hermenÊutica 1ª avaliaÇÃo mapa mentais.pptx

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HERMENÊUTICA Parte da ciência jurídica que tem por objeto o estudo e a sistematização dos processos, que devem ser utilizados para que a interpretação se realize. INTERPRETAÇÃO Consiste em aplicar as regras, que a hermenêutica perquire e ordena, para o bom entendimento dos textos legais. a) Quanto ao agente de interpretação, com base no órgão prolator do entendimento da lei; É prolatada pelos órgãos do Poder Público, quer do Legislativo, quer do Executivo, quer do Judiciário Pública Privada Doutrinal, é levada a efeito pelos particulares, especialmente pelos técnicos da matéria que a lei trata. Realizada por órgãos do Poder Público que não são detentores do Poder Legislativo nem Judiciário. Autênt ica Judici al É oriunda do próprio órgão fautor da lei, levada mediante a confecção de diplomas interpretativos. É a que é realizada pelos órgãos do Poder Judiciário. Regulamen tar Casuís tica Se destina ao traçado de normas gerais, como a grande massa dos decretos, portarias e etc. Se orienta no sentido de esclarecer dúvidas especiais, de caráter controversial ou não, que surgem quando da aplicação, por parte dos aludidos órgãos, das normas gerais aos casos concretos. Por Savigny, como aquela que advém do direito consuetudinário (Interpretação Social). b) Quanto à natureza, tendo como fundamento os diversos tipos de elementos contidos nas leis e que servem como ponto de partida para a sua compreensão; Gramatical É aquela que toma como ponto de partida o exame do significado e alcance de cada uma das palavras do preceito legal Lógica É aquela que se leva a efeito mediante a perquirição do sentido das diversas locuções e orações do texto legal, bem assim através do esclarecimento da conexão entre os mesmos. Histórica É aquela que indaga das condições de meio e momento da elaboração da norma legal, bem assim das causas pretéritas da solução dada pelo legislador. Remota Próxim a Dirige-se mais ao que chamaríamos origo legis, às origens das leis, cujas raízes se estendem às próprias manifestações primeiras da instituição regulada. Se entende mais de perto com o que se denomina, occasio legis, sendo desnecessário encarecer a importância do concurso da sociologia, da economia, da politica e de outras ciências afins, para a consecução do respectivo escopo. Sistemática É a descoberta da mens legislatoris da norma jurídica pode e deve ser pesquisada em conexão com as demais do estatuto onde se encontra 1) O de quando é feita em relação à própria lei a que o dispositivo pertence 2) O de quando se processa com vistas para o sistema geral do direito em vigor. Revela considerar o caráter geral da lei; o livro, título ou paragrafo onde o preceito se encontra; o sentido tecnológico jurídico com que certas palavras são empregadas no diploma. Importa atender à própria índole do direito nacional com relação a matérias semelhantes à da lei interpretada; ao regime político do país; às ultimas tendências do costume, da jurisprudência e da doutrina. c) Quanto à extensão, com base no alcance maior ou menor das conclusões a que o intérprete chegue ou tenha querido chegar. Declarativa Extensiva Restritiva É a interpretação cujo resultado leva a afirmar que o legislador, ao exarar a norma, usou de expressões aparentemente mais amplas que o seu pensamento. Ampliativa, a interpretação segundo a qual a fórmula legal é menos ampla do que a mens legislatoris deduzidas, dentro de limites moderados e cientificamente plausíveis. É aquela cujo enunciado coincide, na sua amplitude, com aquele que, parece conter-se nas expressões do dispositivo. Usual Administra tiva

