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Curso de Direito HISTÓRIA DO DIREITO NO BRASIL

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Curso de Direito

HISTÓRIA DO DIREITO NO BRASIL

2009.2

(Proibida a Reprodução)

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ExpedienteCurso de Direito — Coletânea de Exercícios

Diretoria Executiva de EnsinoCentro de Ciências JurídicasDireção: Profa. Solange Ferreira de Moura

Coordenação do ProjetoNúcleo de Apoio Didático-PedagógicoCoordenação Geral: Prof. Sérgio Cavalieri FilhoCoordenação Pedagógica: Profa. Tereza Moura

Organização da Coletânea: Professores da disciplina História do Direito no Brasil, sob a coordenação da Profª Maria de Fátima Alves São Pedro

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APRESENTAÇÃO

Caro Aluno

A Metodologia do Caso Concreto aplicada em nosso Curso de Direito é centrada na articulação entre teoria e prática, com vistas a desenvolver o raciocínio jurídico. Ela abarca o estudo interdisciplinar dos vários ramos do Direito, permitindo o exercício constante da pesquisa, a análise de conceitos, bem como a discussão de suas aplicações.

O objetivo é preparar os alunos para a busca de resoluções criativas a partir do conhecimento acumulado, com a sustentação por meio de argumentos coerentes e consistentes. Desta forma, acreditamos ser possível tornar as aulas mais interativas e, conseqüentemente, melhorar a qualidade do ensino oferecido.

Na formação dos futuros profissionais, entendemos que não é papel do Curso de Direito da Universidade Estácio de Sá tão somente oferecer conteúdos de bom nível. A excelência do curso será atingida no momento em que possamos formar profissionais autônomos, críticos e reflexivos.

Para alcançarmos esse propósito, apresentamos a Coletânea de Exercícios, instrumento fundamental da Metodologia do Caso Concreto. Ela contempla a solução de uma série de casos práticos a serem desenvolvidos pelo aluno, com auxílio do professor.

Como regra primeira, é necessário que o aluno adquira o costume de estudar previamente o conteúdo que será ministrado pelo professor em sala de aula. Desta forma, terá subsídios para enfrentar e solucionar cada caso proposto. O mais importante não é encontrar a solução correta, mas pesquisar de maneira disciplinada, de forma a adquirir conhecimento sobre o tema.

A tentativa de solucionar os casos em momento anterior à aula expositiva, aumenta consideravelmente a capacidade de compreensão do discente.Este, a partir de um pré-entendimento acerca do tema abordado, terá melhores condições de, não só consolidar seus conhecimentos, mas também dialogar de forma coerente e madura com o professor, criando um ambiente acadêmico mais rico e exitoso.

Além desse, há outros motivos para a adoção desta Coletânea. Um segundo a ser ressaltado, é o de que o método estimula o desenvolvimento da capacidade investigativa do aluno, incentivando-o à pesquisa e, conseqüentemente, proporcionando-lhe maior grau de independência intelectual.

Há, ainda, um terceiro motivo a ser mencionado. As constantes mudanças no mundo do conhecimento – e, por conseqüência, no universo jurídico – exigem do profissional do Direito, no exercício de suas atividades, enfrentar situações nas quais os seus conhecimentos teóricos acumulados não serão, per si, suficientes para a resolução das questões práticas a ele confiadas.Neste sentido, e tendo como referência o seu futuro profissional, consideramos imprescindível que, desde cedo, desenvolva hábitos que aumentem sua potencialidade intelectual e emocional para se relacionar com essa realidade.E isto é proporcionado pela Metodologia do Estudo de Casos.

No que se refere à concepção formal do presente material, esclarecemos que o conteúdo programático da disciplina a ser ministrada durante o período foi subdividido em 15 partes, sendo que a cada uma delas chamaremos “Semana”. Na primeira semana de aula, por exemplo, o professor ministrará o conteúdo condizente a Semana nº 1. Na segunda, a Semana nº 2, e, assim, sucessivamente.

O período letivo semestral do nosso curso possui 22 semanas. O fato de termos dividido o programa da disciplina em 15 partes não foi por acaso. Levou-se em consideração não somente as aulas que são destinadas à aplicação das avaliações ou os eventuais feriados, mas, principalmente, as necessidades pedagógicas de cada professor.

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Isto porque, o nosso projeto pedagógico reconhece a importância de destinar um tempo extra a ser utilizado pelo professor – e a seu critério – nas situações na qual este perceba a necessidade de enfatizar de forma mais intensa uma determinada parte do programa, seja por sua complexidade, seja por ter observado na turma um nível insuficiente de compreensão.

Hoje, após a implantação da metodologia em todo o curso no Estado do Rio de Janeiro, por intermédio das Coletâneas de Exercícios, é possível observar o resultado positivo deste trabalho, que agora chega a outras localidades do Brasil. Recente convênio firmado entre as Instituições que figuram nas páginas iniciais deste caderno, permitiu a colaboração dos respectivos docentes na feitura deste material disponibilizado aos alunos.A certeza que nos acompanha é a de que não apenas tornamos as aulas mais interativas e dialógicas, como se mostra mais nítida a interseção entre os campos da teoria e da prática, no Direito.

Por todas essas razões, o desempenho e os resultados obtidos pelo aluno nesta disciplina estão intimamente relacionados ao esforço despendido por ele na realização das tarefas solicitadas, em conformidade com as orientações do professor. A aquisição do hábito do estudo perene e perseverante, não apenas o levará a obter alta performance no decorrer do seu curso, como também potencializará suas habilidades e competências para um aprendizado mais denso e profundo pelo resto de sua vida.

Lembre-se: na vida acadêmica, não há milagres, há estudo com perseverança e determinação. Bom trabalho.

Centro de Ciências Jurídicas

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PROCEDIMENTOS PARA UTILIZAÇÃO DAS COLETÂNEAS DE EXERCÍCIOS

1- O aluno deverá, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prévia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislação, a doutrina e a jurisprudência e apresentar soluções, por meio da resolução dos casos, preparando-se para debates em sala de aula. 2- Antes do início de cada aula, o aluno depositará sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pré-resolvidos, para que o docente rubrique e devolva no início da própria aula.3- Após a discussão e solução dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno deverá aperfeiçoar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes aos casos.4- A entrega tempestiva dos trabalhos será obrigatória, para efeito de lançamento dos graus respectivos (zero a um), independentemente do comparecimento do aluno às provas.4.1- Caso o aluno falte à AV1 ou à Av2, o professor deverá receber os casos até uma semana depois da prova, atribuir grau e lançar na pauta no espaço específico.5- Até o dia da AV 1 e da AV2, respectivamente, o aluno deverá entregar o conteúdo do trabalho relativo às aulas já ministradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeiçoamento dos mesmos, organizado de forma cronológica, em pasta ou envelope, devidamente identificados, para atribuição de pontuação (zero a um), que será somada à que for atribuída à AV1 e AV2 (zero a nove). 5.1- A pontuação relativa à coletânea de exercícios na AV3 (zero a um) será a média aritmética entre os graus atribuídos aos exercícios apresentados até a AV1 e a AV2 (zero a um).6- As provas (AV1, AV2 e AV3) valerão até 9 pontos e serão compostas de questões objetivas, com respostas justificadas em até cinco linhas, e de casos concretos, baseados nos casos constantes das Coletâneas de Exercícios, salvo as exceções constantes do regulamento próprio.

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PROGRAMA DA DISCIPLINA

Ementa

O direito no Brasil Colônia, O Direito no Brasil Império, o Direito nos prodomos da independência sob a perspectiva política, econômica e social, o Direito no Republicano sob a perspectiva política, econômica e social, o Direito no Período Militar no Brasil e o Direito no Brasil Democrático e Social.

Objetivos

Compreender o pensamento jurídico brasileiro desde a sua formação aos dias atuais, identificando as relações entre as instituições e os institutos jurídicos em cada momento histórico, político, social, cultural e econômico da sociedade que os produziu. Analisar as transformações, rupturas e permanências do Direito brasileiro no decorrer da história, objetivando a compreensão do atual sistema jurídico brasileiro.

Metodologia de EnsinoAnálise de caso concreto, aulas expositivas; dialogadas, dinâmicas de grupo; seminários; vídeos com debate; fichamento de textos.

Metodologia de AvaliaçãoProvas e resultado das Coletâneas de Exercícios.

