hermeneutica e dialetica duas universalidades complementares prof. manfredo araujo de oliveira

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  • 5/26/2018 Hermeneutica e Dialetica Duas Universalidades Complementares Prof. Manfredo Araujo de Oliveira

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    Hermenutica e Dialtica: duas universalidades complementares?Manfredo Arajo de Oliveira UFC.

    1) Duas formas de superao do realismo e do idealismo subjeivo! um novoidealismo.

    1.1 "A Filosofia dialtica enquanto sntese de Realismo e Idealismo subjetivo.

    Falando a#ui de $ermen%ui&a e Dial'i&a esamos falando de (adamer e $eelespe&ifi&amene e pre&isamene en#uano ambos se prop*em ari&ular+ de formanova+ a esruura do pensameno filos,fi&o en#uano al e preendemos fa-er isomosrando &omo ambos medeiam sua &on&epo de filosofia arav's de umpensar al'm da#uilo #ue seriam as duas posuras fundamenais da refleofilos,fi&a o&idenal na modernidade! o realismoda meaf/si&a pr'0aniana e doidealismo subjetivoda filosofia rans&endenal.$eel manifesa sua posio+ em primeiro luar+ na afirmao de #ue a meaf/si&a

    moderna ' ra&ionalisa+ iso '+ ela pare do re&on2e&imeno do pensamenoen#uano prin&/pio universal da filosofia1! udo #ue deve valer re&ebe sua validadearav's do pensameno+ de al modo #ue o prin&/pio do pensameno ' o prin&/piodo mundo. 3uma palavra+ o m'rio b4si&o dos randes meaf/si&os damodernidade ' er reomado a ese pla5ni&a de #ue o verdadeiro &on2e&imenos, o&orre arav's da mediao dos &on&eios+ das id'ias e #ue a filosofia ' a&apao inele&ual das esruuras ra&ionais fundamenais da realidade.3o enano+ $eel se &onfrona &om esa meaf/si&a a parir da &r/i&a de 6an #uepre&isamene p5s em #ueso+ a parir do &ei&ismo+ o &erne dese pensameno! aese+ no jusifi&ada+ da unidade fundamenal enre &on&eio 7o ideal) e realidade7o real)8+ o #ue vai levar 6an a reesruurar a filosofia na forma de um idealismo

    9subjeivo: na medida em #ue filosofia se orna a fundamenao+ no sujeio+da#uilo #ue odo proferimeno+ in&lusive o do &'i&o e do relaivisa+ em #uepressupor para poder levar a s'rio a preenso de verdade de sua pr,pria eoria+iso '+ a esruurao &on&eiual do #ue per&ebemos arav's de nossa eperi%n&iasens/vel. ;ara 6an+ a realidade no ' em si mesma ra&ionalmene+ idealmene+esruurada+ mas no podemos &on2e&%0la sem a mediao das &aeorias dopensameno j4 #ue odo nosso &on2e&imeno v4lido ' uma apli&ao das&aeorias do enendimeno < inuio sens/vel+ ou seja+ nun&a podemos absrairdo pensameno subjeivo #ue assim se revela fundameno irre&us4vel de al forma+&onra odo empirismo in&ons&iene+ se afirma #ue a eperi%n&ia s, ' poss/vel aparir de &aeorias #ue no prov%m da eperi%n&ia e #ue odo &on2e&imeno s,pode ser pensado &omo uma &era unidade de subjeividade e objeividade j4 #uea subjeividade ' poradora das &ondi*es de possibilidade do &on2e&imeno de

    1Cf.Hegel G. W. F., Enzyklopdie der philosophischen Wissenschaften 1830, ed. por Nicolin.F./Pggeler O,Hamburg, 1959, &2 e !!. o!sa ".#.$ de, %ationalis&!s !nd '()ekti*er +dealis&!s. nters!ch!ngen z!

    -ogik !nd #etaphysik (ei -ei(niz !nd Hegel "#imeo$, %!!en, 199, pg. '' e !!.2Ne!(e !en(ido !e pode di)er *ue a cr+(ica de an( !e !i(ua no -ori)on(e nominali!(a da !eparao en(re o ideale o real e !0 recon!(i(ui !ube(iamen(e "epi!(emologicamen(e$ a unidade. Cf. Heintel E., ie (eiden

    -a(yrinthe der /hilosophie. yste&theoretische etracht!ngen z!r F!nda&entalphilosophie des

    a(endlndischen enkens, ol 1, 3ien/#4nc-en, 19, pg. 115 e !!.

