história e geografia cascavel

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Prof. Amilton Benedito Peletti

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Page 1: História e geografia   cascavel

Prof. Amilton Benedito Peletti

Page 2: História e geografia   cascavel

ORIGEM DO NOME - CASCAVEL

20/10/1938 – torna-se distrito administrativo de Foz

do Iguaçu;

14/11/1951 – Decretada a emancipação política;

14/12/1952 – Tomou posse o primeiro prefeito eleito

de Cascavel, José Neves Formiguieri.

Page 3: História e geografia   cascavel

É o conhecimento das diferentes formas que os

homens usam para se relacionarem entre si. É o

estudo das relações sociais entre os homens. É

ação, movimento, é o ir e o voltar dos homens

entre si e sobre si mesmos. Não é, mas está

sempre sendo construída e reconstruída pelo

trabalho dos homens. Ela não se repete.

Relações sociais que os homens estabelecem

entre si, no tempo e no espaço, através do

trabalho.

Page 4: História e geografia   cascavel

Se reconhecer como ser humano capaz de

interferir no processo histórico.

Desenvolver o pensamento histórico;

Consciência de que ninguém faz nada sozinho;

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Segundo Cascavel (2008, pp. 81-82), a compreensão do

homem como sujeito histórico tem como ponto de partida a

forma como os homens em diferentes épocas se organizam

para produzirem sua existência real, faz-se necessário o

entendimento do processo pelo qual os homens transformam a

realidade por meio do trabalho e de que forma isso interfere

nas condições sociais em cada momento histórico.

Desse modo entendemos que não é qualquer história que

nos interessa, mas uma história comprometida com o

desvelamento das contradições sociais, sendo, portanto, o

trabalho a categoria central nessa análise, pois é por meio do

trabalho que o homem transforma a natureza para satisfazer

suas necessidades e com isso transforma a si mesmo e,

consequentemente, novas necessidades são criadas.

Organizaçào: Prof. AMILTON BENEDITO PELETTI

Page 9: História e geografia   cascavel

Antes de tudo, o trabalho é um processo entre o homem e a Natureza, um processo em que o homem, por sua própria ação, media, regula e controla seu metabolismo com a Natureza. Ele mesmo se defronta com a matéria natural como uma força natural. Ele põe em movimento as forças naturais pertencentes à sua corporalidade, braços e pernas, cabeça e mão, a fim de apropriar- se da matéria natural numa forma útil para sua própria vida. Ao atuar, por meio desse movimento, sobre a Natureza externa a ele e ao modificá-la, ele modifica, ao mesmo tempo, sua própria natureza. Ele desenvolve as potências nela adormecidas e sujeita o jogo de suas forças a seu próprio domínio. Não se trata aqui das primeiras formas instintivas, animais, de trabalho. O estado em que o trabalhador se apresenta no mercado como vendedor de sua própria força de trabalho deixou para o fundo dos tempos primitivos o estado em que o trabalho humano não se desfez ainda de sua primeira forma instintiva. Pressupomos o trabalho numa forma em que pertence exclusivamente ao homem.

Organizaçào: Prof. AMILTON BENEDITO PELETTI

Page 10: História e geografia   cascavel

Portanto, se o trabalho, numa forma social genérica, é “um processo entre o homem e a Natureza, um processo em que o homem, por sua própria ação, media, regula e controla seu metabolismo com a Natureza” (Marx, 1983, p. 149), ou seja, é o elemento determinante na constituição da própria natureza humana, no capitalismo a construção do gênero humano, por intermédio do trabalho, dá-se pela sua destruição, sua emancipação efetiva-se pela sua degradação, sua liberdade ocorre pela sua escravidão, a produção de sua vida realiza-se pela produção de sua morte. Na forma social do capital, a construção do ser humano, por meio do trabalho, processa-se pela sua niilização, a afirmação de sua condição de sujeito realiza-se pela negação dessa mesma condição, sua hominização produz-se pela produção de sua reificação. No limite, trata-se da constituição do fetiche do capital – o capital que se subjetiviza ou se hominiza reificando as relações sociais e o ser social – ou da subsunção real da vida social ao capital (Tumolo, 2003).

Organizaçào: Prof. AMILTON BENEDITO PELETTI

Page 11: História e geografia   cascavel

CONTEÚDOS DE HISTÓRIA...

INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA

TRABALHAR OS CONTEÚDOS...

Porf. Amilton Benedito Peletti

Page 12: História e geografia   cascavel

A história da ocupação das terras e a formação do município (Nessas terras não havia ninguém?);

Movimentos migratórios (O que leva as pessoas a buscarem outros lugares para viver?);

Relações de trabalho no processo de formação do município;

Encomiendas e reduções;

As relações de trabalho e poder no processo de ocupação do espaço e os conflitos daí decorrentes;

Porf. Amilton Benedito Peletti

CONTEÚDOS...

Page 13: História e geografia   cascavel

O que é ocupação?

Por que as pessoas migram?

Qual a relação existente migração, ocupação e

relações de trabalho na história do Oeste do

Paraná?

Por que o governo brasileiro incentivou a

migração para a região Oeste do Paraná?

MARCHA PARA O OESTE

Quais conflitos surgiram a partir do processo de

ocupação dessas terras?

Porf. Amilton Benedito Peletti

Page 14: História e geografia   cascavel

Não viver num presente contínuo. É preciso deslocar-se do presente.

Ter consciência histórica...

Perspectiva de temporalidade...

Homem e o tempo/espaço – trasformações, rupturas, continuidades, duração, estrutura...

Não trabalhamos/ensinamos a totalidade dos acontecimentos passados – seleção.

É possível que o aluno aprenda/decore fatos históricos (acontecimentos do passado), mas não identifique a categoria tempo e não estabeleça diálogo entre passado e presente.

Org

aniz

ação: P

rof. A

milto

n B

enedito

Pele

tti

Page 15: História e geografia   cascavel

Compreender diferentes processos e sujeitos

históricos.

Relações que se estabelecem entre grupos

humanos nos diferentes tempos e espaços.

Deslocar-se temporalmente.

Articular: o que ensinar e como ensinar – método

e metodologia.

Questões importantes: - por que algumas coisas

permanecem? Por que outras são

transformadas? Por que algumas coisas são

transformadas mais lentamente e outras mais

rapidamente?

Org

aniz

ação: P

rof. A

milto

n B

enedito

Pele

tti

Page 16: História e geografia   cascavel

Dessa perspectiva materialista, podemos afirmar

que as concepções do tempo e do espaço são

criadas necessariamente através de práticas e

processos materiais que servem à reprodução

da vida social. [...] A objetividade do tempo e do

espaço advém, em ambos os casos, de práticas

materiais de reprodução social; e, na medida em

que estas podem variar geográfica e

historicamente, verifica-se que o tempo social e

o espaço social são construídos

diferencialmente. Em suma, cada modo distinto

de produção ou formação social incorpora um

agregado particular de práticas e conceitos do

tempo e do espaço. (HARVEY, 2009, p. 189).

Org

aniz

ação: P

rof. A

milto

n B

enedito

Pele

tti

16

Page 17: História e geografia   cascavel

Porf. Amilton Benedito Peletti

Leitura e diálogo com as fontes históricas

Fonte histórica é tudo aquilo que, produzido pelo homem ou

trazendo vestígios de sua interferência, pode nos proporcionar um

acesso à compreensão e conhecimento dos acontecimentos

históricos. São fontes históricas tanto os já tradicionais documentos

textuais (crônicas, memórias, registros cartoriais, processos

criminais, cartas legislativas, obras de literatura, correspondências

públicas e privadas e tantos mais) como também quaisquer outros

que possam nos fornecer um testemunho ou um discurso

proveniente do passado humano, da realidade um dia vivida e que

se apresenta como relevante para o Presente do historiador.

“As fontes ou documentação não são um espelho fiel da realidade,

mas é sempre a representação de parte ou momentos particulares

do objeto [estudo] em questão. Uma fonte representa muitas vezes

um testemunho, a fala de um agente, de um sujeito histórico;

devem ser sempre analisadas como tal.” (BORGES, Vavy Pacheco.

O que é história. São Paulo: Brasiliense, 1993, p.61.).

