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 HILTON. Rodney, DOBB, Maurice, SWEEZY, Paul. A transição do feudalism para o capitalismo. 4 ed. Rio de Janeiro, Pasz e Terra, 1977 INTRODUÇÂO  – Rodney Hilton- O debate foi estimulado por Dobb. Foi ele quem explicou as forças que derrubaram o feudalismo.- Sweezy fez uso de um não marxista (Henri Pirenne 1 ) para criticar Dobb. E por isso é criticado.- Takahashi: para ele a servidão é a forma de trabalho do modo de produção feudal. Segundo ele, o que mais acaracteriza é o fato do servo ter que produzir excedente para o senhor  – uma transferência forçada. O termo servodesapareceu no final do século XII.- O excedente da produção com o tempo assumia a forma monetária. (P. 17).- A divisão de trabalho entre a cidade e o campo/ o desenvolvimento das cidades (centros de produção artesanal) =se constituíram numa reação à concentração do excedente nas mãos da aristocracia mais diferenciada.- Algumas cidades foram criadas pelo próprio senhor feudal como alternativa de renda por meio da cobrança detaxas e aluguéis de barracas.- As comunidades urbanas do feudalismo ocidental conquistaram notória independência.- GUILDAS: corporações de mercadores dos burgos, que tinham o controle total das trocas de mercado.- Produção simples de mercadoria com base urbana: começa quando os artesãos dos mosteiros produziramexcedente para a troca.- Nas cidades, o excedente era colhido pelo senhor por meio de impostos, pedágios, aluguéis, etc.- Todos os atores foram contra o argumento de que o feudalismo era um modo de produção estático 2 , que precisoude uma forma externa para desarticulá-lo. A exceção foi Paul Sweezy, que localizou a força destrutiva do feudalismofora do próprio sistema econômico feudal.- HILTON : acredita a causa do progresso técnico e do aperfeiçoamento da organização feudal foi a pressão da classedominante no sentido de transferir para ela própria o trabalho excedente dos camponeses.- GEORGE DUBY : enfatiza a pressão que o senhor exerce sobre o camponês. No entanto, não considera relevante oesforço do camponês para limitar a extorsão do

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HILTON. Rodney, DOBB, Maurice, SWEEZY, Paul. A transio do feudalism para o capitalismo. 4 ed. Rio de Janeiro, Pasz e Terra, 1977

INTRODUORodney Hilton-O debate foi estimulado por Dobb.Foi ele quem explicou asforas que derrubaram o feudalismo.- Sweezy fez uso de umno marxista (Henri Pirenne1) para criticar Dobb. E por isso criticado.- Takahashi: para ele a servido a forma de trabalho do modo de produo feudal. Segundo ele, o que mais acaracteriza o fato do servo ter que produzir excedente para o senhoruma transferncia forada. O termo servodesapareceu no final do sculo XII.- O excedente da produo com o tempo assumia a forma monetria. (P. 17).- A diviso de trabalho entre a cidade e o campo/ o desenvolvimento das cidades (centros de produo artesanal) =se constituram numa reao concentrao do excedente nas mos da aristocracia mais diferenciada.- Algumas cidades foram criadas pelo prprio senhor feudal como alternativade renda por meio dacobrana detaxas e aluguis de barracas.- As comunidades urbanas do feudalismo ocidentalconquistaram notria independncia.- GUILDAS: corporaes de mercadores dos burgos, que tinham o controle total das trocas de mercado.- Produo simples de mercadoria com base urbana: comea quando os artesos dos mosteiros produziramexcedente para a troca.- Nas cidades, o excedente eracolhido pelo senhor por meiode impostos, pedgios, aluguis, etc.- Todos os atores foram contra o argumento de que o feudalismo era um modo de produo esttico2, que precisoude uma forma externa para desarticul-lo. A exceo foi Paul Sweezy, que localizou a fora destrutiva do feudalismofora do prprio sistema econmico feudal.-HILTON: acredita a causa do progresso tcnico e do aperfeioamento da organizao feudal foi a presso da classedominante no sentido de transferir para elaprpria o trabalho excedente dos camponeses.-GEORGE DUBY: enfatiza a presso que o senhor exerce sobre o campons. No entanto, no considera relevante oesforo do campons para limitar a extorso do excedente. Tal resistncia teve importncia fundamental para odesenvolvimento das comunas rurais.-MARX:o que caracterizava o feudalismo era a hegemonia social da aristocracia militar proprietria de terras sobreos camponeses e demais segmentos sociais. As relaessociais eram de explorao.O DEBATE SOBRE A TRANSIO(p.31)Cap. 1 - UMA CRTICA (Paul Sweezy)- Dobb define o feudalismo sob a tica da servido. Sweezy acha errado tal definio, j que a servido no era umprivilgio do sistema feudal.- Critica Dobb porutilizar um conceito deaplicabilidade genrica especificamente a uma realidade determinada.-Dobbacreditava que o feudalismo europeu ocidental podia ser definido como: a) um sistema econmico em que aservido era a relao de produopredominante; b) a produo se organizava no interior da propriedade senhorial.c) produo planejada comvistas s necessidades plenamente conhecidas.1A economia europia do sculo XI foi reativada pelo renascimento do comrcio de longa distncia.2Ou seja, perpetua a si mesmo, no gerando as contradies desua prpria superao

