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Guia de Investigao, Manejo e Preveno das Comorbidades Associadas ao HIV

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Page 1: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Guia de Investigacao, Manejo e Prevencao das Comorbidades

Associadas ao HIV

20132a Edição

Page 2: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Coordenação:

Ana Carla Carvalho de Mello e silvaSupervisora de Equipe Médica do Ambulatório do Instituto de Infectologia Emílio RibasCoordenadora do Ambulatório de Lipodistrofi a do Instituto de Infectologia Emílio Ribas

Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades Associadas ao HIV

Page 3: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Índice

I. PREFÁCIO ............................................................................. 06

II. AutOREs ............................................................................. 08

III. ABREVIAtuRAs .................................................................. 10

IV. ALGORItMOs ..................................................................... 14

Capítulo 1 - Prevenção/Identificação Precoce de ComorbidadesAvaliação Inicial e de Seguimento para Prevenção e Identificação Precoce de Comorbidades Associadas ao HIV ............................ 17

Capítulo 2 - Risco CardiovascularAlgoritmos para Avaliação Cardiológica Básica em pacientes com HIV/aids ................................................................ 29

Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmicaAlgoritmos para Investigação e Manejo de Hipertensão Arterial Sistêmica em Pacientes com HIV/aids................................................ 39

Capítulo 4 - DiabetesAlgoritmos para Investigação e Manejo de Diabetes Mellitus em Pacientes com HIV/aids ........................................... 51

Capítulo 5 - DislipidemiasAlgoritmos para Investigação e Manejo de Dislipidemias em Pacientes com HIV/aids ................................................. 61

Capítulo 6 - HipogonadismoAlgoritmos para Investigação e Manejo de Hipogonadismo em Pacientes do Sexo Masculino com HIV/aids .............................................. 77

Capítulo 7 - Doenças RenaisAlgoritmos para Investigação e Manejo de Doenças Renais em Pacientes com HIV/aids ............................................. 87

Capítulo 8 - Osteopenia/OsteoporoseAlgoritmos para Investigação e Manejo de Osteopenia e Osteoporose em Pacientes com HIV/aids .................................................... 101

Capítulo 9 - LipodistrofiaAlgoritmos para Prevenção e Manejo de Lipodistrofia em Pacientes com HIV/aids ................................................... 111

Índice

Capítulo 10 - Alterações NeurocognitivasAlgoritmo para o Diagnóstico e Tratamento das Alterações Neurocognitivas em Pacientes HIV/aids ......................................... 123

Capítulo 11 - DepressãoAlgoritmo para Diagnóstico e Abordagem Inicial de Depressão em Pacientes com HIV/aids ............................................ 139

Capítulo 12 - Alteração de Enzimas Hepáticas/CirróticosAlgoritmos para Investigação de Enzimas Hepáticas Elevadas e Manejo de Cirróticos em Pacientes com HIV/aids ........................................ 151

Capítulo 13 - LinfomaAlgoritmo para Investigação e Encaminhamento Ambulatorial de Pacientes HIV/aids com Linfoma ........................................... 161

Capítulo 14 - sarcoma de KaposiAlgoritmo para Investigação e Conduta em Pacientes HIV/aids com Sarcoma de Kaposi ............................................. 169

Capítulo 15 - NeoplasiasAlgoritmo para Detecção Precoce de Câncer de Mama em Pacientes HIV/aids ................................................... 177Algoritmo para Detecção Precoce de Câncer de Colo de Útero em Pacientes com HIV/aids .......................................................................... 177Algoritmos para Investigação do Carcinoma do Canal Anal e suas Lesões Precursoras em Pacientes com HIV/aids..................................... 185

V. ANEXOS ................................................................................................ 193

ANEXO 1. Cálculo e Classificação Internacional do Índice de Massa Corpórea (IMC) .............................................................. 195

ANEXO 2. Escore de Risco de Framingham ................................................... 196

ANEXO 3. Ajuste de Doses dos Antirretrovirais na Insuficiência Renal .................................................................................. 200

ANEXO 4. Doses de Antirretrovirais Recomendadas para Pacientes com Insuficiência Hepática ................................................... 202

ANEXO 5. Classificação de Child-Pugh-Turcotte (CPT) e MELD ....................... 204

ANEXO 6. Interações entre as Drogas Antirretrovirais .................................... 206

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As comorbidades associadas ao HIV ocupam na prática clínica di-ária dos médicos que cuidam das pessoas vivendo com HIV/aids

um lugar que anteriormente era tomado pelas infecções oportunistas. Essa é a nova realidade e preocupação enfrentada por esses pro-fissionais, uma vez que a infecção pelo HIV pode ser perfeitamente controlada, a carga viral suprimida, a imunidade estabilizada, resul-tando em maior sobrevida, em decorrência do uso de uma terapia antirretroviral eficaz e duradoura.

A conjunção de fatores como ação direta ou indireta do próprio vírus, os efeitos colaterais das drogas antirretrovirais, fatores ambientais como estilo de vida adotado pelos pacientes (tabagismo, etilismo, vida sedentária, má alimentação), além de sua própria genética, fa-vorecem o aparecimento, inclusive mais precocemente do que não população não infectada, de doenças que tem se tornado cada vez mais frequentes entre esses indivíduos.

A percepção precoce de condições clínicas que vão se instalando ao longo do tempo, como por exemplo, elevação da glicose, dos lipídeos, alterações das funções hepática e renal, presença de osteoporose, baixa da testosterona, valorização das queixas de alterações corpo-rais, identificação de fatores de risco, incluindo antecedentes familia-

Prefácio

res, são valiosas ferramentas para o diagnóstico das comorbidades e seu manejo pelo próprio médico assistente antes que o especialista seja acionado.

E é esse o objetivo do Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades Associadas ao HIV, auxiliar de forma práti-ca o médico (infectologista ou não), em serviços de especialização e complexidade diferentes do ponto de vista assistencial, diagnóstico e terapêutico, na prevenção e condução dessas doenças que tem se apresentado como um grande desafio. Para a produção do Guia, agora na sua 2ª edição, contamos com a participação de médicos infectologistas e especialistas do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

Prof. Dr. David Everson Uip

Diretor Técnico de DepartamentoInstituto de Infectologia Emílio Ribas

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Autores

Alexandre Leme Godoy dos SantosOrtopedista

Ana Carla Carvalho de Mello e SilvaInfectologista

Ana Luiza de Castro Conde ToscanoInfectologista

Antonela Siqueira CataniaEndocrinologista

Augusto Cesar Penalva de Oliveira Neurologista

Camila Eleuterio RodriguesNefrologista

Janaina de Almeida Mota RamalhoNefrologista

Jose Ernesto Vidal BermudezInfectologista

Equipe de Médicos do Instituto de Infectologia Emílio Ribas

Autores

Lucia da Conceicao AndradeNefrologista

Luiz Teixeira Sperry Cezar*Psiquiatra

Magda Maya AtalaCardiologista

Margareth da EiraInfectologista

Mário Peribanez GonzalezInfectologista

Paula Yurie Tanaka**Hematologista

Sidney Roberto NadalProctologista

Tatiana Goldbaum*** Endocrinologista

*Encerrou suas atividades como Psiquiatra do IIER em novembro de 2012. **Encerrou suas atividades como Hematologista do IIER em abril de 2012.***Encerrou suas atividades como Endocrinologista do IIER em fevereiro de 2013.

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DM = Diabetes mellitusDMO = Densidade mineral ósseaDO = Densitometria ósseaDRV/r = Darunavir/ritonavirECO = Ecocardiogramae-IFG = Filtração glomerularECG = EletrocardiogramaEDA = Endoscopia digestiva altaEFZ = Efavirenz ERF = Escore de Risco de Framingham FC = Frequência cardíaca FG = Filtração glomerularFPV/r = Fosamprenavir/ritonavirFSH = Hormônio folículo estimulanteFTA-Abs = Fluorescent treponemal antibody absorbed testGAMA GT = Gama Glutamil transferaseGESF = Glomeruloesclerose segmentar e focalGLI = GlicoseGTTO = Teste oral de tolerância à glicoseHAART = Highly active antiretroviral therapy HAD = HIV-associated Dementia HAND = HIV-associated Neurocognitive DisordersHbA1c = Hemoglobina glicadaHAS = Hipertensão arterial sistêmicaHb = Hemoglobina HBV = Vírus da hepatite BHCC = Carcinoma hepatocelularHCV = Vírus da hepatite CHDL-c = Fração HDL de colesterol HIV = Human immunodeficiency virus HIVAN = Nefropatia associada ao HIVHPV = Papilomavirus humanoHSIL = Lesão intraepitelial escamosa de alto grauHt = HematócritoHVE = Hipertrofia ventricular esquerda

ABC = Abacaviraids = Acquired Immune Deficiency SyndromeAINE = Antiinflamatório não esteróide ALT = AlaninatransaminaseAntAld = Antagonista da aldosteronaARB = Avaliação renal básicaARV = AntirretroviralASC-H = Células escamosas atípicas que não permitem excluir lesão de alto grauASCUS = Células escamosas atípicas com significado indeterminadoAST = AspartatotransaminaseATV = AtazanavirATV/r = Atazanavir/ritonavirAVC = Acidente vascular cerebral AVE = Acidente vascular encefálicoAZT = ZidovudinaBB = Beta bloqueador BCC = Bloqueador de canal de cálcioBRA 2 = Bloqueador do receptor da angiotensina 2Ca = CâncerCA = Circunferência abdominalCAPS-AD = Centro de atenção psicossocial – álcool e drogasCC = Circunferência da cinturaCG = Cokcroft-GaultCMV = CitomegalovirusCPK = CreatinofosfoquinaseCQ = Circunferência do quadrilCr = CreatininaCTX = Carboxitelopeptídeo de ligação cruzada do colágeno tipo IDCV= Doença cardiovascular d4T = EstavudinaddI = DidanosinaDEXA = Absormetria de raios-X de dupla energia (Dual energy X-ray absorptiometry)DHL = Desidrogenase láticaDLP= Dislipidemia

Abreviaturas/Siglas Abreviaturas/Siglas

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IADL = Instrumental Activities of Daily Living (Escala Instrumental para Atividades da Vida Diária)IC = Insuficiência cardíacaICO = Insuficiência coronarianaIDV = IndinaviriECA = Inibidor de enzima de conversão da angiotensinaIHDS = International HIV Dementia ScaleILA = Índice de lipoatrofia facial IM = Infarto do miocárdio IMC = Índice de massa corpóreaINH = IsoniazidaIP = Inibidor de proteaseIP/r = Inibidor de protease/ritonavir IRC = Insuficiência renal crônicaITRN = Inibidor da transcriptase reversa nucleosídeoITRNN = Inibidor da transcriptase reversa não nucleosídeoK = PotássioLA = LipoatrofiaLDL-c = Fração LDL de colesterolLH = Lipohipertrofia LOA = Lesão em órgão-alvoLPV/r = Lopinavir/ritonavirLSIL = Lesão intraepitelial escamosa de baixo grauMAC = Mycobacterium avium complexMDRD = Modification of Diet in Renal DiseaseMELD = Model for End-stage Liver DiseaseMEV = Mudança de estilo de vidammHg = Milímetro de mercúrioMMII = Membros inferioresMMSS = Membros superioresMND = Mild Neurocognitive DisorderNIC = Neoplasia intraepitelial cervicalNP = NeuropsicológicaNPH = Neutral protamine hagedornNTX = N telo-peptídeo