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Conteúdo Programático

UNIDADE 1

O DIREITO NO BRASIL COLÔNIA SOB A PERSPECTIVA POLÍTICA, ECONÔMICA E SOCIAL

1.1. Ordenações Afonsinas, Ordenações Manuelinas, as Leis Extravagantes1.2. Bula Intercoetera e o Tratado de Tordesilhas1.3. Forais, Álvares e Cartas Régias) 1.4. O Direito e a Organização Judiciária nas Capitanias Hereditárias e no Governo

Geral 1.5. O Direito no Brasil durante o reinado espanhol – As Ordenações Filipinas1.6. O Direito nas Minas Geraes

UNIDADE 2

O DIREITO NO BRASIL IMPÉRIO SOB A PERSPECTIVA POLÍTICA, ECONÔMICA E SOCIAL

2.1. O Direito no Brasil de 1808 a 18232.2. O Código Brasiliense, a Constituição da Mandioca2.3. A Formação do Estado Brasileiro e a Constituição de 18242.4. O Código Criminal de 18302.5. O Código de Processo Criminal e a Organização Judiciária2.6. O Código Criminal de 1832 e modificações na estrutura judiciária.2.7. O Código comercial 18502.8. A Lei de Terra 18502.9. O Regulamento 7382.10. A crise do Estado Imperial e o “Golpe” da República

UNIDADE 3

O DIREITO NO BRASIL REPUBLICANO SOB A PERSPECTIVA POLÍTICA, ECONÔMICA E SOCIAL3.1. A Constituição de 18913.2. O Código Penal de 18903.3. O Código Civil de 19163.4. A Constituição de 19343.5. A Constituição de 19373.6. O Código de Processo civil de 19393.7. O Código Penal de 19403.8. A Lei das Contravenções Penais de 19413.9. A Consolidação das Leis do Trabalho3.10. A Constituição de 1946

UNIDADE 4

O DIREITO NO PERÍODO MILITAR SOB A PERSCPECTIVA POLÍTICA, ECONÔMICA E SOCIAL4.1. Os Atos Institucionais4.2. Os Atos Complementares4.3. A Constituição de 1967

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4.4. O AI-54.5. A Emenda Constitucional 01 de 1969 ( Constituição de 1969)4.6. O Código de Processo Civil de 19734.7. O quase Código Penal4.8. A Lei do Divórcio e suas implicações no cenário social

UNIDADE 5

O DIREITO NO BRASIL DEMOCRÁTICO E SOCIAL 5.1. A Lei da Anistia5.2. As Diretas Já5.3. A Constituição de 19885.4. Os Novos Códigos5.5. Visão panorâmica do quadro jurídico atual

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

CASTRO, Flávia Lages. História do Direito Geral e do Brasil. 6. Ed. rev. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008.PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. rev. ampla. E atual. Rio de Janeiro: Lumen Júris 2008.WOLKMER, Antonio Carlos. História do Direito no Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

CICCO, Cláudio de. História do Pensamento Jurídico e da Filosofia do Direito. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na História. 2. Ed. São Paulo: Max Limonad, 2002.NOVAIS, Fernando A. (Coord.) História da Vida Privada no Brasil. São Paulo:Companhia das Letras, 1998-2001. 4v.

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SUMÁRIO

Semana 1 – DIREITO PORTUGUÊS NA COLÔNIA BRASIL- As Ordenações Portuguesas como cenário Jurídico da Expansão Marítima: Bula Intercoetera e o Tratado de Tordesilhas; Forais, Alvarás, Cartas Régias – Concessões de Sesmarias. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

Semana 2 - DIREITO PORTUGUÊS NA COLÔNIA BRASIL - O Direito e a Organização Judiciária nas Capitanias Hereditárias e no Governo Geral – Séc. XVI e XVII. O Direito nas Minas Geraes - Séc. XVIII. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

Semana 3 - DIREITO NO MOMENTO QUE PRECEDE À INDEPENDENCIA – A organização do Estado Português no Brasil. O Direito no Brasil de 1808 a 1823: os tratados comerciais, a elevação do Brasil a Reino Unido. A Independência. A “Constituição da Mandica”. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

Semana 4 - DIREITO NO ESTADO IMPERIAL - Constituição Brasileira, de 25 de março de 1824 (Império, Território, Governo, Dinastia e Religião; Estrutura dos Poderes; Sistema eleitoral; Direitos e garantias individuais. O Código Criminal de 1830 e o Código de Processo Criminal de 1832. Lei Interpretativa do Ato Adicional e da reforma do Código do Processo Criminal. O Golpe da maioridade. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

Semana 5 - DIREITO NO SEGUNDO REINADO: DA CONSOLIDAÇÃO À CRISE - A Consolidação do Direito no Segundo Reinado sob a perspectiva da Economia Agroexportadora de base escravista: A Legislação Comercial e a Lei de Terras; A Consolidação de Teixeira de Freitas; A legislação abolicionista e a crise do Segundo Reinado. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

Semana 6 - O DIREITO NA PRIMEIRA REPÚBLICA - A Velha República (1889-1930). As Influencias positivistas e liberais: Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 24 de fevereiro de 1891 (Forma de Governo, Território e Religião; Estrutura dos Poderes; Sistema Eleitoral; Direitos de Garantias Individuais). A Codificação de Direito Penal e de Direito Civil. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

Semana 7 - O DIREITO NA ERA VARGAS - Era Vargas. Burguesia e Movimentos Operários. A Revolução de 1930. A formação da Legislação eleitoral e trabalhista. A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 16 de julho de 1934 (Forma de Governo, Território; Estrutura de Poderes;Sistema Eleitoral; Direitos de Primeira e Segunda Dimensão. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

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Semana 8 - O DIREITO NO ESTADO NOVO - Estado Novo. O Papel das Forças Armadas: O aparato legal da “Defesa Nacional” (Lei de Segurança Nacional; O Tribunal de Segurança Nacional) . A Constituição dos Estados Unidos do Brasil, de 10 de novembro de 1937: Forma de Governo, Território, Plebiscito; Estrutura de Poderes; Sistema Eleitoral. Os “Direitos” presentes no Texto Constitucional. A Consolidação das Leis do Trabalho. Código Penal de 1940 e A Lei das Contravenções Penais de 1941. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

Semana 9 - DIREITO NO BRASIL DO PÓS GUERRA - A Ordem Constitucional da República Populista: O processo de Redemocratização. A Constituição dos Estados Unidos do Brasil, de 18 de setembro de 1946 (A Organização Federal; Estrutura de Poderes; Sistema Eleitora; Direitos e Garantias Fundamentais). Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

Semana 10 - OS DIREITOS NO PERÍODO MILITAR - A Crise da Ordem Constitucional de 1946. O Golpe Militar. Os Atos Institucionais 1, 2, 3 E 4. Os Atos Complementares. A Constituição da República Federativa do Brasil, de 24 de janeiro de 1967(Organização Nacional; Estrutura dos Poderes; Sistema Eleitoral; Os Direitos e Garantias Fundamentais). Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

Semana 11 - OS “DIREITOS” NA DITADURA ESCANCARADA - O Fechamento do Regime: Ditadura Total. O AI-5. A Emenda Constitucional Nº 1, de 17 de outubro de 1969: (Organização Nacional; Organização dos Poderes; Sistema Eleitoral; Os Direitos e Garantias Fundamentais). Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

Semana 12 - OS “DIREITOS” NA DITADURA DECADENTE - A Lei do Divórcio. A Lei da Anistia. As Diretas Já. Todos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

Semana 13 - A RECONSTRUÇÃO DO BRASIL PÓS DITADURA - A Constituinte. A Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988 (Os Princípios Fundamentais; Organização dos Poderes; Poder Judiciário: O Papel do Supremo Tribunal Federal; Sistema eleitoral; Direitos e Garantias Fundamentais e a Dignidade da Pessoa Humana). Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

Semana 14 - A CONSTITUCIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS - Meio Ambiente. Consumidor. Família, Criança, Adolescente e Idoso. Função Social do Contrato e da Propriedade. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

Semana 15 - O BRASIL ATUAL - A Adaptação do Texto Constitucional aos Novos Tempos da Organização sócio-econômica do Capitalismo Contemporâneo, observada a realidade política, sócio-econômica e cultural na atualidade.

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SEMANA 1

EMENTA DA AULA: DIREITO PORTUGUÊS NA COLÔNIA BRASIL: As Ordenações Portuguesas como cenário Jurídico da Expansão Marítima: Bula Intercoetera e o Tratado de Tordesilhas; Forais, Alvarás, Cartas Régias – Concessões de Sesmarias. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

OBJETIVO DA AULA :

- Analisar, sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural, o cenário do período referente à expansão marítima portuguesa e sua correlação com os tratados e legislações que lhe deram base.- Examinar a legislação vigente nos primeiros momentos do Brasil português.