A INSTABILIDADE DO FEUDALISMO era causada por dois fatores: a) competio entre os senhores por terras evassalos; b) crescimento populacional.- A estrutura feudal, no entanto, limita o nmero de produtores e consumidores. Isso inibe a expanso. Os filhosmais novos dos servos so expulsos e vo constituir o ncleo da populao errante que vive da esmola e dobanditismo.- Sweezy diz que se Dobb levasse em considerao o carter conservador e IMOBILISTA do feudalismo, ele mudariade opinio.- DOBY diz: foi a insuficincia do feudalismo como sistema de produo, somada as crescentes necessidades dereceitas por parte daclasse dominante, a responsvel principal pelo seu declnio.- DOBY diz que a necessidade de receitas adicionais provocou um aumento na presso sobre o produtor at aoponto do intolervel. Essaexausto provocou o desaparecimento da fora de trabalho que nutria todo o sistemaeconmico.- DOBB: a causa do colapso do feudalismo foi a super explorao da fora de trabalho, que provocou a desero dosservos das propriedades senhoriais. Essa desero forou os senhores a adotar oarrendamento de terras dominiais.Isso, mais do que outra coisa, alterou as relaes de produo.- SWEEZY afirma que para a teoria de Dobb ter lgica, ela teria que provar que a necessidade de receita por partedos senhores e o aumento das fugas dos servos tinham acontecidos por questes internas ao prprio sistema feudal.Defende que a crescente extravagncia da classe parasitria no originou dentro do sistema feudal, mas fora dele,ou seja, no comrcio com outras regies, principalmente com o oriente. Diz tambm que a fuga dos servos noaconteceu sem que surgisse a alternativa externa:as cidades.- SWEEZY diz que a teoria de Dobb poderia se salvar caso provasse que a ascenso das cidades fosse um processointerno ao sistema feudal. Como o comrcio era incompatvel economia feudal, segundo Sweezy, a teoria de Dobbdesaba. Primeiro devemos descobrir oque levou o comrcio a gerar um sistema de produo para o mercado, paradepois mensurar o impacto delesobre o sistema feudal, marcadamente voltado para a produode uso.- O produto obtido pelo comrcio era mais barato do que aqueles fabricados no interior do feudoisso forou aeconomia de troca. O dinheiro como mediador das trocas passou a simbolizar riqueza.- O comrcio instigou o desejo de consumo. A aristocracia queria se cercar de luxo, essa foi a causa da busca paramais receita. A cidade foi quem gerou a economia de troca. Alm de ter se mostrado como alternativa opresso docampo.- O triunfo da economia de troca no implicou no fim automtico da servido, caracterstica marcante, segundoDobb, do feudalismo.- A cidadecomo alternativa e as constantes fugas obrigaram os senhores a fazer concesses aosservos que ficavam.- DOBB o declnio do feudalismo europeu ocidental se deveu super explorao da fora de trabalho. No perodo datransio, a economia ainda feudal. No entanto, antes do surgimento do capitalismo, o feudalismo j estava morto.- SWEEZY: o declnio do feudalismo europeu ocidental se deveu incapacidade da classe dominante em manter ocontrole da fora de trabalho concomitante a super explorao dele. A transio no foi uma funo do capitalismonascente, mas da incapacidade doprprio sistema feudal em manter-se.- SWEEZY:Chamarei o sistema que prevaleceu na Europa Ocidental durante os sculos XV e XVI simplesmente dePRODUO PR-CAPITALISTA DE MERCADORIA.Com isso se quer dizer que foi o crescimento da produo demercadoria quem primeiro salopou o feudalismo, e depois do trabalho pronto, preparou o terreno para odesenvolvimento do capitalismo. So duas fases eno um processo ininterrupto.- SWEEZY: na transio no havia um sistema predominante: trabalho assalariado convivia com a servido. Aproduo pr-capitalista foi forte o suficiente para derrubar o feudalismo, mas insuficiente para formar um sistemanovo. Preparou o terreno para os acontecimentos do sculo XVII e XVIII.- A TRASIO SE D POR DUAS VIAS: a) o produtor se torna um mercador e capitalista3; b) o mercador se apossadiretamente da produo.Cap. 2 - UMA RPLICA (Maurice Dobb, p.57)3Em oposio economia agrcola natural e ao artesanato controlado pelasguildasda indstria urbana medieval.

