iac 3108-17 abr 2002

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL COMANDO DA AERONÁUTICA DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL DIVISÃO DE AERONAVEGABILIDADE E ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO INSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL - NORMATIVA IAC 3108 INSTRUÇÕES PARA O CONTROLE GERAL DE AERONAVEGABILIDADE DAS AERONAVES CIVIS BRASILEIRAS

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

COMANDO DA AERONÁUTICA

DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL

DIVISÃO DE AERONAVEGABILIDADE E

ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO

INSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL - NORMATIVA

IAC 3108

INSTRUÇÕES PARA O CONTROLE GERAL DE AERONAVEGABILIDADE DAS AERONAVES

CIVIS BRASILEIRAS

17 MAIO 2002

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17 MAIO 2002 IAC 3108

Sumário:

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES............................................................................................1

2 ABREVIATURAS.......................................................................................................................2

3 DEFINIÇÕES..............................................................................................................................4

3.1 AERONAVEGÁVEL..........................................................................................................43.2 AUDITORIA.......................................................................................................................43.3 BOLETIM DE SERVIÇO...................................................................................................43.4 COMPONENTE..................................................................................................................43.5 COMPONENTE CONTROLADO......................................................................................43.6 DECLARAÇÃO DE ESTAÇÃO DE AERONAVE...........................................................43.7 DECLARAÇÃO DE INSPEÇÃO ANUAL DE MANUTENÇÃO.....................................43.8 DIRETRIZ DE AERONAVEGABILIDADE.....................................................................53.9 ELO EXECUTIVO..............................................................................................................53.10 ESTRUTURA PRIMÁRIA..................................................................................................53.11 FICHA DE INSPEÇÃO ANUAL DE MANUTENÇÃO....................................................53.12 FICHA DE INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS DE VÔO........................................53.13 GRUPO MOTOPROPULSOR............................................................................................53.14 INSPETOR DE AVIAÇÃO CIVIL.....................................................................................53.15 INSPEÇÃO ANUAL DE MANUTENÇÃO.......................................................................53.16 MANUTENÇÃO.................................................................................................................53.17 MANUTENÇÃO PREVENTIVA.......................................................................................63.18 NÃO-AERONAVEGÁVEL................................................................................................63.19 NÃO-CONFORMIDADE...................................................................................................63.20 NOTIFICAÇÃO DE CONDIÇÃO IRREGULAR DE AERONAVE.................................63.21 PAÍS DE ORIGEM..............................................................................................................63.22 RESUMO DA(S) NÃO-CONFORMIDADE(S).................................................................63.23 REPARO..............................................................................................................................63.24 TESTE EM VÔO [FLIGHT TEST].....................................................................................63.25 VISTORIA...........................................................................................................................6

4 VISTORIA TÉCNICA DE AERONAVE.................................................................................7

5 OBJETIVO DA VISTORIA TÉCNICA DE AERONAVE.....................................................7

6 TIPOS DE VISTORIA TÉCNICA DE AERONAVE.............................................................8

6.1 VISTORIA TÉCNICA INICIAL (VTI)................................................................................8 6.2 VISTORIA TÉCNICA ESPECIAL (VTE)...........................................................................8

7 VISTORIA TÉCNICA INICIAL – VTI ..................................................................................9

7.1 AERONAVE NOVA FABRICADA NO BRASIL................................................................97.2 AERONAVE IMPORTADA..................................................................................................97.3 AERONAVE IMPORTADA – PEV ANTES DA VTI PARA OPERADOR 91...................127.4 VISTORIA TÉCNICA INICIAL DE AERONAVE NO EXTERIOR..................................12

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7.5 VALIDADE DA VTI PARA EFEITO DE IAM E CA..........................................................137.6 LAUDOS DA VTI..................................................................................................................137.7 DOCUMENTOS A SEREM ARQUIVADOS APÓS VTI....................................................13

8 VISTORIA TÉCNICA ESPECIAL – VTE ...............................................................................14

8.1 PROCEDIMENTOS GERAIS................................................................................................148.2 DOCUMENTAÇÃO E REQUISITOS NECESSÁRIOS.......................................................148.3 LICENÇA DE ESTAÇÃO DE AERONAVE........................................................................168.4 ISENÇÃO DA LICENÇA DE ESTAÇÃO DE AERONAVE...............................................168.5 LAUDOS DA VTE.................................................................................................................178.6 VALIDADE DA VTE PARA EFEITO DE IAM E CA.........................................................17

8.7 DOCUMENTOS A SEREM ARQUIVADOS APÓS VTE...................................................17

9 APOIO TÉCNICO......................................................................................................................18

10 PADRONIZAÇÃO PARA REGISTRO APÓS VTI OU VTE..............................................18

11 RESULTADO DE VISTORIA DE AERONAVE...................................................................19

12 CERTIFICADO PROV. DE REGISTRO E DE AERONAVEGABILIDADE – CPRA....20

12.1 EMISSÃO DO CPRA PARA AERONAVE VISTORIADA NO EXTERIOR...................2012.2 EMISSÃO DO CPRA PARA AERONAVE VISTORIADA NO BRASIL.........................20

12.3 NUMERAÇÃO DO CPRA..................................................................................................21

13 CERTIFICADO PROVISÓRIO DE AERONAVEGABILIDADE – CPA..........................21

13.1 EMISSÃO DO CPA APÓS VTE..........................................................................................2113.2 RENOVAÇÃO DO CPA......................................................................................................2213.3 NUMERAÇÃO DO CPA.....................................................................................................22

14 CERTIFICADO DE AERONAVEGABILIDADE PADRÃO...............................................22

14.1 EMISSÃO.............................................................................................................................2214.2 VALIDADE INICIAL..........................................................................................................2314.3 VALIDADE .........................................................................................................................2314.4 VENCIMENTO DO CA.......................................................................................................2414.5 SUSPENSÃO E DATA DE VENCIMENTO DO CA.........................................................2414.6 INTERDIÇÃO E DATA DE VENCIMENTO DO CA.......................................................2414.7 VTE ANTES DA DATA DE VENCIMENTO DO CA.......................................................2414.8 DATA REFERENCIAL PARA A VALIDADE DO CA.....................................................24

15 CERT. DE AERONAV. PARA AERONAVES RECÉM-FABRICADAS – CAARF.........24

15.1 EMISSÃO DO CAARF........................................................................................................2515.2 VALIDADE DO CAARF.....................................................................................................2515.3 CONVALIDAÇÃO DO CAARF PELO DAC.....................................................................25

15.4 PRAZO PARA OBTENÇÃO DA LICENÇA DE ESTAÇÃO DE AERONAVE...............25

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16 NOTIFICAÇÃO DE CONDIÇÃO IRREGULAR DE AERONAVE – NCIA.....................25

16.1 EMISSÃO............................................................................................................................2516.2 PRAZO PARA CORREÇÃO..............................................................................................2516.3 COMPROVAÇÃO DA CORREÇÃO.................................................................................26

16.4 SUSPENSÃO DO CA E LIMITE DE PRAZO...................................................................2616.5 CADASTRAMENTO DA NCIA NA TELA DE PENDÊNCIAS DA AERONAVE........26

17 RESUMO DA(S) NÃO-CONFORMIDADE(S) – RNC ........................................................26

18 INSPEÇÃO ANUAL DE MANUTENÇÃO – IAM ................................................................26

18.1 ATESTAR UMA IAM..........................................................................................................2618.2 COMPETÊNCIA PARA ATESTAR UMA IAM................................................................2718.3 ISENÇÃO DE IAM..............................................................................................................2718.4 PROCEDIMENTOS PARA ATESTAR UMA IAM...........................................................2818.5 REGISTRO DE IAM............................................................................................................2918.6 DECLARAÇÃO DE INSPEÇÃO ANUAL DE MANUTENÇÃO......................................30

19 CADASTRAMENTO DE PROFISSIONAIS DE MANUTENÇÃO DE AERONAVES.....31

19.1 CADASTRAMENTO...........................................................................................................3119.2 SOLICITAÇÃO DE CADASTRAMENTO.........................................................................3119.3 RESPONSABILIDADE TÉCNICA E SEGURANÇA DE VÔO........................................3219.4 ACEITAÇÃO........................................................................................................................3219.5 EMISSÃO.............................................................................................................................3219.6 VALIDADE..........................................................................................................................3219.7 IDENTIFICAÇÃO DE RESPONSÁVEL TÉCNICO..........................................................32

19.8 CADASTRAMENTO DE MMA AUTÔNOMO.................................................................3319.9 CADASTRAMENTO DE MMA AUTÔNOMO PARA ATESTAR IAM..........................34

20 CÓDIGOS INDICADORES DA CONDIÇÃO DO CA DE UMA AERONAVE.................36

21 SUSPENSÃO DO CERTIFICADO DE AERONAVEGABILIDADE..................................37

21.1 IDENTIFICAÇÃO DO MOTIVO DE SUSPENSÃO DO CA............................................3721.2 COMPETÊNCIA PARA SUSPENSÃO OU REVOGAÇÃO DA SUSPENSÃO DO CA..3721.3 LIBERAÇÃO DE AERONAVE..........................................................................................37

22 CANCELAMENTO DO CERTIFICADO DE AERONAVEGABILIDADE.......................37

22.1 MOTIVO DE CANCELAMENTO DO CA........................................................................3722.2 COMPETÊNCIA PARA CANCELAMENTO DO CA......................................................3822.3 CRITÉRIOS PARA CANCELAMENTO DO CA..............................................................3822.4 AERONAVE COM CA CANCELADO.............................................................................3822.5 COMPETÊNCIA PARA A REGULARIZAÇÃO DO CA CANCELADO........................3822.6 EMISSÃO DE NOVO CA...................................................................................................3822.7 REQUISITOS PARA REGULARIZAÇÃO DE AERONAVE QUE TEVE O CA

CANCELADO PELO CÓDIGO 8 (IAM VENCIDA) .......................................................38

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22.8 REQUISITOS PARA REGULARIZAÇÃO DE AERONAVE QUE TEVE O CA CANCELADO PELO CÓDIGO 1 (ACIDENTE OU INCIDENTE).................................39

23 INTERDIÇÃO E DESINTERDIÇÃO DE AERONAVE – CÓDIGO “X”...........................39

23.1 INTERDIÇÃO...................................................................................................................3923.2 DESINTERDIÇÃO...........................................................................................................40

24 CONTROLE GERAL DE AERONAVEGABILIDADE........................................................40

24.1 BOLETIM INFORMATIZADO DE AERONAVES........................................................4024.2 DISTRIBUIÇÃO DO BIA................................................................................................40

25 VÔO DE EXPERIÊNCIA..........................................................................................................41

25.1 REGULAMENTAÇÃO....................................................................................................4125.2 SOLICITAÇÃO.................................................................................................................4125.3 RESTRIÇÕES...................................................................................................................41

26 AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE VÔO – AEV......................................................................42

26.1 CONDIÇÕES GERAIS.....................................................................................................4226.2 AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE VÔO INTERNACIONAL – AEVI ...........................4226.3 AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE VÔO NACIONAL – AEVN......................................4426.4 PRAZOS E VALIDADE...................................................................................................4526.5 FATORES RESTRITIVOS PARA CONCESSÃO DE AEVN OU AEVI.......................46

27 TRANSPORTE DE AERONAVE.............................................................................................48

28 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO DE AERONAVE, MOTOR E HÉLICE............................48

28.1 SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO.......................................................................................4828.2 DEFICIÊNCIA, ADULTERAÇÃO OU FALTA DE IDENTIFICAÇÃO...........................4828.3 EXTRAVIO DE PLACA DE IDENTIFICAÇÃO................................................................4828.4 SOLICITAÇÃO VISTORIA PARA CONFECÇÃO DE NOVA PLACA DE IDENT.......4828.5 PROVIDÊNCIAS DA TE-1.................................................................................................4828.6 AUTORIZAÇÃO PARA INSTALAÇÃO DE NOVA PLACA...........................................49

29 MUDANÇA DE MODELO DE AERONAVE, MOTOR OU HÉLICE................................49 30 PLACA DE IDENT. COMPONENTES (EXCETO MOTOR E HÉLICE)..........................50

30.1 SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO....................................................................................5030.2 SISTEMA DE REIDENTIFICAÇÃO...............................................................................5030.3 DIRETRIZES DE AERONAVEGABILIDADE...............................................................50

31 DOCUMENTAÇÃO A SER CONDUZIDA A BORDO........................................................51

32 DIRETRIZES DE AERONAVEGABILIDADE.....................................................................51

33 PROG. DE MANUT. DE AERONAVES, MOTORES, HÉLICES E COMPONENTES.. 51

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34 COMPONENTES EM GERAL...............................................................................................52

34.1 TBO, HT, CM, OC E VIDA LIMITE................................................................................52

35 ISENÇÕES TEMPORÁRIAS.................................................................................................52

35.1 PEDIDO DE ISENÇÃO.....................................................................................................5235.2 EMISSÃO DA ISENÇÃO..................................................................................................52

35.3 PEDIDOS ENCAMINHADOS À TE-1.............................................................................53

36 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS..........................................................................................53

36.1 VALIDADE DO CERTIFICADO DE AERONAVEGABILIDADE................................5336.2 CONVALIDAÇÃO DE VALIDADE DE VTI OU VTE...................................................5436.3 SOLICITAÇÃO DE CONVALIDAÇÃO..........................................................................5536.4 PERÍODO DE VALIDADE PARA A CONVALIDAÇÃO DE VTI OU VTE.................55

36.5 PERMISSÃO ESPECIAL DE VÔO ANTES DA VTI......................................................5536.6 VALIDADE DE DOCUMENTOS.....................................................................................55

ANEXO 1 – LAUDO DE VISTORIA DE AERONAVE ASA FIXA..........................................56

ANEXO 2 – LAUDO DE VISTORIA DE AERONAVE ASA ROTATIVA..............................58

ANEXO 3 – LAUDO DE EXAME DE ESTAÇÃO DE AERONAVE........................................60

ANEXO 4 – FIEV RBHA 91...........................................................................................................62

ANEXO 5 – FIEV RBHA 135.........................................................................................................63

ANEXO 6 – FIEV RBHA 121.........................................................................................................64

ANEXO 7 – FIAM - FICHA DE INSPEÇÃO ANUAL DE MANUTENÇÃO ASA FIXA.......65

ANEXO 8 – FIAM - FICHA DE INSP. ANUAL DE MANUTENÇÃO ASA ROTATIVA......67

ANEXO 9 – ETIQUETA PARA REGISTRO DE IAM EM CADERNETA.............................69

ANEXO 10 – DIAM - DECLARAÇÃO DE INSPEÇÃO ANUAL DE MANUTENÇÃO........70

ANEXO 10(A) – DIAM - ( AERONAVE NÃO-AERONAVEGÁVEL).....................................71

ANEXO 11 – DECLARAÇÃO DE ESTAÇÃO DE AERONAVE..............................................73

ANEXO 12 – NCIA - NOTIFICAÇÃO DE CONDIÇÃO IRREGULAR DE AERONAVE....74

ANEXO 13 – AUTO DE INTERDIÇÃO.......................................................................................75

ANEXO 14 – ETIQUETA/CARIMBO PARA VISTORIA DE AERONAVE...........................76

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ANEXO 15 – PEDIDO DE VISTORIA DE AERONAVE...........................................................77

ANEXO 16 – CADASTRAMENTO PROFISSIONAL................................................................78

ANEXO 17 – SOLICITAÇÃO DE AEVI, AEVN E VÔO DE EXPERIÊNCIA.......................79

ANEXO 18 – AEV – INTERNACIONAL.....................................................................................81

ANEXO 19 – AEV – NACIONAL E VÔO DE EXPERIÊNCIA................................................83

ANEXO 20 – LIBERAÇÃO DE AERONAVE.............................................................................84

ANEXO 21 – CERTIFICADO PROVISÓRIO DE AERONAVEGABILIDADE.....................85

ANEXO 22 – CPRA – VERSÃO INTERNACIONAL.................................................................86

ANEXO 22A – CPRA – VERSÃO NACIONAL...........................................................................87

ANEXO 23 – CAARF......................................................................................................................88

ANEXO 24 – REQUERIMENTO DE CERTIFICADO DE AERONAVEGABILIDADE......90

ANEXO 25 – MAPA INFORMATIVO DE CONTROLE DE COMPONENTES....................91

ANEXO 26 – LAUDO COMPLEMENTAR DE VISTORIA DE AERONAVE.......................93

ANEXO 27 – DOCUMENTO PARA COMUNICAR RESULTADO DE VISTORIA.............94

ANEXO 28 – CERTIFICADO DE AERONAVEGABILIDADE PADRÃO.............................95

ANEXO 29 – RESUMO DA(S) NÃO-CONFORMIDADE(S).....................................................96

ANEXO 30 – PERMISSÃO ESPECIAL DE VÔO – RBHA 91..................................................97

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Controle de EmendasEmenda Data da

InserçãoInserida

PorEmenda Data da

InserçãoInserida

PorNº Data Nº Data01 33

02 34

03 35

04 36

05 37

06 38

07 39

08 40

09 41

10 42

11 43

12 44

13 45

14 46

15 47

16 48

17 49

18 50

19 51

20 52

21 53

22 54

23 55

24 56

25 57

26 58

27 59

28 60

29 61

30 62

31 63

32 64

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INTRODUÇÃO

Esta Instrução de Aviação Civil tem por finalidade estabelecer e normatizar os procedimentos que deverão ser observados pelos usuários (proprietários, operadores, empresas aéreas e empresas de manutenção) e pelos Elos Executivos do SEGVÔO para o controle geral de aeronavegabilidade das aeronaves civis brasileiras, incluindo, principalmente, as instruções para realização de vistorias pelos Inspetores de Aviação Civil, para registro de manutenção executada pelas empresas homologadas, para interdição e desinterdição de aeronaves, para vôos de traslado e quanto à validade, suspensão, revogação da suspensão, cancelamento e vencimento do Certificado de Aeronavegabilidade das aeronaves civis brasileiras.

Esta Instrução de Aviação Civil complementa os procedimentos estabelecidos na Subparte G do Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica - 01 "Organização e Funcionamento do Sistema de Segurança de Vôo da Aviação Civil".

Excluem-se desta Instrução de Aviação Civil, de acordo com o Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica - 43, parágrafo 43.1.(b), as aeronaves experimentais e ultraleves.

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CAPÍTULO 1 – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 – OBJETIVO

Esta Instrução de Aviação Civil estabelece e normatiza os procedimentos que deverão ser observados pelos usuários (proprietários, operadores, empresas aéreas e empresas de manutenção) e pelos Elos Executivos do SEGVÔO para o controle geral de aeronavegabilidade das aeronaves civis brasileiras.

1.2 – FUNDAMENTO

Esta Instrução de Aviação Civil é fundamentada na Lei n.º 7565, de 19 de dezembro de 1986, que dispõe sobre o Código Brasileiro de Aeronáutica (art. 66, inciso II e art.197 e parágrafo único), no Decreto Lei n.º 65.144, de 12 de setembro de 1969, que institui o Sistema de Aviação Civil, e na Portaria n.º 453/GM5, de 02 de agosto de 1991, que institui o Sistema de Segurança de Vôo da Aviação Civil.

1.3 – APROVAÇÃO

Esta Instrução de Aviação Civil foi aprovada pela Portaria DAC no 160/STE, de 08 de março de 2002, e entra em vigor 30 (trinta) dias após a sua publicação no Diário Oficial da União.

1.4 – DATA DE EFETIVAÇÃO

17 de maio de 2002.

1.5 – ÂMBITO

GERAL.

1.6 – DISTRIBUIÇÃO

D, EN, EE, HM, SA, SE, SR, TA e X.

1.7 – CORRELAÇÕES

Regulamentos Brasileiros de Homologação Aeronáutica (01, 10, 11, 21, 39, 43, 45, 47, 91, 121, 135, 137 e 145) e IAC 0013-0799.

1.8 – CANCELAMENTO

Esta IAC cancela e substitui a IAC 3108-91-0999, de 01 de outubro de 1999.

