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AULA 1 – 17/02/09 Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio) Jornalista, professora universitária, Mestre e Doutora em Letras pela UFRJ Profª. Simone Orlando

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AULA 1 – 17/02/09

Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio)

Jornalista, professora universitária,Mestre e Doutora em Letras pela UFRJ

Profª. Simone Orlando

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O jornalismo como uma atividade de transformaçãoinformativa possui uma dimensão prática e comunicativa(lingüística).

Prática no sentido de ser uma atividade racional,empresarial e industrial rigorosamente periódica, regular,repetitiva (controlada, definida pelas rotinas de produção).repetitiva (controlada, definida pelas rotinas de produção).

Comunicativa porque é naturalmente humana, social,ideológica e efêmera, isto é, mediada pelo sujeito daprodução e da interpretação (indivíduo, empresa e suasrelações, interesses e valores individuais, corporativos eempresariais).

“Elementos Para Compreender o Jornalismo Informativo”

Rosa Nívea Pedroso (Sala de Prensa, 2003)

Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio)

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Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio)

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Tipos de mídias

FormaisFormais

IMPRESSOS RÁDIORÁDIO TVTV INTERNETINTERNET

Séc. XV a XVIISéc. XV a XVII

Anos 20Anos 20 Anos 50Anos 50 Anos 90Anos 90

Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio)

InformaisInformaisCINEMACINEMA

Séc. XIXSéc. XIX Na antiguidade,Na antiguidade,com a invenção da com a invenção da

escritaescrita

LIVROLIVRO

Séc. XV a XVIISéc. XV a XVII Séc. XXSéc. XX

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RÁDIO TV

CREDIBILIZA-SEA CULTURA DO

LIVRO/ LETRAMENTO

20 30 50 90

MERCADIFICAÇÃODA IMPRENSA

INTERNET

História da Imprensa

Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio)

INVENÇÃO DAIMPRENSA:

OS TIPOS MÓVEISDE GUTEMBERG

SÉC. XV SÉC. XVIII

INVENÇÃO DAFOTOGRAFIA EDO TELÉGRAFO

SÉC. XIX

LEGITIMAÇAODO JORNAL

COMO VEÍCULO

SÉC. XX20 30 50 90

SURGIMENTO DOS TERMOSSOCIEDADE DE MASSA E

DE CONSUMO

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A transição

O HOMEM O HOMEM TIPOGRÁFICOTIPOGRÁFICO

O HOMEM O HOMEM MIDIÁTICOMIDIÁTICO

A CIDADE DAS LETRAS

Tipo de comunicação

ATÉ O SÉC. XIX A PARTIR DO SÉC.XX

PREVALECE A GALÁXIA DE GUTEMBERG

FORMAÇÃO DAALDEIA GLOBAL

A CIDADE DAS LUZES

Tipo de comunicação

Idéias de Mc Luhan

Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio)

Tipo de comunicação de propagação lenta e de caráter individualizante

Tipo de comunicação Integrada e de propagação

instantânea

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Jornais medievais

Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio)

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Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio)

JANEIRO DE 1779

FEVEREIRO DE 1823DEZEMBRO DE 1932

Jornais da Era Moderna/ Contemporânea

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Jornais Hoje

Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio)

http://www.newseum.org/todaysfrontpages

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-- Materialidade e concretude: o texto impresso proporciona uma aproximaçãocorporal que permite ao leitor tratá-lo como objeto e manuseá-lo: sente-se arobustez da encadernação, o peso do volume, a dimensão física de suacompletude; abrem-se, fecham-se e folheiam-se suas páginas, posa-se o textosobre o corpo, etc.

- Permite um nível de atenção maior do leitor pela chance de retomada dosconteúdos: a leitura do impresso não requer competências sofisticadas nemaprendizado de novas técnicas.

-- Divisão clara dos temas por editoria: permite ao leitor localizar maisrapidamente os assuntos de interesse.

-- Mais barato: dependendo da tiragem, da distribuição (mala direta ou pontosespecíficos), etc.

-- Portabilidade: o impresso pode ser carregado, dobrado, rasgado ou lido pormuitos. Pode ser relido, guardado e arquivado. Dispensa a necessidade deeletricidade, bateria ou instalação inapropriada.

-- Os impressos são comumente tomados como documentos: legitimam o conteúdoque divulgam.

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� O texto jornalístico, como qualquer outro, pressupõe restrições docódigo lingüístico. A redução do número de itens léxicos (palavrase expressões) e das regras operacionais postas em jogo não apenasfacilita o trabalho, mas também permite o controle de qualidade.(p.35)

� Em jornalismo, a ênfase recai sobre os conteúdos da mensagem,

Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio)

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� Em jornalismo, a ênfase recai sobre os conteúdos da mensagem,para o que é informado. O jornalismo se propõe a processarinformação em escala industrial e para consumo imediato. (p.35)

� O texto jornalístico, por isso, procura conter informaçãoconceitual, o que significa suprimir usos lingüísticos pobres devalores referenciais. (p.36)

LAGE, Nilson. Linguagem Jornalística. 7ª edição, São Paulo: Ática, 2003.

