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imagem rp CONECTADOS Comunicação interna em tempos de Internet Entidades de classe e a comunicação com os associados O evento como estratégica de comunicação com colaboradores DEZEMBRO/2013 | UNISINOS | SÃO LEOPOLDO/RS

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Comunicação interna é o tema da segunda edição do ano da revista IMAGEM RP, uma publicação dos alunos do Curso de Relações Públicas da Unisinos (São Leopoldo/RS).

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CONECTADOSComunicação interna

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Entidades de classe e a comunicação

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O evento como estratégica de comunicação

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CARTA DAREDAÇÃO

Dados do Monitor Evolution do Ibope, apon-tam que os investimentos em publicidade, no primeiro semestre deste ano, apenas em TV aberta, alcançaram o patamar de 27 bi-

lhões de reais. Em último lugar na lista dos meios de comunicação, ficou o outdoor, com pouco mais de 45 milhões. Outros meios são analisados, como rádio, TV por assinatura, internet, comprovando que as empresas preocupam-se em diversificar a comu-nicação de sua marca e/ou produtos. O mercado competitivo, saturado de marcas a almejar a mente e o coração dos consumidores tem exigido pesquisa, planejamento e tiro certo.

Mas consumidor que se preze sabe que a hora da verdade é quando chegamos no balcão e somos recebidos pelo vendedor. Postura, tom de voz, argu-mentos e cordialidade podem colocar em xeque todo o investimento feito em publicidade. Não precisamos ir tão longe. Quantos de nós não teve um familiar ou conhecido que compartilhou conosco as insatisfa-ções com seu trabalho, com a forma como é tratado no ambiente da empresa? E, boa parte das vezes, empresas que anunciam e investem fortemente na comunicação com o consumidor, mas dão pouca ou nenhuma atenção a um de seus maiores patrimô-nios: o colaborador. Aquele que, mesmo não estando na linha de frente do balcão, participa da entrega de valor ao cliente.

Imagem RP, deste segundo semestre de 2013, aborda o tema da Comunicação Interna e sua re-lação com o clima organizacional. Tão importante quanto falar para fora, é saber ouvir os funcionários e comunicar bem para dentro. Pesquisar o ambiente, identificar dificuldades de comunicação e preparar as lideranças para motivar e envolver o público interno são alguns dos pontos levantados nas matérias que preparamos para você.

E, em tempos de redes sociais, não poderíamos deixar de lado o debate sobre se de fato gestores e colaboradores estão preparados para usá-las como ferramenta de comunicação e gestão de informação. A experiência de uma importante loja de calçados do Estado também é relatada aqui na matéria sobre cases de sucesso em comunicação interna. Já para os que se interessam sobre o tema e querem saber mais, não vão faltar dicas de leitura e fontes de pesquisa.

Imagem RP agradece a todos que participaram desta edição: professores e egressos da Unisinos, profissionais e empresas que gentilmente cederam seu tempo para compartilhar conosco suas experi-ências e pontos de vista.

Tânia Almeida Professora orientadora

ÍNDICE4Comunicação internaO colaborador é tão importante quanto o cliente

6IntranetColaborando com a comunicação organizacional

8Eventos internosFerramenta eficaz de comunicação interna

10Clima organizacionalInvestir em qualidade não é luxo, é indispensável

12Experiências de sucessoCases inspiram novos caminhos

14Entidades de classeComunicação com associados é estratégica

16MotivaçãoMais qualidade no ambiente de trabalho

17Dicas de pesquisaSaiba onde pesquisar para o seu TCC

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Comunicação interna

Falar para dentro é tão importante quanto falar para foraCamila longaray alenCastro

Comunicação interna (CI) para os relações públicas é o feijão com arroz do seu dia a dia e, por mais cor-

riqueiro que este tema seja ainda, é um tabu nas organizações brasi-leiras. Isso ocorre porque a maio-ria delas investem em estratégias voltadas para seu público externo, desconhecendo, na maioria das ve-zes, a efetividade da comunicação interna perante seus públicos. É co-mum as organizações reconhece-rem como endomarketing ao invés de CI em virtude da falta de escla-recimento sobre o termo.

A popularização do termo endo-marketing nas empresas acaba por se tornar sinônimo de comunicação interna, mas, ao contrário, cada uma possui uma significação pró-pria. O endomarketing surge nas or-ganizações com a missão de ser um elemento de ligação entre o cliente, o produto e o empregado, com a fi-nalidade de despertar no funcioná-rio a ideia de comprar seus produ-tos. E, para simples entendimento, o autor e pesquisador do marketing Philip Kotler, se refere ao endoma-rketing traduzindo como marketing interno das organizações.

Para a professora de Gestão de Recursos Humanos da Unisinos Josefina Coutinho, a justificativa pela qual existe essa falta de es-clarecimento quanto a CI é que, na maioria das empresas, ela não está descrita no manual da organi-zação. Portanto, não é claro para todos os envolvidos a quem cabe a responsabilidade sobre o tema. Isto porque a estrutura de comu-nicação das organizações é volta-da para o público externo. Sendo assim, quando o profissional de re-lações públicas não conscientiza os gestores sobre a quem cabe tal competência, ela passa a ser exe-

cutada pelos profissionais de re-cursos humanos que, com freqüên-cia, se restringem ao processo in-formacional, ou seja, gerenciam a informação da organização.

O processo de comunicação in-terna envolve, na avaliação da pro-fessora da Unisinos, a psicóloga e doutora em psicologia social, Ieda Rhoden, um conhecimento sobre o comportamento humano e orga-nizacional que os profissionais de recursos humanos se dedicam mais a estudar. Trata-se de uma relação de confiança entre os envolvidos e a confiança está relacionada ao grau de conhecimento do outro, o que estabelece um aprofundamento so-bre aspectos psíquicos e neuroló-gicos que são importantes no pro-cesso comunicacional. Para que se construa um núcleo forte de comu-nicação interna, é importante a in-tegração junto ao setor de recursos humanos, pois as práticas de gestão de pessoas estão ligadas as estraté-gias de CI da organização.

Na visão da professora e pes-quisadora Margarida Kunsch, a co-municação interna é uma ferra-menta estratégica para alinhar os interesses dos empregados e da empresa, estimulados pelo diálogo que possibilita trocas de conheci-mento e vivências por meio da par-ticipação de todos os níveis.

Com o amadurecimento da im-plantação da comunicação interna no planejamento estratégico das empresas, profissionais de comuni-cação observaram uma tendência de mercado para a criação de agên-cias especializadas em endomarke-ting e CI, ganhando um novo espa-ço nesse ramo. No Rio Grande do Sul, esse mercado vem expandin-do, tendo poucas empresas foca-das na área de CI e endomarketing, destacando-se no mercado as agên-cias Happy House e Santo de Casa, ambas de Porto Alegre e especiali-

zadas em projetos de comunicação interna. Segundo a ABRACOM (Asso-ciação das Agências de Comunica-ção), no Estado, existem 12 empre-sas cadastradas nesse ramo, atuan-do não só na área de CI e endoma-rketing, mas também com comuni-cação empresarial como um todo.

ConheCimento organizaCional

Um fator importante é o envol-vimento dos gestores com o público interno. Na opinião da professora Josefina, quando se analisa o envol-vimento dos gestores nas ações vol-tadas para o público interno, per-cebe-se que, em grande parte das organizações, inexistem ações que efetivamente se configuram como de comunicação interna. É comum encontrarmos experiências de comu-nicação de caráter administrativo, com o objetivo emitir informações acerca de procedimentos técnicos. Portanto, cabe ao gestor incorporar, nos planos estratégicos da empresa, a disseminação do conhecimento or-ganizacional por intermédio da co-municação interna. Para Ieda, a re-lação da gestão com as práticas de CI é referido ao modelo de empresas imediatistas, que querem simplificar o que é complexo, o ser humano e as relações de trabalho. A professora avalia que dificilmente elas investem suficientemente em pessoas e, me-nos ainda, em comunicação interna, direcionando seus esforços em ações de marketing dirigidas para seus clientes. Isso se deve ao pragma-tismo e ao imediatismo que vão na contramão de uma gestão de pessoas com excelência.