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Explorado economicamente a partir do século XVI;

Pelo litoral – evolução portuguesa em busca de ouro de

aluvião;

Pelo oeste – ocupação espanhola; já em 1554 já haviam

sido fundadas as primeiras vilas (cidades) no Guairá;

Os constantes conflitos com os índios levaram a entrega

do problema da pacificação indígena aos Jesuítas – 1609

criaram a província jesuítica do Paraguai;

Em poucos anos entre os rios Paraná e Tibagi foram

criadas 13 reduções;

Reduções se tornaram alvo dos bandeirantes –

escravização indígena;

Porf. Amilton Benedito Peletti

Page 24: História e geografia   cascavel

Por volta de 1600 a produção agrícola da colônia que pertencia a Portugal no Brasil, necessitava de mão de obra. Nesse sentido, buscou-se o trabalho escravo indígena através dos bandeirantes, que se deslocavam de São Paulo até as Reduções. Em torno de quarenta mil

indígenas viviam distribuídos em quatorze reduções no Paraná. Por volta de 1629 as reduções

foram destruídas, cerca de vinte e oito mil indígenas foram escravizados ou mortos, os demais fugiram para o interior da mata. Essa região era ocupada por

espanhóis. O Tratado de Madrid, em 1750, pôs um fim à pretensão espanhola de dominar o Oeste do atual Paraná.

Page 25: História e geografia   cascavel

Em busca de ouro subiram a Serra do Mar e

alcançaram o Planalto de Curitiba

A base da mineração fora o escravagismo

Descoberta de ouro na região de Minas fez surgir o

TROPEIRISMO (Criação, pastagem, comércio e

transporte). CAMINHO DE VIAMÃO

Proprietário de terras que também era tropeiro

representava a classe dominante, mas nem todo

tropeiro era proprietário.

Essa atividade foi liquidada pela construção das

estradas de ferro.

Erva-mate

Madeira

Porf. Amilton Benedito Peletti

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O trabalho era muito pesado, as crianças trabalhavam com seus pais, havia poucas escolas e eram distantes, impossibilitando os estudos. Homens, mulheres e crianças viviam em perigo, pois havia muitos mosquitos e animais ferozes, além das cobras cascavéis, onças, entre outros...

Se as pessoas ficassem doentes, não havia médicos, eram feitos chás com ervas conhecidas por eles, que nem sempre resolvia.

O trabalho de derrubar a mata, preparar o terreno semear os grãos e esperar que a terra produzisse era bastante árduo.

Page 30: História e geografia   cascavel

Em 1930 a região de Catanduvas não parecia Brasil:

Domínio econômico era Argentino – levavam o mate e a

madeira e traziam os produtos consumidos na região;

(matéria-prima/território brasileiro, empresas argentinas,

mão-de-obra paraguaia.

Os fiscais, quando haviam, dependiam dos obrageros para

morar e comprar;

O mate brasileiro era beneficiado em Posadas e vendido

como se fosse argentino;

Isso foi revelado pelos militares que combateram a Coluna

Prestes em 1924. O grupo que assumiu o poder em 1930

cunhou o slogan “Marcha para o Oeste”.

Porf. Amilton Benedito Peletti

Page 31: História e geografia   cascavel

Porf. Amilton Benedito Peletti

Marcha para o oeste – Ocupar fronteiras, como por

exemplo oeste e sudoeste;

10.000 habitantes, somente 500 eram brasileiros;

O Paraná é acusado de descaso para com a região –

propõe-se a criação do território Federal do Iguaçu para

garantir a nacionalização;

Em 1943 é criado o Território Federal do Iguaçu;

Havia também outras intenções: abrir espaço para o

excedente populacional do RS;

Com a queda de Getúlio em 1945 as elites

paranaenses trataram de recuperar o território e sua

dissolução foi aprovada numa disposição transitória da

Constituição de 1946.

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Porf. Amilton Benedito Peletti

Page 33: História e geografia   cascavel

A erva mate ou ”ILEXPARAGUARIENSIS”, ou erva do Paraguai foi o mais original complexo econômico do Paraná. De 1820 a 1930 a erva mate foi o produto que movimentou a economia paranaense. Muitas famílias trabalhavam na colheita, porém os lucros ficavam com os exportadores.

Os ervais se estendiam pelo planalto paranaense até o Rio Paraná, de Guaíra para baixo, penetrando no mato Grosso Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em 1720 D. João autorizou a exportação do mate para as cidades do Prata.

Page 34: História e geografia   cascavel

Destacando que do esgotamento de uma

atividade econômica surge outra em substituição.

