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CERAT/UNESP Campus do Lageado – Botucatu/SP I SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO DE PESQUISAS DO CERAT 20 de novembro de 2003 Anais Organizador: Prof. Dr. Cláudio Cabello PROMOÇÃO E REALIZAÇÃO CERAT – Centro de Raízes e Amidos Tropicais APOIO PROPP – Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa FCA – Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu/SP Botucatu – SP 2003

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CERAT/UNESPCampus do Lageado – Botucatu/SP

I SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO DEPESQUISAS DO CERAT

20 de novembro de 2003

Anais

Organizador: Prof. Dr. Cláudio Cabello

PROMOÇÃO E REALIZAÇÃOCERAT – Centro de Raízes e Amidos Tropicais

APOIOPROPP – Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

FCA – Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu/SP

Botucatu – SP

2003

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CATALOGAÇÃO NA FONTE: SEÇÃO TÉCNICA DE AQUISIÇÃO ETRATAMENTO DA INFORMAÇÃO - SERVIÇO TÉCNICO DE BIBLIOTECA EDOCUMENTAÇÃO UNESP - FCA - BOTUCATU (SP)

Seminário de Integração de Pesquisas do Cerat (1.: 20035471: Botucatu)

Anais do I Seminário de Integração de Pesquisas doCerat. -- Botucatu : CERAT/UNESP, 2003 ix, 56 p. : 21 em1. Mandioca.. 2. Raízes. 3. Amido. I. UniversidadeEstadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Campus deBotucatu). Faculdade de Ciências Agronômicas. Centro deRaízes e Amidos Tropicais.

CDD (21) 633.692

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UNESP - Universidade Estadual Paulista

Reitor:Prof. Dr. José Carlos Souza Trindade

Vice-Reitor:Prof. Dr. Paulo César Razuk

Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa:Prof. Dr. Marcos Macari

CERAT - Centro de Raízes e Amidos Tropicais

Diretor:Prof. Dr. Cláudio Cabello

Vice-Diretor:Prof. Dr. Waldemar G. Venturini Filho

Conselho Científico:Prof. Dr. Cláudio Cabello

Prof. Dr. Célio LosnakProf. Dr. Luiz Antonio Graciolli

Profa. Dr.a Marina Aparecida Moraes DallaquaProfa. Dr.a Neusa Maria Pavão Battaglini

Prof. Dr. Vanildo Luiz Dei Bianchi

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COMISSÃO ORGANIZADORA

Coordenação:Prof. Dr. Cláudio Cabello

Comissão: Dra. Magali LeonelDr. Marcelo Álvares de Oliveira

Apoio local: Alessandra Regina BatistaAura Cristina Bruder Pereira

Cláudio Luiz da CruzDouglas Alexandre Janes

Fábio lachel da SilvaFábio Antonio UrbanoLuiz Henrique Urbano

Maria do Carmo RigattoSérgio Ricardo Inoue

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APRESENTAÇÃO

É com uma grande satisfação que estamos realizando este ISEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO DE PESQUISAS DO CERA T queestará apresentando os trabalhos de pesquisas científicas que estãosendo desenvolvidos. O evento é um importante instrumento quepermite uma observação mais aprofundada e amplificada dasabordagens temáticas e, a mostrar também, o dinamismo dasatividades formadora de recursos humanos especializados que serealizam.O CERAT é uma Unidade Complementar da UNESP que tem comomissão institucional "realizar de forma integrada, atividades deinvestigação científica interdisciplinar e difusão de conhecimentos,tecnologias e produtos gerados" e tendo como geradora umaUniversidade, buscar "interagir com o sistema educacional em todos osníveis, oferecendo cursos e estágios visando ao treinamento derecursos humanos". Este I Seminário é uma demonstração cabal darealização destes objetivos estipulados nos diplomas legais de suacriação e que permite à comunidade acadêmica, a visualização factualdo cumprimento das propostas de sua criação.O apoio insofismável da alta administração da UNESP aliado à fortemotivação e atuação do grupo de agentes envolvidos, traduziram-seem recursos de infra-estrutura material que permitiram este salto naprodução de pesquisas, tanto quantitativa como qualitativamente, queo CERAT vem demonstrar. Destacamos as novas instalações doLaboratório de Processos e suas Divisões de Processamento e deProduto toda equipada e em plena operacionalização, que permitiram aimplantação e consolidação de linhas de pesquisas que vemos nesteevento apresentar seus primeiros frutos.Infelizmente a programação das atividades deste Seminário precisou

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ser reduzida devido a limitações orçamentárias, de modo que acomunicação oral dos trabalhos, será acelerada e cabendo a cada umadelas 10 minutos com mais 5 minutos para perguntas/comentários/sugestões. Contando atualmente com 26 alunos realizando pesquisasde Iniciação Cientifica, Estágio de Formação e Pós-graduação, cadaum deles irá apresentar seus trabalhos em desenvolvimento,resultados experimentais parciais, revisões críticas, metodologiaespecífica e hipóteses científicas embasando projeto e demaisatividades característica de sua atuação no Centro.Esperamos que este I Seminário traga benefícios a todos aqueles queatuam na área de pesquisa em amidos e raízes tuberosas, sejamestudantes ou não neste Centro, e nos colocamos à disposição,acolhendo as sugestões, propostas, discussões, etc que possamagregar valor às próximas edições.Aos alunos, nossos parabéns pelo esforço e dedicação e na realizaçãodestes importantes trabalhos apresentados, que em muito contribuempelo desenvolvimento de nosso País.Em nome do CERAT apresentamos os nossos sincerosagradecimentos a todos aqueles, ausentes ou presentes, em tempospassado ou presente, que empregaram seus melhores esforços edesejos para que fosse possível hoje a realização deste Evento.

Botucatu, 20 de novembro de 2003

Prof. Dr. Cláudio CabelloDiretor

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PROGRAMA

08:30 Recepção

09:00 Composição da Mesa

09:05 Abertura dos Trabalhos

09:30 Apresentação de Trabalhos - Agricultura.

1. Análise de crescimento em mudas de mandioca (manihotesculenta crantz) oriundas de multiplicação rápidaacondicionadas em tubetes plásticos e em tubetesbiodegradáveis. FIORINE, R. A ; OLIVEIRA, M.A.

2. Avaliação do desenvolvimento de plantas de alcachofra dejerusalém (Helianthus Tuberosus) e caracterização doscarboidratos de reserva produzidos em HPLC. CORRÊA, D. A.G., OLIVEIRA, M. A.

3. Caracterização e quantificação dos carboidratos de reservas doyacon (Polymnia Sonchifolia) mantidas sob condiçõesambientais e refrigerado. NISHIMOTO, E. K.; OLIVEIRA, M.

4. Definição de protocolos para micropropagação "in vitro" deaçafrão, yacon e araruta. BURSACA, V.S.; OLIVEIRA, M. A.

10:30 Café

10:45 Apresentação de Trabalhos – Tecnologia

5. Análises para estabelecimento de propriedades funcionais eteste de aplicação de amidos tropicais sob condições de stress.BINDILATTI, A. E. de L.; CEREDA, M. P.

6. Avaliação de parâmetros de qualidade em chips de mandioca,taro, inhame, mandioquinha-salsa e batata doce: ROGÉRIO, W.F.; LEONEL. M.; OLlVEIRA, M. A.

7. Caracterização da estrutura molecular e propriedadesviscográficas dos polissacarídeos de amidos de mandioca.SlLVA, F. I.; CABELLO, C.

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8. Caracterização físico-química e microscópica de amidos debatata doce, biri, mandioca e taioba, e a relação com odesenvolvimento de propriedade de expansão apósmodificação fotoquímica. GARCIA. A. C. D. B.; LEONEL. M.

9. Caracterização de materiais rígidos biodegradáveis a partir defécula de mandioca e fibras naturais. CASTRO, T.; CEREDA.M.

12:00 Intervalo para Almoço

13:30 Apresentação de Trabalhos – Tecnologia

10. Efeito de amido pré-gelificado em pré-mistura para pão semglúten à base de polvilho azedo e farinha de mandioca.ESCOUTO. L.F.S.; CEREDA. M. P.

11. Efeitos na estrutura molecular e digestibilidade dos amidos deMaranta Arundinácea, Ipomoea Batatas e Manihot Esculentamodificados por processo de extrusão. SCHMIDT. M.;CABELLO, C.

12. Massa alimentícia de mandioca: características nutricionais e decozimento. MENEGASSI. B.; LEONEL. M.

13. Modificação química em amidos de tuberosas tropicais parautilização em recuperação de fibras celulósicas. HORIMOTO. L.K.; CABELLO, C.

14. Produção de farinha de mandioca enriquecida com adição daspróprias folhas pulverizadas. AGOSTIN, M. R.; CABELLO, C.

15. Produção de fécula de mandioca em unidades agroindustriaisde

pequeno porte. BERNARDINO. I. A.; CABELLO, C.16. Produção de maltodextrinas de amido extraído de Manihot

esculenta, Ipomoea batatas e Maranta arundinacea.COUTINHO, A. P. C. (1); CABELLO, C.

17. Influência da época de plantio e estádio de desenvolvimentodas plantas de Pachyrhizus Ahipa nas característicasfísico-químicas das raízes e fécula, nas propriedadesviscográficas e na distribuição de tamanho dos grânulos deamido. FERRARI, T. B.; LEONEL, M.; OLIVEIRA, M. A.;SARMENTO, S. B. S.

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18. Prospecção de novos amidos para industria de alimentos:sinérese e consistência. DAIUTO, E.R.; CEREDA, M. P.; REIS,M. M.; VILPOUX, O.

19. Utilização de bauxita granulada ativada em sistema dedescoloração de hidrolisado enzimático de fécula de mandioca.CARIELLO, M. S.; CABELLO, C.

16:00 Café

16:15 Apresentação de Trabalhos - Resíduos.

20. Avaliação energética e econômica da substituição de tubetes deplástico por tubetes biodegradáveis na produção, de mudas dePinus Sp. IATAURO. R. A.; CEREDA. M. P.

21. Elucidação do metabolismo da linamarina em reator de digestãoanaeróbia com separação de fases. OLIVEIRA, S. S.; CEREDA,M. P.

22. Fermentação de substrato amiláceo hidrolizado enriquecidocom mel residuário de sacarose para produção de álcool fino.BRINGHENTI, L.; CABELLO. C.

23. Produção de hidrolisados e fibras a partir de resíduos daindustrialização da mandioca submetida a pré-tratamentohidrotérmico. SAlTO. I. M.; CABELLO. C.

24. Recuperação de amidos remanescentes fixados em resíduos deagroindustrialização de mandioca. TOKURA, R. K.; CABELLO.C.

