SOCIEDADES RECOLECTORAS Os primeiros seres humanos apareceram em África há quase 2

milhões de anos. Há cerca de 800 mil anos chegaram as primeiras comunidades

à Península Ibérica. As primeiras comunidades eram recolectoras. Viviam do que a

natureza lhes dava: mel, ovos, frutos silvestres, marisco, peixe, mas principalmente eram caçadores.

As comunidades tinham de se deslocar atrás da caça, andando de região em região, ou seja, eram nómadas, Por este motivo não tinham casas, abrigavam-se em cavernas ou em tendas, feitas com peles dos animais caçados.

Fabricavam utensílios em pedra (biface e pontas de lança ), osso (arpão e anzois) e em madeira. Esses utensílios eram fundamentais nas atividades do dia-a-dia, como a pesca e a caça.

O fogo foi a mais importante descoberta destas comunidades. Permitiu-lhes cozinhar os alimentos, preparar utensílios, aquecer e iluminar as grutas e cavernas onde se abrigavam, defendendo-se dos animais mais ferozes.

Deixaram pinturas, nas grutas, e gravuras, ao ar livre, com representações de animais e cenas de caça. A esta arte damos o nome de rupestre.

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SOCIEDADES AGROPASTORIS Há cerca de 10 mil anos a.c. o clima da Europa alterou-se. As

temperaturas aumentaram e as caraterísticas naturais modificaram-se.

Foram estas grandes mudanças que fizeram com que o Homem deixasse de viver, principalmente, da caça e passasse a cultivar cereais tornando-se agricultor.

Ao mesmo tempo apendeu a domesticar alguns animais (cabras, ovelhas, porcos, carneiros, bois) que lhes fornecia carne, leite, peles para a roupa. Assim nasceu a criação de gado, a pastorícia.

Por estas razões se diz que as comunidades agropastoris eram produtoras.

Estas comunidades tornaram-se sedentárias (com a descoberta da agricultura), pois passaram a viver permanentemente no mesmo lugar.

Com as novas atividades surgiu a necessidade de novos utensílios (a mó, a enxada, a foice e o arado de madeira) e, assim, criaram-se novas técnicas: - Cestaria: fabrico de cestos de vime- Cerâmica: fabrico de objetos de barro- Tecelagem: fabrico de tecidos de lã e de linho

As comunidades agropastoris adoravam alguns elementos da natureza (o Sol, a chuva, alguns animais…) e acreditavam na vida para além da morte. Por esta razão, construíram monumentos megalíticos.

Monumentos megalíticos (monumentos em pedra):- dólmenes ou antas: onde enterravam os seus mortos.- os menires- os cromeleques: grupos de pedras colocadas em círculo

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OS PRIMEIROS POVOS DA PENÍNSULARESNo seculo VI a.c., na península ibérica viviam os seguintes povos agropastoris: celtas, Iberos e celtiberos.

IBEROS Os Iberos foram o primeiro povo que habitou a Península Ibérica,

ocupando o sul/sudeste (próximo do mar mediterrâneo). Praticavam a agricultura e trabalhavam os metais (bronze e

cobre). Devido ao contato com os povos do mediterrâneo, tinham uma

civilização mais evoluída.CELTAS Chegaram mais tarde, vindos das terras mais frias do centro da

Europa Fixaram-se no norte e na costa atlântica da península Dominavam a técnica da metalurgia do ferro e da ourivesaria

(ouro). Eram um povo de guerreiros mas como se fixaram no norte não houve guerras com os Iberos.

Estes dois povos vão mesmo dar-se tão bem que ao longo de séculos se foram misturando, dando origem a um novo povo, os Celtiberos.

CELTÍBEROS - Fixaram-se nas terras montanhosas da Meseta Todos estes povos estavam divididos em tribos, dirigidas por um

chefe. Viviam da agricultura e da criação de gado e alguns também da

pesca marítima. Os celtas e os celtiberos viviam em zonas elevadas para melhor se

poderem defender de outros povos. Viviam em castros ou citânias (povoados fortificados no cimo dos montes)

Um dos povos castrejos eram os Lusitanos, povo que habitava na região entre os rios Douro e Tejo e nas zonas montanhosas da Beira, onde veio, mais tarde, a nascer Portugal.

OS POVOS DO MEDITERRÂNEO NA PENÍNSULA IBÉRICA Os povos do sul da Península Ibérica viviam melhor que os do

norte principalmente devido ao contacto com Fenícios, Gregos e Cartagineses, que eram povos mais evoluídos.

Estes povos dedicavam-se ao comércio. Na Península Ibérica encontraram metais e em troca ofereciam objetos

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de vidro, adornos, cerâmicas, tecidos de linho e púrpura. Deixaram-nos novas ideias e costumes e deram a conhecer

o alfabeto fenício, a moeda grega e a conservação dos alimentos pelo sal.

OS ROMANOS NA PENÍNSULA IBÉRICAA CONQUISTA ROMANARoma situa-se na península itálica. O seu povo conquistou entre os seculos IV a.c. e II d.c um grande Imperio.