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CAPÍTULO 2 – ABREVIATURAS

AEV – Autorização Especial de Vôo AEVI – Autorização Especial de Vôo Internacional AEVN – Autorização Especial de Vôo Nacional AGING – Palavra inglesa significando Programa de Manutenção de Aeronave Geriátrica ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações BIA – Boletim Informatizado de Aeronaves BS – Boletim de Serviço CA – Certificado de Aeronavegabilidade CAARF – Certificado de Aeronavegabilidade para Aeronaves Recém-Fabricadas CAE – Certificado de Aeronavegabilidade para Exportação CBA – Código Brasileiro de Aeronáutica CHST – Certificado de Homologação Suplementar de Tipo CHT – Certificado de Homologação de Tipo CM – Condition Monitoring [sistema de monitoramento de inspeção] CPA – Certificado Provisório de Aeronavegabilidade CPCP – Corrosion Prevention and Control Program - Programa de Controle e Prevenção de Corrosão CPRA – Certificado Provisório de Registro e de Aeronavegabilidade CREA – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CSLI – Cicles Since Last Inspection - Ciclos Desde a Última Inspeção CSN – Cicles Since New - Ciclos Desde Novo CSO – Cicles Since Overhaul - Ciclos Desde Revisão Geral CTA – Centro Técnico Aeroespacial (Elo Executivo do SEGVÔO) DA – Diretriz de Aeronavegabilidade DAC – Departamento de Aviação Civil DGAC – Diretor-Geral do Departamento de Aviação Civil DRAC – Destacamento Regional de Aviação Civil DIAM – Declaração de Inspeção Anual de Manutenção FIAM – Ficha de Inspeção Anual de Manutenção FIEV – Ficha de Instrumentos e Equipamentos de Vôo FISTEL – Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Ministério das Comunicações) HT – Hard Time [tempo definido para cumprimento de inspeção ou revisão] IAC – Instrução de Aviação Civil IAM – Inspeção Anual de Manutenção IFI – Instituto de Fomento e Coordenação Industrial INSPAC – Inspetor de Aviação Civil MEL – Minimum Equipment List - Lista de Equipamentos Mínimos MMA – Mecânico de Manutenção Aeronáutica NCIA – Notificação de Condição Irregular de Aeronave OC – On Condition [sistema de acompanhamento de inspeção sem período definido] OTP (TSO) – Ordem Técnica Padrão PEV – Permissão Especial de Vôo PL-6 – Divisão de Tráfego Aéreo PMD – Peso Máximo de Decolagem RAB (TE-6) – Registro Aeronáutico Brasileiro RBHA – Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica RGA – Registro Geral de Aeronavegabilidade RNC – Resumo da(s) Não-Conformidade(s)

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SAC – Seção de Aviação Civil SEGVÔO – Sistema de Segurança de Vôo SERAC – Serviço Regional de Aviação Civil (Elo Executivo do SEGVÔO) SIAC – Sistema Informatizado da Aviação Civil SPL – Subdepartamento de Planejamento SSID – Suplemental Structural Inspection Document - Documento de Inspeção Estrutural Suplementar STE – Subdepartamento Técnico (Elo Executivo do SEGVÔO) TBO – Time Between Overhaul [Tempo entre Revisão Geral] TE-1 – Divisão de Aeronavegabilidade e Engenharia de Manutenção TV – Teste em Vôo [Flight Test] TSLI – Time Since Last Inspection - Tempo Desde a Última Inspeção TSN – Time Since New - Tempo Desde Novo TSO – Time Since Overhaul - Tempo Desde Revisão Geral VTE – Vistoria Técnica Especial VTI – Vistoria Técnica Inicial

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CAPÍTULO 3 – DEFINIÇÕES

3.1 – AERONAVEGÁVEL

Condição em que a aeronave, célula, motor(es), hélice(s), acessórios e componentes em geral, se encontram de acordo com o projeto de tipo e em condições de operação segura, e ainda estejam em conformidade com todos os requisitos estabelecidos nos manuais e documentos técnicos aplicáveis, e de acordo com os requisitos dos RBHA e IAC, aplicáveis a cada aeronave, motor(es), hélice(s), acessórios e componentes.

3.2 – AUDITORIA

Exame sistemático, realizado por inspetor do SEGVÔO, para determinar se as atividades desenvolvidas por uma empresa aérea ou por uma empresa de manutenção estão de acordo com os requisitos aplicáveis dos RBHA e IAC, se estas foram efetivamente implementadas e se são adequadas (IAC 3140).

3.3 – BOLETIM DE SERVIÇO

Documento emitido pelo fabricante do produto aeronáutico (aeronave, motor, equipamento e componente), com o objetivo de corrigir falha ou mau funcionamento deste produto ou nele introduzir modificações e/ou aperfeiçoamentos, ou ainda visando à implantação de ação de manutenção ou manutenção preventiva aditiva àquelas previstas no programa de manutenção básico do fabricante.Um BS, mesmo classificado como "mandatório" pelo fabricante, somente terá caráter mandatório quando o DAC ou a autoridade aeronáutica do país de origem do produto aeronáutico emitir uma Diretriz de Aeronavegabilidade ou estabelecer no próprio Boletim de Serviço o seu caráter mandatório, ou quando incorporado por referência através de outro documento mandatório. [EXCEÇÃO se faz nos casos dos Boletins de Serviço emitidos pelos fabricantes de produtos aeronáuticos que tratam do estabelecimento de limites de tempo calendárico, horário, ciclos ou qualquer outro referencial de controle de sistemas ou componentes, que neste caso terá cumprimento “mandatório”].

3.4 – COMPONENTE

Materiais processados, peças e conjuntos que constituem parte integrante de uma aeronave, motor de aeronave ou hélice, que sejam empregados em sua fabricação; os dispositivos, bem como os acessórios instalados, cuja falha ou funcionamento incorreto possa afetar a segurança do vôo e/ou dos ocupantes da mesma (seção 10.43 do RBHA 10 ).

3.5 – COMPONENTE CONTROLADO

Aquele que possui limites de utilização para revisão, substituição, teste e/ou calibração previstos no programa de manutenção do fabricante. Estes limites podem ser estipulados em horas de utilização, número de pousos ou de ciclos, tempo calendárico, métodos estatísticos de controle ou quaisquer outros métodos de controle pré-definidos e aprovados; podem ser propostos pelos fabricantes (inicialmente e de forma conservativa) ou pelos operadores (em função de suas operações específicas), com a necessária aprovação e o acompanhamento da autoridade aeronáutica.

3.6 – DECLARAÇÃO DE ESTAÇÃO DE AERONAVE

Documento no qual o proprietário ou o operador da aeronave declara, para fins de licenciamento junto ao órgão competente do Ministério das Comunicações, os equipamentos de radiocomunicação instalados em sua aeronave (ANEXO 11).

3.7 – DECLARAÇÃO DE INSPEÇÃO ANUAL DE MANUTENÇÃO - DIAM

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Documento no qual o responsável técnico e o proprietário da empresa homologada, ou pessoa por ele delegada, constante em contrato social, conjuntamente declaram e atestam a realização da IAM junto ao SERAC da sua área (ANEXOS 10 e 10A).

3.8 – DIRETRIZ DE AERONAVEGABILIDADE

Documento emitido pela autoridade aeronáutica, visando a eliminar uma condição insegura existente em um produto aeronáutico, com probabilidade de existir ou de se desenvolver em outros produtos do mesmo projeto de tipo. O seu cumprimento é obrigatório (RBHA 39 - Diretrizes de Aeronavegabilidade).

3.9 – ELO EXECUTIVO

O Sistema de Segurança de Vôo (SEGVÔO), conforme estabelecido no RBHA 01, é uma organização constituída pelo Órgão Central (DAC) e por outros órgãos e elementos designados como Elos Executivos. São Elos Executivos do SEGVÔO: O Subdepartamento Técnico (STE) do DAC, os Serviços Regionais de Aviação Civil (SERAC), o Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) do CTA e o Centro de Medicina Aeroespacial (CEMAL).

3.10 – ESTRUTURA PRIMÁRIA

Conjunto dos elementos estruturais de uma aeronave que garante a rigidez de sua forma e a integridade de sua estrutura, quando submetida aos esforços máximos para que foi projetada. A falha de um desses elementos, por quaisquer motivos, pode comprometer uma (ou ambas) dessas características, colocando em risco a operação da aeronave.

3.11 – FICHA DE INSPEÇÃO ANUAL DE MANUTENÇÃO - FIAM

Documento no qual o responsável técnico da empresa homologada registra os serviços realizados durante a IAM.

3.12 – FICHA DE INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS DE VÔO - FIEV

Documento no qual o INSPAC ou a empresa homologada relaciona os instrumentos e os equipamentos de vôo instalados na aeronave no ato da VTI, da VTE ou da IAM.

3.13 – GRUPO MOTOPROPULSOR

Conjunto constituído por um ou mais motores (convencional ou à reação), hélices, sistemas (combustível, lubrificação, etc.) e acessórios (caixas-de-redução, tomadas-de-força, etc.).

3.14 – INSPETOR DE AVIAÇÃO CIVIL - INSPAC

Servidor civil ou militar, designado pelo DGAC para executar a fiscalização e o apoio à aviação civil. Para os objetivos desta IAC, entende-se como INSPAC os INSPAC AERONAVEGABILIDADE, os quais têm sua formação e designação definidas na IAC 3143.

3.15 – INSPEÇÃO ANUAL DE MANUTENÇÃO – IAM

Inspeção em que se procura atestar as condições de aeronavegabilidade das aeronaves, seus componentes e equipamentos, conforme definido no parágrafo 91.409(a) do RBHA 91, no apêndice D do RBHA 43 e nesta IAC.

3.16 – MANUTENÇÃO

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Significa qualquer atividade de inspeção, revisão, reparo, limpeza, conservação ou substituição de partes de uma aeronave e seus componentes, mas exclui a manutenção preventiva (seção 10.43 do RBHA 10).

3.17 – MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Significa uma operação de preservação simples e de pequena monta, assim como a substituição de pequenas partes padronizadas que não envolvam operações complexas de montagem e desmontagem (seção 10.43 do RBHA 10 e apêndice A do RBHA 43).

3.18 - NÃO-AERONAVEGÁVEL

Aeronave que deixa de atender aos requisitos de aeronavegabilidade.

3.19 - NÃO-CONFORMIDADE

Não atendimento de um requisito específico da legislação aeronáutica em vigor, ou ainda de um requisito técnico estabelecido em manual ou documento técnico, conforme aplicável, para os objetivos de vistoria de aeronave.

3.20 – NOTIFICAÇÃO DE CONDIÇÃO IRREGULAR DE AERONAVE -NCIA

Documento pelo qual o INSPAC AERONAVEGABILIDADE, PILOTO ou OPERAÇÕES, face à legislação vigente, notifica o proprietário ou operador da aeronave, ou o seu representante legal, da sua responsabilidade por irregularidade constatada.

3.21 – PAÍS DE ORIGEM

País da organização responsável pelo projeto de tipo do produto aeronáutico.

3.22 – RESUMO DA(S) NÃO-CONFORMIDADE(S) – RNC

Documento pelo qual um INSPAC AERONAVEGABILIDADE, após VTI ou VTE de uma aeronave, apresenta ao proprietário, operador ou representante legal, a(s) não-conformidade(s) detectada(s), em caráter informal.

3.23 – REPARO

Significa a restituição da aeronave e/ou de seus componentes à situação aeronavegável, após a eliminação de defeitos ou danos, inclusive os causados por acidentes/incidentes (seção 10.43 do RBHA 10).

3.24 – TESTE EM VÔO [FLIGHT TEST]

Significa o teste em vôo realizado para verificar as reais condições de aeronavegabilidade da aeronave, de acordo com o estabelecido no Manual de Operação ou em outro manual, conforme aplicável para o modelo da aeronave. A realização desse teste deverá ocorrer antes da realização de Vistoria Técnica Inicial ou antes de Vistoria Técnica Especial para renovação ou obtenção de novo Certificado de Aeronavegabilidade, após vencimento ou cancelamento do anterior. A responsabilidade pela realização do teste em vôo é do operador da aeronave, podendo, se assim julgar necessário, solicitar auxílio de empresas homologadas segundo o RBHA 145 para o acompanhamento e assessoramento quanto aos testes necessários.

3.25 – VISTORIA

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Auditoria técnica através da qual a autoridade competente, ou alguém por ela credenciado especificamente para tal fim, procura constatar as condições de conservação, aeronavegabilidade e operação das aeronaves, de seus componentes e equipamentos, segundo as determinações do DAC e, ainda, se estão em ordem e em dia os documentos técnicos e legais pertinentes.

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CAPÍTULO 4 – VISTORIA TÉCNICA DE AERONAVE

4.1 – Vistoria conduzida por INSPAC AERONAVEGABILIDADE com o propósito básico de avaliar as condições de aeronavegabilidade de uma aeronave, através de sua inspeção física e da verificação dos seus registros de manutenção.

4.2 – Com o objetivo de cumprir o item 6.2.3.2 (c) (h) (i) do Documento 9389-NA/919 da ICAO, para a obtenção do primeiro CA após VTI e obtenção de novo CA após VTE por vencimento ou cancelamento do CA anterior, será exigida a comprovação de Teste em Vôo (TV), de modo a comprovar as reais condições de aeronavegabilidade da aeronave. Nas demais vistorias, quando julgado conveniente pelo INSPAC a necessidade do TV, deverá ser lançado no laudo de vistoria da aeronave e competirá à TE-1 ou ao SERAC efetuar a comunicação oficial ao operador, estabelecendo prazo, se aplicável, para o cumprimento de referida exigência.

4.3 – Conforme estabelece o parágrafo 1.115(c) do RBHA 01, a determinação para execução de vistoria de aeronave provém do STE, através do setor competente. A execução da vistoria será conduzida pela TE-1 ou pelos SERAC, que passam a ser considerados autoridades responsáveis pela execução.

4.4 – Os INSPAC designados para uma vistoria de aeronave apresentarão à autoridade responsável pela execução, após seu término, os laudos pertinentes, com parecer conclusivo e lavrado conforme os padrões estabelecidos nesta IAC, que tomará as medidas cabíveis e arquivará a documentação afeta.

4.5 – Os INSPAC, após a realização de uma vistoria de aeronave, emitirão, se aplicável, um RNC, conforme ANEXO 29 desta IAC, para conhecimento da real situação técnica da aeronave por parte do proprietário, operador ou representante dos mesmos. O RNC é um documento informal que será ratificado ou retificado pelo STE ou SERAC, conforme aplicável, através de ofício ou fax.

4.6 – Uma vistoria atesta tão somente que os itens inspecionados estão em condições técnicas satisfatórias e em conformidade com a regulamentação em vigor, no momento em que foram verificados e, portanto, não assegura o bom desempenho posterior dos mesmos.

CAPÍTULO 5 – OBJETIVO DA VISTORIA TÉCNICA DE AERONAVE

5.1 – Verificar as condições de aeronavegabilidade da aeronave no momento da sua realização.

5.2 – Verificar a documentação técnica e legal, conforme previsto na legislação pertinente (CBA, RBHA, IAC, etc.).

5.3 – Avaliar o estado geral da aeronave, seus sistemas, equipamentos e instrumentos instalados.

5.4 – Comparar o estado geral da aeronave, sistemas e equipamentos com os registros de operação e de manutenção apresentados.

5.5 – Caso necessário, verificar o funcionamento do grupo motopropulsor, confirmando o seu bom funcionamento pela indicação dos instrumentos de bordo.

5.6 – Verificar e testar o funcionamento dos sistemas de comunicação e de navegação, quanto à clareza, indicação, sensibilidade e precisão.

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5.7 – Conforme julgamento dos INSPAC, proceder a verificação e o teste de qualquer outro sistema, equipamento ou instrumento instalado na aeronave.

5.8 – Constatar a conformidade da aeronave, motor e hélice, e seus componentes, com as especificações aprovadas (especificação da aeronave, "type certificate data sheet" ou documento equivalente) e com os RBHA aplicáveis.

5.9 – Comprovar aprovação e aplicabilidade das modificações e reparos incorporados à aeronave, motor e hélice.

5.10 – Exigir a comprovação do TV nas VTI e VTE para obtenção de novo CA, conforme definido no item 4.2, desta IAC.

5.11 – Conferir situação de manutenção, cumprimento de diretrizes mandatórias (diretrizes de aeronavegabilidade ou documento equivalente), aprovação dos equipamentos aviônicos instalados, peso e balanceamento.

5.12 – Conferir a documentação obrigatória da aeronave.

5.13 – Preenchimento do laudo de vistoria aplicável.

CAPÍTULO 6 – TIPOS DE VISTORIA TÉCNICA DE AERONAVE

6.1 – VISTORIA TÉCNICA INICIAL (VTI)

É aquela realizada na aeronave antes da concessão do primeiro Certificado de Nacionalidade e Matrícula e de Aeronavegabilidade, de acordo com a Subparte H do RBHA 21 e com o RBHA 47. Seu propósito é a averiguação da aeronavegabilidade da aeronave, incluindo a situação do histórico de sua manutenção, tanto pela constatação física quanto pela conferência da documentação aplicável (cumprimento do Programa de Manutenção, requisitos de homologação de tipo nacional, DA, RBHA, IAC, Programas Especiais de Manutenção - CPCP, AGING, SSID, etc.). Nesta oportunidade, será exigido o cumprimento dos requisitos dos RBHA e das IAC aplicáveis à manutenção e à operação pretendida da aeronave.

6.2 – VISTORIA TÉCNICA ESPECIAL (VTE)

A VTE será levada a termo como decorrência de fatos aleatórios ou não, mas suficientemente importantes para determinarem sua realização. Seu propósito é a averiguação da aeronavegabilidade da aeronave, incluindo a situação do histórico de sua manutenção, tanto pela constatação física quanto pela conferência da documentação aplicável (cumprimento do Programa de Manutenção, requisitos de homologação de tipo nacional, DA, RBHA, IAC, Programas Especiais de Manutenção - CPCP, AGING, SSID, etc.). Nesta oportunidade, será exigido o cumprimento dos requisitos dos RBHA e das IAC, aplicáveis à manutenção e à operação pretendida da aeronave. Poderá ter origem nas seguintes situações:

a) Determinação judicial;

b) Solicitação da Polícia Federal, da Receita Federal ou da autoridade sanitária;

c) Denúncia devidamente analisada;

d) Em informações consistentes de INSPAC;

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e) Requerimento de novo CA para aeronaves que tenham seu antigo certificado vencido ou cancelado;

f) Mudança de configuração interna;

g) Mudança de categoria de registro;

h) Mudança de marcas;

i) Alteração de CHT ou incorporação de CHST ou outras grandes modificações;

j) Deficiência de identificação da aeronave e/ou de grandes componentes; ou

k) Em outras situações, nas quais seja necessária a verificação das condições de aeronavegabilidade da aeronave, de acordo com a prerrogativa contida no parágrafo 21.181(b) do RBHA 21.

CAPÍTULO 7 - VISTORIA TÉCNICA INICIAL - VTI

7.1 – AERONAVE NOVA FABRICADA NO BRASIL

7.1.1 – O fabricante deverá requerer a Vistoria Técnica Inicial ao Centro Técnico Aeroespacial. O CTA, após a aprovação da aeronave, emitirá o Certificado de Aeronavegabilidade para Aeronaves Recém-Fabricadas (CAARF), conforme estabelecido no RBHA 21, e de acordo com o ANEXO 23 desta IAC.

7.1.2 – O proprietário ou o operador deverá solicitar ao RAB a emissão do Certificado de Nacionalidade e Matrícula da Aeronave, apresentando o original do CAARF com o verso total e corretamente preenchido.

7.1.3 – O RAB, após a matrícula da aeronave e emissão do Certificado de Nacionalidade e Matrícula, enviará o CAARF à TE-1 para convalidação e emissão do Certificado de Aeronavegabilidade.

7.1.4 – Para fins da emissão do correspondente Certificado de Aeronavegabilidade, o DAC, a princípio, convalidará a vistoria efetuada pelo CTA, desde que não haja alteração técnica substancial entre o encontrado pelo CTA, no ato de sua vistoria, e o requerido para a operação pretendida da aeronave. O CTA/IFI fará constar no CAARF a categoria de registro segundo a qual a aeronave foi vistoriada. A TE-1 apenas analisará a possibilidade de convalidação da vistoria realizada para emissão do CAARF, se o mesmo for apresentado com seu verso corretamente preenchido (ANEXO 23).

7.2 – AERONAVE IMPORTADA

7.2.1 – Após o cumprimento das exigências legais junto ao RAB, de acordo com o parágrafo 1° do art. 109 do CBA, o proprietário ou o operador solicitará à TE-1 a Vistoria Técnica Inicial.

7.2.2 – As aeronaves usadas e que sejam afetadas pelos programas CPCP, AGING, SSID e outros de concepção geriátrica, como também as aeronaves enquadradas nas condições de ruído deverão, obrigatoriamente, realizar a VTI no exterior, conforme item 7.4 desta IAC, com o objetivo de

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evitar que aeronaves sem condições de aeronavegabilidade e de difícil regularização técnica sejam exportadas para o Brasil.

7.2.3 – Para a realização da vistoria, o proprietário ou o operador deverá apresentar à TE-1 o Pedido de Vistoria, que necessariamente deverá ser de acordo com o ANEXO 15 desta IAC.

7.2.4 – O Pedido de Vistoria (ANEXO 15) deverá informar a data em que a aeronave realmente estará disponível para vistoria e em condição aeronavegável, como também toda a documentação técnica em ordem e em dia.

7.2.5 – Com o objetivo de permitir que sejam tomadas as providências necessárias à realização de uma vistoria técnica, aquelas a serem conduzidas pela TE-1 serão executadas no prazo mínimo de 07 (sete) dias úteis após o recebimento do Pedido de Vistoria. Para as vistorias conduzidas pelos SERAC, tal prazo terá início na data de recebimento, pelo SERAC, da autorização para realização de vistoria expedida pela TE-1.

7.2.6 – As vistorias não realizadas no prazo de 180 (cento e oitenta) dias serão tratadas de acordo com o estabelecido no item 8.1.8 desta IAC.