Para o pesquisador Gaudêncio Torquato, a missão básica da comu-nicação interna é contribuir para a construção de um clima positivo, voltado ao cumprimento das me-tas estratégicas da organização,

ao crescimento continuado de suas atividades e serviços e à expansão da sua linha de produtos. Já a pes-quisadora Marlene Marchiori afirma que, para que se desenvolvam es-sas condições no ambiente organi-zacional, é importante entender que é por intermédio dos proces-sos comunicacionais que as organi-zações estabelecem relações com seus públicos.

A comunicação interna é um ni-cho das relações públicas que me-rece mais esclarecimento quanto a sua atuação, uma vez que não se trata somente da implantação de ferramentas comunicacionais, indo mais além. Ieda acredita que a CI requer que os profissionais de comunicação aprofundem seus co-nhecimentos sobre comportamento humano no trabalho, para ir além do senso comum. Para ela, não bas-ta saber definir conteúdos, identi-ficar a linguagem e os meios mais adequados para uma boa comuni-cação interna. É preciso compreen-der como os seres humanos perce-bem, o que sentem e prognosticar comportamentos reativos (em res-posta ao que a organização comuni-ca). E este conhecimento somente será possível se o profissional bus-car complementar sua formação ou trabalhar em equipes multidiscipli-nares, incluindo necessariamente os psicólogos e, em alguns casos, até os antropólogos.

Por se tratar se algo muito com-plexo, a comunicação interna en-volve vasto conhecimento sobre pessoas e organizações, não esque-cendo que a comunicação é feita por pessoas e para pessoas, e que delas partem os resultados almeja-dos pelas empresas. A valorização do núcleo de CI depende de um lon-go processo de mudança cultural e que dependerá dos esforços da nova geração de gestores a qual fazemos parte e nos dedicamos a construir.

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Intranet

AmAndA mARCOLIn SImOndébORA mOSChen PORtzRenAtA emAnueLLe RAubeR

A intranet é uma ferra-menta importante no contexto da comunica-ção interna. E, assim

como as empresas estão pre-sentes na internet e participam de redes sociais, estão também mais atentas ao uso desta fer-ramenta com relação aos cola-boradores, utilizando a intranet como meio para se alcançar uma melhor comunicação com eles. Mas você sabe o que é intranet? É um dos principais instrumentos de comunicação de uso das orga-nizações, que só pode ser aces-sada por seus usuários ou cola-boradores internos, e serve para firmar o relacionamento entre a empresa e o funcionário. Nela constam informações importan-tes, como notícias da empresa, formulários e documentos que poderão ser acessados, ou até mesmo programas de interação, de acordo com a disponibilidade de cada organização.

Para que as empresas consi-gam dar suporte ao avanço e ao fortalecimento do uso destas fer-ramentas digitais, é necessária uma maior preparação dos fun-cionários. Isso implica o desen-volvimento de programas de in-clusão digital, voltados à inser-ção na rede e ao domínio das fer-ramentas a serem utilizadas pe-los colaboradores. Desta manei-ra, uma cultura organizacional com inovação e liberdade de ex-pressão é fundamental.

Ao investirem na intranet, as empresas estarão investindo nas suas relações interpessoais aci-ma de tudo. Uma empresa com colaboradores incluídos conse-gue se comunicar com a equipe de forma mais eficiente e mais barata e pode tirar maior pro-veito de seus investimentos em tecnologia, mostrando que a efi-ciência destas redes está na au-sência de hierarquias e na sua descentralização.

Mas – para melhor avaliar os impactos da ferramenta – é ne-

cessário focar em pesquisa e monitoramento. Em 2010, por exemplo, o hotel Holiday Inn, de Porto Alegre, realizou pesqui-sa para saber o resultado da in-tranet no ambiente de trabalho. Verificou-se que, para alguns se-tores, tais como a recepção e a divisão de pessoal e almoxarifa-do, ela é imprescindível, já que, através desta ferramenta, é pos-sível transmitir as informações de forma mais rápida e se comuni-car com todos os públicos inter-nos que compõem a organização.

Sabemos o quão importante é esta inclusão da intranet e das demais ferramentas de interação para a boa comunicação e a ho-rizontalidade dentro das corpo-rações. Porém, não significa que este tipo de ferramenta seja item obrigatório do pacote de instru-mentos e ações de comunicação interna nas organizações. Espe-cialmente se, de antemão, já sa-bemos que será pouco utilizada, a exemplo de setores que não ne-cessitam de computadores para a realização de seu trabalho.

Entendemos também que não basta somente a implementação, mas também a gestão da intra-net, o que leva a pensar em gru-pos ou comitês gestores com pro-fissionais de várias áreas. A pre-sença de um profissional de rela-ções-públicas contribui para que sejam levadas em conta as impli-cações de uma intranet (ou rede social própria) sobre as relações internas, bem como a necessida-de constante de disseminar uma política de conduta nesses am-bientes virtuais, além de outros aspectos relacionados à gestão da comunicação interna.

O uSO dAS mídIAS SOCIAIS nAS ORgAnIzAçõeS

É sabido que - com o cresci-mento e difusão das redes sociais - ferramentas como Facebook, Twitter e outras mídias sociais transformaram a maneira como as pessoas se relacionam tanto no ambiente familiar como profissio-nal. Isso representa uma nova era no que diz respeito à comunica-

ção e ao marketing corporativo. Os conteúdos postados em qual-quer uma dessas ferramentas po-dem causar um impacto significa-tivo na imagem das corporações. Ao mesmo tempo em que auxi-liam no relacionamento com os públicos de interesse e na gera-ção de negócios, o mau gerencia-mento do volume de informação gerado pelos públicos de uma or-ganização pode prejudicar a re-putação de uma marca e provo-car uma crise de imagem.

Imagem RP entrevistou a re-lações públicas Mariela Portz, só-cia da agência de Relações Públi-cas ‘Entre a Gente: Comunicação Estratégica’. A profissional teve

passagens também pela Secreta-ria de Comunicação e Inclusão Di-gital do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Prefeitura e Câ-mara de Vereadores de Lajeado. Ao ser questionada sobre como devemos combinar as ferramen-tas tradicionais de comunicação com as digitais, Mariela explica que se deve pensar na combina-ção de diversos meios de comu-nicação para atingir os públicos. Salienta ainda que - apesar das ferramentas digitais contribuírem para a eficácia na comunicação – aquelas ditas clássicas (murais, reuniões, newsletter, etc) devem ser usadas, pois também são efi-cazes na comunicação interna.

Quanto a isso, Mônica Apa-recida de Castro e Clenio Arau-jo, em artigo publicado na Inter-com, compartilham do mesmo pensamento. “O grande desafio para as organizações, ou melhor, para as sociedades, é conquis-

Colaborando com a comunicação organizacional

Mariela Portz Dorneles, relações públicas: “Difícil é gerenciar o posicionamento dos colaboradores no ambiente virtual”

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Colaborando com a comunicação organizacional

tar um equilíbrio nesse proces-so. Equilíbrio pelo qual tanto a comunicação mais tradicional e baseada na proximidade física, como a comunicação que tem no centro a tecnologia, possam co-existir e, mais, se complemen-tar”, observam.

No relacionamento entre os empregados, as tecnologias de in-formação e comunicação têm trans-formado os modos de interação e o acesso a informações e a conhe-cimentos. Na gestão do relaciona-mento com os empregados, é im-portante considerar as transforma-ções mercadológicas, que deman-dam das organizações uma gestão mais eficiente da comunicação in-terna. O engajamento dos emprega-dos com o negócio e com a missão, além do aumento da informação so-bre os diversos processos, produtos e serviços da empresa, são cada vez mais imprescindíveis para a susten-tabilidade das organizações.

de ReCePtOR A PROdutOR de COnteúdO

Através do uso das mídias so-ciais na comunicação interna, o empregado poderá também ser um criador de informação. Além de participar do processo de lei-tura, interpretação e análise de conteúdo, ele poderá também criar e tecer comentários sobre o que foi veiculado e ser tam-bém um formador de opinião.

Sendo assim, o uso das mí-dias sociais no relacionamen-to das organizações com os seus diferentes públicos é uma reali-dade que traz para os atores en-volvidos alguns benefícios, mas também algumas dificuldades. Uma delas é o gerenciamento dos posicionamentos dos fun-cionários nestas mídias sociais, pois, como relata Mariela, é uma questão muito delicada de tra-tar. Ela acredita “Que nem os

gestores, nem os colaboradores estão preparados integralmente para isso”. Lembra ainda que o colaborador não deva usar as mí-dias sociais para expor seus des-contentamentos com seu am-biente de trabalho, embora te-nha o direito de gostar ou não dos produtos de sua empesa e manifestar sua opinião a respei-to. Para isso, é necessário haver um equilíbrio entre as partes, saber o que deve ou não ser di-vulgado, o que pode prejudicar a imagem pessoal e a imagem da empresa. “É tudo questão de bom senso”, finaliza Mariela.