Inicialmente o ciclo da erva-mate, depois a

consolidação da ocupação da terra com o ciclo da

madeira e, em seguida, a agricultura, a pecuária e

a agroindústria.

O autor fundamenta sua narrativa, numa visão de

progresso e evolução constante, contrapondo o

antigo ao novo, o passado ao presente, o atrasado

ao moderno.

Porf. Amilton Benedito Peletti

Page 35: História e geografia   cascavel

Sobre a colonização e a posse da terra, Alceu Sperança

destacou que este foi um processo marcado por conflitos e

disputas entre posseiros e grileiros profissionais, a serviço

de falsas colonizadoras. Para o autor, estes conflitos

tinham sua origem na ausência do Estado ou sua

ineficiência, o que permitiu a grilagem, o favorecimento

político e a corrupção, gerando disputas jurídicas entre dois

ou mais compradores. A ação de aventureiros confundia-

se, segundo Sperança, com as verdadeiras colonizadoras

que enfrentavam dificuldades para gerir seus negócios em

meio às irregularidades.

Porf. Amilton Benedito Peletti

Page 36: História e geografia   cascavel

Sperança não entende os conflitos como inerentes às

contradições e disputas sociais e sim como desequilíbrio

ou como expressão de que o Estado não estaria

cumprindo com o seu papel de administrador e regulador,

das relações entre os indivíduos com interesses

divergentes ou concorrentes.

o Estado se configura, já naquele momento, como um

Estado com formato de classe, incrustado pelo domínio de

madeireiros e especuladores de terra, que a partir de seu

aparato ou de seus órgãos reguladores e repressores

garantiu a legalização da terra para uns e não para todos.

Porf. Amilton Benedito Peletti

Page 37: História e geografia   cascavel

Inúmeras famílias de posseiros viram-se

desalojadas da noite para o dia das propriedades

onde durante anos haviam investido todos os seus

esforços: grileiros vinculados ao PSD passavam a

condição de titulares de vastas áreas, removendo

seus ocupantes à força ou obrigando-os a pagarem

mais uma vez pela terra. Jagunços a soldo de

grandes companhias ou de latifundiários percorriam

os sertões com metralhadoras pesadas à caça de

posseiros (REVISTA OESTE, no. 21, Ano III,

setembro/1987, p. 36-37).

Porf. Amilton Benedito Peletti

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É o espaço socialmente produzido pelas diferentes sociedades, desde o homem primitivo até os homens do nosso tempo;

O espaço social, construído pelos homens tem como base o espaço natural, ou seja, os elementos naturais (ar, água, solo etc.) que são os componentes do Planeta Terra, a grande e única casa dos homens;

Conhecer a geografia é conhecer o que os homens fazem subordinados as suas necessidades, permeados pelas relações de poder, de trabalho...

Page 43: História e geografia   cascavel

Introduzir o aluno nos espaços que ele vive.

Espaços estes construídos pelos homens,

portanto, sociais. O espaço é histórico.

Perceber a dinâmica desses espaços e a origem

dessas dinâmica.

Como, por que, para que e para quem?

Page 44: História e geografia   cascavel

Conhecer a geografia de um lugar é antes de tudo

saber identificá-lo, entender suas regras e

compreender como as pessoas se relacionam e

se organizam;

Identificar os arranjos espaciais produzidos pela

relação homem/meio;

Page 45: História e geografia   cascavel

Objetos naturais

Conjunto de ações

COMO PODEMOS LER OS ESPAÇOS?

Vinculado as relações sociais

Buscar elementos que compõem a paisagem

Observação, identificação, localização e

representação

Ir além da aparência: noções, conceitos e

conteúdos científicos

Page 46: História e geografia   cascavel

VIVIDO

PERCEBIDO

CONCEBIDO

Page 47: História e geografia   cascavel

Localizada no oeste do estado do Paraná, no

Terceiro Planalto ou Planalto de Guarapuava, com

altitude média de 800 metros

Área: 2.103,132 Km²

HIDROGRAFIA – faz parte de três bacias

hidrográficas (Iguaçu, Piquiri e Paraná)

Page 48: História e geografia   cascavel

Cascavel foi elevado à categoria de Distrito Administrativo do Município de Foz do Iguaçu pelo Decreto Lei nº 7.573 de 20

de outubro de 1938 com as seguintes delineações: “começa no Rio Iguaçu, na Foz do Rio Gonçalves Dias, pelo qual sobe

até sua nascente mais próxima, no km 88 da estrada de rodagem de Guarapuava a Foz do Iguaçu, daí alcança o Espigão

do divisor dos Rios Paraná e Iguaçu, seguindo por este Espigão, até frontear a cabeceira do Rio Melissa, o qual alcança e

desce por este até a Foz do Rio Piquiri”.