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    objeos+ ou seja+ esa subjeividade no ' a pari&ularidade de opini*es+ mas+ ao&onr4rio+ o sujeio s, ' sujeio en#uano obede&e a leis universais+ #ue o&onsiuem+ o #ue sinifi&a di-er #ue o idealismo subjeivo ' uma filosofia sin'i&adas &orrenes &onraposas do pensameno moderno+ ou seja+ ra&ionalismo eempirismo+ domaismo e &ei&ismo+ realismo e idealismo+ pelo menos no senido

    formal+ pois a subjeividade no ' posa a#ui &omo absolua uma ve- #ue se&onrap*e a uma &oisa em si va-ia.A filosofia &onse#=enemene em &omo arefa pr,pria emai-ar a #ueso de&omo nosso &on2e&imeno se rela&iona aos objeos da eperi%n&ia+ iso '+ odaperuna por um objeo impli&a a peruna pela &oneo enre o objeo e amaneira de seu &on2e&imeno e a filosofia rans&endenal ' a#uela #ue emai-a aunidade do &on2e&imeno e de seu objeo. A eperi%n&ia sens/vel ' a ins>n&iaoriin4ria e insuper4vel de &on2e&imeno de uma subjeividade finia+ o #ue impli&aa neao da meaf/si&a e,ri&a+ ou seja+ a meaf/si&a en#uano teoria do

    Absoluo+ pois no em validade objeiva #ual#uer &on2e&imeno #ue en2a apreenso de rans&ender esa esfera fundane da vida 2umana o #ue

    ineviavelmene &ondu- < peruna pela leiimao da validade da pr,priarefleo rans&endenal. ;or esa+ ra-o se p*e no luar da meaf/si&a realisauma 9Objeoloia rans&endenal:+ uma eoria da &onsiuio pelo sujeio dosobjeos de nosso &on2e&imeno+ ou seja+ da mediao &aeorial subjeiva dosobjeos de nossa eperi%n&ia.

    A diferena onol,i&a b4si&a enre &on&eio e realidade+ fruo do &ei&ismomoderno+ ' &onfirmada e san&ionada+ mas ao dualismo ontolgico 7realismoonol,i&o) se sobrep*e um monismo epistemolgico 7idealismo episemol,i&o+formal) en#uano o ideal+ &omo realidade subjeiva+ se revela a mediaone&ess4ria de nosso &on2e&imeno dos objeos do mundo+ o #ue para $eel vaien&urar e empobre&er radi&almene a refleo filos,fi&a por siu40la aora

    definiivamene na esfera da finiude+ o #ue para ele impli&a uma auo&onradio.Com iso a filosofia renun&ia

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    #ue a ne&essidade &on&eiual leiima alo absoluo+ &uja eis%n&ia no pode serneada sem auo&onradio. Ble reoma assim a #ueso da filosofiarans&endenal+ ou seja+ a #ueso da validade ' uma #ueso &enral &onudo+para ele+ uma refleo rans&endenal radi&ali-ada sinifi&a a demonsrao do&ar4er absoluo da ra-o+ o #ue sinifi&a di-er #ue ele supera num ni&o

    movimeno ano a meaf/si&a realisa #uano a filosofia rans&endenal subjeiva! oAbsoluo ' subjeividade+ mas uma subjeividade #ue no em um ouro frene a si+pois '+ en#uano ?d'ia+ idenidade de subjeividade e objeividade+ deerminao#ue ' mediada arav's de muias deermina*es sem as #uais ela no poderia serpensada. A l,i&a ' para $eel jusamene a eposio sisem4i&a desasdeermina*es &aeoriais #ue a subjeividade absolua semani&amenepressup*e para poder ser pensada &omo oalidade &on&rea.

    A filosofia meaf/si&a moderna se apresena+ nese 2ori-one+ &omo uma filosofiain%nua do Absoluo+ por#ue sua ese b4si&a da unidade do &on&eio e darealidade+ #ue se reali-a do modo eemplar no Absoluo+ ' uma pressuposiono fundamenada e se baseia na &rena de #ue &on2e&emos a verdade arav's