Para que isso dê certo é pre-ciso que todo esse processo seja feito juntamente com o incen-tivo à comunicação tradicional dentro das organizações, além do uso da tecnologia, é claro. Dessa maneira, as empresas de-vem se organizar da melhor ma-neira para unir a prática da li-berdade do uso das mídias so-ciais com a responsabilidade, e criar um bom relacionamento com o seu colaborador, fazendo com que ambas as partes obte-nham mais benefícios.

A “IntRA dA gente”

A intranet não significa mais um canal através do qual uma empresa fará desaguar todo tipo de informação para seus colabo-radores. Trata-se de uma opor-tunidade para os processos de construção do conhecimento. A Unimed Vale do Taquari Rio Par-do se conscientizou da importân-cia e, em 2009, lançou a “Intra da Gente”. A plataforma reúne material para o dia a dia de tra-balho do funcionário, além de in-formações que o ajudam a en-tender o contexto da Cooperati-va e os acontecimentos recentes. Anayla Rizzi, analista de comuni-

cação interna, conta que a intra-net mantém contato diário com os funcionários: “É um ambiente oficial da Cooperativa e leva co-nhecimento frequente, além de esclarecer questões polêmicas. Muitas vezes esta ferramenta também aproxima os colabora-dores, por promover promoções ou publicar matérias que deem visibilidade a eles”, comenta.

A “Intra da Gente” permite acesso aos materiais de suporte para o trabalho, como documen-tos, nomes e ramais dos colegas, instruções gerais e acesso a sis-temas de uso comum. As maté-rias são publicadas diariamen-te e muitas são sugeridas pelos próprios colaboradores, que aca-bam sendo veiculadas para cer-ca de 540 pessoas que atuam na área administrativa e da saúde. As matérias são divididas em três categorias: Boletim da Gen-te, Unimed VTRP e Mix de Notí-cias. Entre elas, são divulgados novos processos criados na coo-perativa, homenagens aos fun-cionários, eventos realizados, matérias que saem na mídia em geral falando sobre a Unimed e notícias veiculadas pelos portais de notícias do país, visto que a grande maioria dos funcioná-rios não tem acesso à internet. “Como a ferramenta é aberta para comentários e interações com os colegas, a plataforma re-úne muito do conhecimento em-pírico dos seus funcionários, se tornando uma ferramenta muito rica para a organização”, obser-va Anayla.

Para que a intranet se tor-ne uma ferramenta funcional e essencial para sua organiza-ção, a relações públicas diz que é preciso compreender o pu-blico para qual ela é destina-da: “É imprescindível que a lin-guagem esteja adequada ao pú-blico alvo e que eles vejam a real rotina da Cooperativa sen-do retratada nesta ferramen-ta”, pondera. Transparência é peça central na construção de vínculo verdadeiro entre a Uni-med VTRP e seus funcionários, acrescenta a profissional.

Anayla Rizzi, analista de comunicação interna: “A intranet contribui para a construção de conhecimento”

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Eventos internos

BárBara HeckSuélen Pereira

De que forma um evento pode ser utilizado como uma ferramenta de co-municação interna? O

que é de fato um evento? Ativi-dade, ação, instrumento? A ex-pressão ‘evento’ vem do latim eventus, que significa “aconteci-mento”. Trata-se de um ato ou ação de comunicação direta, or-ganizada por especialistas, com objetivos e estratégias pré-defi-nidas junto a um público em es-pecífico. Sua preparação envol-ve várias etapas estruturais e de planejamento normalmente no intuito de mobilizar pessoas, vender produtos, passar mensa-gens, promover encontros ou até mesmo celebrar datas especiais. A identificação do público-alvo é parte fundamental no processo

de planejamento de um evento, determinando sua tipagem (in-terno ou externo) e orientando e direcionando as ações de manei-ra que a atividade alcance seu objetivo final.

No âmbito organizacional, o evento assume diversas funções importantes, dentre elas, a de ferramenta de marketing, po-dendo ser classificado em insti-tucional ou promocional. É bas-tante utilizado na comunicação interna para contribuir na inte-

Ferramenta eficaz de comunicação interna

Vilmar Ballin, prefeito do

município de Sapucaia do Sul:

“Eventos como esse valorizam e

exaltam talentos”.

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Procurador aldivan camargo participando do “Sarau letras e Melodias: onde o talento está na sala ao lado”

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Ferramenta eficaz de comunicação interna

Motivando os funcionários e ajudando o planeta

luiz antônio gaulia é professor da universidade Estácio, jornalista e Mestre em comunicação e Sustentabilidade

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As empresas estão cada vez mais conscientes da im-portância de valorizar seus funcionários. A qualidade do atendimento com clientes, fornecedores e parceiros, de-pende muito do nível de bem--estar e satisfação dos cola-boradores. Para isso, é funda-mental que exista uma forte atenção em comunicação in-terna que garanta uma equipe unida, satisfeita com seu am-biente e relações de trabalho, e em harmonia com os objeti-vos da empresa.

Uma ótima alternativa para fortalecer este público são os eventos internos. Além de auxiliar e promover a rela-ção entre a empresa e funcio-nários, podem ser excelentes oportunidades para a promo-ção de aprendizado, troca de informações e habilidades, e criação de vínculos profissio-nais e pessoais.

O primeiro passo para a organização de um evento in-terno é o planejamento. Ele deve ser feito com antece-dência e aliado a pesquisas que ajudarão a determinar os temas a serem abordados, o local do evento, os palestran-tes, a infraestrutura, entre outros fatores. O tema serve para promover sinergia entre os interesses dos funcionários e os da empresa, devendo ser escolhido com cuidado com vistas à motivação, interação

e integração entre todos. Outro fator que merece

atenção é a consciência sus-tentável. Os eventos são mo-mentos únicos para a organi-zação mostrar sua preocupa-ção com o planeta e estimular seus funcionários a fazerem o mesmo. Luiz Antônio Gaulia, professor da Universidade Es-tácio, Jornalista e Mestre em Comunicação e Sustentabili-dade, acredita que cada de-talhe pode ser pensado para transmitir questões inerentes à sustentabilidade. Não ape-nas no tema, nos discursos e apresentações, como em todo o seu desenvolvimento. “Se tivermos um stand construí-do em madeira, que ela seja certificada e após o evento ela seja reutilizada ou mesmo descartada de forma ambien-talmente correta”, observa.

Gaulia cita ainda exemplos de cuidado na escolha por cardá-pios mais sustentáveis e natu-rais, e ressalta “Nossos com-portamentos falam mais alto que nossas palavras e num evento as incoerências ficam expostas para todos”.

E para quem pensa que sustentabilidade envolve alto investimento, pode começar a colocar este pensamento de lado. Não há mais desculpas para deixar de aplicar prá-ticas sustentáveis nos even-tos ou em qualquer outro tipo de comunicação interna, in-dependente do porte da em-presa. Gaulia ainda completa: “O olhar do comunicador deve ser estratégico e dessa for-ma trabalhar uma proposta de evento alinhada com valores da empresa, atributos da mar-ca e objetivos de sustentabi-lidade. Se este trabalho con-seguir traduzir de que forma um evento vai ser útil, prático e eficaz para os objetivos da marca e do negócio, a verba vai surgir com certeza!”.

gração e no engajamento de di-ferentes setores, na motivação de funcionários e no fortaleci-mento e elevação da imagem corporativa frente aos seus cola-boradores. Especialistas na área da comunicação afirmam que pelo caráter positivo e estraté-gico de seus resultados, os even-tos se tornam hoje cada vez mais indispensáveis nas organizações, quando se trata de ações volta-das ao público interno.

inovando noS eventoS internoS

Inovar, criar, reinventar são palavras que hoje em dia nor-teiam toda e qualquer ação co-municacional seja ela interna ou externa. Nos eventos internos, essas características são cada vez mais cobradas dos profissio-nais da área e utilizadas no in-tuito de chamar a atenção do funcionário por meio de um di-ferencial.

