trabalho de historia do direito

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Trabalho de Historia do Direito 1.Resumo Histórico do Direito no Período Colonial. Em 1530 chega ao Brasil à primeira expedição colonizadora, chefiada por Martim Afonso de Sousa. Foram-lhe concedido plenos poderes, tanto judiciais quanto policiais; assim como aos donatários das capitanias hereditárias, que também gozavam dos mesmos poderes. Devido a abusos nas funções judiciais que alguns cometiam, houve uma estruturação do judiciário (que iniciou-se em 1549, com a instalação do Governo-Geral, por Tomé de Sousa). Junto com o Governador-Geral veio o Desembargador Pero Borges, que desempenhou a função de administrador da Justiça, no cargo de Ouvidor-Geral. Cada capitania tinha um Ouvidor da Comarca, que solucionava as pendengas jurídicas nas vilas. Caso alguém se sentisse prejudicado com alguma decisão do Ouvidor da Comarca, poderia recorrer ao Ouvidor-Geral, que ficava na Bahia. Devido à complexidade e especificidades das funções judiciais da época (as funções judiciais confundiam-se com as funções administrativas e também com as funções policiais) haviam outros responsáveis pela efetivação das atividades jurisdicionais nas comarcas: chanceleres, contadores e vereadores, que formavam os Conselhos ou Câmaras Municipais. Na Bahia surgiram os Juízes do Povo, que eram eleitos pela população.[5]

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Trabalho de Historia do Direito

1.Resumo Histrico do Direito no Perodo Colonial.Em 1530 chega ao Brasil primeira expedio colonizadora, chefiada por Martim Afonso de Sousa. Foram-lhe concedido plenos poderes, tanto judiciais quanto policiais; assim como aos donatrios das capitanias hereditrias, que tambm gozavam dos mesmos poderes.Devido a abusos nas funes judiciais que alguns cometiam, houve uma estruturao do judicirio (que iniciou-se em 1549, com a instalao do Governo-Geral, por Tom de Sousa).Junto com o Governador-Geral veio o Desembargador Pero Borges, que desempenhou a funo de administrador da Justia, no cargo de Ouvidor-Geral.Cada capitania tinha um Ouvidor da Comarca, que solucionava as pendengas jurdicas nas vilas.Caso algum se sentisse prejudicado com alguma deciso do Ouvidor da Comarca, poderia recorrer ao Ouvidor-Geral, que ficava na Bahia.Devido complexidade e especificidades das funes judiciais da poca (as funes judiciais confundiam-se com as funes administrativas e tambm com as funes policiais) haviam outros responsveis pela efetivao das atividades jurisdicionais nas comarcas: chanceleres, contadores e vereadores, que formavam os Conselhos ou Cmaras Municipais.Na Bahia surgiram os Juzes do Povo, que eram eleitos pela populao.[5]Tambm houve os almotacs[6], que tinham jurisdio restrita (assim como os Juzes do Povo). Os almotacs julgavam as causas relacionadas a obras e construes; e de suas decises cabiam recursos para os ouvidores da comarca.Com o tempo o Corregedor passou a ter mais poderes sobre os ouvidores e juzes, tornando-se a autoridade judiciria superior nas Comarcas.Fonte: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7088

2. Descrever quais foram as Ordenaes de Portugal que foram aplicados no Brasil, nomes e anos dela; incios vigncias e seus respectivos fins...ORDENAESA ordem jurdica portuguesa encontrava-se nas Ordenaes do Reino, que compreendiam primeiro, as Ordenaes Afonsinas, depois, as Ordenaes Manuelinas e, ao tempo da dominao espanhola, as Ordenaes Filipinas.Essas Ordenaes, isto , o sistema jurdico portugus teoricamente era aplicvel no Brasil, pois na colnia reinava a legislao da Metrpole. Entretanto, por falta de condies de aplicao, muitos preceitos e normas do direito portugus eram inaplicveis aqui e outros necessitavam de adaptao para o serem. Surgiu, ento, legislao especial adaptadora do direito da Metrpole Colnia, bem como legislao local ou especial para o Brasil.A legislao portuguesa, que se destinava exclusivamente ao Brasil era, de regra, decretada em Portugal e, em certos casos, aqui ditada pelos portugueses.ORDENAES AFONSINAS, MANUELINAS E FILIPINASAs Ordenaes Afonsinas (1500-1514), aparecidas no sculo XV, atribudas a Joo Mendes, Rui Fernandes, Lopo Vasques, Luis Martins e Ferno Rodrigues, foram elaboradas sob os reinados de Joo I, D. Duarte e Afonso V como o trabalho foi finalizado no reinado de Afonso V, recebeu o nome de Ordenaes Afonsinas (1446).Compunham-se de cinco livros, compreendendo organizao judiciria, competncias, relaes da Igreja com o Estado, processo civil e comercial. As Ordenaes Afonsinas consagraram-se como fonte do direito "nacional" e prevalente, tendo por fontes subsidirias os direitos romanos e cannico, as glosas de Acrsio e as opinies de Bartolo e, por ltimo, as solues dadas pelo Monarca. Dessa forma, observa-se, desde j, que a consolidao das regras nas Ordenaes, inclusive costumeiras, enfraqueceram as que no foram includas. No entanto, o apreo ao direito romano fica constatado na sua valorao como primeira fonte subsidiria.As segundas ordenaes, as Ordenaes Manuelinas (1514-1603), foram determinadas pela existncia de vultoso nmero de leis e atos modificadores das Ordenaes Afonsinas. Foram seus compiladores: Rui Boto, Rui da Gr e Joo Cotrim, que iniciaram seu trabalho em 1501, no reinado do Dom Manuel I e terminaram-no, mais ou menos, em 1514. Apresentavam a peculiaridade de uma duplicidade de edies: a primeira data de 1512-1514 e a segunda de 1521.A reforma se deu na parte atinente s fontes subsidirias, onde aps a afirmao da prioridade das leis portuguesas, deveriam ser observados primeiro o direito romano e em segundo lugar o direito cannico. Seguem-se como fontes subsidirias. As glosas de Acrsio e as opinies de Bartolo.As Ordenaes Filipinas, juntamente com as leis extravagantes, tiveram vigncia no Brasil de 1603 at 1916. Esta compilao data do perodo do domnio espanhol, sendo devida aos juristas Paulo Afonso, Pedro Barbosa, Jorge de Cabedo, Damio Aguiar, Henrique de Souza, Diogo da Fonseca e Melchior do Amaral, que comearam seus trabalhos no reinado do rei espanhol Felipe I (1581-1598), terminaram-no em 1603, no reinado de Felipe II (1598-1621). Essas ordenaes objetivaram a atualizao das inmeras regras esparsas editadas no perodo de 1521 a 1600, no produzindo grandes alteraes nas fontes subsidirias exceto transformaes de cunho formal. Como ltima norma legal de fontes subsidirias ao direito portugus, em ordem sucessiva: o direito romano, o direito cannico (quando a aplicao do direito romano resultasse em pecado) e as glosas de Acrsio ou as opinies de Bartolo (desde que de acordo com a comunis opinio doctorum).Este quadro se manteve at 1769 quando por obra do Marqus do Pombal, foi editada a Lei da Boa Razo. Essa lei, sem revogar as Ordenaes Filipinas, estabeleceu novos critrios para a interpretao, integrao e aplicao das normas jurdicas.A lei em questo visava combater abusos cometidos quando da interpretao dos preceitos legais e aplicao das fontes subsidirias, suprimindo as glosas e as opinies, conservando as solues do direito romano conforme a boa razo. Ser conforme a boa razo eqivalia a corresponder aos princpios de direito natural e das gentes.Essas ordenaes no eram cdigos no sentido atual, mas compilaes de leis, atos e costumes.Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAeyNsAJ/ordenacoes-afonsinas-manuelinas-filipinas