25. Utilização de resíduos de raízes tropicais na fabricação depapéis especiais. HILÁRlO. K. C. A.; CABELLO. C.

17:45 Discussão Plenária

18:00 Encerramento

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Apresentação de Trabalhos

AGRICULTURA

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ANÁLISE DE CRESCIMENTO EM MUDAS DE MANDIOCA (Manihotesculenta Crantz) ORIUNDAS DE MULTIPLICAÇÃO RÁPIDA

ACONDICIONADAS EM TUBETES PLÁSTICOS E EM TUBETESBIODEGRADÁVEIS

FIORINE, R. A. (1)*; OLIVEIRA, M. A. (2) -1- graduação em EngenhariaAgronômica - FCA-UNESP-Botucatu e-mail: [email protected] CERA T lU N ESP, Botucatu-SP e-mail:[email protected]

A mandioca é originária do continente americano e constituiuma das principais fontes de caloria para os países da América Latina,África, Sudoeste da Ásia e Oceania, sendo consumida diariamente pormais de 500 milhões de pessoas. É cultivada em todas as regiões doBrasil, não tendo restrições quanto às condições do solo e do clima. Ametodologia de propagação rápida é de suma importância paraaplicação em futuro desenvolvimento de processo de limpeza donal damandioca, visando à eliminação de doenças transmitidas através desucessivas propagações vegetativas, proporcionando rápida produçãode material de plantio para lavouras comerciais. Com o crescente usoindustrial do amido de mandioca e tendo em vista a necessidade dedisponibilização de material de propagação sadio para o produtor, há anecessidade do desenvolvimento de métodos de multiplicação rápidada planta. O objetivo do trabalho foi acompanhar o desenvolvimento demudas (estacas) de mandioca originadas de multiplicação rápida emcâmaras de multiplicação através da análise de crescimento. Avariedade utilizada foi a IAC 576-70, sendo as estacas divididas emdois tratamentos: acondicionadas em tubetes plásticos e em tubetesbiodegradáveis. Em ambos os tratamentos o substrato utilizado foi oplantimax. Após 22 dias de plantio das mudas nos tubetes, iniciou-se aanálise de crescimento semanal, para avaliar o comportamento dasplantas, bem como as características do tubete biodegradável. Asprincipais variáveis de análise de crescimento estudadas foram: Taxade Crescimento Absoluto, Taxa de crescimento relativo e Taxa deAssimilação Líquida. As plantas foram analisadas por oito semanas,sendo que nas plantas dos tubetes plásticos verificou-se altura de

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planta, número de folha, comprimento de raiz, número de raiz e áreafoliar bem superior que nas plantas dos tubetes biodegradáveis.

Ao final do experimento as plantas cultivadas em tubetesplásticos apresentaram altura média de planta de 28,30 cm, número defolhas médio de 6,67 e uma área foliar média de 215,63 cm2 porplanta. A porcentagem de pegamento de mudas em tubetes plástico foide 98,67% enquanto em tubetes biodegradáveis esta porcentagem foibem inferior com uma porcentagem de pegamento igual a 65,33%. Acomposição química dos tubetes biodegradáveis acusou um índicemuito alto de sal na formulação, levando a uma alta mortalidade dasmudas. A partir da 5a. semana, quando a porcentagem de sal naformulação dos tubetes já havia decrescido, devido a lavagem do saldos tubetes oriunda da constante irrigação, as plantas destes tubetesque conseguiram sobreviver iniciaram seu desenvolvimento.

* Bolsista PIBIC/CNPq - 2002/2003

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AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DEALCACHOFRA DE JERUSALÉM (Helianthus tuberosus) ECARACTERIZAÇÃO DOS CARBOIDRA TOS DE RESERVA

PRODUZIDOS EM HPLC

CORRÊA, D.A.G. (1)*, OLIVEIRA, M.A (2). 1- graduação em CiênciasBiológicas bacharelado/licenciatura-IB/UNESP ; 2- pesquisadorCERAT/UNESP, Botucatu-SP e-mail: [email protected]

A alcachofra de Jerusalém ou tupinambur (Helianthus tuberosus)pertence à família Asteraceae, a mesma do girassol. Tem sua origemna América do Norte, desenvolve-se bem em diferentes climas, masprefere o clima temperado com boa umidade. Os tubérculosapresentam de 20 a 26% de matéria seca da qual 75 a 82% sãocarboidratos solúveis, 13% de celulose e hemicelulose, 6 a 8% decompostos nitrogenados (proteínas), 1 a 5% de cinzas, e lipídeos emconcentrações menores que 1 %. Mesmo correspondendo a nomáximo 15% dos carboidratos, a inulina pode ser considerada como ocarboidrato do H. tuberosus, já que os polímeros restantes, de menortamanho, são da mesma composição e com o mesmo tipo de ligações.A frutos e corresponde é 75 a 98% dos redutores totais, sendo orestante a glicose. O interesse nesta planta se deve principalmente aoseu carboidrato de reserva, a inulina e a sua parte aérea, rica emproteína, gordura e pectina, para a alimentação animal. O tempo decolheita e o armazenamento dos tubérculos influenciam o perfil deaçúcares da alcachofra de Jerusalém, devido a atividade da inulinase,enzima que hidrolisa a molécula de inulina em seus componentesmenores (frutos e e glicose). O trabalho terá o objetivo de determinar omelhor estádio de desenvolvimento da planta visando à obtenção damaior quantidade e concentração de oligofrutanos assim comodeterminar o tempo de estocagem da raiz no campo, visando otimizarcustos de estocagem em câmara fria para a comercialização. A mudasserão preparadas no Laboratório de Biotecnologia doCERAT/UNESP/Botucatu. O campo experimental será composto por200 mudas. No terceiro mês após o plantio e anteriormente ao início

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das análises fisiológicas será avaliada a porcentagem de pegamentodas plantas oriundas de micropropagação. As avaliações fisiológicasserão conduzidas nos Laboratórios de Análises do CERAT.

A partir do 3° mês após o plantio e em intervalo de 7 diasiniciarão-se as avaliações das seguintes variáveis: Altura da planta,Massa fresca das raízes tuberosas, Matéria seca das raízes tuberosase Perfis de açúcares. No inicio do trabalho foram realizados testesvisando definir o melhor meio para o desenvolvimento da alcachofra. Omeio de cultura utilizado foi o MS (Básico) e o MS com a adição doregulador vegetal BAP nas concentrações: 0.1, 0.2, OA, 1.0 e 2.0mg/1.Para a desinfecção das microestacas foi feito o seguinte tratamento:imersão em Benlate (1,5 g/I de água) por 15 minutos, seguido porimersão em álcool 70% durante 15 segundos e posteriormente emHipoclorito 50% por 30 minutos. A partir destes testes observou-se queo meio MS (Básico) foi o melhor meio para desenvolvimento dasmicroestacas, visto que com a utilização dos fitorreguladoresverificou-se um desenvolvimento mais lento das plântulas, sendo quedependendo da concentração do fitorregulador, ainda foi observada aformação de uma massa de tecidos indiferenciada denominada calo.As plântulas atualmente estão em câmaras de nebulização paraaclimatação e ao final de novembro 2003 serão plantadas noscanteiros experimentais para acompanhamento do desenvolvimento.

* Bolsista PIBIC/CNPq - 2003/2004

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CARACTERIZAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS CARBOIDRA TOS DERESERVAS DO YACON (Polymnia sonchifolia) MANTIDAS SOB

CONDiÇÕES AMBIENT AIS E REFRIGERADO

NISHIMOTO, E. K. (1 )*; OLIVEIRA, M. A. (2). 1- Graduação emEngenharia Agronômica - FCA-UNESP-Botucatu e-mail:[email protected] 2- pesquisador CERAT/UNESP,Botucatu-SP e-mail: [email protected]

O yacon (Polymnia sonchifolia), espécie de Asteraceae introduzidapela colônia japonesa no Brasil por volta de 1989. é utilizada namedicina popular contra diabetes e níveis elevados de colesterol nosangue. Suas raizes tuberosas quando consumida "in natura", sãosuculentas e apresentam sabor adocicado devido à grande quantidadede frutose e seus polímeros, os frutanos, que são encontrados comocarboidratos de reserva. Por este motivo são de grande interesse paraa indústria farmacêutica ou de produtos diabéticos. além de seremmatéria-prima para a produção de xaropes de frutose na indústriaalimentícia. O interesse está focado tanto nas fibras solúveis como nasinsolúveis (oligossacarídeos e inulina). As cadeias longasfruto-oligossacarídeos (FOS) do tipo inulina com grau de polimerização(GP) entre três e dez são estimulantes da proliferação dasbifidobactérias. enquanto os FOS de cadeia curta de 2 5 sãocomumente chamados de "neoaçucares". O objetivo do trabalho foiverificar a variação na quantidade e concentração dos oligofrutanos etambém qualificar os açúcares presentes na raiz do yacon, durante operíodo de armazenamento de 15 dias a temperatura ambiente (lote 1)e 30 dias a refrigeração (lote 2). Foram feitas mudas propagadas pormeio de rizófaros, em sacos plásticos. As plantas de yacon foramcolhidas entre a 358 e a 378 semana após o plantio, pois é a época demaior produtividade da planta. Após a colheita as raízes tuberosasforam devidamente lavadas em água corrente. Para o armazenamentopós-colheita do lote 1, as raízes foram colhidas em maio e forammantidas por 15 dias sob temperatura ambiente, sendo que nointervalo de três dias foram realizadas as análises de caracterização equantificação de açúcares, totalizando cinco dias de análises paracaracterização e quantificação dos açúcares.

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No armazenamento do lote 2 as raízes foram colhidas em junhoe foram mantidas por 30 dias sob refrigeração a 100e e as análisesforam realizadas no intervalo de sete dias, totalizando também cincodias de análises para as mesmas análises do lote 1. Em ambos oslotes a caracterização dos açúcares foi realizada por cromatografia emfase líquida. Para o armazenamento refrigerado o tempo máximo dearmazenamento deve ser de 21 dias, pois após este período as raízescomeçaram a apresentar um escurecimento interno. Já com oarmazenamento a temperatura ambiente, o tempo total pode ser de 14dias. Em relação aos monos e dissacarídeos no armazenamentoambiente, a frutose teve um aumento significativo, enquanto noarmazenamento refrigerado, foi a sacarose que apresentou esteaumento. A diferença básica dos dois armazenamentos em relação àsporcentagens de oligofrutanos é que sob refrigeração os mesmastenderam permanecer mais elevadas até os 21 dias e noarmazenamento ambiente os mesmos tenderam a diminuir após 7 dias.

* Bolsista FAPESP - 2002/2003

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DEFINIÇÃO DE PROTOCOLOS PARA MICROPROPAGAÇÃO "INVITRO" DE AÇAFRÃO, YACON E ARARUTA

BURSACA, V.S. (1)*; OLIVEIRA, M. A. (2); 1 - Graduação em CiênciasBiológicas licenciatura-IB/UNESP, Botucatu-SP ;2- pesquisadorCERAT/UNESP, Botucatu-SP e-mail: [email protected]

O açafrão, o yacon e a araruta são tuberosas que apresentamcaracterísticas peculiares que podem ser aproveitadas na agregaçãode valor da cultura. O açafrão ou curcuma (Curcuma longa), éapreciado como tempero para carnes e ou vegetais. O yacon(Polymnia sonchifolia), os fruto-oligissacarídeos, carboidrato de reservaencontrados nos órgãos subterrâneos de yacon são do tipo inulina,polímero composto principalmente de frutose, contem menos caloriasem nível equivalente a doçura. A araruta pertence à família Marantaceae ao gênero Maranta a araruta possuí duas vantagem em relação àmandioca: o descascamento fácil e tempo de decantação da féculamais curto, devido ao fato dos grânulos de amido serem maiores emais densos. As atividades de cultura de tecido serão realizadas noLaboratório de Micropropagação do CERAT/UNESP/Botucatu. Acultura de tecidos compreende três fases: seleção dos explantes,desinfestação e cultura em meio nutritivo sob condições assépticas;multiplicação dos propágulos através de sucessivos subcultivos emmeio apropriado para multiplicação; transferência dos brotosproduzidos para meio de enraizamento e subseqüente transplantiopara um substrato adequado. Objetivo deste trabalho é definirprotocolos para micropropagação "in vitro" de açafrão, yacon e ararutavisando atender a demanda destas culturas para futuros plantioscomerciais frente às vantagens que a técnica proporciona.O meio decultura a ser utilizado será o MS, com a adição de reguladores vegetaisBAP e NAA em concentrações a serem definidas durante osexperimentos. As etapas para definição dos protocolos são: Definir asformas e tamanhos de propágulos para as diferentes raízes tropicais; aconcent~ação e o tempo de exposição dos propágulos em agente dedesinfecção; as concentrações de NAA e BAP nos meios de culturaMS para melhor desenvolvimento dos propágulos das diferentes raízestropicais; avaliação das porcentagens de pegamento dos propágulos

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nos meios de cultura, avaliando-se o peso fresco das plântulas, % decontaminação fúngica ou bacteriana e % de oxidação dos propágulos.Por fim se fará o transplante das mudas micropropagadas e se avaliaráa porcentagem de pegamento. Para a cultura do yacon foram retiradas40 gemas axilares de plantas adultas, que foram divididas em doislotes para aplicação de protocolos para propagação "in vitro"diferenciados. No protocolo A o meio de cultura utilizado foi o MSbásico com 2 mg/l de BAP + 30 g/l de sacarose. A desinfecçãoutilizada foi à utilização de Benlate (1,5 g/l) por 30 minutos, seguido porimersão em Hipoclorito 20% por 40 minutos e por último passado trêsvezes em água destilada. No protocolo B o meio de cultura utilizadotambém foi o MS básico com 2 mg/l de BAP, entretanto a quantidadede sacarose foi de 20 mg/l. A desinfecção foi apenas a imersão emHipoclorito 20% por 40 minutos. A avaliação do desenvolvimento dasgemas ocorreu 10 dias após a inoculação. Os resultados mostraramque no protocola A ocorreu 15% de gemas desenvolvidas sempresença de fungos, bactérias e oxidação enquanto no protocolo Bapenas em uma gema não ocorreu nenhum tipo de contaminação eainda a mesma não apresentou desenvolvimento.

