guia do comprador de imóveis

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Guia do Comprador

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Page 1: Guia do comprador de imóveis

Guia do Comprador

Page 2: Guia do comprador de imóveis

• Financiamento de até100% do imóvel

1;

• Carência de até 3 meses para o início do pagamento

do valor da amortização;

• Até 30 anos para pagar;

• Financiamento de ITBIe despesas cartoriais;

• Móveis e decoração: crédito para quem

quer mobiliar ou decorar seu imóvel.

RioGrandedo SulGoverno do EstadoCréditoImobiliário

Percentual de fi nanciamento, taxas e prazos de acordo com a política do produto.Crédito sujeito a análise e aprovação. 1Condição do Programa Servidor Estadual do RS.

Para saber mais e simularo seu fi nanciamento, acesse:

banrisul.com.br/creditoimobiliario

Conte com a gente para viver

no imóvel que você sempre quis.

SAC - 0800 646 1515. Ouvidoria Banrisul - 0800 644 2200.

Page 3: Guia do comprador de imóveis

Uma publicação do

Pense Imóveis: Av. Erico Verissimo, 400 - 4° andar - Bairro Azenha, Porto Alegre, RS

Diretor de Classificados Digitais do Grupo RBS: Marcelo Leite

Gerente Executivo: Silvio Frison

Redação Pense: Adriana Barboza, Aloha Boeck, Ângela Rosa, Janice Scalco, Letícia Bernardino,

Roberta Roth (contato: [email protected])

Organização: Letícia Bernardino

Coordenação Editorial: Lucilene Cruz

Projeto Gráfico e Diagramação: Ângela Rosa

Produto Pense: Amanda Oliveira, Cassio Trindade, Chaiane Bitelo, Cintia Armesto,

Diego Senott, Luis Costa, Mauricio Centeno, Natacha Moraes, Felipe Costa, Jorge Audy,

Robert Machado, Rodrigo Dellinghausen, Tiarli Almeida, Vanessa Veiga.

O Guia do Comprador é uma produção do Pense Imóveis e está disponível gratuitamente no

site. Venda proibida. Reprodução expressamente proibida, salvo se autorizada pelo Grupo RBS.

Page 4: Guia do comprador de imóveis

Guia do Comprador

índi

ce

Apresentação ........................................................................................... 5 Sucesso na venda ................................................................................... 6 Saiba como fazer um bom negócio ........................................ 7 Anuncie no Pense Imóveis e garanta sua venda ................. 9Compra garantida .................................................................................. 13 A escolha da sua casa ............................................................. 14 Tranquilidade para assumir a dívida .................................... 19Crédito imobiliário ................................................................................ 21 Passo a passo do financiamento ............................................ 22 Em qual modalidade seu imóvel se enquadra? .................. 24 Checklist ................................................................................... 25 Confira como o FGTS realiza o sonho da casa própria ..... 26 Entenda como o consórcio pode ajudar na compra ........... 29Outros gastos ......................................................................................... 32 Despesas e impostos: conheça os gastos extras ................ 33 Imposto de Renda: patrimônio imobiliário declarado ........ 35Profissionais especializados ................................................................ 36 Corretores e imobiliárias ......................................................... 37 A hora da mudança ................................................................. 39 Checklist ................................................................................... 41Adaptação dos animais de estimação ................................................ 43Seguro residencial ................................................................................ 45Dicionário imobiliário ........................................................................... 49 Termos relacionados a crédito imobiliário ........................... 50 Termos relacionados a contrato imobiliário ......................... 53

Page 5: Guia do comprador de imóveis

Quer vender ou comprar um imóvel? O Guia do

Comprador, desenvolvido pelo Pense Imóveis com

apoio do Banrisul, traz tudo o que você precisa

saber para fechar um bom negócio. Veja como

garantir sucesso na venda estabelecendo um valor

de mercado e agregando valor ao seu imóvel. Além

disso, saiba como agir na hora da negociação.

Comprar o seu futuro imóvel também demanda

atenção. Novo, usado ou na planta: qual é o melhor?

Conheça as suas vantagens e desvantagens e saiba

como escolher entre casa ou apartamento.

Antes de assumir a dívida, confira dicas de

especialistas para não comprometer o orçamento.

Veja, ainda, tudo sobre financiamento e consórcio

imobiliário, sistemas que podem ajudá-lo a realizar o

sonho da casa própria.

Preparamos também checklists completos com

a lista de documentações relacionadas a crédito

imobiliário e para a hora da mudança, com dicas do

que fazer antes, durante e depois do processo.

Por fim, entenda como o seguro residencial pode

evitar transtornos no futuro. Conheça as vantagens

dos serviços e as principais coberturas que as

seguradoras costumam oferecer.

Aproveite o Guia do Comprador para desfrutar sem

preocupações da aquisição mais importante de sua

vida: seu lar.

apre

sent

ação

Page 6: Guia do comprador de imóveis

6 Guia do Comprador

SUCESSO NA VENDA

Page 7: Guia do comprador de imóveis

7 Guia do Comprador

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Você sabe quanto vale seu imóvel? Variados

fatores influenciam o valor de um imóvel. Dentre

eles, podem ser citados: localização; estado de

conservação da casa e do apartamento, assim como

do edifício do qual faz parte; ano de construção;

modificações e inovações feitas no imóvel para

agregar valor, como reformas e reparos.

Você também pode ter uma ideia de quanto vale o

imóvel pesquisando os preços dos empreendimentos

semelhantes em regiões similares. Também é

recomendado consultar um corretor de imóveis com

a especialização de Perito Avaliador, devidamente

registrado no Cadastro Nacional de Avaliadores

Imobiliários (CNAI), do Conselho Federal de

Corretores de Imóveis (COFECI), que terá dados para

avaliar o valor do imóvel.

O QUE VAI E O QUE FICA?

Muitas vezes, por uma questão de praticidade,

os imóveis são oferecidos com alguns móveis já

instalados. Você ou o seu corretor podem salientar

esse detalhe, especificando o que permanecerá

Saiba como fazer um bom negócioEstabelecer um preço de mercado para a sua casa ou apartamento, agregar valor ao imóvel,

além de saber como agir durante uma negociação são atitudes que podem fazer toda a

diferença na hora de fechar a venda.

no imóvel com a venda. Os móveis planejados, por

exemplo, ao permanecerem no imóvel, podem agregar

valor. Além disso, dependendo do lugar para onde

você vai se mudar, eles poderiam não ser adaptados.

A NEGOCIAÇÃO

Os primeiros momentos de uma negociação

costumam ser essenciais. É fácil para o comprador

perceber se você é um negociador inflexível e está

focado somente no próprio lucro. Portanto, trabalhe

para uma solução de ganho mútuo.

Carisma é um fator que pode ajudá-lo na hora de

vender o seu imóvel. Um erro bastante comum é

tentar persuadir o seu comprador. A firmeza do seu

tom de voz ou a dureza da sua postura podem não

ser favoráveis em uma negociação. “Forçar” uma

compra é perda de tempo.

Pratique a sua habilidade de escutar. Ouça com

atenção e entenda quais são as necessidades do seu

possível comprador. Quanto mais você compreender

o que ele precisa, mais chances terá de fazer uma

proposta tentadora.

üchecklistO que influencia no valor do imóvel?

¨ localização;

¨ estado de conservação;

¨ ano da construção;

¨ reformas e reparos.

Page 8: Guia do comprador de imóveis

8 Guia do Comprador

Desconto é um item que estará sempre presente

em negociações. Esteja preparado para utilizá-lo.

Converse com o seu corretor e analise as possíveis

condições de pagamento que podem facilitar uma

venda que seja satisfatória para você.

QUAL A HORA CERTA PARA A VENDA?

Segundo Clóvis Soibelmann, diretor da Leindecker

Imóveis, a hora certa para uma venda está

intimamente ligada à necessidade do vendedor

naquele momento. “Se a pessoa está com alguma

dificuldade financeira, a venda do imóvel pode ser a

solução imediata”, diz. No entanto, se não há pressa

para o negócio, o melhor é pesquisar e informar-

se bem dos preços praticados no mercado, para

estabelecer um valor com uma boa margem de

lucro.

No mercado gaúcho, os meses de janeiro e fevereiro

costumam ser mais fracos para o mercado

imobiliário. O período letivo é mais favorável para

vendas. “As famílias estão na cidade, com maior

disponibilidade para visitarem os imóveis”, explica

Soibelmann.

AGREGANDO VALOR

A premissa de “agregar valor” a um imóvel é

bastante simples: o valor percebido é maior do

que o investido. Sendo assim, pequenas reformas e

reparos, que podem não custar tanto ao vendedor,

podem fazer toda a diferença para o comprador

na hora da escolha pelo imóvel em questão. Afinal,

quem se interessaria por um imóvel caindo aos

pedaços? Por isso, analise seu imóvel seguindo

os critérios abaixo antes de receber possíveis

compradores:

As paredes precisam de pintura? Possuem alguma

rachadura?

¨ Sim ¨ Não

O piso precisa ser mudado? Os custos caberiam no

seu orçamento?

¨ Sim ¨ Não

As instalações elétricas funcionam?

¨ Sim ¨ Não

As portas, dobradiças e maçanetas estão em bom

estado?

¨ Sim ¨ Não

O teto tem manchas de vazamentos?

¨ Sim ¨ Não

Se for uma casa, a parte externa (tanto a pintura

das paredes, quanto o estado do jardim ou quintal,

para que transmitam um visual de limpeza) está em

bom estado?

¨ Sim ¨ Não

A garagem, área de serviço, dependência de

empregada e outros cômodos menos vistos estão tão

apresentáveis quanto o restante da casa?

¨ Sim ¨ Não

Fontes: Pense Imóveis, Sylvio Lindenberg, consultor de empresas da área imobiliária, e livro “Imóveis, seu guia para fazer da compra e venda um grande negócio”, de Luiz

Calado.

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Page 9: Guia do comprador de imóveis

9 Guia do Comprador

Page 10: Guia do comprador de imóveis

10 Guia do Comprador

Conheça os três passos para que seu anúncio entre

no ar:

� ADQUIRA UM DOS PLANOS

(www.penseimoveis.com.br/rs/anuncie)

Bronze: Uma opção de curto prazo!

Você pode inserir 5 fotos do seu imóvel, além de ter

a opção de ter o mapa da localização do seu imóvel

ou estabelecimento.

Valores:

30 dias – R$ 39,80 – R$ 1,33 por dia

60 dias – R$ 68,90 – R$ 1,15 por dia

Prata: Mais fotos para seu anúncio. Recomendamos!Na opção Prata seu anúncio ganha maior destaque

na lista de resultados. Você também pode inserir

7 fotos do seu imóvel, além de ter a opção de

ter o mapa da localização do seu imóvel ou

estabelecimento.

Anuncie no Pense Imóveis e garanta sua vendaAnunciar no Pense Imóveis é rápido e fácil. Além disso, você pode incluir no anúncio tudo o

que o seu imóvel tem, com fotos internas e externas, e até mapa do local. Mais que isso, os

interessados podem procurar as ofertas de acordo com as características da sua propriedade.

Escolha o pacote de serviços que melhor cabe nas suas necessidades e no seu bolso e

garanta a venda do seu imóvel.

Valores:

30 dias – R$ 52,90 – R$ 1,76 por dia

60 dias – R$ 89,90 – R$ 1,50 por dia

Ouro: Seu anúncio com destaque total!

Nesta opção os anúncios são randomicamente

exibidos na capa do site, trazendo uma visibilidade

muito maior para o seu imóvel. Além de destaque

na capa do site, seu anúncio tem maior destaque

na lista de resultados. Você também tem o direito

de inserir 10 fotos do seu imóvel, além de ter a

opção de ter o mapa localização do seu imóvel ou

estabelecimento.

Valores:

90 dias – R$ 179,90 – R$ 2,00 por dia

120 dias – R$ 189,90 – R$ 1,58 por dia

Depois de escolher o plano, você informa em qual

suce

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enda

estado se localiza o imóvel e a quantidade de planos

que você deseja incluir no carrinho.

Identificação

Para prosseguir com a compra, você terá que se

identificar. São três as opções:

� Acesso pelo Facebook: faça sua compra utilizando

seu login na rede social.

� Já possui cadastro: se você possui cadastro em algum

site do Grupo RBS, basta inserir seu login e senha.

� Criar conta: faça seu cadastro para continuar com

sua compra. Para isso, informe nome, e-mail, usuário

e senha.

Depois da identificação, você terá que clicar no

botão finalizar compra.

Pagamento

Existem duas formas de pagamento: com cartão de

crédito Visa e com cartão de crédito MasterCard.

Escolha a opção mais conveniente e clique em

continuar. Em seguida, informe os dados do cartão

(número, data de validade e código de segurança)

A confirmação da compra será a última etapa dessa

fase. Você receberá um aviso com a informação

de que a compra foi realizada com sucesso. Essa

confirmação também será enviada ao seu e-mail.

Além disso, você será informado da data limite

para o cadastro do anúncio. Para cadastrar o

anúncio em outro momento, é só acessar sua conta

no site e acessar a “Minha Área”, informando o

número da sua compra.

Page 11: Guia do comprador de imóveis

11 Guia do Comprador

� CADASTRO DO ANÚNCIO

Após adquirir um plano, você já pode cadastrar seu

anúncio. O cadastro não precisa ser feito no mesmo

momento da compra. Ao todo, são seis etapas. Veja o

que acontece em cada uma:

1. Anúncio

� Comece o cadastro de seu anúncio informando o

tipo de imóvel: apartamento, box/garagem, carta de

crédito, casa, imóvel comercial, propriedade rural,

terreno.

� Depois, selecione uma finalidade: venda, aluguel ou

aluguel por temporada.

� O preço do imóvel também precisa ser informado.

Você tem a opção de marcar a caixa “sob consulta”,

mas o ideal é que você informe um valor, pois o

preço é um dos fatores decisivos para que uma

pessoa compre ou alugue certo imóvel.

� Se a finalidade de seu imóvel for “aluguel por

temporada”, você terá que especificar se o preço

pedido é o valor da diária, da semana, da quinzena

ou do mês.

� Informe o valor mínimo referente ao período que

você selecionou (semanal, quinzenal ou mensal).

2. Contato

� Preencha com atenção o formulário com seus

dados de contato, pois é por meio destes dados

que os interessados em seu imóvel entrarão em

contato com você. Seu nome e seu e-mail devem ser

preenchidos obrigatoriamente.

� O preenchimento de seus números de telefone

(residencial, comercial e celular) é opcional. Leve em

consideração que, quanto mais opções de contato você

der aos interessados no anúncio do seu imóvel, melhor.

� Código do anúncio no site da imobiliária é um

campo de preenchimento para o caso de imóveis

que estão anunciados em outros sites. Este código

facilita o contato com as imobiliárias.

3. Características

� A hora de descrever as características do seu

imóvel é muito importante porque, quanto mais

detalhada a descrição, maior será o número de

possíveis compradores que seu anúncio vai atrair.

� É obrigatório que você especifique o tipo e

categoria do imóvel que você está anunciando. Você

pode escolher entre sete tipos: apartamento, casa,

terreno, propriedade rural, imóvel comercial, box/

garagem e carta de crédito. Dentro de cada tipo, há

diferentes opções de categorias para você escolher.

Por exemplo, um apartamento pode ser cobertura,

duplex, flat, JK, loft etc...

� Os números de dormitórios, suítes, banheiros e

vagas na garagem também são dados obrigatórios

do anúncio. Outros dados, como área total e

infraestrutura são opcionais, mas lembre-se que,

quanto mais detalhes você fornecer, mais fácil será

de seu imóvel ser encontrado.

