hermenêutica – aula 4

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HERMENÊUTICA AULA 4 HISTÓRICA DA HERMENÊUTICA BÍBLICA SEMINÁRIO TEOLOGICO EVANGÉLICO CONGREGACIONAL Ensinando com Seriedade a Palavra de Deus

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Page 1: Hermenêutica – Aula 4

HERMENÊUTICA – AULA 4

HISTÓRICA DA HERMENÊUTICA BÍBLICA

SEMINÁRIO TEOLOGICO EVANGÉLICO CONGREGACIONAL Ensinando com Seriedade a Palavra de Deus

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SEMINÁRIO TEOLOGICO EVANGÉLICO CONGREGACIONAL Ensinando com Seriedade a Palavra de Deus

I. INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA Diversos métodos de estudo da Palavra de Deus foram desenvolvidos ao longo da história. Os intérpretes mais ortodoxos enfatizaram a necessidade de uma interpretação literal das Escrituras. Sob a influência da filosofia grega, outros optaram por uma interpretação alegórica do texto bíblico. Ainda outros examinaram letras e palavras individualmente como se elas tivessem um significado cifrado e secreto que precisa ser desvendado.

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II. OS PERÍODOS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

A. A exegese judaica e as suas características B. O uso do Antigo Testamento pelo Novo testamento C. Exegese patrística (100-600 d.C.) D. Exegese medieval (600-1500)

E. Exegese da Reforma (Século XVI)

F. Exegese de Pós-Reforma (1550-1800)

G. Hermenêutica moderna (1800 até o presente)

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B. O USO DO ANTIGO TESTAMENTO PELO NOVO TESTAMENTO

1. 10% do N.T. constituem-se de citações ou de alusões ao A.T.

2. Jesus e o uso que fez do A.T.: a) Ele tratou as narrativas históricas como registros fidedignos de fatos. b) Ele aplicou o registro histórico conforme o significado normal do texto. c) Ele criticou a tentativa dos fariseus de vincular as suas tradições às Escrituras. d) Ele não usou as Escrituras de modo antinatural ou ilegítimo. e) Ele citou os profetas de acordo com o padrão de pensamento de sua época.

3. Os apóstolos acompanharam Jesus no uso que fizeram do A.T., interpretando história como história, poesia como poesia, símbolos como símbolos.

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C. EXEGESE PATRÍSTICA (100-600 D.C.)

1. O desejo de entender o A.T. como um documento cristão levou os teólogos da igreja a uma interpretação alegórica das Escrituras. 2. Alguns dos mais célebres expoentes desta escola de interpretação foram Clemente de Alexandria, Orígenes e Agostinho. 3. Clemente ensinou que as Escrituras têm 5 sentidos: histórico, doutrinal, profético, filosófico e místico. 4. O sentido que o autor tinha era abandonado por completo para dar lugar a especulações sobre um possível sentido mais profundo para o texto. 5. Uma honrosa exceção foi a escola de Antioquia da Síria que lançou as bases da hermenêutica evangélica moderna.

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D. EXEGESE MEDIEVAL (600-1500) 1. A Idade Média foi um tempo de pouca erudição, e os estudantes da Bíblia se dedicaram a estudar e compilar as obras patrísticas. 2. O método alegórico de Agostinho foi popularizado e as tradições da igreja amarraram a interpretação das Escrituras. 3. Outros tipos de exegeses surgiram com os cabalistas na Europa (a prática do letrismo), com os judeus espanhóis dos séculos XII a XV (interpretação científica das Escrituras) e com os vitorinos da Abadia de São Vítor (exposição literal das Escrituras). 4. Nicolau de Lyra, com a sua obra, contribuiu para um retorno à interpretação literal das Escrituras, tendo influenciado inclusive a hermenêutica de Lutero.

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F. EXEGESE DE PÓS-REFORMA (1550-1800) 1.O Confessionalismo foi uma reação protestante à oposição do Concílio de Trento e aos dogmas católicos. 2.O Protestatismo produziu a sua própria “teologia escolástica” em que a Bíblia estava a serviço da teologia e não o contrário. 3.O Pietismo se opôs à exegese dogmática e amarga do período confessional, que usava as Escrituras mais para provar as suas teses doutrinárias do que promover um sentimento de piedade nos estudiosos da Bíblia. 4.O Racionalismo, enquanto posição filosófica, uniu-se ao empirismo e estabeleceu a razão humana como juiz sobre a Palavra de Deus.

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G. HERMENÊUTICA MODERNA (1800 ATÉ O PRESENTE)

1. O RACIONALISMO acabou por lançar as bases do liberalismo teológico que enfatizou a autoria humana em detrimento da autoria divina das Escrituras. 2. A RAZÃO HUMANA deveria determinar que partes da revelação poderiam ser consideradas verdadeiras. 3. A Bíblia passou a ser vista como um registro da evolução da consciência religiosa de Israel numa PERSPECTIVA DARWINISTA E HEGELIANA. 4. O LIBERALISMO TEOLÓGICO produziu a hermenêutica da neo-ortodoxia (Karl Barth) e a “nova hermenêutica” (Rudolf Bultmann). 5. Há uma tendência na literatura contemporânea de desprezar a intenção do autor de modo a favorecer UMA INTERPRETAÇÃO SUBJETIVA DO TEXTO. 6. O texto possui uma multiplicidade de sentidos, porque não é mais a intenção do autor que lhe dá real sentido, mas, sim, o que o leitor quiser entender.

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III. Conclusão A. Uma visão da história da interpretação bíblica é importante para a tarefa da igreja de continuar laborando sobre o entendimento e a compreensão das Escrituras. B. A igreja tem a chance de olhar para a história e tentar não cometer os mesmos erros do passado. C. A fé, a iluminação do Espírito Santo, e a disposição à obediência, são necessárias à nossa relação sadia com a Palavra de Deus