trabalhando como corretoras, o nível de escolaridade está cada vez mais alto e há mais profi ssionais autônomos. A pesquisa também apontou aumento no número de corretores atuantes e uma mudança na faixa etária: a média, hoje, é de 46 a 55 anos. Veja, abaixo, os principais dados da pesquisa. Há mais mulheres ingressando no mercado

como corretoras de imóveis. Hoje, 34% dos profi s-sionais que atuam como corretores de imóveis são do sexo feminino Houve mudança na faixa etária: a média, hoje, é

de 46 a 55 anos Nos últimos 10 anos, aproximadamente 60 mil

corretores ingressaram no mercado de trabalho 72,86% dos entrevistados residem em casa

própria e 78,73% possuem automóvel Um quarto dos corretores ganha entre R$ 1.000

e R$ 2.000, mas há aqueles que têm renda mensal superior a R$ 10.000. Praticamente um terço dos profi ssionais possui

sua própria empresa imobiliária; outro terço presta seu serviço a empresas; a parte restante é autônoma. Cerca de metade dos corretores de imóveis tem

nível superior e 50,97% têm curso de Técnico em Transações Imobiliárias (TTI) – o curso exigido para a concessão do registro profi ssional. Atualmente, bacharéis em Direito e em Admin-

istração predominam na profi ssão – são mais da metade dos corretores de nível universitário em atividade. Seguem profi ssionais graduados em Contabilidade e Engenharia.

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A melhor forma de avaliar-mos a importância e relevância de uma profissão é imaginar-mos, hipoteticamente, o que aconteceria se ela simplesmen-te não existisse. Assim, come-cem a imaginar como ficariam nossas vidas sem médicos, policiais ou professores. Sem dúvida alguma, nossas vidas seriam em muito dificultadas. Da mesma forma, vamos ima-ginar o que ocorreria se, por ventura, não existissem corre-tores de imóveis. Certamente, a busca pelo melhor imóvel, ou

pelo melhor investimento imo-biliário seria um tanto árdua.

É imprescindível destacar a importância destes profis-sionais, suas características e o quanto eles cooperam para a movimentação do mercado como um todo. Dedicação, conhecimentos técnicos e vivência profissional são al-gumas das características que fazem do corretor de imóveis um profissional diferenciado. E isto é notório na primeira con-sultoria ao cliente acerca do negócio por ele eventualmente

intermediado. Outro ponto im-portante e também um alerta aos consumidores, o corretor de imóveis é o único profissio-nal legalmente habilitado para as intermediações imobiliárias, sejam elas transações que en-volvem a realização do sonho da casa própria ou a efetivação de grandes investimentos.

No mercado em que atua-mos lidamos a todo o momen-to com pessoas e, diante desse cenário, saber estabelecer boas conexões é primordial. Cons-truir bons relacionamentos

deve ser a prioridade para os profissionais que atuam junto ao mercado imobiliário. O envolvimento dos corretores de imóveis com o cliente deve estar baseado em uma relação de confiança, de conhecimento do mercado e de compromisso com o serviço prestado. Além disso, o profissional que quer se destacar no mercado precisa antecipar-se às tendências, es-tar sempre atento às variáveis do segmento e ter as informa-ções necessárias e verdadeiras para sustentar seus discursos e

gerar maior segurança e credi-bilidade diante do seu cliente em potencial.

Como parte do nosso agra-decimento por todo empenho destes profi ssionais, reafi rma-mos nosso compromisso de con-tinuar valorizando essa sólida parceria que se traduz em uma relação de ética e transparên-cia. Relação esta que, coopera para o cumprimento da visão da BSPAR Incorporações de ser reconhecida pela excelência e qualidade dos produtos, proces-sos erespeito nas relações.

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ENBRACI/ CIMI/CONVENSI

Os indispensáveis corretores de imóveis

FORTALEZA - CEARÁ - BRASILSexta-feira, 29 de agosto de 2014

PorYuri FontenelleGerente coMerciAL dA BsPAr incorPorAÇÕes

ARTIGO

Convenção de corretores deimóveis movimentará mercado cearense em setembroFortaleza receberá, nos dias

15, 16 e 17 de setembro, três grandes eventos imobiliá-

rios. Neste período, o Centro de Eventos será sede da III Conven-ção Anual do Sistema Cofeci-Creci (CONVENSI), do VI Encontro Brasileiro de Corretores de Imóveis (ENBRACI) e do Congresso Inter-nacional do Mercado Imobiliário 2014 (CIMI). Segundo o diretor do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), Armando Caval-cante, o público previsto é de apro-ximadamente quatro mil pessoas, que discutirão o futuro do setor imobiliário do País, com a presença de especialistas nacionais e interna-cionais.

Os eventos interconectados fun-cionam para traçar estratégias e ampliar relacionamentos, além de gerar negócios. “A CONVENSI é o encontro dos Conselhos, onde aproveitamos para discutir os nos-sos problemas internos. Através do ENBRACI, o corretor tem a pos-sibilidade de novos negócios e de conhecer as inovações do mercado. Já o Congresso Internacional do Mercado Imobiliário traz o conhe-cimento de outros países para nós”, explica Cavalcante.

NOVOS NEGÓCIOSConforme Armando Cavalcante,

os eventos conectados aumentam as oportunidades para os correto-res de imóveis. Ele lembra que os

encontros são pontos de partida para grandes negócios. “Na edição passada do CIMI tivemos 500 pes-soas de fora, que trouxeram as ten-dências de grandes centros como Estados Unidos e Europa. Esse tipo de encontro, normalmente, gera negócios de grande porte. Em 2013 realizamos os eventos em Foz de Iguaçu. As discussões geraram um

empreendimento de 4.500 casas de médio porte, com grande infraes-trutura, perto de Itu, interior de São Paulo”, destaca Cavalcante.

O diretor do Cofeci relata que a edição anterior do CIMI começou a discussão sobre o novo conceito de urbanismo, que é a construção de minicidades próximas aos grandes centros como solução para absorver

as migrações do interior e amenizar o estrangulamento das metrópoles. “É um conceito novo e que a gente já pode ver aqui no Ceará. A pri-meira discussão foi feita no CIMI 2013 e pretendemos aprofundar nesta edição”, detalha Cavalcante.