4. Localização

Nos dados de localização do imóvel anunciado, você

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Page 12: Guia do comprador de imóveis

12 Guia do Comprador

deve preencher obrigatoriamente o país, estado,

cidade e bairro em que se encontra o imóvel.

Novamente, há dados de preenchimento opcional,

mas que deixam seu anúncio mais completo. Você

pode incluir, por exemplo, a localização exata de

seu imóvel por meio do Google Maps, serviço de

pesquisa e visualização de mapas e imagens de

satélite oferecido pelo Google.

5. Multimídia

� Dependendo do pacote que você adquiriu, você

poderá disponibilizar cinco, sete ou até dez imagens

na sua página. Quanto mais fotos do seu imóvel

você disponibilizar, melhor. Fotos chamam atenção

e despertam o interesse de quem está à procura de

um imóvel.

� Para o seu anúncio ficar ainda mais completo, você

pode incluir um vídeo do seu imóvel. É só escolher o

plano oferecido pelo Pense Imóveis que dá direto ao

cadastro de vídeos.

� Depois de enviar as fotos e o vídeo, é só clicar

no botão “Prosseguir”. Caso não queira cadastrar

nenhuma foto ou vídeo, é só clicar no botão “Pular

esta etapa”.

� Depois de enviar as fotos de seu imóvel, você pode

organizá-las do modo que achar mais conveniente. É

só selecionar a imagem que deseja mudar de lugar

e arrastá-la. Essa é hora também de você colocar

legenda em cada imagem, descrevendo o que está

sendo mostrado, como o cômodo que a imagem

retrata: por exemplo, dormitório com suíte.

6. Resumo

Neste momento, todos as informações que você

inseriu até agora serão reunidos em uma única

tela. Você deve, então, conferir se está tudo certo e

fazer ajustes, caso necessário. Você pode, ainda, pré-

visualizar como ficará a página no ar. Depois, basta

clicar em “confirmar dados e publicar anúncio”.

Pronto! Seu anúncio está publicado.

Com o cadastro no Pense Imóveis, você terá

uma área específica onde encontrará os seus

anúncios, os contatos recebidos, as ofertas que

foram visualizadas pelos usuários, entre outras

informações. Para acessar este espaço, basta clicar

no link “Já possui uma conta?” no canto superior

direito do site. Informe o seu usuário e senha.

� DIVULGUE!

Depois de cadastrar o anúncio, divulgue-o nas redes

sociais e aguarde os contatos dos interessados pelo

imóvel.

üinformações

Veja dicas para não

queimar o filme e

valorizar as peças, a

iluminação e tudo o que

você estiver oferecendo no

anúncio, mesmo usando

uma câmera fotográfica

comum no link:

bit.ly/

fotosemqueimarofilme

suce

sso

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enda

Page 13: Guia do comprador de imóveis

13 Guia do Comprador

COMPRA GARANTIDA

Page 14: Guia do comprador de imóveis

14 Guia do Comprador

POR ONDE COMEÇAR?

Segundo especialistas, o primeiro passo é ter uma

noção clara do quanto você pode gastar. Afinal,

depois de conhecer um imóvel grande em uma

localização privilegiada, é muito mais difícil se

contentar com uma casa menor em um bairro mais

simples. Portanto, tenha consciência do quanto o

seu orçamento doméstico pode ser afetado antes de

dar início às pesquisas.

Para ajudá-lo na tomada de decisão, responda a

essas questões:

� Em qual parte da cidade você gostaria de morar?

� Até quanto você está disposto a pagar?

� Qual o valor máximo relacionado aos custos extras,

como condomínio, por exemplo, você teria condições

de pagar?

� Você tem preferência por imóvel novo?

� Você estaria disposto a fazer reformas?

� Você gostaria de morar perto do local de trabalho

para poder ir a pé?

� Estar próximo de conveniências, como shoppings,

supermercados, restaurantes, entre outros, seria

A escolha da sua casaA compra de um imóvel é, muitas vezes, a aquisição mais importante na vida das pessoas.

Uma escolha errada, no entanto, definida sem a devida informação, pode causar sérios

transtornos. Para que o seu sonho da casa própria não se torne um verdadeiro pesadelo,

alguns cuidados devem ser considerados.

com

pra

gara

ntid

a

importante para o seu dia a dia?

� Você não dirige, depende de transporte coletivo

e, portanto, precisa morar perto de uma parada de

ônibus ou lotação?

� Caso você deseje um apartamento, ter elevador é

fundamental?

� Você tem animais de estimação que precisam de

mais espaço?

� A sua família possui mais de um automóvel?

� Você dá mais valor para imóvel menor, mas em

boa localização, ou prefere um imóvel grande em um

local mais afastado do centro da cidade?

� Quantos quartos a sua casa precisa ter?

� De quantos banheiros você precisa?

Com as respostas dessas questões em mente, você

terá mais clareza na hora de começar a procurar a

sua casa.

IMÓVEL NA PLANTA

Vantagens

� Normalmente, o preço é mais baixo do que um

imóvel pronto. A economia pode ser de até 30% em

comparação a um imóvel pronto;

� Durante a obra, o comprador faz os pagamentos

sem juros. Depois de finalizada a construção, pode

pagar o restante ou buscar um financiamento.

Desvantagens

� Obviamente, a entrega das chaves demora mais,

pois o imóvel ainda precisa ser construído;

� Dependendo da construtora, você não terá como

saber exatamente como ficará o imóvel quando

finalizado ou qual será a sua vista das janelas.

ANALISE A OFERTA

� Escolha bem a construtora ou incorporadora

responsável pelo empreendimento. Verifique o seu

nome junto ao mercado e outros imóveis que já

construiu;

� No estande de vendas, observe na planta

de edificação a exata localização da unidade

pretendida. Veja também a sua ventilação,

incidência de luz, de sol, entre outros fatores;

� No memorial descritivo, identifique a marca

e a qualidade dos materiais e equipamentos que

serão utilizados, como elevador, azulejos, piso,

metais etc.

� Anote tudo sobre as condições oferecidas, como

prazo para o início e o término da obra, valor

da entrada, prestações intermediárias, índices e

periodicidade de reajustes - que deve ser anual, caso

o financiamento seja inferior a 36 meses, e mensal

em contratos mais longos.

Page 15: Guia do comprador de imóveis

15 Guia do Comprador

� Saiba que, além dos juros, haverá correção por

índice contratado, após a entrega das chaves.

Se a obra for financiada por agente do Sistema

Financeiro de Habitação (SFH), o índice deverá estar

identificado;

� Guarde todos os folhetos, prospectos e anúncios de

jornais. O material publicitário também faz parte do

contrato, conforme estabelece o artigo 30 do Código

de Defesa do Consumidor (CDC);

� Verifique se os valores apresentados estão

atualizados para a data de assinatura do contrato.

Observe a existência de multa por atraso na entrega

do imóvel;

FIQUE ATENTO AO CONTRATO

Antes de adquirir qualquer tipo de imóvel, leia

atentamente o contrato ou o compromisso de

compra e venda. Em caso de dúvida, solicite

esclarecimentos ao vendedor ou procure o órgão

de defesa do consumidor de seu município.

O contrato deve apresentar:

� Dados do incorporador e do vendedor;

� Valor total do imóvel;

� Forma de pagamento ou de financiamento;

� Índice de correção a ser aplicado durante a

construção e após a construção;

� Periodicidade de reajuste;

� Penalidades em caso de atraso de pagamento das

parcelas (a multa é de até 2%);

� Prazo para início e entrega da obra, citando quais

são as carências e os chamados “motivos de força

maior” (como greve e falta de material);

� Valor do sinal antecipado;

� Indicação da unidade privativa e da garagem

adquiridas;

� Demais condições prometidas pelo vendedor.

� Ao assinar o contrato, verifique se as cláusulas são

as mesmas da proposta ou minuta. Risque todos os

espaços em branco e exija uma cópia do documento.

� O contrato não pode ser redigido de modo a

dificultar a sua compreensão. As informações

nas cláusulas devem estar dispostas de maneira

clara, precisa e ostensiva. Ou seja, sem “letrinhas

miúdas”.

� Durante a construção, o índice a ser aplicado

geralmente é o indicador da evolução dos custos da

construção civil, principalmente o Índice Nacional

de Custo da Construção (INCC). Após a construção e

entrega das chaves, o índice será o estabelecido com

a construtora ou com o agente financeiro, e deve

ser informado previamente. Durante a construção

e antes da entrega das chaves, não pode haver a

cobrança de juros.

� A mesma imposição de mora, que é o pagamento

de prestações em atraso atribuída ao consumidor,

deve ser atribuída ao fornecedor em caso de

atraso na entrega, ou seja, multa, juros e correção

monetária, todos igualmente proporcionais.

� Não aceite que a construtora ou incorporadora

insira em seu contrato cláusula que estipule prazo

de prorrogação para a entrega do imóvel, que pode

variar de 120/180 dias. Essa prática é considerada

abusiva, pois permite a variação unilateral das

condições contratuais.

� Com base no artigo 39 do CDC, também são

consideradas abusivas as cláusulas que prevêem a

cobranças das seguintes taxas:

� Serviço de Assistência Técnica Imobiliária

(SATI). Essa cobrança não pode ser imposta pela

construtora, incorporadora ou imobiliária e deve

ser feita somente caso o serviço seja solicitado pelo

consumidor;

� Taxa de interveniência, cobrada quando

consumidor escolhe outro banco que não indicado

pela empresa;

� Taxa de condomínio antes da entrega das

chaves.

� Verifique se há prazo de carência, ou seja, um

período em que o incorporador poderá desistir do

empreendimento, assim como a época e a forma de

cessão de direitos ou transferência do contrato;

� Cuide os valores que devem ser pagos na entrega

das chaves e para a vistoria do imóvel, que deve

ser feita após a expedição do auto de conclusão,

o habite-se. A liberação de financiamento ao

consumidor depende da expedição desse documento.

NÃO ESQUEÇA!

� Verifique se o projeto de incorporação está

devidamente aprovado pela prefeitura e registrado

no Registro de Imóveis competente;

� Confira se o que consta nos prospectos e anúncios

publicitários condiz com a planta aprovada

pela prefeitura e com o memorial descritivo da

edificação, registrados no Cartório Imobiliário

competente;

com

pra

gara

ntid

a

Page 16: Guia do comprador de imóveis

16 Guia do Comprador

com

pra

gara

ntid

a

� Procure saber quem são os profissionais

responsáveis pelo empreendimento. Solicite,

inclusive, informações sobre eles junto ao Conselho

Regional de Engenharia e Agronomia (CREA);

IMÓVEL NOVO X USADO

Imóvel novo

Vantagens

� Possibilidade de dar uma entrada e financiar o

valor restante, garantindo as chaves do imóvel em

curto prazo;

� Apesar do valor ser maior, não há gastos com

reparos;

� Modernidades dos lançamentos agregam valor

ao empreendimento, que conta com uma ampla

infraestrutura com piscina, serviços pay per use,

salões de festas, entre outras facilidades;

Desvantagens

� O preço costuma ser mais alto do que um imóvel

usado. Além disso, os corretores trabalham com

valores tabelados, restringindo negociações;

� A metragem dos novos empreendimentos costuma

ser menor do que os imóveis mais antigos;

Imóvel usado

Vantagens

� Pode ser consideravelmente mais barato do que

um imóvel novo localizado na mesma região;

� Possibilidade de negociação com os proprietários;

� Costumam ser maiores do que os apartamentos

dos empreendimentos atuais;

� Móveis feitos sob medida podem permanecer

no imóvel, caso seja uma opção do vendedor, já

que costuma ser mais difícil adaptá-los em outros

ambientes.

Desvantagens

� O estado de conservação do imóvel pode trazer

dificuldades, pois reformas podem ser necessárias,

gerando mais custos ao comprador;

� A documentação pode ser mais difícil de ser

reunida. Para evitar transtornos, exija os seguintes

documentos:

¨ Certidão Vintenária com negativa de ônus

atualizada. Esse documento é fornecido pelo

Cartório de Registro de Imóveis competente

e informa sobre os últimos 20 anos do imóvel,

com dados como hipoteca, pendência judicial,

titularidade, etc.;

¨ Certidões negativas dos cartórios de protesto

da cidade onde o proprietário reside;

¨ Certidões negativas de débito relativo ao

IPTU. Certifique-se de que a metragem constante na

escritura seja a mesma descrita no carnê;

¨ Existindo financiamento do imóvel, verifique

as condições de liberação ou transferência;

¨ Solicite declaração negativa de débito ao

síndico do condomínio;

¨ Certidões Pessoais do Vendedor;

¨ Informe-se sobre a existência de projeto de

desapropriação para a área do imóvel. Para isso,

consulte a prefeitura de seu município.

Atenção: Se o vendedor não quiser fornecer a

documentação, busque as informações nos órgãos

competentes.

ANALISE A OFERTA

� Visite o imóvel durante o dia e à noite. Caso

esteja situado em um local movimentado, leve

em consideração fatores como barulho e trânsito

intenso;

Em caso de imóvel usado, verifique as condições do

encanamento, rede elétrica, conservação do teto, do

telhado, das paredes e do piso. Existem rachaduras,

vazamentos ou mofo?

¨ Sim ¨ Não

Como são fatores como ventilação e iluminação dos

ambientes?

¨ Sim ¨ Não

Há vagas na garagem? Qual o valor do condomínio

(em caso de apartamentos)?

¨ Sim ¨ Não

Existem rateios de contas, como água, luz, TV a cabo

etc.?

¨ Sim ¨ Não

No caso de imóveis térreos, existem cuidados

especiais com segurança?

¨ Sim ¨ Não

Há estabelecimentos comerciais próximos? A rua é

bem iluminada?

¨ Sim ¨ Não

FIQUE ATENTO AO CONTRATO

� Leia atentamente todas as cláusulas do contrato.

Em caso de dúvida, solicite esclarecimentos ao

Page 17: Guia do comprador de imóveis

17 Guia do Comprador

vendedor ou consulte um órgão de defesa do

consumidor;

� Certifique-se de que tudo o que consta da

proposta e nos ajustes verbais faz parte do contrato;

� O documento deve conter:

¨ os dados do proprietário e do comprador;

¨ a descrição e o valor total do imóvel;

¨ a forma e o local de pagamento;

¨ as penalidades no atraso de pagamento de

parcelas;

¨ o valor do sinal antecipado;

¨ a data da assinatura do contrato;

¨ índice e periodicidade de reajustes, que deve

ser anual, caso o financiamento seja inferior a 36

meses, e mensal em contratos com prazos mais

longos.

� Verifique as condições previstas para a eventual

rescisão;

� Providencie o registro do contrato no Cartório

Imobiliário competente. Se o pagamento for à vista,

solicite a lavratura da escritura definitiva;

� Ao assinar o contrato, risque todos os espaços

em branco e assine todas as páginas. Solicite que

o contrato seja datado e assinado na presença de

testemunhas e do vendedor. Exija, na hora, uma via

do contrato original, reconhecendo firmas de todas

as assinaturas.

Importante: a compra e venda de imóvel entre

particulares é regulada pelo Código Civil, não se

caracterizando relação de consumo nos termos do

Código de Defesa do Consumidor.

LOCALIZAÇÃO

� Em termos de valorização, uma boa localização

pode ser mais significativa do que o imóvel em si;

� Prefira imóveis próximos a praças e parques,

shoppings, supermercados, escolas, entre

outras conveniências. Também leve em conta as

disponibilidades de locomoção. Considere, quem irá

morar no imóvel. Se você for morar sozinho, saberá

quais facilidades são importantes para o seu dia a

dia. Porém, se você tem filhos, pense também na

proximidade do local a escolas e faculdades, por

exemplo.

