27 a 29 agosto 2ª edição

10
27 a 29/08/2011 159 XIX * Festa é pesadelo de moradores - p. 2 2ª Edição

Upload: clipping-ministerio-publico-de-minas-gerais

Post on 11-Mar-2016

216 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Clipping Digital

TRANSCRIPT

Page 1: 27 a 29 agosto 2ª Edição

27 a 29/08/2011159XIX

* Festa é pesadelo de moradores - p. 2

2ª Edição

Page 2: 27 a 29 agosto 2ª Edição

VERIDIANE MARCONDESA Prefeitura de Belo Horizonte

(PBH) informou, por meio da assesso-ria de imprensa, que está em processo de ajustes com o Ministério Público Es-tadual (MPE) sobre o Termo de Ajusta-mento de Conduta (TAC) firmado para substituir funcionários contratados por servidores efetivos, por meio de con-curso público.

Conforme divulgou O TEMPO on-tem, o TAC precisou ser feito porque, conforme interpretação da Promotoria de Patrimônio Público, o quadro de servidores municipais precisa ser regu-larizado, já que contraria a legislação federal. De acordo com a promotoria, a prefeitura terá que substituir funcio-nários contratados por servidores efeti-vos, por meio de concurso público.

A assessoria do prefeito Marcio Lacerda (PSB) informou que, no mo-mento, a prefeitura não vai se pronun-ciar quanto ao número exato de servi-dores contratados pela administração municipal que serão atingidos pela decisão. DecIsão

A mudança no quadro de servido-res de Belo Horizonte tornou-se neces-sária após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar que candidatos apro-vados em concurso dentro do número de vagas previstas nos editais terão que, obrigatoriamente, ser nomeados para os cargos para os quais se inscre-veram.

A prefeitura da capital terá que entregar projeto de lei (PL), no prazo máximo de 90 dias, à Câmara dos Ve-readores, prevendo a criação de cargos para substituir funcionários contrata-

dos por servidores efetivos.O Ministério Público Estadual de-

finiu outros prazos que precisarão ser cumpridos pela prefeitura. Os concur-sos municipais terão que ser nomeados em até 60 dias após a homologação do PL. Portanto, os contratos firmados an-teriormente deverão ser extintos em, no máximo, 30 dias após a entrada dos servidores em cada órgão.

A Prefeitura de Belo Horizonte terá até o dia 31 de dezembro de 2012 para extinguir todos os contratos de funcionários não concursados.

câmara

Projeto deve ser aprovado

Os vereadores da capital foram pegos de surpresa quanto à decisão do MPE e ao TAC que deverá ser aplicado na PBH até 2012. Mas o líder do go-verno na Casa, Tarcísio Caixeta (PT), acredita que o projeto certamente será aprovado quando chegar à Câmara. Ele ressaltou, no entanto, que acha pre-maturo falar disso agora. “Temos que esperar a proposição chegar à Casa”, disse.

A novidade tem dividido as opi-niões na Casa. Segundo o primeiro vice-presidente da Câmara, Alexandre Gomes (PSB), a decisão vai atrapalhar a agilidade do trabalho desenvolvido pela PBH. Ele é contrário à decisão. “Os serviços da prefeitura hoje são ágeis. Agora teremos concurso público para motorista. Isso é engessar o servi-ço público, sem contar que fica muito mais caro para o município”, disse.

Já Arnaldo Godoy (PT) disse ser favorável à decisão. “Demorou demais

resolver isso. Agora, o MPE poderia fazer isso também no governo estadu-al”, sugeriu. (VM)

contagem

Município se adaptou a um acordo

semelhanteA prefeita de Contagem, Marília

Campos (PT), no início de seu primeiro mandato, também teve que acatar uma decisão do MPE por meio de um TAC. A diferença em relação a Belo Hori-zonte é que, em Contagem, a alteração atingiu apenas os servidores da pasta da Saúde.

O município precisou se adequar abrindo novos concursos públicos para substituir as pessoas que trabalhavam na prefeitura por meio de contratos.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeita, Contagem teve que se ajus-tar rapidamente. A assessoria informou que cerca de 4.000 pessoas não concur-sadas na área de saúde foram afastadas de seus cargos.