    do pensar 7Bn-. E 8). As &aeorias meaf/si&as so &aeorias inade#uadas parapensar o Absoluo+ en#uano no so fundamenadas refleivamene j4 #ue&onseuidas a parir da represenao sem #ue se pon2a a #ueso de suaverdade ou de sua unilaeralidade+ mas anes se apela para a inuio &omo&ri'rio de sua verdade! no se pode &on2e&er o Absoluo arav's de inui*esimediaas+ porano+ domai&amene+ j4 #ue pressuposas &omo v4lidas ein#uesion4veis+ mas pela mediao da refleo me,di&a do sisema &aeorial e&ada &aeoria s, pode ser jusifi&ada no &oneo do sisema &aeorial &omo ummomeno do odo no seio de #ue sua sinifi&ao se epli&ia e se &orrie. Fora doodo sisem4i&o+ uma &aeoria permane&e para $eel uma pressuposio nofundamenada+ porano+ uma &ere-a subjeiva.

    A filosofia de $eel vai levanar a preenso de desenvolver o sisema+meodi&amene &onrolado+ das &aeorias meaf/si&as b4si&as+ en#uanomomenos do prin&/pio onol,i&o fundamenal+ e sua leiimao riorosa+ o #ue+&onudo no sinifi&a di-er #ue ese sisema se ari&ule a parir do modeloaiom4i&o j4 #ue ese+ para $eel+ pare ne&essariamene de defini*es+ aiomase reras de derivao #ue permane&em sem fundamenao e porano nopodem servir a um saber de prin&/pios &omo ' a filosofia+ #ue em #uefundamenar seus pr,prios pressuposos. ?so em &omo &onse#=%n&ia #ue aforma ade#uada de uma fundamenao filos,fi&a no ' nem a deduo+ nem oapelo a inui*es+ mas o crculo reflexivo+ pois ela em a ver &om as &aeorias#ue visam a oalidade do ser no #ue di- respeio < sua ineliibilidade inr/nse&a+ou seja+ '+ em seu n&leo duro+ uma l,i&a das &aeorias fundamenais do ser.7%m mui(o! lugare! de !ua obra, Hegel afirma *ue *ual*uer cr+(ica da ra)o < pre!!up=e a alidade da ra)o,*ue ela ao me!mo (empo pre(ende p>r em *ue!(o e com i!(o mo!(ra !eu care!zeit, !eg. ed., ?4bingen, 19:.Ne!(e !en(ido, o modelo da filo!ofia ai dei@ar de !er a geome(ria de %uclide! como em %!pino!a e pa!!a a!er a refle@o, como Hegel e@p>! em !ua polAmica a re!pei(o da ade*uao do mB(odo ma(em

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    A filosofia rans&endenal subjeiva+ por sua ve-+ em o m'rio de se deiar mediarpelo &ei&ismoG+ o #ue impli&a #ue a filosofia em #ue &oner em si mesma a#ueso de sua pr,pria fundamenao+ por'm+ en#uano idealismo subjeivo+ ouredu- o pensameno ao saber da eperi%n&ia &omo foi o &aso de 6an ou idenifi&ao Absoluo+ o ser ideal+ &om uma esfera real+ a subjeividade finia+ &omo fe-

    Fi&2e+ o #ue fa- reornar o dualismo onol,i&o enre &on&eio e realidade+subjeividade e objeividade+ eu e no0eu. $eel levana a preenso+ arav's dafilosofia rans&endenal+ iso '+ do pro&edimeno da refleo do pensameno sobresi mesmo+ de demonsrar a esruura onol,i&a fundamenal+ o pensamento do

    pensamentoH+ uma esruura #ue se fundamena a si mesma refleivamene+en#uano a esruura da subjeividade absolua+ a ?d'ia absolua I+ unidade desubjeividade e objeividade+ #ue no s, pre&ede odo &on2e&imeno finio+ masodo ser. Jraa0se porano+ para al'm da erminoloia empreada por $eel para#uem a epresso filosofia rans&endenal desina o idealismo subjeivo+ de umameaf/si&a rans&endenalmene mediada+ ou seja+ de uma eoria do Absoluo #ue&on'm uma refleo sobre sua pr,pria validade+ porano+ #ue se fundamena

    refleivamene a si mesma.