* Bolsista PRAD/UNESP.

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Apresentação de Trabalhos

TECNOLOGIA

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ANÁLISES PARA ESTABELECIMENTO DE PROPRIEDADESFUNC10NAIS E TESTE DE APLICAÇÃO DE AMIDOS TROPICAIS

SOB CONDIÇÕES DE STRESS

BINDILATTI, A. E. de L.(1)*, CEREDA, M.P(2). 1- EngenheiraAgrônoma. e-mail: [email protected]; 2 Prof.a Dr.a VoluntáriaFCA/UNESP, e-mail: [email protected]

O setor alimentar é o principal consumidor de amido, tanto naforma nativa, como modificada. Nos últimos anos uma vastabibliografia foi produzida sobre caracterização de amidos nãocomerciais e, em volume menor, sobre a avaliação destes amidosnaturais em condições de estresse, visando aplicação em industrias dealimentos. As normas de proteção ao consumidor tendem a ser cadavez mais rigorosas no mundo todo e os consumidores exigem produtoscada vez mais naturais. O objetivo geral do projeto é selecionar amidosnaturais extraídos de matérias primas tropicais não convencionais parauso em indústrias alimentícias. Para selecionar os amidos extraídos,foram estabelecidas técnicas que simulam os estresses causados porempresas processadoras de alimentos e pelo consumidor no uso final,que estão sendo denominados de Testes de Aplicação, paradiferenciá-los das análises de propriedades funcionais. Foramavaliadas 22 diferentes amostras de amido de 11 espécies vegetais:dua5 variedades batata doce CNPH 292 e CNPH 314; sete variedadesde mandioca DG100, DG132, DG135, DG163, DG272, DG387, Brancade Santa Catarina; padrões comerciais de amido de milho e doispadrões de amido modificado de milho; e féculas de araruta, gengibre,taioba, zedoaria, biri, açafrão, taro, jacatupé, inhame e mandioquinhasalsa. Foram preparados géis das féculas em estudo e estes passarampor tratamentos de stress que simulam condições impostas á alimentosprocessados. Foram avaliados tratamentos de esterilização seguida dearmazenamento a 28°C e 4° em pH natural e pH 3,5, ciclos decongelamento e descongelamento. O efeito dos estresses sobre osgéis de amidos foi quantificado através das análises de opacidade, cor,sinérese, viscosidade, viscoelasticidade e consistência. Os resultadosobtidos mostraram diferença de comportamento dos géis com o tempode armazenamento (O, 1, 3 e 30 dias).

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A análise estatística dos dados possibilitou visualizar diferençasde desempenho dos géis em função do pH dos tratamentos. Asanálises realizadas durante o treinamento permitem selecionar asseguintes féculas como de maior potencialidade para uso emprocessamento de alimentos: mandioquinha-salsa, birí, batata-doce einhame.

*Bolsista FAPESP (Processo 03/02520-0).

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AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS DE QUALIDADE EM CHIPS DEMANDIOCA, T ARO, INHAME, MANDIOQUINHA-SALSA

E BATATA DOCE

ROGÉRIO, W. F. (1)*, LEONEL, M.(2), OLIVEIRA, M.A.(3).1-Graduação em Nutrição-IBB/UNESP, Botucatu-SP; 2-PesquisadoraCERAT/UNESP; e-mail: [email protected],3-PesquisadorCERAT/UNESP, e-mail: [email protected]

A produção de raízes e tubérculos tem obtido interesse deindustriais que visam a introdução dessas como matérias-primas para aprodução de alimentos de conveniência. Durante a produção agrícolaparte das raízes é descartada por não atingir padrão decomercialização. Uma possibilidade de agregação de valor seria aprodução de chips. Neste trabalho objetivou-se avaliar parâmetros dequalidade em chips, visando uma possível introdução destas raízescomo matérias-primas em indústrias alimentícias. Utilizou-semetodologia descrita para chips de mandioca e então posterioresensaios preliminares com as demais tuberosas. Os chips prontos foramavaliados quanto á absorção de gordura após a fritura, textura(fraturabilidade) no texturômetro Stevens-LFRA Texture Analyser componteira TA 39 , alterações na cor após o processamento emespectofotômetro UV visível (Cary 50-Varian) e o valor calórico doschips em bomba calorímétrica PARR 1281. Os resultados obtidosmostraram que os chips de taro foram os que absorveram maior teorde gordura (46,26g/100g) o que pode estar relacionado ao elevadoteor de umidade dos rizomas (83,27%), seguido pelos chips demandioquinha-salsa (35,76g/ 100g) e batata doce (35,66g/100g) comumidade nas raízes de 69,81% e 66,22% respectivamente, e mandioca(34,OOg/100g) com umidade de 59,25%. Os chips que absorverammenor quantidade de gordura (28,43g/ 100g) foram os de inhame,apesar de sua umidade ter sido de 67,96%.

Em relação á fraturabilidade os chips que apresentaram menorvalor foram os de batata doce (240,2 g.f) e os chips que tiveram maiorfraturabilidade foram os de mandioca (371,4 g.f).Os chips de taroapresentaram valor de 312,6 g.f, os de inhame de 260,8 g.f e os demandioquina-salsa apresentaram fraturabilidade de 332,2 g.f.

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Em relação à cor não houve mudança significativa para os chipsde taro e inhame, mas sim para os de mandioca que mudaram debranco para amarelo e nos de mandioquinha-salsa a cor amarelada foiacentuada.

Já os chips de batata doce apresentaram um escurecimentoapós a fritura devido à reação de Maillard. Quanto ao teor calórico doschips o de taro foi o mais calórico (611,21Kcal/100g), seguido doschips de batata-doce (581,47 Kcal/100g), mandioquinha-salsa (558,04Kcal/100g), mandioca (556,15 Kcal/100g) e o menos calórico foi o deinhame (523,31 Kcal/100g) mostrando sua relação com a menorabsorção de gordura após sua fritura. Os resultados obtidos mostraramvalores bastante interessantes na produção de chips de inhame devidoà baixa absorção de gordura, menor valor calórico e demaisparâmetros. Observou-se também a necessidade de ajustes nopreparo de chips de mandioquinha-salsa de batata doce.

* Bolsista PRAD/UNESP.

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CARACTERIZAÇÃO DA ESTRUTURA MOLECULAR EPROPRIEDADES VISCOGRÁFICAS DOS POLlSSACARÍDEOS DE

AMIDOS DE MANDIOCA *

SILVA, F.I. (1)*; CABELLO, C. (2). 1- Mestrando em Agronomia naÁrea de Energia na Agricultura na FCA/UNESP, Botucatu - SP, e-mail:[email protected]; 2. Diretor do CERA TI UNESP- Botucatu -SP, e-mail: [email protected]

A fécula de mandioca contém aproximadamente 97 % deamido, em peso seco. Este é constituído por dois polissacarídeos: aamilose ( +/18% ), que possui cadeia linear de monômeros de glicoseunidas por ligação á-1,4 e peso molecular 1,5.105 a 1,0.106; eamilopectina ( +/- 82% ), de cadeia ramificada através de ligaçõesá-1,6 e peso molecular 5,0.106 a 1,0.108. A estrutura molecular dessespolissacarídeos influi diretamente nas propriedades funcionais dosamidos, as quais são interessantes para diversos usos industriais. Oprincipal objetivo desta pesquisa é avaliar e adaptar a técnica deseparação de moléculas conhecida por cromatografia de permeaçãoem gel, seguida da caracterização das frações coletadas durante apermeação, verificando possíveis correlações entre as estruturas dospolissacarídeos com as propriedades viscográficas do amido. Nestemétodo, conhecido também por cromatografia de peneira molecular, asmoléculas se separam de acordo com seus tamanhos e pesosmoleculares. As amostras eram féculas extraídas de seteetnovariedades de mandioca, que foram devidamente lavadas,desengorduradas e secadas. Posteriormente foram solubilizadas emum solvente adequado e injetadas na coluna de permeação contendoum gel, por cujos poros algumas moléculas permeiam e outras não.Sendo assim, moléculas maiores que os poros do gel, saem primeiroda coluna por passarem por fora dos poros, enquanto moléculas detamanhos intermediários aos dos poros do gel, percorrem umatrajetória maior através dos poros, demorando mais tempo para eluir.Sendo assim, as moléculas menores saem no final da permeação. Foiusado um sistema completo para permeação em gel, constituído decolunas, géis, carrocel para coleta das frações permeadas, bombaperistáltica, kit de proteínas e carboidrato padrão, entre outros

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acessórios fornecidos pela Amersham Pharmacia Biotech.Empregou-se solventes P.A. e enzimas puras (Sigma-Aldrich)

para a desramificação dos grânulos de amido; equipamento analisadorde carbono (TOC) marca Shimadzu e espectrofotômetro UV-visívelcom varredura de 190 a 1100 nm marca Varian, para caracterizaçãodas frações. Para determinar os pesos moleculares dospolissacarídeos coletados nas frações, foram feitas comparações ecálculos dos tempos de eluição das proteínas e carboidrato de pesosmoleculares conhecidos. Para cada amostra, os resultadosencontrados nas frações permeadas, quanto à quantificação decarbono e afinidade ao reagente iodato, revelaram a presença de doistipos de moléculas diferentes quanto às estruturas, conforme relatadona literatura. As permeações de proteínas padrão também permitiramboa separação das moléculas de tamanhos diferentes. Conformemanual do fornecedor das proteínas, a Chymotrypsinogen A possuipeso molecular 25.000 e a Albumin, 67.000 daltons. Até o momento foipossível concluir que o primeiro pico é referente à Albumin e osegundo, à Chymotrypsinogen A; o melhor solvente para desramificarpolissacarídeos dos grânulos de amido foi etanol e solução diluída dehidróxido de sódio; o melhor gel para a permeação foi o SepharoseCL-2B e o melhor fluxo da fase móvel foi 20 ml/h. Vários resultadosobtidos até o momento comprovam que esta é uma técnica muitoeficiente para separar moléculas de tamanhos e pesos diferentes.

Agência financiadora: FAPESP.