Abreviaturas/Siglas

NVP = NevirapinaPA = Pressão arterialPAs = Pressão arterial sistólicaPAd = Pressão arterial diastólicaPCR = Proteína C reativa PICP = Pró-colágeno tipo-I C-terminal peptídeoPSA = Antígeno prostático específicoPTH = Paratormônio ou hormônio da paratireóidePZA = Pirazinamida QT = QuimioterapiaRCQ = Relação cintura/quadrilRCV= Risco cardiovascularRMP = RifampicinaRN = Recém-nascidoRNA = Ácido ribonucléicoRNM = Ressonância magnéticaRTV = Ritonavir RX = RadiografiaSAT = Corresponde a tecido adiposo subcutâneoSHBG = Proteína ligadora dos hormônios sexuaisSK = Sarcoma de KaposiSM= Síndrome metabólicaSNC = Sistema nervoso centralT4 = TiroxinaTAB = Transtorno afetivo bipolarTARV = Terapia antirretroviral combinadaTC = Tomografia computadorizadaTDF = TenofovirTDM = Transtorno depressivo maiorTPV = TipranavirTSH = Hormônio tireoestimulante US = UltrassonografiaVAT = Corresponde a tecido adiposo visceralVHS = Velocidade de hemossedimentação

Abreviaturas/Siglas

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Ana Carla Carvalho de Mello e Silva

0016 0017

Avaliacao Inicial e de Seguimento para

Prevencao e Identificacao Precoce de

Comorbidades Associadas ao HIV

Avaliação Inicial e de Seguimento para Prevenção e Identificação Precoce de Comorbidades Associadas ao HIV

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AvaliaçãoPrimeiraConsulta

Antes do inícioTARV

Freqüência de abordagem

Importância/comentário

Histórico de comorbidades prévias ao diagnóstico de infecção pelo HIV: HAS, IAM, AVC, outras cardiopatias, DM, DLP, doenças da tireóide, doenças renais, doenças hepáticas, distúrbios neurocognitivos, depressão e outros transtornos psiquiátricos, neoplasias, obesidade, fraturas, etc.

XRever

a informaçãoImpacto na escolha da TARV; avaliação do tratamento atual e melhor atenção ao seguimento e controle da cormorbidade

História familiar de comorbidades: principalmente DCV, DM, neoplasias, obesidade, depressão e outros transtornos psiquiátricos, fraturas

XRever

a informaçãoMaior atenção e cuidados preventivos para o desenvolvimento das mesmas patologias (inclusive precocemente)

Medicações concomitantes: tratamentos/profilaxias de doenças oportunistas, de comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios, suplementos, etc.

X X Cada consultaInterações medicamentosas; reavaliação de melhor opção terapêutica

TARV prévia e atual, aparecimento de eventos adversos, interrupções de TARV, genotipagem prévia (para os casos de diagnóstico HIV e tratamentos anteriores, abandonos)

X XHistórico de uso de ARV; possível correlação de complicações com ARV usados; perfil de resistência e definição de nova TARV

Hábitos de vida: tabagismo, uso de substâncias ilícitas, alcoolismo, sedentarismo, hábitos alimentares, rotina do sono

X X Cada consulta

Esclarecimento sobre esses fatores de risco; encaminhamento para serviços como CAPS AD; estimular mudança de estilo de vida – prática de exercícios físicos, orientação nutricional, para de fumar, etc

Parâmetros basais

Peso X X Cada consulta

Ter parâmetros basais para acompanhar evolução, relacionar com início de TARV e hábitos de vida

Pressão arterial X X Anual

Índice de massa corpórea X X Anual

Circunferência abdominal X X Anual

Relação cintura/quadril X X Anual

Doença cardiovascular

- Revisão dos antecedentes pessoais, familiares e fatores de RCV

- Avaliação de Risco (Escore de Risco de Framingham - ERF)

X X Anual

- ERF em homens > 40 anos e mulheres > 50 anos, na ausência de RCV; ou para todos, caso haja fatores de RCV

- Estimular mudança de estilo de vida – prática de exercícios físicos, orientação nutricional, parar de fumar, etc

0018 0019

Avaliação Inicial e de Seguimento para Prevenção e Identificação Precoce de Comorbidades Associadas ao HIV

Avaliacao Inicial e de Seguimento para Prevencao e Identificacao Precoce de

Comorbidades Associadas ao HIV

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Doença Renal- Avaliação dos fatores de risco- e-IFG ou Clearance de creatinina- Urina tipo 1

X XAnual

ou a cada4 - 6 meses

- Anual – se sem TARV e sem nefropatia- Cada 6 meses – se sem TARV, mas com risco de nefropatia;

ou com TARV- Cada 4 meses – se com TDF

Intolerância à glicose e Diabetes Mellitus

- Avaliação dos fatores de risco - Glicemia em jejum

X X

Anual ou

a cada 6 meses

- Anual – na ausência de fator de risco e sem TARV- Cada 6 meses – se fator de risco e uso de TARV- Realizar HbA1c, se glicemia entre 100 e 125 mg/dL- Estimular mudança de estilo de vida – prática de exercícios

físicos, orientação nutricional, parar de fumar, etc

Dislipidemia- Avaliação dos fatores de risco- Dosagem sérica: Colesterol total, LDL-c,

HDL-c e TriglicerídeosX X

Anualou

a cada4 - 6 meses

- Anual - na ausência de fator de risco e sem TARV- Cada 6 meses – com fator de risco, mas sem TARV - Cada 4 meses – com TARV e com fator de risco- Estimular mudança de estilo de vida – prática de exercícios

físicos, orientação nutricional, parar de fumar, etc

Hipogonadismo masculino

- Atenção a queixas de fadiga, perda de pêlos, diminuição da libido, disfunção erétil, sintomas de depressão

- Dosagem de Testosterona total

X(se 1 ou +

queixaspresentes)

Avaliação e identificação precoce de hipogonadismo para instituição de tratamento

Doença Óssea

- Avaliação dos fatores de risco- Dosagem sérica de cálcio, fósforo,

fosfatase alcalina- 25 OH vitamina D

X

X

X

Anual

6 – 12 meses

Anual

- Maior atenção para homens e mulheres acima de 50 anos ou mulheres pós-menopausa, com realização da DO a cada 2 anos

- Estimular exercícios físicos, exposição ao sol

Lipodistrofia

- Avaliação dos fatores de risco- Hábitos de vida- Atenção aos sinais de perda/ acúmulo

de gordura e valorização da queixa do paciente

- Peso, IMC, CA, RCQ

X X

A cada consulta(em especial

peso, hábitos e queixas)

- Avaliar criticamente o uso de ITRN timidínico e considerar modificação desse ARV no esquema

- Estimular mudança de estilo de vida desde de o início do seguimento: prática de exercícios físicos, orientação nutricional, parar de fumar, etc

0020 0021

AvaliaçãoPrimeiraConsulta

Antes do inícioTARV

Freqüência de abordagem

Importância/comentário

Avaliação Inicial e de Seguimento para Prevenção e Identificação Precoce de Comorbidades Associadas ao HIV

Continuacao(Avaliacao Inicial e de Seguimento para Prevencao e Identificacao

Precoce de Comorbidades Associadas ao HIV)

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Alterações Neurocognitivas- Avaliação da presença de alterações

de memória, atenção e alentecimento psicomotor (através de questões)

X X Anual

- Exemplo de questões:Você tem perda freqüente de memória?; Você sente que está mais lento quando pensa, planeja atividades ou resolve problemas?; Você tem dificuldade para prestar atenção, conversar, ler o jornal ou assistir a um filme?

Depressão- Atenção aos sintomas de depressão (Quadro 1 – capítulo Depressão)

X X A cada consulta- Quadros depressivos iniciais às vezes de difícil percepção- Motivar pacientes à socialização, a atividades em grupo, à

prática de exercícios físicos

Neoplasias

Avaliação dos fatores de risco XAnual

- Mulheres > 35 anos com familiar de primeiro grau < 50 anos com história de Ca de mama - mamografia bianual

- Mulheres com os dois exames de Papanicolau iniciais normais, passam a fazer exame anualmente

Ca de mamas: - 40 a 49 anos: exame clínico - > 50 anos: mamografia

X

X

Anual

Bianual

Ca colo de útero- Papanicolau

Xe repetir

em 6 meses

Anual

Ca de canal anal- Avaliar presença de sinais e sintomas

XCada consulta, se tiver queixa

Alterações de enzimas hepáticas

- Avaliação de risco para as causas relacionadas a elevação das enzimas

- Dosagem sérica de ALT, AST, fosfatase alcalina, gama GT

X XAnual

Anual ou3 a 6 meses

- Monitorar uso de drogas hepatotáxicas (incluindo ARV); hepatites virais; bebidas alcoólicas; alterações metabólicas; outras doenças infecciosas e não infecciosas

Avaliação Inicial e de Seguimento para Prevenção e Identificação Precoce de Comorbidades Associadas ao HIV

Continuacao(Avaliacao Inicial e de Seguimento para Prevencao e Identificacao

Precoce de Comorbidades Associadas ao HIV)

AvaliaçãoPrimeiraConsulta

Antes do inícioTARV

Freqüência de abordagem

Importância/comentário

0022 0023

Avaliação Inicial e de Seguimento para Prevenção e Identificação Precoce de Comorbidades Associadas ao HIV

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Referências:

1. Aberg JA, Kaplan JE, Libman H, Emmanuel P, Anderson JR, Stone VE, Oleske JM, Currier J, Gallant JE. Primary Care Guidelines for the Management Infected with Human Immunodeficiency Virus: 2009 Update by the HIV Medicine Association of the Infectious Diseases Society. CID 2009; 49: 652-681. 2. Guidelines IDSA. Primary Care for the Managemen HIV-infected Patients 2010. Downloaded from http://eguideline.guidelinecentral.com/issue/56567#. 3. Guidelines. Prevention and Management of Non-infectious co-morbidities in HIV. EACS version 6.0 – October 2011. Downloaded from www.europeanaidsclinicalsociety.org/guid/index.html. 4. Guidelines for the Use of Antiretroviral Agents in HIV-1-Infected Adults and Adolescents 2012. Downloaded from http://aidsinfo.nih.gov/guidelines

ALT = AlaninatransaminaseARV = AntirretroviralAST = AspartatotransaminaseAVC = Acidente vascular cerebralCA = Circunferência abdominalCAPS AD = Centro de atenção psicossocial – álcool e drogasDCV = Doença cardiovascularDLP = DislipidemiaDM = Diabetes mellitusDO = Densitometria ósseae-IFG = Filtração glomerularERF = Escore de Risco de FraminghamHAS = Hipertensão arterial sistêmicaHbA1c = Hemoglobina glicadaHDL-c = Fração HDL de colesterolIAM = Infarto agudo do miocárdioIMC = Índice de massa corpóreaITRN = Inibidor da transcriptase reversa nucleosídeoLDL-c = Fração LDL de colesterolQT = QuimioterapiaRCQ = Relação cintura quadrilTARV = Terapia antirretroviral combinadaTDF = Tenofovir

Abreviaturas/Siglas

0024 0025

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Algoritmos para Avaliacao

Cardiológica Básica em

Pacientes com HIV/aids

Magda Maya Atala

0028 0029

Algoritmos para Avaliação Cardiológica Básica em Pacientes com HIV/aids

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0030 0031

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Algoritmos para Avaliação Cardiológica Básica em Pacientes com HIV/aids