3. Resumo Histrico do Direito Penal e Civil na Colnia.O Direito Penal e os SilvcolasOs relatos de missionrios e cronistas do perodo pr-colonial registram que os silvcolas aqui viviam em plena idade da pedra lascada; em suas precrias e primitivas condies de vida no se vislumbra nada que justifique falar em uma autntica organizao jurdico-social. As penas que eram institudas possuam carter de vingana, sendo em grande parte impregnadas de sentido de dever religioso, tendo ainda as mesmas caractersticas de crueldade e desumanidade que as penas praticadas nos tempos primitivos do Direito Penal; a imputabilidade ultrapassava a pessoa do autor, alcanando o grupo familiar, a vingana tinha sentido mstico e comunitrio, e a pena de morte era executada a golpes detanga pema, seguida geralmente de ritual antropofgico. O abortamento no era punvel.Um relato de Pe. Anchieta d-nos a dimenso do rigor com que eram observadas as normas: uma ndia envolveu-se em uma discusso domstica e matou outro ndio, fugindo em seguida. Depois voltou e pediu a seu filho que a matasse, ao que ele aquiesceu e a enforcou, enterrando-a e pondo por cima de seu corpo o do que ela matara.Entre os silvcolas a represlia quanto aos inimigos assumia a qualidade de dever sagrado para com os ancestrais por eles mortos, e as idias de Direito Penal que podem ser-lhes atribudas estavam ligadas ao direito costumeiro, encontrando-se nele a vingana privada, a vingana coletiva e o Talio.Dado o seu primarismo, as prticas penais dos primeiros habitantes de nosso pas em nada influram na legislao brasileira.Direito Penal BrasileiroNo Perodo colonial vigoraram no Brasil as Ordenaes: Afonsinas, Manuelinas e Filipinas, que refletiam o direito penal medieval,A Constituio de 1824 previa que se elaborasse nova legislao penal e em dezembro de 1830 era sancionado o Cdigo Criminal do Imprio, de ndole liberal, que fixava um esboo da individualizao da pena, previa a existncia de atenuantes e agravantes, alm de estabelecer um julgamento especial para menores de 14 anos. A pena de morte seria executada pela forca e visava coibir a prtica de crimes pelos escravos. Com a proclamao da Repblica, foi editado, em outubro de 1890, o Cdigo Penal, em que se aboliu a pena de morte e instalou-se o sistema penitencirio de carter correicional. Devida a inmeras modificaes sofridas por este cdigo, em dezembro de 1932 passou a vigorar a Consolidao das Leis Penais, que as reunia.Em 1 de janeiro de 1942 entrou em vigor o Cdigo Penal, que teve origem em projeto de Alcntara Machado. uma legislao ecltica, em que se aceitam os postulados das Escolas Clssica e Positiva, extraindo, em geral, o melhor de cada uma.Seus princpios bsicos so: a adoo do dualismo da culpabilidade pena e periculosidade medida de segurana; a considerao a respeito da personalidade do criminoso; a aceitao excepcional da responsabilidade objetiva.Fonte: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=4756

4. Resumo Histrico do Direito no Brasil Imprio.O Brasil Imperial compreende o perodo de sete de setembro de 1822 a 15 de novembro de 1889. Foi um momento de grandes idias libertrias e de formao de uma identidade. Formao do povo brasileiro. A Independncia do Brasil e a Constituinte de 1823Apesar de os ideais de independncia ter sido muito citado e reivindicado pela populao na poca, sabe-se hoje que o que desencadeou o processo de independncia foi a questo financeira e a sua subordinao Portugal.Era discutida pelas Cortes a possibilidade de recolonizao e a manuteno da sujeio coroa portuguesa, em contra partida a opinio pblica via a posio das Cortes como uma afronta limitada liberdade que j se havia conquistado. Frente a independncia, a elite brasileira esteve aliada formao de uma monarquia, para manter os moldes coloniais de latifndio, monocultura, exportao e escravismo.Foi convocada a Constituinte em trs de junho de 1822, com o intuito de preparar o contexto da proclamao de independncia. Para evitar possvel oposio para o processo, foi excluda do direito de voto grande parte da populao brasileira e estabeleceu-se uma violente e repressiva perseguio a todos que estivessem tramando contra a ordem pblica, ficando inclusive instituda a censura imprensa por decreto. Dessa forma ficaram abertos somente os jornais, os principais meios de propagao de idias, que estivessem de acordo com os interesses de D. Pedro.Para poder continuar existindo, a Constituinte teve que se submeter vontade do Imperador, sendo dessa forma designada por muitos como Constituinte Consentida.Foi preparado ento o anteprojeto constitucional, em setembro de 1823, quando foi discutido pela Constituinte. Com 272 artigos, refletia a situao poltica do momento, a presena de tropas portuguesas na Bahia ainda lembrava o perigo da independncia ser apenas um episdio. Assim, propunha a restrio na participao de estrangeiros na vida poltica nacional. Esta preocupao tinha em vista fundamentalmente os portugueses.2O anteprojeto ainda institua o voto censitrio, fixando a renda mnima com farinha de mandioca, mercadoria de consumo corrente, como moeda, fato que fez com que a constituio fosse apelidada de Constituinte da Mandioca.Alegando estar trazendo graves perigos nao, D. Pedro fechou a Assembleia Constituinte e nomeou uma comisso de sua confiana para a elaborao da constituio. A Constituio Outorgada de 1824A Comisso designada para a elaborao da constituio de D. Pedro I era composta por seis ministros e quatro membros escolhidos pelo imperador e foi denominada Conselho de Estado. Apesar de condenaes a constituio foi outorgada pelo imperador. Alguns Pontos da ConstituioFrente ao contexto histrico da poca, D. Pedro I no poderia instituir uma monarquia com poder absoluto e centralizado, assim, a melhor soluo seria uma Monarquia Constitucional.A Constituio Imperial sugeria quatro poderes; o executivo; o legislativo; e, o judicirio, como aludia Montesquieu; e, ainda, o poder moderador. A este cabia a funo de harmonizar os demais poderes e era exercido exclusivamente pelo Imperador. Tal poder rompe drasticamente com o princpio de independncia dos poderes e o objetivo de limitao de poder do governante.O texto constitucional trazia uma dependncia dos poderes para com o moderador. O legislativo, e executivo e o judicirio, por indicaes de cargos e por necessidade de consentimento de governante para seu pleno exerccio, eram severamente submetidos ao quarto, ficando forados a agirem de acordo com a vontade do imperador.O legislativo, representado pela Assembleia Geral, era vinculado a D. Pedro I por esta depender da sano do Imperador em suas decises, dessa forma no era considerado um poder por si s. Alm disso, era formado por Cmara dos Deputados e Senado, este era vitalcio e seus senadores eram escolhidos pelo Imperador por via das listas trplices.O judicirio se vinculava ao governante por seus juzes serem todos indicados pelo moderador, tal dependncia agia violando o que se tem como imprescindvel nos dias de hoje, como a independncia oramentria, vitaliciedade, irredutibilidade de subsdios e inamovibilidade do judicirio.Da mesma forma, o executivo tambm tinha seus ministros indicados pelo Imperador, e era-lhes exigido que referendassem tudo que era proposto pelo moderador, para que pudesse ter execuo. O Cdigo Criminal de 1830Depois da proclamao da independncia era indispensvel a criao de cdigos que regulassem a vida social, principalmente um civil e um criminal. Em 1830, depois de passar por uma Comisso Bicameral, o projeto foi levado Cmara de Deputados e foi aprovado, entrando em vigor no inicio do ano seguinte. Alguns Pontos do Cdigo CriminalApesar de muitos serem contra e ter gerado muita discusso, foi instaurada a pena de morte no Brasil, com do Cdigo Criminal de 1830. No que fazia referencia a ela, o texto legal dizia que somente seria aplicada se no houvesse a possibilidade de substituio.Penas mais brandas tambm eram previstas, como a de Gals, priso com trabalho, priso simples, banimento, a de degredo, a de desterro, e em sua maioria interrompiam os direitos polticos dos condenados. Alm disso, o cdigo negava a penas que eram consideradas cruis, como a tortura.Em relao a princpios, apesar das falhas, o Cdigo Criminal de 1830 trazia o ideal de justia muito bem estruturado, assim como inovava com o Principio da Legalidade. Para proteger o direito justia, s penas para os juzes eram muito severas, tanto para subornos, quanto para cumprimento de prazos.Punies severas tambm eram aplicadas para crimes sexuais, sendo mais rgidas ainda para estupros de consideradas mulheres de famlia. A Escravido e a Lei: Condies e AbolioOs escravos eram colocados no mesmo patamar de mercadoria, portanto estavam sujeitos a inmeras relaes, como a alienao. Estavam destinados a esta condio at a morte, devendo servir seus senhores em qualquer circunstncia. Todos os capturados na frica e seus respectivos descendentes se tornavam escravos.Inicialmente, as leis para os escravos s se faziam presente no sentido de reger sua posio social e os negcios que envolviam o comrcio destes. Casamentos, por exemplo, no eram bem aceitos para os senhores, e somente perto da abolio a Igreja interveio concedendo o direito de casamento em eles e com a populao livre.Leis de cunho organizacional tambm existiam, com disposies muito especificas. O escravo que matasse seu senhor, por exemplo, era condenado morte. No entanto, punies de morte no eram muito bem aceitas entre os senhores, pois representava prejuzo, diminuio de suas mercadorias: os escravos. As Leis AbolicionistasBaseadas nos ideais Iluministas e na presso exercida por pases capitalistas que tinham a escravido indo contra seus interesses econmicos, as primeiras leis abolicionistas foram surgindo aos poucos e gradualmente. Caminhava-se lentamente em direo abolio. A Lei Eusbio de QueirozPressionado pela Inglaterra, em 1850, a Cmara dos Deputados aprovou a Lei Eusbio de Queiroz. Ela dita que todas as embarcaes brasileiras encontradas em qualquer parte e as estrangeiras encontradas nos portos, enseadas, ancoradouros ou mares territoriais do Brasil, com escravos ou j os tendo desembarcados estariam cometendo um crime.A lei foi facilmente aceita, devido ao fato de praticamente todos os senhores j possurem um nmero considervel de escravos e, portanto, no precisarem se utilizar do trfico negreiro para a obteno de mais. A Lei do Ventre LivreAps a lei anterior, surgiu um grande surto industrial e de desenvolvimento econmico no Brasil. Alm dessa modernizao, houve tambm mudanas ideolgicas. Amadureceu-se a idia de abolio. Com a absteno em aes do Estado frente ao movimento abolicionista, este crescia num ritmo significativo.Em face da presso estrangeira, acentuada depois das guerras de Secesso nos Estados Unidos e do Paraguai, e interna, foi posto em pauta o projeto de lei que previa liberdade aos filhos das escravas: a Lei do Ventre Livre.O texto legal determinava que todos os filhos das escravas seriam livres, porm s aps os oito anos de idade, antes disso, ficariam sob tutelo do senhor. Depois de oito anos completos, eram entregues ao governo que indenizava os senhores. Ou ento, o senhor poderia ficar com o liberto at que o mesmo completasse vinte e um anos e depois disso ele seria obrigado a trabalhar por seu sustento.