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CARACTERIZAÇÃO FíSICO-QUÍMICA E MICROSCÓPICA DEAMIDOS DE BATATA DOCE, BIRI, MANDIOCA E TAIOBA, E A

RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO DE PROPRIEDADE DEEXPANSÃO APÓS MODIFICAÇÃO FOTOQUÍMICA

GARCIA, A. C. D. B. (1)*. LEONEL. M. (2). 1- Graduação emNutrição-IB/UNESP. Botucatu-SP; 2- Pesquisadora CERAT/UNESP.Botucatu-SP. e-mail: [email protected]

As indústrias alimentares têm necessidades cada vez maiores e maiscomplexas, e isto faz com que o setor amiláceo esteja em busca denovos produtos. Uma característica valorizada pelo setor alimentício éa propriedade de expansão dos grânulos de amido. Este trabalho tevepor objetivos caracterizar amidos de batata doce (Ipomoea batatas),biri (Canna edulis). mandioca (Manihot esculenta) e taioba(Xanthosoma sagitifolium) quanto às características físico-químicas emicroscópicas, verificar o efeito do tratamento ácido lático com luzultravioleta em amidos destas fontes botânicas no desenvolvimento dapropriedade de expansão e possíveis relações dessa propriedade nosamidos com os parâmetros analisados. Os amidos foramcaracterizados quanto à composição centesimal e teor de amilose. Aanálise do tamanho de grânulos de amido foi realizada em microscópioótico acoplado a sistema de análise de imagem KS 300-ZEISS. Para amodificação fotoquímica foram realizados quatro tratamentos paracada fécula: T1 (sem adição de ácido láctico). T2(1.3g de ácidoláctico/100 g de fécula), T3 (2.7g de ácido láctico/100 g de fécula), T4(5,4g de ácido láctico/100 g de fécula). Os amidos foram expostos áradiação ultravioleta por 30 minutos. com revolvimento a cada 10minutos. Os resultados obtidos mostraram maior teor de amilose noamido de biri (26.12%), seguido pelo de batata doce (19.34%). e osamidos de mandioca e taioba não diferiram significativamente paraeste parâmetro (16.33% e 16,47%. respectivamente). Quanto aotamanho de grânulos. o maior diâmetro maior médio foi o do amido debiri (59.62 m), seguido pelo amido de batata doce (19,33 m),mandioca (17.06 m) e taioba (12.88 m).

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A análise comparativa das féculas nas diferentes concentraçõesde ácido lático mostrou que a fécula de mandioca foi a que apresentoumelhor expansão em todas concentrações (T1= 3,O0mL/g; T2=8,20mL/g. T3= 9,67mL/g e T 4=11 ,57mL/g), seguida pela fécula debatata doce (T1= 1,16mL/g, T2= 1,05mL/g, T3= 2,50mL/g eT4=1,72mL/g), e taioba (T1= 1,OomL/g, T2= 1,76mL/g, T3= 1,90mL/g eT4=2,31mL/g). Para o efeito das concentrações de ácido lático nasdiferentes féculas foi possível observar uma relação positiva na féculade mandioca, ou seja, com o aumento da concentração de ácido láticoocorreu aumento significativo da expansão. Para as féculas de batatadoce e taioba também foi observada variação significativa da expansãocom o aumento da concentração de ácido, já para a fécula de biri nãofoi observado o efeito da concentração de ácido sobre a expansão,nas concentrações testadas (T1 = 1,08mL/g. T2= O,98mL/g, T3=1.33mL/g e T 4= 1 ,49mL/g). Os índices de expansão obtidos nasdiferentes féculas foram considerados baixos quando comparados aosíndices obtidos para fécula de mandioca modificada. Portanto, aconcentração de ácido tático em modificação fotoquímica de amidos eféculas deve ser ajustada para cada fonte botânica. A análise dosdados mostrou não existir relação entre os parâmetros analisados e odesenvolvimento da expansão no amido de mandioca, já para biri amenor expansão pode estar relacionada ao elevado teor de amilose etamanho dos grânulos.

* Bolsista PIBIC/CNPQ/UNESP.

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CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAS RÍGIDOS BIODEGRADÁVEIS APARTIR DE FÉCULA DE MANDIOCA

E FIBRAS NATURAIS.

CASTRO, T.(1 )*, CEREDA, M.(2). 1- Doutorando em Agronomia naÁrea / de Energia na Agricultura na FCA/UNESP, e-mail:[email protected]; 2- Proa. Dra. Voluntária FCA/UNESP, e-mail:[email protected]

As pressões ambientais no setor industrial, com a criação do certificadoISO 14.000 e o Selo Verde, que prevêem responsabilidade crescentedas indústrias não só quanto ao seu resíduo de processo, comotambém quanto à disposição final de seu produto. Diante destarealidade, as industrias têm buscado alternativas para minimizar adisposição final de seus produtos, que vai desde o controle efetivo dematerial excedente no processo, até reutilização do produto pósconsumo. O crescente aumento da geração de Resíduos SólidosUrbanos tem conduzido a sociedade a buscar novas alternativas paraminimizar o volume deste material a ser aterrado. Ao mesmo tempoocorre cada vez maior pressão da sociedade em relação às questõesambientais. ° objetivo do trabalho é caracterizar material rígidobiodegradável elaborado com fécula de mandioca e fibras naturaiscomo forma de obter informações que possam ser usadas no seuaperfeiçoamento e permitir selecionar futuras utilizações. As análisesde caracterização serão realizadas nos Laboratórios do CERA T .Centro de Raízes e Amidos Tropicais - UNESP/Botucatu, nosLaboratórios do Departamento de Ciências Ambientais, EngenhariaRural e nos Laboratórios da USP em Pirassununga/SP. O materialrígido biodegradáveis são produzidos através do processo determoformação ou flash-vaporização do amido em suspensão líquida,em um molde aquecido. O molde aquece a mistura de amido e águaaté a temperatura de gelatinização ou ponto de ebulição. Logo após agelatinização a massa se toma uma pasta espessa a ponto que ovapor arrasta a pasta expandida para preencher o molde, ocorrendo ofechamento das aberturas das extremidades do mesmo. Com istoocorre a formação de uma ligeira pressão dentro do molde, deaproximadamente 1 bar. Com o aumento da temperatura interna da

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massa, a saída de vapor é acelerada.Depois de um determinado tempo a espuma de amido seca

gradualmente com perda de água pela abertura do molde, restando de2 a 4% de água no produto final. Serão analisadas as misturas de doistipos de fibras cana-de-açúcar e coco, misturadas ao materialexpandido e diferentes concentrações da mesma. Para caracterizaçãoserão feitas análises de determinação de peso, densidade, resistênciamecânica, solubilidade em água e biodegradação. A importância deconhecer as características, de material rígido biodegradável. esta nadeterminação e facilidade do seu uso e por contornar as dificuldadesexistentes.

* Agente financiador: CAPES

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EFEITO DE AMIDO PRÉ-GELlFICADO EM PRÉ-MISTURA PARA PÃOSEM GLÚTEN À BASE DE POLVILHO AZEDO

E FARINHA DE MANDIOCA

ESCQUTO, L.F.S. (1), CEREDA, M.P. (2). 1- Doutorando em CiênciasAgronômicas- FCA/UNESP, e-mail: [email protected]; 2 -Prof.Dr.- Voluntária FCA/UNESP, e-mail: [email protected]

A intolerância alimentar tem sido objeto de estudos tecnológicos eclínicos basicamente devido ao aprofundamento na pesquisa e nodesenvolvimento de produtos nutricionais funcionais. A doença celíacaou enteropatia sensível ao glúten é uma doença caracterizada pordanos à mucosa do intestino delgado e má absorção, uma doença decaráter genético, ativada em indivíduos suscetíveis pela ingestão doglúten e proteínas similares originárias de outros cereais como a aveia,centeio e cevada. Há uma tendência no mercado da panificação e napesquisa para a produção de produtos que substituam totalmente otrigo na forma de pré-mistura, principalmente para bolos e biscoitossendo que estes, encontram-se disponíveis para o consumidor direto(consumidor), entretanto, para pães a principal produção depré-misturas ocorre em nível industrial favorecendo o consumidorindireto (indústria). Neste sentido a pré-mistura é um processotecnológico viável que além de visar a uniformidade do produto finalpela aditivação em condições controladas, menor custo, melhorprocessamento, acrescenta maior vida de prateleira e melhorespropriedades organolépticas e instrumentais. Foram realizados ensaiospara verificar o efeito do amido pré-gelificado na produção depré-mistura para pão sem glúten à base de polvilho azedo e farinha demandioca. A formulação avaliada foi composta pelos seguintesingredientes: polvilho azedo, amido pré-gelificado, sal, açúcar, gorduravegetal hidrogenada, farinha de mandioca crua moída, leite em pó,lecitina de soja e fermento biológico seco. Todos os ensaios foramfeitos pelo método direto e as condições de assamento foram 220°Cpor 30 minutos. Em todos os ensaios predominou a aparência externade pão de trigo e um miolo pouco gomoso. Neste trabalho foramapresentados os resultados de 3 ensaios feitos em duplicata expressopor suas médias onde foram testados níveis diferentes de amido

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pré-gelificado a 5%, 10% e 15%.

Foram realizadas as determinações de peso final, volume específico,taxa de evaporação, pontuação de qualidade do volume e índice deconversão. O aumento na concentração do amido pré-gelificadomostrou um aumento significativo de volume simultâneo a uma perdana qualidade do miolo. Os pães feitos com amido pré-gelificadoapresentaram um miolo mais elástico, com leve gomosidade, célulasde gás mais uniformes, abundantes e uma rede estruturada.

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FEITOS NA ESTRUTURA MOLECULAR E DIGESTIBILlDADE DOSAMIDOS DE MARANTA ARUNDINÃCEA, IPOMOEA BATATAS E

MANIHOT ESCULENTA MODIFICADOS POR PROCESSO DEEXTRUSÃO.

SCHMIDT, M. (1). CABELLO, C. (2). 1- Mestrado em Agronomia naÁrea Energia na Agricultura na FCA/UNESP- Botucatu - SP, e-mail:[email protected], 2- Diretor do CERAT/UNESP- Botucatu -SP, e-mail: [email protected]

O processo de cozimento por extrusão é uma operação unitária querecentemente foi amplamente aplicada na indústria de alimentos. Oprocesso utiliza um equipamento denominado extrusora e o materialprocessado apresentará texturas, sabores e característicasdependentes do tempo de residência, temperaturas, pressões,umidades, etc que Ihes for ímposto. O grits de milho é a matéria primautilizada. Outras fontes de amiláceos, que possuem composiçãomolecular, propriedades e características físico-químicas diferentes domilho, podem ser uma nova opção ao conferir propriedades funcionaisdiferenciadas e exigir protocolos diferentes de fabricação. A relaçãoamilose/amilopectina é relevante na determinação das propriedadesdos produtos extrudados à base de amidos. A amilopectina produzleveza, elasticidade, textura e superfícies regulares, porém, comcaracterísticas de pegajosidade. A amilose produz produtos maisduros, menos expandidos e com força de cisalhamento crescendoproporcionalmente à sua concentração. As características de altafricção e temperatura do processo de extrusão, a que são submetidosos amidos, provocam alterações na sua estrutura molecular intra eintermolecular que levam não só a uma diminuição do seu pesomolecular como na redução do tamanho das cadeias dos biopolímerosamilose e amilopectina (Sagar e Merril, 1995). Uma lenta taxa dedigestão e absorção de amidos, são favoráveis em dietas paraorganismos vivos que apresentem quadro de diabetes e hiperlipidemiae a digestibilidade está diretamente relacionada com o grau degelatinização e também à composição molecular das amiloses eamilopectinas dos amidos presentes (Gõni et aI. 1997).