Page 17: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

ETAPA 5(em segunda consulta)

• Calcular RCV - Escore de Risco de Framingham (Anexo 2)• Identificar fatores agravantes de RCV e SM (Quadros 1 e 2)• Finalizar diagnósticos

Encaminhar ao cardiologista:

Escore de Risco de Framingham com

risco intermediário ou alto risco

Encaminhar ao cardiologista

Escore de Risco de Framingham (Anexo 2)

HAS DLP

SimSim

Algoritmo HAS

Algoritmo DLP

Alto risco ≥ 20%

Pacientes já identificados como

Alto Risco (Quadro 3)

Risco intermediário≥ 10% < 20%

Baixo risco< 10%

0032 0033

ETAPA 4 Formular diagnósticos (em segunda consulta)

HAS

AlgoritmoHAS

Sim

Encaminhar ao cardiologista ao final da segunda consulta

Sim

HAS difícil controle, arritmia, DM, IC, SM Doença de Chagas, aneurismas, sopros vasculares

Quadro 1 - Fatores Agravantes de Risco Cardiovascular (RCV)*

Síndrome Metabólica

Hipertrofia Ventricular Esquerda

Insuficiência Renal Crônica (creat ≥ 1,5 ou clearance de creatinina < 60)

Micro ou Macroalbuminúria

Exame complementar com evidência de aterosclerose incipiente (espessamento carotídeo >1mm, escore de cálcio coronariano elevado)

Proteína C reativa elevada no HIV não será critério

História familiar prematura de doença cardiovascular: homens < 55 anos e mulheres < 65 anos

*Elevar um nível acima o escore de framingham calculado

Quadro 2 – Diagnóstico de Síndrome Metabólica (SM)

Presença de 3 ou + critérios abaixos (sendo obrigatório CA aumentada)

CA > 102 homem e CA > 88 mulher

Triglicerídeos > 150mg/dL ou em tratamento

HDLc < 40mg/dL homem e < 50 mg/dL mulher

Pressão arterial >= 130/85mmHg ou HAS em tratamento

Glicemia de jejum >= 100 ou DM em tratamento

Quadro 3 – Critérios para Identificação de Pacientes de Alto Risco para Eventos Cardiovasculares

Doença Arterial Coronária manifesta atual ou prévia (angina estável, isquemia silenciosa, síndrome coronária aguda ou cardiomiopatia isquêmica)

Doença Arteria Cerebrovascular (acidente vascular cerebral isquêmico ou ataque isquêmico transitório)

Doença aneurismática ou estenótica de aorta abdominal ou seus ramos

Doença Arterial Periférica

Doença Arterial Carotídea (estenose maior ou igual a 50%)

Diabetes mellitus tipo 1 ou 2

Algoritmos para Avaliação Cardiológica Básica em Pacientes com HIV/aids

Page 18: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

ALT = AlaninatransaminaseAVC = Acidente vascular cerebral CA = Circunferência abdominalCPK = Creatinofosfoquinase DCV = Doença cardiovascularDLP = DislipidemiaDM = Diabetes mellitusECG = Eletrocardiograma ERF = Escore de Risco de FaminghamHAS = Hipertensão arterial sistêmicaHDLc = Fração HDL de colesterol IC = Insuficiência cardíaca IM = Infarto do miocárdio IMC = Índice de massa corpóreaLDLc = Fração LDL de colesterolMEV = Mudança de estilo de vidaMMSS = Membros superioresPCR = Proteína C reativaRCV = Risco cardiovascularRX = Radiografia de tóraxSM = Síndrome metabólicaTARV = Terapia antirretroviral combinadaTSH = Hormônio tireoestimulante

Abreviaturas/Siglas

Referências:

1. Arq Bras Cardiol; abril 2007; 88 (supl 1) - IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. 2. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51.VI Diretrizes Brasileira de Hipertensão. 3. EACS guideline on the prevention and managment of metabolic diseases HIV; 2008 British HIV Association HIV Medicine (2008) 9, 72–81.

0034 0035

Page 19: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Hipe

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Page 20: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Algoritmos para Investigacao e Manejo

de Hipertensao Arterial Sistêmica em

Pacientes com HIV/aids

Magda Maya Atala

0038 0039

Algoritmos para Investigação e Manejo de Hipertensão Arterial Sistêmica em Pacientes com HIV/aids

Page 21: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

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Algoritmos para Investigação e Manejo de Hipertensão Arterial Sistêmica em Pacientes com HIV/aids

Page 22: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

0042 0043

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Algoritmos para Investigação e Manejo de Hipertensão Arterial Sistêmica em Pacientes com HIV/aids

Page 23: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

0044 0045

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Algoritmos para Investigação e Manejo de Hipertensão Arterial Sistêmica em Pacientes com HIV/aids

Page 24: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

AntAld = Antagonista da aldosteronaAVE = Acidente vascular encefálicoBB = Beta bloqueadorBCC = Bloqueador de canal de cálcio BRA = Bloqueador do receptor da angiotensina 2DM = Diabetes mellitusECG = EletrocardiogramaECO = EcocardiogramaFC = Frequência cardíacaHAS = Hipertensão arterial sistêmica Hb = HemoglobinaHDLc = Fração HDL de colesterol Ht = HematócritoHVE = Hipertrofia ventricular esquerdaIC = Insuficiência cardíaca ICO = Insuficiência coronariana IECA = Inibidor de enzima de conversão da angiotensina IM = Infarto do miocárdio IMC = Índice de massa corpóreaIRC = Insuficiência renal crônicaLDLc = Fração LDL de colesterolLOA = Lesão em órgão-alvoMEV = Mudança de estilo de vidaPA = Pressão arterial PAd = Pressão arterial diastólica PAs = Pressão arterial sistólica SM = Síndrome metabólicaUS = Ultrassonografia

Abreviaturas/Siglas

Referências:

1. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51.VI Diretrizes Brasileira de Hipertensao. 2. The Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure. 200. 3. EHJ 2007;28:1462-1536. Management of arterial hypertension.

0046 0047

Page 25: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Diab

etes

Page 26: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Algoritmos para Investigacao

e Manejo de Diabetes Mellitus

em Pacientes com HIV/aids

Tatiana Goldbaum

0050 0051

Algoritmos para Investigação e Manejo de Diabetes Mellitus em Pacientes com HIV/aids

Page 27: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

0052 0053

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5 an

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• Ob

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• Se

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Glic

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Algoritmos para Investigação e Manejo de Diabetes Mellitus em Pacientes com HIV/aids

1 Na

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icem

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Pré-

diab

etes

Page 28: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

0054 0055

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Mel

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Algoritmos para Investigação e Manejo de Diabetes Mellitus em Pacientes com HIV/aids

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- 7,

0%3

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eses

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sul

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Page 29: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

DCV = Doença cardiovascularDM = Diabetes mellitusGLI = GlicoseGTTO = Teste oral de tolerância à glicoseHbA1c = Hemoglobina glicadaHCV = Vírus da hepatite CMEV = Mudança de estilo de vidaNPH = Neutral protamine hagedornRN = Recém-nascidoTARV = Terapia antirretroviral combinada

Abreviaturas/Siglas

Referências:

1. Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus. Diabetes Care 2011;34 s62-s69. 2. Medical Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes: a Consensus Algorithm for the Initiation and Adjustment of Therapy. Diabetes Care 2009;32 193-203. 3. Algoritmo para tratamento do diabetes tipo 2. Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes, número 3 - Dom. Julho 2011.

0056 0057

Page 30: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Disli

pide

mia

s

Page 31: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Tatiana Silva Goldbaum

Magda Maya Atala

Algoritmos para Investigacao

e Manejo de Dislipidemia

em Pacientes com HIV/aids

0060 0061

Algoritmos para Investigação e Manejo de Dislipidemia em Pacientes com HIV/aids

Page 32: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Paciente sem TARV e sem fatores de risco

para DLP

1ª consulta e 1x/ano

Paciente sem TARV e com DLP ou fatores de

risco para DLP

1ª consulta e a cada 6 meses

Paciente com TARV e com DLP ou fatores de

risco para DLP

1ª consulta e a cada 4 meses

Fatores de risco para desenvolvimento de Dislipidemia (DLP) em paciente HIV/aids:• Obesidade• Diabetes mellitus • História familiar de dislipidemia• Hipotireoidismo• IRC/ Síndrome nefrótica• Doença hepática• Alcoolismo• Uso de estrógenos• Uso de TARV

Dosagem do Perfil Lipídico:

Solicitar: Colesterol total + HDL-c + LDL-c + Triglicerídeos Coleta de sangue após 12 hr de jejumOrientar suspensão do álcool nas 72 hr e evitar exercício físico vigoroso nas 24 hr que antecedem o exame, respectivamente.Descartar causas secundárias de dislipidemia: vide fatores de risco

Algoritmos para Investigacao e Manejo de Dislipidemia em Pacientes com HIV/aids

0062 0063

Algoritmos para Investigação e Manejo de Dislipidemia em Pacientes com HIV/aids

Page 33: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

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Alvo

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0064 0065

Algoritmos para Investigação e Manejo de Dislipidemia em Pacientes com HIV/aids

Page 34: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Níve

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a 1

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0066 0067

Algoritmos para Investigação e Manejo de Dislipidemia em Pacientes com HIV/aids

Page 35: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

LDL-

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atin

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0068 0069

Algoritmos para Investigação e Manejo de Dislipidemia em Pacientes com HIV/aids

Page 36: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Quadro 2 – Fibratos e outras medicações hipolipemiantesMedicacao Dose

Bezafibrato 200 - 600 mg/d

Ciprofibrato 100 mg

Fenofibrato 200 - 250 mg/d

Ácidos graxos ômega 3 4 - 10 g/d

Ezetimibe 10 mg

Quadro 1 – Estatinas

Droga Dose Associacao com IPAssociacao com

ITRNN

Pravastatina 20 – 80 mg/d Sem limite de doseConsiderar o uso de

doses mais altas

Rosuvastatina 5 – 40 mg/dATV, ATV/r ou LPV/r:

dose máxima 10 mg/dIniciar com doses

baixas

Atorvastatina 10 – 80 mg/d

LPV/r: usar menor dose possível

Considerar o uso de doses mais altas

DRV/r, FPV ou FPV/r: dose máxima 20 mg/d

Nelfinavir: dose máxima 40 mg/d

Sinvastatina 10 – 80 mg/d CONTRAINDICADOConsiderar o uso de

doses mais altas

* Antes do início do tratamento medicamentoso, os resultados devem ser confirmados por uma segunda dosagem com intervalo de 1 a 12 semanas.

Fontes: http://www.fda.gov/Drugs/DrugSafety/ucm293877.htm ESC/EAS Guidelines for the Management of Dyslipidaemias. Versão 6.0 - Outubro 2011.