Atualmente muitas organi-zações têm buscado na arte uma maneira de trazer novas lingua-gens no modo de informar e de desenvolver diferentes even-tos e dinâmicas. Por intermé-dio da arte, elas buscam envol-ver o grupo estimulando a cultu-ra, a participação, a motivação e o engajamento do funcionário para com a empresa. Esse foi o caso da prefeitura do município de Sapucaia do Sul, que promo-veu, no dia do funcionário pú-blico, um sarau cultural onde os artistas eram os funcionários. O objetivo era oportunizar um es-paço para que eles mostrassem sua arte. Essa foi a proposta do ‘Sarau Letras e Melodias: Onde o talento está na sala ao lado’ (edição de 2010) que buscava não apenas homenagear os ser-vidores, mas também valorizar talentos e promover a integra-ção entre os funcionários.

Poesia, literatura, música e muito humor, fizeram parte da programação do sarau que teve como destaque a peça de stand up comedy “Eu preferia ter um filho...”, interpretada pelo pro-

curador do município, Aldivan de Camargo. A peça, de autoria própria, trouxe cenas do cotidia-no dos funcionários da prefeitu-ra com um toque de realidade e muito bom humor, arrancando gargalhadas e aplausos do públi-

co presente.Para o prefeito de Sapucaia

do Sul, Vilmar Ballin, esse tipo de atividade, além de proporcio-nar momentos de descontração e integração entre os funcioná-rios, incentiva o gosto pela arte.

“Eventos como esse são funda-mentais para promover a união do corpo de funcionários e es-timulam a capacidade artística que cada um possui, valorizando e exaltando seus talentos”, afir-ma Ballin.

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Clima organizacional

AnA PAulA FerreirA Cássio rAmiro

Investir na promoção da qualidade de vida dos co-laboradores deixou de ser um tema acessório para se

tornar algo essencial nas em-presas que passaram a se preo-cupar com isso tanto no âmbito do trabalho, como no ambien-te extra organizacional. Man-ter bons níveis de engajamen-to nas atividades do dia a dia e em programas voltados à qua-lidade de vida no trabalho im-plica investir na comunicação com os colaboradores. E isso vale para todos os níveis hie-rárquicos da empresa.

Para entender melhor a im-portância da comunicação in-terna, vamos saber um pouco mais sobre clima organizacio-nal. Ambiente, clima, atmos-fera são termos relacionados aos aspectos que configuram os limites intramuros das or-ganizações. Ações que prio-rizem a saúde física, emocio-nal e mental dos colaborado-res contribuem sensivelmente para o que chamamos de clima organizacional. E para os pro-fissionais de relações públicas, pensar este tema é fundamen-tal quando se trata de comuni-cação interna.

O clima organizacional pode ser definido como os reflexos de um conjunto de valores, com-portamentos e padrões for-mais e informais que existem em uma organização e repre-senta a forma como cada cola-borador percebe a empresa e sua cultura, e como ele reage a isso. Resumindo, clima organi-zacional é a percepção coletiva que as pessoas têm da empre-sa. Podemos usar como exem-plo o clima no sentido meteoro-lógico, que nada mais é do que uma série de elementos atmos-féricos, como frentes frias, sol, nuvens, tempestades, furacões que ocorrem na terra e juntos são responsáveis pelas mudan-ças de tempo. No caso de uma organização, o clima envolve

o convívio com os superiores e colegas, a remuneração e pla-no de carreira, a cultura da em-presa, processos internos, reu-niões, conforto térmico e mobi-liário adequado, etc.

O clima organizacional de uma empresa já existe, não po-dendo, portanto, ser criado. Deve ser gerenciado estrategi-camente de forma que ele pos-sa ser alterado em caso de es-tar gerando resultados negati-vos para a organização.

Roberto Costa, em seu livro ‘Estudo sobre clima organiza-cional’ (1993), traz importan-te contribuição para o aperfei-çoamento de pesquisa na área de Recursos Humanos. Para o autor, clima é “o indicador do grau de satisfação dos membros de uma empresa, em relação a diferentes aspectos da cultu-ra ou realidade aparente da or-ganização, tais como: política de Recursos Humanos, modelo de gestão, missão da empresa, processo de comunicação, valo-rização profissional e identifica-ção com a empresa”.

FAzendo o temA de CAsA

Quer encantar seu cliente? Encante primeiro seu colabo-rador. Engajar os colaborado-res no processo da empresa faz com que os funcionários se sin-tam motivados. Além disso, com um clima organizacional positi-vo, temos resultados financei-ros impactantes. Conforme le-vantamento das revistas Exame e Você/SA com as melhores em-presas para se trabalhar no Bra-sil, as que investiram na quali-dade de clima obtiveram resul-tados altamente lucrativos. Em doze meses, a rentabilidade so-bre o patrimônio líquido dessas empresas cresceu 26,21%, uma prova total de que investir na qualidade do clima traz resul-tados rentáveis. Por isso, a pre-ocupação dos gestores deve ser com o estudo do clima organi-zacional, pois o mesmo influen-cia direta e indiretamente nos comportamentos pessoais.

Investir em qualidade não é luxo, é indispensávellinusb4’s / stock.xchng

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Investir em qualidade não é luxo, é indispensávelEmbora o setor privado te-

nha desenvolvido maior exper-tise em comunicação interna, empresas e órgãos públicos são um terreno fértil para projetos voltados ao tema. Para a rela-ções públicas, Mariela Portz, sócia da agência de Relações Públicas ‘Entre a Gente: Comu-nicação Estratégica’, a eficiên-cia da gestão pública “está to-talmente atrelada à existência de ferramentas e ações de co-municação interna”. A profissio-nal teve passagens pela Secre-taria de Comunicação e Inclu-são Digital do Governo do Esta-do do Rio Grande do Sul e pela Coordenação de Comunicação da Prefeitura de Lajeado, o que a faz crer que a comunicação interna contribui para a coesão interna, especialmente quan-do se trata de estruturas com-plexas como as que envolvem o setor público. “Precisamos ur-gentemente de práticas de co-municação interna pré-estabe-lecidas para a gestão pública”, acrescenta.

A motivação, a produtivida-de e a satisfação dos funcioná-rios são pontos cruciais para o bom desenvolvimento da orga-nização e para isso é necessário que o gestor entenda a impor-tância de fazer constantes ava-liações sobre o clima organiza-cional para um diagnóstico as-sertivo da empresa. Pesquisas sobre o nível de satisfação no trabalho são importantes para que possamos mapear os as-pectos que configuram o mo-mento motivacional dos cola-boradores. Através das pesqui-sas, criamos um canal de co-municação e essa atitude ele-va bastante o índice de motiva-ção. Afinal, a crença a respeito desta ação é de que a empresa “quer ouvir você”.

Com o resultado da pesqui-sa de clima, temos condições de minimizar conflitos, apu-rar pontos fortes da organiza-ção, deficiências e ter conhe-cimento das aspirações e de-sejos do público interno. São, portanto, uma ferramenta que

possibilita diagnosticar neces-sidades, desejos e fatores de-terminantes para que o enga-jamento dos colaboradores e a missão da organização sejam alcançados e desenvolvidos com sucesso por todos. Para Daniel Costa, diretor de plane-jamento e consultoria da San-to de Casa, empresa especia-lizada em endomarketing, com as pesquisas de clima, é pos-sível identificar se determina-dos problemas são resultantes de processos de comunicação interna mal conduzidos.

As empresas lidam com grandes desafios para engajar e ter o comprometimento de seus colaboradores para com seus objetivos e metas, o que,

por vezes, acaba se tornando um problema com repercussões sobre o clima organizacional. Nesse sentido, trabalhar estra-tegicamente a comunicação in-terna torna-se fundamental. É através da comunicação inter-na que podemos ter condições mais amplas e efetivas para re-solver problemas nas organi-zações. Conhecendo o clima e mapeando os perfis e interesses dos colaboradores, é possível definir com mais clareza quais os canais de informação presen-ciais, ou não, serão implemen-tados e para quais conteúdos se destinarão. Só assim teremos êxito com os esforços de comu-nicação interna, pois o envol-vimento dos colaboradores de-

pende também do quanto estão informados sobre os planos de suas empresas.