PROGRAMAÇÃONa Convenção Anual do Sistema

Cofeci-Creci serão discutidos pon-tos como as principais característi-cas que envolvem a governança em entes públicos e quais os desafios na implantação em autarquias es-peciais. A CONVENSI vai trazer, ainda, esclarecimentos sobre a cer-tificação digital, uma oportunidade para os conselhos de fiscalização profissional melhorar seu relacio-namento com os profissionais, e a importância da representatividade política dos regionais.

No segundo dia será mostrado o funcionamento do mercado imobi-liário nos Estados Unidos. A pales-tra é resultado da alta demanda de brasileiros que invadiram o mer-cado americano. Neste contexto, haverá a explanação de como com-prar um imóvel americano e sobre os principais aspectos legais que devem ser considerados para inves-tir os EUA. A atividade de avaliador de imóveis, uma das que mais cres-ce e oferece oportunidades para os corretores em diversas áreas, será destaque da palestra de Frederico Mendonça, conselheiro federal do

Sistema cofeci/creci. Novas tecnologias e oportunidades digi-tais estão mais dispo-níveis, exigindo estra-tégias elaboradas, que serão debatidas com um dos melhores especia-listas do setor. Gustavo Zanotto, diretor de in-teligência digital – izi-mob, vai mostrar como obter vantagens e sair na frente com o marketing digital.

O crescimento e expansão de franquias imobiliárias nos próxi-mos 10 anos será um dos temas do último dia. Inteligência Emocional do corretor de imóveis, sustentabi-lidade no setor imobiliário e o novo perfil do cliente de imóveis na in-ternet também estarão nas pautas das palestras.

Outro dia estava na rodoviária, quan-do uma pessoa me pediu uma informação de como chegar em Alphaville – havia em suas mãos um endereço anotado num papel, na realidade um “garrancho” qua-se ilegível. Ele tinha todo o estilo de uma pessoa bem simples, roceiro bem do meio do sertão! Calça curta, camisa rota, boti-na, chapéu de palha, barba ralinha e uma mala bem surrada.

Eu disse pra ele, rapaz, você está bem longe do seu destino...

Então ele começou a contar uma longa história que eu vou resumir aqui:

Ele me mostrou 4 bilhetes de loteria e que como na sua cidade não tinha Caixa Econômica Federal o patrão das terras que ele tomava conta disse que ele podia vir para São Paulo que ele o ajudaria a descontar o prêmio de R$ 12.000,00.

Quando eu tentava explicar mais uma vez como ele poderia ir de ônibus até Al-phavillle, encostou um cara que disse ter ouvido uma parte da conversa e pediu

para ver o bilhete. O cara arregalou os olhos, e disse disfarçadamente: esse nú-mero deu na cabeça há duas semanas o valor de 1,2 milhões, aquelas 4 frações va-liam 480 mil reais! ( 4/10 – cada número estão repetidos em 10 frações, você pode comprar o jogo todo ou só a fração)

Neste exato momento o homem da roça começou a reclamar do patrão, porque ele não era um homem bom, tanto é que fez ele vir pra São Paulo sem conhecer direito a ci-dade e blá, blá, blá. Até as mangas que ele não podia comer entraram na reclamação!

Então novamente o cara que estava com os olhos arregalados me disse: Va-mos comprar o bilhete desse cara pelos R$ 12.000, 00 e ele já volta daqui mesmo pra terra dele. Ele vai voltar feliz da vida, ele quer os 12 mil, odeia o patrão e ainda a gente sai no lucro! Cada um de nós dá R$ 6.000,00 pra ele e rachamos os 480 mil reais!

Esse meu novo amigo fez a proposta para o roceiro que aceitou na hora!

Ainda desconfi ado conferi o resultado no meu celular, cara, quase cai de costas! O número estava ali! Batia tudo!

Convencemos o roceiro a irmos até o banco e sacamos o dinheiro!

Repartimos os bilhetes fi cando com 2 para cada um e o roceiro partiu em dispa-rada com 12 mil no bolso pra comprar a passagem pra voltar pra sua terra...

Imediatamente corri para a Caixa Eco-nômica quando quase fui preso!

Como assim Ricardo?! Os bilhetes eram falsos! Era tudo uma armação! A vontade de ganhar dinheiro fácil fez

com que eu “investisse” 6 mil reais para levantar 240 mil!

Além de perder meu dinheiro ainda tive que arcar com a justiça para provar que eu não era o falsário dos bilhetes...

RICARDO ISSO É VERDADE?! VOCÊ PARTICIPOU DISSO?!

Não!... Não participei! Mas essa é uma história verídica que

já aconteceu e deve acontecer ainda com muitas pessoas que sem se importar com terceiros, ou seja, se alguém vai ter pre-juízo, como o caso do roceiro, vislumbra lucros fáceis e garantidos...

Contei toda essa história, porque todo dia estou recebendo propostas tentadoras de como ganhar 1 milhão em poucos dias...

Promessas de vendas garantidas, lucros garantidos!

Basta eu “investir” uma quantia “pe-quena” para eu me tornar o mais novo mi-lionário do pedaço...

Não existe um negócio neste mundo! Não existe uma profi ssão nesse mundo! Não existe um produto nesse mundo! Não existe um esquema nesse mundo! Que possa garantir resultado! Só tenho uma coisa mais a dizer... Não existem milagres, existe trabalho! Fonte: Comunidade Venda Mais por

Ricardo Ventura! “PARABÉNS PELA PASSAGEM DO

DIA DO CORRETOR DE IMÓVEIS”

Sabe de nada, inocente!

HAMILTON [email protected]

Mercado Imobiliário

Consultor Imobiliário - [email protected]

Os interessados em partici-par dos eventos podem obter mais informações no site www.enbraci.com.br.

A CONVENSI, o ENBRACI e o CIMI acontecerão nos dias 15, 16 e 17 de setembro, no Centro de Eventos, em Fortaleza.

Fortaleza receberá, entre os dias 15 a 17 de setembro, a III CONVENSI, o VI ENBRACI e o CIMI 2014

Page 7: Imóveis - Edição 22331 - 29 de agosto de 2014

7FORTALEZA - CEARÁ - BRASILSexta-feira, 29 de agosto de 2014

Page 8: Imóveis - Edição 22331 - 29 de agosto de 2014

Com a atualização do artigo 723 do Código Civil, em 2010, aumentou a responsabilidade do pro� ssional no que tange a transparência na negociação

Comprar a casa própria ainda é um dos maiores sonhos do brasileiro. É, para muitas pes-

soas, o investimento de uma vida de trabalho. Justamente pelo signifi cado da compra é fundamental cercar-se de cuidados. Além da análise mer-cadológica do bem (preço, condições de pagamento, infraestrutura), o consumidor deve focar na seguran-ça jurídica do negócio imobiliário. Neste contexto, o corretor de imóveis exerce papel fundamental na inter-mediação e fechamento do negócio. Levando em consideração sua forma-ção especializada e conhecimento do

segmento, o profi ssional é responsá-vel pelo esclarecimento do cliente.