A Lei dos SexagenriosO abolicionismo estava em seu auge e em todos os lugares poderia se encontrar debates acalorados a respeito do tema. Frente a muitas manifestaes, o Ministrio Dantas apresentou um projeto que pretendia libertar os escravos idosos.A lei, aprovada, no tinha grandes efeitos, visto que libertava a quase inexistente parte da populao escrava que conseguia, sob suas tristes condies, atingir seis dcadas de vida.Porm, os senhores no admitiam perder escravos sem a possibilidade de indenizao por parte do Estado, devido ao fato de terem, por muitos anos, investidos capitais em mo-de-obra escrava. O que acentuou as disputas e manifestaes das elites, aumentando a presso interna. A Lei ureaCom o abolicionismo crescente, os escravos uniram-se aos que apoiavam esse ideal e instauraram o caos, abandonando fazendas. A nica sada era a abolio, depois de, inclusive, terem tentado inserir o exrcito nas perseguies aos fugitivos.Em 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel, estando regente frente ausncia de D. Pedro II, promulgou a lei que, singelamente, aboliu a escravido em nosso pas.Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfgK8AE/apontamentos-sobre-a-historia-direito-no-brasil?part=2

5. Resumo Histrico da Constituinte de 1823 e a Carta Constitucional de 1824. Quantas Constituies tivemos? Descrever somente os anos delasA primeira Constituio brasileira foi outorgada pord. Pedro Iem 25 de maro de 1824, e conferiu as bases da organizao poltico-institucional do pas independente. Em 1822d. Pedro convocou umaassemblia constituintecom a tarefa de elaborar uma Constituio para o Brasil. Instalada em 3 de maio de 1823, aassembleiafoi dissolvida pelo imperador em 12 de novembro deste mesmo ano, devido ao descontentamento ded. Pedrocom as propostas de limitao de seus poderes e de definio das atribuies do Poder Executivo. A tarefa de elaborar uma constituio para o Brasil foi conferida, ento, aoConselho de Estado, tomando por base o projeto que esteve em discusso naassembleia constituinteque fora dissolvida.Apoiada numa pluralidade de matizes terica, como a experincia constitucional da Espanha (1812) e da Frana (1814), bem como o pensamento poltico de Benjamin Constant, o modelo expresso na Constituio de 1824 resultou da tentativa de conciliar os princpios do liberalismo manuteno da estrutura socioeconmica e da organizao poltica do Estado monrquico e escravocrata que emergira da Independncia. A Constituio outorgada no apenas modelou a formao do Estado, como teve importante papel na garantia da estabilidade institucional necessria consolidao do regime monrquico.A Carta Magna definiu como forma de governo a monarquia hereditria, constitucional e representativa que, em acordo com os princpios liberais, tinha no imperador e na Assembleia Geral os representantes da nao brasileira. Foi estabelecido um governo unitrio, onde os poderes concentravam-se no governo central, e o territrio brasileiro foi dividido em provncias, cujos presidentes subordinavam-se ao chefe do Poder Executivo, o imperador. Nas cidades e vilas o governo econmico e administrativo competia scmaras, compostas por vereadores eleitos, cujas atribuies deveriam ser definidas por lei complementar (BRASIL. Constituio (1824), art. 167 e 169).A Constituio definia juridicamente aqueles que usufruiriam a condio de cidado, a quem ficava assegurada a inviolabilidade dos direitos civis e polticos, tendo por base a liberdade, a segurana individual e a propriedade. Estava constitucionalmente assegurada a liberdade de expresso, a liberdade religiosa, o direito propriedade, a instruo primria gratuita, a independncia do poder judicial, o fim do foro privilegiado, o acesso ao emprego pblico por mrito, entre outros direitos (BRASIL. Constituio (1824), Ttulo VIII). Dentre os cidados, o texto constitucional incluiu os ingnuos e libertos nascidos no Brasil, os filhos de pai brasileiro, os ilegtimos de me brasileira nascidos no exterior que fixassem domiclio no Imprio e os filhos de pai brasileiro em servio em pas estrangeiro, ainda que no se estabelecessem no Brasil, alm de todos os nascidos em Portugal e suas possesses que residissem no pas por ocasio da Independncia (BRASIL. Constituio (1824), art. 6).O sistema eleitoral estabelecido pela Constituio baseou-se numa acepo de cidadania que distinguiu os detentores dos direitos civis dos que usufruam tambm direitos polticos, os cidados ativos, que possuam propriedade, dos passivos. As eleies seriam indiretas, ficando definidos dois tipos de eleitores, os de parquia e os de provncia. Os eleitores de parquia elegiam os de provncia, que votavam nos deputados Assembleia Geral. A Constituio qualificou os eleitores, bem como os que poderiam ser votados, segundo o critrio censitrio. Podiam votar os maiores de vinte e cinco anos, com renda lquida anual de cem mil ris para as eleies paroquiais, e de duzentos mil ris para as de provncia. No caso do limite de idade imposto para o voto, de 21 anos, abria-se exceo aos que fossem casados, bem como para militares e bacharis formados. Podiam votar nas eleies de parquias os libertos, desde que nascidos no Brasil e obedecendo ao critrio censitrio. Ficavam excludos do direito ao voto os criados e religiosos, as mulheres, os escravos, os ndios e os filhos que viviam na companhia dos pais, isto , dependentes economicamente.A Constituio reconheceu quatro poderes polticos: Legislativo,Moderador, Executivo e Judicial. Princpio caro ao constitucionalismo liberal do sculo XIX, que funcionaria como um freio ao poder real e garantia dos direitos individuais dos cidados, a concepo da separao de poderes sofreria os ajustes necessrios construo de uma nova ordem.O Poder Legislativo ficava delegado Assembleia Geral, que se compunha de duas cmaras, a dos Deputados e o Senado. Sua configurao obedecia viso de que este poder funcionaria como uma delegao da nao com a sano do imperador, o que denota o carter da centralizao poltica na figura do soberano.A legislatura teria a durao de quatro anos e a sesso anual reunir-se-ia por quatro meses. O imperador tinha a prerrogativa do veto sobre as resolues da Cmara e o poder de dissolv-la, privilgio exercido atravs doPoder Moderadorque lhe ficava privativamente delegado, como um fiel do equilbrio entre os poderes (BRASIL. Constituio (1824), art. 98). No Senado os cargos eram de escolha do imperador, sua funo era defender a monarquia e fortalecer o Executivo, funcionando como freio Cmara, que, por sua vez, era eletiva e temporria. Como atribuio exclusiva do Senado estava o de convocar a Assembleia, no caso do imperador no o fazer ou para a eleio da Regncia, e o de conhecer dos delitos cometidos pelos membros da famlia imperial, ministros, conselheiros, senadores e deputados, durante a legislatura (BRASIL. Constituio (1824), art. 47). Cmara dos Deputados cabia a privativa competncia de legislar sobre temas como impostos, a apreciao das propostas apresentadas pelo Executivo e a acusao dos ministros e conselheiros de Estado em caso de delitos (BRASIL. Constituio (1824), art. 36). J Assembleia Geral competia questes como a elaborao, suspenso e revogao das leis, a eleio da Regncia ou do regente e o estabelecimento dos limites da sua autoridade, a deciso de questes sobre sucesso da Coroa, a fixao anual das despesas pblicas, expedir autorizao ao governo para contrair emprstimos e estabelecer meios para pagamento da dvida pblica (BRASIL. Constituio (1824), art. 15).Nas provncias funcionavam os conselhos gerais, cujos membros eram eleitos da mesma forma e simultaneamente aos deputados, com mandato tambm de quatro anos. Os conselhos reunir-se-iam anualmente, cada legislatura duraria dois meses, podendo estender-se por mais um, e tinham a prerrogativa de propor projetos e deliberar sobre matrias de interesse de suas provncias. Suas resolues seriam remetidas, por intermdio do presidente da provncia, ao Poder Executivo central, podendo ser aprovadas pela Assembleia Geral ou pelo imperador (BRASIL. Constituio (1824), art. 72, 81, 84 a 88).A chefia do Poder Executivo seria exercida pelo imperador atravs dos seus ministros de Estado, sendo a sua figura inviolvel e sagrada (BRASIL. Constituio (1824), art. 99). O Executivo concentrava amplos poderes e era uma prerrogativa do imperador, sendo suas as atribuies de nomear bispos, magistrados, comandantes das foras de terra e mar, embaixadores e mais agentes diplomticos e comerciais; prover os empregos civis e polticos; conduzir negociaes polticas com naes estrangeiras, fazer tratados de aliana, de subsdio e comrcio; declarar a guerra e fazer a paz; conceder cartas de naturalizao; conceder ttulos, honras, ordens militares e distines; expedir decretos, instrues e regulamentos; decretar a aplicao dos rendimentos destinados pela Assembleia aos vrios ramos da administrao pblica; conceder ou negar o beneplcito aos decretos dos conclios e letras apostlicas e quaisquer outras constituies eclesisticas, e; prover a segurana interna e externa do Estado (BRASIL. Constituio (1824), art. 102, 103 e 104).A proeminncia do Executivo central fica mais clara ao analisarmos a estruturao do Poder Judicirio ou, como definido pela Constituio, Poder Judicial. Este seria composto pelos juzes de direito, jurados, relaes provinciais e o Supremo Tribunal de Justia, alm de a Carta constitucional ter previsto a criao do cargo de juiz de paz (BRASIL. Constituio (1824), art. 151 e 163). A administrao dos negcios da Justia foi, desde a poca moderna, a funo suprema do rei e a sua rea por excelncia, ocupando um lugar central na administrao do Estado (CABRAL, CAMARGO, 2010). A Constituio de 1824 rompeu parcialmente com esse paradigma ao adotar aspectos do iderio liberal e incorporar instituies identificadas a um Judicirio independente, como o juiz de paz e o Tribunal do Jri, ainda que no definisse sua organizao.O Judicirio funcionaria em duas instncias, a primeira cabia ao juiz de direito, ao juiz de paz e ao Jri, que ficavam sob a jurisdio daSecretaria de Estado dos Negcios da Justia. Para a justia de segunda instncia a Constituio previu a criao de tribunais da Relao nas provncias em que se fizessem necessrios e na Corte, onde funcionaria ainda o Supremo Tribunal de Justia. A este tribunal competia conceder ou denegar revistas nas causas; julgar os delitos e erros que cometessem os ministros, os empregados das Relaes, do corpo diplomtico, e os presidentes das provncias; bem como apreciar e decidir sobre os conflitos de jurisdio e competncia das relaes provinciais (BRASIL. Constituio (1824), art. 164).No entanto, a autonomia do Judicirio, essencial para a garantia dos direitos polticos e civis do cidado, foi limitada pela autoridade conferida ao imperador de suspender e remover magistrados, bem como perdoar ou moderar as penas impostas nas sentenas e conceder anistia (BRASIL. Constituio (1824), art. 101, 151, 153 e 155). Suas atribuies esbarravam tambm na competncia atribuda Assembleia Geral de fazer as leis, interpret-las, suspend-las e revog-las, o que acabava por conceder aos juzes somente a faculdade de aplic-las (NOGUEIRA, 1999).A Constituio previu ainda a existncia de umConselho de Estado, composto por at 10 membros vitalcios, nomeados pelo imperador (BRASIL. Constituio (1824), art. 137 e 138). Os conselheiros deveriam prestar juramento de fidelidade ao soberano e aconselh-lo segundo as suas conscincias, atentando somente o bem da nao (BRASIL. Constituio (1824), art. 141). Os conselheiros seriam ouvidos em todos os negcios graves e aes gerais da administrao pblica, especialmente em questes relativas declarao da guerra, ajustes de paz, negociaes com as naes estrangeiras e em todas as ocasies em que o imperador se proponha exercer qualquer das atribuies prprias doPoder Moderador(BRASIL. Constituio (1824), art. 142). OConselhofuncionava ainda como rbitro em contenciosos administrativos e conflitos de competncias, especialmente em relao aos recursos contra as decises dos presidentes das provncias e dos ministros de Estado, ressaltando-se ainda seu papel de guardio da constitucionalidade e da legalidade dos atos do Executivo (NOGUEIRA, 1999).No entanto, foi oPoder Moderadora base da organizao poltica do Estado, delegado privativamente ao imperador, para que incessantemente vele sobre a manuteno da Independncia, equilibro, e harmonia dos mais Poderes Polticos (BRASIL. Constituio (1824), art. 98). Alm das prerrogativas em relao ao Judicirio, a Constituio conferia ao imperador o direito de exercer oPoder Moderadorao nomear os senadores, convocar extraordinariamente a Assembleia Geral, sancionar decretos e resolues do Legislativo, aprovar e suspender interinamente as resolues dos conselhos provinciais, prorrogar ou adiar a Assembleia Geral e dissolver a Cmara dos Deputados, nomear e demitir livremente os ministros de Estado, suspender os magistrados nos casos previstos, perdoar e moderar as penas impostas e os rus condenados por sentena e conceder anistia. (BRASIL. Constituio (1824), art. 101). Assim, a Carta constitucional, ao estabelecer oPoder Moderador, conferiu ao imperador um importante instrumento que lhe permitia intervir nos outros poderes, alm de constitu-lo como o verdadeiro rbitro da organizao poltica do Imprio brasileiro (BRASIL. Constituio (1824), art. 98).A Constituio de 1824 cumpriu o papel de conferir a modelagem liberal ao Estado que se forjara com a Independncia, instituindo princpios norteadores como a separao dos poderes e um Executivo forte e centralizado. Suas determinaes refletiam um amplo consenso entre as elites regionais na organizao da forma de governo, balizados em torno do sistema poltico monrquico. Ao longo do perodo imperial, algumas alteraes provocadas peloAto Adicionalde 1834 e pelaLei de Interpretao do Ato Adicional, de 1840, mostraram que a Constituio pode se adaptar a conjunturas polticas distintas, o que garantiu sua vigncia at 1891, com o advento da Repblica.O Brasil teve ao longo dos anos at os dias de hoje sete Constituies Federais,foram elas :1824,1891,1934,1937,1946,1967,1988Fonte: http://linux.an.gov.br/mapa/?p=5603