Em 14 de novembro de 1951, o Governador do Paraná Bento Munhoz da Rocha Neto sancionou a lei nº 790/51 criando o

Município de Cascavel com as seguintes divisas:

a - Com o Município de Toledo: começa no rio São Francisco na Foz do Arroio Lopeí, sobe por este até sua cabeceira; daí

pela linha reta que liga as cabeceiras dos Arroios Lopeí e Silvestre até o espigão divisor dos rios Paraná e Piquiri.

b - Com o Município de Guaira: começa no espigão divisor dos rios Paraná e Piquiri, na linha que liga as cabeceiras dos

arroios Lopeí e Silvestre, segue por esta linha até a cabeceira do rio Silvestre e por este abaixo até sua foz no Piquiri.

c - Com o Município de Campo Mourão: começa na Foz do Arroio Silvestre, no rio Piquiri, sobe pelo último até a foz do rio

Tourinho.

d - Com o Município de Guaraniaçu: começa no rio Piquiri, na foz do rio Tourinho, por este acima até sua cabeceira, daí por

uma linha reta, alcança a cabeceira do rio Tormenta, desce por este até sua foz no rio Iguaçu.

e - Com o Município de Capanema: começa na Foz do Rio Tormenta, no Rio Iguaçu, desce por este até a foz do rio

Gonçalves Dias.

f - Com o Município de Foz do Iguaçu: começa no rio Iguaçu, na foz do rio Gonçalves Dias, sobe por este até sua

cabeceira, daí por uma Linha Reta, alcança a cabeceira do rio São Francisco, desce por este até a Foz do Arroio Lopeí.

Este território compreende hoje os Municípios de: Nova Aurora, Formosa do Oeste, Iracema do Oeste, Jesuítas, Anahy,

Iguatu, Braganey, Corbélia, Cafelândia do Oeste, Lindoeste, Santa Lúcia, Boa Vista da Aparecida, Capitão Leônidas

Marques e Santa Tereza do Oeste, além de Cascavel. Conforme publicação no Diário Oficial Nº 1.777 de 22/01/1938,

Cascavel possuía as coordenadas de 24 graus e 58 minutos de latitude sul e 53 graus e 26 minutos de longitude oeste de

Greenwich. Hoje se sabe que as coordenadas exatas são latitude sul 24º57’21” E longitude oeste 53º,27’ 19“. Em 1951

Cascavel limitava-se:

Norte: Guaira e Campo Mourão

Oeste: Foz do Iguaçu

Sul: Capanema

Leste: Guaraniaçu

Page 49: História e geografia   cascavel

LEI nº 790/51

DATA: 14 DE NOVEMBRO DE 1951.

SÚMULA: Dispõe sobre a divisão administrativa do Estado no quinquênio de 1952 a 1956.

Art.1º.- A Assembleia Legislativa do Estado obedecerá, no quinquênio de 1952 a 1956 a

composição constante dos quadros I e II, anexos que ficam fazendo parte integrante

desta Lei.

Art.2º.- As novas unidades administrativas serão instaladas na data de posse dos

respectivos Prefeitos.

Art.3º.- Dentro de noventa dias a contar da data de instalação, cada município publicará o

ato estabelecendo os quadros urbanos e suburbanos das novas áreas municipais e

distritais.

Art.4º.- Fica o Poder Executivo autorizado a contribuir com o auxílio de Cr$ 100.000,00

(cem mil cruzeiros) a cada município criado mediante requerimento do respectivo prefeito.

Parágrafo único: Este auxílio não se estende aos municípios de fronteira.

Art.5º.- Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições

em contrário.

Palácio do Governo em Curitiba, em 14 de novembro de 1951.

Ass. BENTO MUNHOZ DA ROCHA NETO.