O comprometimento do profi ssio-nal nesse sentido foi, inclusive, ex-pandido com a atualização do artigo 723 do Código Civil, em 2010, que responsabiliza o corretor de imóveis pela segurança dos negócios imobi-liários, conferindo a ele a prerroga-tiva de consultor imobiliário. Con-forme a lei, o corretor é “obrigado a executar a mediação com diligência e prudência, e a prestar ao cliente, espontaneamente, todas as informa-ções sobre o andamento do negócio. Sob pena de responder por perdas e danos, o corretor prestará ao cliente todos os esclarecimentos acerca da segurança ou do risco do negócio, das alterações de valores e de outros fatores que possam infl uir nos resul-tados da incumbência”.

“Acredito que esse artigo veio for-talecer uma preocupação que os clientes tinham. Mas, na minha opi-nião, acho que muitos corretores ain-da desconhecem esse artigo. É lógico que o profi ssional tem que ser ético e transparente nas transações imo-biliárias. Como hoje o CRECI está mais presente e atuante, as imobiliá-rias também estão sendo mais profi s-sionais do que eram no passado. Há uma preocupação maior com seus corretores. O acompanhamento por parte das imobiliárias nas vendas está muito mais rigoroso e o corretor tem capacitações periódicas sobre tudo que envolve seu universo. Enfi m, a tendência é que o corretor de imó-veis esteja muito mais preparado e qualifi cado nos próximos anos”, ana-lisa Hilton Sette, sócio da Central de Vendas, em Fortaleza.

NEGÓCIO SEGUROSegundo Sette, o protagonismo do

corretor para garantir um negócio se-guro começa com a preparação para a venda. “Ele, como profi ssional, antes de vender, tem que se preparar e sa-ber todos os detalhes, desde os acaba-mentos no âmbito de engenharia até os parágrafos do contrato. Com isso, passará ao comprador todas as infor-mações necessárias para que ele faça uma compra segura. Dentro de uma imobiliária, essa responsabilidade é dividida por toda a equipe de cor-retores que ocupam várias funções, desde o corretor que fez o primeiro atendimento até os coordenadores de produtos, gerentes, diretores e secre-taria de vendas, que fornece todos os elementos necessários para fazermos uma venda segura”, explica Sette.

Rondinelli Valença, outro sócio da

Central de Vendas, afi rma que para rea-lizar uma negociação transparente e segura, o corretor de imóveis deve esclarecer os direitos e deveres da imobiliária e do proprietário do bem como o percentual de co-missão ou quem arca-rá com as taxas de car-tório depois da venda.

Conforme Valença, após o acor-do entre o comprador e o vendedor, o corretor deve recolher toda docu-mentação do comprador e encami-nhar para a construtora. Em seguida é feito o contrato de compra e venda para o comprador assinar. “Em caso de venda de imóveis usados, cabe a imobiliária fazer esse contrato e cui-dar de todo trâmite junto ao cartório”.

O Registro de Incorporações (RI) é um documento que oferece algumas garantias ao comprador de um imóvel. Conforme a legislação, só é permitida a venda de imóveis em construção ou a construir se a Incorporação Imobiliária estiver previa-mente registrada. Para alertar a sociedade, em especial o consumidor, sobre impor-tância de verifi car a existência do RI antes de adquirir um imóvel na planta, o Sin-dicato das Construtoras (Sinduscon-CE) lançou o Programa Incorporar, que entre suas ações de divulgação de boas práticas no mercado imobiliário desenvolveu o “Selo Juridicamente Perfeito”.

O selo é disponibilizado para uso das em-

presas associadas que desejem divulgar o RI dos seus empreendimentos em lançamento. O selo traz, em destaque, o número do RI obtido junto a um dos Cartórios de Registro de Imóveis e tem a logomarca do Sinduscon--CE, que dá ao consumidor uma garantia de que aquele RI foi checado pelo Sindicato das Construtoras. Em agosto, o sindicato conta-bilizou 145 empreendimentos que aderiram ao Selo “Juridicamente Perfeito”.

A entidade coloca à disposição de todos os interessados a relação de empreendi-mentos cadastrados no Programa Incor-porar, que já possuem o Selo Juridicamente Perfeito. Basta acessar o site do sindicato www.sindusconce.com.br/ri. “Vale ressal-

tar que a inexistência do RI do empreen-dimento pesquisado, junto ao site não sig-nifi ca que este não tenha sido devidamente registrado”, adverte Gama Filho, diretor de planejamento do Sinduscon. A adesão das construtoras ao programa é voluntária.

TRANSPARÊNCIADe acordo com Gama Filho, o corretor

de imóveis é fundamental para orientar o cliente sobre a consulta ao RI do empre-endimento. “O Selo oferece mais trans-parência para o corretor no seu trabalho. Por isso, decidimos lançar uma cartilha ilustrada, voltada para a sociedade, no Dia do Corretor, 27 de agosto. A cartilha

tira dúvidas, esclarece o que é o Registro de Incorporação e sua importância para o consumidor de imóvel e ajuda o corretor a fazer melhor sua venda”, avalia o diretor do Sinduscon. A cartilha será distribuída para a população em stands de vendas de imóveis e para os próprios corretores.

REGISTRO DE INCORPORAÇÃO

A Lei Federal 4.591, de 16.12.1964, que trata de condomínios e incorporações imo-biliárias, possui regra bastante clara com re-lação a lançamentos de unidades em cons-trução, sempre exigindo o prévio registro da incorporação imobiliária (artigo 32).

O registro da Incorporação traz inúme-

ras vantagens ao comprador e ao empre-endimento como um todo e garante que o contrato de aquisição pelo comprador também seja registrável. O registro des-te contrato lhe dará garantia de que sua aquisição será conhecida e respeitada por todos, já que este documento fi ca à dispo-sição de consulta pública no Cartório. É por isso que o comprador deve certifi car--se de que a Incorporação está devida-mente registrada antes de comprar um imóvel, exigindo que lhe seja apresentada a respectiva certidão expedida pelo Car-tório de Registro de Imóveis, seja pela construtora, incorporadora, imobiliária ou corretor de imóveis.

