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HISTÓRIA DO BRASIL - PRIMEIRA REPÚBLICA 1. (Pucrj 2016) Sobre o período da Primeira República (1889-1930), é CORRETO afirmar que: a) os temas da nação e da cidadania ganharam centralidade na Constituição de 1891, havendo atenção aos problemas sociais e à participação política, com leis trabalhistas e extensão significativa do direito ao voto. b) a violência e o risco de fraude nas eleições eram reduzidos - assim como a barganha política, a venda de votos e a dependência a chefes locais, havendo combate dos expedientes ilícitos pelo Estado. c) havia um Estado forte e centralizador que limitava a autonomia do poder estadual e garantia o controle sobre a produção e comercialização dos principais produtos agrícolas brasileiros. d) havia uma ordem liberal e uma organização federativa, o domínio político das oligarquias estaduais e a força dos coronéis nos municípios, além de uma participação eleitoral restrita. e) houve a rejeição do capital externo na promoção da urbanização das cidades brasileiras e também o incentivo estatal à industrialização, que superou a fragilidade de uma economia outrora dependente da agroexportação. 2. (G1 - ifsul 2016) A chamada Guerra de Canudos, Revolução de Canudos ou Insurreição de Canudos, foi o confronto entre um movimento popular de fundo sociorreligioso e o Exército da República, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no Brasil.(...) A situação na região, à época, era muito precária devido às secas, à fome, à pobreza e à violência social. Esse quadro, somado à elevada religiosidade dos sertanejos, deflagrou uma série de distúrbios sociais, os quais, diante da incapacidade dos poderes constituídos em debelá-los, conduziram a um conflito de maiores proporções. Disponível em: http://www.sohistoria.com.br/ef2/canudos/. Acesso em 21 set. 2015. O movimento de Canudos foi uma a) insatisfação da nascente classe média. b) luta pelo retorno do Parlamentarismo. c) reação contra o latifúndio. d) reivindicação por melhores salários. 3. (Enem 2ª aplicação 2010) Para os amigos pão, para os inimigos pau; aos amigos se faz justiça, aos inimigos aplica-se a lei. LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa Omega. Esse discurso, típico do contexto histórico da República Velha e usado por chefes políticos, expressa uma realidade caracterizada a) pela força política dos burocratas do nascente Estado republicano, que utilizavam de suas prerrogativas para controlar e dominar o poder nos municípios. b) pelo controle político dos proprietários no interior do país, que buscavam, por meio dos seus currais eleitorais, enfraquecer a nascente burguesia brasileira. c) pelo mandonismo das oligarquias no interior do Brasil, que utilizavam diferentes mecanismos assistencialistas e de favorecimento para garantir o controle dos votos. d) pelo domínio político de grupos ligados às velhas instituições monárquicas e que não encontraram espaço de ascensão política na nascente república. e) pela aliança política firmada entre as oligarquias do Norte e Nordeste do Brasil, que garantiria uma alternância no poder federal de presidentes originários dessas regiões. 4. (G1 - ifpe 2016) A República Oligárquica (1894-1930) foi marcada no Brasil pelo controle político exercido sobre o governo federal, pela oligarquia cafeeira paulista e pela elite rural mineira, na conhecida “política do café com leite”. Foi nesse período, ainda, que se desenvolveu mais fortemente o coronelismo, garantindo poder político regional às diversas elites locais do país. Nesse período de domínio dos fazendeiros, ocorreram conflitos sociais, entre os quais destacamos: a) a Revolta de Juazeiro (1911), em que o Padre Cícero liderou jagunços e cangaceiros contra os coronéis que cometiam abusos contra os camponeses no sertão do Ceará. Página 1 de 8

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Page 1: HISTÓRIA DO BRASIL - PRIMEIRA REPÚ · PDF fileHISTÓRIA DO BRASIL - PRIMEIRA REPÚBLICA b) a Revolta da Vacina (1903), que envolveu somente a elite carioca, rebelada por causa da

HISTÓRIA DO BRASIL - PRIMEIRA REPÚBLICA 1. (Pucrj 2016) Sobre o período da Primeira República (1889-1930), é CORRETO afirmar que: a) os temas da nação e da cidadania ganharam centralidade na Constituição de 1891, havendo

atenção aos problemas sociais e à participação política, com leis trabalhistas e extensão significativa do direito ao voto.

b) a violência e o risco de fraude nas eleições eram reduzidos - assim como a barganha política, a venda de votos e a dependência a chefes locais, havendo combate dos expedientes ilícitos pelo Estado.

c) havia um Estado forte e centralizador que limitava a autonomia do poder estadual e garantia o controle sobre a produção e comercialização dos principais produtos agrícolas brasileiros.

d) havia uma ordem liberal e uma organização federativa, o domínio político das oligarquias estaduais e a força dos coronéis nos municípios, além de uma participação eleitoral restrita.

e) houve a rejeição do capital externo na promoção da urbanização das cidades brasileiras e também o incentivo estatal à industrialização, que superou a fragilidade de uma economia outrora dependente da agroexportação.