INFRAESTRUTURA

� Atributos de lazer e segurança são muito

valorizados, como salão de festas, piscina, parque

infantil, entre outros;

Atenção: Certifique-se do valor do condomínio, que

pode ser alto em imóveis com muita infraestrutura.

O número de apartamentos é determinante para o

equilíbrio desse valor.

GARAGEM

� Verifique quantas vagas de garagem o imóvel tem.

Se for possível, compre uma vaga extra, que poderá

ser importante para uma futura revenda. Caso você

não vá utilizá-las, alugue para vizinhos. Não esqueça

de consultar a convenção do condomínio para

descobrir se existe restrições para locação.

CASA X APARTAMENTO

Tamanho dos cômodos é ponto para casas, enquanto

üinformações

Não fique sem uma via do

contrato, com as firmas

de todas as assinaturas

reconhecidas em cartório.

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pra

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Page 18: Guia do comprador de imóveis

18 Guia do Comprador

com

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a

segurança dá vantagem a apartamentos. O tempo

para cuidar do imóvel também pesa no momento

da decisão. Veja os prós e contras para a hora de

escolher seu novo lar.

Casa

Prós

� Mais espaço para as crianças brincarem, sem

causarem transtornos aos vizinhos devido a

barulhos;

� Quem tem animais de estimação, principalmente

cachorros grandes, também encontra nos quintais

privados uma alternativa;

� Cômodos costumam ser maiores do que os dos

apartamentos;

� Possibilidade de reformas e ampliações a gosto do

dono;

� Mais privacidade no que se refere a vizinhos;

Contras

� Manutenção fica de inteira responsabilidade do

morador;

� Dependendo da região escolhida, a segurança

contra assaltos e invasões pode ficar comprometida;

Apartamento

Prós

� Porteiros 24 horas garantem maior segurança na

entrada do condomínio. Até chegar à unidade do

morador, no caso de um prédio, possíveis invasores têm

muito mais barreiras - portão, portaria, porta do bloco

– e isso também ajuda a resguardar a propriedade;

� Boa opção para quem trabalha o dia todo e não

tem tempo para cuidar de um jardim ou de fazer

limpeza em uma piscina, por exemplo;

� Custo de manutenção do prédio é diluído entre

todos os moradores;

Contras

� Reformas e ampliações no prédio precisam ser

aprovadas em assembleia de moradores;

� Proximidade com vizinhos pode diminuir a

privacidade do morador;

� É preciso respeitar regras e normas estabelecidas

pelo condomínio, como o horário de silêncio.

QUANDO É FEITA A ENTREGA DAS CHAVES?

Preferencialmente, a data de entrega das chaves do

imóvel deve constar em contrato. No caso de imóvel

na planta, as construtoras exigem uma parcela do

pagamento junto com a entrega. Já para imóveis

prontos, as chaves significam a posse do bem. Nesses

casos, usualmente, a posse está ligada ao pagamento

do imóvel ou à liberação do financiamento pela

instituição bancária, no caso de crédito imobiliário.

Fontes: Pense Imóveis, Sylvio Lindenberg, consultor de empresas da área imobiliária, o livro “Imóveis, seu guia para fazer da compra e venda um grande negócio”, de Luiz Calado, e Clóvis Soibelmann, diretor da Leindecker Imóveis.

Page 19: Guia do comprador de imóveis

19 Guia do Comprador

CUIDADOS ANTES DA COMPRA

� Faça um planejamento de como você pretende

guardar o dinheiro destinado ao pagamento do

imóvel;

� Caso você opte por um financiamento, faça

pesquisas e simulações em diferentes instituições

financeiras, antes mesmo de começar a buscar

o imóvel. Veja o que o banco onde você é

correntista pode oferecer de vantagens, como

taxas diferenciadas e benefícios. Com a simulação

ou com a carta de crédito já aprovada, avalie se o

financiamento cabe no seu orçamento doméstico;

� Lembre-se que os seus rendimentos podem

crescer ou diminuir. Além disso, imprevistos, como

doenças na família e perda do emprego, podem

acontecer. Portanto, cuide o quanto da sua renda

será comprometida com a aquisição do imóvel.

Guardar um valor para situações inesperadas pode

ser bastante útil;

� Conheça todos os custos que manter uma casa

pode gerar, como as contas de luz, água, telefone,

Tranquilidade para assumir a dívidaComprar um imóvel significa, muitas vezes, assumir uma dívida que pode durar grande

parte da sua vida. Não é à toa, portanto, que tomar uma decisão desse porte gera dúvidas e

inseguranças. Para deixá-lo mais tranquilo, preparamos algumas dicas e orientações.

entre outros, além dos gastos com condomínio, caso

você adquira um apartamento;

� Para que você não tenha que trocar de imóvel

no curto prazo, avalie se a família pode crescer ou

diminuir (com a chegada de novos filhos ou partida

de filhos em idade adulta);

O QUE FAZER QUANDO VOCÊ NÃO TEM VALOR

SUFICIENTE PARA DAR DE ENTRADA?

No Brasil, os financiamentos costumam exigir que

a pessoa dê de 20% a 40% do valor do imóvel na

entrada. Alguns incentivos, no entanto, chegam a

financiar 100% do valor do imóvel.

� Evite uma ‘bola de neve’: não financie o valor de

entrada, pois esse gasto pode acumular com as

prestações do financiamento em si, além das despesas

com condomínio e outras dívidas. Se você não tem o

que dar de entrada, economize e reúna o valor.

� Veja se você não tem algum bem que possa ser

vendido, como um segundo carro, por exemplo, e

utilize esse valor para a entrada.

üinformações

Veja mais dicas para

assumir um financiamento:

penseimoveis.com.br/

creditoimobiliario

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Page 20: Guia do comprador de imóveis

20 Guia do Comprador

DICAS PARA VOCÊ ECONOMIZAR

� Manter o dinheiro destinado à compra da sua

casa longe das outras economias pode ser uma boa

alternativa para que você não o gaste com outras

aquisições. Fazer uma conta de poupança específica

para a compra da casa pode ser uma saída.

� Aumente a sua verba investindo o seu dinheiro

com segurança na poupança, no Certificado

de Depósito Bancário (CDB) ou em fundos de

investimento a curto prazo.

POUPAR MAIS OU FINANCIAR MAIS?

Esperar, juntar uma entrada maior e financiar um

valor menor:

Prós

� Você pagará menos juros;

� O risco de você não ter condições de pagar as

parcelas do empréstimo são menores;

Contras

� Precisa esperar mais tempo para adquirir a casa,

tendo que utilizar o valor para pagar um aluguel.

Esse valor poderia estar sendo utilizado para

pagamento das parcelas de um financiamento;

� Exige disciplina, pois as economias podem ser

destinadas para pagamentos de outros gastos,

gerando problemas ao orçamento;

Dar uma entrada menor, financiando a maior parte:

Prós

� Você para de pagar aluguel;

� A casa é adquirida em menos tempo;

Contras

� Você pode ter que pagar mais juros;

� Problemas podem surgir caso você assuma um

financiamento e não consiga pagar as prestações;

Fontes: Pense Imóveis, Rafael Severo e Tales Bergmeyer Morigi, da Escola de Investidores, e o livro “Imóveis, seu guia para fazer da compra e venda um grande negócio”, de Luiz Calado.

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Page 21: Guia do comprador de imóveis

21 Guia do Comprador

CRÉDITO IMOBILIÁRIO

Page 22: Guia do comprador de imóveis

22 Guia do Comprador

QUANTO TEMPO DEMORA?

O tempo de duração da solicitação do financiamento,

desde a primeira simulação realizada no banco até

a liberação dos recursos ao vendedor do imóvel,

varia para cada instituição financeira. Em média,

no entanto, são necessários de 30 a 45 dias para

a finalização da operação. Em alguns bancos, o

processo pode ser finalizado em 15 dias, embora

isso seja mais raro de acontecer. E em outras

instituições, por outro lado, a liberação dos recursos

demora e pode levar mais de três meses.

POR ONDE COMEÇAR?

O economista José Pereira Gonçalves, especialista

em mercado imobiliário, orienta que as

pessoas realizem simulações em três ou

quatro instituições distintas. Muitas vezes,

elas oferecem esse serviço em seus sites. Com o

levantamento em mãos, você terá como saber o

valor máximo que será financiado e o quanto você

terá que dar de entrada.

Passo a passo do financiamentoO financiamento bancário pode ajudá-lo a realizar o sonho da casa própria. Entenda

como funciona a liberação do crédito pela instituição financeira, quais são as modalidades

disponíveis e qual a documentação necessária.

Dica: Faça uma simulação no banco em que você

é cliente, pois a instituição já terá, em princípio,

a partir do seu cadastro, um conhecimento sobre

a sua renda. Mas nunca fique restrito à primeira

opção, pois outros bancos podem oferecer mais

vantagens.

APROVAÇÃO DO CRÉDITO

Depois de feita a pesquisa inicial, você pode ir a

uma agência bancária para começar a primeira

etapa da contratação de um financiamento: a

aprovação do crédito.

Facilidade: Este procedimento costuma ser bastante

rápido: em algumas instituições, a aprovação pode

ser feita na hora.

1º passo: O agente bancário faz uma nova simulação

do futuro financiamento;

2º passo: Caso o cliente queira solicitar a aprovação,

algumas documentações são exigidas, como

contracheques para comprovação de renda,

histórico do cartão de crédito, comprovantes de

üinformações

Veja mais dicas para

assumir um financiamento:

penseimoveis.com.br/

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Page 23: Guia do comprador de imóveis

23 Guia do Comprador

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outros investimentos ou outros documentos que o

banco pedir;

3º passo: O agente bancário também verifica a

situação do cliente junto a instituições financeiras

como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC),

Serasa e Sistema de Informações do Banco Central

(Sisbacen) e confere se há algum impedimento para

a liberação do crédito;

4º passo: Depois de ter a aprovação, o cliente tem

um prazo específico determinado pelo banco para

entregar a documentação referente ao comprador,

ao vendedor e ao imóvel. Essa etapa faz parte da

contratação do financiamento.

Em algumas instituições, até a aprovação do crédito,

não é necessário que o comprador já saiba qual

imóvel será financiado. O crédito aprovado pode,

inclusive, ser uma vantagem na hora da negociação

junto ao vendedor

CONTRATAÇÃO DO CRÉDITO

Esta é a etapa final para obter o crédito imobiliário

e tem início com a entrega de toda a documentação.

Saiba o que acontece:

1º passo: Com a documentação entregue pelo cliente,

o banco dá início à análise jurídica de todos os

documentos;

� Dentre os documentos, os bancos exigem uma

avaliação do imóvel feita por um engenheiro

credenciado ao banco, que determina o seu valor

de compra e venda. Os custos desta avaliação são do

cliente que solicita o financiamento.

2º passo: Se não forem encontradas restrições com

os documentos, os contratos são redigidos;

3º passo: O comprador é chamado, então, para a

assinatura dos contratos;

4º passo: Depois da assinatura na agência bancária,

o cliente leva os contratos para o Registro de

Imóveis;

5º passo: O comprador leva, então, os contratos

registrados para o banco, que poderá efetuar o

pagamento do vendedor do imóvel;

Depois de 30 dias da assinatura do contrato,

o comprador recebe a primeira prestação do

financiamento.

1º passo: Com a

documentação

entregue pelo

cliente, o banco

dá início à análise

jurídica de todos os

documentos.

2º passo: Se não

forem encontradas

restrições com

os documentos,

os contratos são

redigidos.

3º passo: O

comprador é

chamado, então,

para a assinatura

dos contratos.

4º passo: Depois

da assinatura na

agência bancária,

o cliente leva os

contratos para o

Registro de Imóveis.

5º passo: O

comprador leva,

então, os contratos

registrados para

o banco, que

poderá efetuar

o pagamento do

vendedor do imóvel.

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PASSOS DA CONTRATAÇÃO DO CRÉDITO

Page 24: Guia do comprador de imóveis

24 Guia do Comprador

A COMPRA SERÁ FEITA POR PESSOA FÍSICA OU

JURÍDICA?

� O imóvel desejado é residencial ou comercial?

� O valor do imóvel é menor, igual ou superior a R$

500 mil?

A partir dessas definições, a instituição financeira

poderá enquadrar o seu financiamento em

modalidades do Sistema Financeiro de Habitação

(SFH) ou das operações de faixa livre. Entenda o que

se diferencia em cada um deles:

SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO (SFH)

Mecanismo desenvolvido pelo Governo Federal que

capta recursos para a construção e aquisição da casa

própria.

Modalidades disponíveis:

� Compra de imóvel pronto;

� Construção da casa própria;

� Compra do terreno e construção da casa própria.

Veja as características:

� Exclusivo para pessoa física;

� Imóveis não podem ter valor superior a R$ 500 mil;

Em qual modalidade o seu imóvel se enquadra?Para saber em qual tipo de financiamento o seu imóvel será enquadrado, o banco precisa ter

a resposta para algumas questões.

� Financiamento de até R$ 450 mil;

� Juros de até 12% ao ano, ou seja, 1% ao mês;

� Renda máxima a ser comprometida de até 30%;

� Prazo para quitação da dívida de até 30 anos (360

meses);

� Financiamento feito em qualquer banco público

ou privado;

� A base dos recursos vem da Caderneta de

Poupança e do Fundo de Garantia por Tempo de

Serviço (FGTS).

O FGTS pode ser utilizado no Sistema Financeiro de

Habitação para reduzir as prestações, quitar o saldo

devedor ou diminuir a sua dívida.

OPERAÇÕES DE FAIXA LIVRE

Quando o imóvel não se encaixa nos pré-requisitos

do Sistema Financeiro de Habitação, as instituições

financeiras utilizam as operações de faixa livre,

cujas modalidades e características são definidas

pelos próprios bancos. Veja as características:

� O imóvel pode ter valor de avaliação superior a

R$ 500 mil;

� O valor máximo financiado é estabelecido pelo

banco;

� Disponível para pessoa física ou jurídica;

� Juros e prazos de financiamento definidos por

cada banco;

� Imóveis adquiridos podem ser residenciais ou

comerciais;

� Não há limitação de renda a ser comprometida;

� Utilização do FGTS não é permitida.