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Do ponto de vista da eficiência da comunicação, o registro coloquial seria sempre preferível. Oregistro formal é uma imposição social de ordem política. A pressão social valoriza seuemprego e qualifica de erro todo desvio. A linguagem jornalística é basicamenteconstituída de palavras, expressões e regras combinatórias que são possíveis noregistro coloquial e aceitas no registro formal.

Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio)

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A comunicação jornalística é de base referencial, pois fala de “algo no mundo exterior” aoemissor, ao receptor e ao processo de comunicação em si. Isto impõe o uso quaseobrigatório da terceira pessoa. O domínio da referencialidade permite diferençar alinguagem jornalística de outras.

As grandes e pequenas questões da ideologia estão presentes na linguagem jornalística,porque não se faz jornalismo fora da sociedade e do tempo histórico. Tais questões, para oautor, comparecem principalmente pelas figuras de linguagem.

LAGE, Nilson. Linguagem Jornalística. 7ª edição, São Paulo: Ática, 2003.

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� Como a situação corrente no jornalismo é a de um emissorfalando a grande número de receptores, o texto se destina aum conjunto disperso e não-identificado de indivíduos, cujoconhecimento só é possível por amostragem estatística.

� Por isso, os adjetivos testemunhais e as aferições subjetivas

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� Por isso, os adjetivos testemunhais e as aferições subjetivasdevem ser eliminados. A norma é substituir os atributos pordados que permitam ao leitor/ ouvinte/ internauta/telespectador fazer sua própria avaliação.

� Portanto, o parâmetro das avaliações numéricas deve sersempre a experiência objetiva do público.

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a) é composta de palavras, expressões e regras combinatórias passíveis noregistro coloquial e aceitas no registro formal;

b) é objetiva e mais denotativa do que conotativa;

c) é empática: propõe linguagem agradável e proximidade com os públicos.

d) é convencional e arbitrária: o jornalista faz suas opções lingüísticas;d) é convencional e arbitrária: o jornalista faz suas opções lingüísticas;

e) é referencial: centra-se no referente;

f) propõe metadiscursos: o discurso jornalístico refere-se a outros discursossociais; em relação a eles cria hierarquia de vozes, ética ao evitar usos pejorativos;é análogo à sociedade, privilegiando valores e costumes (avanços sociais porexemplo).

LAGE, Nilson. Linguagem jornalística. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1986.

14Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio)

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►Clareza - visão clara e exposição fácil

► Concisão/ brevidade – capacidade de síntese

►Densidade – reunir a maior quantidadede informação possível

►Simplicidade – emprego de vocábulos comuns/ familiares

► Exatidão/ Precisão – fugir da ambigüidade

► Naturalidade – expressar-se sem pedantismo

► Variedade estilística/ ritmo – diversificação no estilo textual

15Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio)

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a) uso de frases curtas (neste sentido, evitar uso excessivo do que já que esteacrescenta novas orações, novas informações ao mesmo enunciado);

b) uso de frases simples, evitar orações complexas;

c) evita-se a intercalação excessiva (apostos, travessões, parênteses);

d) evitam-se locuções verbais com mais de dois verbos;d) evitam-se locuções verbais com mais de dois verbos;

e) uso da ordem direta da língua;

f) evita-se ambigüidade;

g) uso de repetições que contribuam somente para a percepção e a memorizaçãodas informações do texto.

MEDINA, Cremilda. Notícia: um produto à venda. 2ª ed. São Paulo: Summus, 1988.

16Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio)

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ExemplosNarrativa principal

Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio)

Angulação parecidamas foco diferenciado

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O fazendeiro e piloto de aviões Carlos de Almeida Valente, que mora na

cidade de Prateados, no extremo norte do País, apontado pela Polícia

Federal como um dos reis do contrabando e transportando em seus aviões

bimotores e turbinados mais de 70% das mercadorias contrabandeadas dos

Estados Unidos e Paraguai para o Brasil, terá seus negócios financeiros

investigados pela Receita Federal, que fará completa devassa nas suas

empresas.

A esperada divulgação, na noite de sexta-feira, do INPC de janeiro, que,

pela primeira vez em quase 20 meses, voltou a ser utilizado como

parâmetro para a correção de um agente econômico - no caso, os salários -

e que apresentou uma variação recorde de 35,48%, veio confirmar o que já

se temia: os níveis de recomposição dos salários, que pela fórmula

aprovada pelo Congresso Nacional vão variar de apenas 1,51% a 7,48%,

não são suficientes sequer para fazer frente à inflação real de fevereiro.

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo.

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BMENSAGEMA

REFERENTE = ASSUNTO

As funções da linguagemAs funções da linguagem

Função poética

Função referencial

RECEPTOR

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CANAL (MEIO)EMISSOR

CÓDIGO

Função expressiva(ou emotiva)

Função conativa(ou apelativa)

Função fática

Função metalingüística

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TIPOS DE REGISTRO

ULTRAFORMAL FORMAL SEMINFORMAL INFORMAL

MODALIDADE ORAL

o discurso solene de um paraninfo numa

cerimônia de formatura

uma conferência profissional

uma aula na escola ou

na universidade

a conversação cotidiana

Os níveis de expressão da linguagem:graus de formalismo

Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio)

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formatura

MODALIDADE ESCRITA

certos textos jurídicos e um ou outro texto

burocrático

um verbete deenciclopédia

uma crônica esportivano jornal

um bilhete

Halliday (1984)