No atual estágio da pós-mo-dernidade, em que predomina a lógica que valoriza o relativismo e a fragmentação das coisas, não é nenhuma surpresa perceber o cidadão como um ser dono de alguma onipotência. Nunca as pessoas tiveram tantas capacidades reunidas. De médico à chef de co-zinha, todo mundo tem um pouco. E, claro, que o ofício de corretor de imóveis não passaria incólume nessa perspectiva de autonomia.

E se há riscos, por exem-

plo, na automedicação, é preciso pensar o trabalho de corretor como um agendamento impres-cindível para a segurança da negociação imobiliária. Regu-lamentado na Lei 6.530, de 12 de maio de 1978, o corretor de imóveis é o único profi ssional autorizado a realizar a aproxima-ção entre incorporadora e cliente. É determinante a presença deste nas negociações imobiliárias, pois, além de apresentar um le-que de produtos que se enquadra

no perfi l daquele comprador, o corretor tira dúvidas, dá suporte ao cliente e viabiliza, de forma simples e sem muita burocracia, a compra da casa própria, sonho de todos os brasileiros.

Hoje, cada vez mais qualifi ca-do, essa fi gura tantas vezes en-volta em clichês equivocados está atento às tendências do mercado, eventuais mudanças na legisla-ção, domina a área que atua e fornece as informações de forma clara. É este profi ssional que faz

o meu produto chegar às pessoas, seja através das redes sociais ou divulgando nos tradicionais veículos de comunicação.

Para as empresas, o corretor começa a captar possíveis com-pradores com o empreendimento ainda na fase do pré-lançamento. Conhecedor do mercado que atua, ele sabe onde está o comprador ideal para o seu produto. O en-contro empresa x cliente pode ser feito de forma direta, mas é através do intermédio do corretor que as

transações acontecem com mais segurança para ambas as partes.

Ser corretor não é apenas apre-sentar o cliente ao comprador, e vice-versa, mas conhecer o em-preendimento que está oferecen-do. É a atuação deste profi ssional que contribui para o movimento do mercado imobiliário. O suces-so do setor, e dos produtos com selo Moura Dubeux, é consequ-ência, também, do trabalho sério que o corretor têm realizado nos últimos anos.

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RESPONSABILIDADE

A importância do corretor de imóveis para o mercado imobiliário

Selo “Juridicamente Perfeito” certifi caempreendimentos com RI

FORTALEZA - CEARÁ - BRASILSexta-feira, 29 de agosto de 2014

PorFernandoBezerraGerente coMerciAL dA MourA duBeuX/FortALeZA

ARTIGO

REGISTRO DE INCORPORAÇÃO

O papel do corretor de imóveis para garantir a segurança nos negócios imobiliários

DICAS PARA UMA NEGOCIAÇÃO SEGURAEvite comercializar pessoalmente o seu

imóvel. Um corretor de imóveis é um profi s-sional especializado, capaz de assegurar mais lucratividade com total segurança para você.

Procure um corretor de imóveis ou imo-biliária inscrito no CRECI. Solicite a docu-mentação ofi cial expedida pelo Conselho Regional da categoria. Isto livra você dos contraventores e dos prejuízos causados pelas pessoas sem preparo.

Se você está comprando um imóvel, exija do corretor a apresentação da Op-ção de Venda, antes de efetuar qualquer pagamento ou sinal. A Opção é a com-provação de que ele está autorizado a comercializar o imóvel.

CORRETORESEsteja sempre em dia com as suas ob-

rigações junto ao seu Conselho Regional.Tenha sempre consigo o documento

de identificação expedido pelo CRECI. O seu cliente poderá exigi-lo a qualquer momento.

Explique ao seu cliente a importância da Opção de Venda. Evite comercializar qualquer imóvel sem ela. A Opção garante a você o seu direito à remuneração na forma de comissão de venda, mesmo que a negociação seja feita após o período de exclusividade.

DOCUMENTAÇÃO DO IMÓVEL O corretor de imóveis está acostumado a

toda documentação necessária à seguran-ça das negociações imobiliárias, mas se você prefere conduzir pessoalmente, fi que atento a alguns documentos:

a) Certidão de Registro do Imóveis: documento expedido pelo Cartório de Registro de Imóveis e que revela quem é o verdadeiro proprietário do imóvel. Contém

o histórico do bem desde o seu registro inicial. Esta certidão pode evitar que você caia em golpes de estelionatários, quando uma pessoa diz ser dona de um imóvel que não lhe pertence.

b) Certidão Negativa da Prefeitura: documento que comprova a existência ou não de pendências quanto ao ITU ou IPTU. Também muito importante, uma vez que os débitos destes impostos podem se tornar inscrição na Dívida Ativa do Município e o imóvel pode vir à penhora.

c) Certidão Vintenária: Também expe-dida pelo Cartório de Registro de Imóveis, revela se o bem tem algum embaraço jurídico, penhora, hipoteca etc., que invia-biliza e até impossibilite a sua venda.

A NEGOCIAÇÃO SINAL – Se estiver comprando, exija

o recibo referente ao sinal, assim você será amparado pelo artigo 419 do Novo

Código Civil que a obrigatoriedade da conclusão da comercialização após o sinal de negócio.

PROMESSA DE COMPRA E VENDA – Comprando ou vendendo procure auxílio para fi rmar um contrato de promessa de compra e venda. Este instrumento é a garantia das partes de que o que foi acor-dado será cumprido.

ESCRITURA – Uma vez concluída a negociação deve-se registrar a escritura, que é lavrada no Cartório de Notas, diante de um tabelião.

CUSTAS – Os pagamentos referentes as certidões negativas, lavraturas de escritura, impostos de transmissão, entre outros podem ser objetos de acordo. Entretanto, a prática tem sido que estas despesas são assumidas pelo comprador, mesmo porque ele quer se certifi car da lisura e desembaraço do imóvel e do vendedor. (FONTE: CRECI-CE)

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9FORTALEZA - CEARÁ - BRASILSexta-feira, 29 de agosto de 2014

Um corretor de imóveis que atua como pessoa física paga

entre 17% e 27,5% de impos-to de renda sobre seus ganhos. Com a mudança, eles serão tri-butados de acordo com uma ta-bela que vai de 6% a 17,42% do faturamento mensal

Os corretores de imóveis já po-dem comemorar. No início do mês, a presidente Dilma

Rousseff sancionou a lei complementar que estabelece o Simples Nacional, mais conheci-do como Supersimples. Com a atualização da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, cerca de 450 mil empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões serão beneficiadas. A categoria foi incluída, entre as 142 atividades da área de serviços, no regime de tributação diferenciado, que unifica oito impostos em um único boleto e reduz a carga tributária.