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üinformações

Link para o site de crédito

para as informações do

Banrisul:

creditoimobiliario.

penseimoveis.com.br

Page 25: Guia do comprador de imóveis

25 Guia do Comprador

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PARA APROVAR O CRÉDITO

A aprovação do crédito é a primeira grande etapa

do processo de contratação de um financiamento

imobiliário. Normalmente, as documentações

exigidas pelas instituições são estas:

¨ RG

¨ CPF

¨ Comprovação de renda, de acordo com a

atividade profissional

¨ Comprovante de estado civil atualizado

PARA CONTRATAR O FINANCIAMENTO

Para a contratação do financiamento, os bancos

exigem uma documentação referente ao comprador,

ao vendedor e ao imóvel

Comprador (pessoa física)

¨ RG

¨ CPF

¨ Declaração indicando a profissão

¨ Comprovante de residência

¨ Comprovante de estado civil atualizado

¨ Certidão Conjunta Negativa de Débitos relativos a

Tributos FederaisOnde conseguir: No site da Receita Federal

(www.receita.fazenda.gov.br)

üChecklistQual documentação os bancos exigem para obter financiamento? Cada instituição bancária

solicita documentações específicas para aprovação e contratação dos financiamentos. Alguns

documentos, no entanto, são padronizados. Confira:

Comprador (pessoa jurídica)

¨ Contrato Social ou Estatuto Social com as

últimas alterações contratuais e estatutárias

¨ Certidão Negativa de Débito (CND) do INSSOnde conseguir: No site do Ministério da Previdência Social (www010.dataprev.gov.br)

¨ Certidão de Quitação de Tributos Federais (CQTF)

¨ Certificado de Regularidade do FGTS (CRF)

Onde conseguir: na Caixa Econômica Federal

Vendedor (pessoa física)

¨ RG

¨ CPF

¨ Declaração indicando a profissão

¨ Comprovante de residência

¨ Comprovante de estado civil atualizado

¨ Certidão Conjunta Negativa de Débitos relativos a

Tributos FederaisOnde conseguir: No site da Receita Federal

(www.receita.fazenda.gov.br)

Vendedor (pessoa jurídica)

¨ RG ou outro documento oficial de identificação

que conste foto e filiação dos sócios representantes

da empresa

¨ CPF ou documento oficial que conste o referido

cadastro dos sócios representantes da empresa

¨ Certidão Simplificada da Junta Comercial, se for

o caso

¨ Contrato Social ou Estatuto Social (com

alterações registradas)

¨ Documento de constituição de firma individual e,

se for o caso, com as alterações registradas

¨ Certificado de Regularidade do FGTS

¨ Certidão Conjunta Negativa de Débitos relativos a

Tributos FederaisOnde conseguir: No site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br)

¨ Indicação de conta corrente para recebimento do

crédito

Imóvel

¨ Matrícula atualizada acompanhada das

certidões negativas de ônus reais e de ações reais

reipersecutória

¨ Cópia do contrato de promessa de compra e venda

¨ Comprovação de inexistência de débito de

condomínio, quando for o caso

¨ Certidão Negativa do IPTU

¨ Avaliação do imóvel realizada por engenheiro

credenciado à instituição financeira

Page 26: Guia do comprador de imóveis

26 Guia do Comprador

üinformações

Confira que documentação

é necessária para

contratação dos

financiamentos no Banrisul

bit.ly/documentosbanrisul

VOCÊ SABE O QUE É O FUNDO DE GARANTIA DO

TEMPO DE SERVIÇO (FGTS)?

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi

criado na década de 60 pelo Governo Federal para

proteger o trabalhador demitido sem justa causa.

Assim, no início de cada mês, os empregadores

depositam, em contas abertas na Caixa Econômica

Federal (CEF), em nome dos seus empregados

e vinculadas ao contrato de trabalho, o valor

correspondente a 8% do salário do funcionário.

O percentual do FGTS não é recolhido somente sobre

o valor do salário recebido pelo empregado. Também

incide sobre o valor das horas extras, adicionais de

periculosidade e insalubridade, trabalho noturno,

13º salário, férias e aviso prévio trabalhado ou

indenizado. Com o fundo, o trabalhador pode formar

um patrimônio e tem a possibilidade de utilizá-lo

para adquirir a casa própria.

POSSO UTILIZAR O FGTS PARA COMPRA DA CASA

PRÓPRIA?

Sim, o FGTS pode ser utilizado na compra da casa

própria (pronta ou em construção), constituindo

parte do pagamento ou pagamento integral, através

Confira como o FGTS realiza o sonho da casa própriaAlgumas restrições são impostas para o seu uso. Veja como funciona.

de financiamento bancário, compra à vista ou

consórcio imobiliário, por lance ou complemento de

carta de crédito.

QUEM PODE UTILIZAR O FGTS PARA COMPRA DA

CASA PRÓPRIA?

Qualquer trabalhador pode usar o dinheiro

recolhido em sua conta vinculada ao FGTS para

comprar a casa própria, basta ser brasileiro (ou ser

estrangeiro com visto permanente), ter mais de 18

anos ou ser emancipado, estar com o nome limpo

e ter fonte de renda comprovada. Além disso, é

preciso:

� Comprovar tempo de trabalho mínimo de três

anos sob regime do FGTS;

� Não ser proprietário ou estar em processo de

compra de imóvel residencial, concluído ou em

construção, financiado pelo Sistema Financeiro de

Habitação (SFH), em qualquer parte do país;

� Não ser proprietário ou estar em processo de

compra de imóvel em construção ou concluído no

município em que reside ou trabalha, ou nas cidades

vizinhas, quando não financiado pelo SFH.

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Page 27: Guia do comprador de imóveis

27 Guia do Comprador

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MODALIDADES EM QUE O FUNDO PODE SER USADO

PARA PAGAMENTO OU FINANCIAMENTO DA CASA

PRÓPRIA:

Pagamento total ou parcial do valor do imóvel

Nesta modalidade, você pode utilizar o saldo do

FGTS para pagar 100% do valor do imóvel. Você pode,

ainda, utilizar o Fundo como parte do pagamento,

complementando o valor que falta com uma

entrada vinda de recursos próprios ou com um

financiamento feito pelo Sistema Financeiro de

Habitação.

Amortização ou liquidação do saldo devedor

O FGTS também pode ser utilizado para liquidar ou

amortizar o saldo devedor de financiamentos feitos

pelo Sistema Financeiro de Habitação. No primeiro

caso, o cliente liquida todo o saldo devedor do

financiamento. No segundo, ele pode utilizar o FGTS

para reduzir o prazo de financiamento que ainda

resta ou diminuir o valor da prestação. Para esta

modalidade, o financiamento deve estar em dia.

Pagamento de parte das prestações

O FGTS pode, ainda, ser utilizado para ajudar

a pagar o valor da prestação mensal dos

financiamentos feitos pelo Sistema Financeiro de

Habitação. Para utilização nas parcelas, o valor

máximo que o Fundo ‘paga’ da prestação é de 80%.

A operação é feita por 12 meses (12 cotas de FGTS),

podendo ser renovada ao final do período. Isso

significa que, para uma prestação de R$ 1.000, o

máximo de abatimento é de R$ 800, ou seja, o saldo

do FGTS do trabalhador precisa ser de, no mínimo,

R$ 9.600 (12 x R$ 800). Se a conta tiver menos do

que o necessário, o valor do saldo é dividido por 12

para chegar ao valor da cota. Assim, no exemplo, se

o FGTS for R$ 3.000, ele vai reduzir R$ 250 (R$ 3.000

÷ 12) no total da prestação, que será então de R$ 750.

É possível efetuar esta operação estando com, no

máximo, três parcelas vencidas.

O que devo fazer para solicitar uma dessas

operações?

Para solicitar qualquer uma das operações, o

primeiro passo é ir a uma agência bancária com

extrato da conta vinculada do FGTS para obter

informações e realizar simulações relativas aos

valores, instruir o pedido com a documentação

necessária e preencher o formulário de utilização

do FGTS, conforme as modalidades disponíveis. É

importante levar, ainda, a última prestação paga e o

seu contrato de financiamento.

QUAIS OS REQUISITOS DO IMÓVEL PARA QUE O USO

DO FGTS SEJA LIBERADO?

� Deve ser residencial urbano, novo ou usado,

em condições de habitabilidade, concluído ou em

construção;

� O seu valor não pode ultrapassar o valor limite

de avaliação estabelecido para o âmbito do Sistema

Financeiro de Habitação (SFH), ou seja, R$ 500 mil;

� Deve estar localizado no município onde o

proponente exerça sua ocupação profissional;

no município onde comprove residir há mais

de um ano; em município limítrofe a sua

ocupação profissional ou residência; ou na região

metropolitana ;

� Estar matriculado no Registro de Imóveis

responsável pela região;

� Deve ser destinado, obrigatoriamente, para

moradia do trabalhador;

� Somente poderá ser objeto de outra transação

de compra e venda com recursos de FGTS após, no

mínimo, três anos da data da última negociação;

VEJA AS RESTRIÇÕES PARA O USO DO FGTS

O FGTS não pode ser utilizado para:

� Aquisição de imóvel que foi comprado, pelo atual

dono, com recursos do fundo em um período inferior

a três anos ;

� Aquisição de lotes e terrenos;

� Aquisição de moradia para familiares,

dependentes ou terceiros;

� Aquisição ou construção de imóvel comercial;

� Aquisição de imóvel residencial em localidade

diferente do domicílio residencial ou profissional.

� Compra de dois imóveis simultaneamente;

Page 28: Guia do comprador de imóveis

28 Guia do Comprador

O QUE É CONSÓRCIO DE IMÓVEIS?

O Consórcio é um sistema de autofinanciamento que

reúne um grupo de pessoas (físicas e/ou jurídicas)

interessadas na compra de um bem. Os consorciados

ou cotistas contribuem com uma parcela mensal,

destinada à formação de uma poupança comum.

Todos os participantes são contemplados para uso

dessa poupança dentro do período pré-determinado,

seguindo as regras previstas no contrato, que será

utilizada para a compra do bem imóvel.

Esse serviço é prestado por uma administradora,

que faz a gestão dos interesses do grupo de

consorciados e é autorizada pelo Banco Central.

Para realizar esse gerenciamento, a administradora

cobra uma taxa, que varia de acordo com cada

instituição, modalidade de consórcio (carro, moto,

imóvel, etc.) e prazo do plano.

O sistema de consórcios realiza a contemplação do

crédito a partir de sorteios ou lances.

COMO É A PARTICIPAÇÃO NOS GRUPOS?

O interessado poderá aderir aos seguintes grupos:

Em formação

Neste caso, a administradora ainda está reunindo os

Entenda como o consórcio pode ajudar na compraConheça em detalhes e veja de que forma você pode usufruir do sistema de consórcio imobiliário.

consorciados para atingir o objetivo do consórcio, ou

seja, a contemplação de seus integrantes em prazo

pré-determinado.

Já formado

Este grupo já realizou a assembleia de inauguração

e já está entregando bens. Portanto, o interessado

poderá obter uma cota que esteja vaga e disponível

para comercialização, adquirida diretamente com a

administradora.

O QUE É CARTA DE CRÉDITO?

É a denominação utilizada para identificar o crédito

do consórcio – é o documento que autoriza a compra

do bem pelo consorciado contemplado.

O QUE É A ASSEMBLEIA?

São as reuniões, normalmente mensais, onde

a administradora operacionaliza e oficializa as

contemplações por sorteio e por lance. Uma

Assembleia Geral Ordinária é realizada em dia, hora

e local informados pela administradora. Também

é utilizada para atendimento e prestação de

informações.

COMO É FEITA A CONTEMPLAÇÃO DO CRÉDITO?

A contemplação do consorciado com sua carta de

crédito é realizada de duas formas: por sorteio ou

lance. E é realizada nas assembleias mensais dos

grupos de consórcio.

COMO FUNCIONA O SORTEIO?

No sistema de consórcio, um ou mais participantes

do grupo são sorteados para receber a carta de

crédito, de acordo com a disponibilidade do caixa.

A carta recebida corresponde ao valor do bem,

independentemente do número de parcelas pagas.

O sorteio serve apenas para definir a ordem de

recebimento do crédito, já que todos os integrantes

do grupo o receberão até o final do plano.

O QUE É UM LANCE?

O consorciado também pode ser contemplado com

a carta de crédito por meio de um lance, que é um

valor oferecido para ser contemplado. Quando pago,

esse valor poderá abater o número de parcelas que

ainda devem ser pagas ou para reduzir o valor das

próximas parcelas a pagar. De qualquer forma a

dívida/saldo devedor é reduzido. Será contemplado

o maior percentual de lance ofertado, de acordo com

as regras contratuais. O consorciado pode, ainda,

utilizar seu FGTS para ofertar o lance.

UTILIZAÇÃO DO CRÉDITO CONTEMPLADO

Para utilizar o crédito, o consorciado contemplado

deverá sofrer análise de crédito e apresentar

garantias ao grupo, que estarão indicadas no

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Page 29: Guia do comprador de imóveis

29 Guia do Comprador

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contrato firmado. A mais utilizada é a garantia por

alienação fiduciária do bem imóvel que está sendo

adquirido.

O contemplado poderá determinar o momento da

aquisição, e deve estar ciente que sua carta de

crédito deve estar contemplada.

O QUE É DEFINIDO EM CONTRATO?

O contrato de participação em um grupo de

consórcio estabelece vínculos entre os consorciados

e destes com a administradora. Portanto, antes de

assiná-lo, leia-o atentamente para conhecer seus

direitos e obrigações.

Em algumas instituições, no momento da

contratação, será cobrada a primeira parcela do

plano de consórcio. Além disso, no ato da assinatura

do contrato, poderá ser cobrado do consorciado o

valor da “taxa de adesão”, que é uma antecipação da

taxa de administração.

POSSO COMPRAR UM IMÓVEL COM VALOR

INFERIOR AO DA CARTA DE CRÉDITO?

Sim. Caso você seja contemplado, pode escolher um

imóvel de menor valor do que a sua carta de crédito.

E o saldo restante pode ser utilizado para:

� pagamento das obrigações financeiras vinculadas

ao imóvel, como ITBI, Registros de Cartórios ou

seguradoras. Para esse propósito, no entanto, o valor

máximo permitido é de até 10% do valor da carta de

crédito;

� pagamento das parcelas ainda não quitadas

(redução do valor ou do número delas), na forma

estabelecida em contrato;

� devolução do crédito em espécie ao consorciado

quando dívidas para com o grupo estiverem

integralmente quitadas – no encerramento do

grupo.

COMO SÃO ATUALIZADAS AS PARCELAS E A CARTA

DE CRÉDITO?

Os valores das parcelas e do crédito são atualizados

a cada 12 meses, contados a partir do mês da

assembleia de inauguração do grupo (chamamos de

‘mês de aniversário do grupo’), com base no índice

de reajuste estabelecido no contrato, que pode ser

o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), o Custo

Básico da Construção Civil (CUB), ou outro.

COMO SÃO CALCULADAS AS PARCELAS?

A data de vencimento das prestações é estabelecida

pela administradora, podendo ou não ser mensal.

Cada parcela é a soma dos valores referentes ao

Fundo Comum, Fundo de Reserva (podendo ser

devolvido percentualmente no encerramento do

grupo), Seguro Prestamista (de vida) e à Taxa de

Administração.

Fundo comum (FC)

É o valor mensal que o consorciado deve pagar para

formar um fundo que será utilizado para fornecer o

crédito para a aquisição dos imóveis. Normalmente,

a contribuição para o FC é obtida a partir da divisão

do valor do bem pelo número de meses de duração

do grupo.

Taxa de Administração (TA)

A Taxa de Administração, estabelecida em contrato,

é a remuneração para a administradora pelos seus

serviços de gestão do grupo até o seu encerramento.

A instituição tem liberdade para fixar esse

percentual.

Fundo de Reserva (FR)

Trata-se de um fundo de proteção para garantir

o funcionamento do grupo em determinadas

situações. A sua cobrança deve estar prevista em

contrato. No encerramento do grupo, caso existam

recursos nesse fundo, os mesmos devem ser

devolvidos proporcionalmente aos consorciados.

Seguros

Caso esteja previsto em contrato, o consorciado deve

pagar o valor referente ao Seguro Prestamista (de

vida). O seguro de quebra de garantia já é cobrado

no Fundo de Reserva.

EXEMPLO DE CÁLCULO DE PARCELA

Confira como seria o valor de uma parcela com as

seguintes características:

a) Prazo de duração: 150 meses;

b) Valor do imóvel: R$ 150.000,00;

c) Periodicidade dos pagamentos: mensal;

d) Percentual do fundo comum contratado: 100%

e) Taxa de Administração: 18% ao período;

f) Fundo de reserva: 4% ao período.