7.2.7 – A TE-1 após a realização da vistoria da aeronave, cujo resultado seja AERONAVEGÁVEL, em seqüência à emissão do Certificado de Nacionalidade e Matrícula pelo RAB, emitirá o Certificado de Aeronavegabilidade.

7.2.8 – DOCUMENTAÇÃO JURÍDICA NECESSÁRIA

Considerando a particularidade dos contratos de compra, venda, aluguel, “leasing”, etc., a documentação jurídica necessária será definida após análise, caso a caso, pelo RAB.

7.2.9 – DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA DISPONÍVEL NO ATO DA VISTORIA – No ato da vistoria técnica da aeronave, os seguintes documentos deverão estar disponíveis:

a) Cópia do Certificado de Aeronavegabilidade para Exportação (CAE), emitido pelo país exportador da aeronave, ou declaração da autoridade aeronáutica competente constando que não emite, de forma sistemática, o referido documento. O original do CAE deverá ser encaminhado ao RAB pelo proprietário ou pelo operador;

b) Manual de Vôo aprovado e Lista de Verificações ("Check List");

c) Registros adequados de manutenção da aeronave e de seus componentes controlados, escriturados diretamente nas cadernetas apropriadas, ou conforme procedimento aceito, de acordo com o RBHA sob o qual opera a aeronave;

d) Registros primários e secundários de cumprimento de todas as DA emitidas pelo DAC/CTA e/ou documentos equivalentes emitidos pela autoridade aeronáutica do país de origem da aeronave e de seus componentes, conforme previsto na IAC 3142;

e) Registros primários de cumprimento dos programas de manutenção aprovados/aceitos, conforme aplicável, em suas versões mais atualizadas;

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f) Ficha de Peso e Balanceamento referente à última pesagem real, acompanhada da planta baixa da configuração da aeronave, na qual foi efetivamente realizada a pesagem. Em caso de recálculo, a respectiva ficha deverá ser anexada à ficha de Peso e Balanceamento.

g) Ficha de TV, de acordo com item 4.2 desta IAC, se aplicável. O Teste em Vôo deverá ter sido realizado até 60 dias antes da data da vistoria.

h) Registros primários de cumprimento dos programas especiais de manutenção, tais como: CPCP, AGING, SSID, etc, conforme aplicável, em suas versões mais atualizadas.

i) Qualquer outra documentação técnica necessária à comprovação de atendimento ao previsto nos RBHA e IAC, conforme aplicável.

7.2.10 – OUTROS DOCUMENTOS – DESREGISTRO, SEGURO E EMOLUMENTOS

a) Comprovante do desregistro da aeronave, emitido pelo país exportador, ou, para aeronave nova, declaração da autoridade aeronáutica competente constando que a aeronave jamais foi registrada.

b) Apólice de seguro ou certificado individual de seguro, com o respectivo comprovante de pagamento ou declaração da seguradora de que o prêmio se encontra pago e em dia. Quando na Apólice de Seguro constar o parcelamento do pagamento, deverá ser exigido o comprovante dos pagamentos das quotas vencidas até a data da vistoria da aeronave.

c) Comprovante de pagamento dos respectivos emolumentos, conforme tabela de serviços indenizáveis do DAC em vigor, disponível nos SERAC e nas SAC. O valor do pagamento constante da tabela de emolumentos é correspondente a cada aeronave a ser vistoriada.

7.2.11 – LICENÇA DE ESTAÇÃO

a) O proprietário ou operador da aeronave, após a realização da VTI, terá um prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data de realização da vistoria da aeronave, para apresentar no DAC ou no SERAC da área, conforme aplicável, a Licença de Estação da Aeronave.

b) Para obter a Licença de Estação de sua aeronave, o proprietário ou o operador terá que apresentar ao DAC ou SERAC da área, conforme aplicável, a Declaração de Estação (ANEXO 11), em duas vias, sendo a primeira via certificada pelo DAC ou SERAC e devolvida ao proprietário ou operador.

c) O proprietário ou operador deverá solicitar à ANATEL a emissão da Licença de Estação, conforme normas do Ministério das Comunicações, devendo anexar ao pedido a Declaração de Estação (ANEXO 11), devidamente certificada pelo DAC ou SERAC.

d) O proprietário ou operador que deixar de apresentar a Licença de Estação de Aeronave no prazo estabelecido de 90 (noventa) dias, contados a partir da data da vistoria da aeronave, terá o Certificado de Aeronavegabilidade da aeronave suspenso pelo código 2 (Irregularidade quanto à Licença de Estação de Aeronave).

e) No ato das VTI, caso a aeronave seja considerada AERONAVEGÁVEL, a Declaração de Estação poderá ser certificada pelos INSPAC.

7.2.12 – ISENÇÃO DA LICENÇA DE ESTAÇÃO

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a) Somente serão isentas de apresentar a Licença de Estação de Aeronave as aeronaves que não possuem equipamento de radiocomunicação ou provisão para tal, e que operem única e exclusivamente em áreas não controladas.

b) Os vistoriadores que identificarem as aeronaves na condição estabelecida no item 7.2.12.(a) desta IAC, deverão fazer constar esta condição no Laudo de Estação da Aeronave, constante do ANEXO 3 desta IAC.

7.3 – AERONAVE IMPORTADA – PERMISSÃO ESPECIAL DE VÔO, ANTES DA VTI, PARA OPERADORES SEGUNDO O RBHA 91

Com o objetivo de permitir a operação da aeronave até a data da realização da vistoria, as aeronaves novas e importadas, oriundas diretamente das fábricas e operadas segundo o RBHA 91, na categoria TPP, poderão receber uma Permissão Especial de Vôo, conforme ANEXO 30 desta IAC, com validade máxima de 30 (trinta) dias, improrrogável, antes de realizar a sua Vistoria Técnica Inicial, desde que apresente os seguintes documentos:

a) Pedido de Vistoria de Aeronave, conforme o ANEXO 15 desta IAC;

b) Cópia da Declaração de Reserva de Marcas no RAB;

c) Cópia da autorização da COTAC para importação da aeronave;

d) Comprovante de pagamento dos emolumentos referentes à vistoria a ser realizada;

e) Comprovante de desregistro ou não-registro da aeronave no país de origem;

f) Cópia do Certificado de Aeronavegabilidade para Exportação ou Declaração do país de origem de que não emite o referido certificado;

g) Comprovante do seguro da aeronave, em conformidade com os requisitos do RBHA 47;

h) Declaração de uma empresa homologada para o modelo da aeronave de que a aeronave cumpre os requisitos das Seções 45.25 (ou 45.27) e 45.29 do RBHA 45;

i) Para as aeronaves transportadas por meios próprios, cópia da Autorização Especial de Vôo Internacional, conforme ANEXO 18 desta IAC, com o devido registro da SAC comprovando a entrada da aeronave no país através de aeroporto internacional; e

j) Para as aeronaves transportadas por via aérea, terrestre ou marítima, uma declaração de uma empresa homologada para o modelo da aeronave de que a mesma foi montada em conformidade com o manual do fabricante e sua conseqüente liberação para vôo.

7.4 – VISTORIA TÉCNICA INICIAL DE AERONAVE NO EXTERIOR

A Vistoria Técnica Inicial de uma aeronave poderá ser realizada no exterior, desde que seja solicitada junto à TE-1, conforme o ANEXO 15 desta IAC, e sejam apresentados os seguintes documentos:

a) Cópia da autorização de importação da aeronave emitida pela COTAC;

b) Cópia da Declaração de Reserva de Marcas emitida pelo RAB;

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c) Comprovante de pagamento dos emolumentos referentes à vistoria de aeronave no exterior. O valor dos emolumentos está previsto na tabela de serviços indenizáveis do DAC em vigor, sendo o valor da tabela correspondente a cada aeronave a ser vistoriada.

7.5 – VALIDADE DA VTI PARA EFEITO DE IAM E CA

A VTI terá a validade de 1 (um) ano, para efeito de IAM, e de 6 (seis) anos, para efeito de validade do Certificado de Aeronavegabilidade, a contar da data da sua realização ou da data da apresentação da correção das não-conformidades, conforme aplicável, devendo ser registrada pelos INSPAC na caderneta de célula ou no diário de bordo da aeronave, conforme Capítulo 10 desta IAC.

7.6 – LAUDOS DA VTI

7.6.1 – Os Laudos de Vistoria de Aeronave, Exame de Estação de Aeronave e FIEV deverão ser preenchidos durante a realização da vistoria, de acordo com os dados existentes nas placas de identificação, nas informações técnicas aplicáveis e com as horas escrituradas nos registros de manutenção, após avaliada a fidelidade dos lançamentos feitos. Os ANEXOS 1, 2, 3, 4 , 5 e 6 contêm os modelos dos referidos laudos.

7.6.2 – Quando da necessidade da emissão do Laudo Complementar de Vistoria, conforme ANEXO 26 desta IAC, o mesmo deverá ser anexado aos demais laudos da aeronave.

7.6.3 – A data referencial da realização da vistoria é a data de conclusão da vistoria, para efeito de validade da vistoria, do CA e da IAM. Quando uma aeronave deixar de ser aprovada durante a realização da vistoria e vier a ser aprovada posteriormente através da emissão de Laudo Complementar, a data referencial será a data de conclusão da análise que ensejou a emissão do referido laudo.

7.6.4 – Após as atualizações pertinentes do SIAC, conforme aplicável, os laudos deverão ser arquivados no Elo Executivo que vistoriou a aeronave. Tal atualização deverá ocorrer o mais breve possível, com vistas a evitar inconsistência nos dados disponíveis no SIAC.

7.7 – DOCUMENTOS A SEREM ARQUIVADOS APÓS VTI

De acordo com o item 6.2.2.4 do Documento nº 9389-NA/919 da ICAO, após a realização de uma VTI, os seguintes documentos deverão, obrigatoriamente, ser arquivados na pasta da aeronave do órgão que realizou a vistoria:

a) Cópia do Certificado de Homologação de Tipo de Aeronave, para aeronaves homologadas. Para aeronaves isentas de homologação, o impresso da tela do Sistema de Homologação de Aeronave (SHA), disponível no MAPPER.

b) Cópia do Certificado de Aeronavegabilidade para Exportação da aeronave, ou a Declaração do país exportador de que não emite o referido certificado.

c) Cópia do Desregistro da aeronave ou Declaração de não-registro.

d) Laudos de VTI da aeronave.

e) Cópia do Teste em Vôo [Flight Test].

f) Cópia da Ficha de Peso e Balanceamento da aeronave.

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g) Cópia da Licença de Estação ou da Declaração de Estação da aeronave.

CAPÍTULO 8 – VISTORIA TÉCNICA ESPECIAL - VTE

8.1 – PROCEDIMENTOS GERAIS

8.1.1 – Os operadores de avião com PMD menor que 5.000 Kg e helicóptero com PMD menor que 1.500 Kg deverão encaminhar o Pedido de Vistoria, de acordo com o ANEXO 15 desta IAC, diretamente ao SERAC da área em que a aeronave se encontra disponível para a realização de referida vistoria.

8.1.2 – Os operadores de avião e helicóptero com PMD acima do estabelecido no item 8.1.1 desta IAC deverão encaminhar o Pedido de Vistoria, de acordo com o ANEXO 15 desta IAC, diretamente a TE-1.

8.1.3 – Para o retorno às atividades aéreas de uma aeronave que tenha tido seu CA vencido ou cancelado, o proprietário ou o operador deverá solicitar a emissão do novo Certificado de Aeronavegabilidade (CA) junto à TE-1, utilizando o Requerimento Padronizado, constante do ANEXO 24 desta IAC, e deverá encaminhar o Pedido de Vistoria, de acordo com o estabelecido nos itens 8.1.1 e 8.1.2 desta IAC, conforme aplicável.

8.1.4 – Nos casos de mudança de configuração interna, de mudança de categoria de registro, de mudança de marcas e de alteração de CHT ou incorporação de grandes modificações (CHST), o proprietário ou o operador solicitará a emissão do novo Certificado de Aeronavegabilidade (CA) junto à TE-1, utilizando o Requerimento Padronizado constante do ANEXO 24 desta IAC, devendo anexar a comprovação da realização da VTE que ateste a referida mudança.

8.1.5 – A TE-1, após receber o pedido de emissão do novo CA, aguardará o resultado de vistoria, que para efeito de expedição do CA deverá ser de resultado AERONAVEGÁVEL.

8.1.6 – A data disponível para vistoria, constante do Pedido de Vistoria (ANEXO 15), deverá ser a data na qual a aeronave estará aeronavegável e toda a documentação técnica disponível para a realização da referida vistoria.

8.1.7 – Com o objetivo de permitir que sejam tomadas as providências necessárias à realização de uma

vistoria técnica, aquelas a serem conduzidas pela TE-1 serão executadas no prazo mínimo de 07 (sete) dias úteis após o recebimento do Pedido de Vistoria (ANEXO 15) . Para as vistorias conduzidas pelos SERAC, tal prazo terá início na data de recebimento da autorização da TE-1, ou quando do recebimento do Pedido de Vistoria pelo SERAC, conforme aplicável.

8.1.8 – As vistorias não realizadas no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, por força de ação ou omissão do requerente, contados a partir do recebimento do Pedido da Vistoria (ANEXO 15) na TE-1 ou no SERAC, ou então a partir da data da autorização da TE-1 para os SERAC, conforme aplicável, implicará o cancelamento do Pedido de Vistoria. O cancelamento do processo de vistoria implicará a necessidade de novo pedido, incluindo pagamento de novos emolumentos, caso venha a ser de interesse do operador.

8.2 – DOCUMENTAÇÃO E REQUISITOS NECESSÁRIOS

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8.2.1 – DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA DISPONÍVEL NO ATO DA VISTORIA

No ato da vistoria técnica da aeronave, os seguintes documentos deverão estar disponíveis:

a) Originais do Certificado de Matrícula e do Certificado de Aeronavegabilidade da aeronave.

b) Manual de Vôo aprovado e Lista de Verificações ("Check List").

c) Registros adequados de manutenção da aeronave e de seus componentes controlados, escriturados diretamente nas cadernetas apropriadas, ou conforme procedimento aceito de acordo com o RBHA sob o qual opera a aeronave.

d) Registros originais primários e secundários de cumprimento de todas as DA emitidas pelo DAC/CTA, e/ou documentos equivalentes emitidos pela autoridade aeronáutica do país de origem da aeronave e de seus componentes, conforme previsto na IAC 3142.

e) Registros primários de cumprimento dos programas de manutenção aprovados/aceitos, conforme aplicável, em suas versões mais atualizadas.

f) Ficha de Peso e Balanceamento referente à última pesagem real, acompanhada da planta baixa da configuração da aeronave na qual foi efetivamente realizada a pesagem. Em caso de recálculo, a ficha respectiva deverá ser anexada à ficha de Peso e Balanceamento.

g) Ficha de TV, de acordo com item 4.2 desta IAC, se aplicável. O Teste em Vôo deverá ter sido realizado até 60 dias antes da data da vistoria.

h) Qualquer outra documentação técnica necessária à comprovação de atendimento ao previsto nos RBHA e IAC, conforme aplicável.

i) Registros de cumprimento dos programas especiais de manutenção, tais como: CPCP, AGING, SSID, etc, conforme aplicável, em suas versões mais atualizadas.

j) A última FIAM, conforme aplicável.

k) Para aeronave que estiver com o CA suspenso ou cancelado pelo código 1 (incidente ou acidente), haverá necessidade de apresentação do Anexo 2 da IAC 3127 e do formulário SEGVÔO 001, previsto pelo RBHA 43 e pela IAC 3133, conforme aplicável.

l) Para uma aeronave que seja necessário atestar uma IAM e que estiver com o CA cancelado pelo código 8, haverá necessidade de realizar a maior e a mais abrangente inspeção prevista pelo programa de manutenção recomendado pelo fabricante da aeronave, incluindo qualquer item especial, horário ou calendárico estipulado. Motores e hélices deverão, necessariamente, estar com o programa de manutenção (inspeções, testes, calibrações, revisão geral e vidas limites de componentes), conforme aprovado/aceito pelo DAC, em ordem e atualizado, devendo ser observados, inclusive, os critérios de preservação nos períodos de inatividade. A TE-1 decidirá o escopo da manutenção requerida para fins de correção da situação de que trata este item, sempre que o operador assim o requerer.

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m) Para uma aeronave que estiver com o CA cancelado pelos códigos 1 e 8, somente serão exigidos os requisitos do item anterior (8.2.1.l), nos casos em que tenha transcorrido mais de 3 (três) anos da última IAM atestada.

n) Para uma aeronave realizar VTE visando à obtenção de novo CA, por estar vencido ou próximo do vencimento, a mesma deverá estar com o programa de manutenção aprovado/aceito em ordem e atualizado.

8.2.2 – OUTROS DOCUMENTOS: SEGURO, EMOLUMENTOS E TAXA FISTEL

a) Apólice de seguro ou certificado individual de seguro, com o respectivo comprovante de pagamento ou declaração da seguradora de que o prêmio se encontra pago e em dia. Quando na Apólice de Seguro constar o parcelamento do pagamento, deverá ser exigido o comprovante dos pagamentos das quotas vencidas até a data da vistoria da aeronave.

b) Comprovante de pagamento dos respectivos emolumentos, conforme tabela de serviços indenizáveis do DAC em vigor, disponível nos SERAC e nas SAC. O valor do pagamento constante na tabela de emolumentos é correspondente a cada aeronave a ser vistoriada.

c) Comprovante de pagamento da taxa fistel.

8.3 – LICENÇA DE ESTAÇÃO DE AERONAVE

8.3.1 – Será exigida uma nova Licença de Estação de Aeronave em caso de necessidade de atualização de quaisquer dados da referida licença. Neste caso, o proprietário ou operador da aeronave, após a realização da VTE, terá um prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data de realização da vistoria da aeronave, para apresentar no DAC ou no SERAC da área, conforme aplicável, a Licença de Estação da Aeronave.

8.3.2 – Para obter a Licença de Estação de sua aeronave, o proprietário ou o operador terá que apresentar ao DAC ou SERAC da área, conforme aplicável, a Declaração de Estação (ANEXO 11), em duas vias, sendo a primeira via certificada pelo DAC ou SERAC e devolvida ao proprietário ou operador.

8.3.3 – O proprietário ou operador deverá solicitar à ANATEL a emissão da Licença de Estação,

conforme normas do Ministério das Comunicações, devendo anexar ao pedido a Declaração de Estação (ANEXO 11), devidamente certificada pelo DAC ou SERAC.

8.3.4 – O proprietário ou operador que deixar de apresentar a Licença de Estação de Aeronave no prazo estabelecido de 90 (noventa) dias, contados a partir da data da vistoria da aeronave, terá o Certificado de Aeronavegabilidade da aeronave suspenso automaticamente pelo código 2 (Irregularidade quanto à Licença de Estação de Aeronave).

8.3.5 – No ato das VTE, caso a aeronave seja considerada AERONAVEGÁVEL, a Declaração de Estação poderá ser certificada pelos INSPAC.

8.4 – ISENÇÃO DA LICENÇA DE ESTAÇÃO DE AERONAVE

8.4.1 – Somente serão isentas de apresentar a Licença de Estação de Aeronave as aeronaves que não possuem equipamento de radiocomunicação ou provisão para tal, e que operem única e exclusivamente em áreas não controladas.

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8.4.2 – Os vistoriadores que identificarem as aeronaves na condição estabelecida no item 7.2.12.(a) desta IAC, deverão fazer constar esta condição no Laudo de Estação de Aeronave, constante do ANEXO 3 desta IAC.

8.4.3 – Para as aeronaves que possuem isenção de apresentação de Licença de Estação de Aeronave e por ocasião de uma VTE seja constatado que possui a provisão para instalação de equipamento de radiocomunicação, os vistoriadores deverão lançar esta condição no Laudo de Estação de Aeronave e a isenção deverá ser cancelada.

8.4.4 – O proprietário ou operador que desejar obter uma isenção da Licença de Estação de Aeronave deverá apresentar ao DAC ou SERAC, conforme aplicável, declaração de empresa homologada no modelo da aeronave de que a mesma não possui equipamento de radiocomunicação instalado, ou qualquer tipo de provisão para tal, bem como cópia da última FIEV expedida durante a IAM da mesma.

8.5 – LAUDOS DA VTE

8.5.1 – Os Laudos de Vistoria de Aeronave, Exame de Estação de Aeronave e FIEV deverão ser preenchidos durante a realização da vistoria, de acordo com os dados existentes nas placas de identificação, nas informações técnicas aplicáveis e com as horas escrituradas nos registros de manutenção, após avaliada a fidelidade dos lançamentos feitos. Os ANEXOS 1 a 6, conforme aplicável, contêm os modelos dos referidos laudos.

8.5.2 – Quando da necessidade da emissão do Laudo Complementar de Vistoria, conforme ANEXO 26 desta IAC, o mesmo deverá ser anexado aos demais laudos da aeronave.