O grande desafio da comu-nicação interna é fazer com que haja um comprometimento de todos os colaboradores que compõem a estrutura organiza-cional. O engajamento interno é fator indispensável para uma empresa que almeja resultados positivos e sucesso. Costa res-salta que isso acontece quando o colaborador se percebe inse-rido dentro de atividades que lhe proporcionem oportunida-des; quando o que ele faz, tem e produz sentido. Trabalhando desta maneira, o profissional desempenha sua função, mais motivado, agregando valores e acrescentando conhecimentos indispensáveis à empresa.

Quando perguntado sobre o papel dos líderes de comu-nicação, Costa afirma que eles exercem papel crucial nos pro-cessos de comunicação inter-na nas organizações. “É funda-mental que a liderança, em to-dos os níveis, faça a comunica-ção acontecer: escute, orien-te, estimule, forme, dê feed-backs e tenha atitudes comuni-cantes com sua equipe. Hoje o mercado está crítico neste as-pecto”, observa.

Contudo, ter profissionais motivados, engajados e com-prometidos com a comunicação interna e com a missão da orga-nização, trará bons resultados e um futuro promissor. A comu-nicação interna quando estabe-lecida de forma correta, além de resultados positivos, torna o ambiente de trabalho mais har-monioso e agradável para todos que constituem a empresa.

Daniel costa: a liderança em todos os níveis faz a comunicação acontecer

DiVulgAÇÃo

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Experiências de sucesso

Flavia Oliveiraraquel reis

Cases são histórias de sucesso de uma em-presa ou profissio-nal e servem para

mostrar o caminho percorri-do para o alcance da vitória. Para um bom entendimento de como a comunicação inter-na funciona na prática, Ima-gem RP pesquisou cases de su-cesso promovidos por empre-sas conhecidas no mercado: VIVO, AGCO e PAQUETÁ.

vivO - A marca VIVO foi lançada em 2003, e des-de 2012 representa todos os produtos e serviços ofereci-dos pela Telefônica no Brasil. O objetivo da empresa é es-timular diálogos, aproximar pessoas e mantê-las sempre conectadas. Com os funcioná-rios não é diferente. Recente-mente, para estimular ainda mais a integração e envolvi-mento interpessoal dos fun-cionários e potencializar os demais veículos de comunica-ção interna utilizados, a mar-ca projetou o “Portal DayO-ff”. A ferramenta surgiu com o intuito de valorizar um be-

nefício chamado dayoff (dia de folga), que nada mais é do que um dia de folga dado no aniversário, ou dia de escolha do colaborador.

Através do sistema, o em-pregado pode negociar direta-mente com seu gestor a me-lhor data para tirar sua fol-ga. Além disso, os funcioná-rios podem parabenizar uns aos outros. Para facilitar o envio de mensagens, a pági-na disponibiliza uma lista com nome e data dos aniversarian-tes da empresa. Na página ini-cial, ficam sempre evidentes os aniversariantes do mês vi-gente. Ao lado de cada nome, existe um botão que permi-te que as pessoas enviem um cartão de felicitação, envia-do por e-mail. A ação foi bem aceita na avaliação dos ges-tores que observaram maior integração entre os colegas após o dia livre e as inúmeras mensagens recebidas.

aGCO – A empresa, uma fabricante e distribuidora de equipamentos agrícolas, ini-ciou sua participação no mer-cado brasileiro em 1996. Ofe-rece uma linha completa de produtos, incluindo tratores,

colheitadeiras, equipamen-tos para fenação e forragem, pulverizadores, equipamentos para preparo de solo, imple-mentos e peças de reposição.

O foco da AGCO é forne-cer soluções de alta tecnolo-gia para os produtores rurais que alimentam o mundo. Com base nisso, a empresa resol-veu utilizar a tecnologia em ações de comunicação inter-na que têm por objetivo a in-clusão social dos funcionários. O trabalho foi denominado “A Comunicação Interna como Es-tratégia de Inclusão Social” e venceu o prêmio SESI de Quali-dade no Trabalho. Além disso, foi reconhecida como a segun-da melhor cultura organizacio-nal entre as empresas de gran-de porte atuantes no Brasil.

O projeto buscou incluir os funcionários portadores de deficiência para que pudes-sem se interar das informa-ções da empresa. Várias adap-tações foram feitas nos canais de comunicação interna para torná-los acessíveis às dife-rentes limitações dos colabo-radores. Por exemplo, a revis-ta interna AGCO Terra passou a ter audiodescrição e foi en-

tregue aos cegos. Já as reuni-ões de resultados começaram a ter tradução em Libras (Lin-guagem Brasileira dos Sinais). Segundo o Gerente de Recur-sos Humanos, Arno Duarte, a atitude é um reconhecimen-to à evolução do programa de inclusão de pessoas com de-ficiência na AGCO. “Além de incluir esses profissionais na empresa através da capacita-ção e contratação, agora es-tamos os envolvendo no dia a dia do negócio através da in-formação disponibilizada em canais de comunicação inter-na adaptados a cada deficiên-cia”, diz ele em publicação no site da AGCO.

alinhamentO

Alinhar a comunicação in-terna com a estratégia orga-nizacional é fator que contri-bui para experiências de su-cesso. Para Shana Lima, gra-duada em Comunicação Social na Unisinos e coordenadora corporativa de comunicação interna na Paquetá, este é um requisito básico para um pro-jeto de relacionamento com o público interno.

Cases inspiram novos caminhos

Comunicação interna, por onde começar?

Os cases são exemplos de ações bem sucedidas e inspiram ou-tros profissionais. Porém, cada empresa tem sua história. Assim, é fundamental o levantamento de informações que tenha por ob-jetivo compreender os problemas da empresa, características culturais e os fatores que motivam seus colaboradores. A partir desse diagnóstico, começa o planejamento das ações que serão

aplicadas. Imagem RP reuniu dicas que visam contribuir para a construção e gerencia-

mento de um bom clima organizacional, com impactos positivos na produtivida-de. Afinal, pessoas felizes determinam contextos felizes, segundo Analisa de Medeiros Brum, diretora da empresa Happy House e autora dos livros Endo-

marketing e Endomarketing como Es-tratégia de Gestão. Confira as dicas:

l Manter os funcionários atualizados sobre as mudanças da empresa, o progresso e os planos futuros, contribui para que se vejam desempenhando um papel relevante no caminho traçado pela empresa. Para isso, estimule a participação nas discussões, fazendo perguntas, comentários e mostrando que todas as ideias são bem-vindas.

l Incentivar o compartilhamento de informações cria uma oportunidade ao funcionário de mostrar o que sabe, assim estará ansioso para se envolver nessa campanha, e o compartilhamento de informações será útil ao negócio. Pode ainda fornecer uma plataforma online para compartilhamento de conhecimento.

l Ferramentas online contribuem ainda para o acompanhamento do progresso de um projeto, a fim de que todos saibam o que resta a ser feito. Economiza tempo e ajuda a documentar o trabalho.

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Cases inspiram novos caminhos

Shana Lima, coordenadora corporativa de comunicação interna da Paquetá

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Os colaboradores preci-sam conhecer onde a em-presa quer chegar, quais são seus objetivos e assim en-tenderem o seu papel na or-ganização, gerando um senso de pertencimento ao todo. “A comunicação interna é essen-cial para promover esta con-vergência, através de ações estratégicas e motivacionais que apoiem a gestão na ge-ração de engajamento e, por consequência, gerem melho-res resultados”, destaca a profissional.

A estratégia de comunica-ção interna da Paquetá, por exemplo, parte de uma clas-sificação das informações que circulam dentro da empresa e do nível de alcance que elas podem ter. As informações

são classificadas em: institu-cional, que reforçam a filoso-fia organizacional; negócio, que trazem conteúdo de mer-cado, clientes, tendências, produtos e comerciais; ges-tão, onde circulam as comu-nicações relacionadas à efici-ência dos processos internos; pessoas, por onde comunica-mos assuntos de reconheci-mento e motivação dos cola-boradores.