6. Quais foram os Decretos que criaram o curso de direito no Brasil?Os bacharis em Direito sempre foram usados pela Metrpole para a manuteno de seu poder na Colnia. Logo, a ausncia dos cursos superiores no Brasil Colonial atribuda formao centralizada pretendida pela Metrpole. Assim, apenas os filhos da elite colonial eram privilegiados pela instituio do ensino superior, que s podia se realizar na Europa, em Portugal, designadamente na Universidade de Coimbra.Mesmo com a vinda da Famlia Real para o Brasil e a busca em transformar a colnia em um lugar apropriado para a instalao da Corte, no foi suscitada, de imediato, a formao de quadros para ocupar os cargos e funes do Estado (bacharis). Nesse sentido, a educao em Coimbra demonstrava o mtodo de controle ideolgico de Portugal. [14]A busca pela criao dos cursos jurdicos no Brasil estava, significativamente, vinculada s exigncias de consolidao do Estado Imperial. Os debates parlamentares sobre a criao dos cursos jurdicos no Brasil demonstram no s os efeitos que os cursos jurdicos fariam na formao da nacionalidade e da conscincia cvica brasileira, mas tambm a forma como ira afetar os interesses polticos, econmicos e administrativos das elites.Inicialmente, o objetivo dos cursos jurdicos era a formao poltica e administrativa nacional. Os debates acerca da criao dos cursos jurdicos apontam para a prioridade da institucionalizao poltica, que no momento ainda era marcada pelos contornos e confrontos coloniais.Grandes foram as intervenes dos brasileiros diplomados em Coimbra para a elaborao legislativa e o engajamento de ideias liberais e democrticas, induzindo apresentao do primeiro projeto voltado para a implantao do Curso de Direito no Brasil.Esta primeira tentativa de instaurao do ensino jurdico no Brasil especificamente em So Paulo e Olinda deu-se com o Projeto de Lei da Comisso de Instruo Pblica, lido na sesso da Assembleia Geral Constituinte de 18 de agosto de 1823. No entanto, o fracasso constituinte desencadeou o fracasso da primeira tentativa de criao dos cursos jurdicos no Brasil.A Constituio de 1824 tambm dispunha sobre a criao de Colgios e Universidades aonde sero ensinados os elementos das Cincias, belas Letras, e Artes.[15]Apesar do dispositivo constitucional, bem como do Decreto do Imperador de 09 de janeiro de 1825 que tratava sobre a criao, provisria, de uma escola de Direito na cidade do Rio de Janeiro, o pas no presenciou, to cedo, a criao dos cursos jurdicos.Uma vez que as elites polticas no eram uniformes e somente a elite imperial que vivia na Corte e se beneficiava do uso executivo do Estado tinha condies de implementar suas decises, a resistncia na instalao de cursos jurdicos em determinadas regies do pas era uma dificuldade enfrentada nesse perodo no Brasil.Cabe destacar ainda que, no obstante a funo jurisdicional dos magistrados, estes se encontravam ainda presos a interesses polticos, uma vez que muitos dependiam de apadrinhamento. Isso gerou diversos vcios originrios da justia colonial, que tiveram consequncias estendidas at dias de hoje. Surgiu tambm, nesse perodo, uma infinidade de atos legislativos controversos entre si e conflitantes com a legislao vigente.Somente em 1827, nesse ambiente de confuso no direito brasileiro, por fora de lei, foram institudos os cursos jurdicos de Cincias Jurdicas e Sociais. Estes foram instalados em Olinda posteriormente transferido para Recife e em So Paulo, por motivo geocultural, de modo a servir tanto ao Sul quanto ao Norte do vasto pas.A criao do ensino jurdico no Brasil, pelo Parlamento Imperial, teve finalidade social e institucional de formar Bacharis em Direito para, assim, criar uma elite administrativa, social e intelectual coesa no pas. O objetivo de formar militantes na rea jurdica, como magistrados e advogados, representava uma consequncia da formao do Bacharel em Direito.A chamada cultura jurdica nacional formou-se a partir dessas duas faculdades. A formao de uma elite jurdica prpria, adequada ao Brasil independente e a elaborao de um arcabouo jurdico no Imprio tambm foram responsveis pela edificao da cultura jurdica nacional.Fonte: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12351&revista_caderno=13