Em seguida, a prefeitura abriu um novo concurso, mas até as pessoas se-rem empossadas, o atendimento ficou prejudicado. (VM)

emprego

PBH se ajusta à decisão do MPEPrefeitura terá até fim de 2012 para extinguir contratos de não-concursados

o tempo - 1ª p. e p. 5 - 27.08.2011 - RepUBLIcADA NA seGUNDA eDIÇão

01

Page 3: 27 a 29 agosto 2ª Edição

o tempo - p. 11 - 29.08.2011

02

Page 4: 27 a 29 agosto 2ª Edição

coNt.... o tempo - p. 11 - 29.08.2011

03

Page 5: 27 a 29 agosto 2ª Edição

TÂMARA TEIXEIRAEm Belo Horizonte, a bebedeira dos universitários se con-

centra nos bares próximos às universidades. Na rotina de farra, as festas regadas a muito álcool criam embates constantes entre estudantes e vizinhos às instituições. Os moradores reclamam do barulho, da sujeira e dos transtornos provocados no trânsito. Em um dos casos mais extremos, o da “Fumec Folia”, no início do mês, o Ministério Público Estadual (MPE) teve que intervir.

Na festa, realizada numa sexta-feira no bairro Cruzeiro, na região Centro-Sul da capital, os estudantes chegaram a fechar a rua Cobre, em frente à universidade, por nove horas - das 17h às 2h. Moradores contam que não puderam sequer entrar ou sair de casa. “A rua foi tomada por cerca de mil estudantes, que faziam uma espécie de disputa de quem tinha o som mais alto nos carros. Alguns jovens caíam de tão bêbados, outros ficavam quase sem roupa e faziam sexo entre os carros”, reclamou uma mulher que mora no prédio em frente à universidade e pediu para não ter o nome divulgado.

Mesmo sem festa, a rotina de confusão nas noites de sex-ta-feira em frente à faculdade permanece. Um outro morador da região disse que a sujeira e o mau cheiro nos dias seguintes às farras são horríveis. “Usam o portão do nosso prédio como ba-nheiro e motel. Um dos alunos gritou no megafone ‘vai começar a putaria na rua Cobre’. Na semana seguinte à que reclamamos, colocaram um funk, na maior altura, em que o refrão era ‘todo mundo caladinho’”, contou o morador, que pediu para não ter o nome divulgado.

Acionada pelos moradores, a Polícia Militar registrou boletim de ocorrência. O documento foi encaminhado ao MPE. Na última quinta-feira, o promotor Cristovam Joaquim Fernandes Ramos Fi-lho, da Promotoria de Defesa de Urbanismo e Habitação, se reuniu com a Polícia Militar e a Regional Centro-Sul. Ele determinou que a regional faça medições para verificar o índice de ruídos emitidos durante os eventos e que identifique até a próxima quarta-feira os donos dos bares da região.

“Acredito que a venda e o consumo de álcool incentivem a permanência dessas pessoas na rua. Vou negociar com os proprie-tários de bares que eles encerrem suas atividades mais cedo, mas ainda não sei qual seria o horário. Se não houver acordo, entrare-mos com uma ação judicial”, adiantou o promotor.

A Polícia Militar informou que vai garantir que a rua não seja bloqueada pelos alunos e se comprometeu ainda a comunicar o Batalhão de Trânsito para punir possíveis infratores.

O reitor da Fumec, Antônio Tomé Loures, afirmou que a ins-tituição não está envolvida na organização da festa, que ele cha-mou de “baderna” , nem libera seus alunos para participar.

Barulho. Em Ouro Preto, na região Central, os vizinhos tam-bém reclamam da confusão criada pelas festas nas repúblicas. A maior reclamação é do excesso de barulho.

A república 171, por exemplo, organiza em média duas festas por semana e já acumula mais de R$ 17 mil em multas por desres-peito à Lei do Silêncio. Risco

Álcool. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que 80% dos adolescentes já beberam alguma vez e 33% dos alunos do ensino médio beberam excessivamente no mês anterior ao estudo.como RecLAmAR

Fiscalização. O morador que se sentir incomodado pelo ba-rulho em bares ou na rua deve ligar para o 156, que funciona 24 horas. A queixa é enviada para a regional do bairro. Na Centro-Sul, durante a noite e a madrugada, quando é registrado o maior número de reclamações, um único fiscal atende a 42 bairros.