0070 0071

Algoritmos para Investigação e Manejo de Dislipidemia em Pacientes com HIV/aids

Page 37: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

ALT = AlaninatransaminaseAST = AspartatotransferaseATV/r = Atazanavir/ritonavirCPK = CreatinofosfoquinaseDCV = Doença cardiovascularDLP = DislipidemiaDRV/r = Darunavir/ritonavirFPV/r = Fosamprenavir/ritonavirHDL-c = Fração HDL de colesterolIRC = Insuficiência renal crônicaLDL-c = Fração LDL de colesterolLPV/r = Lopinavir/ritonavirMEV = Mudança de estilo de vidaTARV = Terapia antirretroviral combinada

Abreviaturas/Siglas

Referências:

1. IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Volume 88 Suplemento 1. Abril 2007. 2. Third Report of the National Cholesterol Education Program Expert Panel on Detection, Evaluation and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults. JAMA 2001;285:2486-97. 3. ESC/EAS Guidelines for the Management of Dyslipidaemias. European Heart Journal 2011;32:1769-1818. 4. European aids Clinical Society Guidelines. Prevention and Management of non-infectious co-morbidities in HIV. www.europeanaidsclinicalsociety.org/Guidelines/G2.htm

0072 0073

Page 38: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

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Page 39: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

0076 0077

Antonela Siqueira Catania

Algoritmos para Investigacao

e Manejo de Hipogonadismo

em Pacientes do Sexo Masculino

com HIV/aids

Algoritmos para Investigação e Manejo de Hipogonadismo em Pacientes do Sexo Masculino com HIV/aids

Page 40: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Algoritmos para Investigacao e Manejo de Hipogonadismo em Pacientes

do Sexo Masculino com HIV/aids

Hipogonadismo confirmado

Testosterona total entre 300 - 500 ng/mL + suspeita clínica importante

Testosterona total < 300ng/mL

Dosar Testosterona livre ou SHBG*

Se Testosterona livre baixa** = Hipogonadismo confirmado

Encaminhar ao endocrinologistaContudo, algumas condutas já podem ser tomadas

Dosar LH/FSH

LH/FSH normais ou baixos**

Hipogonadismo primárioHipogonadismo secundário

LH/FSH altos

* Ensaio laboratorial de testosterona livre e caro e complexo; na ausência de laboratório de referência especializado, preferível dosar SHBG (proteína ligadora dos hormônios sexuais) e solicitar o cálculo da testosterona livre.** Utilizar os valores de referência padronizados pelo laboratório executor do exame

Se 1 ou + sintomas presentes: dosar testosterona total, às 8h, em 2 ocasiões, na ausência de doença aguda

Suspeita clínica (busca ativa em todo homem HIV+):- Diminuição de libido

- Perda de pelos na face ou corpo- Perda de massa e/ou força muscular

- Sintomas depressivos, falta de energia/concentração

0078 0079

Algoritmos para Investigação e Manejo de Hipogonadismo em Pacientes do Sexo Masculino com HIV/aids

Page 41: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

USG testicular para descartar tumor

Contagem CD4 < 200 pensar em processo infeccioso

Reposição androgênica

Encaminhar ao endocrinologista

Hipogonadismo primário

Hipogonadismo secundário

Densitometria óssea em todos os casos de Hipogonadismo primário e secundário

Diagnosticar e tratar doenças centrais Reposição androgênica

Pan-hipopituitarismo, adenomas hipofisários, tumores hipotalâmicos,

hipofisite auto-imune, hemocromatose

Encaminhar ao endocrinologista

Tratamento

Indicação

Testosterona total < 300 ng/mL

Sintomas de hipogonadismo ou baixa DMO ou baixo IMC ou

perda de peso apesar da TARV

Pacientes com testosterona normalCa de próstata ou PSA elevado ou

nódulo palpável na próstataPaciente idoso com alto RCV

Contra-indicação

Duração do tratamento

Enquanto houver benefício, sem efeitos colaterais

Monitorização

Hb/Ht: tendência à eritrocitose

PSA: risco de Ca de próstata

Perfil lipídico: tendência à dislipidemia

0080 0081

Algoritmos para Investigação e Manejo de Hipogonadismo em Pacientes do Sexo Masculino com HIV/aids

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DMO = Densidade mineral ósseaFSH = Hormônio folículo estimulante Hb = HemoglobinaHt = Hematócrito IMC = Índice de massa corpórea LH = Hormônio luteinizante PSA = Antígeno prostático específicoRCV = Risco cardiovascularSHBG = Proteína ligadora dos hormônios sexuaisTARV = Terapia antirretroviral combinadaUS = Ultrassonografia

Abreviaturas/Siglas

Referências:

1. Raffi F, Brisseau JM, Planchon B, et al. Endocrine function in 98 HIV-infected patients: a prospective study. aids 1991; 5:729. 2. Christeff N, Gharakhanian S, Thobie N, et al. Evidence for changes in adrenal and testicular steroids during HIV infection. J Acquir Immune Defic Syndr 1992; 5:841. 3. Collazos J, Martinez E, Mayo J, Ibarra S. Sexual hormones in HIV-infected patients: the influence of antiretroviral therapy. aids 2002; 16:934. 4. Dobs AS, Dempsey MA, Ladenson PW, Polk BF. Endocrine disorders in men infected with human immunodeficiency virus. Am J Med 1988; 84:611. 5. Arver S, Sinha-Hikim I, Beall G, et al. Serum dihydrotestosterone and testosterone concentrations in human immunodeficiency virus-infected men with and without weight loss. J Androl 1999; 20:611. 6. Araujo AB, O’Donnell AB, Brambilla DJ, et al. Prevalence and incidence of androgen deficiency in middle-aged and older men: estimates from the Massachusetts Male Aging Study. J Clin Endocrinol Metab 2004; 89:5920. 7. Klein RS, Lo Y, Santoro N, Dobs AS. Androgen levels in older men who have or who are at risk of acquiring HIV infection. Clin Infect Dis 2005; 41:1794. 8. Grossmann M, Gianatti EJ, Zajac JD. Testosterone and type 2 diabetes. Curr Opin Endocrinol Diabetes Obes 2010; 17:247. 9. Zitzmann M. Testosterone deficiency, insulin resistance and the metabolic syndrome. Nat Rev Endocrinol 2009; 5:673. 10. Misra M, Papakostas GI, Klibanski A. Effects of psychiatric disorders and psychotropic medications on prolactin and bone metabolism. J Clin Psychiatry 2004; 65:1607. 11. Cooper OB, Brown TT, Dobs AS. Opiate drug use: a potential contributor to the endocrine and metabolic complications in human immunodeficiency virus disease. Clin Infect Dis 2003; 37 Suppl 2:S132. 12. Bliesener N, Albrecht S, Schwager A, et al. Plasma testosterone and sexual function in men receiving buprenorphine maintenance for opioid dependence. J Clin Endocrinol Metab 2005; 90:203. 13. Collazos J. Sexual dysfunction in the highly active antiretroviral therapy era. aids Rev 2007; 9:237. 14. Dubé MP, Parker RA, Mulligan K, et al. Effects of potent antiretroviral therapy on free testosterone levels and fat-free mass in men in a prospective, randomized trial: A5005s, a substudy of aids Clinical Trials Group Study 384. Clin Infect Dis 2007; 45:120. 15. George J, Ganesh HK, Acharya S, et al. Bone mineral density and disorders of mineral metabolism in chronic liver disease. World J Gastroenterol 2009; 15:3516. 16. Bannister P, Handley T, Chapman C, Losowsky MS. Hypogonadism in chronic liver disease: impaired release of luteinising hormone. Br Med J (Clin Res Ed) 1986; 293:1191. 17. Bhasin S, Cunningham GR, Hayes FJ, et al. Testosterone therapy in men with androgen deficiency syndromes: an Endocrine Society clinical practice guideline. J Clin Endocrinol Metab 2010; 95:2536. 18. Martin ME, Benassayag C, Amiel C, et al. Alterations in the concentrations and binding properties of sex steroid binding protein and corticosteroid-binding globulin in HIV+patients. J Endocrinol Invest 1992; 15:597. 19. Etzel JV, Brocavich JM, Torre M. Endocrine complications associated with human immunodeficiency virus infection. Clin Pharm 1992; 11:705. 20. Lo JC, Schambelan M. Reproductive function in human immunodeficiency virus infection. J Clin Endocrinol Metab 2001; 86:2338. 21. Basaria S, Coviello AD, Travison TG, et al. Adverse events associated with testosterone administration. N Engl J Med 2010; 363:109.

0082 0083

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Algoritmos para Investigacao

e Manejo de Doencas Renais

em Pacientes com HIV/aids

Margareth da Eira

Lucia da Conceicao Andrade

Camila Eleuterio Rodrigues

Janaina de Almeida Mota Ramalho

0086 0087

Algoritmos para Investigação e Manejo de Doenças Renais em Pacientes com HIV/aids

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0088 0089

1Fórmulas para cálculo do e-IFG (Filtração Glomerular) em mL/min:

1. Cokcroft-Gault: (140 – idade em anos) x Peso (Kg) x 0,85 (se mulher)

Cr sérica (mg/dL) x 72

2. MDRD (Modification of Diet in Renal Disease): 186 x [Cr sérica (mg/dL)] –1,154 x (idade em anos) – 0,203 x [0,742 se mulher] x [1,212 se raca negra] = RFG (mL/min.1,73 m2)

Algoritmos para Investigação e Manejo de Doenças Renais em Pacientes com HIV/aids

Avaliação Renal Básica (ARB) em com HIV/aids

*Fatores de risco para desenvolvimento de Nefropatia em pacientes HIV/aids (recomendada revisão anual):

• Creatinina plasmática• Estimativa da Filtração Glomerular (e-IFG):

Fórmulas de Cokcroft-Gault (CG) ou MDRD1

• Fósforo, Cálcio, Sódio e K+ (plasma)• Proteinúria em amostra isolada (urina I)• Glicosúria em amostra isolada (urina I)• Gasometria venosa

Pacientes sem TARV esem risco de Nefropatia

1ª visita e 1x/ano

Pacientes sem TARV ecom risco de Nefropatia*

1ª visita e cada 6 meses

Pacientes em uso de TARV:Cada 6 meses: recomendado

para todos os pacientes

Cada 4 meses – se estiver em uso de TDF

Algoritmos para Investigacao e Manejo de Doencas Renais em Pacientes com HIV/aids

• Idade avançada (> 60 anos)• Raça negra• Baixo peso• Presença de carga viral do HIV detectável

(> 4000 cópias/ml)• Nadir de CD4< 200 células /μL• Infecções oportunistas prévias

(CDC/categoria C)

• Hipertensão arterial• Diabetes mellitus• Co-infecção com HBV ou HCV• ARV: tenofovir (TDF), indinavir (IDV)

e atazanavir (?) (ATV)• Uso concomitante de: aminoglicosídeos,

anfotericina B, sulfadiazina, aciclovir, AINE e foscarnet

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Algoritmos para Investigação e Manejo de Doenças Renais em Pacientes com HIV/aids

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Proteinúria1

(relação albumina/creatinina ou proteína/creatinina em amostra isolada de urina)

Algoritmo para Manejo da Proteinúria (após estudo renal ampliado)

200 mg/g - 1000 mg/g

Encaminhar ao nefrologista• Iniciar iECA ou BRA 2 se K permitir• Controlar HAS, DM, obesidade e HIV• Monitorar proteinúria e creatinina

sérica a cada 6 a 12 meses

> 1000 mg/g ou presença de hematúria

1 Proteinúria é definida como persistente se confirmada em 2 ocasiões diferentes com intervalo de 2-3 semanas

Definições:Relação albumina/creatinina em mg/gNormal: < 30 mg/gMicroalbuminúria: 30 – 299 mg/gMacroalbuminúria (proteinúria): > 300 mg/g

Relação proteína/creatinina em mg/gNormal: < 200 mg/gProteinúria clínica: > 200 mg/g

HIVAN

Algoritmo para Manejo da Nefropatia Associada ao HIV (HIVAN)

*Forma Histológica mais comum de HIVAN: GESF (Glomeruloesclerose segmentar e focal) colapsante

Iniciar TARV imediatamente (independentemente do CD4)Avaliar resposta em 3 meses

Melhora clínica(com diminuição da

proteinúria)

SeguimentoIniciar Imediatamente

• Tratamento com IECA ou BRA 2 (podem retardar a progressão da insuficiência renal)

Encaminhar ao nefrologistaIrá avaliar realização ou não

de Biópsia Renal* e indicaçãode corticóides para pacientessem melhora da proteinúria

Sem melhora daproteinúria e progressão

da insuficiência renal

ALTA SUSPEITA CLÍNICA:• Raça negra

• Síndrome nefrótica (proteinúria > 3,5 g/dia)

0092 0093

Algoritmos para Investigação e Manejo de Doenças Renais em Pacientes com HIV/aids

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Com proteinúriae/ou glicosúria

Provável Síndrome de Fanconi

Uso de TDF?