BIBLIOGRAFIA / JURISPRUDÊNCIA:

PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo X – p. 307 a 327)WOLKMER, Antonio Carlos. História do Direito no Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008. (Capítulo II – p. 43 a 72)

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CASO CONCRETO 1

Observe o mapa que apresenta o pormenor do planisfério do Atlântico com as divisões de 100 e de 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, estipuladas no Tratado de Tordesilhas. Depois, responda ao que se pede.

Anônimo – elaborado, aproximadamente, em 1545

“Comparando o território atual do Brasil com a área de colonização portuguesa no século XVI, delimitada pelo Tratado de Tordesilhas, percebe-se que aquela área praticamente triplicou, pois mal chegava a um terço dos atuais 8,5 milhões de km2.” (VESENTINI, José William. Brasil Sociedade & Espaço. São Paulo: Ática, 1999, p. 43).

Pergunta-se:

A) O que foi o tratado de Tordesilhas?

B) Por que alguns países da Europa, como a França contestavam aquele tratado?

CASO CONCRETO 2

Leia a notícia a seguir e, depois, responda as questões.

O Foral de Olinda de 1537, o documento mais antigo relativo à cidade e o único Foral de Vila conhecido no Brasil, é uma carta de doação feita pelo primeiro donatário de Pernambuco, Duarte Coelho aos povoadores e moradores. Este documento elevou o povoado de Olinda à Vila, estabelecendo seu patrimônio público, bem como um plano de ocupação territorial. Além da importância histórica, gera, ainda hoje, à Prefeitura Municipal o direito de cobrança do foro anual, laudêmio e resgate de aforamento.

Através do resgate histórico deste documento do século XVI, o Projeto Foral de Olinda possibilitou o aumento da arrecadação municipal, através da incorporação do cadastro de terrenos foreiros ao Sistema de Cadastro Imobiliário do município. Os trabalhos iniciaram em 1984, culminando com a emissão dos carnês de cobrança em 1994, 1996 e 1998, para, respectivamente, 34.000 imóveis localizados em Olinda, 15.000 em Recife e 18.000 parcelas no Cabo. Apesar de significativa a quantidade de foreiros, verifica-se que a arrecadação ainda é baixa. (texto adaptado, disponível em: http://geodesia.ufsc.br/Geodesia-online/arquivo/cobrac_2002/048/048.htm , acessado em 12 de outubro de 2008)

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Conforme o texto, o documento celebrado no Século XVI, ainda, nos dias atuais, gera arrecadação municipal. Sendo assim, explique o que é uma Carta Foral e por que, ainda hoje, permite a cobrança do tributo?

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SEMANA 2

EMENTA DA AULA: DIREITO PORTUGUÊS NA COLÔNIA BRASIL O Direito e a Organização Judiciária nas Capitanias Hereditárias e no Governo Geral – Séc. XVI e XVII. O Direito nas Minas Geraes - Séc. XVIII. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

OBJETIVO DA AULA:

- Analisar, sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural, a legislação e a estrutura judicial utilizada no Brasil, a partir da fase inicial do seu processo de colonização.

BIBLIOGRAFIA / JURISPRUDÊNCIA:

PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XI – p. 329 a 349)CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. ( Capítulos XII – XIII – p. 267 a 314)

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CASO CONCRETO 1

Leia o texto referente a sentença de Tiradentes e, depois, responda as questões propostas.

“... Portanto condenam ao Réu Joaquim José da Silva Xavier por alcunha o Tiradentes Alferes que foi da tropa paga da Capitania de Minas a que com baraço e pregão seja conduzido pelas ruas publicas ao lugar da forca e nella morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Villa Rica aonde em lugar mais publico della será pregada, em um poste alto até que o tempo a consuma, e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregados em postes pelo caminho de Minas no sitio da Varginha e das Sebolas aonde o Réu teve as suas infames práticas e os mais nos sitios (sic) de maiores povoações até que o tempo também os consuma; declaram o Réu infame, e seus filhos e netos tendo-os, e os seus bens applicam para o Fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Villa Rica será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique e não sendo própria será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados e no mesmo chão se levantará um padrão pelo qual se conserve em memória a infamia deste abominavel Réu; (...)” (Sentença de Tiradentes. Disponível em: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=612, acessado em 10 de outurbro de 2008).

Como podemos notar, a execução de Tiradentes teve um sentido bem mais amplo que o de um enforcamento. Tratava-se de uma punição exemplar: esquartejar, exibir o corpo nos locais onde os crimes foram praticados, salgar terrenos e demolir casas faziam parte do esforço de apagar a memória do criminoso e reavivar a memória da punição de seus crimes. Por estas práticas, afirmava-se o poder do soberano e incutia-se temor em seus súditos.Sendo assim:

A) O que significa aqui a expressão “castigo exemplar”? B) Por que as reivindicações dos inconfidentes foram consideradas “crimes”, em

1789?

C) O que significava a condenação “morra morte natural para sempre”?

D) Por que no Brasil, atualmente, esse tipo de pena não mais seria passível de ser prevista?

QUESTÃO OBJETIVA 1

Observe a estrutura da organização judiciária do Brasil, no Século XVI, e escolha a alternativa que descreve CORRETAMENTE características pessoais e/ou funcionais do Juiz Ordinário:

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(a) Homem bom, nativo, que presidia também a Câmara Municipal.(b) Bacharel em direito indicado pelo Rei.(c) Apreciavam questões relativas aos interesses de menores, inventários e

tutorias.(d) Apreciava demandas acerca de terras.

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SEMANA 3

EMENTA DA AULA: DIREITO NO MOMENTO QUE PRECEDE À INDEPENDENCIA: A organização do Estado Português e o Direito no Brasil entre 1808 e 1823: os tratados comerciais, a elevação do Brasil a Reino Unido. A Independência. A “Constituição da Mandica”. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

OBJETIVO DA AULA:

- Analisar a organização do Estado Português e o direito aplicado no Brasil no período entre 1808 a 1823, tendo como referência a conjuntura política, sócio-econômica e cultural do período que circunstancia o processo de independência do país.

BIBLIOGRAFIA / JURISPRUDÊNCIA:

PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XII – p. 351 a 364)CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XIV – p. 319 a 341)WOLKMER, Antonio Carlos. História do Direito no Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008. ( Capítulo III – p. 91 a 114)

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CASO CONCRETO 1

Depois da leitura e da pesquisa procedida na bibliografia indicada, responda as questões abaixo:

Nos textos que se seguem, encontramos, em primeiro lugar, alguns exemplos de leis que, durante séculos, regulamentaram a economia brasileira. Em seguida, temos fragmentos de um Decreto, a "Carta Régia" de janeiro de 1808.

Texto 1 - As Leis:

1591: decreto fecha os portos do Brasil aos navios estrangeiros.1603: o governo português decreta o monopólio real da pesca da baleia.1642: a Coroa portuguesa estabelece o monopólio sobre o tabaco.1658: é imposto pela Coroa o monopólio do sal.1682: o governo português cria a Companhia de comércio do Maranhão.1731: Carta Régia estabelece o monopólio sobre a extração de diamantes.1785: o governo português proíbe as manufaturas de tecidos no Brasil.

Texto 2: Carta Régia de 28 de janeiro de 1808, promulgada pelo príncipe regente D. João

[...]”Primo: que sejam admissíveis nas Alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros,fazendas e mercadorias transportadas, ou em navios estrangeiros das Potências, que se conservam em paz e harmonia com a minha leal Coroa, ou em navios dos meus vassalos, [...] Segundo: que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos estrangeiros possam exportar para os Portos, que bem lhes parecer a benefício do comércio e agricultura, que tanto desejo promover, todos e quaisquer gêneros e produções coloniais, a exceção do pau-brasil, ou outros notoriamente estancados.[...]”

1- Que mudanças podemos identificar analisando as leis, elencadas no texto 1, e o Decreto de 1808?

2- Analise as situações políticas de Portugal e do Brasil que levaram à promulgação da Carta Régia de 1808.

3- Como podemos relacionar o Decreto de 1808 e os tratados com a Grã-Bretanha em 1810?