As organizações estão compreendendo a relevância de uma área que conheça pro-fundamente o público interno e trabalhe focada no relacio-namento entre a empresa e o colaborador. Como dica para os profissionais de relações públicas que desejam traba-lhar com comunicação inter-na, Shana recomenda: “É pre-ciso conhecer o público inter-no e a organização, além de pensar de forma estratégica com relação ao negócio. Isso tudo exige um profissional que conheça as característi-cas do mercado, que tenha in-tensa identificação com rela-cionamentos, goste de pesso-as, de se relacionar e estabe-lecer vínculos”, observa.

l Planejar eventos externos possibilita que os funcionários da empresa se conheçam verdadeiramente uns aos outros. Isso dá aos funcionários algo pelo qual ansiar, o que pode facilitar um melhor engajamento e uma comunicação mais forte. Planejar uma festa ou um happy hour depois do trabalho é uma boa opção.

l Evitar ruídos externos ou internos melhora a comunicação entre os colaboradores. Às vezes, o tom de voz tem de ser aumentado para poder escutar-se uns aos outros, trazendo muito estresse e desconforto. Não descarte a possibilidade de mudança de posição dos colaboradores, ou paredes com isolamento de som, por exemplo.

l Tornar criativo e atrativo o canal de premiação sobre metas, caso a empresa ofereça. Bônus estimulantes, como viagens, passeios, adequados às necessidades dos profissionais são atrativos e estimulam a participação.

l Adotar hábitos de responsabilidade social contribui para que o funcionário seja um agente de mudança dentro e fora da organização. Estimule a reduzir o gasto com folhas de papel, copos descartáveis, desperdício de água e outros materiais.

l Informar sobre novos processos diminui a ansiedade dos colaboradores com relação a mudanças, como por exemplo, um novo sistema que tenha sido implantado na empresa, e que talvez gere certa resistência aos colaboradores.

l Valorizar a cultura organizacional mantém o funcionário integrado com os objetivos da empresa. Exponha isso através de textos, murais, palestras, auxílio visual, como fotos que reforçam a visão, a missão, valores, regras, benefícios, projetos bem-sucedidos e projetos voluntários da organização.

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Entidades de classe

Carolina De Zotti

Todas as empresas hoje em dia têm um objeti-vo em comum: conquis-tar seus clientes. Porém,

as organizações são muito mais do que simples geradoras de pro-dutos ou empregos. Uma empre-sa abrange todo um contexto so-cial, além de questões como sus-tentabilidade, legitimidade e credibilidade.

Tratando-se de organiza-ções, existem as entidades de classe, que são formadas por uma sociedade de empresas ou indivíduos sem fins lucrativos e que sobrevivem da prestação de serviços para seus associa-dos. Alguns exemplos de enti-dades são: associações, coope-rativas, sindicatos , federações e confederações. Para estas, le-gitimidade e credibilidade tam-bém são estratégicas, uma vez que representam os interesses de determinados segmentos da sociedade.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, a representante maior das entidades de classe empre-sariais é a Federação das Asso-ciações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federa-sul) que disponibiliza uma série de produtos e serviços que po-dem ser incorporados pelas en-tidades filiadas e oferecidos aos seus associados, agregando va-lor à relação. Estes benefícios são, por exemplo, descontos em cursos oferecidos pela Federa-sul, convênios com instituições médicas e odontológicas, cursos de inglês e missões empresariais para outros países. Isso forta-lece as filiadas na busca da sua sustentabilidade e representa-tividade, além de contribuírem para o desenvolvimento econô-mico de cada região. Na avalia-ção da direção da entidade, as empresas que utilizam as ferra-mentas oferecidas pela Federa-sul potencializam seus negócios e geram conhecimento para seus empreendimentos.

As entidades de classe se constituem dentro do espírito

do associativismo que nada mais é do que uma forma de afirmar valores e lutar pela melhoria dos interesses dos associados, de-fender o meio ambiente e pro-mover a cidadania. As entidades desenvolvem um importante pa-pel na sociedade, pois, através de suas ações, criam-se espaços que zelam pela ética profissio-nal e pelo bem estar dos indi-víduos.

Daí a importância de um profissional de relações públicas dentro de uma entidade, visan-do apresentar aos seus associa-dos os serviços e ações disponí-veis, sua missão e valores. Este é o profissional focado na ima-gem e reputação das organiza-ções, atuando na comunicação interna e externa. A ele, cabe planejar e divulgar eventos, de-senvolver ações para apresentar os valores e visões da entidade, agindo ainda como um mediador entre ela, seus colaboradores e associados.

Três entidades do Rio Gran-de do Sul, localizadas na Região Metropolitana de Porto Alegre, destacam-se pelo trabalho foca-do na comunicação com seus as-sociados. São elas a Associação Comercial, Industrial e de Servi-ços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI-NH/CB/EV), a Associação das Indús-trias de Curtumes do Rio Grande do Sul (AICSul) e o Sindicato das Indústrias Metalmecânicas e Ele-troeletrônicas de Canoas e Nova Santa Rita (Simecan). As duas primeiras são associações, cuja filiação das empresas é feita de forma espontânea. Já o Simecan é um sindicato patronal que tra-balha para fins de defesa e coor-denação dos interesses profissio-nais dos empresários.

O presidente do Simecan, Roberto Machemer, que atua na entidade há mais de vinte anos, explica que o papel de um Rela-ções Públicas dentro da empre-sa é coordenar a melhor forma de comunicação com os diversos públicos. Para ele, este profis-sional agrega conhecimento, ob-jetivando a realização das tare-

fas propostas. Exemplo disso são os eventos vistos como oportuni-dade de comunicação e relacio-namento. “A partir de um plane-jamento estratégico estabeleci-do pela entidade, alguns even-tos foram agregados ao calen-dário anual, como o Happy Hour empresarial, que acontece to-dos os meses, a missão empresa-rial à Feira Industrial de Hanno-ver, na Alemanha e a Ilha Sime-can, na Mercopar, que aconte-ce em Caxias do Sul”, destaca. Os demais eventos ocorrem de acordo com a necessidade apon-tada pelas empresas associadas, como foi o caso recente da pa-lestra feita por um economista, que abordou a situação econô-mica no país e no mundo.

A estrutura do Simecan é en-xuta e conta com quatro colabo-radores. Além destes, há a con-tratação de profissionais tercei-rizados na função de consulto-res. O Simecan representa cerca de 300 empresas na região onde atua e a comunicação é feita, basicamente, por e-mail e cor-respondência. O sindicato divi-de as atividades em dois tipos

de eventos. Os internos, onde somente participam a diretoria do sindicato e os representantes das empresas associadas, e os externos, abertos à participação de todos os interessados, sejam eles representantes de outras entidades, políticos, etc.

Para isso, a entidade traba-lha com um site, onde são posta-das as principais informações de interesse das empresas associa-das. Semanalmente é produzida uma newsletter encaminhada a todos os associados e também para um mailing formado por empresários, entidades de clas-se, políticos e jornalistas.

Machemer enfatiza que, no caso da comunicação, por vezes, a entidade se depara com algu-ma dificuldade para obter de-terminado tipo de informação, sobretudo pela “falta de tem-po dos entrevistados”, obser-va. Além disso, mesmo que este material seja produzido, existe uma certa dificuldade em criar o hábito da leitura por parte dos destinatários. “Para tanto, es-tas ferramentas de comunicação devem ser realmente atraentes.

Comunicação com associados é estratégica

Janete Regina MainoDiretora Executiva da AICSul

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Comunicação com associados é estratégica

Caso contrário, corre-se o risco de não cumprir com sua finali-dade”, avalia.

Os eventos compõem tam-bém as ações de comunicação da entidade. A própria equi-pe do sindicato, sob coordena-ção do gerente executivo, está encarregada de formalizar os eventos. Uma secretária é res-ponsável pelo envio dos convi-tes, confirmações, contato com os palestrantes e preparação dos detalhes. No caso de even-tos maiores, é acionado o asses-sor de comunicação do sindica-to, que colabora com a formata-ção de textos e também fica res-ponsável pela divulgação.

Na avaliação do presidente do Simecan, em algumas situ-ações seria interessante a pre-sença de um profissional de RP, especialmente quando se tem a participação de autoridades, onde é preciso seguir um proto-colo apropriado. Além disso, “a comunicação interna e externa certamente poderia ser benefi-ciada com a presença deste pro-fissional”, reconhece.