Os romanos eram um povo proveniente da Península Itálica que conquistaram vários territórios à volta do mar Mediterrâneo graças ao seu poderoso e organizado exército.Atraídos pelas riquezas das Península Ibérica conquistaram-na no séc. III a.C. Desta forma conseguiram o domínio do comércio do Mediterrâneo.RESISTÊNCIA DOS POVOS IBÉRICOS A península Ibérica era rica em metais e por isso visitada por

povos de comerciantes vindos do mar Mediterrâneo, tais como: fenícios, gregos e cartagineses.

Em guerra com os cartagineses pelo domínio do mar Mediterrâneo, os romanos conquistaram facilmente o sudeste da P. Ibérica, no século II a C. depois encontraram uma enorme resistência por parte dos lusitanos, comandados por Viriato.

Não conseguindo vencer Viriato no campo de batalha, os romanos planearam o seu assassinato.

A resistência lusitana continuou e fez com que o poderoso exército romano levasse quase duzentos anos para conquistar a península Ibérica, quase tantos como levaram a conquistar todas as terras à volta do mar Mediterrâneo.

O IMPÉRIO ROMANOEntretanto não foi só conquistada a Península Ibérica mas sim um conjunto de territórios à volta do Mediterrâneo que fez com que os romanos construíssem um grande Império. A sua capital era a cidade de Roma e possuíam territórios na Europa, Ásia e África. O chefe supremo do Império era o imperador.

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A ROMANIZAÇÃOHERANÇA ROMANAOs romanos permaneceram quase 700 anos na Península Ibérica e durante este tempo os costumes das pessoas alterou-se e foram construídos edifícios e estruturas que influenciaram bastante o modo de vida da população. A todas as alterações provocadas pela presença dos romanos na Península Ibérica chama-se romanização.As transformações mais significativas foram:

Construção de: estradas, aquedutos pontes teatros balneários públicos, templos e monumentos casas cobertas com telha, jardins com exteriores e com mosaicos a decorar o pavimento;

Intensificação da produção agrícola (vinho, azeite e trigo) e da exploração agrícola;

Criação de indústrias: salga do peixe, olaria, tecelagem; Desenvolvimento do comércio; Maior uso da moeda; A língua falada passa a ser o latim.

ERA CRISTÃ Este período também ficou marcado pelo surgimento de uma nova

religião: o Cristianismo. Esta nova religião expandiu-se por todo o Império e a contagem

do tempo passou-se a fazer pela era cristã, ou seja, a partir do nascimento de Jesus Cristo (quem começou a pregar esta religião e que afirmava ser filho de Deus).

Na contagem do tempo podemos utilizar o ano, a década (10 anos), o século (100 anos) e o milénio (1000 anos).

Para fazer corresponder os anos aos séculos há duas regras bastante simples:

Quando o ano termina em dois zeros o número de centenas indica o século. Ex: ano 1500, séc. XV;

Quando o ano não termina em dois zeros, acrescenta-se uma unidade ao número das centenas. Ex: 1548, séc. XVI.

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CONCEITOSAS PRIMEIRAS COMUNIDADES DE CAÇADORES-RECOLECTORES.Utensílio/Instrumento: Objeto fabricado pelo Homem que é utilizado nas suas atividades.Recursos naturais: O que o homem retira da Natureza para sobreviver: frutos, minerais, peixe, animais, …Recolectores: Povos que vivem do que a Natureza lhes dá. Colhem frutos, sementes, raízes ou plantas; caçam e pescam.Gravuras e Pinturas Rupestres: Desenhos realizados pelo Homem sobre rocha, nas paredes e nos tetos das grutas ou ao ar livre.Nómada: Povo que não vive sempre no mesmo local, porque tem de se deslocar em busca de alimentoOS RECURSOS NATURAIS E A FIXAÇÃO HUMANA.Agricultura: Atividade através da qual o Homem trabalha a terra para obter alimentos.Antas ou Dólmens: Monumentos funerários, construídos com

grandes pedras, erguidos nos locais em que eram enterrados os mortos.

Castro ou Citânia: Povoação fortificada, isto é, rodeada de muralhas, construída no alto de um monte.

Pastorícia: Atividade através da qual o homem se dedica à criação de gado.Sedentário: Povo que vive sempre no mesmo local. Atividade

económica baseada na troca de produtos.Comércio: Atividade económica baseada na troca de produtos.Itinerário: Rota, caminho, percurso

Pré-História: período da História da humanidade em que apenas existem vestígios materiais (isto é, objetos) que comprovam a sua existência. Não há, portanto, documentos/textos escritos, uma vez que esses povos ainda não conheciam a escrita.Foi nesta época que viveram as Comunidades de Caçadores-Recolectores (de cerca 2 500 000 a. C a cerca de 6 000 a. C.) e as Comunidades Agro-Pastoris (de cerca de 6 000 a.C a cerca de 4 000 a. C.).Romanização: Chama-se ao processo de transformação dos povos conquistados efetuada pelos romanos, através da introdução da sua língua, leis, cultura, tradições, modos de vida, religião, etc.Cristianismo: Conjunto das religiões cristãs que se baseiam nos ensinamentos, na pessoa e vida de Jesus Cristo. (Exemplos: o catolicismo, o protestantismo e as igrejas ortodoxas).Império: Conjunto de todos os territórios (diferentes entre si) que são dominados pelo mesmo imperador (chefe).

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