Page 30: Guia do comprador de imóveis

30 Guia do Comprador

Calculando o Fundo Comum:

R$ 150.000,00 (valor do imóvel) dividido pelos 150

meses = R$ 1.000,00 (valor do FC)

Calculando a Taxa de Administração:

R$ 150.000,00 (valor do imóvel) x 18% = R$ 27.000,00

divididos pelos 150 meses = R$ 180,00 (valor da TA

mensal)

Calculando o Fundo Reserva:

R$ 150.000,00 (valor do imóvel) x 4% = R$ 6.000,00

divididos pelos 150 meses = R$ 40,00 (valor do FR por

mês)

Calculando a parcela:

Valor do imóvel: R$ 150.000,00

Fundo comum: R$ 1.000,00

Taxa de administração: R$ 180,00

Fundo de reserva: R$ 40,00

*Prestação do mês (FC + TA + FR) = R$ 1.220,00

* No exemplo não estão considerados prêmios de

seguro.

FGTS

Quais são as possibilidades de saque do FGTS para

uso em consórcios?

� Para oferta de lance. Os consorciados podem

utilizar até 100% do saldo do FGTS para ofertar

lances;

� Para complementação da carta de crédito para

aquisição de um imóvel de maior valor. Ou seja, se

você possui um consórcio cuja carta de crédito é

de R$ 30.000,00 e quer adquirir um imóvel de valor

superior - de R$ 80.000,00, por exemplo - poderá

utilizar $ 50.000,00 (ou o valor que estiver a sua

disposição) do FGTS como complemento para a

compra do imóvel;

� Para amortização ou liquidação do saldo devedor

do consórcio;

� Para pagamento de parte das parcelas. O saque da

conta do FGTS será feito em parcela única no valor

total a ser amortizado, mas estão limitados a 80%

do valor da parcela pelo período de até 12 meses.

Os 20% restantes ficam sob responsabilidade do

consorciado.

Veja os requisitos básicos para utilização do FGTS

para amortização ou liquidação do saldo devedor e

para pagamento parcial das parcelas:

� A cota do consórcio deverá estar contemplada e

com o bem entregue;

� A carta de crédito não pode ter sido utilizada para

liquidação de financiamento habitacional;

� O imóvel comprado com recurso de consórcio deve

ser destinado à moradia do consorciado e estar

registrado em seu nome no Cartório de Registro de

Imóveis;

� Cota, conta vinculada do FGTS e imóvel devem ser

do mesmo titular;

� O consorciado não pode ter utilizado o FGTS

para amortização/liquidação do saldo devedor nos

últimos 2 anos;

� O consorciado não pode ter utilizado o FGTS para

pagamento parcial de parcelas nos últimos 12 meses.

� O imóvel comprado com a carta contemplada

também não deve exceder o valor limite na data de

aquisição conforme a tabela:

Imóveis comprados até 30/07/2002 – R$ 300 mil

Imóveis comprados até 28/01/2008 – R$ 350 mil

Imóveis comprados até 27/03/2009 – R$ 500 mil

Atenção: para utilização do FGTS, o consorciado

deverá obedecer TODAS as regras do Sistema

Financeiro de Habitação (SFH).

QUEM PODE UTILIZAR O FGTS PARA COMPRA DA

CASA PRÓPRIA?

Qualquer trabalhador pode usar o dinheiro

recolhido em sua conta vinculada ao FGTS para

comprar a casa própria, basta ser brasileiro (ou ser

estrangeiro com visto permanente), ter mais de 18

anos ou ser emancipado, estar com o nome limpo

e ter fonte de renda comprovada. Além disso, deve

preencher os seguintes requisitos:

� Comprovar tempo de trabalho mínimo de três

anos sob regime do FGTS;

� Não ser proprietário ou estar em processo de

compra de imóvel residencial, concluído ou em

construção, financiado pelo Sistema Financeiro de

Habitação (SFH), em qualquer parte do país;

� Não ser proprietário ou estar em processo de

compra de imóvel em construção ou concluído no

município em que reside ou trabalha, ou nas cidades

vizinhas, quando não financiado pelo SFH.

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ito im

obili

ário

Page 31: Guia do comprador de imóveis

31 Guia do Comprador

créd

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QUAIS OS REQUISITOS DO IMÓVEL PARA QUE O USO

DO FGTS SEJA LIBERADO?

¨ Deve ser residencial urbano, novo ou usado,

em condições de habitabilidade, concluído ou em

construção;

¨ O seu valor não pode ultrapassar o valor limite

de avaliação estabelecido para o âmbito do Sistema

Financeiro de Habitação (SFH), ou seja, R$ 500 mil;

¨ Deve estar localizado no município onde o

proponente exerça sua ocupação profissional;

no município onde comprove residir há mais

de um ano; em município limítrofe a sua

ocupação profissional ou residência; ou na região

metropolitana;

¨ Estar matriculado no Registro de Imóveis

responsável pela região;

¨ Deve ser destinado, obrigatoriamente, para

moradia do trabalhador;

¨ Somente poderá ser objeto de outra transação

de compra e venda com recursos de FGTS após, no

mínimo, três anos da data da última negociação.

VEJA AS RESTRIÇÕES PARA O USO DO FGTS

O FGTS não pode ser utilizado para:

� Aquisição de imóvel que foi comprado, pelo atual

dono, com recursos do fundo em um período inferior

a três anos;

� Aquisição de lotes e terrenos;

� Aquisição de moradia para familiares,

dependentes ou terceiros;

� Aquisição ou construção de imóvel comercial;

� Aquisição de imóvel residencial em localidade

diferente do domicílio residencial ou profissional.

� Compra de dois imóveis simultaneamente;

Fontes: Pense Imóveis, Banrisul e site da Associação Brasileira de Administradores de Consórcios (Abac) http://www.abac.org.br/

üinformações

Tome alguns cuidados antes de adquirir

uma cota:

� Leia atentamente as cláusulas do

contrato e peça todos os esclarecimentos

que julgar necessários;

� Certifique-se quanto ao crédito

indicado no contrato, prazo de duração

do grupo, percentual de contribuições,

despesas que serão cobradas, tipos de

seguro que poderão ser exigidos e as

garantias que deverão ser fornecidas

quando você for contemplado;

� Saiba como será realizada a

contemplação, se é possível optar por

crédito de menor ou maior valor antes

da contemplação e qual a forma de

antecipação de pagamento de parcelas;

� Verifique se o que foi prometido consta

do contrato. Desconsidere as promessas

verbais: todos os direitos e obrigações

do consorciado estão estabelecidos no

contrato;

� Ficou em dúvida? Não deixe de entrar

em contato com a administradora caso

você deseje informações adicionais sobre

o funcionamento do grupo que está

sendo oferecido a você.

Page 32: Guia do comprador de imóveis

32 Guia do Comprador

OUTROS GASTOS

Page 33: Guia do comprador de imóveis

33 Guia do Comprador

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IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO DE BENS

IMOBILIÁRIOS (ITBI)

Sempre que há transferência de propriedade de

qualquer bem imóvel, o Imposto de Transmissão

de Bens Imóveis (ITBI) é cobrado pela prefeitura.

Essa taxa varia conforme a cidade em que o

imóvel está localizado e o seu recolhimento é

de responsabilidade do comprador. Em Porto

Alegre, por exemplo, a alíquota é de 3% sobre

o valor do imóvel. No caso de uso do FGTS

ou financiamentos pelo Sistema Financeiro

de Habitação a alíquota é de 0,5%. Portanto,

caso você adquira um imóvel de R$ 100 mil,

financiando R$ 70 mil, o ITBI será calculado da

seguinte forma: 0,5% sobre R$ 70 mil e 3% sobre

os R$ 30 mil de entrada. O valor que deverá ser

pago de ITBI será de R$ 1.250,00.

DESPESA DE ESCRITURAÇÃO IMOBILIÁRIA

É paga aos tabelionatos, que são responsáveis por

Despesas e impostos: conheça os gastos extras envolvidos na compraAntes de adquirir um imóvel, você também deve estar ciente de que, além do próprio valor

do bem, algumas despesas e impostos devem ser pagos. Em Porto Alegre, por exemplo, é

recomendado que se reserve 4% do valor do imóvel para o pagamento de Imposto sobre

Transmissão de Bens Imobiliários (ITBI), emolumentos e registro do imóvel.

lavrar a escritura de compra e venda de acordo

com a faixa de preço do imóvel. No Rio Grande do

Sul, por exemplo, a taxa de um imóvel de até

R$ 100 mil é de R$ 560.

DESPESA COM REGISTRO DO IMÓVEL

É paga no Registro de Imóveis no momento do

registro da compra no seu nome, de acordo com a

faixa de preço de imóvel. No Rio Grande do Sul, por

exemplo, um imóvel de até R$ 100 mil tem uma taxa

de R$ 469.

TARIFAS BANCÁRIAS

Se o imóvel for adquirido por meio de financiamento

bancário, o comprador tem de estar preparado

também para as despesas cobradas pela instituição

financeira, como taxas para avaliação do imóvel,

taxas administrativas, de abertura de crédito,

seguro do imóvel e de vida, entre outras.

IPTU

O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) é

um tributo municipal cobrado sobre qualquer bem

imóvel situado na zona urbana do município. A

taxa é calculada com base no valor venal do imóvel,

atribuído pela municipalidade onde se localiza.

Page 34: Guia do comprador de imóveis

34 Guia do Comprador

Quando for obrigada a entregar o ajuste anual do

Imposto de Renda (IR), a pessoa deve prestar, na

pasta de bens e direitos, as informações relativas

ao patrimônio imobiliário com data base 31/12

do ano calendário de referência. Mesmo que

o imóvel já tenha sido declarado em anos

anteriores, este deve permanecer na declaração,

caso a propriedade do bem continue no ano

atual.

Sempre que o contribuinte se enquadrar em

quaisquer das hipóteses de obrigatoriedade da

entrega do ajuste anual, ele deverá informar na

pasta de bens e direitos a totalidade dos imóveis

da sua propriedade, mesmo que o valor deles seja

inferior a R$ 300 mil.

É obrigado a declarar o ajuste anual do IR quem:

� Recebeu rendimentos tributáveis no ano

anterior com uma soma superior ao valor que é

informado pelo governo anualmente. Em 2012, por

exemplo, deveria declarar quem tivesse recebido

mais de R$ 23.499,15;

� Recebeu no ano anterior rendimentos isentos,

Imposto de Renda: patrimônio imobiliário sempre deve-se declararA não ser que seja qualificado como isento, o contribuinte deve informar todos os imóveis que

possui na entrega da declaração. Veja os detalhes.

não tributáveis ou tributados exclusivamente na

fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil;

� Obteve, em qualquer mês, ganho de capital

na alienação de bens ou direitos, sujeito à

incidência do imposto, ou realizou operações em

bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e

assemelhadas;

� Relativamente à atividade rural:

1) obteve receita bruta em valor superior a ao

estipulado pelo governo a cada ano;

2) pretenda compensar, no ano-calendário

anterior ou posteriores, prejuízos de anos-

calendário anteriores ou do próprio ano-

calendário do ano anterior;

� Teve, em 31 de dezembro, a posse ou a

propriedade de bens ou direitos, inclusive terra

nua, de valor total superior a R$ 300 mil;

� Passou à condição de residente no Brasil em

qualquer mês e nesta condição se encontrava em

31 de dezembro;

� Optou pela isenção do Imposto sobre a Renda

incidente sobre o ganho de capital auferido na

venda de imóveis residenciais, cujo produto da

venda seja aplicado na aquisição de imóveis

residenciais localizados no país, no prazo de 180

(cento e oitenta) dias contados da celebração do

contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei

nº 11.196, de 21 de novembro de 2005.

COMO DECLARAR A VENDA DE UM IMÓVEL?

O valor líquido referente ao ganho de capital

na alienação de imóveis de uso próprio é

considerado um rendimento sujeito a tributação

exclusiva. Existe um campo específico no IR para

declarar a informação de tais rendimentos. O

contribuinte deve, então, instalar o programa de

ganhos de capital disponibilizado gratuitamente

pela Receita Federal para calcular o IR incidente

sobre cada operação de venda de imóveis.

Assim, a pessoa pode gerar o arquivo de

exportação das informações do ganho de capital

e importá-lo no ajuste anual. Desta forma, são

declaradas automaticamente no ajuste anual as

rendas derivadas do ganho de capital.

COMO DECLARAR FINANCIAMENTO DE IMÓVEIS?

Existem duas formas para declarar

financiamentos de imóveis no IR. Uma delas

é informar o valor integral do bem adquirido

na pasta de bens e direitos e informar o saldo

devedor em 31/12 na pasta de dividas e ônus

reais. A outra forma é declarar apenas os valores

das parcelas pagas no ano na pasta de bens e

direitos, sem informações das dívidas. Nessa

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Page 35: Guia do comprador de imóveis

35 Guia do Comprador

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segunda opção, os valores pagos no ano atual

serão agregados ao saldo do bem do ano anterior.

Financiamento direto com a construtora

Você pode tomar como exemplo um apartamento

comprado em 2010 no valor de R$ 100 mil. Desse

total, R$ 30 mil foram dados de entrada, R$ 20

mil abatidos com o saldo do FGTS e outros R$

50 mil sobram como saldo financiado. Nesse

caso, você deve, em primeiro lugar, declarar

a existência do bem em seu nome no campo

específico e usar o valor total do imóvel (R$

100 mil). As informações podem ser dadas de

forma bastante detalhadas, mas outros passos

devem ser seguidos para evitar inconsistência

de dados e parar na malha fina. A inconsistência

de dados seria o “surgimento” de um bem de

alto valor sendo que você, em princípio, não tem

como explicar a origem do dinheiro total para

transação tendo em vista a série histórica de

suas declarações. Esse é o critério maior para

cair na malha fina e o erro mais comum do

contribuinte.

A origem do dinheiro de entrada será explicada

ou pela própria série histórica de declarações

– pois, para juntar os R$ 30 mil do exemplo o

contribuinte deve ter poupado e feito aplicações

financeiras – ou pelos dados do informe de

rendimentos – documento fornecido pelo

empregador. Os R$ 20 mil sacados do FGTS têm

um campo específico: rendimentos isentos e não-

tributados.

Os R$ 50 mil restantes, que serão pagos em

20 ou 30 anos, conforme a modalidade de

financiamento, devem ser declarados como

dívidas. O valor dessa dívida será atualizado ano

a ano, conforme os pagamentos que forem sendo

feitas.

Financiamento por meio do Sistema Financeiro

de Habitação (SFH)

Quando a compra é feita através do Sistema

Financeiro de Habitação (SFH), o procedimento

é diferente e funciona como um leasing. O valor

restante do imóvel não deve ser registrado como

dívida, pois o bem permanece em garantia do

banco. Deve-se mencionar a compra, no campo

“bens e direitos”, descrevendo o processo, e

somar o valor das parcelas, na medida em

que forem pagas, ao valor final do imóvel. Por

exemplo, se foram dados R$ 50 mil de entrada

e o restante será pago em parcelas de R$ 2

mil, quando cinco parcelas tiverem sido pagas

deve-se somar R$ 10 mil ao valor. Esse processo

permanece até que o imóvel esteja quitado.

Essas são as orientações da Receita Federal para

que o valor do imóvel não fique menor do que o

pagamento declarado. Caso o financiamento seja

declarado de forma errada, gera um problema de

origem de dados que pode causar um transtorno

de retificação e justificativas, mas sem multa.

Consórcio ou carta de crédito

O contrato de consórcio é como a aquisição de

um financiamento na hora de declarar os bens.