O regime de tributação das micro e pequenas empresas permite que os corretores de imóveis sejam incluídos na categoria de Microempreen-dedores Individuais (MEI), uma porta de entra-da para que os profi ssionais se transformem em empresários gerando renda e emprego. Atual-mente, o corretor de imóveis que atua como pes-soa física paga entre 17% e 27,5% de imposto de renda sobre seus ganhos. Com a mudança, eles serão tributados de acordo com uma tabela que vai de 6% a 17,42% (veja tabela) do faturamento mensal. Trocando em miúdos, o profi ssional vai sentir uma dentada menor do Leão.

Para Apollo Scherer, presidente do Conselho de Corretores de Imóveis do Ceará (Creci-CE), a inclusão da categoria no Supersimples é uma conquista importante, pois além da redução da carga tributária, é resultado também de um trabalho conjunto entre as entidades represen-tativas da classe. “Os setores imobiliários é um dos mais tributados no País. Desde a fase da compra de terrenos até a fase da construção e comercialização. A inclusão no Supersimples para os corretores de imóveis, portanto, signifi -ca uma vitória grande do Sistema Cofeci-Creci, juntamente com outras entidades, pois é a con-cretização do nosso sonho”, afi rma Scherer.

REGIME MAIS JUSTOSegundo Joaquim Ribeiro, presidente da

Federação Nacional dos Corretores de Imó-veis (Fenaci), a atualização do Simples abre para o corretor de imóveis a possibilidade de se enquadrar em um regime tributário mais justo e menos burocrático. “Até bem pouco tempo atrás, estimava-se que o Brasil possuía cerca de 220 mil corretores de imó-veis, dos quais 88% não atingiam os crité-rios então estabelecidos para fazer jus aos padrões de desoneração tributária oferecida pelo sistema denominado Microempreen-dedor Individual (MEI). Hoje os correto-res de imóveis no País devem reunir cerca

de 300 mil profissionais e empreendedores e essa universalização do Simples é muito bem-vinda”, aponta Ribeiro.

Na análise de Ribeiro, o novo mode-lo tributário, que passará a valer em 2015, incentivará ainda mais a formalização do profissional. “Segundo o secretário de Ra-cionalização e Simplificação da Secretaria Nacional de Micro e Pequenas Empre-sas, José Constantino de Bastos Jr., com a desoneração e desburocratiza-ção do novo sistema, cerca de 450 mil empresas poderão fazer opção pelo Simples, ampliando a formalização e criação de empregos. Dessas empre-sas, certamente um bom número virá do segmento de corretagem imobiliá-ria. Atualmente, o corretor de imóveis pode atuar como autônomo ou como empregado em empresa imobiliária”, esclarece o presidente da Fenaci.

Conforme Armando Cavalcante, di-retor do Conselho Federal de Correto-res de Imóveis (Cofeci), além da tributa-ção diferenciada, a atuação do corretor como Microempreendedor Individual vai gerar outra economia para o pro-fi ssional. “Antes, o corretor de imóveis atuando como pessoa jurídica tinha que pagar a anuidade do Creci como pessoa jurídica e física. Hoje, com a modifi ca-ção, ele pode ser Microempreendedor Individual e pagar apenas a anuidade de pessoa física. Uma grande economia”, pontua Cavalcante.

IMPACTODe acordo com Joaquim Ribeiro, o novo

modelo não deverá trazer ônus para a catego-ria. “A mudança vai desonerar a carga fiscal a que está sujeito o corretor que atua dentro das regras atuais, além de desburocratizar os procedimentos de abrir e fechar empresas”, destaca Ribeiro. Ele ressalta o tempo médio

para abrir uma pequena empresa diminuirá dos atuais 107 dias para apenas cinco. Da mesma forma, o tempo de fechar uma em-presa ficará mais rápido, reduzindo-se o vo-lume de CNPJs inativos devido à burocracia. “Outra facilidade será o fato de os impostos federais, estaduais e municipais passarem a vir num único boleto”, acrescenta.

Conforme Scherer, a atualização da lei vai ser importante para a sociedade, pois além de ampliar o número de contribuintes, regu-larizará grande parte da economia brasileira. “O Simples veio para ajudar a economia. Com a inclusão de diversas atividades, incluindo a nossa, no Supersimples, acreditamos que a massa de contribuintes será ampliada”, calcula o presidente do Creci-CE.

SUPERSIMPLES

Inclusão da categoria reduz carga tributária para até 6%

Simples Nacional - O Simples Nacional (ou Supersimples) é um regime de arrecadação, cobrança e � scalização de tributos adotado por micro e pequenas empresas. Conforme a lei, microempresas são aquelas que têm receita bruta anual igual ou inferior a 360 mil reais. Já as empresas de pequeno porte são as que apresentam receita bruta anual entre 360 mil reais e 3,6 milhões de reais.

Mudanças no regime de tributação - Com a aprovação, aproximadamente 450 mil micro e pequenas empresas serão incluídas no regime de tributação do Supersimples. A classi� ca-ção das empresas passa a ser pelo porte e pelo teto de faturamento e não mais em função da atividade do empreendimento.

MEI - Os corretores de imóveis podem mudar de pessoa física para Microempreendedor Indi-vidual (MEI). Entretanto, neste enquadramen-to, o faturamento anual não pode ultrapassar 60 mil reais. Ele passa a ser pessoa jurídica, o que facilita pedido de empréstimos e emissão de notas � scais.

Para Apollo Scherer a inclusão no Supersimples é uma conquista importan-te para a categoria, que paga alta carga tributária

Page 10: Imóveis - Edição 22331 - 29 de agosto de 2014

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ENTREVISTA

FORTALEZA - CEARÁ - BRASILSexta-feira, 29 de agosto de 2014

Priscila Cavalcanti versus Priscila Eventos

O consumidor hoje está mais exigente em todas as suas aquisi-ções, seja para um simples bem de consumo e ainda mais para a conquista da “casa própria”. Já há algum tempo os construtores perceberam que as pessoas não querem deixar de morar nos seus bairros, onde têm negócios, amigos e parentes. Atualmen-te há inúmeros lançamentos de bons empreendimentos em vários bairros de Fortaleza com estrutura de lazer e segurança, com belas soluções arquitetôni-cas a preços que estão ao alcance da classe B. Podemos falar em

cerca de 450 canteiros de obras, em um mercado de 4,5 bilhões de VGV, sendo que 80% deste volume está entre os associados da Coopercon-CE.