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Os amidos podem ser classificados de acordo com sua digestibilidadeem: amido rapidamente digerível (ARD), amido lentamente digerível(ALD) e amido resistente (AR). Goni et aI. (1996) propõe método deavaliação direta que tem as seguintes etapas analíticas: remoção deproteínas, remoção de amidos digeríveis, solubilização e hidróliseenzimática dos amidos resistentes e a quantificação dos amidosresistentes como glicose multiplicada por um fator 0,9. As condiçõesfisiológicas do estomago e do intestino são aproximadamentesimuladas. O objetivo do projeto de pesquisa seria a determinação dosefeitos produzidos na estrutura molecular de produtos expandidos quetenham utilizado amidos de arracacia xanthorrhiza, Ipomoea batatas eManihot esculenta (mandioquinha salsa, batata doce e mandioca) etambém nas transformações das características funcionais do amidoque o tornam adequado a uma maior digestibilidade e assimilação peloorganismo. Serão utilizados amidos de arracacia xanthorrhiza, Ipomoeabatatas e Manihot esculenta, que serão processados em umaextrusora Inbramaq modelo Labor PQ-30. As análises nos produtosdos ensaios serão as seguintes: i) umidade; ii) expansão e densidade;iii) textura; iv) índices de absorção e solubilidade em água; v)degradação na estrutura macromolecular e concentração de amidosresistentes. As amostras serão analisadas quanto ao seu conteúdo deamidos resistentes, utilizando a metodologia proposta por Goni et aI.(1996). Através de outra metodologia proposta por Goni et aI. (1997),será estabelecida uma curva da cinética da digestibilidade dos amidosdos materiais, sendo definido os tempos de 30 e 60 minutos comodeterminantes dos amidos de rápida e de lenta digestibilidade.

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MASSA ALlMENTÍCIA DE MANDIOCA:CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS E DE COZIMENTO

MENEGASSI, B. (1); LEONEL. M. (2). 1. Graduação em Nutrição. IBIUNESP, e-mail: [email protected]; 2- PesquisadoraCERAT/UNESP, Botucatu-SP, e-mail: [email protected]

As massas alimentícias, pela sua simplicidade de produção,aliada ao seu fácil manuseio, apresentam-se como interessantesobjetos de pesquisas no que diz respeito à obtenção de novosprodutos à base de matérias-primas alternativas, já que através dodesenvolvimento de fórmulas e tecnologias, elas podem apresentar-sesob diferentes formas e composições. Os produtos que constituem aalimentação básica, na maioria dos países, vêm apresentandocrescimento contínuo em sua produção; entre estes a mandiocapassou de 97 para 178 milhões de toneladas nos últimos 32 anos. Oprocessamento da mandioca no Brasil tem sido quase queexclusivamente para a obtenção de farinha e fécula, ocorrendo áentrada ainda pouco expressiva nos últimos 5 anos de outros produtoscomo a mandioca minimamente processada, a mandioca chips e umpiloto de produção de massa alimentícia. O presente trabalho objetivouavaliar quanto ás características nutricionais e de cozimento, massaalimentícia feita à base de farinha de mandioca, comercializada pelaempresa Mandi Indústria e Comércio Ltda, utilizando como padrão decomparação macarrão comercial de trigo com ovos. O "macarrão demandioca" segundo o fabricante passa por duas etapas de cozimentono seu preparo e não leva ovos, recendo como propaganda comercialo fato de não possuir proteína animal, ser um produto sem glúten e ricoem fibras. As massas alimentícias foram caracterizadas quanto ácomposição centesimal, teores de sódio, cálcio e ferro e teste decozimento. Os resultados obtidos para a massa alimentícia feita à basede mandioca foram: 9,85 % de umidade, 3,27% de proteínas, 0,61 %de gorduras, 82,26% de carboidratos, 3,39% de fibras, 21,5 mg/100 desódio, 112,5 mg/100g de cálcio e 27,0 mg/100g de ferro, com valorcalórico de 347,6 Kcal. Os resultados obtidos diferiramsignificativamente da massa padrão, que apresentou maiores teores deproteínas (contém ovos) e de minerais, confirmando as informações do

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fabricante quanto ao potencial nutritivo da mandioca.Quanto às características de cozimento, tanto o rendimento

como a perda de sólidos solúveis, e o tempo de cozimento, nãodiferiram entre as duas massas alimentícias. Já, quanto áscaracterísticas sensoriais, observou-se que apesar da massa demandioca apresentar-se com rugosidades quando cru, sua aparência etextura quando cozida mostraram-se muito semelhantes aos da massacom ovos. O presente trabalho permitiu concluir que as característicasverificadas para o "macarrão de mandioca" sinalizam um caminhofavorável para o investimento em pesquisas de alimentos alternativos àbase de tuberosas tropicais.

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MODIFICAÇÃO QUÍMICA EM AMIDOS DE TUBEROSAS TROPICAISPARA UTILIZAÇÃO EM RECUPERAÇÃO DE FIBRAS

CELULÓSICAS.

HORIMOTO, L. K. (1), CABELLO, C.(2) 1- Mestrado em Agronomia naárea de Energia na Agricultura na FCA/UNESP, Botucatu-SP; 2 -Diretor do CERAT/UNESP- Botucatu - SP, e-mail:[email protected]

Os amidos obtidos de cereais e tuberosas tropicais apresentampropriedades tais como solubilidade, gelatinização, retrogradação,viscosidade, forma de grânulos e outras que podem ser modificadaspara atender requisitos específicos para sua aplicação em processosindustriais. Os amidos podem ser modificados por inclusão de grupofuncional químico ou por tratamento físico. No primeiro caso, gruposhidroxilas das moléculas de glicose componentes das amiloses eamilopectinas são substituídas por grupos funcionais químicos. Se ogrupo funcional for hidrofílico, a temperatura de início de gelatinizaçãotorna-se menor, assim como aumentam a transparência e estabilidadedo gel formado. Diferentes grupos funcionais ligados, melhoramtambém a resistência ao calor, resistência a reações químicas e àsdegradações por agitação. Novas características permitem a utilizaçãomais extensa destes amidos em produtos farmacêuticos, na fabricaçãode papéis, indústrias têxteis e principalmente em alimentos.Dependendo do grupo químico ligado ao amido, ocorrem modificaçõesem sua cargas elétricas e deste modo, os amidos catiônicosapresentam carga positiva que proporciona atuar como aglutinante departiculado coloidal com superfície de cargas negativas como no casode fibras celulósicas em meio aquoso. Os amidos catiônicos sãoproduzidos por tratamento de suspensões de grânulos de amidoentumescidos com água, com um composto químico com gruposdi-alquil amino ou tri-alquil amônio. Um típico reagente é oepóxi-propiltrimetilamonio cloreto que ligando-se ao amido forma umaamõnia quatemária com carga positiva que é independente do pH domeio. O reagente ataca o amido no C6 das glicoses, que tem o grupoOH mais disponível, e um nível típico de substituição é em tomo de 1 a2 grupos a cada 100 unidades glicose. A reação ocorre em meio

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aquoso onde os grânulos de amido estão em suspensão e adistribuição de cargas será não uniforme, ou seja, existem grânulosintumescidos que não apresentam nenhuma ligação enquanto outrospodem apresentar vários grupos ligados. Após a etapa de reação oamido já modificado é secado e disponibilizado ao consumo. Paraaplicação na etapa de fabricação de papel denominada wet-end(acabamento), será necessário hidrolisá-lo para aplicar na proporçãode 1 % de amido em relação à fibra celulósica em peso seco. Devido àconfiguração dos polissacarídeos na estrutura dos grânulos de amido,haveria maior acessibilidade do reagente a moléculas de amilose, umavez que as cadeias de amilopectinas formam uma estrutura maisorganizada que diminui a possibilidade de contato e reação. Existeentão uma relação entre a estrutura/composição molecular e aforma/eficiência que as ligações dos grupos funcionais ocorrem.Estudos indicam valores de eficiência da reação em torno de 85% paraum grau de substituição entre 0,025 a 0,05 moles monômero/mol deamido.O objetivo dos trabalhos desta pesquisa seria definir um processootimizado de fabricação de amido catiônico utilizando amidos demandioca, batata doce e mandioquinha salsa para obtenção deproduto a ser aplicado na indústria de fabricação de pape/papelão.

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PRODUÇÃO DE FARINHA DE MANDIOCA ENRIQUECIDA COMADIÇÃO DAS PRÓPRIAS FOLHAS PULVERIZADAS.

AGOSTINI, M.R.(1), CABELLO, C. (2). 1. Graduação em Nutrição-FCB/UNIMAR; 2. Diretor do CERAT/UNESP. Botucatu-SP, e-mail:[email protected]

A farinha de mandioca é intensamente consumida na culináriabrasileira, participando como importante fonte de carboidratos na dieta.Em algumas regiões onde condições sócio econômicas impõerestrições a uma dieta balanceada, esta é basicamente a única fontede nutrientes no consumo cotidiano, o que limita a nutrição adequadaprovenientes de nutrientes essenciais à alimentação humana, hajavisto que, a mandioca possui baixas concentrações de proteínas ematérias graxas quando comparada a outras fontes de alimentosconcorrentes nestes nichos, tais como feijão e milho, e, devido a taldeficiência, não á recomendam como constituinte principal nas dietas.A farinha de mandioca é produzida a partir de raízes trituradas etorradas em fomos de chapa abertos, onde o processo térmicopromove uma gelatinização dos amidos presentes na massa ralada,que aglomerando os tecidos fragmentados das raízes, dão acaracterística de um pó de granulometria variada e odor característicoagradável ao paladar e de boa sensação tátil na boca. A utilizaçãosomente das raizes para a produção de farinhas, provoca odesperdício de componentes nutricionais no momento da colheita, poisas partes aéreas são descartadas como resíduos agrícolas eincorporados ao solo. Estes materiais com características nutricionaisde interesse podem representar uma fonte adicional de recursosalimentares. O objetivo do presente trabalho é produzir farinha demandioca aditivada com a parte aérea da planta da mandiocapulverizada, para consumo humano, ofertando maior valor nutricional equalidade. com boa aceitação ao consumo. Inicialmente seráselecionada uma área onde tenha cultura de mandioca de usoindustrial, que fornecerá além do material, índices de produção,quantidade de raízes por ha, quantidade de parte aérea por ha,quantidade de terço aéreo por ha.

Posteriormente, serão realizadas as operações, recepção e

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remoção das cascas mais externas, trituração das raízes, recepção daspartes aéreas, trituração e secagem, pulverização das partes aéreassecas e balanço de massas dos materiais processados. Serãorealizadas análises químicas, caracterizando quanto à umidade, fibras,proteínas, cinzas, matéria graxa. açúcares totais e redutores. Serãoanalisados por cromatografia liquida as concentrações de ácidosorgânicos, açúcares redutores e perfil de aminoácidos. As partesaéreas serão caracterizadas quanto à umidade. granulometria,concentração de proteína e matéria, graxa. Para as análisesnutricionais. será utilizada a farinha preparada com diferentesconcentrações de parte aérea adicionadas e formas de preparo. ondeserão ensaiados em ratos albinos da linhagem Wistar , além dessas.serão feitas análises estatísticas, análise sensorial, avaliando quanto àaceitação e análise econômica da implementação do processo emagroindústria existente. O aproveitamento integral da matéria prima,sem utilização de outro aditivo ou modificação no processo da mesma,possibilita a obtenção de farinha enriquecida com nutrientesessenciais, além de incidir no aproveitamento mais racional do custoda produção e baixo risco alimentar. O enriquecimento de alimentoscom nutrientes essenciais ao consumo humano, é um grande benefícioproporcionado ao combate às doenças carenciais.