Por exemplo, se você contratou um consórcio – e

não foi contemplado – e pagou seis prestações

e R$ 600 em 2009, isso deve ser especificado

dessa maneira. No caso de ser contemplado – ou

comprar carta de crédito –, vale a mesma regra

para o bem adquirido através de outro modelo de

financiamento: colocar as prestações que ainda

restam a pagar no campo de dívidas.

Page 36: Guia do comprador de imóveis

36 Guia do Comprador

PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS

Page 37: Guia do comprador de imóveis

37 Guia do Comprador

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QUANDO O SERVIÇO PODE AJUDÁ-LO?

Na hora da venda:

� Quando a pessoa decide vender um imóvel, pode

gerar expectativas irreais quanto ao custo da casa

ou apartamento. O corretor pode, então, passar o

valor de mercado mais preciso de quanto o imóvel

realmente vale;

� Na hora da venda, o profissional também

conhecerá potenciais interessados no seu imóvel.

Na hora da compra:

� Quando você estiver em busca da sua casa,

o profissional, por ter mais informações e

conhecimento, poderá apresentar opções que vão de

acordo com as suas necessidades;

� Quando um proprietário estiver para colocar

ou recém tiver colocado um imóvel à venda, um

corretor também poderá informá-lo da situação com

mais agilidade.

� O profissional pode, ainda, auxiliá-lo na hora de

saber se um imóvel realmente vale o preço pelo qual

está sendo vendido.

Corretores e imobiliáriasPara adquirir ou vender um imóvel, você não precisa, necessariamente, contratar o serviço de um

corretor autônomo ou de uma imobiliária. No entanto, o serviço desses profissionais especializados

pode facilitar a sua venda ou compra. Além disso, a sua intermediação poderá ser positiva no

momento das negociações, pois os imóveis poderão ser apresentados aos futuros compradores ou

vendedores de maneira mais imparcial.

DE QUE FORMA OS PROFISSIONAIS ATUAM?

Os corretores podem trabalhar de forma autônoma

ou fazerem parte de uma imobiliária, que conta com

uma equipe própria de profissionais. Normalmente,

por uma questão de segurança e controle das

informações, as imobiliárias não permitem que

seus corretores trabalhem, ao mesmo tempo, para

empresas diferentes.

VENDA COM EXCLUSIVIDADE

Na hora de vender o seu imóvel, você terá que

decidir se a venda será com ou sem exclusividade.

Na venda com exclusividade, será feito um acordo

entre o proprietário e o profissional (corretor

autônomo ou imobiliária), que terá um prazo

para vender o imóvel de forma exclusiva. Sendo

assim, durante o período estabelecido, somente o

profissional em questão poderá ofertar o imóvel no

mercado.

Vantagens:

� Imobiliária ou corretor autônomo podem prestar

um serviço mais dedicado e diferenciado ao cliente;

Page 38: Guia do comprador de imóveis

38 Guia do Comprador

� Garantia da exclusividade gera iniciativas por

parte do profissional, que garante anúncios do

imóvel em diferentes mídias;

� Imobiliárias colocam à disposição do cliente toda

a sua equipe de corretores, proporcionando ainda

mais divulgação do imóvel;

� A exclusividade também garante ao comprador o

fechamento do negócio de forma mais imediata, pois

o corretor autônomo ou a imobiliária já possuem

todas as informações sobre as condições de venda

impostas pelo vendedor;

� Trabalho em rede dos profissionais aumenta ainda

mais as chances da venda.

NÃO DEIXE TUDO NAS MÃOS DO CORRETOR

O corretor pode ser um grande aliado na hora que

você for comprar ou vender um imóvel, mas não

esqueça que o interesse do profissional é, também,

fazer um bom negócio. Portanto, verifique por conta

própria as informações passadas.

ESCOLHA BEM O PROFISSIONAL

Corretor autônomo

Observar a maneira do profissional atuar é

fundamental para saber se ele prestará um bom

serviço. Portanto, leve em consideração os seguintes

aspectos:

� Empatia do profissional

� Segurança nas informações prestadas

� Interesse e atenção nas conversas com o cliente

� Vontade de ajudar o cliente

� Solicite, ainda, comprovação do registro

profissional fornecido pelo Conselho Regional dos

Corretores de Imóveis (Creci) ou consulte a entidade.

Imobiliária

Antes de escolher uma imobiliária, analise estas

questões:

� Conheça um pouco da história da empresa

� Obtenha referências da sua direção

� Conheça algumas das suas realizações

� Consulte clientes que já realizaram negócio com a

empresa

� Além disso, solicite a comprovação do registro da

empresa no Conselho Regional dos Corretores de

Imóveis (Creci) ou consulte a entidade

CONTRATOS E COMISSÃO

Quando for comprar um imóvel, o cliente não

precisa assinar nenhum contrato de prestação

de serviços com um corretor autônomo ou com

uma imobiliária. Portanto, você pode consultar

vários profissionais independentes e imobiliárias

antes de decidir pela compra de um determinado

imóvel. Na hora de efetuar a compra, no entanto,

o corretor autônomo ou a imobiliária irão

preparar e apresentar um contrato de compra,

que você deve assinar. Você também pagará uma

comissão, combinada verbalmente, sem assinatura

de contratos, aos profissionais pelos serviços

prestados. Em Porto Alegre, por exemplo, este

valor corresponde a 6% sobre o preço do imóvel. O

corretor autônomo recebe esse valor integralmente.

A imobiliária, por sua vez, fica com dois terços

da comissão, destinando o restante para quem

agenciou o imóvel e para quem o vendeu.

Para a venda do imóvel, o cliente assina uma

autorização de venda, tanto para o corretor

autônomo quanto para a imobiliária. O Conselho

Regional dos Corretores de Imóveis (Creci) realiza

fiscalizações periódicas e inesperadas para verificar

se a norma está sendo cumprida. Nestas ocasiões,

os profissionais devem apresentar a autorização de

venda de todos os imóveis que anunciam. As multas

aplicadas em casos de descumprimento são de alto

valor. E, em caso de reincidência, pode ocorrer até a

cassação do registro profissional.

Fontes: Sylvio Lindenberg, consultor de empresas da área imobiliária, e livro “Imóveis, seu guia para fazer da compra e venda um grande negócio”, de Luiz Calado.

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Page 39: Guia do comprador de imóveis

39 Guia do Comprador

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COMO ESCOLHER UMA EMPRESA DE MUDANÇA?

A primeira verificação que deve ser feita é quanto à

idoneidade da empresa. Para isso, consulte o Procon

sobre possíveis reclamações contra a companhia.

Também é indicado fazer uma cuidadosa pesquisa de

preços procurando contratar transportadoras indicadas

por conhecidos que já tenham utilizado o serviço.

ORÇAMENTO

Assim como outros prestadores de serviços, toda

empresa de mudanças é obrigada a fornecer um

orçamento, conforme diz o Código de Defesa do

Consumidor (Art. 40). O orçamento é importante

para você comparar os preços cobrados no mercado

por outras empresas e fazer o contrato baseado

nesses preços.

Atenção: algumas empresas que cobram uma taxa

para fazer o orçamento. Portanto, pergunte o preço

antes de contratar o serviço.

Sugere-se que a mudança seja orçada em pelo

menos três empresas. O orçamento, de modo geral,

é feito após visita de vistoria, onde o profissional

avalia a quantidade de espaço que as coisas vão

A hora da mudançaNa hora de escolher a empresa de mudanças, certas questões devem ser analisadas para evitar

dores de cabeça. Veja dicas para não errar na avaliação de quem vai transportar seus objetos.

ocupar e prevê necessidades como içamento - caso

algum objeto não passe pelas escadas do prédio, por

exemplo – e adicional noturno, entre ouros detalhes.

Nesse momento, esclareça todas as suas dúvidas e os

itens do contrato.

O preço leva em conta a diária do caminhão,

o material de embalagem e os carregadores

contratados. Esse custo será maior se os móveis

forem de alto custo, se houver equipamentos

eletrônicos sofisticados, como home theaters, ou

muito delicados, como cristaleiras. A diferença se

deve ao preço do material de empacotamento, mais

caro, e à necessidade de cuidado especial.

SEGURANÇA

Para ter mais segurança, faça uma lista de todos os

móveis e objetos que serão transportados. Verifique

o estado em que se encontram os móveis e objetos,

guardando com você uma cópia da lista, assinada

pela empresa contratada. Este documento chama-se

“rol de inventário”.

DIREITOS GARANTIDOS

Quando você contrata um serviço, no caso da

empresa de mudanças, está plenamente protegido

Page 40: Guia do comprador de imóveis

40 Guia do Comprador

pelo Código de Defesa do Consumidor. Mas para

reclamar seus direitos você necessita ter em

mãos os documentos. O contrato e a nota fiscal

são documentos muito importantes. A lei obriga

a empresa de transporte de mudanças a ser

responsável por todos e quaisquer danos no serviço

feito. Se não cumprir o que foi contratado, a

responsabilidade é da empresa.

OUTRAS DICAS

� Exija um contrato por escrito discriminando:

nome, endereço e CNPJ (se for pessoa física, RG e

CPF) da empresa, dados pessoais do contratante,

local, data e horário de retirada e de entrega, valor

do serviço, condições de pagamento e tudo o que for

acertado verbalmente. Não deixe de ler com atenção

este documento e de riscar os espaços em branco.

� Informe-se quanto às regras de mudança do

imóvel atual e do novo. Alguns locais têm horários

delimitados para realização do serviço, e isso afeta

no preço;

� Avise o síndico e/ou o zelador sobre sua

mudança, e confira se não há outra pessoa

realizando transporte no mesmo dia e horário, para

evitar congestionamentos em elevador e outros

transtornos do gênero;

� No dia da mudança, reserve vaga para o

caminhão na frente do imóvel - ou o mais perto

possível; quanto mais longe, mais demorado e mais

carregadores serão necessários, encarecendo o

transporte;

� Procure vincular o pagamento ao término do

serviço. Se não for possível, veja a possibilidade

de disponibilizar apenas um sinal na contratação,

quitando o restante após a mudança.

� Certifique-se de que o dia marcado para a mudança

não coincida com feiras livres nas ruas que envolvam

o local de saída ou de chegada da mesma.

� Esvazie o botijão de gás, pois é proibido

transportá-lo cheio, por causa do risco de explosão;

se o gás for central, no caso de condomínios, faça o

desligamento com 24 horas de antecedência;

� Descongele o freezer também 24 horas antes

do transporte. Seque-o bem antes de carregar no

caminhão, para evitar odores.

� Na impossibilidade de estar presente quando da

chegada da mudança no novo endereço, peça a uma

pessoa de sua confiança que faça a conferência e

relacione por escrito eventuais danos ou extravios

de objetos. Exija a assinatura do funcionário da

empresa neste documento e guarde uma via com

você.

� Guarde cópia de toda a documentação; exija

recibos de todos os pagamentos efetuados e solicite,

por escrito, a previsão de entrega da mudança

nos casos de transportes intermunicipais e

interestaduais.

� Para maior segurança, transporte consigo os

objetos pessoais tais como joias, dinheiro, cheques e

documentos.

EMPACOTAMENTO

A própria transportadora é quem faz o

empacotamento dos pertences, por exigência

das seguradoras, no intuito de garantir que o

conteúdo segurado seja, de fato, o que está sendo

transportado. A empresa tem material adequado –

plástico bolha, papel ondulado, craft (para louças)

etc.

Os profissionais responsáveis pelo empacotamento

organizam a mudança de forma a ocupar o mínimo

de espaço possível. É a partir do espaço estimado

que são definidos o tamanho do caminhão e o valor

do transporte. O preço da cubagem (metro cúbico)

leva em conta a quantidade de objetos, a distância

da casa velha à casa nova e o grau de dificuldade -

por exemplo, se é um apartamento no quarto andar

sem elevador, ou uma sala comercial no centro da

cidade onde não há estacionamento, ou caixas com

muitos livros pesados, etc. Esses fatores também

orientam o orçamento dos caminhões de frete.

Desempacotar os pertences também pode fazer

parte do serviço da transportadora. Mas atenção:

jóias, documentos, armas de fogo e obras de arte,

por exemplo, não devem ser deixados a encargo de

nenhuma empresa, pois não são protegidos pela

apólice em caso de extravio. Remédios também

devem ser mantidos sob posse do contratante.

Fontes: Pense Imóveis e Procon-SP

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Page 41: Guia do comprador de imóveis

41 Guia do Comprador

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60 DIAS ANTES DA MUDANÇA

¨ Pesquise e escolha a empresa de mudança.

Procure uma transportadora com uma boa relação

custo x benefício. Não se esqueça de fazer perguntas

e esclarecer todas as dúvidas. Saiba se eles embalam

e transportam objetos frágeis, como louças, por

exemplo.

¨ Algumas transportadoras cobram pelo

deslocamento, outras cobram pela distância (km),

e outras, ainda, pelo número de móveis e caixas a

transportar. Portanto, peça sempre orçamentos de

empresas diferentes para poder fazer comparações.

Sempre que solicitar um orçamento, peça a resposta

por escrito, seja por fax ou por e-mail, para garantir

que tudo o que estiver descriminado seja feito.

¨ Pesquise reclamações da empresa feitas no

Procon

¨ Cheque referências de antigos clientes

¨ Analise termos de garantia e cláusulas

contratuais

¨ Verifique o nome do motorista e dos ajudantes

que irão carregar tudo;

¨ Observe se as cortinas e tapetes deverão ser

lavados antes de serem transportados para a nova

residência e se os trilhos e bandôs poderão ser

aproveitados.

¨ Tome conhecimento das redondezas da nova

casa. Descubra o que existe de comércio local,

üChecklistcomo cafés, padarias, supermercados, farmácias,

lojas de ferramentas e matérias de construção, que

podem ser úteis no dia da mudança e depois da

sua finalização, enquanto a sua casa ainda estiver

desorganizada.

¨ Faça uma planta da nova casa. A intenção é

planejar como e onde dispor o mobiliário.

30 DIAS ANTES DA MUDANÇA

¨ Se você mora numa casa alugada, registre os

danos. Faça um relatório das condições em que vai

deixar o imóvel, podendo até tirar algumas fotos.

¨ Doe ou venda as inutilidades. Se tiver móveis

ou objetos que não são utilziados, se desfaça deles.

Assim você evita de pagar pelo transporte de algo

desnecessário, que acabará, mais cedo ou mais

tarde, indo para o lixo ou para doação.

¨ Informe parentes e amigos do futuro endereço

¨ Providencie a transferência de escola das

crianças.

15 DIAS ANTES DA MUDANÇA

¨ Procure saber quais são as regras do novo

condomínio e verifique quais são os horários

permitidos para fazer uma mudanca.

¨ Verifique a voltagem de sua nova residência. Em

caso de mudança internacional, verifique também a

ciclagem, tipos de tomadas e sistemas de TV.

¨ Programe a transferência ou o corte dos serviços

usados na casa que vai deixar, tais como internet,

TV cabo, telefone, agua, luz e gás.

¨ Se tem animais de estimação, e a mudança for

para perto, combine de deixá-los em casa de amigos

ou familiares, buscando-os mais tarde; se a mudança

for para longe, leve-os consigo em condições

adequadas para deixá-los estressados.

¨ Verifique cuidadosamente se é necessário

desmontar algum móvel. Caso não seja possível

montá-los sozinho, contrate a ajuda de um

profissional.

¨ Comece a consumir todos os congelados que

guarda no congelador.

¨ Combine com alguma parente ou amigo para

cuidar das crianças no dia da mudança.

¨ Providencie o material para embalagem de

objetos pessoais

¨ Inicie o processo de embalagem dos objetos que

precisam de cuidados especiais. Por exemplo, vede

totalmente os frascos de medicamentos e perfumes.