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    ;or um lado+ a filosofia em de novo um prin&/pio onol,i&o &omo seu &enro+ ela' onoloia+ o onol,i&o em o primado no filosofar mas esa onoloia passoupela refleo &r/i&a da modernidade o #ue sinifi&a di-er #ue o prin&/piofundamenal da filosofia rans&endenal+ a#ui um prin&/pio meodol,i&o+ a auto-reflexividade do pensamento+ se ransforma no princpio ontolgico ltimo+ #uefundamena iualmene o ser naural e o ser espiriual finio+ o #ue sinifi&a di-er#ue a filosofia se vai esruurar &omo L,i&a " emai-ao do prin&/pio onol,i&osupremo+ da ra-o de udo o #ue eise " e Filosofia do eal em suasdeermina*es fundamenais en#uano naure-a e esp/rio+ &onsiderao darealidade a parir do prin&/pio supremo+ ou seja+ Filosofia da 3aure-a e Filosofia

    : O *ue para Hegel, em Dl(ima in!(Encia, ai implicar uma alorao da negao no con-ecimen(o dob!olu(o, o *ue para ele no ocorreu na me(af+!ica *ue pre(endeu con-ecer o b!olu(o unicamen(e comca(egoria! po!i(ia! de!embocando em problema! para Hegel in!olDei! no con(e@(o de!(a forma de pen!ar!obre(udo no *ue di) re!pei(o problem

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    do Bsp/rio11+ iso '+ saber dos prin&/pios de udo e saber de udo a parir dosprin&/pios+ ou seja+ da ra-o absolua+ o #ue fa- &om #ue seu objeo sejane&essariamene a oalidade da realidade+ #ue en#uano al emere &omo umaoalidade ra&ional e &om iso perde a ra-o de ser a &onraposio neaiva enre&on&eio e realidade+ subjeividade e objeividade+ absoluidade e finiude+ iso '+

    odas as &onraposi*es no mediadas uma ve- #ue uma filosofia sin'i&a seari&ula dialei&amene+ iso '+ arav's da mediao de odas as &onraposi*es+da in&luso da neaividade na posiividade. $eel esabele&e assim de novo oonol,i&o no &enro do pensar " o &enro no ' a subjeividade finia+ en#uanoins>n&ia leiimadora do &on2e&imeno+ mas o Absoluo+ a subjeividade absolua

    "sem &onudo perder a &rii&idade /pi&a da filosofia rans&endenal moderna+ iso'+ fundamenando a filosofia na auo0refleividade da ra-o. Assim+ a filosofia de$eel+ &omo Meaf/si&a rans&endenalmene mediada+ ' uma 9superao:+en#uano reali-ao suprema+ ano do realismo meaf/si&o pr'0&r/i&o+ #uano dafilosofia rans&endenal en#uano idealismo subjeivo e en#uano alessen&ialmene uma filosofia sin'i&a+ #ue pressup*e as posi*es aneriores e as

    inera &omo seus momenos.3ese senido+ a superao se d4 arav's da ari&ulao de um novo idealismo! oidealismo absoluo+ s/nese enre realismo objeivo e idealismo subjeivo+ #ueen#uano al levana a preenso de demonsrar um fundameno uni4rio para o&on2e&imeno e para o ser+ para a subjeividade e a objeividade+ ou seja+ o

    Absoluo en#uano prin&/pio refleivo irrre&us4vel+ um prin&/pio #ue s, &2ea a simesmo en#uano p*e deermina*es e as supera arav's da neao daneao. Bm $eel+ a posiividade do Absoluo en#uano prin&/pio onol,i&olimo+ no ' uma posiividade imediaa+ &omo era o &aso na meaf/si&a realisa#ue se revelou en#uano al absraa por preender &on2e&er o Absoluouni&amene arav's de predi&ados posiivos+ mas uma posiividade mediada pela

    neao. 3ese 2ori-one+ a neaividade em um papel mediador fundamenal+pois ' uni&amene arav's dela #ue o Absoluo ' para si mesmo+ o #ue ele ' emsi+ ou seja+ ' arav's da neao #ue o Absoluo pode ser dio em suasdeermina*es+ pois o Absoluo ' s/nese+ neao da neao+ iso '+ neaoda unilaeralidade das deermina*es finias+ #ue na meaf/si&a realisa foramdeiadas de lado+ pois esa s, rabal2ava &om &aeorias posiivas de al modo#ue uma mediao se orna impens4vel+ o #ue em lima ins>n&ia &ondu- a umdualismo insuper4vel. N pre&isamene a neao deerminada #ue orna poss/vela &onsruo do sisema &aeorial na medida em #ue ' ela #ue possibilia opassar imanene de uma &aeoria < oura de al modo #ue s, uma eposiodial'i&a+ iso '+ a#uela #ue inrodu- a neao &omo elemeno &onsiuivo+ '&apa- de pensar o Absoluo em suas deermina*es pr,prias. em &apar osenido espe&ulaivo da neaividade uma eoria se orna in&apa-+ &omo ' o &asode Bspinosa+ de pensar o Absoluo &omo ubjeividade.