8.5.4 – A data referencial da realização da vistoria é a data de conclusão da vistoria, para efeito de validade da vistoria, do CA e da IAM. Quando uma aeronave deixar de ser aprovada durante a realização da vistoria e vier a ser aprovada posteriormente através da emissão de laudo complementar, a data referencial será a data de conclusão da análise que ensejou a emissão do Laudo Complementar.

8.5.5 – Após as atualizações pertinentes do SIAC, conforme aplicável, os laudos deverão ser arquivados no Elo Executivo que vistoriou a aeronave. Tal atualização deverá ocorrer o mais breve possível, com vistas a evitar inconsistência nos dados disponíveis no SIAC.

8.6 – VALIDADE DA VTE PARA EFEITO DE IAM E CA

8.6.1 – Para as VTE realizadas cujas aeronaves foram consideradas aeronavegáveis, com emissão de laudos, o novo CA terá validade de 6 (seis) anos, a contar da data de realização da VTE registrada na caderneta de célula ou no diário de bordo, conforme requer o Capítulo 10 desta IAC.

8.6.2 – As VTE, realizadas por vencimento ou cancelamento do CA, por mudança de marcas ou por mudança de categoria de registro, terão a validade de 01 (um) ano para efeito de atestar uma IAM.

8.7 – DOCUMENTOS A SEREM ARQUIVADOS APÓS VTE

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De acordo com o item 6.2.2.4 do Documento nº 9389-NA/919 da ICAO, após a realização de uma VTE, para obtenção de um novo CA, os documentos abaixo, obrigatoriamente, deverão ser arquivados na pasta da aeronave do órgão que efetuou a vistoria:

a) Cópia do Certificado de Homologação de Tipo de Aeronave, para aeronaves homologadas. Para aeronaves isentas de homologação, o impresso da tela do Sistema de Homologação de Aeronave (SHA), disponível no MAPPER.

b) Laudos de VTE da aeronave.

c) Cópia do Teste em Vôo [Flight Test], se aplicável.

d) Cópia da Ficha de Peso e Balanceamento da aeronave.

e) Cópia do Anexo 2 da IAC 3127, quando aplicável.

CAPÍTULO 9 – APOIO TÉCNICO

9.1 – Para a execução da vistoria da aeronave, o proprietário ou o operador deverá fornecer aos INSPAC todas as facilidades técnicas necessárias, pleno acesso a toda documentação relacionada com a sua manutenção, aos manuais técnicos dos fabricantes e aos registros requeridos pelas seções 91.417, 135.439 e 121.380 dos RBHA 91, 135 e 121 respectivamente, conforme aplicável.

9.2 – Todo o material deverá ser adequado à aeronave vistoriada e estar em bom estado.

9.3 – A vistoria será realizada, a princípio, em empresa homologada para o modelo/tipo da aeronave.

9.4 – A aeronave importada que necessite ser submetida a serviços de manutenção, manutenção preventiva, reparo ou modificação, inclusive montagem (no caso de ter sido importada desmontada), não poderá ser vistoriada, em nenhuma hipótese, caso não tenha tido os necessários serviços registrados em caderneta por empresa homologada no Brasil.

CAPÍTULO 10 – PADRONIZAÇÃO PARA REGISTRO APÓS VTI OU VTE

Após a aprovação de VTI ou VTE, o registro na caderneta de célula ou no diário de bordo é obrigatório, tendo por objetivo fazer constar de forma perene da documentação da aeronave a vistoria realizada, podendo ser feito através dos seguintes meios alternativos:

a) ETIQUETA ADESIVA

Poderá ser utilizado o texto padronizado impresso em etiqueta adesiva, através de processo computadorizado ou convencional, devendo, entretanto, obedecer ao modelo padronizado constante do ANEXO 14 desta IAC. É obrigatória a assinatura e a rubrica de cada INSPAC, sendo a assinatura no local previsto na etiqueta e a rubrica na parte lateral, abrangendo também a caderneta.

b) CARIMBO

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Poderá ser utilizado o texto por meio de carimbo, devendo seu conteúdo seguir o modelo padronizado constante do ANEXO 14 desta IAC.

c) MANUSCRITO

Na impossibilidade da utilização de etiqueta adesiva ou de carimbo, poderá ser utilizado o processo manuscrito, devendo ser copiado o texto padronizado constante do ANEXO 14 desta IAC, em letras de imprensa, com caneta esferográfica na cor azul.

d) VIA DOCUMENTAL

Na impossibilidade de ser efetuado o registro da aprovação da aeronave no ato da vistoria, em razão de não-conformidades existentes, e a aeronave venha a ser aprovada posteriormente através de Laudo Complementar, será encaminhado ofício ou fax ao proprietário ou operador, informando a aprovação da aeronave, conforme modelo constante no ANEXO 27 desta IAC. Após o recebimento do ofício ou fax, o operador deverá providenciar o lançamento do resultado da vistoria na caderneta de célula ou no diário de bordo, conforme aplicável, devendo manter nos acervos técnicos da aeronave o referido documento para comprovações, quando necessárias.

CAPÍTULO 11 – RESULTADO DE VISTORIA DE AERONAVE

11.1 – No dia da conclusão da VTI ou VTE serão elaborados os laudos pelos INSPAC, conforme modelos constantes dos ANEXOS 01 a 06 desta IAC, conforme aplicáveis, refletindo a real situação técnica da aeronave, AERONAVEGÁVEL ou NÃO-AERONAVEGÁVEL.

11.2 – Para uma aeronave cujo resultado seja AERONAVEGÁVEL, será providenciada imediatamente a atualização das telas de inspeção, avarias, seguro, aeronavegabilidade, pendências e licença de estação, conforme aplicável.

11.3 – Para uma aeronave cujo resultado seja NÃO-AERONAVEGÁVEL, e as não-conformidades detectadas na vistoria sejam plausíveis de comprovações documentais e não necessitem de nova vistoria física, o proprietário ou operador terá um prazo de até 90 (noventa) dias, contados da data de conclusão da vistoria, para comprovação do cumprimento das NÃO-CONFORMIDADES. A não comprovação do cumprimento das NÃO-CONFORMIDADES, dentro do prazo estabelecido, implicará o resultado conclusivo de NÃO-AERONAVEGÁVEL, devendo o operador solicitar nova vistoria para regularização técnica da aeronave.

11.4 – O proprietário ou operador quando da remessa dos documentos de comprovação das NÃO-CONFORMIDADES, conforme estabelecido no item 11.3 desta IAC, deverá anexar, além das comprovações do cumprimento das não-conformidades detectadas na vistoria, uma Declaração da Empresa Homologada que realizou os referidos serviços informando que da data da vistoria até a data da remessa não ocorreu o vencimento de nenhuma Diretriz de Aeronavegabilidade, de nenhuma tarefa do Programa de Manutenção, de nenhum componente com vida limite ou controlado, ou de qualquer outra exigência de aspecto técnico, operacional ou regulamentar.

11.5 – Para uma aeronave considerada NÃO-AERONAVEGAVEL, de acordo com o item 11.3 desta IAC, que tiver a correção das não-conformidades apresentadas dentro do prazo estabelecido e cuja análise tenha obtido parecer favorável dos vistoriadores, será elaborado um Laudo Complementar de Vistoria, de acordo com o ANEXO 26 desta IAC, atestando a condição de aeronavegabilidade, com a devida regularização nas telas do SIAC, conforme aplicável.

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11.6 – A aeronave considerada AERONAVEGÁVEL nas condições estabelecidas no item 11.4 desta IAC, terá como data referencial da sua aprovação, para efeito de validade de IAM e validade do CA, a data real de conclusão favorável da correção das não-conformidades constantes do Laudo Complementar de Vistoria (ANEXO 26).

11.7 – Para uma aeronave cujas não-conformidades não sejam plausíveis de comprovações documentais e dependam de nova vistoria física, implicará o resultado conclusivo de NÃO-AERONAVEGÁVEL, devendo o operador solicitar nova vistoria para regularização técnica da mesma, bem como efetuar o pagamento de novos emolumentos.

CAPÍTULO 12 – CERTIFICADO PROVISÓRIO DE REGISTRO E DE AERONAVEGABILIDADE - CPRA

12.1 – EMISSÃO DO CPRA VERSÃO INTERNACIONAL PARA AERONAVE VISTORIADA NO EXTERIOR

12.1.1 – EMISSÃO DO CPRA VERSÃO INTERNACIONAL APÓS VTI

O CPRA versão internacional (ANEXO 22) será emitido pela TE-1, com validade de 30 (trinta) dias, a contar da data da VTI, para aeronaves vistoriadas no exterior, e será entregue ao representante do proprietário ou do operador no local da vistoria, desde que sejam satisfeitas as seguintes condições:

a) A aeronave seja considerada AERONAVEGÁVEL no momento da VTI, de acordo com os requisitos do CBA, RBHA e IAC aplicáveis;

b) Seja apresentado o original do Certificado de Aeronavegabilidade para Exportação (CAE), emitido pelo país exportador da aeronave, ou declaração da autoridade aeronáutica competente constando que não emite, de forma sistemática, o referido documento; e

c) Seja apresentado o comprovante do desregistro da aeronave, emitido pelo país exportador, ou, para aeronave nova, declaração da autoridade aeronáutica competente constando que a aeronave jamais foi registrada.

12.1.2 – OPERAÇÃO DE AERONAVE COM O CPRA VERSÃO INTERNACIONAL

Após o recebimento do CPRA, deverão ser observadas as seguintes condições:

a) Realizar a inspeção da Receita Federal no Brasil, para o cumprimento das exigências da autoridade fazendária;

b) A operação comercial da aeronave com o CPRA versão internacional só poderá ocorrer após a inclusão da aeronave nas Especificações Operativas da empresa; e

c) A emissão de um novo CPRA somente poderá ocorrer se o proprietário ou o operador da aeronave comprovar que fatores totalmente alheios a sua responsabilidade impediram a total regularização da aeronave junto ao RAB.

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12.2 – EMISSÃO DO CPRA VERSÃO NACIONAL PARA AERONAVE VISTORIADA NO BRASIL

12.2.1 – EMISSÃO DO CPRA VERSÃO NACIONAL APÓS VTI OU VTE

O CPRA versão nacional (ANEXO 22A) será emitido pela TE-1 ou SERAC para aeronaves vistoriadas no Brasil, com validade de 30 (trinta) dias, a contar da data da VTI ou VTE por mudança de marcas, mediante cancelamento das marcas anteriores, e será entregue ao representante do proprietário ou do operador, desde que sejam satisfeitas as seguintes condições:

a) A aeronave seja considerada AERONAVEGÁVEL no momento da vistoria, de acordo com os requisitos do CBA, RBHA e IAC aplicáveis;

b) A aeronave esteja incluída nas Especificações Operativas da empresa, se aplicável;

c) No caso de VTI, seja apresentado o original do Certificado de Aeronavegabilidade para Exportação (CAE), emitido pelo país exportador da aeronave, ou declaração da autoridade aeronáutica competente constando que não emite, de forma sistemática, o referido documento;

d) No caso de VTI, seja apresentado o comprovante do desregistro da aeronave, emitido pelo país exportador, ou, para aeronave nova, declaração da autoridade aeronáutica competente constando que a aeronave jamais foi registrada; e

e) No caso de VTE por mudança de marcas, deverá ser comprovado o cancelamento das marcas anteriores.

12.2.2 – OPERAÇÃO DE AERONAVE COM O CPRA VERSÃO NACIONAL

Após o recebimento do CPRA, deverão ser observadas as seguintes condições:

a) Antes da operação com o CPRA, a aeronave deverá realizar a inspeção da Receita Federal no Brasil, para o cumprimento das exigências da autoridade fazendária.

b) A operação comercial da aeronave com o CPRA versão nacional só poderá ocorrer após a inclusão da aeronave nas Especificações Operativas da empresa; e

c) A emissão de um novo CPRA somente poderá ocorrer se o proprietário ou o operador da aeronave comprovar que fatores totalmente alheios a sua responsabilidade impediram a total regularização da aeronave junto ao RAB.

12.3 – NUMERAÇÃO DO CPRA

A numeração do CPRA versão internacional (ANEXO 22) e do CPRA versão nacional (ANEXO 22A) seguem o mesmo critério estabelecido para o CPA no item 13.3 desta IAC.

CAPÍTULO 13 – CERTIFICADO PROVISÓRIO DE AERONAVEGABI-LIDADE – CPA

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O CPA, conforme previsto no ANEXO 21 desta IAC, tem o objetivo de permitir a operação da aeronave após VTE, tendo um prazo de validade de até 30 (trinta) dias, contados a partir da expedição do referido documento. O CPA é emitido apenas para aeronaves devidamente matriculadas e que estejam com sua situação de aeronavegabilidade regularizada, ou seja, o seu CA deverá estar com o código “N” (situação normal) no SIAC.

13.1 – EMISSÃO DO CPA APÓS VTE

O CPA será emitido em nome do operador registrado no RAB, conforme ANEXO 21 desta IAC, desde que sejam satisfeitas as seguintes condições:

a) A vistoria tenha sido realizada em conformidade com os requisitos desta IAC;

b) A aeronave tenha sido considerada AERONAVEGÁVEL no momento da vistoria;

c) A aeronave esteja com sua situação regularizada no SIAC, ou seja, o seu CA deverá estar com código “N” (situação normal); e

d) A Categoria de Registro que constará no CPA será a categoria em que a aeronave foi vistoriada, exceto no caso em que o operador não cumpra os requisitos necessários para a referida operação, devendo, assim, ser incluída a Categoria de Registro compatível com a do mesmo, ou, então, ser restringida sua operação no campo “OBSERVAÇÕES” do CPA, conforme melhor aplicável, desde que o documento esteja compatível com os aspectos técnicos e legais.

13.2 – RENOVAÇÃO DO CPA

A renovação de um CPA somente ocorrerá se o proprietário ou o operador da aeronave comprovar que fatores totalmente alheios a sua responsabilidade impediram a total regularização da aeronave junto ao RAB.

13.3 – NUMERAÇÃO DO CPA

13.3.1 - O CPA, conforme ANEXO 21 desta IAC, será numerado em ordem seqüencial de 3 dígitos seguidos de letra e da sigla “TE-1” ou “S1,2, ...” (de acordo com o SERAC emissor) e do ano da emissão, conforme os seguintes exemplos:

primeiro CPA emitido pela TE-1 no ano de 2002 001A/TE-1/2002 terceiro CPA emitido pelo SERAC-7 no ano de 2002 003A/S7/2002 décimo CPA emitido pelo SERAC-4 no ano de 2002 010A/S4/2002

13.3.2 – No caso da necessidade de renovação de um CPA para a mesma aeronave, será utilizada a seqüência numérica seguida das letras em ordem alfabética, conforme aplicável, para identificação de renovação e controle, conforme os seguintes exemplos, devendo ser observado o cumprimento do item 13.2 desta IAC:

primeira renovação de um CPA emitido pela TE-1, para a mesma aeronave 035B/TE-1/2002 segunda renovação de um CPA emitido pela TE-1, para mesma aeronave 058C/TE-1/2002 segunda renovação de um CPA emitido pelo SERAC-4, para mesma aeronave 064C/S4/2002

CAPÍTULO 14 - CERTIFICADO DE AERONAVEGABILIDADE PADRÃO

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14.1 – EMISSÃO

14.1.1 – A responsabilidade pela emissão do Certificado de Aeronavegabilidade Padrão [versão original] é da TE-1, que o emitirá após satisfeitas as seguintes condições:

a) Apresentação do requerimento para a emissão do CA, com o comprovante de pagamento dos emolumentos, conforme ANEXO 24 desta IAC;

b) Apresentação do original ou cópia autenticada do Certificado de Nacionalidade e Matrícula;

c) A aeronave tenha sido vistoriada e considerada AERONAVEGÁVEL pelos inspetores que realizaram sua vistoria, quando se tratar de emissão do CA após VTI ou VTE; e

d) Não exista nenhuma irregularidade do CA quanto a suspensão ou cancelamento do CA por qualquer código, ou ainda no caso de interdição da aeronave.

14.1.2 – O modelo do Certificado de Aeronavegabilidade Padrão está contido no ANEXO 28 desta IAC.

14.1.3 – Com o objetivo de melhor identificar particularidades técnicas ou operacionais, existe no CA um campo designado “OBSERVAÇÕES”, que visa a explicitar a referida situação.

14.1.4 – Para melhor identificar a operação das aeronaves registradas como Serviço Aéreo Especializado, o tipo de serviço realizado será identificado pelos códigos abaixo, que constarão no campo “CATEGORIA DE REGISTRO” ou no campo “OBSERVAÇÕES”, conforme melhor aplicável:

SAE-AA – Apoio AéreoSAE-AC – AerocinematografiaSAE-AD – AerodemonstraçãoSAE-AF – AerofotografiaSAE-AG – AeroagrícolaSAE-AI – Combate a incêndiosSAE-AL – AerolevantamentoSAE-AN – AeroinspeçãoSAE-AP – Aeropublicidade

SAE-AR – Aeroreportagem

14.1.5 – Quando uma aeronave operar como Serviço Aéreo Especializado em duas ou mais atividades daquelas constantes no item 14.1.4 desta IAC, as mesmas serão identificadas da seguinte forma:

AEROCINEMATOGRAFIA / AEROFOTOGRAFIA / AEROINSPEÇÃOSIGLA SAE-AC/F/N

14.2 – VALIDADE INICIAL

Todos os Certificados de Aeronavegabilidade das aeronaves civis brasileiras, emitidos até a data da efetivação desta IAC, terão validade inicial conforme estabelecido no quadro constante do Capítulo 36 (Disposições Transitórias) desta IAC, exceto os das aeronaves já vistoriadas e cujas novas validades constem no CA.

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14.3 – VALIDADE

14.3.1 – A validade dos CA a serem emitidos a partir da efetivação desta IAC será de 6 (seis) anos, a contar da data da VTI ou VTE.

14.3.2 – O Certificado de Aeronavegabilidade Padrão, versão original, somente será emitido para aeronaves que tenham sido aprovadas em VTI ou VTE e não tenham nenhum impedimento legal.

14.3.3 – A emissão de um novo Certificado de Aeronavegabilidade Padrão, versão original, para atender às solicitações de segunda via, ou ainda para modificação de qualquer dado constante do referido certificado, somente poderá ocorrer se a aeronave não se encontrar com nenhuma irregularidade no controle geral de aeronavegabilidade, devendo, portanto, estar com código “N” (situação normal) no SIAC.

14.4 – VENCIMENTO DO CA

A aeronave que tiver o seu CA vencido estará impedida de realizar vôo e constará como irregular pelo código “V” no SIAC.

14.5 – SUSPENSÃO E DATA DE VENCIMENTO DO CA

A aeronave que tiver o seu CA suspenso por qualquer código e vier a ocorrer o vencimento do CA, automaticamente o código “V” será incluído na codificação da situação da aeronave. Caso esteja apenas com o CA vencido (código “V”) e vier a ocorrer qualquer situação passível de enquadramento nos códigos numéricos, aqueles aplicáveis serão adicionados à codificação.

14.6 – INTERDIÇÃO E DATA DE VENCIMENTO DO CA

A interdição de uma aeronave (código “X”) não alterará a data de vencimento do CA.

14.7 – VISTORIA TÉCNICA ESPECIAL ANTES DA DATA DE VENCIMENTO DO CA

Considerando a data de validade do CA, conforme estabelecido no quadro constante do Capítulo 36 (Disposições Transitórias) desta IAC, ou da data constante no próprio CA, conforme aplicável, recomenda-se o cumprimento dos seguintes procedimentos:

a) A empresa, operando segundo os RBHA 121 ou 135, poderá solicitar a realização de VTE, de acordo com o item 8.1 desta IAC, de modo a coincidir com a data provável de conclusão de qualquer tarefa do programa de manutenção da aeronave ou da IAM; entretanto, a VTE deverá ser, necessariamente, solicitada com pelo menos 60 (sessenta) dias de antecedência da data de vencimento do CA;

b) O Proprietário ou o operador, operando segundo o RBHA 91, poderá solicitar a realização de VTE, de acordo com o item 8.1 desta IAC, de modo a coincidir com a data provável de conclusão de qualquer tarefa do programa de manutenção da aeronave ou da IAM; entretanto, a VTE deverá ser, necessariamente, solicitada com pelo menos 30 ( trinta) dias de antecedência da data de vencimento do CA; e

c) A TE-1 poderá avaliar o pedido de isenção temporária (vide Capítulo 35 desta IAC) do estabelecido pelos itens 14.7.a e 14.7.b, para a concessão de extensão da validade do CA, de modo a coincidir com a data provável de conclusão de qualquer tarefa do programa de

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manutenção da aeronave ou da IAM, desde que o pedido seja apresentado, para análise da TE-1, acompanhado de consubstanciação técnica necessária, nos prazo estabelecidos.

14.8 – DATA REFERENCIAL PARA A VALIDADE DO CA

A data referencial para a validade do CA será a data de aprovação da VTI ou VTE.