Horário. O plantão da fiscalização é feito quarta e quinta-feira até 1h. Na sexta-feira e no sábado, até as 2h.minientrevista

“Os jovens usavam drogas e faziam sexo no meio da rua”Moradoraela pediu para não ter o nome revelado Como ficou a rua Cobre durante essas últimas festas?O trânsito aqui na região ficou totalmente bloqueado. Nin-

guém conseguia entrar nem sair de casa. A sensação é de que nós estávamos sitiados dentro de nossas próprias casas porque os car-ros e os alunos bloquearam a rua.

Qual é a visão que a senhora tinha da sua janela durante as festas?

Parece um Carnaval. Estudantes bebendo desenfreadamente, uma guerra entre os sons dos carros, pessoas usando drogas no meio da rua e alguns faziam sexo. Depois que eles foram embora, por volta das 2h da madrugada, a rua estava puro lixo. Havia gar-rafas e até camisinhas jogadas nas calçadas.

A senhora também é estudante da Fumec. As festas também influenciam as aulas?

Dentro da sala de aula, nós não conseguimos ouvir o que o professor fala. Um tumulto só. Nós tínhamos que ficar com a jane-la fechada o tempo todo. Alguns alunos chegaram a entrar bêbados na faculdade. (TT)

pUc

Moradores negociam com baresNo bairro Coração Eucarístico, na região Noroeste de Belo

Horizonte, o ritual dos estudantes de se reunirem na principal pra-ça do bairro já foi motivo de muita desavença entre os moradores e os jovens. O local é repleto de bares e fica a poucos quarteirões da Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas).

Depois de muitos embates e da associação de moradores re-correr por diversas vezes à Polícia Militar, os donos de bares redu-ziram o número de cadeiras nas calçadas para diminuir o barulho no entorno.

De acordo com o presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Coração Eucarístico, Iraci Firmino Silva, o tumulto apenas migrou para a avenida 31 de Março, via lateral à universi-dade. “Alguns bares funcionam até de madruga. A principal recla-mação é de barulho e do cheiro forte de urina. Já na pracinha, hoje a situação está controlada. Antes, as queixas eram quase diárias”, afirma.

Além do incômodo aos vizinhos, muitas vezes a bebedeira é perigosa. Em um acidente recente envolvendo álcool e universitá-rios, a estudante de computação Bianca Terra Siqueira, 21, morreu após sair de uma festa com 400 pessoas em um bar próximo à PUC. O carro em que ela estava bateu em um poste no bairro Car-los Prates, na região Noroeste.

Prioridades. A Polícia Militar informou que pode ser aciona-da em conflitos por causa de barulho. No entanto, nem sempre os militares atendem ao chamado porque “precisam priorizar ocor-rências mais graves”. (TT)

o tempo - 22 - 28.08.2011 ´Fumec Folia´

Festa é pesadelo de moradoresPromotor determina medição de ruído e vai negociar horário para fechar bares

04

Page 6: 27 a 29 agosto 2ª Edição

TÂMARA TEIXEIRANo terceiro dia de aula do semestre,

em uma quinta-feira, o calouro Thiago de Sousa, 18, se preparava para a terceira fes-ta da semana. Aluno do curso de engenha-ria da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), o rapaz mal ingressou na vida uni-versitária e diz já estar envolvido por uma atmosfera que promete acompanhá-lo até o fim do curso: a de festas regadas a álcool.

A rotina de Thiago confirma o que pesquisadores da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) constataram em um levantamento feito com 19.691 alu-nos de instituições federais de todo país, entre outubro e dezembro do ano passado: os universitários da Ufop são os campeões nacionais do gole. Enquanto em outras universidades, 14% dos jovens disseram beber periodicamente ou sempre, em Ouro Preto, o índice de consumo de álcool entre os estudantes chega a 29,18%, mais que o dobro da média nacional.