Analisar hormônios reguladores:• 25 (OH) Vitamina D• PTH

Encaminhar ao nefrologista

• Déficit de Vitamina D (iniciar reposição - 1000 UI/dia)

• Osteomalácia

Hiperparatireoidismo(encaminhar ao

endocrinologista)

Encaminhar aonefrologista

Encaminhar aonefrologista

O qual irá completar oestudo da função tubular e avaliar necessidade de

suspensão ou não doTDF (na presença detubulopatia proximal)

Sem proteinúriaSem glicosúria

Vitamina D PTH

Vitamina D(normal)PTH

Potencialmente fatal: • Confirmar e tratar• Suspender TDF

< 0.9 mg/dl

Hipofosfatemia confirmada em duas ocasiões diferentes

(< 2,5 mg/dL)

Algoritmo para Avaliação de Pacientes com Hipofosfatemia

0094 0095

Algoritmos para Investigação e Manejo de Doenças Renais em Pacientes com HIV/aids

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AINE = Antiinflamatório não esteróideARB = Avaliação renal básicaARV = AntirretroviralATV = AtazanavirBRA 2 = Bloqueador do receptor da angiotensina 2CG = Cokcroft-GaultCr = Creatininae-IFG = Filtração glomerularFG = Filtração glomerularGESF = Glomeruloesclerose segmentar e focalHBV = Vírus da hepatite BHCV = Vírus da hepatite CHIVAN = Nefropatia associada ao HIVIDV = IndinaviriECA = Inibidor de enzima de conversão da angiotensinaK = PotássioMDRD = Modification of Diet in Renal DiseaseMEV = Mudança de estilo de vidaPTH = Paratormômio ou hormônio da paratireóideTARV = Terapia antirretroviral combinadaTDF = Tenofovir

Abreviaturas/Siglas

Referências:

1. Cockcroft DW, Gault MH. Prediction of creatinine clearance from serum creatinine. Nephron. 1976;16:31-41. 2. Levey AS, Bosch JP, Lewis JB, Greene T, Rogers N, Roth D. A more accurate method to estimate glomerular filtration rate from serum creatinine: a new prediction equation. Modification of Diet in Renal Disease Study Group. Ann Intern Med. 1999;130: 461-70. 3. Ginsberg JM, Chang BS, Matarese RA, Garella S. Use of single voided urine samples to estimate quantitative proteinuria. N Eng J Med. 1983; 309:1543-46. 4. Amanzadeh J, Reilly RF Jr. Hypophosphatemia: an evidence-based approach to its clinical consequences and management. Nat Clin Pract Nephrol. 2006;2:136-48. 5. D’Agati V, Appel GB. HIV infection and the kidney. J Am Soc Nephrol. 1997;8:138-52. 6. Herman ES, Klotman PE. HIV-associated nephropathy: Epidemiology, pathogenesis, and treatment. Semin Nephrol. 2003;23:200-8. 7. Atta MG, Gallant JE, Rahman MH, Nagajothi N, Racusen LC, Scheel PJ, et al. Antiretroviral therapy in the treatment of HIV-associated nephropaty. Nephrol Dial Transplant. 2006;21:2809-13. 8. Clarke BL, Wynne AG, Wilson DM, Fitzpatrick LA. Osteomalacia associated with adult Fanconi’s syndrome: clinical and diagnosis features. Clin Endocrinol (Oxf). 1995;43:479-90. 9. Gupta SK. Tenofovir-associated Fanconi syndrome: review of the FDA adverse event reporting system. aids Patient Care STDS. 2008;22:99-103. 10. Gupta SK, Eustace JA, Winston JA, Boydstun II, Ahuja TS, Rodriguez RA, et al. Guidelines for the management of chronic kidney disease in HIV-infected patients: recommendations of the HIV Medicine Association of the Infectious Diseases Society of America. Clin Infec Dis. 2005;40:1559-85. 11. Gérard L, Chazallon C, Taburet AM, Girard PM, Aboulker JP, Piketty C. Renal function in antiretroviral-experienced patients treated with tenofovir disoproxil fumarate associated with atazanavir/ritonavir. Antivir Ther. 2007;12:31-9. 12. Nelson MR, Katlama C, Montaner JS, Cooper DA, Gazzard B, Clotet B, et al. The safety of tenofovir disoproxil fumarate for the treatment of HIV infection in adults: the first 4 years. aids. 2007;21:1273-81. 13. Mocroft A, Kirk O, Reiss P, De Wit S, Sedlacek D, Beniowski M, et al. Estimated glomerular filtration rate , chronic kidney disease and antiretroviral drug use in HIV-positive patients. aids. 2010;24:1667-78.

0096 0097

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Algoritmos para Investigacao e Manejo

de Osteopenia e Osteoporose em

Pacientes com HIV/aids

Alexandre Leme Godoy dos Santos

00100 00101

Algoritmos para Investigação e Manejo de Osteopenia e Osteoporose em Pacientes com HIV/aids

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Algoritmos para Investigacao e Manejo de Osteopenia e Osteoporose em Pacientes com HIV/aids

Fatores de risco para evolução de Osteopenia/Osteoporose em pacientes com HIV/aids

• Pós-menopausa para mulheres

• Consumo de álcool superior a 16g/dia

• Idade avançada

• Tabagismo

• Raça caucasiana

• Baixo índice de massa corpórea (IMC)

• Sedentarismo

• Infecção pelo HIV

• Co-infecção com Hepatite B e C

• Deficiência da vitamina D

• Uso de inibidores de protease

• Deficiências nutricionais

• Baixos níveis de cálcio sérico

• Imobilização

• Hipogonadismo

• Hipertireoidismo

• Hiperparatireoidismo

• Insuficiência renal

• Uso de opióides ou heroína

• Uso de corticosteróides

Algoritmos para Investigação e Manejo de Osteopenia e Osteoporose em Pacientes com HIV/aids

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Fratura Patológica

Manejo/Tratamento de Acordo com Diagnóstico

• Reposição com 50.000 U de vitamina D3 oral/semana por 6 a 8 semanas para níveis < de 20 ng/mL (insuficiência de Vit D)

• Suplementação com 1000 UI de vitamina D3 oral/dia por tempo indeterminado, para níveis ≥ de 20 até 30 ng/mL (deficiência de Vit D)

• Exercício físico

• Osteossíntese adequada da fratura

• Reabilitação motora

• Reposição de cálcio (1g/dia)

• Reposição vitamina D (800 a 2000 UI/dia)

• Alendronato de sódio na dose de 70 mg/semana

• Exercício físico

Na suspeita e/ou diagnóstico de osteopenia, osteoporose e fratura patológica - encaminhar ao ortopedista

Osteopenia

• Reposição de cálcio (1g/dia)

• Reposição de Vitamina D3 (800 a 2000 UI/dia)

• Exercício físico

• Exposição diária ao sol 10 a 15 minutos

DO normal

• Encaminhar ao nutricionista para dieta adequada com aporte de cálcio e vitamina D

• Exercício físico

• Repetir DO anual

• Exposição diária ao sol 10 a 15 minutos

Osteoporose

• Reposição de cálcio (1g/dia)

• Reposição vitamina D3 (800 a 2000 UI/dia)

• Alendronato de sódio na dose de 70 mg/semana

• Exercício físico

• Exposição diária ao sol 10 a 15 minutos

Algoritmos para Investigação e Manejo de Osteopenia e Osteoporose em Pacientes com HIV/aids

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DO = Densitometria ósseaDEXA = Absormetria de raios-X de dupla energia (Dual energy X-ray absorptiometry)TSH = Hormônio tireoestimulanteVHS = Velocidade de hemossedimentaçãoCTX = Carboxitelopeptídeo de ligação cruzada do colágeno tipo IPICP = Pró-colágeno tipo-I C-terminal peptídeoNTX = N telo-peptídeoPTH = Paratormônio ou hormônio da paratireóideTARV = Terapia antirretroviral combinada

Abreviaturas/Siglas

Referências:

1. Amorosa V, Tebas P. Bone disease and HIV Infection. Clin Infect Dis. 2006;42(1):108-114. 2. Grijsen ML, Vrouenraets SM, Steingrover R, Lips P, Reiss P, Wit FW, et al. High prevalence of reduced bone mineral density in primary HIV-1-infected men. aids. 2010;24(14):2233-2238. 3. Sharma A, Flom PL, Weedon J, Klein RS. Prospective study of bone mineral density changes in aging men with or at risk for HIV infection. aids. 2010;24(15):2337-2345. 4. McComsey GA, Tebas P, Shane E, Yin MT, Overton ET, Huang JS, et al. Bone disease in HIV infection: a practical review and recommendations for HIV care providers. Clin Infect Dis. 2010;51(8):937-946. 5. Lima AL, Oliveira PR, Gobbi RG, Godoy-Santos AL, Camanho GL. Algorithm for the management of osteoporosis (letter to editor). South Med J. 2011 Mar;104(3):247. 6. Jennings LA, Auerbach AD, Maselli J, Pekow PS, Lindenauer PK, Lee SJ. Missed opportunities for osteoporosis treatment in patients hospitalized for hip fracture. J Am Geriatr Soc. 2010;58(4):650–657. 7. Lima AL, Oliveira PR, Plapler PG, Marcolino FA, Meirelles ES, Sugawara A, Gobbi RG, Godoy-Santos AL, Camanho GL. Osteopenia and osteoporosis in people living with HIV: Multiprofessional approach. HIV/aids - Research and Palliative Care (in press).