CAPÍTULO 15 - CERTIFICADO DE AERONAVEGABILIDADE PARA AERONAVES RECÉM-FABRICADAS - CAARF

O Certificado de Aeronavegabilidade para Aeronaves Recém-Fabricadas será concedido para aeronaves novas, fabricadas no Brasil por empresa homologada para fabricação de aeronaves ou por empresa autorizada a fabricar aeronaves com base em um Certificado de Homologação de Tipo. Tem por objetivo permitir o vôo da aeronave entre a data em que foi realizada a Vistoria Técnica Inicial pelo CTA/IFI e a data de sua entrega ao primeiro comprador ou operador. Será emitido mediante a apresentação do requerimento do fabricante, da comprovação de contratação do seguro aeronáutico, do laudo de inspeção final e do recolhimento dos emolumentos (Seção 47.155(m) do RBHA 47) e após a aprovação da vistoria do CTA/IFI.

15.1 – EMISSÃO DO CAARF

Fica delegada ao CTA/IFI a emissão dos CAARF para as aeronaves novas, fabricadas no Brasil por empresa homologada para fabricação de aeronaves ou por empresa autorizada a fabricar aeronaves com base em um Certificado de Homologação de Tipo, tendo em vista ser o Elo Executivo responsável pelas referidas homologações, o qual deverá ser impresso conforme o ANEXO 23 desta IAC.

15.2 – VALIDADE DO CAARF

O CAARF terá a validade de um ano a partir da data da aprovação da vistoria do CTA/IFI, constante do campo 12 do ANEXO 23 desta IAC, podendo o CTA/IFI revalidá-lo de acordo com os critérios técnico-administrativos definidos por aquele Elo Executivo.

15.3 – CONVALIDAÇÃO DO CAARF PELO DAC

O DAC convalidará o CAARF para os objetivos da emissão do Certificado de Aeronavegabilidade, se mantidas as características técnicas e operacionais da aeronave, desde a sua emissão até o pedido do registro definitivo. A validade do Certificado de Aeronavegabilidade e IAM será contada a partir da data de realização da VTI pelo CTA/IFI.

15.4 – PRAZO PARA OBTENÇÃO DA LICENÇA DE ESTAÇÃO DE AERONAVE

O proprietário ou operador de aeronave, cujo CAARF foi convalidado pelo DAC, terá um prazo de 90 (noventa) dias, contados a partir da data de convalidação, para obtenção e apresentação da Licença de Estação da Aeronave no DAC ou SERAC, conforme aplicável.

CAPÍTULO 16 – NOTIFICAÇÃO DE CONDIÇÃO IRREGULAR DE AERONAVE - NCIA

16.1 – EMISSÃO

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Durante as inspeções ou vistorias realizadas por INSPAC AERONAVEGABILIDADE, PILOTO ou OPERAÇÕES, sempre que forem constatadas NÃO-CONFORMIDADES técnicas ou operacionais, ou também algum item em desacordo com a regulamentação em vigor, o INSPAC emitirá uma NCIA em duas vias, conforme ANEXO 12 desta IAC, que terão os seguintes destinos: 1a via, proprietário ou operador da aeronave; e 2a via, Elo Executivo emissor. A numeração das NCIA é da responsabilidade do Elo Executivo emissor.

16.2 – PRAZO PARA CORREÇÃO

As não-conformidades listadas numa NCIA deverão ser corrigidas no menor espaço de tempo possível. Em função das circunstâncias, e após uma avaliação técnica do INSPAC, será estipulado um prazo, dentro do qual as não-conformidades deverão ser corrigidas, variando de “antes do próximo vôo” até 30 (trinta) dias, no máximo.

16.3 – COMPROVAÇÃO DA CORREÇÃO

Após terem sido corrigidas as não-conformidades notificadas em uma NCIA, esta deverá ser remetida, devidamente preenchida e assinada por quem estiver habilitado para a execução da ação corretiva, ao Elo Executivo emissor, conforme aplicável, juntamente com os documentos necessários à comprovação da correção, sempre que for o caso.

16.4 – SUSPENSÃO DO CA E LIMITE DE PRAZO

A NCIA não cumprida no prazo estabelecido implicará a suspensão do CA da aeronave pelo Elo Executivo que a emitiu. A concessão de um novo prazo, quando solicitado pelo interessado, ficará a critério do Elo Executivo emissor, que analisará a possibilidade ou não de ser emitida uma nova NCIA, desde que o somatório dos prazos concedidos para uma mesma irregularidade não ultrapasse 60 (sessenta) dias.

16.5 – CADASTRAMENTO DA NCIA NA TELA DE PENDÊNCIAS DA AERONAVE

O Elo Executivo emissor de uma NCIA deverá, obrigatoriamente, lançá-la na Tela de Pendências Técnicas e Operacionais da aeronave, com o objetivo de que a mesma tenha o seu Certificado de Aeronavegabilidade suspenso automaticamente pelo código 7, no caso do seu não cumprimento tempestivo. A NCIA emitida com prazo “antes do próximo vôo” implicará a necessidade da atualização imediata da Tela de Pendências Técnicas e Operacionais da aeronave, visando à suspensão do seu Certificado de Aeronavegabilidade pelo código 7. O Elo Executivo emissor, ao receber a comprovação da correção de uma não-conformidade de NCIA, deverá providenciar a atualização imediata da Tela de Pendências Técnicas e Operacionais da aeronave.

CAPÍTULO 17 – RESUMO DA(S) NÃO-CONFORMIDADE(S) - RNC

17.1 – O Resumo das Não-Conformidades (RNC) é um documento que o INSPAC emitirá para o proprietário, operador ou seu representante legal, em conformidade com ANEXO 29 desta IAC, com o objetivo de cientificar o mesmo das não-conformidades verificadas por ocasião de uma VTI ou VTE de aeronave.

17.2 – O RNC é um documento informal que será oficializado após a emissão de documento (ofício ou fax) pelo DAC ou SERAC, conforme aplicável.

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17.3 – Quando uma não-conformidade detectada exigir a suspensão ou cancelamento imediato do CA, será utilizada a NCIA com o prazo devidamente arbitrado pelo INSPAC. Poderá também ser adotada a sistemática de se emitir uma NCIA para cumprimento de um RNC, conforme melhor julgamento do INSPAC.

17.4 – Quando uma aeronave se encontrar interditada, ou com o seu CA suspenso ou cancelado, e cuja vistoria vise à regularização desta situação, será emitido apenas um RNC caso esta aeronave seja considerada NÃO-AERONAVEGÁVEL após a VTE.

CAPÍTULO 18 – INSPEÇÃO ANUAL DE MANUTENÇÃO

18.1 – ATESTAR UMA IAM

18.1.1 – Atestar uma IAM significa, de acordo com a seção 91.409(a) do RBHA 91, demonstrar à autoridade aeronáutica que a aeronave está com a sua documentação correta, conforme previsto na seção 91.203 do RBHA 91, e que ela tem sido corretamente mantida de acordo com um programa de manutenção aprovado do fabricante, ou com um programa de inspeções progressivas aprovado pelo DAC especificamente para o operador, ou com um programa de inspeções de 100 horas aprovado de acordo com o apêndice D do RBHA 43.

18.1.2 – O DAC aceitará o programa de manutenção recomendado pelo fabricante da aeronave para efeito de atestar uma IAM.

18.2 – COMPETÊNCIA PARA ATESTAR UMA IAM

18.2.1 – A competência para atestar uma IAM é das empresas homologadas segundo os RBHA 121, 135 ou 145, conforme aplicável.

18.2.2 – Desde que na área de atuação do SERAC onde se encontrar uma aeronave não haja empresa homologada segundo o RBHA 145 para seu determinado modelo, poderá o SERAC da área autorizar uma empresa homologada no Padrão C2 ou C4, segundo o RBHA 145, a atestar uma IAM de uma aeronave monomotora, com motor convencional e capacidade máxima de 9 (nove) assentos, incluídos pilotos e passageiros, após avaliação da condição técnica da empresa para atestar a referida IAM.

18.2.3 – Os planadores, balões e dirigíveis poderão ter sua IAM atestada por mecânico habilitado em célula e grupo motopropulsor, com qualificação de inspetor, desde que este mecânico seja cadastrado no SERAC da área para realização do referido serviço. O cadastramento de um mecânico para a realização de IAM, para este caso específico, será em conformidade com o Capítulo 19 desta IAC, competindo ao SERAC a verificação quanto aos recursos necessários e disponíveis ao mecânico, dentre os quais: Manual do Fabricante da aeronave, motores, hélices e componentes, conforme aplicáveis, Diretrizes de Aeronavegabilidade, ferramentas gerais e especiais, disponibilidade de hangar e quaisquer outros recursos necessários e aplicáveis para ser atestada a referida IAM.

18.2.4 – Em princípio, as aeronaves que tiverem suas IAM atestadas de acordo com os itens 18.2.2 e 18.2.3 desta IAC só poderão fazê-las por no máximo 3 (três) IAM, devendo, nesse período, ser providenciada a homologação de empresa segundo o RBHA 145 para o modelo de aeronave em questão.

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18.3 – ISENÇÃO DE IAM

18.3.1 – Considerando o previsto no parágrafo 91.409(d) do RBHA 91, uma aeronave somente será isenta de atestar uma IAM quando o procedimento de manutenção progressiva, estabelecido pelo seu respectivo fabricante, for aprovado pela TE-1 ou SERAC para determinado operador.

18.3.2 – Uma aeronave inspecionada conforme um programa de manutenção aprovado/aceito segundo os RBHA 121 e l35, e devidamente identificada pela matrícula nas Especificações Operativas de uma empresa, poderá ser isenta de atestar IAM.

18.3.3 – Uma aeronave isenta de atestar IAM, ao ser excluída das Especificações Operativas de uma empresa, terá um prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data da sua exclusão, para realizar uma IAM e apresentar a DIAM à TE-1 ou SERAC, conforme aplicável, com o objetivo de regularizar a sua situação técnica perante o sistema. A não apresentação da DIAM no prazo estabelecido implicará a suspensão do Certificado de Aeronavegabilidade da aeronave pelo código 6 (situação técnica irregular).

18.3.4 – O proprietário ou o operador de uma aeronave poderá encaminhar à TE-1 um pedido específico visando à isenção de se atestar uma IAM, devendo ser demonstrado que existe um método alternativo de cumprimento do requerido pelo item 18.1desta IAC, conforme aplicável.

18.4 – PROCEDIMENTOS PARA ATESTAR UMA IAM

Uma empresa homologada deverá atestar uma IAM de acordo com o requerido pelo parágrafo 91.409(a) do RBHA 91 e pelo item 18.1 desta IAC, devendo, ainda, cumprir os seguintes requisitos:

18.4.1 – Comunicar ao SERAC da área, no prazo máximo de um dia após o início da IAM, pelo meio mais rápido possível, sua data de início junto com as marcas, fabricante, modelo e número de série da aeronave. Quando julgar conveniente, o DAC ou o SERAC poderá designar um INSPAC para acompanhar a realização da IAM de qualquer aeronave.

18.4.2 – Executar inspeções iguais ou mais abrangentes àquelas requeridas pelo Apêndice D do RBHA 43, para aquela aeronave que tenha operado menos de 100 horas desde a VTI, VTE ou última IAM.

18.4.3 – Conforme aplicável, executar inspeções em consonância com o estabelecido nos RBHA 91 e 43.

18.4.4 – Para aeronave cuja última IAM tenha sido realizada há 3 (três) anos ou mais, deverá ser realizada a maior e a mais abrangente inspeção prevista pelo programa de manutenção recomendado pelo fabricante da aeronave, incluindo itens especiais, horários ou calendáricos estipulados. Motores e hélices deverão, necessariamente, estar com o programa de manutenção (inspeções, testes, calibrações, revisão geral e vidas limites de componentes) cumprido, conforme previsto pelos correspondentes fabricantes, em documentação aprovada/aceitável, em ordem e atualizada, devendo ser observados, inclusive, os critérios de preservação nos períodos de inatividade;

18.4.5 – Verificar se a documentação necessária, prevista nos RBHA e nas IAC aplicáveis, está em ordem e em dia;

18.4.6 – Verificar ou cumprir, conforme aplicável, as Diretrizes de Aeronavegabilidade ou os documentos equivalentes de cumprimento obrigatório, fazendo o registro primário detalhado nas FCDA ou

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nas cadernetas da aeronave, motor ou hélice, conforme aplicável, do método de cumprimento utilizado, de acordo com a IAC 3142 em vigor. Confeccionar, ainda, o mapa de controle de cumprimento das DA, conforme previsto na referida IAC.

18.4.7 – Confeccionar ou atualizar a lista de grandes modificações e de grandes reparos incorporados na aeronave, de acordo com as seções 91.417, 135.439 e 121.380 dos RBHA 91, 135 e 121 respectivamente, conforme aplicável, observando o estabelecido na IAC 3133;

18.4.8 – Verificar os lançamentos previstos nas cadernetas aplicáveis;

18.4.9 – Verificar os números de série dos componentes controlados instalados, confrontando-os com seus registros nos documentos apropriados;

18.4.10 – Verificar o crédito dos componentes controlados instalados, conforme o previsto no programa de manutenção da aeronave utilizado;

18.4.11 – Constatar a conformidade da aeronave, motor e hélice com as especificações aprovadas (especificação da aeronave (EA), "type certificate data sheet" (TCDS) ou documento equivalente) e com os RBHA aplicáveis.

18.4.12 – Confeccionar ou atualizar os registros da situação corrente de manutenção dos componentes controlados, de acordo com o requerido pelas seções 91.417, 135.439 e 121.380 dos RBHA 91, 135 e 121 respectivamente, conforme aplicável. O Mapa Informativo, constante do ANEXO 25 desta IAC, constitui um formato aceitável visando ao cumprimento dos requisitos aplicáveis das seções em questão;

18.4.13 – Verificar se os componentes controlados estão identificados de acordo com o RBHA 45, seções 45.11, 45.13, 45.14 e 45.15. Um componente cuja identificação esteja ilegível, adulterada ou seja inexistente, deverá ser considerado NÃO-AERONAVEGÁVEL e, portanto, não aplicável à aeronave;

18.4.14 – Verificar a abrangência e a validade da apólice de seguro, bem como a correta identificação da aeronave em relação aos dados constantes dos Certificados de Nacionalidade e Matrícula e de Aeronavegabilidade;

18.4.15 – Verificar o estado geral, condições de segurança e a validade dos equipamentos de emergência da aeronave;

18.4.16 – Relacionar na FIAM em emissão os seguintes tipos de serviços realizados desde a última IAM, registrando o nome da pessoa responsável pela aprovação para o retorno ao serviço e a data da sua execução:

a) DA ou documentos equivalentes cumpridos;

b) Substituição de componentes controlados;

c) Serviços de manutenção preventiva, reparo e/ou modificação realizados na aeronave; e

d) Teste/calibração de equipamentos, quando aplicável.

18.4.17 – Preencher a FIAM (ANEXOS 07 ou 08) em duas vias, onde a 1a via ficará na aeronave ou conforme estabelecido nos RBHA aplicáveis, e a 2a via ficará no arquivo da empresa homologada que atestou a IAM.

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18.4.18 – Arquivar, pelo prazo mínimo de 05 (cinco) anos, as fichas de inspeção ou os documentos equivalentes correspondentes às inspeções realizadas, devendo as mesmas estarem devidamente rubricadas, item por item, pelo executante e pelo inspetor que aprovou a execução do serviço, e com o visto final do inspetor que aprovou o retorno ao serviço após a inspeção, observados os requisitos do RBHA 43; e

18.4.19 – Preencher a FIEV, de acordo com os ANEXOS 04, 05 ou 06 desta IAC, conforme aplicável.

18.5 – REGISTRO DE IAM

A IAM, após concluída, deverá ser registrada pela empresa homologada executante nas cadernetas de célula, motor(es) e/ou hélice(s), conforme aplicável, usando como modelo, devidamente preenchido, o padrão constante do ANEXO 09 desta IAC. No caso de o resultado encontrado não ser satisfatório, deverão ser registradas aquelas tarefas satisfatoriamente concluídas e elaborada uma lista de não-conformidades, que deverá ser fornecida ao proprietário ou ao operador da aeronave (Seção 43.11(b) do RBHA 43). Preencher a FIAM, conforme previsto no item 18.4.17 desta IAC, e incluir a descrição dos serviços relevantes executados durante a IAM em questão, registrando a aprovação ou a reprovação da aeronave para o retorno ao serviço, conforme aplicável.

18.6 – DECLARAÇÃO DE INSPEÇÃO ANUAL DE MANUTENÇÃO

18.6.1 – A DIAM, emitida de acordo com os ANEXOS 10 e 10A desta IAC, conforme aplicável, deverá ser confeccionada pela pessoa responsável por atestar a IAM em 3 (três) vias. As 1ª e 2ª vias deverão ser apresentadas ao SERAC da área, no prazo máximo de 15 (quinze) dias após a realização da IAM. O SERAC, após inserir os dados da IAM no sistema informatizado, arquivará a 1a via na pasta da aeronave e a 2a via na pasta da empresa que atestou a IAM.

18.6.2 – A DIAM emitida por Empresa de Manutenção homologada pelo DAC no exterior de acordo com os ANEXOS 10 e 10A desta IAC, conforme aplicável, deverá ser confeccionada pela pessoa responsável por atestar a IAM em 3 (três) vias. As 1ª e 2ª vias deverão ser apresentadas à TE-1, no prazo máximo de 15 (quinze) dias após a realização da IAM. A TE-1, após inserir os dados da IAM no sistema informatizado, arquivará a 1a via na pasta da aeronave e a 2a via na pasta da empresa que atestou a IAM.

18.6.3 – Em caso de ter sido constatado, durante a realização da IAM, que serviços de manutenção foram realizados no exterior por empresas de manutenção não homologadas pelo DAC segundo a Subparte C do RBHA 145, cópia do documento da COTAC que deferiu o pedido de realização de serviços de manutenção no exterior deverá ser anexada à DIAM a ser encaminhada ao SERAC da área. Caso contrário, os serviços de manutenção realizados no exterior deverão constar da lista de não-conformidades (Seção 43.11(b) do RBHA 43).

18.6.4 – A 3ª via da DIAM deverá ficar arquivada na empresa homologada responsável por atestar a IAM, em arquivo específico, juntamente com os seguintes documentos:

a) 2ª via da FIAM e seus anexos;

b) Cópia das Ordens de Serviço, caso aplicáveis, geradas durante a IAM;

c) Cópia da FIAM anterior;

d) Cópia dos registros dos serviços de manutenção realizados desde a última IAM;

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e) Cópia dos laudos técnicos previstos na legislação em vigor, desde a última IAM;

f) Cópia da apólice de seguro;

g) Cópia da Licença de Estação de Aeronave;

h) FIEV;

i) Cópia do comprovante de pagamento da taxa FISTEL; e

j) Se for o caso, cópia da documentação comprobatória de aquisição de grandes componentes aplicados na aeronave.

18.6.5 – A DIAM, junto com a documentação constante do item 18.6.4 desta IAC, deverá permanecer arquivada na empresa homologada responsável por atestar a IAM durante, no mínimo, 05 (cinco) anos.

18.6.6 – Quando da vistoria de aeronave, da empresa homologada responsável por atestar a IAM ou, ainda, se na conferência de uma DIAM for constatada alguma discrepância com relação às normas técnicas em vigor, a aeronave terá, a partir da data da constatação da irregularidade, o seu CA suspenso pelo código 6 (Situação Técnica Irregular), conforme o Capítulo 21 desta IAC, e a pessoa responsável pela aprovação da aeronave para o retorno ao serviço será apenada, conforme previsto no CBA.

18.6.7 – Para uma aeronave que se encontre com o seu CA suspenso pelos códigos 1, 2, 6, 7 e 9, simultaneamente ou não, deverão ser anexados à DIAM, a ser apresentada ao SERAC da área, os documentos comprobatórios da regularização dos referidos códigos ou a lista de não-conformidades (Seção 43.11(b) do RBHA 43) encontradas.

18.6.8 – A aeronave cuja DIAM seja apresentada com uma lista de não-conformidades (Seção 43.11(b) do RBHA 43), de acordo com o ANEXO 10A desta IAC, terá o seu CA suspenso pelo código 6 (Situação Técnica Irregular).

18.6.9 – A suspensão do CA por qualquer código não inviabiliza a regularização do código 8 quando da apresentação da DIAM.

18.6.10 – A IAM de uma aeronave não será prorrogada em nenhuma hipótese.

CAPÍTULO 19 – CADASTRAMENTO DE PROFISSIONAIS DE MANUTENÇÃO DE AERONAVES

19.1 – CADASTRAMENTO

Os profissionais da área de manutenção de aeronaves das empresas que operam segundo os RBHA 91, 121, 135 e 145, responsáveis pelo Controle da Qualidade, Chefia de Manutenção, Inspetor-Chefe ou Inspetor, conforme aplicável, deverão solicitar o CADASTRAMENTO junto ao Elo Executivo responsável pela fiscalização das atividades da empresa, com a finalidade de responder pelo controle da qualidade, execução dos serviços realizados e assinatura dos documentos inerentes à manutenção, inspeção, grandes modificações e grandes reparos das aeronaves, conforme preconizado pelo RBHA 43.