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HERMENUTICAParte da cincia jurdica que tem por objeto o estudo e a sistematizao dos processos, que devem ser utilizados para que a interpretao se realize.INTERPRETAOConsiste em aplicar as regras, que a hermenutica perquire e ordena, para o bom entendimento dos textos legais.a) Quanto ao agente de interpretao, com base no rgo prolator do entendimento da lei; prolatada pelos rgos do Poder Pblico, quer do Legislativo, quer do Executivo, quer do JudicirioPblicaPrivadaDoutrinal, levada a efeito pelos particulares, especialmente pelos tcnicos da matria que a lei trata.Realizada por rgos do Poder Pblico que no so detentores do Poder Legislativo nem Judicirio.AutnticaJudicial oriunda do prprio rgo fautor da lei, levada mediante a confeco de diplomas interpretativos. a que realizada pelos rgos do Poder Judicirio.RegulamentarCasusticaSe destina ao traado de normas gerais, como a grande massa dos decretos, portarias e etc.Se orienta no sentido de esclarecer dvidas especiais, de carter controversial ou no, que surgem quando da aplicao, por parte dos aludidos rgos, das normas gerais aos casos concretos.Por Savigny, como aquela que advm do direito consuetudinrio (Interpretao Social).b) Quanto natureza, tendo como fundamento os diversos tipos de elementos contidos nas leis e que servem como ponto de partida para a sua compreenso;Gramatical aquela que toma como ponto de partida o exame do significado e alcance de cada uma das palavras do preceito legalLgica aquela que se leva a efeito mediante a perquirio do sentido das diversas locues e oraes do texto legal, bem assim atravs do esclarecimento da conexo entre os mesmos.Histrica aquela que indaga das condies de meio e momento da elaborao da norma legal, bem assim das causas pretritas da soluo dada pelo legislador.RemotaPrximaDirige-se mais ao que chamaramos origo legis, s origens das leis, cujas razes se estendem s prprias manifestaes primeiras da instituio regulada.Se entende mais de perto com o que se denomina, occasio legis, sendo desnecessrio encarecer a importncia do concurso da sociologia, da economia, da politica e de outras cincias afins, para a consecuo do respectivo escopo.Sistemtica a descoberta da mens legislatoris da norma jurdica pode e deve ser pesquisada em conexo com as demais do estatuto onde se encontra1) O de quando feita em relao prpria lei a que o dispositivo pertence2) O de quando se processa com vistas para o sistema geral do direito em vigor.Revela considerar o carter geral da lei; o livro, ttulo ou paragrafo onde o preceito se encontra; o sentido tecnolgico jurdico com que certas palavras so empregadas no diploma.Importa atender prpria ndole do direito nacional com relao a matrias semelhantes da lei interpretada; ao regime poltico do pas; s ultimas tendncias do costume, da jurisprudncia e da doutrina.c) Quanto extenso, com base no alcance maior ou menor das concluses a que o intrprete chegue ou tenha querido chegar.DeclarativaExtensivaRestritiva a interpretao cujo resultado leva a afirmar que o legislador, ao exarar a norma, usou de expresses aparentemente mais amplas que o seu pensamento.Ampliativa, a interpretao segundo a qual a frmula legal menos ampla do que a mens legislatoris deduzidas, dentro de limites moderados e cientificamente plausveis. aquela cujo enunciado coincide, na sua amplitude, com aquele que, parece conter-se nas expresses do dispositivo.UsualAdministrativa

SISTEMAS INTERPRETATIVOSSo orientaes repassadas por doutrinadores acerca de como os mtodos interpretativos devem ser utilizados, a importncia que cada um merece e, a respeito de como deve ser encarado o resultado obtido.Ligado ao Cdigo de Napoleo, representou para poca, verdadeiro monumento do Direito Ocidental, o interprete , realmente um escravo da lei, e no pode opor sua vontade do legislador.EXTREMADA (Laurent)ROMNTICA (Magnaud)A interpretao e, a aplicao do direito so processos desapegados de delineamentos legais.Obs: Atitude antijurdica, comprometedora da Paz e da Segurana Pblica.O interprete deve procurar o Direito na lei (norma posta), todavia, em sua falha, este deve continuar a procura, desta feita alm da lei(analogia, costumes e princpios gerais do direito)MODERADA (Baudry-Lacantinerie)Ao menos nos casos duvidosos, recomendvel \ interpretao sistemtica, a consulta s fontes da elaborao da lei. A indagao do esprito da lei.O dogmtico, exegtico ou jurdico-tradicional (sistema francs)Sistema Histrico-EvolutivoJurista Savigny, fundador do Historicismo Jurdico. O papel do intrprete e da interpretao reconstruir o pensamento do legislador ( mens. legislatoris). Pressuposto geral - sempre de que a lei clara, sendo que seus termos correspondem ao pensamento do legislador. Misso do intrprete - no reformar a lei, mas explic-la, devendo ainda aceitar os seus defeitos.Sistema da livre pesquisaMaior expoente o jurista Ihering, tambm se prope a remediar os males do dogmatismo jurdico. Assim como o sistema histrico- evolutivo, tambm se prope a remediar os males do dogmatismo jurdico.Cientfica(Ihering)