2. (G1 - ifsul 2016) A chamada Guerra de Canudos, Revolução de Canudos ou Insurreição de Canudos, foi o confronto entre um movimento popular de fundo sociorreligioso e o Exército da República, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no Brasil.(...) A situação na região, à época, era muito precária devido às secas, à fome, à pobreza e à violência social. Esse quadro, somado à elevada religiosidade dos sertanejos, deflagrou uma série de distúrbios sociais, os quais, diante da incapacidade dos poderes constituídos em debelá-los, conduziram a um conflito de maiores proporções.

Disponível em: http://www.sohistoria.com.br/ef2/canudos/. Acesso em 21 set. 2015. O movimento de Canudos foi uma a) insatisfação da nascente classe média. b) luta pelo retorno do Parlamentarismo. c) reação contra o latifúndio. d) reivindicação por melhores salários. 3. (Enem 2ª aplicação 2010) Para os amigos pão, para os inimigos pau; aos amigos se faz justiça, aos inimigos aplica-se a lei.

LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa Omega. Esse discurso, típico do contexto histórico da República Velha e usado por chefes políticos, expressa uma realidade caracterizada a) pela força política dos burocratas do nascente Estado republicano, que utilizavam de suas

prerrogativas para controlar e dominar o poder nos municípios. b) pelo controle político dos proprietários no interior do país, que buscavam, por meio dos seus

currais eleitorais, enfraquecer a nascente burguesia brasileira. c) pelo mandonismo das oligarquias no interior do Brasil, que utilizavam diferentes mecanismos

assistencialistas e de favorecimento para garantir o controle dos votos. d) pelo domínio político de grupos ligados às velhas instituições monárquicas e que não

encontraram espaço de ascensão política na nascente república. e) pela aliança política firmada entre as oligarquias do Norte e Nordeste do Brasil, que

garantiria uma alternância no poder federal de presidentes originários dessas regiões. 4. (G1 - ifpe 2016) A República Oligárquica (1894-1930) foi marcada no Brasil pelo controle político exercido sobre o governo federal, pela oligarquia cafeeira paulista e pela elite rural mineira, na conhecida “política do café com leite”. Foi nesse período, ainda, que se desenvolveu mais fortemente o coronelismo, garantindo poder político regional às diversas elites locais do país. Nesse período de domínio dos fazendeiros, ocorreram conflitos sociais, entre os quais destacamos: a) a Revolta de Juazeiro (1911), em que o Padre Cícero liderou jagunços e cangaceiros contra

os coronéis que cometiam abusos contra os camponeses no sertão do Ceará.

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Page 2: HISTÓRIA DO BRASIL - PRIMEIRA REPÚ · PDF fileHISTÓRIA DO BRASIL - PRIMEIRA REPÚBLICA b) a Revolta da Vacina (1903), que envolveu somente a elite carioca, rebelada por causa da

HISTÓRIA DO BRASIL - PRIMEIRA REPÚBLICA b) a Revolta da Vacina (1903), que envolveu somente a elite carioca, rebelada por causa da

obrigatoriedade da vacina, decretada pelo Ministro Osvaldo Cruz. c) a Revolta da Chibata (1910), que envolveu oficiais do Exército, os quais se negavam a

continuar castigando seus subordinados com chicotes e prisões desnecessárias. d) a Guerra de Canudos (1897), um conflito marcado pelo fanatismo messiânico, que também

envolvia questões relativas à miséria dos camponeses do interior do Nordeste. e) a Revolta dos 18 do Forte (1922), em que os camponeses atacaram o forte de Copacabana,