QUESTÃO OBJETIVA 1

A Assembléia Constituinte foi marcada por uma disputa entre D. Pedro I e a aristocracia rural. Nessa assembléia havia três grupos com idéias diferentes: o grupo português, que era composto por comerciantes militares e que defendia a monarquia absolutista para D. Pedro I; o grupo brasileiro (ala moderada),formado pela aristocracia rural que defendia a centralização e maior limitação aos poderes monárquicos; e, ainda, outro grupo brasileiro, mais radical que o anteriormente citado, que possuía facções da aristocracia rural - principalmente nordestina - menos privilegiada. A grande disputa ocorreu em torno da limitação do poder de D. Pedro I, já que este queria poderes absolutos, o que contrariava as idéias da aristocracia rural. Como resultado, surgiu o projeto de “Constituição da Mandioca” cujas características

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fundamentais eram: uma monarquia constitucional com 3 poderes; limite ao poder do imperador; valorização do parlamento que não podia ser vetado pelo próprio imperador. Porém, esse projeto não vingou, já que a Assembléia foi dissolvida e uma nova Constituição foi elaborada por um Conselho de confiança escolhido por D. Pedro I.Com a Assembléia Constituinte dissolvida, D. Pedro I nomeou um Conselho de Estado formado por 10 membros, que redigiu a Primeira Constituição brasileira. Após ser apreciada pelas Câmaras Municipais, ela foi outorgada em 25 de março de 1824.

Analise as assertivas abaixo e marque a opção que apresenta com correção as características da Constituição de 1824:

I. a centralização do poder e um governo monárquico e hereditário.II. o catolicismo como religião oficial do país.III. o estabelecimento do sufrágio universal.IV. a existência de quatro poderes: executivo, legislativo, judicial e moderador.

(a) apenas as assertivas I, II e IV são corretas. (b) apenas as assertivas I, III e IV são corretas.(c) apenas as assertivas II, III e IV são corretas.(d) todas as assertivas são corretas.

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SEMANA 4

EMENTA DA AULA: DIREITO NO ESTADO IMPERIAL - Constituição Brasileira, de 25 de março de 1824 (Império, Território, Governo, Dinastia e Religião; Estrutura dos Poderes; Sistema eleitoral; Direitos e garantias individuais. O Código Criminal de 1830 e o Código de Processo Criminal de 1832. Lei Interpretativa do Ato Adicional e da reforma do Código do Processo Criminal. O Golpe da maioridade. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

OBJETIVOS DA AULA:

- Analisar, sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período, a estrutura jurídica imposta pela Constituição de 1824, bem como os Códigos Penal de 1830 e Processual Penal de 1832.- Examinar as modificações jurídico-políticas impostas ao país pela Lei Interpretativa do Ato Adicional e pela reforma ao Código de Processo Criminal.

BIBLIOGRAFIA / JURISPRUDÊNCIA:

PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XII – p. 359 e Capítulo XIII – p. 354 e 460)CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XV – p. 345 385)

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CASO CONCRETO 1

Em julho de 1840, após a aprovação de uma emenda constitucional - que antecipava a maioridade de Dom Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança e Habsburgo -, foi, então, o Segundo Pedro coroado Imperador do Brasil. Este episódio é conhecido como Golpe da Maioridade (D. Pedro tinha, na ocasião 15 anos).

Tomando como referência o ato acima apresentado pelo texto, responda:

1- Que fatores políticos levaram a declaração da maioridade de D. Pedro de Alcântara e, conseqüentemente, sua ascensão ao trono?

2- Pesquise na Constituição de 1988 e, após, responda se é possível menor emancipado assumir a Presidência da República?

QUESTÃO OBJETIVA 1

(ENADE – História – 2008) Numa aula sobre a estrutura política do Império brasileiro, o professor apresentou a seus alunos o trecho da Constituição de 1824 e a charge reproduzidos abaixo.

Constituição Política do Império do Brasil (1824) (Adaptado de: Constituição Política do Império do Brasil, de 25 de março de 1824)

CAPITULO I. Do Poder Moderador.

Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização Política, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos mais Poderes Políticos.Art. 99. A Pessoa do Imperador é inviolável, e Sagrada: Ele não está sujeito a responsabilidade alguma.(...)Art. 101. O Imperador exerce o Poder Moderador

I. Nomeando os Senadores (...)

V. Prorrogando ou adiando a Assembléia Geral, e dissolvendo a Câmara dos Deputados, nos casos em que o exigir a salvação do Estado; convocando imediatamente outra, que a substitua.

VI. Nomeando e demitindo livremente os Ministros de Estado.

VII. Suspendendo os Magistrados (...).

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NOVAES, Carlos Eduardo; LOBO, César. História do Brasil paraprincipiantes: de Cabral a Cardoso, 500 anos de novela.São Paulo: Ática, 1997. p. 150.

Depois de pedir aos alunos que lessem os artigos da Constituição selecionados, o professor apresentou a charge acima, com as devidas ressalvas quanto ao anacronismo presente na caricatura. A seguir, sugeriu à turma que relacionasse a Constituição de 1824 à interpretação da charge. Ao final da aula, os alunos resumiram suas discussões às quatro afirmações apresentadas abaixo.

I - A charge confirma a Constituição de 1824, que garante amplos poderes ao Imperador.II - A charge contesta o texto da Constituição, que estabelece a submissão do Estado à Igreja.III - A charge contraria o texto da Constituição, que afirma o caráter Sagrado da pessoa do Imperador.IV - A charge ratifica o texto da Constituição de 1824, que assegura a supremacia do Poder Moderador sobre os demais poderes.

Estão corretas APENAS as afirmativas:(a) I e II (b) I e III (c) I e IV (d) II e III (e) III e IV

QUESTÃO OBJETIVA 2

Leia, atentamente, os textos e, após, responda ao que se pede.

Texto 1 “... os Conselhos de Províncias, que tinham o caráter apenas consultivo, cederam lugar às Assembléias Legislativas, com amplos poderes, podendo legislar sobre matérias civil e militar, instruções públicas, políticas e econômicas dos municípios; o Conselhos de Estado, principal órgão de assessoria do Imperador, foi abolido (...)”. (Texto adaptado: disponível em http://www.culturabrasil.pro.br/regencias.htm, acessado em 04 de outubro de 2008)

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Texto 2 O Código de Processo Criminal é a grande vitória legislativa dos liberais, logo

após a abdicação de D. Pedro I. Promulgado em 1832, põe fim ao sistema judicial antigo, introduz novidades completas trazidas da Inglaterra, especificamente o Conselho de Jurados (Tribunal do Júri) e o recurso de habeas corpus, inexistente na tradição do direito continental. A investigação criminal das Ordenações Filipinas, a devassa, de tom inquisitorial, desaparece e é substituída por um juizado de instrução, de perfil contraditório, sob a direção do juiz de paz, leigo e eleito pela população local, que além dos poderes judiciários, tinha ainda o poder de polícia (Texto adaptado. LOPES, José Reinaldo de Lima Lopes. O Direito na História. 2. ed. São Paulo: Max Limonard, 2002, p.289)

Após a consulta da bibliografia indicada e análise dos textos apresentados, podemos concluir que eles identificam:

(a) parte do conjunto de inovações estabelecidas pelo texto constitucional de 1824 que concentra o poder nas mãos do Imperador D. Pedro I.(b) algumas das modificações realizadas pela Lei de Interpretação que descaracterizaram o conteúdo liberal do Código de Processo Criminal de 1832.(c) parte do conjunto das modificações realizadas no Período Regencial, que recebeu o nome de Ato Adicional à Constituição do Brasil de 1824.(d) algumas das características políticas do Anteprojeto Constitucional elaborado pela Assembléia, após a Independência.

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SEMANA 5

EMENTA DA AULA: DIREITO NO SEGUNDO REINADO: DA CONSOLIDAÇÃO À CRISE - A Consolidação do Direito no Segundo Reinado sob a perspectiva da Economia Agroexportadora de base escravista: A Legislação Comercial e a Lei de Terras; A Consolidação de Teixeira de Freitas; A legislação abolicionista e a crise do Segundo Reinado. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

OBJETIVOS DA AULA:

- Examinar, sob o âmbito político, sócio-econômico e cultural do período, a produção jurídica brasileira no Segundo Reinado, especialmente no que se refere à Lei de Terras e às legislações comercial e abolicionista.- Analisar a gênese do pensamento civilista tipicamente brasileiro, a partir da Consolidação de Teixeira de Freitas.