REGRAS DE HERMENUTICA OU INTERPRETAOO conjunto orgnico das regras de interpretao aquilo a que se deve denominar hermenutica.Estatudas nos artigos 4 e 5 da LICC Estipulam procedimentos que o intrprete, tem que levar em conta a realizao de seu trabalho.NB: Aqui no Brasil vigora o Sistema Histrico-Evolutivo(regra), e que somente aps a constatao da omisso da lei que convm partir para outras formas de expresso do Direito Sistema da Livre Pesquisa Cientfica(exceo).a) as Legaisb) as CientficasConsagradas pela doutrina,Os trabalhos nas obras interpretativas so de grande valia no auxilio do intrprete reconstruindo o sentido da norma.c) as JurisprudenciaisValioso para balizar o aplicador do direito extrados da anlise de diversos julgados por Tribunais.Regras de R. Limongi Frana1. A exegese o ponto de partida para qualquer interpretao;2. Em um 2 momento, de posse desse resultado, o intrprete deve servir-se dos elementos lgicos, histricos e sistemticos.3. Cumpre ao intrprete verificar a coincidncia entre a expresso da lei e a descoberta auferida(sentido da norma).4. Verificada a coincidncia, estar concludo o trabalho interpretativo, passando-se aplicao da lei ao caso concreto.5. Averiguada, desconexo entre a letra da lei e a mens legislatoris, o intrprete aplicar esta e no aquela.6. Se na indagao da mens legislatoris, os resultados foram diversos, aplica-se aquele que for mais compatvel, com a ndole natural do instituto que a norma regula.7. Se, todavia os resultados forem insuficientes, em virtude de defeito ou omisso da lei, cumpre ao intrprete recorrer as demais formas de expresso do direito(formas suplementares).8. No uso dessas outras formas suplementares de expresso do direito, ser mister agir de modo semelhante ao da interpretao, na busca de averiguar a mens legislatoris.9. Na utilizao das formas suplementares de expresso do direito, necessrio se faz obedecer a hierarquia prevista em lei (analogia, costumes e princpios gerais do direito).10. Quando, a despeito de todos essas providncias, houver ainda falta de elementos, o aplicador(juiz)pode construir, vendo a realidade scio- jurdico..

NOES GERAIS DE INTEGRAO(Ferrara) O preenchimento das lacunas da lei, quando da sua aplicao ao caso concreto. Corresponderia o termo ideia de tornar a lei integral, quando fosse defeituosa.AntinomiaConhecer o conjunto de regras que norteiam a arte de averiguar o direito contido nas leis e demais formas e expresses de que o mesmo se reveste.utilizar essas regras com vistas, verdadeiramente conhecer a normaLacunasFalha, falta ou omissoNooAcepesContradio entre duas leisConhecimento da hermenuticaSistemas de integraoSentido amplo (lato)Sentido Restrito - (estrito)integrao o meio pelo qual o intrprete torna o ordenamento jurdico sem falhas, integral (ante as lacunas da Lei).integrao o enquadramento de uma norma jurdica a um caso concretoFases da integraoIntegrao do direitoAplicar o resultado do trabalho interpretativo ao caso concreto, com a finalidade de possibilitar a melhor soluo jurdica.Integrao ao caso concreto1. Situao: havendo lei expressa a respeito, o problema no aparece maior dificuldade. Aplica-se a lei aps a interpretao.2. Situao : No h previso legal expressa. A est o problema...trs so as orientaes.1.) Diante da lei omissa ou obscura, o juiz dever simplesmente declarar o autor carecedor de direito, por falta de fundamento2.) O Juiz dever remeter o caso autoridade competente para que esta elabore a norma aplicvel (vigia poca das Ordenaes Filipinas).3.) o Juiz dever julgar o pedido com base nos recursos supletivos (formas suplementares) do direito.

MEIO NORMAL DE APLICAO OU INTEGRAOO meio normal de integrao do direito a aplicao das regras da hermenutica interpretao da lei e a posterior adequao do resultado ao caso concreto.Obs.: Aps tal procedimento, e deparando-se com a lacuna da lei, deve o intrprete prosseguir aplicando as regras da hermenutica interpretao, agora, das formas suplementares do direito.