O valor do m2 está condi-cionado aos diferenciais que o imóvel possui. Atributos dos imóveis, como qualidade de vida e segurança, estão entre os mais valorizados pelo consumidor que hoje avalia não somente o retorno fi nanceiro do imóvel, e sim, como ele pode usufruir melhor do seu espaço. O merca-do imobiliário de Fortaleza está aberto a novos empreendimen-

tos, desde que estes ofereçam diferenciais que facilitem o novo estilo de vida do cearense, como melhores espaços para lazer (hoje a difi culdade com a mobilidade, a violência, o custo de vida, fazem com que mais pessoas prefi ram fi car dentro do seu próprio con-domínio); materiais empregados devem facilitar limpeza e con-servação, bem com proporcionar conforto térmico e acústico; além de equipamentos mais sofi sti-cados (como elevadores com ar condicionado).

Em média, cada brasileiro adquire apenas um imóvel em

toda sua vida. Justamente em razão da excepcionalidade dessa compra, realizar essa operação de forma segura e ancorada em assis-tência e consultoria profi ssionais é essencial e importantíssima.

O corretor de imóveis é quem conhece o mercado, oferece oportunidades e dá segurança a todo o processo de compra, venda ou locação de um imó-vel, desde a fase de anúncio até a entrega das chaves. Com a retomada do volume de ven-das pelo mercado imobiliário, a profi ssão viu-se compelida a adequar-se a esse novo cená-

rio. Os corretores de hoje são mais qualificados, têm mais informações, atentam-se para a tecnologia como ferramenta para potencializar negócios e, com isso, têm mais condições para empenharem-se significa-tivamente para a satisfação das necessidades dos clientes. Neste dia 27 de agosto, comemoramos o Dia do Corretor de Imóveis. A Coopercon-CE parabeniza todos estes profi ssionais que trabalham com tanto empenho e dedicação para satisfazer os nossos clientes e a orientá-los na conquista da casa própria.

Corretor e o mercado imobiliário

PorMarcosNovaesPresidente dA cooPercon--ce

ARTIGO

C orretora de Imóveis, Ce-rimonialista, Presiden-te do Skal Internacional

de Fortaleza, Vice-Presidente do SINDIEVENTOS-CE, Promotora

de Eventos e Colunista deste Jor-nal. E diz que as Priscilas, Caval-canti e Eventos, unificaram. Sabe como ninguém ser mulher e sócia do Epitácio, seu Pita, mãe e par-

ceira da competente Malu Ca-valcanti e avó coruja do sapeca André Luiz.

Já há alguns anos rece-beu, carinhosamente, o

título de RAINHA DO MERCADO IMOBILI-ÁRIO CEARENSE, essa honra não é à toa, pois como ela diz já passou pelas etapas: Eficien-

te, Eficaz e Experiente. Com certeza, diz tudo. É

atuante no segmento de eventos sociais (casamentos, debuts e bodas) e corpora-tivos. Porém, é no segmento de eventos imobiliários que a

cerimonialista ressalta o seu potencial profissional.

Ela detém uma significativa fatia deste mercado, principalmente, por seu know-how neste cenário. Confira abaixo entrevista com Priscila Cavalcanti.

(IMÓVEIS) - Priscila, você é uma pessoa reconhecida pela atuação em promoção de eventos

no Ceará, com foco em eventos imobi-liários. É, ainda, conhecida como rainha do mer-cado imobiliário cearense. Você tem orgulho de

tudo que cons-truiu ao longo

de sua car-reira?

( P r i s c i -la) - Com

certeza, já estou no mer-

cado há mais de duas décadas,

com o pé no Ju-bileu de Prata e sentindo-me muito jovem. O reconhe-cimento e respeito de uma categoria, a qual pertenço, como a de Corretores de

Imóveis, é gratifican-te. Sou corretora de

imóveis, registrada sob creci 4074, mas não atuo

como profissional de vendas e sim, de organizar eventos para

facilitar a capacitação destes “Co-libris”. As Priscilas, Cavalcanti versus Eventos, já se unificaram e já passaram também, pelas eta-pas: Eficiente, Eficaz e Experien-te, chegando no lema da empresa que é a qualidade em eventos.

(IMÓVEIS) - No cenário de eventos imobiliários é possível estabelecer diferenças com os de-mais tipos de eventos? Quais são

as características de eventos vol-tados para este setor?

(Priscila) - Na tipologia de eventos, vamos classificá-los como sociais e corporativos. No merca-do imobiliário a Priscila Eventos é detentora de 90% ( noventa por cento) e nos eventos sociais (ca-samentos, debuts e bodas) temos crescidos bastante, pois também, temos “know-how” no assunto. Queremos dizer que, planejamos e assessoramos muito bem. Daí será nossa realização plena.

(IMÓVEIS) - Em 25 anos de experiência com o ramo de even-tos imobiliários, quais são os principais desafios? Houve mui-tas mudanças na forma de orga-nizar esse tipo de evento?

(Priscila) - Sim. Devemos sem-pre está capacitados para mu-danças. No cenário dos eventos imobiliários também, existem di-ferenciais como: palestrantes mo-tivacionais, economistas, humo-ristas, atores, feijoadas, jantares à luz de velas, domingo especial, no meio de uma praça, com sor-veteria Venetoni, Fast food One & Two e até já estamos fazendo as convenções de vendas no escuri-nho do cinema e do teatro.

(IMÓVEIS) - Com sua experi-ência no mercado imobiliário o bom relacionamento com todos os agentes que fazem parte dessa cadeia produtiva, avalie o atual contexto do mercado imobiliá-rio, ressaltando, principalmente, o papel do corretor de imóveis neste cenário, bem como das entidades representativas como Sinduscon, Creci, Secovi e Sindi-móveis?

(Priscila) - O mercado imo-biliário cearense é atípico. Nós gostamos realmente de traçar nos-sa linha de conduta e as grandes imobiliárias, construtoras e in-corporadoras que adentram nosso Ceará, nossa Fortaleza, a loura

desposada do sol (risos), sempre terminam em um comum acordo conosco. Caso contrário, estão fora de nossa realidade e retornam aos seus desti-nos de origem. O merca-do tem avançado muito, os corretores de imóveis não são mais “meros tiradores de propostas”. Hoje eles são consultores, avaliadores dos grandes investidores e em-preendedores que visam o mercado imobiliário como um elevado lucro nos negócios.