Apoio: CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico

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PRODUÇÃO DE FÉCULA DE MANDIOCA EM UNIDADESAGROINDUSTRIAIS DE PEQUENO PORTE

BERNARDINO, I. A. (1), CABELLO, C. (2). 1- Doutorado em Agron, naÁrea de Energia na Agricultura na FCA/UNESP, Botucatu-SP. e-mail:[email protected]; 2- Diretor do CERAT/UNESP- Botucatu - SP. e-mail:[email protected]

A produção mundial de raízes de mandioca, dada a suaimportância sócio econômica, vem apresentando um crescimentomédio anual de 2,6% e passou de 97 para 173 milhões de toneladasnos últimos 30 anos. O Brasil é o 2° maior produtor mundial comprodução de 20 a 25 milhões sendo a Nigéria o maior produtor mundialcom 32,6 milhões de toneladas em 2000. As fecularias surgiram semplanejamento geográfico, localizadas principalmente nos estados doParaná, São Paulo, Santa Catarina e mais recentemente em MatoGrosso do Sul. Os produtores de mandioca se localizam no Pará(17,81%), Bahia (17.67%), Paraná (14,82%), Rio Grande do Sul(5,52%) e Maranhão (4,95%) ficaram sem um importante mercadocomprador de raízes que são as fecularias que normalmenteconsomem grandes quantidades diariamente durante quase todo oano. Os custos com o transporte representam 11,78% do custo totalprodução agrícola enquanto o custo com a matéria prima atinge 63%produção da fécula, sendo aquele portanto um item de significânciacomposição do preço final. Seria conveniente que os pequenosprodut4 espalhados geograficamente se agrupassem em cooperativas,para poderem juntos entrar no mercado das grandes corporações.Nessa competição haveria ganho de produtividade com formação eexpansão de novos consumidores. As mudanças tecnológicas seriaminevitáveis, visto que, os sistemas utilizado atualmente apresentam emmuitos pontos de obsolências tecnológicas, com muitas perdas noprocessamento das raízes. O rendimento em relação à matéria prima éda ordem de 25% aproximadamente, podendo atingir valores teóricosem tomo de 30%. Este trabalho tem como objetivo propor e avaliar aprodução de fécula mandioca em unidade de processamento depequeno porte, cuja capacidade operacional estaria ligada e articuladacom a produção agrícola da matéria prima.

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O projeto trará inovações tecnológicas no processamentopossibilitando diminuir perdas, melhorar o rendimento de extração doamido, diminuir o consumo de água, racionalizar o consumo deenergia, dar qualidade superior ao produto, afim de abaixar os custosde fabricação e melhorar a competitividade no mercado. Estesmelhoramentos permitirão obter um bagaço pobre em amido, poderiaser utilizado como fonte de fibras dietéticas na alimentação humana. Ofarelo, hoje resíduo com gestão difícil, se tornaria assim um subprodutodas fecularias com alto valor agregado. Esse trabalho serádesenvolvido em um conjunto de equipamentos formando um unidadeexperimental piloto disponível no Laboratório de Processamento deMatérias Primas Vegetais do CERAT/UNESP que permitirá arealização dos ensaios visando a produção dos dados para avaliaçãode qualidade de produto e dos parâmetros operacionais do processo.Serão realizadas análises nos produtos, sub-produtos, resíduos e águaresiduária no processamento das raízes, seguindo as metodologias deuso corrente no Manual de Análises do CERAT, as quais serão: Teorde amido em raízes de mandioca; Sólidos solúveis; Concentração dematéria orgânica; Análises de qualidade de água residuária. E aindaserá instalado medidor de energia elétrica (kWh) na alimentação geraldos equipamentos da planta piloto que permitirá verificar o consumo deenergia elétrica em função dos produtos.

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PRODUÇÃO DE MALTODEXTRINAS DE AMIDO EXTRAÍDO DEmanihot esculenta, Ipomoea batatas e Maranta arundinacea

COUTINHO, A. P. C. (1); CABELLO, C. (2). 1 . Doutorado emAgronomia na Área de Energia na Agricultura na FCA/UNESP, e-mail:[email protected]; 2. Diretor do CERAT/UNESP- Botucatu-SP,e-mail: [email protected]

Maltodextrinas são produtos originados da hidrólise parcial deamidos e são comumente caracterizados pelo seu grau de hidróliseexpresso em dextrose equivalente (DE). A importância comercial dasmaltodextrinas vem aumentando devido as suas propriedades, taiscomo: solubilidade, baixo densidade e um carboidrato não adocicado.Esses hidrolisados estão sendo muito utilizados nas indústrias dealimentos como agente espessante, substituto de gorduras, controladorde congelamento, formador de filmes, para prevenir a cristalização ecomo suplemento alimentar. Várias propriedades físicas, químicas ebiológicas são requeridas para cada tipo de aplicação, sendonecessário o conhecimento de processos para a produção demaltodextrinas com propriedades específicas, pois a composição doscarboidratos de uma maltodextrina determina suas característicasfuncionais físicas e biológicas. Os fatores que afetam as característicasfuncionais são a higroscopicidade, estabilidade, fermentabilidade,gelação, edulcorancia, viscosidade, osmolaridade e absorção porhumanos. A demanda por determinadas propriedades nasmaltodextrinas tem levado os pesquisadores a desenvolver produtoscom características desejáveis devido a composição dos carboidratos,sendo que isto só é possível devido ao desenvolvimento de novasenzimas. Este trabalho terá o objetivo de produzir maltodextrinas apartir de diferentes tipos de amidos utilizando amilases produzidas pormicroorganismo modificado geneticamente e fazer a suacaracterização físico-química. Atualmente, para a produção dasmaltodextrinas, a suspensão de amido é gelatinizada na presença deuma a-amilase termoestável que irá hidrolisar as ligações -1,4 atéobter um DE de 2 a 15. A suspensão aquosa de amido é submetida aum aumento progressivo da temperatura e num primeiro momento osgrânulos se intumescem e parcialmente rompem-se e solubilizam as

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amiloses a as amilopectinas.A presença de uma -amilase produz a quebra destes

polissacarídeos, e a controlabilidade depende de fatores comotemperatura, pH, tempo, força iônica do meio, concentração e tipo dasenzimas. As enzimas amilolíticas são o fator mais importante nahidrólise do amido, pois sua atuação permite ajustar as característicasda maltodextrina de interesse. As amilases mais usadas para aprodução de hidrolisados são isoladas de cepas de Bacillus, como: B.amyloliquefacions, B.licheniformis e B. sterearothermophilus e diferemna especificidade na qual hidrolisam as ligações a (1 4) do amido. Osprincipais fabricantes de enzimas de utilização industrial são:Novozyme, Genencor, Megazyme e Squibb. Para a produção dasmaltodextrinas está sendo utilizada uma -amilase termofílicabacteriana produzida por Bacillus licheniformis, esta enzima é umaendo-amilase que hidrolisa ligações -1,4 no amido (amilose eamilopectina) aleatoriamente e os produtos formados com a quebrasão dextrinas solúveis e oligossacarídeos. As maltodextrinasproduzidas terão uma determinada composição molecular e estacomposição é quem determinará suas características.

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INFLUÊNCIA DA ÉPOCA DE PLANTIO E ESTÁDIO DEDESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS DE Pachyrhizus ahipa NASCARACTERÍSTICAS FíSICO-QuíMICAS DAS RAÍZES E FÉCULA,

NAS PROPRIEDADES VISCOGRÁFICAS E NA DISTRIBUIÇÃO DETAMANHO DOS GRÂNULOS DE AMIDO.

FERRARI, T. B. (1)*, LEONEL, M. (2), OLIVEIRA, M. A. (3),SARMENTO, S. B. S. (4). 1- Graduação em CiênciasBiológicas-IB/UNESP; 2 e 3 Pesquisadores do CERAT/UNESP, e-mail:[email protected]; 3Professora Doutora Depto. Agroindústria,Tecnologia e Nutrição- ESALQ/ USP- Piracicaba-SP

Para a introdução de uma nova matéria-prima amilácea nasindústrias processadoras é preciso conhecer as característicasagronômicas da planta voltadas para a produção de fécula. Nestalinha, este trabalho visou avaliar o desenvolvimento de plantas dePachyrhizus ahipa cultivadas no Campo Experimental do Cerat,caracterizar as raízes e a fécula extraída em diferentes estádios dedesenvolvimento da planta, a fim de analisar as propriedadesfísico-químicas, características microscópicas (forma e distribuição detamanho de grânulos) e características viscográficas da fécula nosdiferentes tempos de cultivo; verificando a influência do estádio dedesenvolvimento da planta sobre as características do amido em duasépocas diferentes de plantio. Para o acompanhamento dodesenvolvimento da planta foram realizadas coletas com as plantasapresentando 3, 5, 7 e 9 meses, em duas épocas de plantio (1°experimento - plantio em outubro e colheita em agosto; 2° experimento- plantio em fevereiro e colheita em dezembro). Os resultados obtidosmostram que nos primeiros sete meses de cultivo no campo as plantastiveram desenvolvimento da raiz, sendo que a retirada de vagens eflores a cada 30 dias após os três meses promoveu a tuberização dasraízes. As plantas utilizadas no primeiro experimento se desenvolverammais se comparadas com as do ahipa da mesma idade do segundoexperimento. Analisando os dados do balanço de massa doprocessamento das raízes de ahipa do 2° experimento com 5 e 7meses de plantio foi possível verificar um melhor rendimento com asraízes colhidas com 5 meses (19%).

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Não foi observada diferença no teor de matéria seca nas raízesde diferentes idades do 1° experimento (17%). O teor de amilose nãodifere quando a planta se encontra em estádio de colheita,apresentando valores médios de 13%. Quanto a distribuição detamanho de grânulos, este variou com a idade da planta nas duasépocas. Na primeira época, com cinco meses houve predomínio dosgrânulos na faixa de 12,5 a 151lm, aos sete meses o predomínio foientre 10 e 17,51 m, aos nove a maior porcentagem foi na faixa de 15a 20 m e aos 11 meses pode-se observar que 75% dos grânulosapresentavam diâmetro maior na faixa de 15 a 22,5 m. O mesmocomportamento foi observado na segunda época de plantio. A análisedas propriedades das pastas mostrou terem ocorrido diferenças nocomportamento da pasta de amido com o desenvolvimento da planta,nas duas épocas de plantio. O perfil de viscosidade do amido da plantamais nova se diferenciou dos demais, apresentando maior temperaturade pasta, maior tempo para apresentar o pico e este foi menos agudoque os demais. Nas colheitas posteriores os amidos apresentaramcurva mais definidaquanto à temperatura de pasta, ao formato do pico e ao tempo paraocorrer o pico. A quebra de viscosidade e a tendência a retrogradaçãoapresentaram tendência a diminuição com a idade da planta.

* Bolsista PIBIC/CNPq/UNESP

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PROSPECÇÃO DE NOVOS AMIDOS PARA INDUSTRIA DEALIMENTOS: SINÉRESE E CONSISTÊNCIA.

DAIUTO,E.R.(1)*; CEREDA, M.P.(2); REIS, M.M.(3); VILPOUX, 0.(4).(1) Doutorado em Agronomia na Área de Energia na Agricultura naFCAI :UNESP, Botucatu-SP, e-mail: [email protected]; 2- Profa.Dra. Voluntária FCA/UNESP, e-mail: [email protected]; 3 -Departamento de Eng. Química, Escola Politécnica/USP, SP; 4 - ONG -Raízes, Botucatu/SP, e-mail: vilpoux@raízes-ong.org.br

Nos últimos anos uma vasta bibliografia foi produzida sobrecaracterização de amidos não comerciais e em volume menor, sobre aavaliação destes amidos naturais em condições de estresse visandoaplicação em industrias de alimentos. A razão desta importância é avalorização dos produtos naturais em nível mundial. A pesquisa é partede projeto temático e visa comparar o comportamento de féculas de 6cultivares de mandioca, 2 de batata doce (CNPH 292 e 314), gengibre,zedoaria, ahipa, araruta, biri, taro, gengibre, taioba e açafrão. Géis a5% destas féculas foram submetidos a condições de estresse deesterilização e acidez (pH natural e ajustado a 3,5 com ácido cítrico),em temperatura ambiente (28ºC), refrigerada (4°C) e sobcongelamento (-20°C). Os géis assim preparados foram tambémsubmetidos a 1 ciclo de congelamento-descongelamento. Ostratamentos foram avaliados para sinérese (% de água liberada/pesode gel) e consistência (% de caimento). As análises foram feitas nosegundo dia e terceiro dia de armazenamento nas referidastemperaturas. O comportamento frente aos estresses destas féculasnaturais foi comparado com amido comercial de milho natural, assimcomo modificados recomendados para resistir a condições de acidez,esterilização e retrogradação. Foi considerado como mais resistente aféculas com baixa % de sinérese e alta consistência. A análiseestatística dos dados mostrou que houveram diferenças dedesempenho dos géis em função do pH dos tratamentos. Sob pH 3,5,após 3 dias de armazenamento resultam as maiores % de sinérese ede caimento, indicando a perda de estrutura dos géis na esterilização eacidez. Não foram detectadas diferenças durante o tempo dearmazenamento.