no Rio de Janeiro, exigindo que o governo decretasse a reforma agrária. 5. (Uel 2016) O Positivismo desenvolveu-se no Brasil durante o II Império e foi defendido por políticos ilustres como Benjamin Constant, Júlio de Castilho, Teixeira Mendes, marcando fortemente os ideais republicanos que culminaram com a Proclamação da República, em 1889. Com base nos conhecimentos sobre as influências positivistas no processo de transição do regime imperial para o republicano, considere as afirmativas a seguir. I. Como expressão mais forte dessas mudanças, o pavilhão imperial adotou o lema positivista. II. A ideia de uma democracia representativa levou à adoção do sistema do voto universal, o

que permitia a acomodação das classes sociais. III. A presença do ideário positivista destacou-se no setor militar, sobretudo entre os oficiais de

alta patente. IV. A formação de um governo de cunho autoritário caracterizou-se pela imposição da ordem

através da força militar, na chamada República de Espadas. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 6. (G1 - ifba 2016) Política e cultura andaram muito próximas nos anos 20. Cada uma a seu modo trazia ventos de mudança. (...). Na cultura, o grande evento, sem dúvida, foi a realização da Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922, (...) que ajudou a projetar uma geração de importantes escritores e artistas, como Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Heitor Villa-Lobos e Guiomar Novais, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Vitor Brecheret. (Fonte: TEIXEIRA, Francisco M. P. Brasil: História e Sociedade. São Paulo: Ática, 2002. p. 255.

Adaptado.) No contexto de efervescência político, cultural e ideológico, que marcou o Brasil a partir dos anos de 1920, a Semana de Arte Moderna cumpre o importante papel de: a) identificar influências artísticas e culturais europeias que estivessem compatíveis com os

interesses da burguesia cafeeira brasileira, descontente com as velhas tradições culturais. b) buscar uma arte moderna de raízes brasileiras e de compromisso com a nacionalidade,

promovendo uma revisão de valores artístico-culturais, de linguagem e conceitos. c) estabelecer fóruns de discussões intelectuais, no sentido de garantir o respeito à tradição

artística e cultural do país e impedir a adesão às novas tendências das artes que vigoravam na Europa.

d) substituir os velhos valores artísticos e culturais brasileiros de base nacionalista por outros mais modernos e identificados com o capitalismo dos Estados Unidos, fonte de inspiração para a arte mundial.

e) romper com a liberdade criadora que ameaçava a tradição artística brasileira, impondo uma unidade na produção artístico-cultural com base na valorização da linguagem e dos velhos conceitos artísticos.

7. (Pucrs 2016) A década de 1920 foi um período importante de transição na história política

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HISTÓRIA DO BRASIL - PRIMEIRA REPÚBLICA do Brasil Republicano, sendo caracterizada a) pela exclusão de boa parte das oligarquias regionais no poder central do país, na medida em

que os Estados mais importantes economicamente controlavam a Presidência da República. b) por uma grande renovação nacional, com a alternância de partidos e de projetos políticos no

controle do país, apesar da baixa participação popular nas decisões coletivas. c) por uma forte presença dos militares no comando da nação, especialmente dos chamados

“tenentes”, cujas revoltas permitiram a ascensão do Exército aos cargos máximos do país. d) pela descentralização política, com o federalismo, mas, ao mesmo tempo, por forte

concentração administrativa, devido ao controle do Executivo sobre os demais poderes de Estado.

e) por uma forte ausência de mobilização política das classes trabalhadoras, em virtude da falta de uma agremiação partidária própria, como um Partido Comunista, o qual só será fundado por Luis Carlos Prestes depois de 1930.

8. (Uece 2016) No contexto da Primeira República, emergiu o movimento tenentista. No que diz respeito a esse movimento, pode-se afirmar corretamente que a) foi um movimento político-militar que ganhou apoio dos setores de alta patente do exército e

eclodiu apenas na capital federal. b) foi um movimento basicamente integrado por oficiais de baixa patente, que trouxe à

superfície a revolta da corporação contra os baixos salários e precárias condições de trabalho.

c) assumiu uma conotação social explicitamente favorável à democracia liberal e bem condizente com ações democráticas no âmbito da corporação militar.

d) apesar de não ter ocorrido qualquer levante ou ação radical, os tenentes passaram a defender a instalação de um governo forte e centralizado, capaz de promover a salvação nacional.