00106 00107

Page 55: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Lipo

dist

rofia

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Algoritmos para Prevencao

e Manejo de Lipodistrofia em

Pacientes com HIV/aids

Ana Carla Carvalho de Mello e Silva

00110 00111

Algoritmos para Prevenção e Manejo de Lipodistrofia em Pacientes com HIV/aids

Page 57: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

00112 00113

Algoritmos para Prevencao e Manejo de Lipodistrofia em Pacientes com HIV/aids

Fatores de Risco para Desenvolvimento de Lipodistrofia Associada ao HIV Lipoatrofia (LA)/ Lipohipertrofia (LH)

Relacionados ao paciente:• Idade mais avançada• Sexo: Feminino - > risco de LH Masculino - > risco de LA • Genética/características fenotípicas • Nadir CD4: Níveis - > risco de LH Níveis - > risco de LA• Estilo de vida: Alimentação inadequada Sedentarismo• Índice de massa corpórea (IMC)

Relacionados à TARV:• Uso de ARV – ITRN timidínicos (d4T >

AZT), IP, IP/r e ITRNN (EFZ)• Tempo de duração da terapia• Combinação de ARV

Relacionados ao HIV:• Duração da infecção, independente de

uso de TARV – estado pró-inflamatório• Elevada carga viral RNA HIV-1

• Não usar d4T e, se possível, evitar o AZT na TARV

• Recomendada a troca de d4T e considerar a troca do AZT, caso já integrem a TARV, por ABC ou TDF*

• Estar atento aos sinais de LA (face, pernas, braços, glúteos) e valorizar a queixa do paciente*Previamente atenção: perfil de resistência viral, risco de toxicidade, doença renal, hipertensão arterial, etc.

Desde o diagnóstico de HIV (independente do uso de TARV):Mudança estilo de vida:

• Alimentação saudável equilibrada com aporte adequado de carboidratos/proteínas e limitado de gorduras saturadas e colesterol (Encaminhar ao nutricionista)

• Prática regular de exercícios físicos (aeróbicos e de resistência muscular)

• Não fumar; moderado uso de bebida alcoólica Medida periódica da circunferência abdominal (CA) e/ou relação cintura quadril (RCQ)Atenção aos antecedentes ou evolução de alterações metabólicas (glicose, lipídeos)

• Não há recomendação para evitar exposição a determinado ARV ou classe

• Estar atento ao ganho de peso e aumento da CA

• Se IMC > 25, incentivar a perda de peso (orientação nutricional e exercício físico)

Prevenção da Lipodistrofia

Lipoatrofia Lipohipertrofia

Algoritmos para Prevenção e Manejo de Lipodistrofia em Pacientes com HIV/aids

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Algoritmos para Prevenção e Manejo de Lipodistrofia em Pacientes com HIV/aids

Page 59: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Lipoatrofia

Medida Inicial relacionada à TARV (com objetivo de estabilizar ou reverter parte da perda de gordura):

• Recomendada a troca de timidínicos - d4T/AZT - para ABC ou TDF (avaliar perfil de resistência viral, riscos de toxicidade, doença renal, hipertensão arterial, etc)

*Caso haja impossibilidade de uso de ABC ou TDF, avaliar opção de esquemas sem ITRN, novas drogas, novas classes de ARV

Medidas Associadas

Face MMSS/MMII

Encaminhar para acompanhamento em grupo de lipodistrofia multiprofissional (incluindo infectologista,

nutrição, psicologia, educação física, fisioterapia)

Glúteos

• Encaminhar para dermatologia: avaliar grau de LA e indicação de preenchimento facial (através do ILA)

• Não há recomendação de procedimento reparador para essas áreas

• Adotar prática regular de exercícios físicos de resistência muscular sob orientação de profissional especializado

• Adotar prática regular de exercícios físicos de resistência muscular sob orientação de profissional especializado

Casos de LA de Glúteo:• Encaminhar à cirurgia plástica: avaliar grau de

comprometimento, gravidade e indicação de procedimento reparador

Manejo da Lipodistrofia

Medidas fundamentais: • Adotar ou incrementar medidas de mudança do estilo de vida: orientação nutricional;

exercícios físicos regulares mais indicados ao caso com orientação profissional; manter IMC dentro normal (18.5 – 24.9); se IMC > 25 – incentivar ↓ de peso, ↓ da circunferência abdominal; não fumar; uso moderado de bebida alcoólica. Essas medidas também ↓ risco cardiovascular, resistência à insulina

*Não há recomendação para a troca de nenhum ARV ou classe. Considerar os riscos de toxicidade relacionados ao metabolismo dos lipídeos, glicose e redistribuição de gordura corporal já reconhecidos ao definir esquema de TARV

Lipohipertrofia

Medidas Associadas

* Nos casos de LH de Abdome:Com SAT e com SAT/VAT: encaminhar à cirurgia plástica para avaliar indicação de procedimento reparador; incentivar medidas fundamentais acima;Com VAT: não há tratamento cirúrgico reparador; incentivar medidas fundamentais acima; avaliar risco/benefício (principalmente os casos de maior RCV) de tratamento farmacológico - metformina (possível toxicidade associada), tesamorelin (não disponível no Brasil)

Encaminhar à cirurgia plástica para avaliar indicação de

procedimento reparador; incentivar medidas fundamentais acima

Encaminhar para acompanhamento em grupo de lipodistrofia multiprofissional (incluindo infectologista, nutrição, psicologia, educação física, fisioterapia)

Abdome* GibaMamas (↑volume,

ginecomastia)Submento, região

pubiana, lipomas, dorso

00116 00117

Algoritmos para Prevenção e Manejo de Lipodistrofia em Pacientes com HIV/aids

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ABC = AbacavirARV = AntirretroviraisAZT = ZidovudinaCA = Circunferência abdominalCC = Circunferência da cinturaCQ = Circunferência do quadrild4T = EstavudinaDEXA = Absormetria de raios-X de dupla energia (Dual energy X-ray absorptiometry)ILA = Índice de lipoatrofia facialIMC = Índice de massa corpóreaIP = Inibidor da proteaseIP/r = Inibidor da protease/ritonavirITRN = Inibidor da transcriptase reversa nucleosídeoITRNN = Inibidor da transcriptase reversa não nucleosídeoLA = LipoatrofiaLH = LipohipertrofiaMMII = Membros inferioresMMSS = Membros superioresRCQ = Relação cintura quadrilRNA = Ácido ribonucléicoRNM = Ressonância magnéticaSAT = Corresponde a tecido adiposo subcutâneoTARV = Terapia antirretroviral combinadaTC = Tomografia computadorizadaTDF = TenofovirUS = UltrassonografiaVAT = Corresponde a tecido adiposo visceral

Abreviaturas/Siglas

Referências:

1. Carr A, Samanas K, Thorisdottir A, Kaufmann GR, Chisolm DJ, Cooper DA. Diagnosis, prediction and natural course of HIV-1 protease-inhibitor-associated lipodystrophy, hyperlipidaemia and diabetes mellitus: a cohort study. Lancet 1999; 353:2093-2099. 2. Moreno S, Miralles C, Negredo E, Domingo P, Estrada V, Gutiérrez F, Lozano F, Martinez E. Disorders of body fat distribution in HIV 1-infected patients. aids Rev 2009; 11:126-34. 3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, aids e Hepatites Virais. Manual de tratamento da lipoatrofia facial: recomendações para o preenchimento facial com polimetilmetacrilato em portadores de HIV/aids/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, aids e Hepatites Virais – Brasilia: Ministério da Saúde, 2009.(Série A. Normas e Manuais Técnicos) ISBN 978-85-334-1622-2. 4. Lichtenstein KA. Redefining lipodystrophy syndrome. J Acquir Immune Defic Syndr 2005; 39: 395-400. 5. Morse CG, Kovacs JA. Metabolic and skeletal complications of HIV infection – The price of success. Jama 2006; 296:844-854. 6. Podzamczer D, Ferrer E, Sanchez P, Gatell JM et al. Less lipoatrophy and better lipid profile with abacavir as compared to stavudine. 96-week results of a randomized study. J Acquir Immune DEfic Syndr 2007; 44:139-147. 7. Madruga JV, Casseti I, Suleiman JM et al. The safety and efficacy of switching stavudine to tenofovir DF in combination with lamivudine and efavirenz in HIV-infected patients: a four-year follow-up. XVII International aids Conference, Mexico City, 2008. Poster TUPE0054. 8. Casseti I, Madruga JV, Etzel A, et al. The safety and efficacy of Tenofovir DF (TDF) in combination with lamivudine (3TC) and efavirenz (EFZ) in antiretroviral-naïve patients through seven years. XVII International aids Conference, Mexico City, 2008. Poster TUPE0057. 9. Falutz J, Mamputu JC, Potvin D, Moyle G, Grinspoon S et al. Effects of tesamorelin (TH9507), a growth hormone-releasing factor analog, in human immunodeficiency virus-infected patients with excess abdominal fat: a pooled analysis of two multicenter, double-blind placebo-controlled phase 3 trial with safety estension data. J Clin Endocrinol Metab 2010; 95:4291-4304. 10. Guidelines. Prevention and Management of Non-infectious co-morbidities in HIV. EACS version 6.0 – October 2011. www.europeanaidsclinicalsociety.org/guid/index.html

00118 00119

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Algoritmo para o Diagnóstico

e Tratamento das Alteracões

Neurocognitivas em

Pacientes HIV/aids

Augusto Cesar Penalva de Oliveira

Jose Ernesto Vidal Bermudez

00122 00123

Algoritmo para o Diagnóstico e Tratamento das Alterações Neurocognitivas em Pacientes HIV/aids

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Algoritmo para o Diagnóstico e Tratamento das Alterações Neurocognitivas em Pacientes HIV/aids

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O presente algoritmo foi desenhado para o manejo das formas sintomáticas das alterações neurocognitivas associadas ao HIV (HAD - HIV-associated Dementia e MND - Mild Neurocognitive

Disorder). Atualmente, não existem recomendações específicas para pacientes com alteração neurocognitiva assintomática

(ANI, Asymptomatic Neurocognitive Impairment)

00126 00127

1. Anamnese: questionar ativamente a presença de alterações de memória (“Você tem perda frequente de memória?; Você se esquece de eventos especiais ou reuniões, inclusive aquelas mais recentes?”), alentecimento psicomotor (“Você sente que está mais lento quando pensa, planeja atividades ou resolve problemas?”) e atencao (“Você tem dificuldades para prestar atenção, por exemplo, para conversar, ler um jornal ou assistir um filme?). As perguntas devem ser formuladas na primeira consulta, antes do início ou troca do HAART e depois, anualmente. A triagem também deve ser realizada, imediatamente, se existe evidência de deterioramento clínico. Especial atenção aos pacientes com fatores de risco para HAND: 1) nadir de células CD4 < 350 células/mm3 ou CD4 atual < 350 células/mm3; 2) idade > 50 anos; 3) coinfecção pelo vírus da hepatite C; 4) diabetes ou resistência à insulina; 5) doença cardiovascular; e 6) nível de escolaridade baixo; 2. Observacao Neurológica: avaliar possíveis alterações de atenção, concentração, coerência e adequação. Lembrar que o exame neurológico inicia-se com facies, atitude e marcha; 3. A aplicação da Escala Instrumental para Atividades da Vida Diária (IADL, Instrumental Activities of Daily Living): avaliar o impacto funcional da alteração neurocognitiva (ver Quadro 1). Pacientes com alterações neurocognitivas evidentes podem ser encaminhados diretamente para avaliacao neuropsicológica (NP) formal; 4. A avaliação NP deve ser direcionada para alterações neurocognitvas do tipo subcortical (ref. 1); 5. Na impossibilidade de avaliação NP formal, pontuação < 11 da International HIV Dementia Scale (IHDS) pode sugerir HAD ou MND (ver Figura 1) (ref. 2,3); 6. Exclusao de doencas ou condicões que podem confundir o diagnóstico das HAND, incluindo doenças psiquiátricas, abuso de medicamentos psicotrópicos e álcool, e sequelas de doenças neurológicas. Solicitar exames auxiliares: TSH, T4L, dosagem de vitamina B12 e ácido fólico, VDRL, FTA-Abs, perfil bioquímico e hematológico completos, e imagens (RNM de encêfalo ou, alternativamente, tomografia computadorizada). Liquor, para complementar a exclusão de doenças oportunistas, segundo caso-a-caso e, se disponível, carga viral do HIV; 7,8. Se carga viral liquórica e/ou genotipagem liquórica não disponíveis, considerar otimizar HAART sem esse(s) teste(s); 9. Utilizar pelo menos 2 drogas com elevada penetracao no SNC (escores 3 ou 4) (ver Quadro 2), visando esquema com CPE ≥ 8, incluindo preferencialmente um IP/r. Em pacientes com carga viral plasmática < 50 cópias/mL, a otimização do HAART deve garantir a manutenção do sucesso virológico sistêmico. Lembrar a importância do controle das comorbidades associadas (p.e hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, hepatite C, ansiedade e depressão) e considerações sobre os fatores associados ao estilo de vida (p.e dieta, atividade física, tabaquismo, consumo de álcool, uso de drogas ilícitas); 10. Reavaliacao utilizando as três perguntas e bateria NP formal ou IHDS (se foram realizadas inicialmente).