7. Resumo Histrico do Brasil RepublicanoAHistria da Repblica Brasileira iniciou-se em 1889 com a Proclamao da Repblica e acompanhou todo o perodo posterior, at o sculo XXI. A difuso dos ideais republicanos remonta ao perodo colonial, como durante a Inconfidncia Mineira e a Conjurao Baiana, no final do sculo XVIII. Apesar dos ideais e das revoltas buscarem a superao da monarquia, apenas no final do sculo XIX, com o fim do escravismo, as elites agrrias do pas aceitaram organizar o Estado brasileiro nos moldes republicanos.O fato de a Repblica nascer como uma aceitao das elites e ter sido realizada atravs da espada do exrcito brasileiro conformou um carter autoritrio e excludente do Estado brasileiro, garantindo os privilgios das classes dominantes e a negao de direitos s classes exploradas durante muito tempo. A participao do exrcito na vida poltica nacional foi tambm uma constante da histria republicana do pas, que pode ser dividida em algumas fases.8. Resumo Histrico da Repblica Velha.A Repblica Velha, ou Primeira Repblica, o primeiro perodo dessa histria, compreendida entre a Proclamao da Repblica em 1889 e a Revoluo de 1930. Inicialmente ela foi caracterizada pela presidncia de dois marechais do exrcito, o que lhe garantiu o nome de Repblica da Espada. Aps esses dois mandatos, a elite rural paulista e mineira passaram a deter o poder do governo federal, garantindo o poder da oligarquia agrria, o que deu fundamento aos historiadores para chamarem esse perodo de Repblica Oligrquica.Foi nesse perodo que o pas conheceu uma srie de revoltas urbanas e rurais decorrente das mudanas sociais e polticas pelas quais passaram o pas. de se destacar a Guerra de Canudos, de 1896-1897, e a Revolta da Vacina, de 1904. Foi nesse perodo que o Brasil iniciou sua industrializao, alterando a paisagem urbana de algumas cidades e criando as condies para a formao da classe operria em territrio nacional.Essas mudanas resultaram em novas presses polticas e sociais, que as oligarquias paulistas e mineiras no poderiam mais controlar. A Revoluo de 1930 foi o pice desse processo, o que resultou no perodo conhecido como Era Vargas.

9. Resumo Histrico da Repblica Nova.Era Vargas

A Revoluo de 1930 elevou Getlio Vargas ao poder, permanecendo como presidente at 1945. Durante seu Governo Provisrio (1930-1934), o novo presidente conseguiu contornar os conflitos entre as elites nacionais, principalmente com a vitria sobre a oligarquia e burguesia industrial paulista durante a Revoluo Constitucionalista de 1932.A promulgao da Constituio em 1934 e a abertura de um processo democrtico selaram o acordo entre as vrias fraes da classe dominante nacional. Porm, no puderam conter a insatisfao dos setores populares. nesse sentido que se pode entender o surgimento do Partido Comunista Brasileiro e a tentativa de derrubar o governo de Vargas, atravs do que ficou conhecido como Intentona Comunista de 1935.A tentativa do PCB serviu de pretexto para Vargas dar um golpe de Estado em 1937, pondo fim ao perodo constitucional e inaugurando o Estado Novo. Mesmo contendo as foras do integralismo, o Estado Novo marcou mais um perodo de extremo autoritarismo do Estado Brasileiro.Uma nova Constituio foi adotada e o Congresso foi fechado. Como forma de conter a insatisfao popular e conseguir aumentar o poder de consumo do mercado interno, Vargas promulgou uma srie de leis que garantia alguns direitos classe trabalhadora urbana, alm de proporcionar um nvel de renda que impulsionasse o esforo de industrializao.A industrializao somada a medidas de racionalizao da administrao pblica caracterizou o esforo de modernizar o Estado brasileiro, garantindo as condies de fortalecimento tanto da burguesia industrial quando da tecnocracia das empresas estatais e da administrao pblica.Regime Liberal PopulistaAo fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, Vargas estava enfraquecido. Um golpe comandado pelo general Eurico Gaspar Dutra o retirou do poder. Uma nova Constituio foi adotada em 1946, garantindo a realizao de eleies diretas para presidente da Repblica e para os governos dos estados. O Congresso Nacional voltou a funcionar e houve alternncia no poder.Entretanto, foi um perodo de forte instabilidade poltica. As mudanas sociais decorrentes da urbanizao e da industrializao projetavam novas foras polticas que pretendiam aprofundar o processo de modernizao da sociedade e do Estado brasileiro, o que desagrava as elites conservadoras. O perodo foi marcado por vrias tentativas de golpe de Estado, levando inclusive ao suicdio de Getlio Vargas, em 1954.O governo de JK conseguiu imprimir um acelerado desenvolvimento industrial em algumas reas, mas no pde resolver o problema da excluso social na cidade e no campo. Essas medidas de mudana social iriam compor a base das propostas do Governo de Joo Goulart. O estado brasileiro estava caminhando para resolver demandas h muito reprimidas, como a reforma agrria. Frente ao perigo que representava aos seus interesses econmicos e polticos, as classes dominantes mais uma vez orquestraram um golpe de Estado, com a deposio pelo exrcito de Joo Goulart, em 1964.Fonte: http://www.brasilescola.com/historiab/brasil-republica2.htm

10. Resumo histrico do incio do perodo democrtico...1985....A ditadura militar no Brasil terminou com a transferncia pacifica do poder aos civis, sem que isso ocasionasse uma ruptura da ordem social vigente e nem qualquer punio s Foras Armadas pelas violaes dos direitos humanos perpetradas pelos rgos de represso.

No final do governo do generalJoo Batista Figueiredo, as foras polticas que faziam parte do pacto de dominao estabelecido desde o golpe de 1964, tentaram se manter no poder apresentando como candidato a sucesso presidencial o poltico paulista Paulo Salim Maluf, pertencente ao Partido Democrtico Social (PDS).

Por no concordarem com a indicao de Paulo Maluf como candidato oficial, influentes polticos do PDS abandonaram o partido e criaram outra agremiao poltica: o Partido da Frente Liberal (PFL). Maluf representava os interesses dos industriais paulistas, enquanto que os dissidentes que fundaram o PFL eram, em sua maioria, representantes dos interesses da regio Nordeste.Aliana PMDB-PFLA oposio lanou como candidato o poltico mineiro Tancredo Neves, pertencente ao Partido do Movimento Democrtico Brasileiro (PMDB). Em julho de 1984, o PFL e o PMDB firmaram uma aliana, apresentando o poltico Jos Sarney como vice-presidente na chapa de Tancredo Neves.

A eleio presidencial foi indireta, ou seja, a escolha do presidente da Repblica coube ao colgio eleitoral formado pelos parlamentares do Senado e Cmara Federal. Em 15 de janeiro de 1985, Tancredo Neves derrotou Paulo Maluf, por 480 votos contra 180.A morte de TancredoA posse de Tancredo Neves na presidncia da Repblica estava marcada para 15 de maro de 1985. Porm, ele no chegou a tomar posse devido a problemas de sade. O presidente eleito foi internado s pressas e passou por sete intervenes cirrgicas.

O estado de sade de Tancredo Neves gerou enorme comoo social. Populares fizeram inmeras interminveis viglias nos hospitais onde o presidente ficou internado. Mas a situao se agravou a tal ponto que ele faleceu, em 21 de abril, aos 75 anos de idade, de infeco generalizada.

Como sua morte ocorreu antes de ele assumir o governo, colocou-se em dvida a legitimidade da posse do vice-presidente Jos Sarney na presidncia da Repblica. Polticos da oposio temiam uma interveno militar e consequentemente a ruptura do processo de redemocratizao. No obstante, a unio das foras democrticas forneceu a base de apoio para o vice-presidente Jos Sarney assumir o governo.O vice Jos Sarney assumeAlguns estudiosos do perodo argumentam que durante o mandato presidencial de Jos Sarney, os militares exerceram algum tipo de tutela sobre o governo. Porm, inmeras medidas governamentais visaram o fortalecimento das foras democrticas. Por exemplo, em maio de 1985, uma Emenda Constitucional restabeleceu as eleies diretas para as prefeituras das cidades consideradas como reas de segurana nacional.