9. (Uece 2016) O final dos anos 1920 e o início dos anos 1930 foram marcados por uma crise financeira generalizada, agravada pela quebra da bolsa de Nova York, que, no Brasil, afetou mais fortemente a a) economia cafeeira. b) produção algodoeira. c) manufatura açucareira. d) indústria automobilística. 10. (G1 - ifba 2016) Leia com atenção o texto sobre República Velha (1889-1930) e, em seguida, assinale a alternativa correta sobre esse período. A República Velha é dividida em dois momentos: a República da Espada e a República Oligárquica. A República da Espada abrange os governos dos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Foi durante a República da Espada que foi outorgada a Constituição que iria nortear as ações institucionais durante a Primeira República. Além disso, o período foi marcado por crises econômicas, como a do Encilhamento, e por conflitos entre as elites brasileiras, como a Revolução Federalista e a Revolta da Armada. A República Oligárquica foi marcada pelo controle político exercido sobre o Governo Federal, pela oligarquia cafeeira paulista e pela elite rural mineira, na conhecida “política do café com leite”. Foi nesse período ainda, que se desenvolveu, mais fortemente, o coronelismo, garantindo poder político regional às diversas elites locais do país.

Disponível em: <www.brasilescola.com>. Acesso em: 23.09.2015. Adaptado. a) A República Velha foi marcada, politicamente, pelo Voto de Cabresto, que consistia no voto

livre apenas para os homens. b) Durante esse período, ocorreram movimentos que pediam a volta da monarquia, como, por

exemplo, o acontecido em Canudos-BA, liderado por Antônio Conselheiro. c) As revoltas e os movimentos ocorridos na República Velha, como Contestado, Canudos,

Chibata e Cangaço, nasceram de classes populares, que não eram assistidas ou privilegiadas pelo poder público.

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HISTÓRIA DO BRASIL - PRIMEIRA REPÚBLICA d) Com a Proclamação da República no Brasil, houve a separação entre a Igreja Católica e o

Estado, permitindo, assim, o reconhecimento do casamento civil, o que foi duramente contestado pelo Padre Cícero Romão, no Ceará.

e) A Política do Café com Leite garantia a manutenção do poder político nacional entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, sendo contestado na Região Nordestes pelos bandos de Cangaceiros, sendo o de Lampião o mais famoso.

11. (Udesc 2016) Sobre a Revolta da Chibata, assinale a alternativa correta. a) Embora os marinheiros revoltosos, homens negros em sua maioria, tenham assumido o

controle de grandes embarcações de guerra, não souberam como manejá-las, visto que somente oficiais de alta patente possuíam conhecimento e domínio da tecnologia necessária para conduzir as embarcações de guerra.

b) O governo não cedeu à pressão dos marinheiros revoltados e conseguiu dominar e prender todos os envolvidos. As principais lideranças foram fuziladas por formação de motim, e os demais participantes foram encaminhados a campos de trabalho no extremo norte do país.

c) O movimento foi liderado por um marinheiro negro, João Cândido, único líder que conseguiu anistia do governo e foi imediatamente liberado, uma vez que foi quem intermediou as negociações de rendição dos marinheiros.

d) O movimento foi composto exclusivamente por marinheiros negros que exigiam o fim dos castigos corporais e a criação de uma lei que penalizasse a discriminação racial nas forças armadas.

e) Além do fim do castigo corporal, o movimento exigia melhoria na alimentação, criação de uma nova tabela de serviços, que diminuísse o excesso de trabalho dos marinheiros, e anistia para todos os envolvidos na revolta.

12. (Faculdade Albert Einstein 2016) “A revolta não visava o poder, não pretendia vencer, não podia ganhar nada. Era somente um grito, uma convulsão de dor, uma vertigem de horror e indignação. Até que ponto um homem suporta ser espezinhado, desprezado e assustado? Quanto sofrimento é preciso para que um homem se atreva a encarar a morte sem medo? E quando a ousadia chega nesse ponto, ele é capaz de pressentir a presença do poder que o aflige nos seus menores sinais: na luz elétrica, nos jardins elegantes, nas estátuas, nas vitrines de cristal, nos bancos decorados dos parques, nos relógios públicos, nos bondes, nos carros, nas fachadas de mármore, nas delegacias, agências de correio e postos de vacinação, nos uniformes, nos ministérios e nas placas de sinalização.”