Algoritmo para o Diagnóstico e Tratamento das Alterações Neurocognitivas em Pacientes HIV/aids

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00128 00129

QUADRO 1. Escala Instrumental para Atividades da Vida Diária. (Adaptado de: Lopes dos Santos e Virtuoso Junior, 2008).

[A] Em relação ao uso de telefone:3 = recebe e faz ligações sem assistência2 = necessita de assistência para realizar ligações telefônicas1 = não tem o hábito ou é incapaz de usar o telefone

[B] Em relação às viagens:3 = realiza viagens sozinho2 = somente viaja quando tem companhia1 = não tem o hábito ou é incapaz de usar de viajar

[C] Em relação à realização de compras:3 = realiza compras quando é fornecido transporte2 = somente faz compras quando tem companhia1 = não tem o hábito ou é incapaz de realizar compras

[D] Em relação ao preparo de refeições3 = planeja e cozinha as refeições completas 2 = prepara somente refeições pequenas ou quando tem ajuda1 = não tem o hábito ou é incapaz de preparar refeições

[E] Em relação ao trabalho doméstico3 = realiza tarefas pesadas2 = realiza tarefas leves, precisando de ajuda nas pesadas1 = não tem o hábito ou é incapaz de realizar trabalhos domésticos

[F] Em relação ao uso de medicamentos3 = faz uso de medicamentos sem assistência2 = necessita de lembretes ou de assistência1 = é incapaz de controlar sozinho o uso de medicamentos

[G] Em relação ao manuseio de dinheiro3 = paga contas sem auxílio2 = necessita de assistência para pagar contas1 = não tem o hábito de lidar com dinheiro ou é incapaz de manusear dinheiro, contas

Pontuação Total: ___________

Interpretação da Escala Instrumental para Atividades da Vida Diária: o escore final consiste na somatória dos itens A-G. O máximo escore possível é de 21 pontos. Classificação: 1) Dependência total ≤ 7; 2) Dependência parcial: > 7 até < 21; Independência: 21. Para pacientes que usualmente não realizam as atividades dos itens D-E, considerar o máximo escore possível de 15 e usar a seguinte classificação: 1) Dependência total ≤ 5; 2) Dependência parcial: > 5 até < 15; Independência: 15.

Algoritmo para o Diagnóstico e Tratamento das Alterações Neurocognitivas em Pacientes HIV/aids

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00130 00131

Figura 1. International HIV Dementia Scale (Adaptado de Sacktor e colaboradores, 2005; Smith e colaboradores, 2012).

Registro de memória: Mencionar 4 palavras que o pacientes deverá recordar (cão, chapéu, feijão, vermelho). Apresentar cada palavra em 1 segundo. De-pois, peça para o paciente repetir as 4 palavras que você acabou de mencio-nar. Repita as palavras que o paciente não lembrou imediatamente. Explique ao paciente que você perguntará por essas palavras alguns minutos depois.

1. Rapidez motora: Solicite que o paciente bata os dois primeiros dedos da mão não dominante tão ampla e rapidamente como seja possível. Pontuação:

4 = 15 em 5 segundos

3 = 11 - 14 em 5 segundos

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1 = 3 - 6 em 5 segundos

0 = 0 - 2 em 5 segundos

2. Rapidez psicomotora: O paciente deverá realizar os seguintes movimentos com a mão não dominante tão rápido como seja possível: 1) Apertar a mão em punho sobre uma superfície plana, 2) Colocar a mão sobre uma superfície plana com a palma para baixo, e 3) Colocar a mão perpendicular à superfície plana sobre o lado do quinto dedo. Demonstrar e solicitar que o paciente pratique duas vezes esses movimentos.

Pontuação:

4 = 4 seqüências em 10 segundos

3 = 3 seqüências em 10 segundos

2 = 2 seqüências em 10 segundos

1 = 1 seqüência em 10 segundos

0 = incapaz de realizar

3. Memória: perguntar ao paciente pelas 4 palavras mencionadas ao início desta parte da avaliação. Para as palavras não recordadas, mencionar uma clave semântica, por exemplo: animal (cão), peça de roupa (chapéu), alimento (feijão), cor (vermelho). Dar 1 ponto para cada palavra lembrada espontaneamente. Dar 0.5 ponto para cada palavra lembrada após a clave semântica. Máximo = 4 pontos

Pontuacao Total: ___________

Interpretacao da International HIV Dementia Scale: o escore final consiste na somatória dos itens 1-3. O máximo escore possível é de 12 pontos. Pacientes com pontuações menores ou iguais a 11 devem continuar com as avaliações por provável HAD ou MND.

Algoritmo para o Diagnóstico e Tratamento das Alterações Neurocognitivas em Pacientes HIV/aids

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00132 00133

Quadro 2. Escore da efetividade de penetração dos antirretrovirais no sistema nervoso central (escore CPE)(Adaptado de Letendre e colaboradores, 2011)

4 (Melhor) 3 2 1

ITRN Zidovudina Abacavir DidanosinaLamivudinaEstavudina

Tenofovir

ITRNN Nevirapina Efavirenz Etravirina

IP Indinavir/r

Darunavir/rFosamprenavir/r

IndinavirLopinavir/r

AtazanavirAtazanavir/rTipranavir/r

NelfinavirRitonavir

SaquinavirSaquinavir/rTipranavir/r

Inibidores da fusão/entrada Maraviroc Enfuvirtida

Inibidores da integrase Raltegravir

Algoritmo para o Diagnóstico e Tratamento das Alterações Neurocognitivas em Pacientes HIV/aids

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ANI = Asymptomatic Neurocognitive ImpairmentCPE = Central Nervous System Penetration- EffectivenessHAART = Highly active antiretroviral therapy HAD = HIV-associated Dementia HAND = HIV-associated Neurocognitive DisordersIADL = Instrumental Activities of Daily LivingIHDS = International HIV Dementia ScaleIP = Inibidir da proteaseITRN = Inibidor da transcriptase reversa nucleosídeoITRNN = Inibidor da transcriptase reversa não nucleosídeoMND = Mild Neurocognitive DisorderNP = NeuropsicológicaRNM = Ressonância magnéticaSNC = Sistema nervoso centralTSH = Hormônio tireoestimulanteT4L = Tiroxina livre

Abreviaturas/Siglas

Referências:

1. Antinori A, Arendt G, Becker JT, et al. Update research nosology for HIV-associated neurocognitive disorders. Neurology 2007;69:1789-99. 2. Sacktor NC, Wong M, Nakasuja N, et al. The International HIV Dementia Scale: a new rapid screening test for HIV dementia. aids 2005;19:1367-74. 3. Smith B, Skolasky R, et al. The International HIV Dementia Scale as a screening tool for all forms of HIV-associated neurocognitive disorders. 19th Conference on Retrovirus and Opportunistic Infections. Seattle, March 5-8, 2012. Abstract 505. 4. Lopes dos Santos R, Virtuoso Júnior JS. Confiabilidade da versão brasileira da escala de atividades instrumentais da vida diária. Brasileira em Promoção da Saúde 2008;21:290-6. 5. Letendre S. Central nervous system complitions in HIV disease: HIV-associated neurocognitive disorder. Top Antivir Med 2011;19:137-42.

00134 00135

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Depr

essã

o

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Algoritmo para Diagnóstico

e Abordagem Inicial de Depressao

em Pacientes com HIV/aids

Luiz Teixeira Sperry Cezar

00138 00139

Algoritmo para Diagnóstico e Abordagem Inicial de Depressão em Pacientes com HIV/aids

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Paciente HIV +Investigar sintomas depressivos

(Quadro 1)

Diagnóstico de depressão?

Encaminhar à psicoterapia

Investigar comorbidades:TAB (Quadro 2)

EpilepsiaAbuso de substâncias Doença clínica grave

Classificar segundo intensidade (Quadro 3)

Encaminharao

psiquiatra

Leve

Introduzir medicação e/ou

psicoterapia

Falha do tratamento inicial (sem resposta ou resposta parcial)

(Quadro 4)Introduzir

medicação e psicoterapia

Moderado Grave

SimNão

Não

Sim

Algoritmo para Diagnóstico e Abordagem Inicial de Depressao em Pacientes com HIV/aids

00140 00141

Algoritmo para Diagnóstico e Abordagem Inicial de Depressão em Pacientes com HIV/aids

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Quadro 1: Sintomas e Diagnóstico de DepressãoSintomas Diagnóstico

TristezaPessimismoSensação de falhaInsatisfaçãoCulpaExpectativa de puniçãoBaixa auto-estimaAuto-acusaçõesIdeação suicidaCrises de choroIrritabilidadeIsolamento socialIndecisão Alteração de imagem corporalLentificação executivaInsôniaFadigaAnorexia Perda de pesoHipocondriaPerda de libido

Apresentação de cinco ou mais sintomas, sendo necessariamente um dos abaixo:

1. Humor depressivo ou2. Anedonia3. Concentração e atenção reduzidas4. Fatigabilidade5. Auto-estima e autoconfiança reduzidos6. Idéias de culpa e inutilidade7. Visões desoladas e pessimistas do futuro8. Idéias ou atos autolesivos ou suicídio9. Sono perturbado10. Apetite diminuído

Comentário: A associacao entre transtorno depressivo maior e infeccao por HIV pode chegar a 60%. Deste modo todos os pacientes devem ser investigados quanto à presenca de sintomas depressivos.

Quadro 2: Sintomas de Transtorno Afetivo Bipolar (TAB)Fatores relacionados

à bipolaridadeSintomas definidores de mania/hipomania

Recorrência (> 3 episódios na história pregressa)Início precoce da doença (< 25 anos)Antecedentes familiares de TABPersonalidade hipertímicaSintomas atípicos de depressão (como ganho de peso e sonolência excessiva)Episódios depressivos breves (< 3 meses)Depressão com sintomas psicóticosDepressão pós-partoMania ou hipomania induzida por antidepressivosPerda súbita de efeito do antidepressivoResistência a 3 ou mais antidepressivos

Humor eufórico, expansivo ou irritávelAumento de energia e atividadeAumento da Auto-estimaNecessidade de sono diminuídaAceleração de pensamento (observada ou subjetiva)Aumento da produtividade ou agitação psicomotoraAumento de atividades prazerosas (como sexo, abuso de substâncias, gastos excessivos)

Comentário: As análises mais recentes sugerem que haja proporcao de quase 1:1 entre casos de depressao bipolar e depressao unipolar. Identificar sintomas de bipolaridade e um desafio mesmo entre psiquiatras treinados. Um caso de Transtorno Bipolar tratado de maneira incorreta pode levar a desfechos amplamente desfavoráveis.