    1.8 "A ermen!utica enquanto supera"#o da nova ontologia e da filosofia dareflex#o.

    11?ra(a8!e da rear(iculao do *ue foi in(rodu)ido na (radio e!col

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    A ermen!uticapor sua ve- ari&ula uma &ompreenso de filosofia #ue preendesiuar0se amb'm al'm do realismo e do idealismo da filosofia moderna18+deslo&ando+ &omo a dial'i&a de $eel+ a #ueso &enral da filosofia da eoria do&on2e&imeno para a onoloia. Bm primeiro luar+ (adamer enende2ermen%ui&a no &omo uma #ueso meodol,i&a+ mas &omo nova ari&ulao

    da filosofia en#uano al1@

    ! ele afirma epressamene #ue a verdade de suapes#uisa se siua na &oninuao imediaa da radio &l4ssi&a 7PPP?) dopensameno o&idenal+ de modo espe&ial no seuimeno de Dil2eQ+ $usserl e$eideer. 3o enano+ 24 a#ui uma proposa #ue sinifi&a um &onfrono &om esaradio e &om o &on&eio de verdade #ue vie nas &i%n&ias modernas 1+ iso '+raa0se de emai-ar o problema da verdade e espe&ifi&amene de raar da#uelaeperi%n&ia de verdade #ue rans&ende a esfera de &onrole da meodoloia das&i%n&ias e #ue porano no pode ser verifi&ada arav's dos meios me,di&os das&i%n&ias 7RM PPR??+ PPR???)+ ou seja+ o objeivo ' desenvolver um &on&eio de&on2e&imeno e de verdade #ue &orresponda ao odo de nossa eperi%n&ia2ermen%ui&a. A eperi%n&ia da are1'+ nese &oneo+ eemplar pre&isamene

    por#ue a are rans&ende o &ampo do &on2e&imeno me,di&o+ o 2ori-one do #ue' deerminado pela subjeividade e '+ en#uano al+ uma forma diferene deapresenao da verdade. Arav's dela se abre o espao para a &onsiderao dasformas de eperi%n&ia para al'm da#uelas vienes nas &i%n&ias em suapreenso de serem mediadoras de verdade e se revelam os limies daauo&ompreenso das &i%n&ias modernas+ pois uma obra de are no ' umsimples insrumeno de apresenao+ mas rans&ende o 2ori-one subjeivo anodo arisa &omo do epe&ador 7P?P)1e nese senido apona para a &ompreenso#ue+ de enrada+ se p*e numa aberura infinia e produiva.ua peruna fundamenal ' eno! #ue &on&eio filos,fi&o de verdade ' &apa- demediar um pensameno &orreo sobre o #ue so &i%n&ia e pr4is vial e iualmene

    12Para Sadamer a -ermenAu(ica (ran!cende, de forma igual, (an(o o -ori)on(e da Jme(af+!ica da !ub!(EnciaKcomo !ua (ran!formao no concei(o de J!ube(iidadeK. Cf. SG#%R H8S., Wahrheit !nd #ethode.Gr!ndz?ge einer philosophischen Her&ene!tik, (erc. %d., ?4bingen, 19:2, pg. 759, de agora em dian(e ci(adoT#.1'Obe(o de !ua pe!*ui!a B, para Sadamer, no o *ue fa)emo! ou o *ue deemo! fa)er,ma! o *ue ocorrecono!co para alBm de no!!o *uerer e do no!!o fa)er "T# TI$.17. Srondin B de opinio *ue, *uando Sadamer re(oma o di

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    leiimar a preenso de verdade de formas de eperi%n&ia no &ien/fi&asS 1G+ ouseja+ #ue &on&eio de verdade ' &apa- de jusifi&ar filosofi&amene ano o&on2e&imeno &ien/fi&o &omo as formas no &ien/fi&as de &on2e&imenoS 3umapalavra+ na filosofia se raa de emai-ar alo #ue no s, limia a &i%n&ia moderna+mas anes a pre&ede+ pois o #ue a#ui es4 em joo ' a epli&iao das &ondi*es

    de verdade+do fundameno pr'0refleivo de odo saber objeivo+ porano+ in&lusivedo saber &ien/fi&o 7RM 81+ 88) e+ en#uano al+ a 2ermen%ui&a ' um saberrans&endenal 7RM I@ e ssPR??).1H3ese senido+ a filosofia emai-a a esfera#ue no s, pre&ede as &i%n&ias e suas formas de eperi%n&ia+ mas #ue subja- n&ia onol,i&a das &aeorias fundamenais en#uano momenos deuma esruura onol,i&a oriin4ria@Gde al modo #ue ela abre o espao em #ue ofinio e o Absoluo e suas rela*es possam ser pensados e a filosofia se mosraassim &omo a inerpreao objeivamene v4lida das esruuras essen&iais darealidade+ porano+ demonsrao da#uele sisema &aeorial #ue subja-