Nicolau Sevcenko. A revolta da vacina. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 68. O texto trata da Revolta da Vacina, ocorrida em 1904, e associa a reação popular contra a vacinação obrigatória a) à irracionalidade da população do Rio de Janeiro e aos benefícios que a vacina traria para a

saúde pública. b) ao programa higienizador empreendido pelo prefeito do Rio de Janeiro e ao amplo

esclarecimento da opinião pública quanto aos benefícios da vacina. c) à participação de funcionários de todos os setores do governo federal na campanha de

erradicação dos focos epidêmicos. d) ao projeto de reurbanização do Rio de Janeiro e às diversas formas de segregação e

exclusão social que ele promoveu. 13. (Cefet MG 2015) A Primeira República, no Brasil, institucionalizou um modelo de cidadania assinalado pela a) exclusão dos analfabetos no processo eleitoral. b) participação das mulheres no Poder Legislativo. c) atuação dos anarco-sindicalistas na esfera partidária. d) redução do poder das oligarquias no cenário político. e) intervenção das lideranças camponesas no Congresso. 14. (Enem 2011) Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver figuras, o trabalhador rural, a não ser em casos

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HISTÓRIA DO BRASIL - PRIMEIRA REPÚBLICA esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No plano político, ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural.

LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 (adaptado). O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social a) igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda. b) estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes. c) tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos como forma produtiva típica. d) ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão mantido pelo exército e polícia. e) agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político local e regional.

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HISTÓRIA DO BRASIL - PRIMEIRA REPÚBLICA Gabarito: Resposta da questão 1: [D] São características do Brasil durante a República Velha: (1) a restrição eleitoral (analfabetos, mulheres e mendigos não podiam votar), (2) a ascendência dos Estados sobre a Federação (a partir da Política dos Governadores) e (3) a predominância do poder dos coronéis (coronelismo). Resposta da questão 2: [C] A questão aponta para o movimento de Canudos que ocorreu em meados da década de 1890, no interior da Bahia. Os pobres camponeses estavam abandonados pelas autoridades políticas e religiosas, sendo muito explorados pelos coronéis do Nordeste. Antônio Conselheiro, líder do arraial de Canudos, fazia seus discursos e profecias, dando conselhos e amparo espiritual a um povo sem esperança. Seu discurso cativante atraia camponeses da região, que se deslocavam para o arraial. Este movimento incomodou a Igreja, os fazendeiros que perdiam mão de obra, as autoridades locais e nacionais. Resposta da questão 3: [C] Os chefes políticos da República Velha ficaram conhecidos como “coronéis” e suas práticas cotidianas como “coronelismo”. Grandes proprietários rurais em áreas do interior se tornaram na prática líderes políticos locais, controlando as prefeituras, sendo que na prática detinham o poder de polícia e o poder de justiça, pois normalmente nomeavam delegados e juízes, além de se imporem aos líderes religiosos. Do ponto de vista político, organizaram verdadeiros “currais eleitorais”, controlando a massa de eleitores através do voto de cabresto. Resposta da questão 4: [D] Somente a proposição [D] está correta. A questão remete ao período da República Oligárquica, 1894-1930. Neste contexto histórico ocorreram inúmeras revoltas no país. Todas as revoltas citadas nas alternativas estão inseridas na República Oligárquica, no entanto, a explicação das mesmas está equivocada. A revolta da Vacina não envolveu somente a elite. A Revolta da Chibata foi da marinha brasileira. A revolta dos 18 do Forte de Copacabana foi a primeira revolta tenentista e não camponesa. A Guerra de Canudos foi um movimento messiânico vinculado a miséria dos camponeses no interior do nordeste. Resposta da questão 5: [C] O Positivismo foi criado por Auguste Comte na França, em meados do século XIX. Esta corrente de pensamento defende a harmonia entre ordem e progresso, a coesão social, a linearidade histórica que caminha para progresso dentro da ordem. Após a Guerra do Paraguai, 1865-1870, os militares brasileiros adotaram ideais positivistas criticando a monarquia e defendendo a modernização do Brasil dentro do império da lei e da ordem. Estudiosos como Benjamim Constant, Teixeira Mendes, Miguel Lemos, entre outros, adotaram e divulgaram o arcabouço teórico Positivista. O exército, ancorado no Positivismo, proclamou a República em 15 de novembro de 1889. Surgiu a República da Espada, 1889-1894, Deodoro, 1889-1891, e Floriano, 1891-1894. Estes governantes utilizaram o autoritarismo e a força para fazer a transição da Monarquia para a República. Resposta da questão 6: [B]