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Os amidos modificados e as féculas de mandioca apresentamcomportamentos semelhantes, com resistência média aos tratamentosde estresse. As féculas de zedoária e açafrão apresentaramcomportamento semelhante, com baixos valores de sinérese econsistência sob pH natural e aumento da sinérese no pH 3,5 para asduas avaliações. Siri, milho, araruta e taioba assemelham-se pelosbaixos valores de sinérese sob pH natural inclusive no estresse deesterilização. A fécula da batata doce variedade CNPH 314 apresentouboa resistência aos estresses, com valores de sinérese e porcentagemde caimento mais baixas que os amidos modificados. A fécula degengibre mostrou-se a mais resistente e a de taro a menos resistente,com altos valores de sinérese e porcentagem de caimento.

* Apoio FAPESP Processo 98/01649-9

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UTILIZAÇÃO DE BAUXITA GRANULADA ATIVADA EM SISTEMA DEDESCOLORAÇÃO DE HIDROLlSADO ENZIMÁTICO

DE FÉCULA DE MANDIOCA

CARIELLO, M. S. (1), CABELLO, C. (2).1- Aluna de iniciação científica,e-mail: [email protected]; 2- Diretor CERA T/UNESP,Botucatu- 'SP, e-mail: [email protected]

O amido constitui uma importante reserva de nutrição de todosas plantas superiores (sementes, tubérculos, rizomas e bulbos). Pelofato de ser facilmente hidrolisado e digerido é um dos elementos maisimportantes na alimentação humana. No hidrolisado de fécula demandioca o principal açúcar e em maior quantidade é a glicose. Oxarope de glicose é uma composição líquida de glicose, maltose e dehidratos de carbono provenientes de uma hidrólise parcial do amido.Na produção de xaropes de glicose, a formação de cores e odoresconferem características a este produto que podem ser ou nãodesejáveis à sua aplicação em alimentos e como conseqüência, ocusto deste produto depende do grau de refinamento a que foisubmetido. Além do processo de fabricação produzir cores e odorespelas reações de Maillard, outros fatores também afetam estesprodutos tais como: tempo de estocagem; temperatura; concentraçãode glicose; pH e o conservante dióxido de enxofre (Sapers, 1993). Abauxita se apresenta como alternativa de baixo custo em relação àsresinas trocadoras e ao carvão ativado, removendo os amidosremanescentes, glicose e outros contaminantes complexos emresíduos da agroindustrialização da mandioca. O objetivo destapesquisa é avaliar a melhor temperatura e vazão para tratamento emcoluna de permeação com leito de bauxita ativada, visando a remoçãode cores objetáveis. Identificar também a melhor condição operacionalindicada na relação de massa de soluto por massa de bauxita pararemoção de cor acima de 85%. O hidrolisado é passado em umacoluna de vidro de 700mm de altura e 50mm de diâmetro em leito fixocom vazão de 502 e 1004 ml/h e as concentrações 15, 25 e 35%determinam a permeação de sólidos e solúveis em fluxo contínuosobre a bauxita, previamente ativada com água destilada a 90°C nastemperaturas de 40, 50, 60, 70 e 80°C.

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As amostras foram coletadas na entrada e saída da coluna eanalisadas por espectrofotometria para verificar a porcentagem deremoção de compostos cromóforos, utilizando a metodologia propostapela Society of Soft Drink Technologists, numa escala arbitráriadenominada RBU. Os resultados mostraram que a maior remoção decromóforos, 98,1%, ocorreu no hidrolisado a 25% em 70ºC com fluxode 502 ml/h correspondendo a uma vazão mássica de soluto de 134,4g/h. A maior vazão mássica de soluto foi de 407,1 g/h e mostrouremoção de 82,7% com a coluna em temperatura de 80ºC. Análisescromatográficas indicaram que não ocorreram modificações no perfildos carboidratos nas amostras de permeados.

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Apresentação de Trabalhos

RESÍDUOS

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AVALIAÇÃO ENERGÉTICA E ECONÔMICA DA SUBSTITUIÇÃO DETUBETES DE PLÁSTICO POR TUBETES BIODEGRADÁ VEIS NA

PRODUÇÃO DE MUDAS DE Pinus sp.

IATAURO, R. A. (1)*, CEREDA, M. P. (2). 1- Mestrado em Agronomiana Área de Concentração Energia na Agricultura - FCA/UNESP,Botucatu-SP, e-mail: [email protected]; 2- Profa. Dra.Voluntária FCA/UNESP, e-mail: [email protected]

Os tubetes ou células de germinação disponíveis hoje nomercado são compostos de derivados do petróleo como oPOLlETILENO (plástico) e o POLlESTIRENO EXPANDIDO (isopor) umrecurso não renovável. Focalizando o mercado de produtosalternativos, pesquisas anteriores com subprodutos e resíduos deagroindústrias, resultaram em um material biodegradável, do qual foipossível confeccionar tubetes. O objetivo do trabalho consiste emcomparar o tubete biodegradável com o tubete de polietileno atravésdo desenvolvimento de mudas Pinus sp, utilizando-se a AnáliseClássica de Crescimento, o tempo de permanência em viveiro eporcentagem de sobrevivência das mudas, além de verificar aresistência mecânica do material dos tubetes biodegradáveis, suadegradabilidade e composição. O experimento compreende um ensaiocom dois grupos distintos, TB (tubetes biodegradáveis) e TP (tubetesde polietileno), cada grupo conterá 150 tubetes, totalizando 300tubetes. Semanalmente será sorteado um lote 10 mudas de TB e TP(análise destrutiva) para serem medidas algumas característicasbiométricas da planta (altura da parte aérea, diâmetro do colo,comprimento do sistema radicular, matéria seca total, área foliar, etc.)ao longo do experimento no viveiro. Com tais mensurações será feita aAnalise Clássica de Crescimento em TB e TP comparando-se ocrescimento entre as mudas. As mudas também serão acompanhadasdurante o experimento e até um mês após serem transplantadas nocampo. Em um outro lote de mudas serão feitas medidas de altura daparte aérea e diâmetro do colo para comparação. Neste lote (análisenão destrutiva) serão sempre as mesmas mudas a serem mensuradas.

Serão realizadas análises de determinação de macro emicro-nutrientes no substrato e no material dos TBs. Os testes de

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resistência mecânica do material dos TBs serão - tração paralela,impacto e flexão. Os resultados obtidos nos testes preliminares nostubetes biodegradáveis mostraram resistência a impacto - corpo deprova com entalhe e sem entalhe, respectivamente, 3,807 e 8,151 J/m;resistência tração paralela - corpo de prova polido e sem polimento,respectivamente: força máxima 22,01 e 18,05 Kgf, tensão máxima 3,90e 4,09 MPa. As análises com os tubetes de plástico ainda não foramconcluídas, não sendo possível realizar a comparação dos materiais.Já a análise clássica de crescimento só poderá ser realizada quandoas mudas forem transplantadas para os respectivos tubetes.

* Bolsista CNPQ/UNESP

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ELUCIDAÇÃO DO METABOLISMO DA LlNAMARINA EM REATOR DEDIGESTÃO ANAERÓBIA COM SEPARAÇÃO DE FASES

OLIVEIRA, S. S.(1), CEREDA, M. P.(2). 1- Doutorado em Agronomiana Área de Energia na Agricultura, FCAlUNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected] , 2- Prof.- Dr.- Voluntária FCA/UNESP, e-mail:[email protected]

O beneficiamento industrial da mandioca gera quantidadessignificativas de resíduos que causam sérios problemas ambientais. Oresíduo líquido gerado chamado teoricamente de "manipueira"apresenta alto conteúdo poluente devido à elevada concentração dematéria orgânica e tóxico devido a linamarina, a qual é potencialmentehidrolisável a ácido cianídrico. A digestão anaeróbia é adequada aotratamento de efluentes facilmente degradáveis e nos quais seenquadram os efluentes de indústrias de amido, que se degradamrapidamente. O sistema de digestão de duas fases pode ser aplicadoao tratamento da manipueira, visto a instabilidade ocorrida notratamento deste resíduo quando o tratamento anaeróbio é operadoem sistema de fase única. O processo de tratamento que vem sendoestudado no CERAT consiste em dois reatores que operam em série,separados fisicamente, onde em cada um se processa uma fase,acidogênica e metanogênica. Os resultados mostraram que ocorre umaredução de 85% da carga orgânica e 88% do cianeto no sistema. Nãoforam encontradas referências em relação ao metabolismo específicoda linamarina em meio anaeróbio. Esse trabalho tem por objetivoprincipal elucidar as possíveis vias metabólicas de degradação dalinamarina em ambiente anaeróbio. Através do monitoramento dosbiodigestores de bancada destinados ao estudo do tratamento damanipueira, existentes no CERAT (UNESP) de Botucatu, espera-se: i)caracterizar os tipos microbianos anaeróbios envolvidos na degradaçãoda linamarina; ii) estudar as vias metabólicas envolvidas nadegradação do cianeto da manipueira, em condições de anaerobiose.Os lotes de manipueira, que alimentarão os biodigestores, serãocoletadas diretamente das prensas na fábrica de farinha de mandioca"Plaza", localizada no município de Santa Maria da Serra (SP). A coletaserá feita logo sob as prensas. A digestão anaeróbia da manipueira

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será iniciada no reator acidogênico, onde um volume correspondentede substrato, obedecendo aos valores estipulados para carga orgânicae TRH, será introduzido diariamente, com a retirada de efluentes emvolume correspondente.

O efluente do reator acidogênico será usado como afluente dometanogênico. A temperatura dos dois reatores será mantida constante(32 1°C), através de três aquecedores de aquário em diferentesalturas, ligados a um termostato. A leitura da temperatura das colunasserá feita através de um termômetro cujo bulbo fica imerso nascolunas. Além da quantificação dos gases produzidos, será feita umaadaptação para amostragem dos gases quanto à presença delinamarina e/ou de seus metabólitos.