BIBLIOGRAFIA / JURISPRUDÊNCIA:

PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XII – p. 361 a 366)CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XV – p. 387 A 405)

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Após a leitura da bibliografia indicada, responda as questões abaixo:

CASO CONCRETO 1

Na década de 1840, com a perspectiva do fim do tráfico negreiro, o governo brasileiro começou a interessar-se por fontes alternativas de mão-de-obra, encorajando a imigração de "trabalhadores pobres, moços e robustos" e tentando fixá-los nas fazendas de café. Se os imigrantes tivessem de comprar terras e os preços fossem mantidos em alta, eles seriam obrigados a trabalhar alguns anos antes de poderem comprar seu próprio lote. A Lei de Terras foi aprovada em 18 de setembro de 1850, duas semanas após a aprovação da lei contra o tráfico de escravos. (Adaptado de Leslie Bethell e José Murilo de Carvalho, "O Brasil da Independência a meados do século XIX". In: Leslie Bethell (org.), História da América Latina: da Independência a 1870, vol. III. São Paulo: Edusp / Imprensa Oficial, 2001, p. 753-54, 766.)

Tomando o texto como referência, responda:

1- Como se dava o acesso à terra antes e depois da promulgação da Lei de Terras de 1850?

2- De que maneira a Lei de Terras de 1850 buscou promover o trabalho livre? Ainda: há alguma influência da Lei de Terras no sistema de distribuição de terras no Brasil atual?

QUESTÃO OBJETIVA 1

Analise os dados abaixo apresentados por Pandiá Calógeras (In: FERREIRA, Olavo Leonel. História do Brasil. São Paulo: Ática, 1995, p. 215) sobre a entrada de escravosno Brasil, a partir de 1845:

Ano Número de escravos que entraram1845 194531846 561721847 503251848 600001849 540001850 230001851 32781852 700

Agora, relacionando o quadro estatístico acima, sobre a importação de escravos, com o contexto da época - principalmente no que se refere às leis que antecedem à Lei Áurea -, podemos concluir que:

(a) a Lei Eusébio de Queiroz foi promulgada no ano em que houve elevação da importação de escravos.(b) a Lei do Ventre Livre teve repercussão imediata na importação de escravos.(c) a importação de escravos aumentou a partir de 1850, devido à expansão da lavoura cafeeira.(d) a importação de escravos cresceu, apesar da pressão inglesa efetuada através do Bill Aberdeen.

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SEMANA 6

EMENTA DA AULA: O DIREITO NA PRIMEIRA REPÚBLICA - A Velha República (1889-1930). As Influencias positivistas e liberais: Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 24 de fevereiro de 1891 (Forma de Governo, Território e Religião; Estrutura dos Poderes; Sistema Eleitoral; Direitos de Garantias Individuais). A Codificação de Direito Penal e de Direito Civil. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

OBJETIVOS DA AULA:

- Examinar, sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período, o direito brasileiro e a estrutura do Estado republicano, a partir da Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 1891.- Analisar as importantes mudanças havidas na legislação civil e penal no período conhecido como República Velha.

BIBLIOGRAFIA / JURISPRUDÊNCIA:

PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XII – p. 367 a385)CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XVI – p. 407 a 434)

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CASO CONCRETO 1

Leia a notícia a seguir e, depois, responda as questões propostas.

Ensino Religioso continua obrigatório na Rede Pública - São Paulo - Enquanto escolas particulares têm garantida a liberdade de oferecer ou não ensino religioso, a rede pública se vê obrigada a incluir a disciplina no currículo do ensino fundamental. A determinação é prevista na Constituição Federal de 1988, que obriga a oferta por parte do Estado e garante ao aluno a opção de freqüentar ou não essas aulas. Resultados preliminares de estudo feito pela ONG (...), apontam os problemas da contradição de um Estado laico financiar esse tipo de ensino em suas escolas públicas. (...) o problema é que a mesma Constituição que traduz o Brasil em um Estado laico prevê ensino religioso na escola pública e financiamento do governo às instituições religiosas. "A presença do ensino religioso, além de contrariar a laicidade do Estado, dá margem a toda problemática das diferentes regulamentações", avalia. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996, os municípios e Estados são responsáveis por determinar as normas do ensino religioso nas suas redes de ensino. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo online em 18/08/2008).

Como se vê na notícia acima, a discussão a cerca da laicidade do Estado não se esgotou. Sendo assim:

1- Consulte a bibliografia indicada e explique a diferença entre Estado confessional e Estado laico.

2- Utilizando as categorias acima (laico e confessional), como podemos classificar o Estado no período Imperial? E no período republicano?

3- Analisando a notícia acima, é possível afirmar que laicidade do Estado estabelecida pela Constituição de 1988 importa em concluir uma completa superação da relação Igreja/Estado? Justifique sua resposta.

QUESTÃO OBJETIVA 1

Após a leitura do texto abaixo, responda o solicitado.

“A Nação Brasileira adota como forma de governo, sob o regime representativo, a República Federativa proclamada a 15 de novembro de 1889, e constitui-se, por união perpétua e indissolúvel das suas antigas províncias, em Estados Unidos do Brasil”. (Art. 1º da Constituição Republicana de 24 de fevereiro de 1891).

Tomando o artigo, transcrito, como referência, a República implantada no Brasil em 15 de novembro de 1889:

(a) resultou de grande participação do povo, especialmente nos primeiros anos do novo regime.(b) rompeu com a estrutura socioeconômica existente no Império.(c) contou com o apoio do Exército brasileiro, ligado ao advento e à consolidação da forma republicana de governo.(d) instituiu um governo social-democratico como pretendiam todos os envolvidos no movimento republicano.

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SEMANA 7

EMENTA DA AULA: O DIREITO NA ERA VARGAS - Era Vargas. Burguesia e Movimentos Operários. A Revolução de 1930. A formação da Legislação eleitoral e trabalhista. A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 16 de julho de 1934 (Forma de Governo, Território; Estrutura de Poderes;Sistema Eleitoral; Direitos de Primeira e Segunda Dimensão. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

OBJETIVOS DA AULA:

- Analisar, no âmbito político, sócio-econômico e cultural do período, as mudanças jurídico-políticas geradas pela Constituição de 1834.- Relacionar o momento histórico vivenciado no país e no mundo com o aparecimento da chamada “segunda dimensão de direitos fundamentais”.

BIBLIOGRAFIA / JURISPRUDÊNCIA:

PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XII – p. 385 A 390)CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XVII – p. 439 a 468)

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Após a leitura da bibliografia indicada, responda as questões abaixo:

CASO CONCRETO 1

Constituição de 1934 pretendeu compatibilizar a ordem constitucional brasileira com certo grau de civilização jurídica. A nova Constituição, elaborada por uma Assembléia Nacional Constituinte, introduziu no país uma nova ordem jurídico-político que consagrava uma tentativa de refletir a influência do Estado de bem-estar social adaptado as nossas particularidades históricas, sociais, políticas e econômicas. Teve vida curta, mas marcou profundamente todos ordenamentos jurídicos posteriores, agregando temas que jamais deixariam de figurar nas constituições vindouras.

Tomando o exposto acima como referência, apresente os principais temas abordados pela Constituição de 1934, destacando sua atualidade para o desenvolvimento da sociedade brasileira.

QUESTÃO OBJETIVA 1

Um código eleitoral é o conjunto de normas legislativas que rege o processo de eleição para cargos políticos. As primeiras disposições eleitorais no Brasil datam da Constituição de 1824, a primeira do país. Através dos tempos, diversas alterações, de maior ou menor relevância, foram sendo feitas na regulamentação das eleições brasileiras. Porém, um código eleitoral propriamente dito, que reunisse todas as disposições legislativas referentes ao processo eleitoral, só foi instituído no Brasil pelo Decreto nº 21.076, de fevereiro de 1932.

Nesse sentido, o código eleitoral de 1932 significou um avanço importante em termos de exercício da democracia no Brasil. Entre as medidas nele consagradas estavam:

(a) Criação da justiça eleitoral, voto censitário, direito de voto para maiores de 18 anos. (b) Introdução do voto secreto, criação da justiça eleitoral, direito de voto para as mulheres.(c) Direito de voto para maiores de 18 anos, direito de voto para os analfabetos, direito de voto para as mulheres.(d) Voto censitário, direito de voto para analfabetos, introdução do voto secreto.