- A principal caracterstica do feudalismo que ele um sistema econmico voltado para o uso e no para a troca.Acreditar na teoria de Sweezy negar a lei geral marxista do desenvolvimento, segundo a qual a sociedadeeconmica se move por suas prprias contradiesDobb.- Para Sweezy o sistema feudal no era necessariamente esttico. Diz que os movimentos que ocorrem no interiordo sistema feudal no tende a transform-lo. Nesse sistema, portanto, a luta de classes no pode desempenharqualquer papel revolucionrio. O feudalismo internamente estvel, e s poderia desintegrar-se pelo impacto deuma fora externa, no caso, omercado e o comrcio.- SISTEMA DE PRODUO x MODOS DE PRODUO.- DOBBY = o fator interno e externo se interagiram ainda a nfase recaia sobre a contradio interna. O comrcioexerceu sua influncia na medida em que acentuou conflitos internos no antigo modo deproduo.Acho queSweezy se equivoca ao afirmar que existe uma correlao necessria entre a desintegrao feudal e a proximidadedo comrcio. Tal fortalecimento deu-se entre a proximidade do mercado e o fortalecimento da servido. Defendeque a expropriao que constitui a essncia do processo de acumulao, e no a mera aquisio de categoriasespeciais de bens pelos capitalistas.Cap. 3 - UMA CONTRIBUIO PARA O DEBATE(Kohachiro Tarahashi)- O problema fundamental da transio deve ser a mudana na forma de existncia social da fora de trabalho.- Critica Sweezy por: a) tentar desassociar do feudalismo a servido. Para o autor, a servido marca do feudalismo.b) critica-o ainda pelo fato de Sweezy pelo fato dele pretender caracterizar o feudalismo como uma produo para ouso. Para o autor, no feudalismo existia uma produo voltada para o mercado.A contradio entre feudalismo e capitalismo no a contradio entre o sistema de produo para o uso e osistema de produo para o mercadomas entre propriedade feudal de terra (servido) e um sistema de capitalindustrial (assalariado).- No feudalismo a fora de trabalho no pode tomara forma de mercadoriapor que os produtores imediatosaparecem com os meios de produo. Alm do mais, o excedente apropriado pelo senhor diretamente, sem anecessidade de leis econmicas de troca.- Dois fatores foram decisivos para a transio: a) separao dos meios de produo dos produtores diretos; b)mudana no modo social de reproduo da fora de trabalho.- Como para Sweezy o feudalismo era um sistema de produo para uso, a fora oriunda do exterior para destruir osistema foi a produo para o mercado.- Tambm da opinio que a fora externa foi o comrcio, ao contrrio do que tinha dito Maurice Dobb.Dobb: o modo de produo feudal j alcanara um estgio avanado antes de desenvolver o modo de produocapitalista. A transio no feudal, nem capitalista. Foi um processo ininterrupto.Sweezy: atransio uma espcie de produo pr-capitalistade mercadoria.No foi um processo ininterrupto,mas aconteceu em duas fases: a) osalopamento do feudalismo; b) desenvolvimento do capitalismo.- A revoluo burguesa foi quem aboliu as relaes feudais de produo.Cap. 4 -UM COMENTRIO SUPLEMENTAR (Maurice Dobb, p.97)- A desintegrao do feudalismo no resultou do ataque do capitalismo, mas da revolta dos pequenos produtorescontra a explorao feudal.- O modo capitalismo de produo nasceu do processo que desintegrao dos pequenos produtores, iniciada com aprpria independncia deles.Cap. 5 - UMA TRPLICA (Paul Sweezy, p.101)- O motor do desenvolvimento capitalista a acumulao do capital.- A necessidade de receita por parte dos senhores, poder ser considerada inerente estrutura do modo deproduo feudal?- A produtividade crescente no inerente ao feudalismo.- Foras histricas que so externas a um conjunto de relaes sociais so internas no que se refere a um conjuntomais amplo.- A expanso do comrcio e das cidades foi externa ao modo feudal de produo. Mas foi interna sob o ponto devista da economia europia mediterrnea.- PIRINE: a origem do feudalismo no ocidente deve-se ao fato dessa regio ter ficada isolada dos grandes centroseconmicos do mundo antigo, devido expanso rabe do sculo VII. O desenvolvimento posterior do feudalismofoi moldado pelo restabelecimento desses laos comerciais. (p. 104). O colapso do feudalismo aconteceu sob oimpacto dessa fora externa.- Sweezy no considera o colapso de uma dada estrutura social como resultado de um movimento autnomo desuas foras produtivas.CAP. 6UM COMENTRIO (Rodney Hilton, p. 106).- Sweezy ao negar a dialtica interna do sistema feudal escreve como um no-marxista.