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HISTÓRIA DO BRASIL - PRIMEIRA REPÚBLICA A questão aponta para a Semana de Arte Moderna de 1922. Na década de 1920 no Brasil ocorreu uma contestação generalizada aos valores vigentes no país. O Tenentismo foi uma crítica à estrutura política que era arcaica, viciada e corrupta, o movimento defendeu a moralização da política nacional. A Semana de Arte Moderna, por sua vez, criticou os padrões estéticos tradicionais e defendeu a valorização do nacional, do popular, do índio. Resposta da questão 7: [A] Somente a proposição [A] está correta. A questão aponta para década de 1920 no Brasil caracterizado pela crise da República Velha. Nesta década ocorreu uma contestação aos valores vigentes da República Velha. A semana de Arte Moderna criticou os padrões estéticos tradicionais. O Tenentismo criticou a política brasileira que era velha, viciada, corrupta e de cabresto. Defendia a moralização da política brasileira, da coisa pública. Naquele contexto, havia a “Política do café com leite”, uma alternância no poder entre os dois estados mais ricos da federação brasileira, São Paulo com a economia tendo como base o café e Minas Gerais, leite. Resposta da questão 8: [B] O movimento tenentista foi integrado por oficiais de baixa patente que, basicamente, opunham-se ao então presidente da República Arthur Bernardes e buscavam melhorias de salário e trabalho. Resposta da questão 9: [A] A questão vincula a crise econômica mundial da década de 1920/1930 com a crise cafeeira no Brasil. A economia brasileira era agrária exportadora tendo o café como o produto mais importante na pauta de exportação ao longo do Segundo Reinado, 1840-1889, a da República Velha, 1889-1930. A grave crise econômica de 1929 nos EUA quebrou todo o mundo capitalista. Vargas perdeu a eleição presidencial no Brasil em 1930 pela “Aliança Liberal”. Assumiu o poder diante de um movimento que alguns historiadores chamam de “Revolução de 30”. Mudou o modelo econômico do país: de agrária exportadora para uma indústria de substituição de importação com forte intervenção estatal. Resposta da questão 10: [C] A questão remete a República Velha, 1889-1930. A República implantada no Brasil em 1889 era oligárquica, ou seja, o poder político estava concentrado nas mãos da elite econômica brasileira que ainda explorava os trabalhadores. O povo pobre não foi contemplado pelo novo regime. Ao longo da República Velha eclodiram inúmeras revoltas e movimentos sociais vinculados às classes populares como Canudos no sertão da Bahia, Chibata através dos homens humildes da marinha, cangaço no qual Lampião e seu bando faziam a “justiça”, Contestado que ocorreu entre Paraná e Santa Catarina. A constituição de 1891 foi promulgada e não outorgada como afirma o texto do Brasil Escola. Resposta da questão 11: [E] A Revolta da Chibata foi um movimento que exigia uma série de mudanças no Regimento da Marinha Brasileira, desde itens como os castigos corporais, passando pela alimentação e chegando ao número de horas trabalhadas. Além disso, a anistia para os integrantes da Revolta também era uma exigência.

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HISTÓRIA DO BRASIL - PRIMEIRA REPÚBLICA Resposta da questão 12: [D] Somente a proposição [D] está correta. A questão remete a Revolta da Vacina que ocorreu em 1904 no Rio de Janeiro. O presidente do Brasil Rodrigues Alves, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro Pereira Passos e o médico Oswaldo Cruz foram as grandes autoridades vinculadas a esta importante revolta. A ideia era a modernização do Rio de Janeiro, torná-la uma Paris Tropical. Ocorreu a demolição de cortiços para construir grandes obras. Era a entrada do Brasil no século XX. O avanço na medicina era significativo. Foi criado um calendário de vacina obrigatória que irritou muito a população da capital do país. A demolição dos cortiços transferiu os habitantes para a periferia. Este foi o cenário que engendrou a Revolta da Vacina. Resposta da questão 13: [A] A Constituição brasileira de 1891, a primeira do período republicano, excluía os analfabetos do direito à cidadania e à participação política através do voto. Resposta da questão 14: [E] Durante a Primeira República, também denominada de República Velha, o país manteve sua estrutura agrária tradicional, em diversas regiões, tendo substituído a escravidão por um modelo assalariado precário. A estrutura exportadora e de concentração de terras permaneceu e, a adoção de novo modelo eleitoral, no qual o homem pobre poderia votar – desde que alfabetizado – exigiu que os latifundiários se preocupassem em estabelecer controle sobre o voto de seus trabalhadores. Os grandes latifundiários, os “coronéis” eram aqueles que possuíam poder econômico, dada a concentração de terras, poder político local – dominando as prefeituras e, na prática, o poder de polícia e de justiça, uma vez que delegados e juízes eram normalmente indicados por eles.

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