Quanto à atuação das en-tidades representativas como Sinduscon, Creci, Secovi e Sin-dimóveis têm seus papéis bem de-finidos, o Sinduscon tendo a frente André Montenegro como presiden-te bem participativo que represen-ta os interesses das construtoras, o Creci tem no comando o líder nato Apolo Scherer que normaliza e fiscaliza, o Secovi tem a frente o competente Sérgio Porto, que já detém a presidência há alguns bons anos com maestria, repre-sentando as incorporadoras e os corretores empresários das imo-biliárias, enquanto o Sindimó-veis agora com a nobre causídica, corretora, a simpática Cristina Chaul, que busca a capacitação, as festividades e os interesses em geral da categoria.

(IMÓVEIS) - Para finalizar, como avalia sua parceria com o Jornal O Estado?

(Priscila) - O Jornal O Estado sempre está com as portas aber-tas para a Priscila, me sinto em casa! Sou a madrinha do caderno especial IMÓVEIS. Finalizo afir-mando que sou muito feliz pela credibilidade, pelo respeito, pelo carinho e pelo o amor que os cor-retores de imóveis tem por minha pessoa e pela minha continuidade, Malu Cavalcanti.

Com o objetivo de incrementar as vendas, fi delizar clientes e aperfeiço-ar o atendimento aos compradores de imóveis, construtoras locais vem se-guindo a tendência de empresas nacio-nais e investindo em equipes exclusivas de corretores de imóveis. A decisão estratégica das empresas divide a opi-nião do mercado imobiliário cearense. Diretor da Viva Imóveis, Paulo Ange-lim, por exemplo, não concorda que a gestão de vendas seja realizada pelas próprias construtoras. “Não consigo enxergar como isso pode ser bom para

o corretor. O cliente vai receber um serviço pela metade. Ele vai fi car caren-te de uma boa consultoria. Além dis-so, a construtora vai gastar energia em gerir uma atividade que não é o foco dela, pois a atividade principal dela é construir”, critica Angelim.

Para Michele Holanda, gerente co-mercial da Marquise, no entanto, é pos-sível manter uma relação harmoniosa com o mercado, pois a empresa divide as gestões das equipes de vendas. Uma coordenadora de mercado trabalha com os corretores autônomos e imo-

biliárias, abastecendo-os com material informativo e treinamento. Outro pro-fi ssional fi ca responsável pela “House” (denominação para as equipes exclusi-vas), que conta atualmente com 14 cor-retores. “A divisão entre coordenações proporciona mais agilidade, tanto aos profi ssionais parceiros como para nos-sa equipe”, explica Michele.

Segundo Luiz Otávio, gerente co-mercial da Construtora Manhattan, o mercado já assimilou a necessidade das construtoras em criar uma área exclusiva de atendimento. “Nosso re-

lacionamento com o mercado é muito bom. Assim, eles (corretores e imobili-árias) não fi carão alheios às novidades da construtora e terão um canal direto junto a empresa”, argumenta.

CREDENCIADOSOutro modelo de comercialização

adotado por algumas construtoras cearenses é a parceria exclusiva com imobiliárias. A Mercurius Engenharia mantém essa relação com duas imobili-árias, que estão presentes nos plantões no estande de vendas. “É interessante

para ambos os lados, pois quando os corretores estão no plantão, eles tem a preferência de venda e para a Mercu-rius ter uma imobiliária de confi ança no seu empreendimento é fundamen-tal, pois os mesmos saberão o que es-tão vendendo e são treinados para isso, dessa forma conseguimos obter resul-tados positivos”, afi rma Dante Bono-randi, diretor presidente da Mercurius. No entanto, ele destaca que a empresa trabalha com corretores autônomos e outras imobiliárias que procuram os empreendimentos da empresa.

Empresas investem em equipes exclusivas de corretores de imóveis

REGISTRO DE INCORPORAÇÃO

Page 11: Imóveis - Edição 22331 - 29 de agosto de 2014

Toda empresa familiar pre-cisa lidar, em algum mo-

mento de sua trajetória, com problemas que podem com-prometer seu crescimento ou sua continuidade.

O tema sucessão tem sido cada vez mais discutido à medida

que as empresas amadurecem e percebem que lidar com as pes-soas requer dedicação e tempo. Segundo dados do Sebrae, atu-almente, as empresas familia-res representam mais de 90% de

todo o conjunto de oito milhões de empre-sas do Brasil, por isso desempenham im-portante papel no desenvolvimento do País e na formação do Produto Interno Bruto (PIB). No Ceará, segundo o Instituto Em-presariar, os negócios com gestão familiar chegam a 80%. Nesta conjuntura, o mer-cado imobiliário não se diferencia dos de-mais segmentos e desponta como setor que trabalha forte com a gestão a familiar.

Antônio Teixeira do Rego e Robson Bi-zarria do Rego, sócios da Teixeira Consul-toria Imobiliária, pai e filho, respectiva-mente, representam essa configuração. O mais velho, há 40 anos no mercado, revela o orgulho que sente do filho que escolheu seguir seus passos. Contudo, destaca que a sociedade não funciona apenas por laços sanguíneos, mas, principalmente, pela for-ça de negócios que Robson implantou na empresa.

“Eu sou corretor de imóveis há 40 anos. Trabalhei com construtoras e imobiliárias. Até que fundei a minha própria empresa há 20 anos. Cinco anos depois, o Robson se juntou a mim, o que foi muito bom. Eu sempre ensinei muita coisa a ele. Mas, ele trouxe mais organização e reforçou o nosso

potencial de fechamento de negócios, o que alavancou nossas vendas”, ressalta Teixeira.

GESTÃO PROFISSIONALNa análise da sócia-diretora da empresa

INNI Soluções Empresariais, Ana Rolim, o índice de mortalidade das empresas fami-liares é muito relevante: de cada 100 em-presas familiares no Brasil, 30 sobrevivem à segunda geração, e apenas cinco chegam à terceira geração. Estes números apontam a necessidade da contínua profissionaliza-ção para a perpetuação do negócio.