Nessa onda, universitários de outras instituições federais de Minas não ficam para trás. Em segundo lugar na lista de beberrões, vêm os alunos da Universida-de Federal de Lavras (Ufla), com 26,24%, seguidos por colegas da Universidade Fe-deral de Viçosa (UFV), com 25,16%, e da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), onde 23,83% dos entrevistados confirma-

ram consumo periódico de álcool. Uma visita a três repúblicas de Ouro

Preto e uma passada por um “rock”, nome dado às festas locais, bastou para a repor-tagem de O TEMPO confirmar que os es-tudantes da Ufop fazem jus à fama de bons de copo. Mais do que isso, se orgulham do título de beberrões. Eles contam que o rock acontece pelo menos de quinta a domingo e, para ninguém ficar de fora, um rodízio é organizado entre as 400 repúblicas da ci-dade (58 delas são federais).

O também estudante de engenharia Vinícius Freitas, 24, conta que para cada encontro, com uma média de cem convida-dos, o freezer tem um “carregamento míni-mo” de 600 l de cerveja, 6 l de pinga e 4 l de vodca. Em festas especiais, como nas de aniversário das repúblicas, Freitas diz que o estoque sobe até oito vezes. “Somos festeiros e queremos manter a liderança”, diz o rapaz, um dos moradores da repúbli-ca Mata Virgem.

O aluno de engenharia João Carlos Neto, 25, recebe duas festas por semana em sua república, a 171. “Se quiser beber todos os dias, você bebe”. A estudante de educação física Raquel Pessoa, 18, lembra que não bebia antes de chegar a Ouro Preto. “Hoje, bebo de tudo, menos cerveja. Não tem como não entrar no clima”, afirma. Os estudantes chegam a gastar 30% do que ganham dos pais todo mês (entre R$ 700 e

R$ 1.000) com as festas. Gasto geralmente maior para os homens que pagam R$ 15 em cada festa. Já as mulheres entram de graça. Uma das baladas mais esperadas é a Festa do Bafômetro, que acontece uma vez por semestre. Nela, as mulheres sopram o bafômetro. A mais bêbada leva o título de campeã. O prêmio, uma garrafa de vodca ou um engradado de cerveja.

Se por um lado os estudantes estão orgulhosos de serem os beberrões do país, a direção da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) diz estar preocupada com o título. O reitor João Luiz Martins afirma que a intenção é diminuir a quantidade de álcool consumida pelos estudantes. Se-gundo ele, a universidade estuda políticas para reduzir a bebedeira dos alunos e vem realizando visitas nas repúblicas mais fes-teiras para tentar evitar problemas com os vizinhos.

Ainda conforme o reitor, um conjunto de fatores estimula o consumo exagerado de álcool. “Entre os 9.000 alunos, 80% têm entre 18 e 24 anos e 50% são de outros Es-tados. Eles estão longe dos pais, com total liberdade e em uma fase de experimenta-

ção. Além disso, 53% dos estudantes mo-ram em repúblicas”.

Resultado. Para continuar bebendo, os alunos usam a boa imagem da universi-dade. “A gente faz festa, bebe e se diverte. Mas também estudamos. A Ufop é uma das melhores universidades do país. Não tem só farra”, garante o aluno de engenharia Gabriel Comério, 22. O índice de aprova-ção dos alunos está na média nacional que é de 60%.

O presidente do Diretório Acadêmi-co, Tuican Cerqueira, 24, reconhece que as festas fazem parte da cultura da cidade, mas reclama de generalizações. “Não te-mos muitas opções de lazer aqui. Mas não é generalizado. Nem todo mundo bebe”, garante o estudante de medicina. (TT)

o tempo - p. 21 - 28.08.2011 Álcool

Universitários de Ouro Preto lideram ranking da bebedeiraEm uma única festa, estoque mínimo em república é de 600 litros de cerveja

Freio

Instituição trabalha para reduzir festas dos universitários

Isto É - p. 35 - 31.08.2011

Isto É - p. 37 - 31.08.2011

05

Page 7: 27 a 29 agosto 2ª Edição

Isto É - p. 56 A 58 - 31.08.2011

06

Page 8: 27 a 29 agosto 2ª Edição

coNt... Isto É - p. 56 A 58 - 31.08.2011

07

Page 9: 27 a 29 agosto 2ª Edição

coNt... Isto É - p. 56 A 58 - 31.08.2011

08

Page 10: 27 a 29 agosto 2ª Edição

Isto É - p. 84- 31.08.2011

09