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SEMANA 8

EMENTA DA AULA: O DIREITO NO ESTADO NOVO – O Estado Novo. O Papel das Forças Armadas: O aparato legal da “Defesa Nacional” (Lei de Segurança Nacional; O Tribunal de Segurança Nacional): Forma de Governo, Território, Plebiscito; Estrutura de Poderes; Sistema Eleitoral. Os “Direitos” presentes no Texto Constitucional. A Consolidação das Leis do Trabalho. Código Penal de 1940 e A Lei das Contravenções Penais de 1941. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

OBJETIVO DA AULA:

- Analisar, observada a realidade política, sócio-econômica e cultural do período, as repercussões trazidas pela breve Constituição outorgada de 1937.- Examinar as legislações trabalhista e penal produzidas no período, relacionando-as com o momento histórico vivenciado.

BIBLIOGRAFIA / JURISPRUDÊNCIA:

PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XII – p. 391 a 397)CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XVII – p. 349 a 496)

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Após a leitura da bibliografia indicada, responda as questões abaixo:

CASO CONCRETO 1

A ditadura getulista sustentou-se em agências criadas pelo próprio Estado e na prática do controle das pressões sociais através dos sindicatos. Com relação aos órgãos oficiais, destacavam-se o DASP e o DIP; o primeiro, Departamento Administrativo do Serviço Público, assegurava o controle da máquina burocrática do Estado, supervisionando, entre outras atribuições, a ação dos interventores nos Estados, além de funcionar como um grande cabide de empregos. O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), criado em 1939, exercia o controle ideológico da Nação através da censura total aos meios de comunicação, da publicidade do governo e do controle sobre a opinião pública. Entre as ações do DIP, podem-se mencionar o confisco temporário do jornal O Estado de S. Paulo, com a prisão e o exílio de dois de seus diretores; a difusão da “boa imagem” do governante como um verdadeiro culto à personalidade, através de fotos, passeatas, concentrações ou outros eventos; por fim, a criação da Hora do Brasil, programa radiofônico de emissão obrigatória por todas as estações de rádio do País. Além disso, pode ser acrescentada a eficiente Polícia Política da ditadura estadonovista, comandada por Filinto Müller e responsável pela prisão, morte e tortura de milhares de “inimigos” do regime. Por outro lado, a política trabalhista de Vargas, de caráter nitidamente populista, suprimiu a luta entre capital e trabalho através da organização corporativa dos sindicatos e da eficiente política do peleguismo. O ponto culminante do populismo getulista, voltado para o operariado urbano, deu-se com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), concedida em 1943. (disponível em: http://www1.curso-objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/estado_novo.aspx, acessado em 10 de outubro de 2008)

1) Tomando o texto como referência, caracterize o Estado Novo, tomando como foco principal as conquistas efetivadas pelas legislações trabalhista e sindical por ele consagradas.

2) E uma perspectiva das liberdades individuais e políticas, o Estado Novo poderia ser considerado como um Estado Democrático de Direito?

QUESTÃO OBJETIVA 1

"De imediato, a Constituição de 1934 foi abandonada, tendo sido criada no seu lugar uma nova Carta, a de 1937. Aqui observamos uma característica típica dos regimes autoritários brasileiros no século XX: criados a partir de atos de força, buscam justificar-se e ganhar uma aparência de legalidade através da outorga de uma Constituição." (VICENTINO, C.; DORIGO, G. História do Brasil. São Paulo: Scipione, s/d. p. 364) .

A respeito do governo de Getúlio Vargas, da Constituição de 1937 e do Estado Novo, assinale a alternativa INCORRETA:

(a) A Constituição de 1937 previa a indicação dos governadores estaduais (interventores) por nomeação direta do Presidente da República e a centralização política, fortalecendo a autoridade do chefe do executivo.

(b) Vargas foi um presidente carismático que atendeu às reivindicações dos trabalhadores urbanos por meio de uma legislação trabalhista liberal que permitia

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ampla e irrestrita liberdade de organização sindical, postura que lhe rendeu o título de populista.

(c) A criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) por parte do governo Vargas objetivava fazer propaganda dos atos de governo, exaltando a figura do presidente para aproximá-lo das massas.

(d) A tentativa mais séria de derrubar o Estado Novo ocorreu em maio de 1938 com os militantes de orientação fascista da Ação Integralista Brasileira e ficou conhecida como Intentona Integralista.

(e) Durante o Estado Novo, Vargas inicia o trabalho de coordenação e de planejamento econômico visando dar continuidade ao processo de industrialização e de substituição de importações.

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SEMANA 9

EMENTA DA AULA: O DIREITO NO BRASIL DO PÓS-GUERRA - A Ordem Constitucional da República Populista: O processo de Redemocratização. A Constituição dos Estados Unidos do Brasil, de 18 de setembro de 1946 (A Organização Federal; Estrutura de Poderes; Sistema Eleitora; Direitos e Garantias Fundamentais). Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

OBJETIVO DA AULA:

- Analisar a situação do direito brasileiro no pós-Guerra, a partir da organização jurídico-política estabelecida pela redemocratizante Constituição de 1946.

BIBLIOGRAFIA / JURISPRUDÊNCIA:

PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XII – p. 398 A 404)CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XVIII – p. 505 A 519)

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Após a leitura da bibliografia indicada, responda as questões abaixo:

CASO CONCRETO 1

Costuma-se afirmar que a Constituição de 18 de setembro de 1946 restaurou os direitos e garantias individuais, que foram, mais uma vez, ampliados, utilizando-nos do texto constitucional de 1934 como referência. Ela, inclusive, criou o princípio de ubiqüidade da Justiça.

Sendo assim, consulte a Constituição de 1946 e:

1- Relacione o Pós Guerra com a maior efetividade das liberdades individuais estabelecidas pela Constituição de 1946.

2- Explique o que significa o Princípio da Ubiqüidade de Direito?

QUESTÃO OBJETIVA 1

A quarta Constituição republicana, promulgada em 1946, manteve a estrutura presidencialista do Brasil, assegurou aos trabalhadores os direitos criados por Getúlio Vargas e, também:

(a) ampliou as atribuições do Poder Executivo. (b) instituiu o sistema eleitoral indireto e Censitário. (c) garantiu aos cidadãos os direitos do liberalismo político. (d) determinou a propriedade do subsolo ao Estado.

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SEMANA 10

EMENTA DA AULA: OS DIREITOS NOS ATOS INSTITUCIONAIS - A Crise da Ordem Constitucional de 1946. O Golpe Militar. Os Atos Institucionais 1, 2, 3 e 4. Os Atos Complementares. A Constituição da República Federativa do Brasil, de 24 de janeiro de 1967 (Organização Nacional; Estrutura dos Poderes; Sistema Eleitoral; Os Direitos e Garantias Fundamentais). Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

OBJETIVOS DA AULA:

- Relacionar o Golpe de 1964 com os Atos Institucionais produzidos no período pré-Constituição de 1967.- Analisar os efeitos dos Atos Institucionais - supraconstitucionais – nºs 1,2 ,3 e 4 e sua repercussão ao Estado de Direito estabelecido pela Constituição de 1946.

BIBLIOGRAFIA / JURISPRUDÊNCIA:

PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XII – p. 405 a 412)CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XVIII – p. 523 a 560)

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CASO CONCRETO 1

Leia os depoimentos a seguir e, depois, responda as questões:

“Chefes altamente qualificados do Movimento de Março de 64 preferem chamá-lo contra-revolução. Com efeito, houve uma reação ao rumo desordenado e ameaçador das liberdades democráticas que a Nação tomava sob Goulart (...). Março de 64 é, pois, uma resposta e não um projeto autônomo. Por isso, foi feito em nome do Anti: anticomunismo, antipeleguismo, anticorrupção”. (Jarbas Passarinho, Folha de São Paulo, 31/03/1982)

“Com efeito, o governo de Jango não caiu por seus defeitos... ele foi derrubado por suas virtudes. Essencialmente porque representava uma ameaça inadmissível para as classes dominantes. Quem viveu aqueles últimos meses de tensão recordará tanto a animosidade e o ódio que se alastraram por toda a casta de privilegiados contra o governo nacionalista e sindicalista, como o entusiástico apoio popular ao governo trabalhista e reformista”. (Darcy Ribeiro, Folha de São Paulo, 30/03/1982).

Com base nos testemunhos acima citados:

a) identifique, em consonância com os conhecimentos adquiridos na Disciplina Ciência Política, qual a diferença entre Golpe de Estado e Revolução?

b) Ainda, por que as personalidades acima referenciadas possuem visões tão díspares acerca dos acontecimentos de março de 1964?

CASO CONCRETO 2

Na História recente do Brasil, o país viveu um regime autoritário de 1964 a 1985 e um período democrático a partir de 1985. O processo de eleição do presidente da República no primeiro período, com exceção da eleição de Castelo Branco, foi regido pela Constituição de 1967, ao passo que, no segundo período, passou a ser regido pela Constituição de 1988.