Não importa o tamanho, toda empresa familiar precisa lidar, em algum momen-to de sua trajetória, com problemas que podem comprometer seu crescimento ou sua continuidade. Especialistas defendem a adoção de uma gestão profissional como a melhor forma de administrar conflitos como sucessão de comando, forma de atu-ação de sócios, embates entre as esferas profissional e familiar, etc. Contudo, a profissionalização da gestão das empresas familiares cearenses, destaca Ana Rolim, de uma forma geral é bastante difícil. “É uma questão cultural e de mudança de pa-radigmas, mas superar estes desafios faci-lita o acesso a linhas de crédito e capital e aumenta as chances de continuidade e sustentabilidade do negócio”, analisa.

Para Robson, a eficiência das empresas será cada vez mais exigida pelo mercado. E é importante, em sua opinião, valoriza os laços afetivos, mas separar com pro-fissionalismo as relações. “Como sócios, buscamos separar as relações, apesar de o lado afetivo ser um diferencial. As nossas funções são definidas. Temos que traba-lhar com gestão profissional, onde cada um sabe qual é sua competência. Preservamos essa relação, embora, tenha sim o lado afe-tivo muito forte, onde cada sucesso é come-morado com mais alegria”, resume Robson.

DE PAI PARA FILHOCorretores herdam profi ssão e negócios familiares

11FORTALEZA - CEARÁ - BRASILSexta-feira, 29 de agosto de 2014

Robson do Rego e Antônio Teixeira (fi lho e pai) são sócios há 15 anos

Page 12: Imóveis - Edição 22331 - 29 de agosto de 2014

É fato consumado. O virtual agora é realidade. De acordo com dados do IBOPE Media,

o número de pessoas com acesso à internet no Brasil chegou a 105,1 milhões no segundo trimestre de 2013. Outro estudo, realizado por especialistas da Tyntec, identifi cou que o Brasil está no topo dos países que mais acessam as redes sociais. A sondagem revelou que 77% das pessoas que utilizam celulares estão conectadas ao ambiente social.

Sem pedir licença, a internet tam-bém invadiu o mercado imobiliário. O país cada vez mais digital exige do segmento estratégias e linguagens es-pecífi cas, que construam sólidos rela-cionamentos com seus consumidores. Dentro dessa evolução, o corretor de imóveis conectado está sintonizado com novas oportunidades de negócios.

“A internet facilita a vida do corre-tor de imóveis e do cliente. A vida do corretor era bem mais exaustiva antes de internet. Agora, quando o cliente entra em contato com o corretor ele já dispõe de amplas informações do local e do imóvel. A internet trouxe como-didade a todos envolvidos na venda de um imóvel e necessidade de maior profi ssionalismo na corretagem”, ava-lia o gerente geral de compra e venda da Apsa, Rogério Quintanilha.

REDES SOCIAISCom popularidade crescente,

as redes sociais, inicialmente com foco em relacionamentos pessoais, atraem todos os dias mais adeptos.

Profi ssionais atentos ao potencial de disseminação de informações adaptam estratégias para o Face-book, Linkedin, Youtube, Twitter ou Whatsapp. Entretanto, especia-listas do setor alertam que como qualquer outra ferramenta de ma-rketing, as “redes” precisam de ações bem delineadas. O apelo das ferramentas é forte, porém, sem di-recionamento, os canais de comu-nicação não geram resultados.

Segundo Fernando Schneider, di-retor da Apsa, os clientes se torna-ram cada vez mais exigentes e dota-dos de informação. Ele explica que os recursos atuais são ferramentas a favor do profi ssional. “Nem todo mundo tem tempo e paciência para fi car atendendo diversos telefone-mas do corretor. Muitos pedem para receber sugestões de imóveis através de e-mail, sms ou até mes-mo via Whatsapp”, relata.

Para Rogério Quintanilha, a re-lação corretor – tecnologia – cliente deve ser ativa. “A tecnologia deixa a disposição dos corretores diversos recursos para eles darem um atendi-mento de excelência ao cliente. Seja ao cliente um vendedor, o manten-do atualizado sobre o valor do imó-vel em relação às ofertas existentes, procuras virtuais, físicas e consi-derações dos clientes. A tecnologia também dá ao corretor os melhores recursos para apresentar imóveis aos compradores de acordo com as suas características”, aponta o geren-te geral de compra e venda da Apsa.

No entanto, essas novas vias de comu-nicação devem ser utilizadas com bom senso. O corretor deve analisar o perfi l do inte-ressado antes de enviar as sugestões. “Muitos clientes reclamam de corretores que não prestam atenção em suas necessidades. Ele tem que ser um consultor, não vendedor. A casa própria é o sonho principal do brasileiro e o profi s-sional deve ter a sensibilidade de apresentar imóveis que realmente sejam dentro do esperado e da re-alidade econômica do comprador”, afi rma Schneider.

Com o aumento da capaci-dade fi nanceira, o aumento do crédito, dos juros baixos, da grande demanda, do imensurável défi cit habitacional e a expansão das faculdades, tudo isso levou e leva ao aquecimento do mercado imobiliário no interior do estado.

As cidades da região norte, Sobral, Tianguá, São Benedito, Crateús, e da região sul, Juazei-ro, Crato, Barbalha e iguatu es-tão em pleno desenvolvimento.

São muitos os projetos pre-vistos para o interior do Estado com o apoio dos créditos imo-biliários, a tendência é investir mais no interior.

As faculdades têm forte infl uência no aquecimento do mercado interiorano, refl etindo também na economia local.

A grande oferta de financia-mento e o aumento da renda fez o interior despontar para o mercado imobiliário. Tanto que

nas cidades citadas tudo que se constrói é comercializado rápido.

O Interior está ultrapassando a capital em facilidade de apro-vação de projetos, na oferta de terrenos e tornando mais fácil construir no interior.

Com a crescente demanda do setor imobiliário, os investi-mentos no interior só tendem a proporcionar o desenvolvimento das cidades.

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VIRTUAL

O interior está na mira da construção civil

FORTALEZA - CEARÁ - BRASILSexta-feira, 29 de agosto de 2014

PorHamilton Cavalcante corretor de iMÓVeis

ARTIGO

Corretor conectado: novas formas de relacionamento e de fazer negócios

Rogério Quintanilha, gerente geral de compra e venda da Apsa

“PARABÉNS PELA PASSAGEM DO

DIA DO CORRETOR DE IMÓVEIS”

Colaboraçã[email protected]

O corretor dever utilizar as redes sociais de acordo com seu conhecimento e ca-pacidade em administrá-las. Segundo Rogério Quintani-lha, a principal etiqueta é evitar o exagero, priorizar o atendimento pessoal para sanar divergências e jamais utilizar tais ferramentas para críticas, desabafos etc.

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