A diretora Administrativa e

Financeira da ACI-NH/CB/EV, Ka-rin Melita Wide Schwartzhaupt, que atua no cargo há 33 anos, enfatiza a importância do deta-lhe em cada evento realizado. Na entidade, que atende mais de 1.200 associados, há even-tos fixos e com públicos bem de-finidos, bastando buscar o tema e o respectivo palestrante. Ou-tros eventos surgem por deman-das do público externo e dos próprios comitês da casa. Karin observa que os eventos realiza-dos são de cunho empresarial e, eventualmente, cultural e so-cial. Os eventos na ACI são sepa-rados e organizados por equipes. As reuniões são realizadas pela diretoria e pelos comitês, sob responsabilidade da secretária executiva. Já os eventos maio-res são de ordem institucional, sendo organizados pela área do Marketing. Para Karin, a dificul-dade maior é a de trazer o pú-blico quando os assuntos não são conhecidos.

A Associação Comercial pos-sui, hoje, 39 funcionários. Po-rém, uma boa parte da equipe é terceirizada. A comunicação

com seus associados é realizada pela área de Marketing e pela Assessoria de Imprensa. De acor-do com Karin, são usados diver-sos meios de comunicação como o e-mail, site, revista, boletim técnico, folders, reuniões, mu-rais e eventos.

Com relação ao papel de um relações públicas numa entidade, Karin considera que o profissional é importante em razão da área ser bastante ampla e estratégica para as organizações. “O RP bus-ca, trata e leva as informações do e para o mercado. Também é responsável pela comunicação interna. Toda a empresa precisa de um profissional desta área”, completa. A entidade conta com dois profissionais, sendo um para a área do marketing, e outro para a área comercial.

Já a diretora executiva da AICSul, Janete Regina Maino, que trabalha no cargo há 29 anos, explica que a entidade possui um planejamento anual, com calendário de reuniões es-pecificas. “A AICSul tem uma tra-dição de pioneirismo. Em 1976, já realizamos o Seminário do Se-

tor Coureiro na cidade de Gra-mado/RS. Atualmente, temos reuniões mensais, assembleias e outros eventos específicos com as entidades co-irmãs do setor”, observa.

Com quatro funcionários, a AICSul atende 75 empresas liga-das ao setor de couro e curtu-mes. A comunicação da entida-de com seus associados é atra-vés do Boletim Informativo, e--mails e contatos diretos. Para Janete, a maior dificuldade está no convencimento com empre-sas que têm hoje no corpo dire-tivo pessoas que não têm o espí-rito do associativismo. Ela mes-ma, formada em Relações Públi-cas, é responsável pela organi-zação dos eventos, reuniões e encontros da entidade. Janete acredita que o relações públi-cas seja fundamental para todo tipo de entidade, uma vez que funciona como “um elo entre a entidade e seus públicos interno e externo. O RP filtra e traba-lha com as informações da orga-nização de uma maneira sensí-vel e atuante para obter os bons resultados”,destaca.

Roberto MachemerPresidente do Simecan

Karin SchwartzhauptDiretora Administrativa e Financeira da ACI-NH/CB/EV

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Motivação

Cassiano Portalete

Motivação é incentivo, mais psicológico que físico. É aquele ide-al perseguido por uma

pessoa na busca por resultados que a satisfaçam. É como procu-rar algo que proporcione realiza-ção tanto pessoal, como finan-ceiramente. Esse ponto depen-de do próprio funcionário que decide os objetivos que seguirá na sua carreira profissional. Co-municação e motivação cami-nham juntas. Quando a primei-ra é realizada eficientemente, a segunda naturalmente acontece-rá sem maiores esforços.

Motivação diz respeito a toda ação praticada pelo ho-mem com satisfação, especial-mente se ele vê nela uma fina-lidade a ser alcançada. Significa deste modo, agir por motivos ou razões que o estimulem a fazer melhor, mesmo perante as difi-culdades. Para a professora Ja-nine Kieling Monteiro, que atua no programa de pós-graduação em Psicologia da Unisinos, defi-nir motivação é complexo, por-que - dependendo da perspecti-va teórica ou situação - as expli-cações serão no mínimo diferen-tes umas das outras. Ela enten-de, baseada também noutros au-tores como Dejours, que a moti-vação do funcionário virá se ele notar que seu trabalho está sen-do reconhecido e tendo algum sentido para os resultados da empresa para a qual atua.

Desta forma, motivar seria toda atitude desencadeada de dentro para fora numa pessoa, sendo uma reação interna do próprio individuo. É um proces-so que faz uma pessoa colocar--se em movimento para que uma determinada situação seja mu-dada. Seguindo essa prática, as relações públicas têm como uma de suas missões, transformarem a comunicação interna de modo

que ela faça dos empregados mo-tivadores de si e de seus colegas. Outro fator importante é o grau de liberdade e confiança que a empresa deposita em seu funcio-nário e que refletirá diretamente no trabalho que realiza.

Para o comunicador, a per-cepção positiva que o público interno tem sobre a empresa, é algo extremamente importante. Este tema é complexo porque lida com diversas variáveis que nem sempre são fáceis de iden-tificar e estudar. Toda pessoa é capaz de ser motivada (estímulo externo) ou motivar-se por algo, mas nem por isso poderá chegar a um objetivo pretendido. Para Bergamini, autor do livro ‘Moti-vação nas Organizações’, tanto nas empresas como fora delas, qualquer pessoa carrega consigo suas próprias motivações. Este é o papel da organização: gerir

processos motivacionais, de for-ma que a motivação não se per-ca entre seus funcionários e que se sintam parte do processo de cumprimento da missão empre-sarial. Por isso, é importante a presença de profissionais espe-cializados nessa questão, soma-do a uma política por parte da organização para lidar com fa-tores que levem à desmotivação dos colaboradores, inclusive da-queles situados em postos eleva-dos do organograma.

Neste sentido, programas de comunicação interna são estra-tégicos para socializar informa-ção em todos os níveis, respei-tando diferenças, mas buscando, ao mesmo tempo, sinergia de in-teresses. Afinal, os objetivos de ambos (organização e colabora-dores) devem se encontrar para haver o rendimento esperado. A motivação é o que sustenta essa

sintonia de interesses onde to-dos saem ganhando.

Na opinião da professora Ja-nine, um dos principais pontos que os gestores devem cuidar se desejam motivar seus emprega-dos, é saber ouvi-los. Assim po-derão entender o que os motiva, pois saberão o que os seus co-legas e subordinados valorizam numa relação de trabalho. É uma rotina que deve acompanhar em-pregados e chefes sempre, uma vez que sua importância estra-tégica não deve ser esquecida. A conversação e a troca diária de informações são fundamentais no processo de motivação.

Para a professora Janine, di-álogo e feedback são de extrema relevância, pois têm, na boa co-municação, uma relação direta de causa e efeito. Quando as re-lações entre colegas, sejam eles superiores ou não, é transparen-te, aberta e coesa, as chances de se desenvolverem trabalhos ineficientes ou improdutivos re-duzem sensivelmente. Ela ainda destaca que os canais de comu-nicação são importantes aliados, visto que possibilitam ao empre-gado a chance de dar sugestões e participar do processo de deci-são, juntamente com seus supe-riores. Desta maneira cada um é motivado por razões diferentes, sejam elas relacionadas a ga-nhos, benefícios ou oportunida-des de crescimento. A motivação não vai resolver todos os proble-mas da organização, mas sem dúvida garantirá a resolução da maioria deles, completa.