Com relação a essa fase recente da História brasileira, responda as seguintes questões:

1- Como era realizada a eleição presidencial regida pela Constituição de 1967?

2- Que diferenças, então, podemos identificar após a Constituição de 1988?

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SEMANA 11

EMENTA DA AULA: OS “DIREITOS” NA DITADURA ESCANCARADA – A Constituição de 1967. O Fechamento do Regime: Ditadura Total. O AI-5. A Emenda Constitucional Nº 1, de 17 de outubro de 1969: (Organização Nacional; Organização dos Poderes; Sistema Eleitoral; Os Direitos e Garantias Fundamentais). Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

OBJETIVOS DA AULA:

- Analisar as especificidades da Constituição de 1967 sob a perspectiva política sócio-econômica e cultural do período.- Examinar as repercussões do Ato Institucional nº 5 ao Estado de Direito e às liberdades civis, no Brasil.

BIBLIOGRAFIA / JURISPRUDÊNCIA:

PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XII – p. 405 a 412)CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XVIII – p. 523 a 560)

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Após a leitura da bibliografia indicada, responda as questões abaixo:

CASO CONCRETO 1

“Considerando que a Revolução brasileira de 31 de março de 1964 teve, conforme decorre dos Atos com os quais se institucionalizou, fundamentos e propósitos que visavam a dar ao país um regime que, atendendo às exigências de um sistema jurídico e político, assegurasse autêntica ordem democrática, baseada na liberdade, no respeito à dignidade da pessoa humana...” ( Preâmbulo do Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968).

Apesar dos propósitos mencionados no documento, o AI-5 representou o endurecimento do regime iniciado em 1964. Assim:

1- Explique a razão pelo qual o AI-5 foi imposto.

2- Cite duas práticas que demonstrem a contradição entre os princípios apresentados e a realidade.

CASO CONCRETO 2

No governo do presidente Médici foi implantado no Brasil uma medida de crescimento econômico, cujo principal idealizador dessa medida foi o ministro da Fazenda, Antonio Delfim Netto. Esse projeto tinha como princípio o crescimento rápido da economia, acarretando o chamado “milagre”, alavancado pela forte entrada de capital estrangeiro no país.

Assim, o ”Milagre brasileiro”, expressão que designa o contexto econômico vivido pelo Brasil em uma determinada fase da ditadura militar, marcou profundamente a história recente da economia brasileira.Indique duas características e dois efeitos desse “milagre” para a sociedade nacional do período citado.

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SEMANA 12

EMENTA DA AULA: OS “DIREITOS” NA DITADURA DECADENTE - A Lei do Divórcio. A Lei da Anistia. As Diretas Já. Todos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

OBJETIVO DA AULA:

Relacionar o processo de decadência da ditadura militar com a o tipo de produção legislativa da época, usando como base de análise as perspectivas política, sócio-econômica e cultural daquele momento histórico específico.

BIBLIOGRAFIA / JURISPRUDÊNCIA:

PEDROSA, Ronaldo Leite. Direito em História. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2008. (Capítulo XII – p. 398 A 404)CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XVIII – p. 505 A 519)

Page 41: Historia Do Direito No Brasil Ex

Após a leitura da bibliografia indicada, responda as questões abaixo:

CASO CONCRETO 1

O crescimento da oposição nas eleições de 1978 acelera a abertura política. O general João Baptista Figueiredo concede a anistia aos acusados ou condenados por crimes políticos. O processo, porém, é perturbado pela linha dura. Figuras ligadas à Igreja Católica são seqüestradas e cartas-bomba explodem nas sedes de instituições democráticas, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O episódio mais grave é um malsucedido atentado terrorista promovido por militares no centro de convenções do Riocentro, no Rio, em 30 de abril de 1981. A crise econômica se aprofunda e mergulha o Brasil na inflação e na recessão. Crescem os partidos de oposição, fortalecem-se os sindicatos e as entidades de classe. Em 1984, o país mobiliza-se na campanha pelas Diretas Já, que pede eleição direta para a Presidência da República. Mas a emenda é derrotada na Câmara dos Deputados em 25 de abril.  Em 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolhe o candidato Tancredo Neves como novo presidente da República. Ele integra a Aliança Democrática – a frente de oposição formada pelo PMDB e pela Frente Liberal, dissidência do PDS. A eleição marca o fim da ditadura militar, mas o processo de redemocratização só se completa em 1988, no governo José Sarney, com a promulgação da nova Constituição (texto adaptado. Disponível em: http://paginas.terra.com.br/arte/mundoantigo/ditadura/tira1.htm, acessado em 14 de outubro de 2008)

O final da Ditadura Militar no Brasil (1964/1985) foi marcado por um movimento popular e político-partidário que aglutinou diversas forças políticas durante o seu processo. Foi um movimento que levou milhares de pessoas às ruas conclamando a redemocratização do Brasil. Nesse sentido, indique qual foi este movimento político e quais as forças políticas envolvidas? Ainda, quais as consequências deste movimento?

QUESTÃO OBJETIVA 1

“Distensão ‘lenta, gradual e segura’ rumo à democracia” - Em 1978 foi decretado o fim do AI-5, o que mostrava alguma boa vontade de Geisel com a distensão política. Mas antes de ele acabar com o ato arbitrário, usou o AI-5 para cassar diversos opositores. Mais ou menos como o pistoleiro que mata todo mundo e que, depois de acabarem as balas, resolve se arrepender do que fez. A garantia disso tudo era a Lei de Segurança Nacional (LSN), que continuava sendo mantida. Em 28 de agosto de 1979, foi sancionada a Lei 6.683, instaurando no Brasil a anistia para os crimes políticos e eleitorais, além do perdão para cassados entre setembro de 1961 e aquele mês. Estava iniciada a abertura, velhos líderes tornaram ao País, assim como militantes de esquerda. Nas últimas semanas, o ministro da Justiça Tarso Genro vem defendendo a tese de que a Lei da Anistia não poderia valer para os torturadores que serviram ao Estado. (A reportagem e a entrevista é de Pedro Doria e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 10-08-2008).

Neste sentido, sobre a anistia política brasileira pós-64, é INCORRETO afirmar que:

(a) A lei de anistia, de agosto de 1979, não respondeu efetivamente aos interesses dos familiares de desaparecidos políticos, na medida em que não instituiu a obrigação do Estado em reconhecer seus crimes e apurá-los;

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(b) A lei de anistia, de agosto de 1979, possibilitou o retorno de muitos exilados e banidos políticos, entre estes o educador Paulo Freire, o ex-governador Leonel Brizola e o dirigente comunista Luis Carlos Prestes;

(c) Foi resultado apenas da vontade civil-militar da ditadura, que fez dela um marco do momento de abertura lenta e gradual proposta por Geisel;

(d) “A lei de anistia, de agosto de 1979, concedeu benefícios aos que foram condenados por crimes de terrorismo, assalto, seqüestro e atentado pessoal”.

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SEMANA 13

EMENTA DA AULA: A RECONSTRUÇÃO DO BRASIL PÓS-DITADURA - A Constituinte. A Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988 (Os Princípios Fundamentais; Organização dos Poderes; Poder Judiciário: O Papel do Supremo Tribunal Federal; Sistema eleitoral; Direitos e Garantias Fundamentais e a Dignidade da Pessoa Humana). Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

OBJETIVOS DA AULA:

- Analisar o momento histórico vivenciado no Brasil e no exterior (nas perspectivas política, sócio-econômica e cultural) que circunstancia a elaboração da Constituição de 1988.- Demonstrar como, em meio a um amplo debate ideológico “esquerda vs. direita”, o constituinte de 1988 produziu, apesar dos defeitos, a Carta mais democrática e protetora de direitos fundamentais da história do país.