A emenda tambm abrandando as exigncias para registro de novos partidos. Desse modo, partidos polticos defensores de ideologias de esquerda, que atuavam na clandestinidade puderam se legalizar, tais como o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e o Partido Comunista do Brasil (PC do B), entre outros. Mas talvez o item mais importante da Emenda Constitucional foi a convocao de uma nova Constituiaopara elaborao de uma nova Carta-Magna.Congresso constituinteQuando ocorrem mudanas de um regime poltico ditatorial para um regime democrtico, a expectativa geral em qualquer sociedade com relao elaborao de um novo conjunto de leis capazes de expressar as novas aspiraes e interesses da populao que foram reprimidos e contidos durante dcadas de governos militares.

A Constituio em vigor era a de 1967, ou seja, estava muito defasada diante das profundas transformaes ocorridas na sociedade brasileira. neste sentido que podemos compreender a deciso tomada no incio do governo de Jos Sarney da convocao de umaAssembleia Nacional Constituinte, que se encarregaria da elaborao de uma nova Constituio para o pas.

Surgiram duas propostas para o encaminhamento da Constituinte. A primeira delas, apresentada pelo governo Sarney, defendeu a ideia de que os parlamentares eleitos para o Congresso Nacional nas eleies de 1986 fossem considerados membros da Assembleia Nacional Constituinte. A Segunda, defendia a proposta de uma eleio exclusiva para escolha de membros que se ocupariam especificamente da elaborao da nova Constituio. A proposta governamental saiu vitoriosa.Fonte: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/governo-jose-sarney-1985-1990-nova-constituicao-e-crise-economica.htm

11. Resumo histrico da Constituio Federal de 1988; Qual a ltima emenda Constitucional que temos no Brasil, atualmente? Colocar nr e data.A Constituio de 1988

Durante a elaborao da nova Constituio, o conjunto das foras polticas que representavam diversos interesses da sociedade buscou defender suas prerrogativas. Ficou manifesta o surgimento de um conflito de interesses entre dois blocos ideolgicos distintos. Um deles (representando os liberais) era contrrio interveno estatal na economia, enquanto que o outro (representando as foras de esquerda) defendia a continuidade e ampliao da atuao reguladora do Estado.

Houve, porm, consenso em torno de algumas questes fundamentais relacionadas com os direitos individuais, polticos e sociais. A Constituio de 1988, tambm chamada "Constituio cidad", instituiu um Estado democrtico ao estabelecer extensas garantias aos cidados brasileiros.

No que se refere aos direitos civis e sociais, possvel apontarmos as influncias da Declarao Universal dos Direitos Humanos nos artigos constitucionais que tratam da liberdade individual e das garantias de condies sociais mnimas para que os cidados possam gozar de uma vida digna.

Os trabalhadores obtiveram conquistas, entre as mais importantes esto: a limitao da jornada de trabalho para 44 horas semanais, o seguro-desemprego, a licena-maternidade e licena-paternidade. A Constituio tambm assegurou aos funcionrios pblicos o direito de se organizar em sindicatos e utilizar a greve como instrumento de negociao, menos nos casos dos servios essenciais.Ao todo tivemos 84 Emendas Constitucionais desde a vingencia da CF de 1988,a ultima foi a EC 84 publicada no dia 02 de dezembro de 2014 que altera o art. 159 da Constituiao Federal para aumentar a entrega de recursos da Unio para o Fundo de Participao do Municpios .Fonte: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/governo-jose-sarney-1985-1990-nova-constituicao-e-crise-economica.htm

12. Resumo histrico dos Cdigos Civis de 1916, 2002?Na poca em que ainda era colnia de Portugal, o Brasil adotava o sistema normativo do colonizador. Com a proclamao de sua independncia, nada mais natural do que o surgimento da necessidade de leis prprias para o pas. a determinao que se constata na primeira Constituio brasileira: Constituio Imperial de 25 de maro de 1824, no ttulo VIII, que tratava Das Disposies Gerais e Garantias dos Direitos Civis e Polticos dos Cidados Brasileiros, de que se organizasse um Cdigo Civil baseado na Justia e na eqidade (artigo 179, n. 18).Aps vrios estudos e a consolidao das leis civis, somente no ano de 1899 que o jurista Clvis Bevilqua apresenta projeto que, aps dezesseis anos de debate, transformou-se no Cdigo Civil brasileiro, promulgado em 1 de janeiro de 1916, e vigente a partir de 1 de janeiro de 1917.Na opinio de R. Limongi Frana, citado por DINIZ (2003, p. 49), o Cdigo Civil de 1916 foi um diploma atualizado para a sua poca, que era a de um direito de cunho individualista. Observe-se, entretanto, que o Cdigo Civil s entrou em vigor a partir de 1917, ou seja, 87 anos depois, quando j no estava mais em vigor a Constituio do Imprio, que sofreu a influncia do esforo de codificao das leis civis empreendidas pelo Cdigo napolenico de 1804.Com o passar do tempo foi ocorrendo um constante intervencionismo estatal e, conseqentemente, uma publicizao do Direito privado. Como se sabe, o Direito Civil considerado o ramo por excelncia do Direito privado e, como tal, sofreu o impacto destes acontecimentos.Este fenmeno de publicizao do Direito privado , na verdade, uma socializao universal das relaes jurdicas, do Direito como um todo. Como bem esclarece o brilhante jurista REALE (1998, p. 23), se no houve a vitria do socialismo, houve o triunfo da socialidade, fazendo prevalecer os valores coletivos sobre os individuais, sem perda, porm, do valor fundante da pessoa humana.Ressalta VENOSA (2003, p. 89) que, no obstante notarmos a cada dia uma influncia do Estado mais absorvente, um acentuamento na restrio liberdade individual,Tal fato no significa que haja tendncia para o desaparecimento do direito privado. A todo o momento os particulares criam novas relaes jurdicas. Sua autonomia de vontade ainda tem e, esperamos, sempre ter campo de atuao, pois nela reside a liberdade do indivduo, bem supremo que em um regime poltico que se diz democrtico deve ser resguardado a qualquer custo.Fruto disso que o individualismo exacerbado que se encontrava no diploma civil de 1916 no podia mais ser aceito numa poca em que o enfoque social ocupa franco destaque.Informa RODRIGUES (2002, p. 13) que em 1940 ocorre a primeira tentativa de reforma do Cdigo Civil de 1916, quando surgiu o Anteprojeto de Cdigo de Obrigaes e que se circunscreveu Parte Geral das Obrigaes.Apesar desta tentativa frustrada, foram surgindo vrias leis especiais que derrogaram muitas normas do Cdigo Civil e amenizavam as duras crticas idia de codificao do Direito, alm de atenderem aos reclamos sociais.No foram poucos os juristas que se opuseram codificao, sendo as alegaes mais comuns as que afirmavam ser a codificao um impedimento ao desenvolvimento ulterior que traria o apego letra da lei. CAENEGEM (2000, p. 19) faz a seguinte pontuao:Toda codificao coloca, portanto, um dilema: se o cdigo no modificado, perde todo o contato com a realidade, fica