- Os marxistas acreditam que as contradies externas so as responsveis pelo desenvolvimento e posteriorsubstituio de um sistema de produo.As contradies so agentes motores da histria.- A vida urbana se desenvolveu em conseqncia da evoluo das foras econmicas e sociais decorrentes nointerior da sociedade feudal.- PIRINE afirma que a vida urbana, ao contrrio, foi resultante da atuao dos mercadores itinerantesou seja, oimpacto externo. Afirma que a produo de mercadoria foi interrompida no ocidente em conseqncia da expansoislmica.-MARX: A produo de mercadorias por si sno suficiente para perturbar a solidez e a articulao interna de ummodo de produo.- HILTON: a luta pela renda foi oagente motor da sociedade feudal. A evoluo do comrcio internacional secundrio em relao ao desenvolvimento das foras de produo na agricultura, estimulado no processo da lutapela renda feudal (ler p. 116).CAP. 7UM COMENTRIO ( Christopher Hill, p. 119)- Esse tpico levanta a hiptese de na Inglaterra do sculo XV e XVI ter no uma, mas vrias classes dominantes.CAP. 8Algumas observaes (Georges Lefebre, p. 123).- No podemos sustentar que a estrutura social do campo, neste perodo, s pode ser definida em termos deservido, pois continuavam a existir vriascategorias de proprietrios livres.- A presso sobre os servos no foi tanto por causa do comrcio, mas por conta do aumentoda famlia do senhor.Os servos fugiam por quetambm haviam crescido em nmero, e ofeudo no sustentava a todos.- Se os senhores exigiam mais, isso foi devido ao fato do comrcio urbano colocava disposio novos artigos deluxo.- A aliana entre o comrcio e o Estado promoveu o capitalismo. A manufatura jamais teria desenvolvido todepressa sem a proteo do Estado.- Os mercadores realizaram um papel importante para o desenvolvimento do capitalismo: estabeleceram a produoem massa mediante a racionalizao e a mecanizao do processo de trabalho.CAP. UMA SINOPSE DO DEBATE(Giuliano Proacci, p. 129).- PIRINNE:a expanso rabe do sculo VII interrompeu o comrcio que a Europa Ocidental mantinha com o oriente.O renascimento comercial do sculo XI foi marcado pela reativao do comrcio internacional. Foi o comrcio queproduziu o desenvolvimento do feudalismo e, com isso, oseu fim.- Sweezy: o comrcio a longa distncia, suscitou um sistema de produo de troca, paralela ao do antigo sistemafeudal de produo para uso. O feudalismo tinha uma forte tendncia para a manuteno das relaes de produo.Por isso, era de se supor que algo acontecesse externo ao sistema para que ele se modificasse. Era contra osprincpios dialticos marxistas4, por isso, afirmou queo feudalismo era historicamente imvel.- Hilton: a lei fundamental da sociedade feudal era a tendncia dos senhores buscarem sempre a renda mxima dosservos. Foi essa presso quegerou os conflitos que desembocariam na fuga dos servos para as cidades etc.- HILTON e DOBB so contra a idia de Pirenne de que o comrcio foi o agente motor da sociedade feudal.-DOBB: como as cidades se integraram prpria sociedade feudal, o historiador a considera como fator interno.- O desenvolvimento do setor agrriofoi fundamental para o florescimento mercantil.Cap. 10Capitalismo: o que representa essa palavra? (Rodney Hilton, p.145)- Para MARX, as caractersticas do capitalismo era a diviso de classes entre assalariado e empresrio, em contrasteao pequeno produtor medieval.- Pirenne: o comrciointernacional realizou papel fundamental na transformao da sociedade feudal.- LETRAS DE CMBIO: surgiu da tentativa de evitar o transporte de outro e da dificuldade de superar as trocas demoedas.- Para Marx, o comrcio em si no foi capaz de transformar a sociedade feudal. As contradies internas foram osagentes destruidores do citado modo de produo.- Capitalista medieval: obtinha o lucro por meio do comrcio e no da explorao da mo-de-obra.- No capitalismo em si, o capital industrial subordina o mercantil.No possvel se falar em sociedade capitalista quando o poder poltico ainda est nas mos de uma aristocraciafeudal.- Quando os camponeses perdem as terras viram trabalhadores e consumidores.CAP. 11Do feudalismo para o capitalismo (Eric Hobsbawn, p.159).- O objetivodesse artigo encaixar a transio do feudalismo na discusso maisgeral sobre os estgios dodesenvolvimento social.- No se pode negarque o desenvolvimento capitalista acontece em escala mundial de forma desigual.- O triunfo capitalista ocorreu originariamente na regio mediterrneo-europia e foi a partir da que o capitalismose difundiu.4O novo no surge nas entranhas dovelho.