2 DIAS ANTES DA MUDANÇA

¨ Ligue para as companhias de gás, agua, luz,

telefone ou TV cabo/Internet, pedindo a instalação

ou transferência dos serviços. Eles podem levar

entre 2 a 3 dias para atender o seu pedido.

¨ Separe os produtos perecíveis (comestíveis)

dos não perecíveis. Caso os alimentos perecíveis

estiverem abertos, tente consumi-los antes de

partir. Doe os alimentos não perecíveis que não

serão consumidos em 24 horas.

Page 42: Guia do comprador de imóveis

42 Guia do Comprador

¨ Nunca transporte botijões de gás durante a

mudança, além de proibido, existe ainda o risco de

potenciais acidentes.

¨ Coloque todas as suas plantas de interior dentro

de caixas de papelão para poder fazer o transporte,

mas não se esqueça deregá-las.

¨ Esvazie e limpe o congelador e o freezer.

¨ Faça backup dos arquivos do computador

¨ Separe as roupas e objetos pessoais a serem

utilizados no dia da mudança

NO DIA DA MUDANÇA

¨ Caso a nova casa seja distante da atual, não se

esqueça de preparar um lanche;

¨ Separe e deixe em local de fácil acesso tudo o que

irá necessitar para servir as refeições no primeiro

dia na casa nova, como pratos, copos e talheres

¨ Ponha um aviso de “NÃO LEVAR” naqueles

objetos que devem ficar.

¨ Para garantir o sucesso do transporte dos seus

animais de estimação, não se esqueça de verificar a

alimentação e água antes e durante a viagem.

¨ Reserve um lugar de estacionamento na frente

do prédio ou casa para a empresa de mudanças

descarregar os móveis e caixas do caminhão.

¨ Tenha alguém supervisionando o serviço da

empresa de mudança na casa atual e na futura

residência.

¨ Leve consigo alguns itens: passaportes, dinheiro,

carteira de identidade e de motorista, e outros

documentos pessoais, do carro, apólices de seguro

etc.

¨ Vistorie a embalagem e identificação de cada caixa

¨ Providencie a faxina da casa

OBJETOS QUE DEVEM ESTAR ACESSÍVEIS NO DIA

DA MUDANÇA

¨ Comida e utensílios domésticos;

¨ Rolos de papel toalha e papel higiênico;

¨ Papel e caneta;

¨ Artigos de limpeza e um balde;

¨ Sacos para o lixo e fita isoladora;

¨ Caixa de ferramentas básicas (tesoura, chaves de

fendas, chave inglesa);

¨ Aspirador de pó, vassoura e pá;

¨ Lâmpadas e uma lanterna;

¨ Abridor de latas e algumas facas de cozinha;

¨ Café, chá, água e comida para fazer as refeições

rápidas;

¨ Roupas de cama, roupa para vestir e produtos de

higiene:

¨ No mínimo, uma muda de roupa para cada

familiar;

¨ Toalha de rosto e de banho;

¨ Xampu, sabonete e desodorante;

¨ Pente e escova para cabelo;

¨ Um kit para os primeiros socorros;

DEPOIS DA MUDANÇA

¨ Logo depois da mudança, faça inspeções rápidas

antes de começar a desembalar e desempacotar.

Verifique todas as fechaduras de janelas e

portas; veja se tem electricidade, se o fogão está

funcionando; verifique as válvulas de regulação e as

torneiras, assim como os canos de esgoto; veja se o

telefone e os aparelhos de cozinha funcionam bem.

¨ Assim que chegar à sua casa nova, troque todas

as fechaduras por questões de segurança.

Fonte: Maria Luisa Pereira Leite, organizadora pessoal

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Page 43: Guia do comprador de imóveis

43 Guia do Comprador

ADAPTAÇÃO

Page 44: Guia do comprador de imóveis

44 Guia do Comprador

adap

taçã

o

� A primeira sugestão para ajudar o animal a se

adaptar é o dono assumir um papel de líder. O

bichinho precisa perceber o proprietário como o

chefe da matilha e aceitar ser conduzido, evitando

desobediências;

� Apesar do controle do bicho, é preciso que esse

adquira, por outro lado, certa independência.

Dormir com o animal em cima da cama, ou mesmo

dentro do quarto pode retardar o processo. Ainda

que precise sentir a presença e o carinho do dono,

o amigo do homem não precisa ficar o tempo todo

grudado;

� Cães de guarda: o papel de líder é ainda mais

importante quando se trata da adaptação de um cão

de guarda a um novo lar. O animal precisa sentir

confiança no dono e saber que é em sua ausência

que deve manter vigília. Além disso, é preciso

retreinar os comandos, garantindo a obediência e

controle do pet;

� Lembre-se também de preparar sua casa. É

importante reservar um canto para a casinha, por

exemplo. Fatores como excesso de luz e barulho

também fazem toda a diferença, pois deixam o

Ajude seu animal de estimação a se adaptar à nova casaAlém de atenção, o bichinho de estimação precisa de tempo para aprender as normas do novo lar

e se acostumar com o ambiente diferente. Saiba como facilitar este período para ele.

animal mais agitado e estressado. A recomendação é

evitar essas circunstâncias;

� Se você estiver indo para uma casa com quintal,

não se esqueça de observar se existem objetos

cortantes ou perfurantes no chão ou em prateleiras

baixas, por exemplo, em que o bicho possa vir a

se machucar. Observe também a altura dos muros

e o espaçamento entre as barras do portão, para

evitar que o animal fuja ou que ataque passantes

ou mesmo que esses atirem objetos para dentro do

pátio.

� Atente à limpeza da área externa, para evitar a

contaminação do animal por pragas presentes na

natureza;

� Se for preciso se desfazer do bicho por causa da

mudança de lar, lembre-se de que é possível dar

um adeus digno de todo o carinho que você tem

por seu amigo de quatro patas. Doe os animais,

preferencialmente, a pessoas da vizinhança, pois

o bicho já está acostumado ao local. Se não for

possível, procure visitar o próximo dono e observar

se a nova casa de seu pet terá condições de higiene

para recebê-lo.

Page 45: Guia do comprador de imóveis

45 Guia do Comprador

SEGURO RESIDENCIAL

Page 46: Guia do comprador de imóveis

46 Guia do Comprador

O tipo de cobertura do seguro deve se adequar às

necessidades da pessoa, sendo possível fazer uma

apólice personalizada. Conheça as vantagens:

� O custo da substituição de bens danificados

ou roubados pode ser coberto. Sendo assim, caso

ocorra algum desastre, o seguro pode repor os itens

perdidos;

� Você pode se proteger de imprevistos envolvendo

outras pessoas na sua residência. Isso significa que

o seguro cobre qualquer dano material ou pessoal,

desde que involuntário, causado pelo segurado,

familiares, empregados ou outro residente do imóvel,

incluindo animais de estimação. Desta forma, caso o

seu cachorro morda alguém, a indenização à pessoa

estará coberta;

� Caso a sua casa seja danificada – por um incêndio,

por exemplo –, o seguro pode cobrir custos com

hotel, alimentação, entre outras necessidades

enquanto a sua residência é reconstruída;

� Você tem direito, ainda, a extras, como o serviço

de profissionais como eletricistas, encanadores,

pedreiros, entre outros.

Proteja a sua propriedade com segurosO ditado é antigo, mas a sabedoria continua preservada: o seguro morreu de velho. Portanto,

saiba por que investir em seguros para a sua residência pode evitar transtornos causados por

danos ou perdas.

QUAIS ITENS OS SEGUROS COSTUMAM COBRIR?

Existem pacotes específicos para quem mora

em casas, é inquilino ou possui apartamentos.

Normalmente, a cobertura é para os seguintes itens:

Incêndio

Talvez lhe pareça que as chances de sua casa

pegar fogo são mínimas, mas a apólice também

vale para incêndios parciais, como a queima de

parte do imóvel por excesso de aparelhos ligados na

mesma tomada. O seguro cobre, então, a reposição

dos equipamentos danificados, mesmo que o resto

da casa não tenha sido afetada. A cobertura de

incêndio inclui também móveis, roupas, utensílios,

eletroeletrônicos e outros objetos de valor

quantificável que estiverem no interior do imóvel.

A apólice de conteúdo, no entanto, não cobre joias,

dinheiro em espécie nem peças de artes.

Vendaval

O seguro contra vendaval cobre custos causados por

ventos muito fortes. A cobertura não inclui apenas a

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Page 47: Guia do comprador de imóveis

47 Guia do Comprador

troca de telhados: caso no destelhamento entre água

no imóvel e estrague algum móvel ou eletrônico, o

seguro também repõe estes itens.

Danos elétricos

Se um curto-circuito causa um pequeno fogo que

estraga a televisão, o seguro contra incêndios

cobre a reposição da peça. Se, em outra situação,

um raio causa uma descarga elétrica que queima

o aparelho, é o seguro contra danos elétricos que

vai pagar o novo equipamento. A cobertura contra

danos elétricos é uma das mais caras, pois o tipo de

sinistro é comum.

Roubo

Da mesma forma que os danos elétricos, os roubos

são problemas mais recorrentes que incêndios, por

isso o valor daqueles é um dos mais caros dentre

as cifras de coberturas acessórias. Dois fatores

influenciam esse preço: o tipo de residência e a

cidade onde está localizada. As seguradoras supõem

que apartamentos têm um aparato de segurança

mais eficiente que as casas, por isso o preço é

um pouco mais em conta. O município em que a

propriedade está também entra nos cálculos: as

empresas cobram um pouco mais de quem vive em

cidades com maior índice de criminalidade.

Responsabilidade civil

A cobertura de responsabilidade civil se aplica a

casos em que o segurado é responsabilizado por

danos a terceiros. Seu cachorro mordeu alguém?

A diarista derrubou um vaso? Um cano estourou

em seu apartamento e alagou o banheiro do

apartamento de baixo? Seu filho quebrou a janela

ou amassou o carro do vizinho jogando futebol? Em

todas essas situações, a responsabilidade civil arca

com os custos que seriam da pessoa física.

Alagamentos

O seguro contra alagamentos está na lista dos

mais caros. Muitas empresas nem oferecem essa

cobertura acessória, pois além do alto custo ao

cliente, tem alta taxa de risco à seguradora.

Outras coberturas

Como coberturas acessórias os corretores citam

ainda as que seguram vidros, espelhos e mármores,

além da contra desmoronamentos. É possível, ainda,

contratar a assistência 24 horas, que disponibiliza

profissionais para serviços que vão desde troca da

resistência do chuveiro a conserto de máquina de

lavar e problemas de encanamento, entre outros.Fontes: Pense Imóveis e o livro “Imóveis, seu guia para fazer da compra e venda um grande negócio”, de Luiz

Calado.

ANTES DE ESCOLHER O SEGURO:

� verifique as características e cada cobertura,

o que é oferecido e quais são seus direitos. Veja

também qual a franquia da cobertura. Franquia

é a parcela do prejuízo suportada pelo próprio

segurado, ou seja, quantia que o segurado terá de

pagar, em caso de perda parcial do bem;

� pergunte sobre como você deve proceder em caso

de sinistro (ocorrência do fato previsto no contrato)

e peça detalhes sobre o recebimento da indenização;

� ao fechar o seguro, questione quando sua apólice

começa a valer.

NA HORA DE CONTRATAR:

¨ Tenha em mente que a inclusão de bens

eletrônicos como aparelhos de som, de DVD e

computadores na cobertura do seguro torna a

apólice mais cara do que se for incluído apenas

o mobiliário básico (sofá, fogão, geladeira, etc.).

Isso porque bens eletrônicos são mais visados em

roubos e têm uma depreciação (perda de valor) mais

acelerada;

¨ No caso de seguro de casas: estime a cobertura

básica de incêndio com verba suficiente para

a reconstrução do imóvel e a reposição de seu

conteúdo. Você não precisa considerar o valor total

do imóvel, mas o terreno não pega fogo;

¨ No caso de apartamentos: antes de contratar

um seguro para o seu apartamento, verifique as

coberturas presentes na apólice do condomínio,

para evitar pagar duas vezes a mesma coisa. É dever

do administrador de um condomínio, conforme

previsto no Código Civil - Lei nº 10.406 (art. 1.346),

a contratação de seguros que cubram danos à

estrutura do prédio contra o risco de incêndio ou

destruição, total ou parcial;

¨ Se você mora em edifício, saiba que é possível

fazer um seguro coletivo para os bens que você

possui em seu apartamento. Neste caso, o preço

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Page 48: Guia do comprador de imóveis

48 Guia do Comprador

sai bem mais em conta, mas isso só compensa se

seus vizinhos segurarem valores semelhantes aos

seus. Atenção: existem casos em que a cobertura

de incêndio é oferecida num seguro junto à fatura

do condomínio ou na conta de luz. Você pode estar

pagando duas vezes por algo que já está previsto na

apólice do condomínio.

TERMINOLOGIAS IMPORTANTES DA ÁREA:

� apólice: documento emitido pela seguradora que

contém todas as cláusulas do contrato;

� bônus: desconto incidente sobre o prêmio a ser

pago na renovação do seguro;

- cobertura: garantia de proteção contra o risco de

determinado evento

� franquia: parcela de prejuízo suportada pelo

próprio segurado. O mercado segurador trabalha

de regra com quatro tipos de franquia: valor

fixo por reclamação; participativa, sob forma de

percentual (em geral, entre 5% e 20% do limite

máximo segurado); agregada anual (depois da

primeira participação da empresa segurada, não há

mais franquias em perdas futuras) e simples (não

aplicável quando a perda excede o valor indenizado

ou reembolsado);

� indenização: valor pago pela seguradora em caso

de ocorrência de sinistro previsto na apólice;

� prêmio: importância que o segurado paga à

seguradora para ter direito à indenização em caso

de sinistro;

� proposta: formulário que contém os elementos

essenciais do seguro e expressa a intenção de

contratação pelo segurado;

� sinistro: ocorrência do fato previsto em contrato;

� valor atual do bem: custo de reposição de um

determinado bem, pelo valor de um novo no

mercado, deduzido a depreciação pelo uso, idade,

estado de conservação e depreciação pelo uso;

� valor em risco: valor de todos os bens segurados

existentes no endereço designado como local

do seguro, imediatamente antes do sinistro, em

estado de novo, ou seja, antes de ser deduzida a

depreciação pelo uso, idade, estado de conservação e

obsolescência.

Fontes: Pense Imóveis e diretor técnico da Confiança Seguros, Flávio da Silva Urubatan.

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Page 49: Guia do comprador de imóveis

49 Guia do Comprador

ABCDICIONÁRIO IMOBILIÁRIO

Page 50: Guia do comprador de imóveis

50 Guia do Comprador

AAbatimento

Mesmo que dedução

Agente fiduciário

Empresa que promove a execução extrajudicial de

empréstimos hipotecários vinculados ao Sistema

Financeiro de Habitação (SFH).

Agente financeiro

Instituição pública ou privada que faz parte do

Sistema Financeiro Nacional. Sua função é coletar,

intermediar e aplicar recursos financeiros seus ou

de outros, com autorização do Banco Central do

Brasil.

Amortização de empréstimo

Extinção gradativa de uma dívida por meio de

pagamento parcelado. As parcelas de amortização

são também conhecidas como principal da dívida.

Alienação fiduciária

Ato de transferência de um bem móvel ou imóvel do

devedor para o credor, em garantia do pagamento

da dívida. O devedor detém a posse direta do bem,

para seu uso, e o credor detém a posse indireta do

bem, que fica em seu domínio. Depois de quitar o

empréstimo, o comprador adquire a propriedade

definitiva do bem.