ultrapassado e impede o desenvolvimento social; mas, se os componentes do cdigo so constantemente modificados para adaptar-se s novas situaes, o todo perde sua unidade lgica e comea a mostrar divergncias crescentes e at mesmo contradies. Os perigos so reais, pois a experincia mostra que a compilao de um novo cdigo uma tarefa difcil que raramente alcana xito. bem verdade que a codificao traz a imobilizao do Direito, mas as suas vantagens superam este fato. Concordamos com GAGLIANO e PAMPLONA FILHO (2003, p. 40) quando afirmam ter a codificao a grande virtude de possibilitar a unidade poltica da nao, alm de permitir e facilitar o estudo sistematizado do direito, que passa a se encontrar de forma cientificamente organizada, gozando o ordenamento de maior estabilidade nas relaes jurdicasObviamente que sempre haver a necessidade de constantes reformas e adaptaes s leis existentes. Provavelmente foi com esse pensamento que ocorreu a segunda tentativa de reforma do Cdigo de 1916 no comeo da dcada de 1960, que resultou no Projeto de Cdigo Civil e no Projeto de Cdigo das Obrigaes, ambos em 1965.Posteriormente, no ano de 1969, reuniu-se uma Comisso nomeada pelo Ministro da Justia para rever o Cdigo Civil ainda vigente. Fruto deste rduo trabalho, a Comisso apresentou o Anteprojeto de Cdigo Civil em 1973, que em 1975 transformou-se no Projeto de Lei n. 634. Apenas em 1984, depois de anos de debate, foi publicada a redao final do projeto aprovada pela Cmara dos Deputados, com algumas alteraes, dando origem ao Projeto de Lei n. 634/B.Por ser um trabalho lento, que exige extremo cuidado e estudo, natural que seja demorada a reforma de um Cdigo. Tendo em vista este fato, informa REALE (1998, p. 28) que os trabalhos de reforma tentaram abrandar o excessivo rigorismo formal, no sentido de que tudo se deve resolver atravs de preceitos normativos expressos, sendo pouqussimas as referncias eqidade, boa-f, justa causa e demais critrios ticos.Com este intuito, em certos casos preferiu-se estabelecer normas genricas, que permitam ao juiz encontrar soluo mais justa ou eqitativa frente ao caso concreto. Assim que o novo cdigo, por conseguinte, confere ao juiz no s poder para suprir lacunas, mas tambm para resolver onde e quando for previsto o recurso a valores ticos, ou se a regra jurdica for deficiente ou inajustvel especificidade do caso concreto (REALE, 1998, p. 28).Concordamos que o Cdigo Civil, enquanto lei geral, deva apresentar suas normas de forma suficientemente aberta, de modo a admitir a funo criadora do intrprete, face s transformaes sociais inevitveis.Nesse sentido e reconhecendo a dificuldade de reforma de um Cdigo, mesmo quando a sociedade assim anseie, VENOSA (2003, p. 120) defende que:Isto no significa que o Direito deva manter-se preso a legislaes j ultrapassadas. Note que no intervalo entre a promulgao de um cdigo e outro (os pases que j passaram por essa experincia so prova disso, como a Itlia e Portugal, por exemplo) existe a jurisprudncia, para dar a colorao da poca aos dispositivos legais interpretados. Quanto mais envelhece uma lei, maior ser o desafio do intrprete. Com isso, o intrprete passa a tirar concluses de dispositivos legais, s vezes no imaginados pelo legislador.Alguns anos mais se passaram at que o Projeto de Lei n. 634/B foi finalmente levado a votao no ano de 2001, modificado em ambas as casas do Congresso e levado sano presidencial, para dar origem ao novo Cdigo Civil, Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002.Enquanto o novo Cdigo Civil no era promulgado, j foi comentado anteriormente neste artigo, que vrias leis especiais iam surgindo derrogadoras de muitas normas do Cdigo Civil de 1916. Atento a este fato, em ofcio enviado ao presidente da Comisso Especial de Reforma do Cdigo Civil, a 02 de maio de 2000, seu Relator Geral Deputado Ricardo Fiza - ressalta que:... o trabalho de compatibilizao do Projeto com a legislao superveniente sua feitura j definitiva impe-se sob pena de converso do Projeto num mero captulo do Direito Histrico, sem que alcance a indispensvel atualidade, que possibilite seu ingresso no campo do Direito Positivo (FIZA, 2000, p. 4).Entre as alteraes realizadas para dar origem ao novo Cdigo Civil, podemos citar a referente estrutura organizacional do prprio Cdigo. O Cdigo Civil de 1916, idealizado na poca em que a sociedade era eminentemente agrria e patriarcal, comea sua parte especial com o Livro dedicado ao direito de famlia, seguido do direito de propriedade, para apenas em seguida tratar das obrigaes e contratos, findando com o direito das sucesses.Com a urbanizao da sociedade e o progresso da tecnologia, muda-se a maneira de pensar da sociedade, o que vai influenciar diretamente nas alteraes que culminaro no Cdigo Civil de 2002.Advindo de uma poca em que as relaes de consumo vo tomando grande espao e importncia na vida das pessoas, a disciplina dos direitos obrigacionais torna-se cada vez mais relevante. Assim, podemos notar na estrutura do novo diploma civil, que imediatamente aps a Parte Geral, o primeiro livro da Parte Especial o relativo ao direito das obrigaes. Em seguida est o livro dedicado atividade negocial, denominado Direito de Empresa, que, alis, novidade deste Cdigo, para s depois tratar dos direitos das coisas, da famlia e, por fim, das sucesses.O grande mestre GOMES (1978, p. 11) j defendia esta mudana estrutural algum tempo atrs, manifestando-se no sentido de que:A principal razo dessa prioridade de ordem lgica. O estudo de vrios institutos dos outros departamentos do Direito Civil depende do conhecimento de conceitos e construes tericos do Direito das Obrigaes, tanto mais quanto ele encerra, em sua parte geral, preceitos que transcendem sua rbita e se aplicam a outras sees do Direito Privado. Natural, pois, que sejam apreendidos primeiro que quaisquer outros. Mais fcil se torna, assim, a exposio metdica.Observe-se que a Comisso encarregada de elaborar o Projeto do novo Cdigo Civil trabalhou de forma a aproveitar o Cdigo Civil de 1916, dando-lhe nova roupagem mais de acordo com a realidade de nova poca, com as exigncias de compatibilizao com a evoluo do Direito. REALE (1999, p. 5) informa que o trabalho do projeto de Cdigo utilizou-se do critrio de preservar, sempre que possvel, as disposies do Cdigo de 1916, em respeito a um patrimnio de pesquisas e de estudos de um universo de juristas. Adverte, entretanto que "a estrutura do novo cdigo essencialmente social, ao contrrio do contraste individualista do Cdigo Civil ainda em vigor, onde o esprito da poca o individual se sobrepunha aos interesses sociais".Conclui-se que o novo Cdigo Civil reflete a preocupao da correlao com a sociedade contempornea, o que vem demonstrado nos valores erigidos como essenciais nos trabalhos de sua elaborao: a eticidade, refletida na opo por normas genricas, que possibilitam a atualizao dos preceitos legais; a operabilidade, que pode ser constatada, principalmente, na opo por uma linguagem precisa e atual; e a socialidade, superadora do carter individualista.