MEIO ESPECIAIS: ANALOGIA2.CONCEITO Analogia aplicao de um princpio jurdico que a lei estabelece, para um certo fato, a um outro fato no regulado, mas juridicamente semelhante ao primeiro.Casos anlogosTem vez quando ocorre uma lacuna (caso no previsto em lei).O caso deve ser absolutamente no previsto em lei1. Noo3. FundamentoSo casos que apesar de no idnticos, possuem similaridades que os tornam bastante prximos. So casos diversos, porm apresentam a mesma essncia jurdica.Analogia4. ModalidadesAnalogiaInduoConsiste em estender (generalizar) para todos os casos da mesma natureza aquilo que vlido para um s deles.Limita-se a estender o que vlido para certo caso a um outro que lhe seja similar. a reconstruo do esprito da lei. Tem vez quando existe uma lei a ser aplicada.Interpretao extensivaLegal (Analogia legis)Jurdica (Analogia iuris)Est na ideia de que os fatos de igual natureza devem possuir igual regulamento. aquela que extrai a igualdade de tratamento para certo caso de uma norma legislativa existente para outro caso similar do direito ( pressupe existncia de lei). aquela que extrai a igualdade de tratamento para certo caso de um preceito contido nas formas suplementares do direito (pressupe ausncia de lei).5. Requisitos1 Caso2 Caso3 CasoDeve existir ao menos um elemento de identidade entre o caso no previsto e aquele previstoA identidade entre os dois casos deve atender ao elemento em vista do qual o legislador formulou a regra que disciplina o caso previsto.6. Limites1)No das leis de carter criminal. Exceto as hipteses em que a Analogia beneficie o ru.2) Nos da lei do Direito singular, cujo carter excepcional no pode comportar decises semelhantes.

MEIO ESPECIAIS: EQUIDADE1.CONCEITO o gnero dos chamados conceitos anlogos, dos que apresentam vrios significados semelhantes e relacionados uns com os outros.a) Princpio similar e anexo ao da justiaConfundir-se-ia com uma certa variedade de ato jurisdicional, sentido esse que no nos parece muito vigoroso e no qual no deve a palavra ser usada na linguagem tecnolgico-jurdica sem as devidas distines2. Acepes o princpio da igualdade, segundo o qual se deve dar a cada um aquilo que lhe pertence. esse principio que rege os estabelecimento da lei, assume a questo do meu e do seu.d)Ato de julgar conforme os ditames do mesmo princpio3. Espcies de Equidadeb) Virtude ou hbito prtico informado por esse princpio.c) Direito de agir de modo conforme a essa virtude.Implica verdadeiro dever do magistrado corresponde ainda um direito, isto , o direito natural de distribuir justia equanimemente.Com o significado de jurisprudncia, o vocbulo adquire uma largueza ainda maior, de onde tambm a maior inconvenincia da sua utilizao. e) Jurisprudncia em geral.LegalJudicialContem no prprio texto da lei, cujo mandamento prev alternativas ou esmia a possibilidade de solues diversas.Expressa ou implicitamente, o legislador incumbe o magistrado de levar a efeito.4. Fundamento do exerccio da Equidadea) Nos textos que expressamente referem o termo equidadeb) Nos textos que, sem referir essa palavra, direta ou indiretamente, apelam para o prudente arbtrio do magistrado.O magistrado, ao medir a igualdade dos casos concretos, v-se por vezes na contingncia de adapt-la aos pormenores no previstos e, no raro, imprevisveis pela lei, sob pena de perpetrar uma verdadeira injustia e, assim, contradizer a prpria finalidade intrnseca das normas legais.CivilNaturalDeterminao contida na lei.baseia se no direito natural o juiz tem que distribuir justia equanimementeCerebrinaFalsa equidade, equidade sentimentalista, anticientfica.c) Nos textos gerais, referentes interpretao e aplicao da lei.5. Requisitos1) A despeito da existncia de casos de autorizao expressa em lei, concernente ao uso da equidade, essa autorizao no indispensvel, uma vez que no apenas pode ser implcita, como ainda o recurso a ela decorre do sistema e do direito natural2) A equidade, supe a inexistncia, sobre a matria, de texto claro e inflexvel.3) Ainda que, a respeito do objeto, haja a determinao legal expressa, a equidade tem lugar, se este for defeituoso ou obscuro, ou, simplesmente, demasiado geral para abarcar o caso concreto4) Averiguada a omisso, defeito, ou acentuada generalidade da lei, cumpre entretanto, antes da livre criao da norma equitativa, apelar para as formas complementares de expresso do direito.5) A construo da regra de equidade no deve ser sentimental ou arbitrria, mas o fruto de uma elaborao cientfica, em harmonia com o esprito que rege o sistema e especialmente com os princpios que informam o instituto objeto da deciso.