Avaliação

Atividade que envolve a determinação técnica do

Termos relacionados a crédito imobiliário

valor qualitativo ou monetário de determinado bem,

direito ou empreendimento. Determinação de valor

para hipoteca.

Averbação

Anotação feita pelo Cartório de Registro de

Imóveis de qualquer alteração que diga respeito

ao proprietário (chamada subjetiva) ou ao imóvel

(objetiva), como a mudança no estado civil do dono

ou no nome da rua do imóvel.

CCarta de crédito

Documento que concede a alguém o empréstimo de

certa quantia. Costuma valer por 30 dias, às vezes

prorrogáveis.

Cartório de Registro de Imóveis

Órgão onde são cadastrados todos os imóveis de

determinada região (localização, situação jurídica,

histórico e modificações).

Cartório de Títulos e Notas

Entidade privada com reconhecimento público que

guarda títulos e documentos, faz registros públicos e

redige contratos.

Caução

Garantia dada, geralmente em dinheiro, de

que determinada dívida contratual será paga

(financiamento imobiliário, aluguel etc.).

Certidão negativa

Documento que comprova a existência ou não de

ação civil, criminal ou federal contra uma pessoa.

Comprometimento de renda

Percentual de renda que o pretendente a um

financiamento pode comprometer mensalmente na

prestação.

Comprovação de renda

Exigência da instituição financeira de que o

pretendente a financiamento comprove com

documentos (contracheque, carteira de trabalho,

declaração do Imposto de Renda) que ganha o

suficiente para arcar com as prestações.

EEscritura

Documento autêntico de um contrato, como o de

compra e venda, escrito por um tabelião ou oficial

público e testemunhado por duas pessoas.

FFGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)

Conta de poupança aberta pelo empregador em

nome do empregado. Todo mês, o empregador

deposita nela 8% do salário de seu funcionário. Essa

conta rende 3% ao ano, mais a variação mensal da

TR. O saldo poderá ser resgatado pelo empregado se

for demitido ou quiser financiar a casa própria.

Financiamento

Provisão de capital para financiar a realização de

uma empresa, de um projeto. Concessão de prazo

para se pagar uma dívida.

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Page 51: Guia do comprador de imóveis

51 Guia do Comprador

Financiamento direto

Forma de pagamento na aquisição de imóvel em que

o próprio incorporador concede financiamento ao

comprador.

Financiamento imobiliário

Empréstimo concedido por instituições financeiras

para custear a construção, a reforma ou a compra

de um imóvel. 1. Recursos obtidos com a instituição

financeira no âmbito do Sistema Financeiro da

Habitação ou pela chamada Carteira Hipotecária.

2. Custeamento das despesas para construção ou

aquisição de um imóvel, geralmente para garantia

hipotecária deste, para pagamento posterior

em forma de prestações que compreendem a

amortização do capital, respectivos juros, correção

monetária, bem como taxas de administração e

outras.

GGarantia

Cláusula contratual que assegura ao credor, pela

concessão, por exemplo, de um financiamento, que o

devedor cumprirá o assumido. Com isso, obriga-se o

devedor a cumprir a prestação devida ao credor.

HHabite-se

Autorização emitida pela prefeitura para que um

imóvel recém-construído ou reformado possa ser

ocupado. Para que o documento possa ser emitido,

é preciso uma vistoria para ver se a obra foi

executada conforme o projeto inicial e é necessário

preencher diversos requisitos legais (parecer da

companhia de luz, do corpo de bombeiros, da

companhia de gás, entre outros).

IInadimplência

Falta de pagamento de dívidas e prestações

imobiliárias.

Índice de reajuste

Índice pactuado em contrato, geralmente um índice

de preços, para atualização monetária dos valores

envolvidos no mesmo. O índice escolhido para

reajuste é que torna os valores proporcionados à

elevação do custo de vida.

JJuro

Taxa percentual cobrada periodicamente sobre

um valor e constitui o lucro do capital empregado

(como em empréstimos) ou é paga sobre um valor

depositado (como em investimentos bancários).

Juro de mora

Juro cobrado como multa por causa da mora

(demora, atraso) no pagamento de uma dívida.

São cobrados por dia de retardamento, às vezes

independentemente da aplicação de outro

percentual fixo de multa. Por exemplo: 10% após o

vencimento mais juro de mora de 0,3% ao dia.

LLiquidação antecipada

Pagamento total de uma dívida antes do prazo

fixado em contrato.

MMatrícula do imóvel

Número de registro do imóvel no cartório do

Registro Geral de Imóveis, o mesmo desde sua

construção. Todo imóvel tem seu numero especifico

de matricula.

QQuitação

O ato de quitar, ou seja, pagar integralmente, uma

dívida.

SSaldo devedor

O que resta pagar de uma dívida. Nos

financiamentos imobiliários, é reajustado

mensalmente de acordo com o índice e a taxa de

juro estipulados em contrato.

Saldo residual

É o que resta a mais ou a menos de uma dívida

quando vencido o prazo contratado. Se o saldo for

negativo, o mutuário pagou a mais e deve receber a

quantia de volta. Se for positivo, o mutuário pagou a

menos (por erros de cálculo) e ainda deve ao credor.

SAC - Sistema de Amortização Constante

Nesse sistema, o valor correspondente à

amortização em cada parcela é constante e os juros

incidem sobre o saldo devedor. Como o saldo devedor

diminui após o pagamento de cada prestação e a

amortização é constante, o valor da prestação é

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Page 52: Guia do comprador de imóveis

52 Guia do Comprador

reduzido ao longo do tempo.

Seguro de danos físicos ao imóvel (DFI)

Apólice obrigatória quando se contrai financiamento

imobiliário com uma instituição financeira. Cobre

danos causados por incêndio, inundação, entre

outros. É pago em parcelas ao longo de todo o

financiamento.

Seguro de morte e invalidez permanente (MIP)

Apólice obrigatória, como a de danos físicos ao

imóvel (DFI), ao se contratar um financiamento

imobiliário.

TTaxa efetiva

Taxa resultante da aplicação periódica do juro

previsto na taxa nominal. Por exemplo, uma taxa

nominal de 12% ao ano, a taxa efetiva será de 1% ao

mês. Como a aplicação desse percentual é feita mês

a mês, juro sobre juro, a taxa total, no final de um

ano, não será mais os 12% contratados, e sim 12,68%.

Taxa nominal

Nos financiamentos com taxa nominal, a cobrança

de juros é fixada anualmente. Nos contratos de

financiamento imobiliário pelo Sistema Financeiro

de Habitação, por exemplo, a taxa nominal máxima

é de 12% ao ano. Sendo assim, essa porcentagem

total de juros é dividida nos doze meses do ano e

acrescida ao valor da prestação.

Tabela Price (TP)

Método de cálculo das prestações de financiamentos

que tem dois vetores: um de amortização e outro

de juros. Ao longo do prazo de financiamento, a

primeira aumenta, e a segunda decresce. A Tabela

Price é também chamada Sistema Francês de

Amortização.

Taxa referencial (TR)

Definida todo mês pelo Banco Central de acordo com

a remuneração média das aplicações bancárias. É a

referência para reajustes da caderneta de poupança

e de diversos tipos de contrato e dívida, inclusive

financiamentos imobiliários.

VValor de mercado

Valor de compra e venda de um imóvel na prática. É

atribuído por especialistas.

Valor do contrato

Valor das prestações a serem pagas pelo devedor,

assumidas no contrato.

Valor venal do imóvel

Valor atribuído ao bem pela prefeitura, levando em

consideração sua metragem, localização, destinação

e características.

Vistoria

Inspeção feita pela prefeitura, para verificar se o

prédio urbano está conforme o projeto aprovado.

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Page 53: Guia do comprador de imóveis

53 Guia do Comprador

AAbjudicar

Desapossar, em razão de sentença judicial, o possuidor

ilegítimo daquilo que pertence à outra pessoa.

Anticrese

Contrato pelo qual o devedor entrega ao credor um

imóvel, dando-lhe o direito de receber os frutos e

rendimentos como compensação da dívida. É uma

consignação de rendimentos. Esse contrato deve

ser lavrado por escritura pública e transcrito no

Registro Geral de Imóveis.

Área comum

Área de um condomínio que pode ser utilizada por

todos os moradores, como os corredores, o saguão, o

salão de festas e os locais de lazer.

Área de construção

Soma das áreas, incluídas paredes e pisos, cobertos

ou não, de todos os pavimentos de uma edificação.

Área privativa

Área de um imóvel sobre a qual o proprietário tem

domínio total, delimitada pela superfície externa

das paredes.

Ativo

Bens, direitos e valores pertencentes a uma empresa

ou pessoa. Exemplo: imóveis, dinheiro aplicado,

ações, jóias etc.

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Termos relacionados a contrato imobiliário

Avaliação

Atividade que envolve a determinação técnica do

valor qualitativo ou monetário de determinado bem,

direito ou empreendimento. Determinação de valor

para hipoteca.

Averbação

Anotação feita pelo Cartório de Registro de

Imóveis de qualquer alteração que diga respeito

ao proprietário (chamada subjetiva) ou ao imóvel

(objetiva), como a mudança no estado civil do dono

ou no nome da rua do imóvel.

CCartório de Registro de Imóveis

Órgão onde são cadastrados todos os imóveis de

determinada região (localização, situação jurídica,

histórico e modificações).

Cartório de Títulos e Notas

Entidade privada com reconhecimento público que

guarda títulos e documentos, faz registros públicos e

redige contratos.

Caução

Garantia dada, geralmente em dinheiro, de

que determinada dívida contratual será paga

(financiamento imobiliário, aluguel etc.).

Comissão

Remuneração pago à imobiliária ou ao corretor de

imóveis por serviços de negociação e negócios de

compra e venda ou administração.

Compromisso de compra e venda

É o contrato entre duas partes em que o vendedor

se compromete a vender seu bem e o comprador se

compromete a comprá-lo nas condições acertadas.

É também chamado contrato de compra e venda ou

promessa de compra e venda.

EEscritura

Documento autêntico de um contrato, como o de

compra e venda, escrito por um tabelião ou oficial

público e testemunhado por duas pessoas.

Execução

Cumprimento de penalidades e sanções ou cobrança

do que está previsto em contrato.

FFiador

Pessoa que assume as obrigações (aluguéis, taxas,

multas e correção) de outro, quando este deixa de

cumpri-las.

GGarantia

Cláusula contratual que assegura ao credor, pela

concessão, por exemplo, de um financiamento, que o

devedor cumprirá o assumido. Com isso, obriga-se o

devedor a cumprir a prestação devida ao credor.

Page 54: Guia do comprador de imóveis

54 Guia do Comprador

HHabite-se

Autorização emitida pela prefeitura para que um

imóvel recém-construído ou reformado possa ser

ocupado. Para que o documento possa ser emitido,

é preciso uma vistoria para ver se a obra foi

executada conforme o projeto inicial e é necessário

preencher diversos requisitos legais (parecer da

companhia de luz, do corpo de bombeiros, da

companhia de gás, entre outros).

Hipoteca

Colocação de bens imóveis e móveis (como aviões e

navios) como garantia de pagamento de uma dívida.

O devedor detém a propriedade e a posse do imóvel,

que poderá ser tomado pelo credor por meio de

execução judicial ou execução extrajudicial.

IIGP-M

Sigla de Índice Geral dos Preços - Mercado, calculado

e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas. Nos

contratos de compra e venda de imóveis, por

exemplo, o IGP-M é um índice que pode ser utilizado

para atualização monetária, principalmente após a

conclusão das obras.

Imóvel na planta

Designação usual para imóvel comercializado na

fase de lançamento, ou seja, antes do início de sua

construção.

Imposto de transmissão

Chamado em uns municípios de Imposto de

Transmissão de Bens Imóveis e em outros de

Imposto de Transmissão Intervivos, é uma taxa

proporcional ao valor de um imóvel ou direitos reais

sobre bens imóveis, cobrada pela prefeitura toda vez

que há alteração na propriedade.

INCC - Índice Nacional da Construção Civil.

Nos contratos para aquisição de imóveis podem ser

adotados diversos índices, entre eles o INCC (um

índice de custo que só pode ser utilizado no período

da construção).

JJuro

Taxa percentual cobrada periodicamente sobre

um valor e constitui o lucro do capital empregado

(como em empréstimos) ou é paga sobre um valor

depositado (como em investimentos bancários).

Juro de mora

Juro cobrado como multa por causa da mora

(demora, atraso) no pagamento de uma dívida.

São cobrados por dia de retardamento, às vezes

independentemente da aplicação de outro

percentual fixo de multa. Por exemplo: 10% após o

vencimento mais juro de mora de 0,3% ao dia.

MMatrícula do imóvel

Número de registro do imóvel no cartório do

Registro Geral de Imóveis, o mesmo desde sua

construção. Todo imóvel tem seu numero específico

de matrícula.

Memorial de incorporação

É o documento descritivo da obra projetada,

especificando os acabamentos da edificação, segundo

modelo confeccionado pela Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT). Antes de negociar as unidades

autônomas, o incorporador deve arquivar o Memorial

no cartório competente de Registro de Imóveis.

Memorial descritivo

1. Documento que especifica os materiais e

equipamentos que serão aplicados na construção. O

incorporador deve ter esse material arquivado no

Registro de Imóveis antes do início das vendas das

unidades. 2. Anexo dos contratos de compra e venda

de imóveis na planta ou em construção, o memorial

descreve o que está sendo comprado, seguindo

as normas da ABNT. No documento, ainda devem

constar a metragem da área útil e de uso comum, a

localização das vagas de garagem e a especificação

da lista de acabamentos com indicação e marca,

fabricante e/ou categoria.

NNota promissória

É um compromisso escrito pelo qual alguém se

compromete a pagar certa quantia, em determinada

data, a uma pessoa física ou jurídica (beneficiário).

OOrdem de despejo

Mandado judicial intimando o locatário a desocupar

o imóvel alugado.

Ordem de pagamento

Autorização dada por alguém para que certa

importância seja paga a quem de direito.

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Page 55: Guia do comprador de imóveis

55 Guia do Comprador

RRescisão

É a descontinuidade do negócio jurídico (ato,

contrato ou sentença), com a consequente perda da

sua eficácia.

Retrovenda

É a cláusula especial no contrato de compra e venda

segundo a qual o vendedor pode reaver, em prazo

certo, o imóvel que vendeu, restituindo o preço,

mais as despesas feitas pelo comprador (como, por

exemplo, as despesas visando a melhoria do imóvel).

SSinal

Quantia ou valor que o comprador entrega ao

vendedor para assegurar a conclusão do negócio

e com a função de primeira parcela. Sinônimo de

entrada e arras.

TTaxa referencial (TR)

Definida todo mês pelo Banco Central de acordo com

a remuneração média das aplicações bancárias. É a

referência para reajustes da caderneta de poupança

e de diversos tipos de contrato e dívida, inclusive

financiamentos imobiliários.

VValor de mercado

Valor de compra e venda de um imóvel na prática. É

atribuído por especialistas.

Valor do contrato

Valor das prestações a serem pagas pelo devedor,

assumidas no contrato.

Valor venal do imóvel

Valor atribuído ao bem pela prefeitura, levando em

consideração sua metragem, localização, destinação

e características.

Vistoria

Inspeção feita pela prefeitura, para verificar se o

prédio urbano está conforme o projeto aprovado.

Fontes: Pense Imóveis, site da Secretaria Municipal de Obras da Prefeitura de Porto Alegre, Conselho Regional de Imóveis de São Paulo e o livro “Imóveis, seu guia para fazer da compra e venda um grande negócio”, de Luiz Calado.

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