Mais qualidade no ambiente de trabalho

Professora Janine Kieling Monteiro/Unisinos: “ouvir é o primeiro passo para saber como motivar as pessoas”

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Dicas de pesquisa

Saiba onde pesquisar para o seu TCC

GIOVANA BORBATALITA FRACALOSSI

Nos últimos semestres da faculdade, quando se começa a sonhar com a toga, o diploma e a festa, só uma coisa consegue tirar o sono dos for-

mandos: o Trabalho de Conclusão do Curso, o TCC. Além de ser uma avaliação do alu-no, o TCC serve para promover a produção do conhecimento científico. A pesquisa re-alizada em Comunicação ajuda a ampliar e desenvolver a área, encorajando a troca de experiências e procurando responder a diver-sos questionamentos. Mas a vida não se resu-me ao TCC. Afinal manter-se atualizado é um desafio para alunos e profissionais da área. Pensando nisso, a Revista Imagem RP resol-veu te dar uma mão. Reunimos as melhores dicas de pesquisa para agregar ao seu traba-lho e deixá-lo a par do que o mercado e a academia estão discutindo. São sites, livros e revistas que podem ser utilizados como re-ferência. Confira agora o que está sendo pro-duzido na área.

l INTERCOM - Sociedade Brasileira de Estu-dos Interdisciplinares da Comunicação. A IN-TERCOM é um portal completo que você, es-tudante de Comunicação, precisa acompa-nhar. Além de divulgação de palestras e reali-zação de Congressos, Seminários, lançamento de livros e revistas, você encontra produção científica de mestres, doutores, alunos e re-cém-formados em Comunicação. www.por-talintercom.org.br/

l COMPÓS - Associação Nacional dos Progra-mas de Pós-Graduação em Comunicação. A COMPÓS busca o fortalecimento dos cursos de pró-graduação em Comunicação. Orga-nizando seminários, congressos, entre outras reuniões, a associação promove a cooperação entre diferentes instituições de ensino com o objetivo de estimular a produção científica da área. www.compos.org.br

l ABRAPCORP - Associação Brasileira de Pes-quisadores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas. Com apenas sete anos de existência, a Abrapcorp já apresentou impor-tantes contribuições para o desenvolvimento teórico da área. Entre as atividades da asso-ciação, está a realização anual do Congresso Brasileiro Científico de Comunicação Organi-zacional e Relações Públicas. Cada edição do

evento foi consolidada com a organização de um livro, com trabalhos e discussões dos par-ticipantes. www.abrapcorp.org.br/site

l REVISTA ORGANICOM – Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Pú-blicas. A Revista Organicom tem sua publica-ção realizada semestralmente. Em cada edi-ção aborda com profundidade um tema es-pecífico, organizado em forma de dossiê. A edição n° 10/11, publicada em 2009, apre-senta o tema “Comunicação Organizacional e Relações Públicas: pesquisa, reprodução, aplicação”. A revista busca tratar da Comuni-cação Organizacional como um todo. Pesqui-sa, comunicação, conhecimento, informação e experiência em artigos muito bem escritos. www.revistaorganicom.org.br

l BLOG COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL. O Blog Comunicação Organizacional foi cria-do com o intuito de contribuir e trocar ideias para a área de Comunicação Organizacional. Nele, estão disponíveis artigos de alunos da graduação em Comunicação Social, informa-ções sobre áreas de interesse, referenciais bibliográficos, comentários de profissionais da área, colaboradores que disponibilizaram seu trabalho. http://comunicacaoorganiza-da.wordpress.com.

l SITE ABERJE – Associação Brasileira de Comu-nicação Empresarial. O site trabalha com Infor-mação, Comunicação e Relacionamento. Con-segue através de seu trabalho fomentar a apro-ximação e o relacionamento de empresas, insti-tuições, gestores e pesquisadores que exerçam atividades relativas à Comunicação Empresarial e Organizacional. www.aberje.com.br.

LIVROS

l Relações Públicas - História, teorias e estratégias nas organizações contemporâ-neas - Margarida M. Krohling Kunsch (Editora Saraiva). O livro de Margarida Kunsch reúne artigos sobre a Comunicação Organizacional e Relações Públicas no Brasil. O conteúdo está dividido em cinco partes, com textos elabo-rados por 19 autores diferentes, entre eles Roberto Porto Simões, Cicilia M. Krohling Pe-ruzzo e a própria Margarida Kunsch. Destaca-mos a terceira e a quarta parte do livro que abordam na obra conceitos da área, estraté-gias, valores, cultura e aplicação nas organi-zações contemporâneas. Além de questões

como gerenciamento de conflito, comunica-ção dirigida, mensuração, etc.

l Comunicação Organizacional - Volume 1 - Histórico, Fundamentos e Processos - Mar-garida M. Krolling Kunsch (Editora Saraiva). Aborda a evolução da Comunicação Organi-zacional no País. Trás fundamentos teóricos e aplicados e alcançam os impactos exercidos so-bre ela pelas novas tecnologias da informação.

l Gestão Estratégica em Comunicação Or-ganizacional e Relações Públicas - Margari-da M. Krolling Kunsch (Difusão Editora). Essa obra busca atingir um amplo contingente de profissionais que precisam de suporte concei-tual para sua atuação e se inserir no mercado de Comunicação Organizacional.

l Comunicação e Organização - reflexões, processos e práticas – Marlene Marchiori (Edi-tora: Difusão Editora). Aborda a comunicação em diferentes processos e práticas. Trabalha a comunicação na construção e desenvolvimento da organização. Tema relevante também para os estudos sobre Comunicação Interna.

l Endomarketing Inteligente – Daniel Costa (Editora: Dublinense). O livro faz uma análise da evolução do conceito de endomarketing an-tes de propor um novo, sendo muito útil a aca-dêmicos e profissionais. Através de uma pro-posta dinâmica de autoconhecimento organi-zacional, Endomarketing Inteligente propõe à empresa pensar a si mesma de dentro para fora, reconhecendo suas potencialidades e for-ças interiores como diferenciais competitivos.

Bibliotecas Digitais – Um campo de pesquisa com trabalhos acadêmicos e estudo de ca-sos. Ideal para entender como é a constru-ção da pesquisa acadêmica. Confira alguns endereços:l UNISINOS - www.unisinos.br/bibliotecal UFRGS - www.lume.ufrgs.brl UFSM - http://cascavel.cpd.ufsm.br/tedel PUC-RS - http://tede.pucrs.brl ULBRA - www.ulbra.br/bibliotecas/

Outra dica importante é estar atento e guar-dar a ementa da disciplina entregue pelo professor no início do semestre. As referên-cias bibliográficas indicadas sempre serão uma contribuição de estudo, principalmente quando for hora de iniciar o trabalho de con-clusão de curso.

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Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)ENDEREÇO: Avenida Unisinos, 950. São Leopoldo, RS

CEP: 93022-000 TElEfONE: (51) 3591.1122INTERNET: www.unisinos.br E-maIl: [email protected]

REITOR: VICE-REITOR:

PRÓ-REITOR aCaDÊmICO: PRÓ-REITOR DE aDmINISTRaÇÃO:

DIRETOR UNIDaDE DE GRaDUaÇÃO:COORD. CURSO DE RElaÇÕES PÚBlICaS:

Marcelo Fernandes de AquinoJosé Ivo FollmannPedro Gilberto GomesJoão ZaniGustavo BorbaErica Hiwatashi

aDmINISTRaÇÃO

profa Ms Tânia Almeida ([email protected])alunos Amanda Marcolin Simon, Ana Paula Siqueira Ferreira, Bárbara Heck, Camila Longaray Alencastro, Carolina Klein de Zotti, Cassiano Josué da Silva Portalete, Cássio Ramiro Gradaschi da Silva, Débora Moschen Portz, Flávia Guimarães Oliveira, Giovana Catarina de Almeida Borba, Raquel Malaquias Reis, Renata Emanuelle Rauber, Suélen da Silva Pereira e Talita Santana Fracalossi

ORIENTaÇÃO:TExTOS:

A revista Imagem RP é uma produção dos alunos das disciplinas de Redação em Relações Públicas IV do

Curso de Relações Públicas da Unisinos

imagemrp

TExTOS

Agência Experimental de Comunicação (AgexCOM)jornalista Marcelo Garcia ([email protected])

REalIZaÇÃO:DIaGRamaÇÃO:

DIaGRamaÇÃO

PUBlICIDaDEREalIZaÇÃO:ORIENTaÇÃO:SUPERVISÃO:

PÁGINa 2:

PÁGINa 19:CONTRa-CaPa:

Agência Experimental de Comunicação (AgexCOM)professoras Letícia Rosa ([email protected]) e Luciana Reis ([email protected])publicitário Robert Thieme ([email protected])Thaís Baracarolo (atendimento); Pedro Henriques dos Santos (direção de arte e arte-finalização); Morgana Morás e Adriano Andrade (redação)Jessie Bühler (atendimento); Guilherme Vargas (direção de Arte); Gabriel Machado (redação)Renata Saraiva (atendimento); Carlos Pivetta (direção de arte e arte-finalização); Vinícius Candaten (redação)

turma 2010/2 da disciplina de Projeto Experimental em Planejamento Gráficoprofessor Everton Cardoso ([email protected])aluna Gabriela Schuch

REalIZaÇÃO:

ORIENTaÇÃO:PROJETO:

PROJETO GRÁfICO

aluno Leonardo Savarisprofessora Beatriz Sallet ([email protected])

PRODUÇÃO:ORIENTaÇÃO:

fOTO DE CaPa

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