Page 50: História e geografia   cascavel

1557 - Primeiras ocupações por conquistadores espanhóis.

1600 - Governo espanhol transforma a Ciudad real Del Guayrá em sede da província de Guayrá.

1632 - Os espanhóis abandonam a região.

1730 - Região ocupada pelo tropeirismo (grande quantidade de muladas).

1881 - Desbravamento do oeste do Paraná pelas obrages (possuidores e/ou exploradores de madeira ou

erva-mate).

1882 - O Paraná registra uma população de 100 mil habitantes.

1893 - Concessão recebida para construção da estrada da erva-mate, passando em terras de Cascavel.

1900 – Chegada dos imigrantes ao sul do país, mais da metade deles vindo da Itália.

1920 - Começa o desbravamento da região.

1930 - Antônio José Elias, primeiro habitante oficial de cascavel, instala-se aqui, e contata com José

Silvério de Oliveira que chega acompanhado de seus familiares em 28 de março de 1930, criando o vilarejo

Cascavel, nome dado devido a grande quantidade de cobras cascavéis, encontradas no pouso dos

tropeiros, próximo a um riacho.

1931 - Monsenhor Guilherme, da paróquia de Foz do Iguaçu, batiza Cascavel de Aparecida dos Portos, por

acreditar ser o nome derivado da serpente, um símbolo do mal. Transferido de Lopeí o posto telefônico e

telegráfico dirigido por Bento dos Santos Barreto, passou a funcionar no mesmo local a agência dos

correios. Inauguração da linha do correio aéreo nacional.

1933 - Em 20 de outubro Cascavel se torna distrito administrativo, de Foz do Iguaçu através do Decreto Lei

nº 7.573, sendo o seu 1º subprefeito José Silvério de Oliveira “Nhô Jeca”.

1938 - Criava-se o primeiro distrito judiciário de Cascavel, em Foz do Iguaçu, já com o nome de Cascavel,

através do decreto estadual nº 214 de 18.01.1938.

1941- A comissão de estradas e rodagens Paraná - Santa Catarina, determinou a construção da Br 35,

atual Br 277, no dia 07 de julho.

Page 51: História e geografia   cascavel

1943 - Primeira migração dos colonos italianos vindos do Rio Grande do Sul.

1948 - Iniciam-se os movimentos da frente cabocla (deslocamento da população de Guarapuava para o

Oeste do Paraná), frente sulista (deslocamento da população vinda do Rio Grande do Sul e Santa

Catarina) com ciclo madeireiro e da erva-mate.

1950- Censo de 50 apresentou para cascavel uma população de 404 habitantes.

1951- Cascavel emancipou-se de Foz do Iguaçu através da Lei Estadual Nº 790/51.

Visita do Governador Bento Munhoz da Rocha Neto em 04 de junho.

É disputada a primeira eleição sendo eleito para Prefeito o Sr. José Neves Formighieri, que tomou posse

em 14 de dezembro de 1952.

1953- Através do Decreto Estadual Nº 1.542 de 14 de dezembro de 1953 é criado a Comarca de

Cascavel.

1954- Instalada a Comarca em 09 de julho de 1954.

Em 14/11 - Cascavel passa a Categoria de Município.

Em 31/04 - Através da Portaria Nº 208, no dia 09 de Junho era instalada a Câmara de Cascavel, José

Munhoz de Melo, teve seu nome posto no Fórum de Cascavel.

1955- Já havia registro de 43 indústrias em Cascavel.

1959- O Paraná ultrapassa São Paulo nas estatísticas de produção de café e uma nova era de

modernização, se encaminha para o Estado.

Em 21.12 através do Decreto Nº 27.098 criou-se o Ginásio Estadual de Cascavel, futuro Colégio

Estadual Wilson Joffre.

1960- incêndio do Paço Municipal.

Cascavel contava com uma população de 6.055 habitantes.

1961- Reconstrução da Prefeitura.

Início do transporte de passageiros, pertencentes a Empresa Princesa dos Campos.

O transporte urbano com serviço na Av. Brasil e Rua 13 de Maio era feito pela Empresa Transportes

Coletivos Cascavel, pertencente a Rubens Lopes e Agenor Miotto, era feito inicialmente de Kombi.

Page 52: História e geografia   cascavel

1962- Aprovado o mapa da cidade através da Lei Municipal Nº 251/63.