Fonte:http://jus.com.br/artigos/25739/a-codificacao-do-direito-civil-brasileiro-do-codigo-de-1916-ao-codigo-de-2002#ixzz3bCJCOt4c

12. Resumo histrico do novo Cdigo de Processo Civil?O movimento de reforma processual aps a Constituio de 1988O Brasil passou, nas ltimas duas dcadas, por inmeras reformas pontuais no Cdigo de Processo Civil. O movimento das reformas parciais sempre foi criticado em razo da perda de consistncia e coeso dos textos processuais. No entanto, o movimento de reforma processual a partir da Constituio de 1988 se tornou mais complexo do que a mera escolha em se implementar uma reforma pontual ou total. O no cumprimento do extenso rol de direitos fundamentais garantidos no texto constitucional pela Administrao Pblica, mediante polticas pblicas idneas, conduziu ao delineamento do fenmeno de judicializao de inmeras matrias (sade, poltica, entre varias outras) e incitamento do uso de uma litigncia de interesse pblico para garanti-la. Tal situao conduziu o Judicirio e o sistema processual a novos desafios que no se subordinavam somente busca de fundamentos tcnico-processuais e de uma efetividade, vista somente como mera eficincia. Pontue-se que a utilizao corrente da judicializao no Brasil, para implementao de direitos fundamentais, representa uma consequncia de um problema mais grave. O deslocamento das questes polticas e de efetivao dos direitos sociais para o Poder Judicirio no pode olvidar da percepo do grande legislador processual do sculo XX, Lord Woolf (1996), que, na monumental reforma inglesa de 1998, afirmou que um enorme numerrio financeiro era usado pelo sistema judicial para resoluo de um contencioso decorrente do no cumprimento de direitos fundamentais sociais e que seria melhor direcionar esses valores no gasto e asseguramento de polticas pblicas de sade, habitao (na situao inglesa) e aos quais se poderia agregar, no Brasil, inmeros outros direitos fundamentais no assegurados minimamente aos cidados; geradores de milhes de aes no sistema judicirio. A determinao constitucional de oferta de um efetivo acesso justia (art. 5o , inc. XXXV, CRFB/88) motivou a adoo de reformas embasadas nos marcos da socializao processual. No entanto, de um lado, buscou-se adaptar o sistema brasileiro aos ganhos do movimento do acesso justia, prprios do Relatrio Geral do Projeto Firenze, capitaneado por Mauro Cappelletti, mas de outro, o Brasil se inseria, em termos institucionais, numa perspectiva neoliberal que imps impactos no modo de se dimensionar o sistema processual, o que impediu o delineamento de uma efetiva democratizao processual.O projeto preliminar de um novo cdigo 8. O movimento pelo acesso justia e algumas ressonncias no Brasil Como se sabe, no curso da dcada de setenta, crescia a literatura questionando a capacidade de advogados e juzes, assim como dos procedimentos judiciais para se adaptarem aos novos direitos (sociais e difusos) emergentes, alm de se polemizarem os j recorrentes problemas de lentido, custo e enorme formalismo de alguns procedimentos judiciais (CAPPELLETTI; GARTH, 1978-1979 ). Seguindo essa tnica, o movimento pela socializao processual encontra seu pice na idealizao e realizao de um projeto de pesquisa patrocinado pela Fundao Ford, conjuntamente com o Conselho Nacional de Pesquisa da Itlia. Tal projeto, intitulado Projeto Firenze de Acesso Justia, fora levado a cabo a partir de 1973 cujos resultados foram publicados em 1978, em quatro volumes , sob a direo de Mauro Cappelletti (ACCESS..., 1978-1979). Envolveu 23 pases29, que, representados por grandes juristas nacionais, responderam a um questionrio e prepararam um relatrio, que apontou as chagas e possveis solues tcnicas para os problemas de seus sistemas jurdicos. Esse projeto e o decorrente movimento pelo acesso justia desenvolveu um enorme compartilhamento de experincias envolvendo aqueles pases, passando a servir de base para os movimentos reformistas a partir de ento. Alm das j constantes defesas de procedimentos orais (fruto, ainda, do modelo de Klein) e do aumento da ingerncia do juiz no processo (CAPPELLETTI; GARTH, 1978-1979, p. 55), o movimento idealizava ondas de reforma: a) a primeira, vocacionada assistncia jurdica integral e gratuita CAPPELLETTI; GARTH, (1978-1979, p. 22-34); b) a segunda, a assegurar uma tutela efetiva dos interesses difusos ou coletivos, para a proteo do consumidor e do meio ambiente (CAPPELLETTI; GARTH, 1978- 1979, p. 33-48); c) a terceira, simplificao dos procedimentos e utilizao de formas privadas ou informais de soluo de conflitos (CAPPELLETTI; GARTH, 1978-1979, p. 49-53). O movimento tenta equacionar as relaes entre o processo civil e uma justia social, entre igualdade jurdico-formal e desigualdade socioeconmica, partindo da concepo de Estado Protetivo e de Bem- -Estar Social. O relatrio geral do Projeto, escrito em coautoria por Cappelletti e Garth, e traduzido para o portugus em 1988, trouxe enorme ressonncia para o recm-institudo modelo constitucional de processo brasileiro de 1988 e conduziu a adoo de inmeras tendncias tcnicas tpicas da socializao. Apesar da adoo das tendncias pontuadas no relatrio, mesmo antes de 1988, foi a Constituio que tornou sua adoo mais consistente em face do extenso rol de direitos fundamentais processuais apresentados. Ao se estabelecer, com nova dimenso, a garantia de um devido processo e de um pleno acesso justia, o texto constitucional imps inclusive a criao de Juizados especiais (art. 98, CRFB/88) para dimensionar o problema da primeira onda de acesso, qual seja, a acessibilidade dos economicamente dbeis ao sistema, em substituio aos juizados de pequenas causas.Dentro desses balizamentos, na atual ordem constitucional institui-se comisso dirigida prioritariamente pelos ento Ministros Slvio de Figueiredo Teixeira e Athos Gusmo Carneiro, que, com o auxlio do IBDP, iniciou seus trabalhos no incio da dcada de 1990, para rever o Cdigo de Processo Civil e incluir novas tcnicas prprias do movimento. A comisso deu origem a diversos projetos de leis aprovados pelo Congresso que modificaram pontualmente o CPC, instituindo, por exemplo, a tutela antecipada, a tutela especfica, a audincia preliminar, a ao monitria, bem como mudanas na fase recursal e executiva. Foi, ainda, alterada a sistemtica dos recursos extraordinrios para se adequar emenda 45 da Constituio da Repblica, que estabeleceu a reforma do Poder Judicirio, sistematizando a repercusso geral e os recursos repetitivos na legislao processual civil. As comisses optaram por propor reformas parciais, organizadas em diversos projetos de leis, justificando a opo em razo da morosidade legislativa e da dificuldade da tramitao de um projeto global perante o Congresso Nacional. Especialmente em face da ampliao da agenda do sistema jurisdicional brasileiro, foram sendo dimensionadas tcnicas para dimensionamento dos trs tipos de litigiosidade: a) individual ou de varejo: sobre a qual o estudo e dogmtica foram tradicionalmente desenvolvidos, envolvendo leses e ameaas a direito isoladas; b) a litigiosidade coletiva: envolvendo direitos coletivos e difusos, nos quais se utilizam procedimentos coletivos representativos, normalmente patrocinados por legitimados extraordinrios (v.g. Ao civil pblica Lei 7.347/85 e Aes coletivas dos arts. 81 et seq da Lei 8.078/90); e c) em massa ou de alta intensidade: que d margem a propositura de aes repetitivas ou seriais, que possuem como base pretenses isomrficas, com especificidades, mas que apresentam questes (jurdicas e/ou fticas) comuns para a resoluo da causa (tcnicas de julgamento liminar de aes repetitivas art. 285A, CPC, recursos especiais repetitivos e recursos extraordinrios Arts. 543 A, B, C, CPC) (THEODORO JNIOR, 2009; MENCHINI, 2007). Conjuntamente com esse fenmeno, nsito divulgao no Brasil das tendncias de acesso justia, comearam a ser dimensionadas novas teorias constitucionais do processo e uma em especial, a teoria instrumentalista do processo do Prof. Candido Rangel Dinamarco, publicada em 1987, que vem sendo radicalmente criticada ao permitir aplicaes solipsistas do direito (GONALVES, 1992; PASSOS, 2000). Tal teoria, sob os influxos das teorias socializantes, tenta sintetiz-las, dando seguimento ao discurso da centralidade da jurisdio para a teoria do processo (DINAMARCO, 2001, p. 82), da defesa de uma instrumentalidade positiva, com uma jurisdio predisposta para a realizao de escopos metajurdicos (sociais, polticos e econmicos) mediante a interveno do juiz (DINAMARCO, 2001, p. 270-273), repetindo as mesmas finalidades, todavia, j sustentadas por Franz Klein em sua clebre preleo de Dresden, em 1901 (KLEIN, 1958). No entanto, alm desses fundamentos processuais das alteraes ocorridas, no se pode negar a ressonncia dos arranjos poltico-econmicos aos quais o Brasil passou a se inserir a partir dessa poca.Contudo a possibilidade de se oferecer impugnao execuo, na fase de cumprimento de sentena, no parece retirar as garantias constitucionais do contraditrio e da ampla defesa. Ademais a possibilidade de se admitir o cumprimento de sentena, como uma fase, na mesma relao processual j formada, demonstra respeito aos princpios constitucionais da economia e da celeridade processual.Aps a anlise da evoluo histrica do instituto da Execuo Cvel no Direito europeu e no brasileiro, verificou-se movimento oscilatrio entre a existncia ou no de ao autnoma para executar as sentenas condenatrias.Em homenagem ao princpio da celeridade e da economia processual, desde 1994, com a Lei n. 8.952/94, o legislador ptrio vem admitindo o sincretismo processual e reconhecendo a execuo como o momento mais importante do curso processual, haja vista que se trata de satisfao do direito material.As novas mudanas no CPC/73 tendem a esse escopo, visto que o Projeto de Lei conserva o regime executivo do Cdigo vigente, consolidando as recentes e profundas alteraes da execuo forada previstas pelas Leis n. 11.232/2005 e n. 11.382/2006. Sendo assim, o processo de conhecimento no se encerra com a sentena, mas continua, na mesma relao processual, at alcanar a realizao material da prestao a que faz jus o credor e a que est obrigado o devedor.Portanto, o Projeto de Lei do novo CPC, ora em tramitao na Cmara dos Deputados, se dedicou, principalmente, a formalizar procedimentos j adotados na prtica. Dessa forma, no h que se falar em grandes inovaes no mbito da execuo, mas de uma busca por solucionar as controvrsias jurisprudenciais posteriores s supracitadas leis.ConclusoEm 30 de setembro de 2009, o Presidente do Senado Federal, Senador Jos Sarney, institui Comisso de Juristas para a elaborao de anteprojeto de novo Cdigo de Processo Civil.Presidida pelo Ministro Luiz Fux (STJ), e sob relatoria da Prof Dr Teresa Arruda Alvim Wambier, a comisso teve o prazo de 180 dias para a elaborao do texto do anteprojeto, onde foi apresentado ao Congresso Nacional no dia 08 de junho de 2010. Nesse nterim, foram realizadas audincias pblicas em algumas capitais do Pas, visando a subsidiar os trabalhos da comisso.Quando esta etapa foi efetuada, o anteprojeto foi lido no plenrio do senado, transformando-se, ento, em projeto de lei. A proposta foi encaminhada, ao exame de uma comisso especial de 11 senadores, onde foi discutida e modificada por emendas.Depois foi votada pelo plenrio do senado, o projeto do novo CPC foi para a Cmara dos Deputados, onde tambm foi analisado por uma comisso especial. Se os deputados aprovarem mudanas no texto, ele volta a passar pelo crivo da comisso especial de senadores. Embora o Senado seja usualmente Casa revisora, neste caso dar a palavra final antes de o projeto seguir sano do presidente da Repblica.Fonte: http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/242945/000939985.pdf?sequence=3

13. Qual a Estrutura do Poder Judicirio? Art. 92 CF.

Art. 92. So rgos do Poder Judicirio:I - o Supremo Tribunal Federal;I-A o Conselho Nacional de Justia;II - o Superior Tribunal de Justia;III - os Tribunais Regionais Federais e Juzes Federais;IV - os Tribunais e Juzes do Trabalho;V - os Tribunais e Juzes Eleitorais;VI - os Tribunais e Juzes Militares;VII - os Tribunais e Juzes dos Estados e do Distrito Federal e Territrios. 1 O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justia e os Tribunais Superiores tm sede na Capital Federal. 2 O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores tm jurisdio em todo o territrio nacionalFonte : http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

14. Quantos Cursos de Direito tm no Brasil?

Nos ltimos 20 anos, de acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), houve uma exploso de cursos na rea: de aproximadamente 200 na dcada de 1990, para atualmente os1,3 mil existentes.

Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/brasil-recordista-de-cursos-de-direito-no-mundo/