BIBLIOGRAFIA / JURISPRUDÊNCIA:

CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XIX – p. 561 A 564)

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CASO CONCRETO 1

No Brasil, o Código Criminal do Império chegou a prever a pena de morte. Entretanto, na década de 1850, D. Pedro II a revogou em virtude principalmente da execução do fazendeiro fluminense Mota Coqueiro, morto, como se soube após a execução, de maneira injusta. Uma constatação há de ser feita: a pena de morte sempre foi (ou é) utilizada por governos totalitários. No caso nacional, a Constituição Federal de 1937 estabelecia tal pena, e não apenas para as situações que envolvessem agressão estrangeira, de modo que ela poderia ser aplicada em vista de vários crimes de natureza política e de homicídios cometidos por motivo fútil e com requintes de perversidade. A emenda Constitucional n. 01 de 17 de outubro de 69, estabeleceu a possibilidade da incidência da pena capital; da mesma forma o decreto lei n. 898 de 29 de setembro de 1969, que estabeleceu o crime contra a Segurança Nacional, também estabeleceu a pena de morte no Brasil. Após isso, é com a Emenda Constitucional n. 11 de 13 de outubro de 1978, que a pena de morte foi novamente abolida para os crimes contra a segurança nacional, restringida sua incidência à legislação aplicável, quando se tratasse de guerra, ou seja, na legislação militar.

Tomando o texto como referência, informe se na atual Carta Política brasileira, há alguma possibilidade prevista de ocorrência da pena capital? Justifique fundamentando sua resposta.

QUESTÃO OBJETIVA 1

Convocada pela Emenda Constitucional nº 26, de 27 de novembro de 1985, a Assembléia Nacional Constituinte inicia os seus trabalhos a partir de 1º de fevereiro de 1987 e vai até 5 de outubro de 1988.  A nova Constituição, denominada de "Constituição Cidadã" pelo Deputado Ulysses Guimarães da Silveira (SP), Presidente da Assembléia Nacional Constituinte, foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988 - a 7ª da nossa história e a 6ª da República. Restabelece os parâmetros legais do regime democrático iniciado em 1946, interrompido em 1964, e reiniciado em 1985. É inovadora em suas definições de direitos humanos e coletivos. Marcada por sua extensão e pelo caráter detalhista em que estabelece direitos sociais e regula a ordem econômica. Na essência é diferente das constituições anteriores porque começa com o cidadão. Graficamente testemunha a primazia deste e foi escrita para ele. O cidadão (o homem) é seu fim e sua esperança. Por isso foi denominada de "Constituição Cidadã" pelo presidente da Assembléia Nacional Constituinte, deputado Ulysses Silveira Guimarães (SP). Nela foram inseridos direitos e faculdades às crianças e adolescentes, idosos, mulheres, deficientes, índios e negros, assegurando prerrogativas às minorias, até então totalmente à margem de reconhecimento formal.

Os seus princípios trazem forte caráter de proteção aos direitos humanos e sociais. Além disso, a nova Carta inova ao estabelecer novas garantias constitucionais aos cidadãos, as chamadas liberdades constitucionais, como o mandado de injunção e o habeas data. Qualifica ainda como crimes inafiançáveis a tortura e as ações armadas contra o Estado democrático, amplia os poderes do Congresso Nacional e estabelece a igualdade entre mulheres e homens. (texto adaptado, disponível em: http://www2.camara.gov.br/conheca/historia/historia/a6republica.html).

Tomando o texto como referência e pesquisa na bibliografia indicada, responda:

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O sistema de governo presidencialista e a forma republicana, mantidos na atual Constituição de 1988, foram:

(a) referendados por um plebiscito, em 21 de abril de 1993.(b) instituídos na época do Império, através da primeira Constituição.

(c) criados por meio de um decreto-lei assinado por Getúlio Vargas, após a Revolução de 1930.

(d) resultado de um amplo debate popular, juntamente com o movimento das Diretas Já, no final da ditadura militar.

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SEMANA 14

EMENTA DA AULA: A CONSTITUCIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS - Meio Ambiente. Consumidor. Família, Criança, Adolescente e Idoso. Função Social do Contrato e da Propriedade. Todos os pontos analisados sob a perspectiva política, sócio-econômica e cultural do período.

OBJETIVOS DA AULA:

- Demonstrar como o direito pátrio vem sendo moldado pela leitura constitucional.- Examinar a possibilidade de produção de novos direitos a partir da leitura constitucional e suas possibilidades interpretativas.

BIBLIOGRAFIA / JURISPRUDÊNCIA:

CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XIX – p. 561 A 564)

Page 47: Historia Do Direito No Brasil Ex

CASO CONCRETO 1

Diz o artigo 225 da CF, “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. O direito ao meio ambiente protegido é um direito difuso, já que pertence a todos e é um direito humano fundamental, consagrado nos Princípios 1 e 2 da Declaração de Estolcomo e reafirmado na Declaração do Rio.

Tomando o texto como referência:

1- Realize uma pesquisa e explique, de forma suscinta, o que é direito difuso.

2- Por que se diz ser esta categoria de direito fundamental uma conquista histórica?

QUESTÃO OBJETIVA 1

No Estatuto da Criança e do Adolescente, no seu Artigo 16, há sete aspectos concernentes ao direito da liberdade, alguns destes situados abaixo, EXCETO um. Indique-o:

(a) Brincar, praticar esportes e divertir-se.(b) Opinião e expressão.(c) Participar da vida política, na forma da lei.(d) Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

QUESTÃO OBJETIVA 2

Os direitos sociais passam a ter dimensão constitucional no Brasil com a Constituição de 1934, sendo paulatinamente incrementados e estruturados nos textos seguintes, até a atual disciplina existente na carta de 1988. Pode-se extrair da atual Constituição Brasileira os direitos sociais (arts. 6º a 11 CRFB) e sua implícita inserção na ordem social (arts. 193 a 232 CRFB), apesar de graficamente separados. É comum afirmar que no primeiro grupo encontramos o conteúdo dos direitos sociais, enquanto que naquele segundo grupo o seu mecanismo e aspecto organizacional. “Os direitos sociais, como dimensão dos direitos fundamentais do homem, são prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta ou indiretamente, enunciadas em normas constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a igualização de situações sociais desiguais. São, portanto, direitos que se ligam ao direito de igualdade”( SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 15. ed. São Paulo: Malheiros, 1998, p. 289)

Tomando o texto como referência, pesquise no texto constitucional e assinale a opção que responde quais são objetivos da Constituição Federal relativos à Ordem Social:

(a) Bem-estar e justiça sociais.(b) Função social da propriedade e redução da de igualdade sociais.

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(c) Redução da de igualdade regionais e livre concorrência.(d) Livre exercício profissional e função social da propriedade.SEMANA 15

EMENTA DA AULA: O BRASIL ATUAL - A Adaptação do Texto Constitucional aos Novos Tempos da Organização sócio-econômica do Capitalismo Contemporâneo, observada a realidade política, sócio-econômica e cultural na atualidade.

OBJETIVOS DA AULA:

- Relacionar as incontroláveis mudanças econômicas, sociais, políticas e culturais experimentadas na denominada “Alta Modernidade” com a possibilidade de surgimento de novos direitos.- Refletir sobre a capacidade do sistema jurídico produzir normas reguladoras em um mundo contemporâneo cada vez mais complexo .

BIBLIOGRAFIA / JURISPRUDÊNCIA:

CASTRO, Flávia Lages. História do Direito, Geral e Brasil. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. (Capítulo XIX – p. 561 A 564)

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CASO CONCRETO 1

O Novo Código Civil, cujo mentor principal foi o Professor Miguel Reale, tem influência direta do Código Alemão, o BGB, diferentemente do Código de 1916, de inspiração, também denominado Código da Burguesia. O novo código reúne importante jurisprudência, que evoluiu durante décadas, dando nova dimensão ao Direito Civil. Propugna pela dignidade da pessoa humana, seja porque possui uma perspectiva social, seja porque assegura o interesse coletivo."

A partir do texto acima, faça referência a um dos três princípios paradigmáticos consagrados no atual Código Civil.

CASO CONCRETO 2

Após a leitura da bibliografia indicada, e do conhecimento adquirido na Disciplina Sociologia Jurídica e Judiciária, responda a questão abaixo:

(ENADE – Ciências Sociais – 2008) A Constituição brasileira promulgada em 1988 ficou conhecida como Constituição Cidadã pela incorporação dos direitos sociais. Entre os direitos nela contemplados, destacam-se os direitos étnicos de povos indígenas e comunidades quilombolas, o que favoreceu a construção de suas identidades socioculturais, condição necessária para a extensão do direito de cidadania a esses grupos.Com base na situação dos grupos mencionados acima, redija um texto sobre o modo como o Estado brasileiro tem respondido às demandas sociais desses grupos, abordando pelo menos um dos seguintes tópicos:

a) território;b) ações afirmativas;c) políticas sociais.

Ainda analisando a questão acima, apresentada no ENADE, sob uma perspectiva histórica, onde poderíamos identificar a origem constitucional das ações afirmativas e das políticas sociais?