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19.2 – SOLICITAÇÃO DE CADASTRAMENTO

Deverá ser encaminhada à TE-1 ou ao SERAC da área, conforme aplicável, acompanhada dos seguintes documentos:

a) Ficha informativa do profissional a ser cadastrado, conforme ANEXO 16 desta IAC;

b) Cópia autenticada das carteiras e habilitação do CREA e/ou DAC, conforme aplicável;

c) Comprovação do vínculo empregatício ou contrato de trabalho, de acordo com a legislação trabalhista em vigor, caso aplicável; e

d) Comprovante de pagamento dos respectivos emolumentos, conforme tabela de serviços indenizáveis do DAC em vigor.

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19.3 – RESPONSABILIDADE TÉCNICA E SEGURANÇA DE VÔO

Com o objetivo de salvaguardar a segurança de vôo, mantendo a qualidade dos serviços realizados nas aeronaves civis brasileiras, nenhum dos profissionais citados no item 19.1 desta IAC poderá ser credenciado em mais de três empresas que operem segundo os RBHA 91, 121, 135 e 145. A TE-1 ou o SERAC deverá, ainda, ao analisar a solicitação de CADASTRAMENTO, avaliar a quantidade e a complexidade dos serviços realizados pelas empresas e, também, a área geográfica de atuação do profissional a ser credenciado.

19.4 – ACEITAÇÃO

Conferida a documentação e estando a mesma correta, a TE-1 ou o SERAC, conforme aplicável, fará o CADASTRAMENTO.

19.5 – EMISSÃO

A TE-1 ou o SERAC deverá emitir os CADASTRAMENTOS com as restrições que se fizerem necessárias, incluindo, se for o caso, a relação dos modelos de aeronaves para os quais o profissional estará autorizado a assinar as documentações pertinentes à manutenção.

19.6 – VALIDADE

19.6.1 – A validade do CADASTRAMENTO será de até 05 (cinco) anos, exceto para os objetivos do item 18.2.3 desta IAC, que neste caso deverá ser de até 03 (três) anos.

19.6.2 – O CADASTRAMENTO perderá automaticamente a sua validade se o profissional deixar de

prestar serviços à empresa para a qual está credenciado ou se for comprovada falta de idoneidade ou de capacidade técnica do mesmo (Art. 299 do CBA). A empresa deverá comunicar ao Elo Executivo credenciador, no prazo máximo de 10(dez) dias, a dispensa do profissional credenciado.

19.6.3 – As solicitações para RECADASTRAMENTO deverão ser apresentadas antes do término da validade do CADASTRAMENTO anterior.

19.6.4 – O ANEXO 16 desta IAC contém o modelo da Ficha de CADASTRAMENTO Profissional.

19.7 – IDENTIFICAÇÃO DE RESPONSÁVEL TÉCNICO

As assinaturas dos responsáveis técnicos por laudos, certificados, execução e/ou qualidade de serviços aeronáuticos deverão ser identificadas com os seguintes dados:

a) No caso de engenheiros e tecnólogos da área de manutenção de aeronaves, nome completo e número de registro no CREA e, quando possuírem habilitação do DAC, o número da licença e do código DAC; e

b) No caso de mecânicos de manutenção aeronáutica, nome completo e número da licença e do código DAC, e quando possuírem habilitação de Técnico de Manutenção de Aeronaves e/ou Eletrônica registrados no CREA, o correspondente número de registro.

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19.8 – CADASTRAMENTO DE MMA AUTÔNOMO

19.8.1 – De acordo com o previsto no RBHA 43, um detentor de certificado de Mecânico de Manutenção Aeronáutica (MMA) habilitado em célula e grupo moto-propulsor, com qualificação para Inspetor de Manutenção, poderá autorizar o retorno ao serviço, após inspeções de até 100 horas previstas no plano de manutenção do fabricante ou em conformidade com o Apêndice D daquele Regulamento, de aeronaves empregadas por aeroclubes ou entidades assemelhadas em instrução para formação de pilotos, que não disponham de oficina homologada, e de aeronaves a serviço de entidades da Administração Federal, Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, desde que esteja cadastrado junto ao DAC/SERAC. Desta forma, os seguintes requisitos mínimos deverão ser atendidos por um mecânico que deseje o cadastramento necessário a obter a prerrogativa do parágrafo 43.7(c) do RBHA 43:

a) Ser apresentada uma solicitação formal, feita pelo próprio profissional que deseja a cadastramento junto ao SEGVÔO, devendo seguir o modelo previsto no Anexo 16 desta IAC;

b) Encaminhar a solicitação ao SERAC da área do aeroclube, da entidade assemelhada em instrução para formação de pilotos, ou da entidade da Administração Federal, Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, cujas aeronaves o mecânico será responsável por aprovar as inspeções de até 100 horas;

c) Apenas um mecânico com experiência de no mínimo 4 (quatro) anos de licença de mecânico poderá ser cadastrado, conforme o que requer a seção 43.7 do RBHA 43 e a seção 65.101 do RBHA 65; e

d) O mecânico deverá possuir habilitações em Célula e GMP, não necessariamente completas, e sim compatíveis com os serviços de manutenção que serão realizados.

19.8.2 – A solicitação formal deverá ser feita de acordo com o item 19.2 desta IAC, e conter, adicionalmente, as seguintes informações e declarações:

a) Comprovação da experiência do mecânico que está solicitando o cadastramento, visando ao atendimento do item 19.8.1(d) .

b) Cópia do Certificado de Habilitação Técnica, comprovando as habilitações em Célula e GMP;

c) Cópias dos Certificados de conclusão de cursos das aeronaves que serão incluídas no cadastramento, que deverão estar descritas no Anexo 16;

d) Quais os modelos e os prefixos das aeronaves do aeroclube ou da entidade operadora que serão incluídas no cadastramento;

e) Declaração de que estarão disponíveis todos os Manuais Técnicos das aeronaves (Manual de Manutenção, Catálogo de Peças, etc.), atualizados com base em um índice recente de cada fabricante (informando quais estão disponíveis (PN) e quais suas revisões), necessários à verificação das suas condições de aeronavegabilidade;

f) Declaração de que estarão disponíveis todas as fichas de inspeção aplicáveis e que estas estão de acordo com a revisão atualizada dos programas de manutenção dos fabricantes das aeronaves que serão incluídas no cadastramento (informando em qual revisão do programa de manutenção do fabricante que a ficha foi baseada);

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g) Declaração de que estarão disponíveis todas as ferramentas comuns e especiais, conforme aplicável, de acordo como o programa de manutenção do fabricante;

h) Declaração de que estarão disponíveis todos os instrumentos de medição e teste necessários e que os mesmos possuem controle de calibração e que as mesmas estão em dia;

i) Relação dos mecânicos que participarão da execução dos serviços de acordo com o que requer a seção 43.3 do RBHA 43, conforme aplicável;

j) Descrição dos típicos e rotineiros serviços de manutenção corretiva decorrente das inspeções previstas pelos fabricantes das aeronaves que o profissional terá capacidade para executar, e como se farão os registros das mesmas;

k) Declaração de que os serviços de manutenção corretiva complexa, não descritos conforme item anterior, serão realizados por oficina homologada segundo o RBHA 145, conforme aplicável; e

l) Declaração de que está ciente que o cadastramento não lhe confere a prerrogativa para a aprovação de outros serviços de manutenção fora do escopo da inspeção de 100 horas prevista no programa de manutenção do fabricante, como Diretrizes de Aeronavegabilidade e Boletins de Serviço.

19.8.3 – Quando for solicitado o primeiro cadastramento de um determinado mecânico, o Elo Executivo do SEGVÔO que recebeu o pedido de cadastramento realizará auditoria técnica especial no local onde serão realizados os serviços, com o objetivo de confirmar as declarações apresentadas pelo mecânico e os padrões mínimos de segurança de vôo previstos nos RBHA. Entretanto, a critério do Elo Executivo do SEGVÔO responsável pelo cadastramento, poderá ser realizada, a qualquer momento, auditoria técnica especial no Aeroclube ou na Entidade operadora das aeronaves, antes ou depois do cadastramento ou recadastramento.

19.9 – CADASTRAMENTO DE MMA AUTÔNOMO PARA ATESTAR IAM

19.9.1 – O mecânico de manutenção aeronáutica que deseje possuir a competência para atestar uma IAM, conforme estabelecido no item 18.2.3 desta IAC, deverá ser cadastrado junto ao SERAC, de acordo com os seguintes requisitos:

a) Ter sido cadastrado, por um Elo Executivo do SEGVÔO, por mais de 01 (um) ano, exclusivamente de acordo com os critérios do item 19.8 desta IAC, para aprovar o retorno ao serviço, após inspeções de até 100 horas previstas no plano de manutenção do fabricante ou em conformidade com o Apêndice D daquele Regulamento, de aeronaves empregadas por aeroclubes ou entidades assemelhadas em instrução para formação de pilotos, que não disponham de oficina homologada, e de aeronaves a serviço de entidades da Administração Federal, Estadual, Municipal ou do Distrito Federal.

b) Ser apresentada uma solicitação formal ao SERAC da área de registro da aeronave que o mecânico será responsável por atestar a IAM, feita pelo próprio profissional que deseja o cadastramento junto ao SEGVÔO, devendo seguir o modelo previsto no Anexo 16 desta IAC;

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c) Apenas um mecânico com experiência de no mínimo 04 (quatro) anos de licença de mecânico poderá ser cadastrado; e

d) O mecânico deverá possuir habilitações em Célula e GMP, não necessariamente completas.

19.9.2 – A solicitação formal deverá ser feita de acordo com o item 19.2 desta IAC, e conter, adicionalmente, as seguintes informações e declarações:

a) Comprovação da experiência do mecânico que está solicitando o cadastramento, visando ao atendimento do item 19.9.1(c);

b) Cópia do Certificado de Habilitação Técnica, comprovando as habilitações em Célula e GMP;

c) Cópias dos Certificados de conclusão de cursos das aeronaves que serão incluídas no cadastramento, que deverão estar descritas no Anexo 16;

d) Quais os modelos e os prefixos das aeronaves que serão incluídas no cadastramento;

e) Declaração de que estarão disponíveis todos os Manuais Técnicos das aeronaves (Manual de Manutenção, Catálogo de Peças, etc.), atualizados com base em um índice recente de cada fabricante (informando quais estão disponíveis (PN) e quais suas revisões), necessários à verificação das suas condições de aeronavegabilidade;

f) Declaração de que tem pleno conhecimento dos requisitos para se atestar uma IAM estabelecidos nesta IAC;

g) Declaração de que estarão disponíveis todas as Diretrizes de Aeronavegabilidade necessárias para a verificação das condições de aeronavegabilidade da aeronave; e

h) Declaração de que está ciente que o cadastramento não lhe fornece a prerrogativa para realizar qualquer tipo de inspeção prevista no programa de manutenção do fabricante da aeronave ou qualquer tipo de manutenção corretiva que seja necessária a atestar a aeronave como aeronavegável após a IAM. Qualquer serviço de manutenção deverá ser realizado por uma empresa de manutenção homologada para tal ou por um mecânico cadastrado de acordo com o item 19.8 desta IAC, conforme aplicável.

19.9.3 – O operador da aeronave deverá apresentar ao SERAC, juntamente com o pedido de cadastramento do mecânico para atestar IAM, as razões pelas quais fica impossibilitado de utilizar os serviços de uma oficina homologada pelo DAC, segundo o RBHA 145, para atestar a IAM de sua aeronave.

19.9.4 – Quando for solicitado o primeiro cadastramento de um determinado mecânico, o Elo Executivo do SEGVÔO que recebeu o pedido de cadastramento solicitará a presença do profissional para que seja confirmado através de entrevista que o mesmo possui pleno conhecimento dos RBHA e IAC aplicáveis, em especial os requisitos para se atestar IAM constantes desta IAC. A critério do Elo Executivo do SEGVÔO responsável pelo cadastramento, poderá ser realizada, a qualquer momento, auditoria técnica especial no local onde será atestada a IAM, antes ou depois do cadastramento ou recadastramento.

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19.9.5 – O cadastramento para atestar IAM de acordo com o estabelecido no item 18.2.3 desta IAC, não autoriza o MMA a realizar qualquer tipo de inspeção prevista no programa de manutenção do fabricante da aeronave ou qualquer tipo de manutenção corretiva que seja necessária para considerar a aeronave como AERONAVEGÁVEL após a IAM. Qualquer serviço de manutenção deverá ser realizado por uma empresa de manutenção homologada para tal ou por um mecânico cadastrado de acordo com o item 19.8 desta IAC, conforme aplicável.

CAPÍTULO 20 - CÓDIGOS INDICADORES DA CONDIÇÃO DO CA DE UMA AERONAVE

Para fins de identificação da condição do CA de uma aeronave no Boletim Informatizado de Aeronaves, emitido periodicamente pelo DAC, serão utilizados os seguintes códigos:

CÓDIGO CONDIÇÃO

R.............................................................................Reserva de marcas

N.............................................................................Situação normal

S..............................................................................Certificado de Aeronavegabilidade suspenso

C.............................................................................Certificado de Aeronavegabilidade cancelado

V.............................................................................Certificado de Aeronavegabilidade vencido

E.............................................................................Irregularidade de Empresas RBHA 91, 121 ou 135

X.............................................................................Aeronave interditada

Z.............................................................................Aeronave experimental

U.............................................................................Aeronave ultraleve

M............................................................................Matrícula cancelada

1................................................................Aeronave avariada por acidente ou incidente

2................................................................Irregularidade quanto à Licença de Estação

3................................................................Aeronave com pendências judiciais

4................................................................Situação irregular no RAB

5................................................................Situação irregular no SPL (PL-6)

6................................................................Situação Técnica Irregular

7................................................................Não cumprimento de NCIA

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8................................................................IAM vencida

9.................................................................Seguro aeronáutico vencido ou irregular.

CAPÍTULO 21 - SUSPENSÃO DO CERTIFICADO DE AERONAVEGABILIDADE

21.1 – IDENTIFICAÇÃO DO MOTIVO DE SUSPENSÃO DO CA

21.1.1 – As aeronaves civis brasileiras poderão ter seus CA suspensos (artigo 114, parágrafo 1o do Código Brasileiro de Aeronáutica, regulamentado pela seção 47.157 do RBHA 47). A identificação do motivo da suspensão do CA será através da letra “S” seguida do código numérico (1 a 9) que originou a suspensão, conforme tabela constante no Capítulo 20 desta IAC.

21.1.2 – O CA de uma aeronave poderá ser suspenso automaticamente pelos códigos 2, 6, 7, 8 e 9, simultaneamente ou não, quando a data da validade e/ou isenções temporárias concedidas por um Elo Executivo do SEGVÔO registradas no SIAC vencerem e não forem comprovadas pelo interessado, através de documentos adequados, as respectivas regularizações junto à TE-1 ou SERAC, conforme aplicável.

21.2 – COMPETÊNCIA PARA SUSPENSÃO OU REVOGAÇÃO DA SUSPENSÃO DO CA

21.2.1 – O STE, através da TE-1, poderá suspender ou revogar a suspensão do CA de qualquer aeronave civil brasileira motivada pelos códigos 1, 2, 6, 7, 8 e 9.

21.2.2 – O STE, através da TE-6 (RAB), poderá suspender ou revogar a suspensão do CA de qualquer aeronave civil brasileira motivada pelo código 4.

21.2.3 – O SPL, através da 2PL-6 (Seção de Processamento de Irregularidade), poderá suspender ou

revogar a suspensão do CA de qualquer aeronave civil brasileira motivada pelos códigos 3 e 5.

21.2.4 – Os SERAC poderão suspender ou revogar a suspensão do CA de qualquer aeronave civil brasileira, exceto aquelas pertencentes às empresas de transporte aéreo público regular, domésticas, de bandeira, suplementares e regionais, e ainda as empresas de táxi-aéreo controladas pela TE-1, motivada pelos códigos 1, 2, 6, 7, 8 e 9.

21.3 – LIBERAÇÃO DE AERONAVE

O STE, SPL ou o SERAC após revogar a suspensão do CA por quaisquer dos códigos pertinentes, se requerido pelo proprietário ou pelo operador, poderá emitir o documento denominado Liberação de Aeronave, conforme ANEXO 20 desta IAC, que será válido somente para o(s) código(s) constante(s) no referido documento e será expedido com validade de 15 (quinze) dias.

CAPÍTULO 22 - CANCELAMENTO DO CERTIFICADO DE AERONAVEGABILIDADE

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22.1 – MOTIVO DE CANCELAMENTO DO CA

As aeronaves civis brasileiras poderão ter seus CA cancelados em caso de constatação da falta de manutenção, de acordo com o Art. 70, parágrafo 3o do CBA, regulamentado pela seção 47.157 do RBHA 47.

22.2 – COMPETÊNCIA PARA CANCELAMENTO DO CA

O cancelamento do CA será de competência da TE-1.

22.3 – CRITÉRIOS PARA CANCELAMENTO DO CA

22.3.1 – A TE-1 poderá cancelar os CA das aeronaves que se encontrem em uma ou mais das seguintes situações:

a) Com IAM realizada há mais de 3 (três) anos e, conseqüentemente, seu CA suspenso há mais de 2 (dois) anos pelo código 8;

b) Acidentada há mais de 1 (um) ano e, conseqüentemente, seu CA suspenso neste mesmo período pelo código 1;

c) Constatada a realização de serviço de manutenção em local não autorizado; ou

d) Comprovada, em vistoria especial, a falta de manutenção.

22.3.2 – O CA da aeronave será automaticamente cancelado para as situações previstas nas letras “a” e “b” do item 22.3.1 desta IAC.

22.3.3 - Nos casos previstos nas letras “c” e “d” do item 22.3.1 desta IAC, o CA poderá ser cancelado após análise pela TE-1 do Relatório Técnico que consubstanciou as referidas irregularidades.

22.4 – AERONAVE COM CA CANCELADO

O proprietário ou o operador deverá devolver o Certificado de Aeronavegabilidade cancelado à TE-1, de acordo com o estabelecido na Seção 21.181(c) do RBHA 21.

22.5 – COMPETÊNCIA PARA A REGULARIZAÇÃO DO CA CANCELADO

O Elo Executivo responsável pela realização da VTE regularizará a situação da aeronave junto ao SIAC.

22.6 – EMISSÃO DE NOVO CA

Para a emissão de novo CA após cancelamento do anterior, o proprietário ou o operador deverá observar o estabelecido no item 8.1 desta IAC para a realização da VTE, e também os requisitos dos itens 22.7 e 22.8, conforme aplicável.

22.7 – REQUISITOS PARA REGULARIZAÇÃO DE AERONAVE QUE TEVE O CA CANCELADO PELO CÓDIGO 8 (IAM VENCIDA)

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22.7.1 – Realizar a maior e a mais abrangente inspeção prevista pelo programa de manutenção recomendado pelo fabricante da aeronave, incluindo qualquer item especial, horário ou calendárico estipulado. Motores e hélices deverão, necessariamente, estar com o programa de manutenção (inspeções, testes, calibrações, revisão geral e vidas limites de componentes) cumprido, conforme previsto pelos correspondentes fabricantes, em documentação aprovada/aceitável em ordem e atualizada, devendo ser observados, inclusive, os critérios de preservação nos períodos de inatividade.

22.7.2 – Realizar um vôo de experiência na aeronave, observando os requisitos do capítulo 25 desta IAC, para avaliação das condições técnicas e operacionais da aeronave, devendo ser emitido o competente teste de verificação e performance em vôo, conforme estabelecido no manual de operação e/ou manutenção da aeronave.

22.7.3 – Atestar uma IAM, conforme estabelecido no RBHA 91 e no Capítulo 18 desta IAC.

22.8 – REQUISITOS PARA REGULARIZAÇÃO DE AERONAVE QUE TEVE O CA CANCELADO PELO CÓDIGO 1 (ACIDENTE OU INCIDENTE)

22.8.1 – Cumprir os requisitos das IAC 3127 e IAC 3133, conforme aplicável.

22.8.2 – Realizar a próxima inspeção prevista pelo programa de manutenção utilizado da aeronave, incluindo qualquer item especial, horário ou calendárico estipulado. Motores e hélices deverão, necessariamente, estar com o programa de manutenção (inspeções, testes, calibrações, revisão geral e vidas limites de componentes) cumprido, conforme previsto pelo referido fabricante, devendo ser observados, inclusive, os critérios de preservação nos períodos de inatividade.

22.8.3 – Realizar um vôo de experiência na aeronave, observando os requisitos do capítulo 25 desta IAC, para avaliação das condições técnicas e operacionais da aeronave, devendo ser emitido o competente teste de verificação e performance em vôo, conforme estabelecido no manual de operação e/ou manutenção da aeronave.

22.8.4 – Atestar uma IAM, conforme estabelecido no RBHA 91 e no Capítulo 18 desta IAC.

22.8.5 – Para uma aeronave que estiver com o CA cancelado pelos códigos 1 e 8, somente será exigido o requerido pelo item 8.2.1(m) desta IAC nos casos em que tenha transcorrido mais de 3 (três) anos da última IAM atestada.