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    reali-ao+ o resulado de sua auomediao! oda a 2is,ria ' o movimeno deauodeerminao do Absoluo e de sua manifesao. O Absoluo s, ' en#uanoese movimeno &ir&ular de auodeerminao e+ en#uano al+ ' o &/r&ulo #ue sefe&2a absoluamene em si mesmoK. ;ara a 2ermen%ui&a+ a 2isori&idadepropriamene+ em sua aberura infinia+ desapare&e a#ui 1na medida em #ue ela '

    redu-ida a um momeno ne&ess4rio+ a uma eapa inermedi4ria daauodeerminao e auo0efeivao do Absoluo. 3ese senido ' v4lida aperuna a $eel se sua posio+ no fundo+ no ' a mesma #ue ele aribui aBspinosa+ ou seja+ a&osmismo no senido de di-er #ue o mundo+ no #ue l2e 'pr,prio+ desapare&e em sua filosofia e+ no &oneo de nossa dis&usso+poder/amos di-er+ o empo+ a 2isoria+ a finiude desapare&em+ porano+ raar0se0ia de 9aemporismo:+ 9a2isori&ismo:+ 9afiniismo:+ j4 udo no passa de momenoinerno do pro&esso de auo0reali-ao do AbsoluoS ;or ouro lado+ um Absoluoassim pensado no nea pre&isamene sua absoluidade no senido esrio umave- #ue se fa- ne&essariamene dependene do finio e da 2is,ria para sua auo0reali-aoS ?mediaidade e Mediao no erminam simplesmene idenifi&adasS

    Absoluidade e Liberdade no se revelam eno &omo irre&on&ili4veisSJano a dial'i&a &omo a 2ermen%ui&a &onsideram a arefa da filosofia o pensar :oao mesmo empo: da absoluidade e da 2isori&idade e por esa ra-o ambaslevanam a preenso < universalidade. A peruna #ue nos resa e ' inevi4vel 'se ambas fi-eram jusia+para usar+ uma epresso de (adamer+ ano ao

    Absoluo #uano < 2isori&idade+ ou seja+ o Absoluo pode ser ade#uadamenepensado #uando &on&ebido &omo o &/r&ulo fe&2ado+ &omo a idenifi&ao plena de&on&eio e realidade+ do ser ideal e do ser real+&omo o pro&esso ne&ess4rio desua auodeerminao arav's da mediao da finiude e da 2isori&idadeen#uano espaos em #ue Ble se efeiva e se manifesa+ porano+ &omo opro&esso or>ni&o de auo&onsiuio+ auodesdobrameno e auomanifesaodo Con&eioS ;or ouro lado+ a absoluidade ' ade#uadamene pensada #uando&ir&uns&ria a um momeno irrre&us4vel do eveno finio &omo o&orre na2ermen%ui&aS Fa-0se a#ui jusia ao Absoluo e < 2is,riaS 3o se d4 nesasfilosofias uma finii-ao do Absoluo e uma absolui-ao do finio #ue no so&apa-es de enfrenar a rande arefa afirmada por ambas as posuras! pensar aidenidade e a diferena de Absoluidade e finiude 72isori&idade)S O &onfrono#ue enamos fa-er nos di- #ue+ num primeiro momeno+ ambas as posi*es+deiadas em si mesmas se+ e&luem e se neam muuamene. 3o apona+&onudo ese &onfrono jusamene para a rande ur%n&ia da filosofia&onempor>nea! para al'm das insufi&i%n&ias de ambas+ a ne&essidade do p5r0sea &amin2o para pensar propriamene o Qmbolos+ a s/nese de idenidade e dediferena+ de Absoluidade e Finiude #ue no sa&rifi#ue uma < oura+ mas anes#ue as deie ambas vir < palavraS

    7;Cf.-!ft E., $s e&entes da *ida. +n*estiga;

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