Desenvolvimento do trabalho

Análises de acompanhamento dos reatores debancada

Análise da atividade de degradação microbianada linamarina

1a. FASE

Verificação do gradiente de biodegradação dalinamarina

2a. FASE

* Apoio: FAPESP

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FERMENTAÇÃO DE SUBSTRATO AMILÁCEO HIDROLlZADOENRIQUECIDO COM MEL RESIDUÁRIO DE SACAROSE PARA

PRODUÇÃO DE ALCOOL FINO

BRINGHENTI, L (1); CABELLO, C.(2) -1. Mestrado em Agronomia naÁrea de Concentração de Energia, FCA/UNESP. Botucatu-SP, e-mail:[email protected]. 2. Diretor do CERAT/UNESP, Botucatu/SP.e-mail: [email protected]

O álcool fino produzido a partir de resíduos amiláceos daagroindustrialização da mandioca apresenta-se como alternativa depoluição ambiental transformando resíduo em co-produto. A legislaçãodefine critérios para concentração de contaminantes, os quais osálcoois produzidos por fermentação de amiláceos atendem. Lopes [2]Por apresentar baixas concentrações de matérias graxas e proteínas ohidrolisado de amido necessita ser aditivado, o mel residual origináriode usina de açúcar apresenta-se como interessante aditivo, devido suacomposição. Najafpour & Shan, [3] Neste trabalho. realizaram-seensaios para avaliação da fermentabilidade destes substratos,testando-se as formulações de hidrolisado com diferentesconcentrações de mel residuário. Os resíduos foram coletados naPlaza instalada em Santa Maria as Serra/SP e o mel residual na Usinade Açúcar da Barra - Barra Bonita/ SP. Para produção do hidrolizadoutilizou-se metodologia descrita por Cabello, [1]. Adicionou-se àsuspensão TERMAMYL-NOVO com pH ajustado a 6,5 e aqueceu-seaté 95°C por 2horas. Mediu-se o TOC do hidrolisado obtido.Preparou-se uma solução de água e mel. Padronizouse conformequantidade de carbono orgânico do hidrolisadoo Prepararamsesoluções contendo a 5, 10, 15, 20% de mel, tendo como controlessoluções 100% hidrolizado, e 100% mel. Acrescentou-se a essassoluções duas enzimas AMG-Novo, e pululanase -PROMOZIME.Tamponou-se com acetato para pH 4,5 e agitou-se a 60°C. por 72h.Incubaram-se as leveduras por 48 horas numa solução a 50% de melresiduário, em shaker com 150 rpm à 37°C. Após repetiram-se asmesmas condições noutro erlenmeyer, por 24h. Inocularam-se com 1mL da segunda solução as formulações e incubaram-se em shaker nasmesmas condições.

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Utilizaram-se protocolos padrões do CERAT, para verificaçãodas concentrações de sacarose, frutose, glicose, glicerol e álcool, nostempos 0h, 2h30min, 5h, 7h30min, 23h30min, 26h, 28h30min, 31h.

A partir deste ensaio verificou-se como sendo os melhoresresultados: concentração de melaço a 15% e 20% produzindo 4,8 e6,9% de etanol com o consumo de 54,8 e 58,3% da concentraçãoinicial da fonte de carbono.

O tempo ideal de fermentação nas condições testadas é de 26horas. Estes resultados prospectivos indicaram a viabilidade dautilização deste substrato e os estudos direcionam para a etapa deadaptação de leveduras e otimização do processo.

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PRODUÇÃO DE HIDROLlSADOS E FIBRAS A PARTIR DERESíDUOS DA INDUSTRIALIZAÇÃO DA MANDIOCA SUBMETIDA A

PRÉ- TRATAMENTO HIDROTÉRMICO

SAlTO, I. M. (1)*, CABELLO, C. (2). 1- Doutorado em Agronomia naÁrea de Energia na Agricultura, FCA/UNESP - Botucatu -SP, e-mail:[email protected]; 2- Diretor do CERAT/UNESP, Botucatu-SP,e-mail: [email protected]

Nos últimos tempos há uma crescente busca de maior utilizaçãode resíduos agro-industriais por exemplo: bagaço de cana de açúcar,bagaço de mandioca, polpa de tomate, etc. Diversos processos sãodesenvolvidos para utilização desses materiais convergindo emcompostos químicos e produtos finos. (PANDEY ANO SOCCOL, 1998)A produção de fécula de mandioca resulta em um crescimento porvolta de 10 a 15% de resíduos (polpas) originária da raiz. A aplicaçãoquantitativa do resíduo produzido é a utilização em ração animal apóssua secagem ou fertilizante agrícola. Essa utilização é ineficiente edispendiosa. A alternativa viável pode ser a redução do impacto aomeio ambiente e valorizar a polpa em outra forma de amido ou açúcar.Maior desenvolvimento de métodos físicos e biotecnológicos sãonecessários para o uso desses resíduos. (SRIROTH et al 2000) OBrasil é o segundo maior produtor mundial de mandioca com 24milhões de toneladas por ano. (IBGE 2000) Busca-se neste trabalhodefinir as condições ótimas de temperatura, tempo de processo,concentrações de amido e catalisador, carga de reator, agitação;caracterizar o hidrolisado após tratamento hidrotérmico; definirparâmetros e a controlabilidade da rota das reações de hidrólise noprocesso hidrotérmico do substrato lignocelulósico. Foi utilizado umreator fabricado pela RANAZZI, de capacidade 6,9 litros com agitadormodelo âncora e automático para diferentes rotações; temperaturamáxima de 250°C, diferentes concentrações de ácido sulfúrico usadocomo catalisador (2, 6 e 4%), concentração de massa seca (6, 8 e10%), em três tipos de rotações (33,6; 67,2; 100,8 rpm), temperaturasde 120, 145 e 170°C e tempo de reação de 10, 20 e 30 minutos.Amostras do material são analisadas por cromatografia líquida (HPLC)com coluna 87P da Bio-rad para análise de açúcares que comprova a

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produção do hidrolisado e coluna 87H para análise de furfural ehidróximetilfurfural (HMF).

O coeficiente de severidade foi calculado pelo métodoOVEREND e CHORNET (1987). Inicialmente foram realizados 20ensaios com o objetivo de avaliar estatisticamente as melhorescondições de trabalho com o reator em relação as variáveisdependentes (coeficiente de severidade; concentração de glicose,manose, hidroximetilfurfural, furfural, e rendimento) e as independentes(temperatura, tempo de processo, catalisador, concentração da massaseca, pH, brix e agitação). As primeiras amostras do primeiroprospectivo permitiram a produção de hidrolisados com rendimentosem torno de 92% a 96% de glicose e 0,2% a isenção de HMF efurfural. O coeficiente de severidade calculado foi de 4 a 7.

* Agência Financiadora: CAPES

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RECUPERAÇÃO DE AMIDOS REMANESCENTES FIXADOS EMRESíDUOS DE AGROINDUSTRIALlZAÇÃO DE MANDIOCA.

TOKURA, R. K. (1)*, CABELLO, C.(2). 1- Aluno de iniciação científica,e-mail: [email protected]; 2- Diretor CERAT/UNESP,Botucatu-SP, e-mail: [email protected]

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de mandioca com14 milhões de toneladas em 2000 (IBGE - 2000), sendo que a maiorparte destina-se ao consumo na forma de farinha de mandioca, epequena parte 'é destinada às fecularias onde são processadas afécula de mandioca.Os resíduos de mandioca possuem grânulos deamido fixados aos fragmentos de parênquimas de células vegetaisdesintegradas no processo de extração da agroindustrialização onde,de cada tonelada de raiz processada são gerados em torno de 930 kgde resíduo com 85% de umidade e com a umidade em 10%, o amidoapresenta-se em torno de 75%. Tratamento térmico aliado a utilizaçãode catalisadores inorgânicos e biológicos são usualmente aplicados emprocessos de extração deste amido com resultados limitados de modoque sugerem a utilização de sistemas de agitação e mistura paraaumentar a eficácia do processo. O objetivo deste trabalho foi estudara combinação de 3 níveis de agitação, 3 níveis de temperatura, 3concentrações de enzima amilases, 3 concentrações de catalisadorácido para a hidrólise e seqüente solubilização destes amidosremanescentes nos resíduos. Os ensaios foram realizados num reatorcom temperatura e sistema de agitação controlados em bateladas comcarga de 2 litros de resíduo de agroindústria e as amostras foramcoletadas em tempos crescente até 330 minutos de processo. Autilização da enzima amilases requer a neutralização do pH do resíduopara melhor eficiência da enzima de modo que, a cada amostracoletada foi necessária a adição de uma solução básica afim de parara reação enzimática. A solubilização dos amidos foi medida pelaconcentração de carbono (T.O.C.) que posteriormente foi convertidaem g/l de carboidratos. O melhor resultado utilizando o catalisadorenzima foi de 49,6 g/l de glicose. o que equivalia a uma recuperaçãode 63,2% do amido residual, utilizando 1.5 KNU (unidades de enzimasda NOVO) por grama de amido no resíduo, agitação por 30 rpm e

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temperatura de processo a 80ºC.O melhor resultado utilizando catalisador ácido foi 21.9 g/l o que

equivalia a uma recuperação de 27.8% do amido residual numaconcentração de ácido a 6%. O tempo de processo para atingir a maiorsolubilização dos amidos foi de 120 minutos. O rendimento de cadaensaio foi calculado através da relação percentual entre amidosolubilizado (concentração de carbono) e amido total existente noresíduo. Este processo por utilizar baixas temperaturas, demandamenores energias para recuperação de amidos e pode ser uma opçãopara aplicação em indústrias que desejam agregar valor à suaprodução. Os hidrolisados podem ter aplicação como substrato emprocessos fermentativos.

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UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE RAÍZES TROPICAIS NAFABRICAÇÃO DE PAPÉIS ESPECIAIS.

HILÁRlO, K. A. C.(1); CABELLO, C.(2). 1. Doutorado em Agronomia naÁrea de Energia na Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-SP, e-mail:[email protected] e 2. Diretor do CERAT/UNESP, Botucatu-SP,e-mail: [email protected]

Papel é o nome dado a uma folha formada sobre tela, a partirde uma suspensão aquosa de fibras naturais (minerais, vegetais e/ouanimais) com ou sem adição de outras substâncias (ABTCP, 1994).Segundo historiadores, o papel foi inicialmente produzido na China apartir da polpação de fibras vegetais com pedaços de tecido. O papelocupa um significativo espaço na cultura contemporânea e representamais do que a sua utilidade mesmo com o advento. O papel permite autilização do tato e do olfato além da comunicação visual dasinformações. A parte aérea da mandioca é tratada como um resíduoservindo tão somente para produção de manivas e não encontraaproveitamento apesar do seu terço superior (parte enfolhada)apresentar alto teor de proteínas, em torno de 20% em base seca.Estudos em 10 variedades em 5 épocas de colheita da parte aérea,obtiveram produtividade média de 14,77 t/ha, sendo que 9,7 t/ha foramdevidas aos 2/3 inferiores e 5,0 t/ha ao terço superior da parte aérea.O caule e ramificações respondem por 81% e este resíduo apresentapotencialidades de utilização devido à sua alta disponibilidade econcentração de fibras em torno de 30,18% em peso seco(CARVALHO et aI. 1985).0 objetivo deste projeto de pesquisa, é o deavaliar a utilização de resíduos ligno-celulósicos resultante do processode extração dos amidos e/ou produtos de mandioca, uma raiz tropical,para produção de pastas celulósicas e utilização na fabricação depapéis especiais. Os resíduos serão submetidos a tratamento simplesde baixo consumo específico de energia, reagentes químicos e de fácilimplantação. Três etapas características serão abordadas: a)caracterização do material e métodos de beneficiamento e polpação; b)determinação dos parâmetros de produção de pastas celulósicas ecaracterização física e mecânica dos papéis produzidos c) avaliação dautilização dos papéis artesanais como meio de comunicação gráfica.

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A caracterização da pasta celulósica e correspondente materialproduzido, bem como os balanço de massa, fornecerão indicativos daviabilidade de aplicação dos materiais residuais. Vários parâmetrospermitem caracterizar a produção de papéis e neste trabalho seráfocado o Consumo de Energia Específico e aplicação do método Kraftde produção de polpa. Os caules de mandioca devidamente secosserão submetidos ao tratamento alcalino e a recuperação e posteriortratamento das fibras permitirão a obtenção de corpos de prova queserão caracterizado segundo as normas da ABCPT/TAPPI. Ostratamentos de superfície para suporte de aplicação de tintas aquosas,solvente orgânicos, xilografia, alto relevo, grafite e cera.