CAPÍTULO 23 - INTERDIÇÃO E DESINTERDIÇÃO DE AERONAVE – CÓDIGO “X”

23.1 – INTERDIÇÃO

23.1.1 – A cargo do STE: para aeronave civil brasileira, cujos motivos sejam de sua responsabilidade (vide itens 21.2.1 e 21.2.2 desta IAC).

23.1.2 – A cargo do SPL: para aeronave civil brasileira, cujos motivos sejam de sua responsabilidade (vide item 21.2.3 desta IAC).

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23.1.3 – A cargo do SERAC: para qualquer aeronave civil brasileira, com exceções previstas no item 21.2.4 desta IAC.

23.1.4 – A interdição de uma aeronave deverá ser efetuada com base no estabelecido nas alíneas I e II do Art. 305 do CBA.

23.1.5 – No ato da interdição de uma aeronave será lavrado o Auto de Interdição, assinado pela autoridade que a efetuou e pelo responsável pela aeronave, devendo ser imediatamente encaminhado ao SERAC da área ou ao STE, conforme aplicável.

23.1.6 – O Auto de Interdição, conforme ANEXO 13 desta IAC, será ser confeccionado em 2 (duas) vias,

que terão os seguintes destinos:

a) 1ª Via - órgão que efetuou a interdição (STE/SPL/SERAC); e

b) 2ª Via - responsável pela aeronave, que poderá ser o proprietário, operador, comandante ou pessoa designada para acompanhar a inspeção que originou a interdição.

23.1.7 – Nos casos de interdição mediante requisição de autoridade aduaneira, de polícia ou de saúde, será observado o prazo máximo de 15 (quinze) dias, de acordo com o Art. 307 do CBA.

23.1.8 – O órgão que efetuar a interdição de que trata o item 23.1.7 desta IAC emitirá o Auto de Interdição, conforme ANEXO 13 desta IAC, e atualizará as telas de inspeção e pendências do SIAC.

23.2 – DESINTERDIÇÃO

23.2.1 – A cargo do STE: para aeronave cuja interdição tenha sido efetuada pelo STE ou pelo SERAC.

23.2.2 – A cargo do SPL: para aeronave cuja interdição tenha sido efetuada pelo SPL.

23.2.3 – A cargo do SERAC: para aeronave cuja interdição tenha sido efetuada pelo próprio SERAC.

23.2.4 – A desinterdição da aeronave será efetuada tão logo sejam cumpridas as exigências constantes do Auto de Interdição, devidamente comprovadas ao órgão responsável pela interdição, o qual emitirá um documento informando a desinterdição e atualizará as telas de inspeção e pendências do SIAC.

CAPÍTULO 24 – CONTROLE GERAL DE AERONAVEGABILIDADE

O gerenciamento do controle geral de aeronavegabilidade, através do SIAC, será de responsabilidade da TE-1.

24.1 – BOLETIM INFORMATIZADO DE AERONAVES

O BIA será impresso na TE-1, nos SERAC, no DRAC e nas SAC nos dias 01, 10 e 20 de cada mês, ou no primeiro dia útil após as referidas datas. Em função das necessidades técnicas, operacionais ou administrativas, a periodicidade poderá ser modificada por determinação do Chefe do STE.

24.2 – DISTRIBUIÇÃO DO BIA

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A remessa do BIA para as SAC que não possuam o Sistema MAPPER instalado será de responsabilidade dos SERAC, e distribuídos, dentro do possível, no prazo máximo de 02 (dois) dias, após a data da sua emissão.

CAPÍTULO 25 – VÔO DE EXPERIÊNCIA

25.1 – REGULAMENTAÇÃO

25.1.1 – O vôo de experiência é regido pela seção 91.407 do RBHA 91. Entretanto, quando a aeronave estiver interditada ou com o seu CA vencido, suspenso ou cancelado por razões técnico-operacionais (códigos X, 1, 2, 6, 7 e 8), qualquer vôo de experiência deverá ser previamente autorizado pelo DAC ou pelos SERAC, devendo a referida solicitação ser de acordo com o ANEXO 17 desta IAC e observadas as seguintes condições:

a) Para uma aeronave com CA suspenso pelos códigos 3, 4 e/ou 5, o vôo de experiência somente poderá ser realizado com prévia autorização do setor competente do DAC (vide item 21.2 desta IAC);

c) Para uma aeronave com CA suspenso pelo código 9, o vôo de experiência somente poderá ser realizado após a comprovação da regularização do seguro junto à TE-1 ou ao SERAC; e

c) Para uma aeronave interditada, o vôo de experiência somente poderá ser realizado mediante autorização do órgão que efetuou a interdição.

d) Para uma aeronave com reserva de marcas e ainda aquela que tenha sido importada desmontada, será de competência da TE-1 a autorização do vôo de experiência, devendo a solicitação ser de acordo com o ANEXO 17 desta IAC.

25.1.2 – Qualquer vôo de experiência deverá cumprir o estabelecido nos itens 25.4 e 26.5 desta IAC. A autorização para a realização do vôo de experiência será de acordo com o ANEXO 19 desta IAC.

25.2 – SOLICITAÇÃO

A solicitação para a realização de vôo de experiência das aeronaves de empresas aéreas operando segundo o RBHA 121, e de empresas aéreas regionais, deverá ser dirigida à TE-1, conforme o ANEXO 17 desta IAC. Para as demais aeronaves, a solicitação deverá ser dirigida ao SERAC da área onde se encontram as mesmas.

25.3 – RESTRIÇÕES

25.3.1 – A princípio, o vôo de experiência deverá sempre ser conduzido em vôo local VFR diurno, dentro da TMA, ou, se não houver TMA, num raio máximo de 100 quilômetros, com pouso no mesmo aeródromo de partida.

25.3.2 – A tripulação deverá cumprir os requisitos estabelecidos pelo RBHA 61 e conduzir o vôo em consonância com o Manual de Vôo da aeronave.

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25.3.3– Desde que a aeronave não esteja interditada ou com o seu CA suspenso, cancelado ou vencido, o vôo de experiência poderá ser realizado independentemente de autorização, sendo mantidas as condições de operação estabelecidas neste item e na Seção 91.407(b) do RBHA 91.

25.3.4 – Para os propósitos de um vôo de experiência, o termo “tripulante”, contido no parágrafo 91.407(b) do RBHA 91, além da tripulação mínima requerida para a aeronave ser operada, poderá incluir profissionais da área de manutenção em número mínimo necessário à condução adequada da experiência a ser realizada em vôo.

25.3.5 – Na realização de vôo de experiência, o piloto em comando da aeronave deverá, na medida do possível, evitar o sobrevôo de áreas povoadas, sendo obrigatória a comunicação do caráter do vôo ao órgão controlador do aeródromo e/ou da área, quando for o caso.

CAPÍTULO 26 – AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE VÔO - AEV

26.1 – CONDIÇÕES GERAIS

26.1.1 – Consoante o estabelecido na Seção 21.197 do RBHA 21 e com o objetivo de permitir as operações listadas a seguir, poderá ser concedida uma Autorização Especial de Vôo para uma aeronave que, temporariamente, não atenda a todos os requisitos de aeronavegabilidade a ela aplicáveis, mas que ainda apresente condições de vôo seguro:

a) Traslado de aeronave para uma base onde reparos, modificações ou serviços de manutenção serão executados ou para uma base onde a aeronave será estocada;

b) Entrega de aeronave ao seu comprador ou exportação da mesma;

c) Evacuação da aeronave de áreas perigosas;

d) Ensaios em vôo de produção de aeronaves recém-fabricadas; e

e) Condução de vôos de demonstração para comprador, inclusive treinamento de tripulação do mesmo, em aeronaves novas que tenham satisfatoriamente completado ensaios em vôo de produção.

26.1.2 – Nos casos citados em (a), (b) e (c), a autorização é concedida pelo DAC, através da TE-1; nos demais casos, pelo CTA.

26.1.3 – O CTA pode, também, conceder uma Autorização Especial de Vôo para permitir a operação de uma aeronave, com peso superior ao seu peso máximo de decolagem aprovado, em vôo sobre água ou sobre áreas terrestres sem aeródromos com condições de pouso ou abastecimento adequados, que exijam um alcance maior que o alcance normal da mesma. O excesso de peso autorizado por este parágrafo é limitado a combustível adicional, equipamentos para transporte desse combustível e equipamentos especiais de navegação eventualmente necessários ao vôo.

26.2 – AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE VÔO INTERNACIONAL - AEVI

A Autorização Especial de Vôo Internacional poderá ser concedida desde que sejam observados os seguintes critérios:

26.2.1 – AERONAVE NOVA ADQUIRIDA NA FÁBRICA, NO EXTERIOR

Será concedida a AEVI desde que sejam apresentados os seguintes documentos:

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a) Solicitação de Autorização Especial de Vôo Internacional, conforme ANEXO 17 desta IAC, que deverá ser encaminhada diretamente à TE-1. Somente será aceito para análise o documento na sua versão original, e o responsável técnico que assinar o campo “IX” da solicitação deverá estar cadastrado no órgão em que foi solicitada a AEV; caso não seja aplicável a exigência de cadastramento, a assinatura deverá ser reconhecida em cartório.

b) Comprovante de pagamento dos emolumentos relativos à Autorização Especial de Vôo Internacional;

c) Cópia autenticada da apólice de seguro da aeronave ou certificado individual de seguro com o respectivo comprovante de pagamento, devendo constar explicitamente nos mesmos as marcas reservadas para a aeronave, atendendo aos requisitos do RBHA 47;

d) Cópia da Declaração de Reserva de Marcas, emitida pelo RAB;

e) Cópia do documento de autorização de importação da aeronave emitido pela COTAC; e

f) Observar, conforme aplicável, os requisitos especiais, constantes no item 26.2.4, e os fatores restritivos, constantes no item 26.5 desta IAC.

26.2.2 – AERONAVE USADA ADQUIRIDA NO EXTERIOR

Não poderá receber a Autorização Especial de Vôo Internacional, de acordo com a seção 47.69 do RBHA 47. Neste caso, o proprietário ou o operador deverá requerer Autorização de Sobrevôo ao SPL com as marcas estrangeiras, de acordo com as normas aplicáveis para esta situação.

26.2.3 – AERONAVE REGULARMENTE REGISTRADA NO BRASIL, COM RESTRIÇÕES DE AERONAVEGABILIDADE

Será concedida a AEVI desde que sejam apresentados os seguintes documentos:

a) Solicitação de Autorização Especial de Vôo, conforme ANEXO 17 desta IAC, que deverá ser encaminhada diretamente à TE-1. Somente será aceito para análise o documento na sua versão original, e o responsável técnico que assinar o campo “IX” da solicitação deverá estar cadastrado no órgão em que foi solicitada a AEV; caso não seja aplicável a exigência de cadastramento, a assinatura deverá ser reconhecida em cartório.

b) Comprovante de pagamento dos emolumentos relativos ao pedido de Autorização Especial de Vôo Internacional;

c) Cópia autenticada da apólice de seguro da aeronave ou certificado individual de seguro com o respectivo comprovante de pagamento, devendo atender aos requisitos do RBHA 47. Será dispensada a apresentação do seguro se constar como válido no SIAC e a data de validade cubra o período da autorização.

d) Observar, conforme aplicável, os requisitos especiais, constantes no item 26.2.4, e os fatores restritivos, constantes no item 26.5 desta IAC.

26.2.4 – REQUISITOS ESPECIAIS PARA A CONCESSÃO DE AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE VÔO INTERNACIONAL

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a) A entrada em território brasileiro será, obrigatoriamente, por aeroporto internacional, de acordo com o Art. 22 do CBA. O comandante da aeronave, logo após o pouso, deverá apresentar ao Fiscal da SAC a Autorização Especial de Vôo Internacional para o devido registro, conforme requisitos constantes no verso do documento.

b) Por ocasião do pedido de AEVI, a rota será livremente estipulada pelo interessado, devendo ter a organização de um trajeto lógico em função das características de autonomia da aeronave.

c) O operador deverá obter autorização da(s) autoridade(s) aeronáutica(s) do(s) país(es) sobrevoado(s) ao longo da rota, conforme previsto no Documento nº 9389-NA/919 da ICAO.

d) Qualquer aeronave somente poderá realizar vôo em rota internacional se estiver equipada e operando com os transceptores de comunicação, conforme estabelecidos nos RBHA aplicáveis. É de responsabilidade do comandante da aeronave o cumprimento deste requisito.

e) O término do vôo será, a princípio, na localidade constante na AEVI como Aeroporto de Inspeção ou localidade definida para a realização da VTI.

f) Após a chegada ao Aeroporto de Inspeção ou local da VTI, conforme constante na AEVI, ficará a aeronave impedida de realizar qualquer vôo. Para a regularização da aeronave

será indispensável a sua aprovação em VTI e posterior emissão dos Certificados de Nacionalidade e Matrícula e de Aeronavegabilidade.

26.3 – AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE VÔO NACIONAL - AEVN

Autorização Especial de Vôo Nacional poderá ser concedida desde que sejam observados os seguintes critérios:

26.3.1 – AERONAVE REGISTRADA NO BRASIL COM RESTRIÇÕES DE AERONAVEGABILIDADE, OU QUALQUER OUTRO MOTIVO DE ASPECTO LEGAL OU JUDICIAL

Será concedida a AEVN desde que sejam apresentados os seguintes documentos:

a) Solicitação de AEVN para as aeronaves de empresas aéreas operando segundo o RBHA 121, e de empresas aéreas regionais, encaminhada à TE-1, conforme o ANEXO 17 desta IAC. Para as demais aeronaves, a solicitação deverá ser encaminhada ao SERAC da área onde se encontram as mesmas. Somente será aceito para análise o documento na sua versão original, e o responsável técnico que assinar o campo “IX” da solicitação deverá estar cadastrado no órgão em que foi solicitada a AEV; caso não seja aplicável a exigência de cadastramento, a assinatura deverá ser reconhecida em cartório.

b) Comprovante de pagamento dos emolumentos relativos ao pedido de AEVN;

c) Cópia autenticada da apólice de seguro da aeronave ou do certificado individual de seguro com o respectivo comprovante de pagamento, devendo atender aos requisitos do RBHA 47; e

d) Observar os fatores restritivos constantes no item 26.5 desta IAC, conforme aplicável.

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26.3.2 – AERONAVE DE ORIGEM MILITAR OU ADQUIRIDA EM HASTA PÚBLICA

Será concedida a AEVN desde que sejam apresentados os seguintes documentos:

a) Solicitação de AEVN, conforme ANEXO 17 desta IAC, encaminhada à TE-1;

b) Comprovante de pagamento dos emolumentos relativos ao pedido de AEVN;

c) Cópia autenticada da apólice de seguro da aeronave ou do certificado individual de seguro com o respectivo comprovante de pagamento, devendo atender aos requisitos do RBHA 47;

d) Cópia da Declaração de Reserva de Marcas, emitida pelo RAB;

e) A aeronave oriunda das Forças Armadas ou adquirida em leilão público, enquanto permanecer em pendência de regularização junto ao RAB para a emissão definitiva dos Certificados de Nacionalidade e Matrícula, fará jus somente a receber AEVN e/ou Autorização de Vôo de Experiência;

f) Observar os fatores restritivos constantes no item 26.5 desta IAC, conforme aplicável.

26.3.3 – AERONAVE COM RESERVA DE MARCAS

Será concedida a AEVN desde que sejam apresentados os seguintes documentos:

a) Desregistro da aeronave ou declaração de não-registro – para aeronaves importadas;

b) Certificado de Aeronavegabilidade para Exportação – para aeronaves importadas;

c) Cópia da autorização da COTAC – para aeronaves importadas;

d) Declaração de Reserva de Marcas;

e) Cópia autenticada da apólice de seguro da aeronave ou do certificado individual de seguro com o respectivo comprovante de pagamento, devendo atender aos requisitos do RBHA 47;

f) Solicitação de AEVN, de acordo com o ANEXO 17 desta IAC, encaminhada à TE-1;

g) Comprovante de pagamento dos emolumentos relativos ao pedido de AEVN; e

h) Observar os fatores restritivos constantes no item 26.5 desta IAC.

26.4 – PRAZOS E VALIDADE

26.4.1 – O requerente deverá dar entrada na solicitação de AEVI ou AEVN no prazo mínimo de 05 (cinco) dias úteis, anteriores à data pretendida para o início do traslado. A solicitação de AEVI deverá ser encaminhada à TE-1, enquanto que a solicitação de AEVN deverá ser encaminhada `a TE-1 ou aos SERAC, conforme aplicável.

26.4.2 – A validade dessas autorizações será de no máximo 30 (trinta) dias, contados a partir da data da sua emissão.

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26.4.3 – Para os casos em que o traslado não for efetuado no período de validade, será de responsabilidade do proprietário ou do operador efetuar a nova solicitação.

26.4.4 – Compete ao Elo Executivo que irá conceder o traslado, a análise da solicitação e a confecção da AEVI ou AEVN, conforme os ANEXOS 18 ou 19 desta IAC, conforme aplicável.

26.4.5 – Compete à TE-1 a análise da solicitação e a confecção da AEVI, conforme o ANEXO 18 desta IAC.

26.4.6 – O proprietário ou o operador da aeronave tem um prazo de 5 (cinco) dias, após o pouso no último aeroporto de destino constante na Autorização Especial de Vôo Internacional, para encaminhar à TE-1 a referida autorização devidamente registrada pelo Fiscal da SAC quando da entrada no primeiro aeroporto brasileiro.

26.5 – FATORES RESTRITIVOS PARA A CONCESSÃO DE AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE VÔO NACIONAL OU INTERNACIONAL

26.5.1 – QUANTO ÀS RESTRIÇÕES DE AERONAVEGABILIDADE

Para uma aeronave interditada por razões de natureza técnica ou com o CA suspenso ou cancelado pelos códigos 1, 2, 6, 7 e/ou 8, ou ainda vencido, deverão ser observadas as seguintes condições:

a) Para uma aeronave com CA suspenso ou cancelado pelo código 1, observar o estabelecido na IAC 3127;

b) Para uma aeronave com CA suspenso ou cancelado pelos códigos 2, 6, 7 e/ou 8, ou ainda vencido, a empresa homologada, responsável pelos serviços a serem executados, assinará na parte referente às condições de aeronavegabilidade, constante na Solicitação de AEV (ANEXO 17), após proceder as inspeções e as ações corretivas julgadas pertinentes;

c) Realizar o vôo em condições meteorológicas visuais, exceto quando de outra forma expressamente autorizado, com a tripulação mínima requerida pela EA ou TCDS, sem carga e/ou passageiros a bordo, e com seguro em ordem e em dia; e

d) Para um grande avião categoria transporte operado por empresa homologada segundo o RBHA 121, com mais de dois motores, mas com um motor inoperante, deverá ser cumprido o estabelecido na seção 91.611 do RBHA 91. Caso a empresa não contenha em seu Manual Geral de Manutenção procedimentos aceitos pelo DAC para algum tipo de traslado em particular, o mesmo somente poderá ser realizado mediante AEV a ser expedida pela TE-1, segundo o previsto nesta IAC.

26.5.2 – QUANTO ÀS RESTRIÇÕES DE ASPECTOS LEGAIS E/OU JUDICIAIS

a) Para uma aeronave com CA suspenso pelos códigos 3, 4, e/ou 5, o proprietário ou o operador deverá solicitar autorização à TE-1 que, após aquiescência do RAB, no caso de código 4, ou do SPL, nos casos de código 3 e/ou 5, emitirá a AEVI ou AEVN, conforme aplicável.

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b) Para uma aeronave interditada, detida ou apreendida por razões de aspectos jurídicos, alfandegários ou qualquer outra irregularidade preconizada no CBA, proceder conforme os itens 26.5.5, 26.5.6 e 26.5.7 desta IAC.

26.5.3 – REQUISITO DE TRIPULANTE

A tripulação de qualquer aeronave voando sob o amparo de um AEVN ou AEVI, de que trata a presente IAC, deverá cumprir os requisitos estabelecidos pelo RBHA 61 e em consonância com o Manual de Vôo da aeronave.

26.5.4 – TRANSPORTE DE PASSAGEIRO

As seguintes restrições deverão ser observadas quando da realização de vôo com Autorização Especial de Vôo Nacional ou Internacional:

a) AERONAVE COM RESTRIÇÃO DE AERONAVEGABILIDADE

Somente poderá ser autorizada a condução de profissionais da área de manutenção da empresa responsável pelo vôo, em número compatível com as avaliações técnicas necessárias à segurança do vôo a ser realizado.

b) AERONAVE NOVA, ORIUNDA DE FÁBRICA, COM RESERVA DE MARCAS

Somente poderá ser autorizado o transporte não remunerado de passageiros, e o seguro aeronáutico deverá cobrir o número total de assentos da aeronave.

26.5.5 – AERONAVE INTERDITADA

a) Por força do artigo 305 do CBA, somente poderá receber Autorização Especial de Vôo após a aquiescência do Órgão que efetuou a interdição.

b) Por força do artigo 307 do CBA, somente poderá receber Autorização Especial de Vôo após a aquiescência da autoridade aduaneira, de polícia ou de saúde que requisitou a referida interdição.

c) Por motivos relativos aos aspectos jurídicos, sob a responsabilidade do SPL, ou por irregularidade no RAB, somente poderá receber Autorização Especial de Vôo após a aquiescência do setor que efetuou a interdição da aeronave.