1967- Criada a micro região do Oeste do Paraná em 18 de fevereiro, através do Decreto estadual Nº

301.

1968 - Começava a exploração da soja.

1969- Criada a Associação dos Municípios do Paraná - AMOP.

1973- Inaugurado o Autódromo Internacional de Cascavel em 24 de abril com pista de 3.032 metros com

30.300 metros quadrados de pavimentação.

1976- Inauguração do Núcleo regional do Estado da Secretaria de Agricultura, em 12 de março.

1978- Criada oficialmente a Arquidiocese de Cascavel, com designação do Arcebispo Dom Armando

Círio em 27 de agosto.

1981- Fundação da Associação das Câmaras Municipais de Vereadores do Oeste do Paraná - Acamop.

1986- A Lei Nº 8.280 de 24 de janeiro, altera o Código da organização e Divisão Judiciária do Paraná

determinando que a Comarca de Cascavel, passe de Estância Intermediária à Estância Final,

equiparando-se a Curitiba.

1987- Constituída a Empresa Rodovia da Produção S/A, origem da FERROESTE, empresa destinada à

construção da estrada de ferro, ligando os extremos Oeste e Leste do Estado, em 27 de Agosto.

1989- Inaugurado o Hospital Regional Anita Canet, em 31 de maio.

Realiza-se a primeira Mostra Internacional de Teatro de Cascavel em 01 de julho. Em 10 de novembro é

realizado o primeiro Festival de Danças.

1990- Em 15 de março a Câmara Municipal, aprova em primeiro Turno a Lei Orgânica Municipal.

Inauguração do calçadão da Avenida Brasil.

1992- Construção do Centro Administrativo José Silvério de Oliveira (Prefeitura nova).

1999- Conclusão do Parque Ambiental Cascavel – PAC.

Inicio das Obras para construção Sede da Amop - Associação dos Municípios do Oeste do Paraná

Construção do Centro de Eventos

Page 53: História e geografia   cascavel

O Município de Cascavel localiza-se na região Oeste do

estado do Paraná, entre as latitude sul 24º57’21” e

longitude oeste 53º,27’ 19“. Segundo o IBGE o município

de Cascavel integra a Mesorregião Geográfica nº 06,

região Censitária 0480 código IBGE, com posição

privilegiada em relação ao MERCOSUL - Mercado O

Município com altitude máxima de 780 metros acima do

nível do mar localizada no Colégio Nossa Sr.ª Auxiliadora

testada para a Rua Rio Grande do Sul, na área urbana. A

altitude média é de 750 metros acima do nível do mar

localizada na Pedreira Petrocon com 640 metros.

A área total do Município de Cascavel é de 2.112,85 Km² ,

sendo o perímetro urbano 80.87 km2 conforme Lei

Municipal nº 3.826 de 20/05/2004.

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O solo da região é classificado como

latossolo roxo, terra roxa estruturada

(LR d6; TR) e apresenta solos

profundos, com boa capacidade de

retenção de água, aeração e

permeabilidade.

Page 56: História e geografia   cascavel

Ao norte é ondulado, constituído por

colinas amplas e baixas declividades e ao

sul média e alta declividade e onde o

relevo apresenta-se acidentado.

Page 57: História e geografia   cascavel

O clima é temperado mesotérmico e úmido,

com temperatura média anual em torno de

21ºC.

A região está sujeita a geadas, embora não

muito frequentes. A umidade relativa do ar gira

em torno de 75% e os ventos sopram na

direção nordeste/sudoeste e leste/oeste com

velocidade média entre 33km/h e 46 km/h.

Page 58: História e geografia   cascavel

Os cursos d’água que banham o

Município de Cascavel pertencem a três

bacias:

Bacia do rio Piquiri, bacia do Rio Paraná e

bacia do rio Iguaçu. O mapa a seguir

mostra o encontro destas três bacias no

Município de Cascavel.

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A vegetação original do tipo subtropical

caracteriza-se pela ocorrência de dois

tipos de florestas: florestas de matas de

araucárias e florestas da bacia do Rio

Paraná e Rio Uruguai, onde predominam

árvores de grande porte, porém

apresentam-se modificadas em razão das

atividades intensas da agricultura e

agropecuárias.

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