26.5.6 – AERONAVE DETIDA

a) Por força do artigo 303 do CBA, somente poderá receber Autorização Especial de Vôo após liberação, por escrito, da autoridade que determinou a detenção.

b) Em se tratando de rota internacional, somente será concedida autorização após parecer favorável da Assessoria Jurídica do DAC.

26.5.7 – AERONAVE APREENDIDA

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a) Por força dos artigos 308 e 309 do CBA, somente poderá receber Autorização Especial de Vôo após liberação, por escrito, da autoridade que determinou a apreensão.

b) Para receber Autorização Especial de Vôo, deverão ser cumpridas as exigências estabelecidas nesta IAC e demais regulamentos aplicáveis.

c) Em se tratando de rota internacional, somente será concedida Autorização Especial de Vôo, após parecer favorável da Assessoria Jurídica do DAC.

CAPÍTULO 27 – TRANSPORTE DE AERONAVE

O transporte de aeronave, utilizando meio aéreo ou de superfície, independe de autorização. Entretanto, é obrigatória a comunicação prévia, pelo proprietário ou pelo operador, à TE-1 ou ao SERAC da área onde se encontra a aeronave, informando a origem, o destino e o motivo do transporte.

CAPÍTULO 28 – PLACA DE IDENTIFICAÇÃO DE AERONAVE, MOTOR E HÉLICE

28.1 – SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO

A aeronave é identificada por duas placas, a de identificação do fabricante, que também existe para identificar motor e hélice, e a de marcas de nacionalidade e matrícula. Estas placas são regulamentadas pelas seções 45.11, 45.13 e 45.30 do RBHA 45. No que diz respeito à hélice, normalmente não existe uma placa propriamente dita, na maioria das vezes a identificação é gravada ou pintada no cubo da hélice.

28.2 – DEFICIÊNCIA, ADULTERAÇÃO OU FALTA DE IDENTIFICAÇÃO

A identificação da aeronave, motor ou hélice deve ser plenamente legível. Deficiência, adulteração ou falta de identificação determinará a suspensão do CA da aeronave pelo código 4, por identificação deficiente, ou pelo código 6, por impossibilidade de ser verificado se os registros de manutenção se referem à aeronave, ao motor ou à hélice em pauta. Os produtos aeronáuticos, em tal situação, serão considerados não aeronavegáveis.

28.3 – EXTRAVIO DE PLACA DE IDENTIFICAÇÃO

Extraviada a placa de identificação de uma aeronave ou de um motor, a confecção de uma segunda via somente poderá ser autorizada após VTE que identifique positivamente a aeronave ou o motor em consideração. Esta vistoria deverá ser solicitada, pelo interessado, à TE-1.

28.4 – SOLICITAÇÃO DE VISTORIA PARA CONFECÇÃO DE NOVA PLACA DE IDENTIFICAÇÃO

Na solicitação deverá constar:

a) O fabricante, o modelo e o número de série da aeronave ou do motor. No caso de motor, qual aeronave está ou esteve instalado;

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b) Uma descrição detalhada das circunstâncias em que ocorreu o extravio, com as informações consideradas relevantes para a investigação de identidade; e

c) O nome da empresa homologada onde se encontra a aeronave ou o motor, ou daquela que dará apoio técnico às investigações e que confeccionará, se for o caso, e instalará a nova placa.

28.5 – PROVIDÊNCIAS DA TE-1

28.5.1 – Após avaliar as informações recebidas, a TE-1 realizará a vistoria ou solicitará ao SERAC da área, onde se encontra a aeronave, motor ou hélice, para efetuar a referida vistoria.

28.5.2 – No caso de dúvida quanto à identidade investigada, será solicitado apoio técnico do CTA/IFI e/ou solicitar auxílio do fabricante ou das autoridades aeronáuticas do país de origem da aeronave ou do motor.

28.5.3 – Após o término da investigação, com identificação positiva da aeronave, motor ou hélice, a TE-1 emitirá autorização, por escrito, para que seu proprietário providencie a confecção de uma nova placa.

28.5.4 – Quando a identificação positiva da aeronave, motor ou hélice, for realizada pelo SERAC após autorização da TE-1, o próprio SERAC emitirá a autorização ao operador para providenciar a confecção de nova plaqueta de identificação.

28.6 – AUTORIZAÇÃO PARA INSTALAÇÃO DE NOVA PLACA

Para a instalação de nova placa deverão ser observadas as seguintes condições:

a) O proprietário ou o operador da aeronave ou do motor, após ser autorizado, deverá providenciar a confecção da segunda via da placa de identificação, mantendo as características e as dimensões da placa original, de acordo com o estabelecido nos parágrafos 45.11(a) e 45.13(a) do RBHA 45;

b) Para uma aeronave ou um motor fabricado no Brasil, a segunda via da placa deverá ser confeccionada pelo fabricante original, exceto quando este não mais existir, devendo, neste caso, a placa ser confeccionada pela empresa homologada, referida no item 28.4 desta IAC;

c) Para uma aeronave ou um motor importado, a segunda via da placa deverá ser confeccionada pelo fabricante original ou pela empresa homologada, referida no item 28.4. desta IAC; e

d) A nova placa de identificação deverá ser instalada pela empresa homologada, referida no item 28.4 desta IAC, no mesmo local da placa original. A empresa será responsável pelo respectivo registro na caderneta de célula ou de motor, conforme aplicável, devendo ser anexada, aos registros pertinentes, a cópia do documento que autorizou a confecção.

CAPÍTULO 29 - MUDANÇA DE MODELO DE AERONAVE, MOTOR OU HÉLICE

Para a mudança de modelo de aeronave, motor ou hélice, deverão ser observadas as seguintes condições:

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a) Quando uma empresa, autorizada pelo detentor de um CHST, incorporar em uma aeronave, motor ou hélice as modificações previstas no referido CHST e/ou em um outro dado técnico aprovado que modifique o modelo dos mesmos, esta empresa, após autorização emitida pela TE-1, deverá confeccionar nova identificação contendo os dados existentes na identificação original, acrescidas das alterações provenientes das modificações introduzidas, fixando-a no local da identificação anterior, para os casos de motor e hélice, e ao lado da anterior, no caso de aeronave;

b) Quando a modificação a ser introduzida exigir a emissão prévia de um novo CHST pelo CTA/IFI, caberá a este Elo Executivo a fiscalização do serviço e a autorização para confecção e troca da placa de identificação; e

c) Qualquer serviço envolvendo remoção, troca ou alteração de placa de identificação de produtos aeronáuticos deverá ser feito observando estritamente as regras contidas no RBHA 45 e nos itens 28.1 e 28.2 desta IAC.

CAPÍTULO 30 - PLACA DE IDENTIFICAÇÃO DE COMPONENTES (EXCETO MOTOR E HÉLICE)

30.1 – SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO

30.1.1 – Todo componente controlado através de VIDA LIMITE, TBO, HT, CM ou OC, deve ser identificado, obrigatoriamente, através de plaqueta do fabricante contendo o seu número de identificação (P/N) e o seu número de série (N/S).

30.1.2 – Um componente controlado sem identificação é considerado NÃO-AERONAVEGÁVEL e deve ser removido da aeronave, motor ou hélice, conforme aplicável.

30.2 – SISTEMA DE REIDENTIFICAÇÃO

30.2.1 – Um componente poderá ser reidentificado pelo próprio fabricante desde que se efetue a revisão geral do mesmo e proceda a sua reidentificação de acordo com o controle de qualidade do fabricante.

30.2.2 – Um componente poderá ser reidentificado por empresa homologada, segundo o RBHA 145, para a revisão geral do componente, devendo, neste caso, observar as seguintes condições:

a) Efetuar a revisão geral ou, nos casos de inexistência de revisão geral, a maior e mais abrangente inspeção do componente, conforme programa de manutenção do seu respectivo fabricante;

b) Confeccionar uma nova placa de identificação do componente, inscrevendo o seu número de peça (P/N), conforme identificado no Catálogo de Peças do fabricante;

c) Inscrever na nova placa de identificação um novo número de série, que deverá ser formado da seguinte forma: CHE da empresa seguido do número seqüencial de placas confeccionadas no ano pela empresa e dos dois últimos dígitos do ano em curso. Exemplo: Uma empresa que possui um CHE 0203-00 e confecciona a primeira placa no ano 2002, o componente será identificado com o seguinte número de série: CHE 0203-00-0102.

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d) Cada empresa homologada só poderá efetuar no máximo 02 (duas) reidentificações por ano. A partir da 3ª reidentificação no ano, somente poderá fazer após autorização da TE-1, devendo a referida autorização constar do SEGVÔO 003 do referido componente.

e) A empresa revisora e identificadora do componente, conforme previsto no item 30.2.2 desta IAC, deverá emitir o SEGVÔO 003 referente ao retorno ao serviço do componente, conforme previsto na IAC 3149 em vigor.

30.3 – DIRETRIZES DE AERONAVEGABILIDADE

As DA aplicáveis a componentes e limitadas a determinados números de séries deverão, obrigatoriamente, ser cumpridas para os componentes reidentificados, exceto se alguma visível característica técnica excluir esta não aplicabilidade, devendo, neste caso, ser registrada a justificativa em documento apropriado por empresa homologada.

CAPÍTULO 31 – DOCUMENTAÇÃO A SER CONDUZIDA A BORDO

31.1 – Cumprir o estabelecido nos RBHA 91, 121, 135 e 137, conforme aplicável.

31.2 – A TE-1, TE-6 e SERAC poderão autorizar, por no máximo 30 (trinta) dias, os operadores a portarem cópias autenticadas de documentos obrigatórios a bordo, com o objetivo de atenderem a alguma situação de caráter administrativo ou operacional. Neste caso, o documento precisa ser autenticado pelo órgão que autorizou.

CAPÍTULO 32 – DIRETRIZES DE AERONAVEGABILIDADE

32.1 – O cumprimento de todas as Diretrizes de Aeronavegabilidade, aplicáveis a aeronaves, motores, hélices e componentes, é MANDATÓRIO e deverá ser conforme o estabelecido no RBHA 39 e IAC 3142.

32.2 – Todos os operadores deverão manter os registros primários e secundários de cumprimento de DA em ordem e em dia, sendo mandatória a elaboração do mapa de controle de Diretrizes de Aeronavegabilidade em conformidade com o estabelecido nos ANEXOS “D” , “E” e “F” da IAC 3142.

CAPÍTULO 33 – PROGRAMA DE MANUTENÇÃO DE AERONAVES, MOTORES, HÉLICES E COMPONENTES

33.1 – Todos os operadores que não possuem um programa de manutenção aprovado pelo DAC ou SERAC deverão cumprir, em caráter MANDATÓRIO, os programas de manutenção de aeronaves, motores, hélices e componentes, em conformidade com o estabelecido no Manual de Manutenção do Fabricante da aeronave, motor, hélice e componentes, conforme aplicável.

33.2 – Para obtenção de inclusão da aeronave nas suas Especificações Operativas, todos os operadores de aeronaves que operam segundo os RBHA 121 ou 135, quando aplicável, deverão submeter o Programa de Manutenção da aeronave, motor, hélice e componentes ao órgão responsável pelo controle da empresa, DAC ou SERAC, para respectiva análise e aprovação. A aeronave só poderá ser incluída nas Especificações Operativas após a aprovação do referido programa.

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33.3 – O Programa de Manutenção da aeronave, motor, hélice ou componente, conforme aplicável, quando aprovado pelo DAC ou SERAC, poderá ser igual ou diferente daquele estabelecido pelo fabricante e prevalecerá sobre o programa do mesmo.

33.4 – O Programa de Manutenção inicial da aeronave, motor, hélice ou componente, quando aprovado pelo DAC ou SERAC, terá como base referencial o programa do fabricante da aeronave, motor, hélice ou componente, conforme aplicável.

33.5 – Os programas de manutenção progressivos estabelecidos pelos fabricantes de aeronaves, motores ou hélices, como caráter opcional para os operadores, só poderão ser utilizados pelos mesmos se aprovados pelo DAC ou SERAC, de acordo com o estabelecido na Seção 91.409 (d) do RBHA 91.

CAPÍTULO 34 – COMPONENTES EM GERAL

34.1 – TBO, HT, CM, OC E VIDA LIMITE

34.1.1 – Todos os componentes instalados nas aeronaves, motores e hélices que possuam tempos limites para revisão ou inspeção, tipos TBO, HT, CM, OC e vida limite, e cujas periodicidades sejam calendáricas, horários, ciclos, números de pouso ou qualquer outro referencial de controle estabelecido nos Manuais, Boletins de Serviço, Boletins de Informação, Cartas de Serviços ou qualquer outro documento emitido pelos fabricante de aeronaves, motores, hélice ou componentes, conforme aplicável, quando instalados em aeronaves civis brasileiras, têm essa periodicidade como MANDATÓRIA, sendo os referidos documentos convalidados pelo DAC.

34.1.2 – As periodicidades estabelecidas nos documentos emitidos pelos fabricantes, conforme definido no item 34.1.1 desta IAC, poderão ser diferentes daqueles estabelecidos, desde que o operador possua um Programa de Manutenção aprovado pelo DAC ou SERAC, conforme aplicável, devendo ser especificado no referido programa os produtos e suas correspondentes periodicidades.

CAPÍTULO 35 – ISENÇÕES TEMPORÁRIAS

Conforme estabelece a seção 11.25 do RBHA 11, o proprietário ou o operador de uma aeronave, que é o responsável primário pela aeronavegabilidade da mesma, poderá solicitar isenção de qualquer regra estabelecida nos RBHA e nas IAC em vigor.

35.1 – PEDIDO DE ISENÇÃO

Para que um pedido de isenção temporária de um requisito estabelecido seja analisado por um Elo Executivo do SEGVÔO, é necessário que o peticionário apresente sua petição observando as seguintes condições:

a) Seja apresentada com pelo menos 30(trinta) dias antes da data proposta para sua efetivação;

b) Contenha o texto ou a essência da regra da qual a isenção é solicitada;

c) Apresente os seus interesses na ação solicitada, incluindo a natureza e a extensão da isenção pretendida, e a identificação completa de cada aeronave ou pessoa a ser favorecida pela isenção; e

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d) Contenha quaisquer informações, pontos de vista e argumentos técnicos que possam apoiar a ação pretendida, as razões pelas quais a isenção não afetaria a segurança das operações e/ou as ações tomadas para prover um nível de segurança equivalente àquele provido pela regra da qual a isenção é pretendida.

35.2 – EMISSÃO DA ISENÇÃO

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35.2.1 – O Elo Executivo que analisou e deferiu o pedido emitirá documento com a isenção solicitada, contendo o período de validade, as orientações e os requisitos que condicionam a isenção concedida, conforme aplicável.

35.2.2 – O proprietário ou o operador deverá envidar esforços para que possa atender ao requisito da regulamentação para o qual recebeu a isenção temporária, antes do fim do período de validade da isenção concedida.

35.2.3 – Se o proprietário ou o operador verificar que existe qualquer motivo para o não atendimento do requisito da regulamentação para o qual recebeu a isenção temporária, antes do fim do período de validade da isenção concedida, um novo pedido poderá ser feito de acordo com o item 35.1 desta IAC, com pelo menos 15 (quinze) dias de antecedência.

35.3 – PEDIDOS ENCAMINHADOS À TE-1

35.3.1 – Nos casos especificados nesta IAC que são de competência da TE-1, os pedidos poderão ser feitos via SERAC. Entretanto, é extremamente aconselhável que sejam feitos diretamente à TE-1 (Endereço, telefones e fax poderão ser encontrados na "HOMEPAGE" do DAC na "INTERNET"). Os pedidos poderão ser feitos via fax, utilizando os formulários previstos nos anexos desta IAC, juntamente com as cópias dos documentos necessários. Cartas e ofícios deverão ser encaminhados, de preferência, com o telefone e/ou o fax do requerente, para facilitar a resposta.

35.3.2 – É aconselhável que o proprietário ou operador encaminhe seu pedido ao DAC. Entretanto, quando se utilizar de procuradores, uma cópia autenticada de procuração, registrada em cartório, deverá ser apresentada juntamente com o pedido.

CAPÍTULO 36 – DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

36.1 – VALIDADE DO CERTIFICADO DE AERONAVEGABILIDADE

36.1.1 – Conforme definido na IAC 3108 objeto desta revogação, fica mantida a seguinte tabela como referencial de data de validade dos CA das aeronaves ainda não vistoriadas, até a total regularização de todas as aeronaves civis brasileiras:

1a LETRA DATA DE VENCIMENTO DO CA

A ........................................................................... 30 de setembro de 1999

B ........................................................................... 31 de dezembro de 1999

C ........................................................................... 31 de março de 2000

D ........................................................................... 30 de junho de 2000

E ........................................................................... 30 de setembro de 2000

F ........................................................................... 31 de dezembro de 2000

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G ........................................................................... 31 de março de 2001

H ........................................................................... 30 de junho de 2001

I ........................................................................... 30 de setembro de 2001

J ........................................................................... 31 de dezembro de 2001

K ........................................................................... 31 de março de 2002

L ........................................................................... 30 de junho de 2002

M ........................................................................... 30 de setembro de 2002

N ........................................................................... 31 de dezembro de 2002

O ........................................................................... 31 de março de 2003

P ........................................................................... 30 de junho de 2003

R ........................................................................... 30 de setembro de 2003

S ........................................................................... 31 de dezembro de 2003

T ........................................................................... 31 de março de 2004

U ........................................................................... 30 de junho de 2004

V ........................................................................... 30 de setembro de 2004

W ........................................................................... 31 de dezembro de 2004

X ........................................................................... 31 de março de 2005

Y ........................................................................... 30 de junho de 2005

36.1.2 – As aeronaves cujas matrículas sejam iniciadas pelas letras “K” até a letra “Y” , inclusive, constantes da tabela estabelecida no item 36.1.1 desta IAC, desde que estejam operando segundo o RBHA 91 nas categorias de registro ADF, ADE, ADM, ADD, PIN, AIF, AIE, AIM, AID, TPP e PRI, poderão ter a validade dos seus Certificados de Aeronavegabilidade estendidas por mais 01 (um) ano, em relação à data constante na referida tabela, desde que se encontrem em condições aeronavegáveis

36.1.3 – Os operadores das aeronaves de categoria de registro definidas no item 36.1.2 desta IAC, deverão solicitar ao SERAC da área a extensão da validade do Certificado de Aeronavegabilidade, no período de 120 (cento e vinte) a 30 (trinta) dias que antecederem as datas estabelecidas na tabela constante do item 36.1.1 desta IAC.

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36.2 – CONVALIDAÇÃO DE VALIDADE DE VISTORIA TÉCNICA INICIAL OU VISTORIA TÉCNICA ESPECIAL

Para uma aeronave que realizou VTI ou VTE, por mudança de categoria de registro ou renovação de CA, conforme aplicável, a partir de 01 de junho de 1996, o proprietário ou o operador poderá solicitar convalidação da referida vistoria, com o objetivo de prorrogar a validade do CA em relação à tabela constante do item 36.1.1 desta IAC.

36.3 – SOLICITAÇÃO DE CONVALIDAÇÃO

36.3.1 – A solicitação de convalidação de VTI ou VTE deverá ser endereçada à TE-1 ou ao SERAC da área, conforme aplicável, devendo ser anexada cópia de documento comprobatório da realização de referida vistoria.

36.3.2 – Após parecer favorável à convalidação, o proprietário ou o operador deverá solicitar a emissão de um novo Certificado de Aeronavegabilidade à TE-1, através do Requerimento Padronizado, constante do ANEXO 24 desta IAC, assinalando o código de natureza n 3, e anexando a documentação prevista naquele requerimento para esse caso.

36.3.3 – Os SERAC poderão analisar e convalidar os pedidos dos operadores de aeronaves de sua área de atuação desde que operem segundo o RBHA 91 ou RBHA 135, desde que a Empresa seja controlada pelo próprio SERAC.

36.4 – PERÍODO DE VALIDADE PARA A CONVALIDAÇÃO DE VISTORIA TÉCNICA INICIAL OU VISTORIA TÉCNICA ESPECIAL

O período de validade do CA, para aeronave que tiver o pedido de convalidação deferido, será de 06 (seis) anos, contados a partir da data da realização da VTI ou da VTE.

36.5 – PERMISSÃO ESPECIAL DE VÔO ANTES DA VTI

Tendo em vista a regulamentação contida no item 7.3 desta IAC, o Ofício 56/2TE-1/396, de 31 de agosto de 2000, endereçado à Associação Brasileira de Aviação Geral, ficará extinta a sua validade, a partir da data de efetivação desta IAC.

36.6 – VALIDADE DE DOCUMENTOS

A partir da efetividade desta IAC, qualquer Ofício, Fax, Mensagem Rádio, ou qualquer outro documento emitido pelo STE com data anterior a esta efetividade, e que venha a contrariar qualquer procedimento contido nesta IAC, estará automaticamente cancelado.

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