Quadro 3: Abordagem Inicial da Depressão

Intensidade TratamentoEncaminhar

para psiquiatria

Leve(sintomas presentes embora não evidentes)

Introduzir antidepressivo e/ou psicoterapia

Depressões gravesDepressões resistentes ao tratamento inicial Comorbidades psiquiátricas (como dependências de substâncias ou demência)Sintomas de Transtorno Afetivo Bipolar (Quadro 2)

Moderada(sintomas presentes e evidentes)

Introduzir antidepressivoPsicoterapia

Grave(incapacitação, sintomas psicóti-cos, risco de suicídio)

Encaminhar ao psiquiatraPsicoterapia

Comentário: O transtorno depressivo maior (TDM), qualquer que seja sua intensidade, deve ser tratado sempre que diagnosticado. Os casos leves podem ser tratados com psicoterapia apenas, embora essa seja uma medida controversa. Casos graves devem ser encaminhados à psiquiatria assim que possível.

00142 00143

Algoritmo para Diagnóstico e Abordagem Inicial de Depressão em Pacientes com HIV/aids

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Quadro 4: Propriedades de antidepressivos de primeira linha para tratamento de TDM.

Antidepressivo Mecanismo de acaoDosagem

diáriaObservacões

AgomelatinaAgonista melatoninérgico e bloqueio de receptor 5-HT2

25 - 50 mg

BupropionaInibidor de recaptação de norepinefrina e dopamina

150 - 300 mg Efeito antitabagismo

Citalopram Inibidor de recaptação de serotonina 20 - 60 mgBaixo potencial de interação medicamentosa

DesvenlafaxinaInibidor de recaptação de serotonina e norepinefrina

50 - 100 mg

DuloxetinaInibidor de recaptação de serotonina e norepinefrina

60 - 120 mgEficaz em comorbidade com dores crônicas

Escitalopram Inibidor de recaptação de serotonina 10 - 20 mgBaixo potencial de interação medicamentosa

Fluoxetina Inibidor de recaptação de serotonina 20 - 80 mgAssociada a redução de peso em alguns casos

Fluvoxamina Inibidor de recaptação de serotonina 100 - 300 mg

MilnacipranoInibidor de recaptação de serotonina e norepinefrina

100 - 200 mg

MirtazapinaAumento de liberação de serotonina e norepinefrina; bloqueio 5-HT pós-sináptico.

30 - 60 mgBaixo potencial de interação medicamentosa;sedação e ganho de peso

Moclobemida Inibidor reversível da MAO 300 - 600 mg

Paroxetina Inibidor de recaptação de serotonina 20 - 60 mgEficaz para tratar transtornos de ansiedade em geral

ReboxetinaInibidor de recaptação de norepinefrina

8 - 12 mg

Sertralina Inibidor de recaptação de serotonina 50 - 200 mgBaixo potencial de interação medicamentosa

VenlafaxinaInibidor de recaptação de serotonina e norepinefrina

75 - 375 mgRisco de aumento de PA em doses maiores

Principais antidepressivos de primeira linha pelo CANMAT (2009) disponíveis no Brasil e suas propriedades farmacológicas.

00144 00145

Algoritmo para Diagnóstico e Abordagem Inicial de Depressão em Pacientes com HIV/aids

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5-HT2 = 5 hidroxitriptamina (serotonina)HT = HidroxitriptaminaMAO = Manoamina oxidasePA = Pressão arterialTAB = Transtorno afetivo bipolarTDM = Transtorno depressivo maior

Abreviaturas/Siglas

Referências:

1. Ciesla JA, Roberts JE. Meta-Analysis of the Relationship Between HIV Infection and Risk for Depressive Disorders. Am J Psychiatry. 2001;158:725-30. 2. Basu S, Chwastiak LA, Bruce RD. Clinical management of depression and anxiety in HIV-infected adults. aids 2005;19:2057-67. 3. DSM-IV-TR - Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais, trad. Cláudia Dornelles - 4ª. ed. rev.- Porto Alegre: Artmed,2003. 4. Ghaemi SN, Ko JY, Goodwin FK. Cade’s Disease” and beyond: misdiagnosis, antidepressant use, and a proposed definition for bipolar spectrum disorder. Can J Psychiatry 2002;47:125–134. 5. Lam RW, Kennedy SH, Grigoriadis S, et al. Canadian Network for Mood and Anxiety Treatments (CANMAT) clinical guidelines for the management of major depressive disorder in adults. III. Pharmacotherapy. J Affect Disord 2009; 117 (Suppl 1):S26-S43. 6. Kerr LK. Screening tools for depression in primary care. West J Med 2001;175:349-352. 7. Mello VA, Segurado AA, Malbergier A. Depression in Women living with HIV: Clinical and Psychosocial Correlates. Arch Womens Ment Health 2010;13(3): 193-9.

00146 00147

Page 75: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Altera

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Mário Peribanez Gonzalez

Algoritmos para Investigacao de

Enzimas Hepáticas Elevadas e Manejo de

Cirróticos em Pacientes com HIV/aids

00150 00151

Algoritmos para Investigação de Enzimas Hepáticas Elevadas e Manejo de Cirróticos em Pacientes com HIV/aids

Page 77: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Hepatites virais

Investigação DiagnósticaLaboratorial

Seguir conduta recomendada pelos

consensos e diretrizes de hepatite virais

A B C

Encaminhamento para serviço

especializado/CAPS-AD

Alcoólica

Aconselhamento e tratamento de suporte

Consumo > 30g/dia de álcool independente

do sexo

OutrasDrogas

Evitar em pacientescirróticos

TARV

NVPddId4TAZT

IP (TPV; RTVem dose plena)

• RMP/INH/PZA• Sulfas• Imidazólicos

Hepatotoxicidade

Ajuste de dose (Anexo 4) ou troca para

esquema alternativo em pacientes com cirrose

Child B ou C (Anexo 5)

Enzimas hepáticas elevadas em HIV +

Algoritmos para Investigacao de Enzimas Hepáticas Elevadas em Pacientes com HIV/aids

• Hepatite auto-imune

• Doença de Wilson Hemocromatose

• Cirrose biliar• Deficiência de a-1-antitripsina

Mono-like:• CMV• Toxoplasmose• Epstein Barr

Relacionadasao HIV:• Tuberculose • MAC • Histoplasmose

Tropicais:• Leptospirose• Dengue• Febre amarela• Malária

Outras doenças infecciosas

Doenças nãoinfecciosas (raras)

• Orientação nutricional

• Exercício físico

ALT normal

SIM

Seguimento clínico

Biópsia hepática

Hepatite esteatótica

<F2

Manter orientação nutricional e

exercícios físicos

• Considerar tratamento com metformina e vitamina E

• Acompanhamento junto com o endocrinologista

>F2

NãO

Investigar

Doença gordurosa do fígado

Nao alcoólica

• Resistência à insulina

• Dislipidemia• Obesidade e/ou

US de abdome com esteatose

00152 00153

Algoritmos para Investigação de Enzimas Hepáticas Elevadas e Manejo de Cirróticos em Pacientes com HIV/aids

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00154 00155

Algoritmos para Investigação de Enzimas Hepáticas Elevadas e Manejo de Cirróticos em Pacientes com HIV/aids

Page 79: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

ALT = AlaninatransferaseAST = AspartatotransferaseAZT = ZidovudinaCAPS-AD = Centro de atenção psicossocial – álcool e drogasCMV = Citomegalovírusd4T = EstavudinaddI = DidanosinaEDA = Endoscopia digestiva altaHCC = Carcinoma hepatocelularINH = IsoniazidaIP = Inibidor de proteaseMAC = Mycobacterium avium complexMELD = Model for End-stage Liver DiseaseNVP = NevirapinaPZA = PirazinamidaRMP = RifampicinaRTV = RitonavirTARV = Terapia antirretroviral combinadaTPV = TiprenavirUS = Ultrassonografia

Abreviaturas/Siglas

Referências:

1. Bruha R, Dvorak K, Petrtyl J. Alcoholic liver disease. World J Hepatol 2012; 4(3): 81-90. 2. Bellentani S, Saccoccio G, Costa G, Tiribelli C, Manenti F, Sodde M, Saveria Croce L, Sasso F, Pozzato G, Cristianini G, Brandi G. Drinking habits as cofactors of risk for alcohol induced liver damage. The Dionysos Study Group. Gut 1997; 41: 845-850. 3. Ratziv V et al. A position statement on NAFLD/NASH based on the EASL 2009 special conference. J Hepatol 2010; 53: 372-384.

00156 00157

Page 80: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Linf

oma

Page 81: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Algoritmo para Investigacao e

Encaminhamento Ambulatorial de

Pacientes HIV/aids com Linfoma

Paula Yurie Tanaka*

*Encerrou suas atividades como Hematologista do IIER em abril de 2012.

00160 00161

Algoritmo para Investigação e Encaminhamento Ambulatorial de Pacientes HIV/aids com Linfoma

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00162 00163

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Algoritmo para Investigação e Encaminhamento Ambulatorial de Pacientes HIV/aids com Linfoma

Page 83: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

ALT = AlaninatransferaseAST = AspartatotransferaseDHL = Desidrogenase láticaEDA = Endoscopia digestiva altaGama GT = Gama glutamil transferase

Abreviaturas/Siglas

00164 00165

Referências:

1. Levine AM. Acquired immunodeficiency syndrome-related lymphoma: clinical aspects. Semin Oncol. 2000;27:442-53.

2. Palmieri C, Treibel T, Large O, Bower M. aids-related non-Hodgkin’s lymphoma in the first decade of highly active antiretroviral therapy. Q J Med 2006;99:811-26.

Page 84: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

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Page 85: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Algoritmo para Investigacao e

Conduta em Pacientes HIV/aids

com Sarcoma de KaposiAna Luiza de Castro Conde Toscano

00168 00169

Algoritmo para Investigação e Conduta em Pacientes HIV/aids com Sarcoma de Kaposi

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Algoritmo para Investigação e Conduta em Pacientes HIV/aids com Sarcoma de Kaposi

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Page 87: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

EDA = Endoscopia digestiva altaQT = QuimioterapiaSK = Sarcoma de KaposiTARV = Terapia antirretroviral combinada

Abreviaturas/Siglas

00172 00173

Referência:

1. aids-related Kaposi’s sarcoma: Clinical features and treatment (www.uptodate.com/2011)

Page 88: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Neop

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Page 89: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Ana Luiza de Castro Conde Toscano

Algoritmo para Deteccao Precoce de Câncer de Mama em Pacientes

HIV/aids

Algoritmo para Deteccao Precoce de Câncer de Colo de Útero em

Pacientes HIV/aids

As recomendacões de deteccao precoce das neoplasias nao definidoras de aids sao derivadas das recomendacões para populacao em geral.

00176 00177

Algoritmos para Detecção Precoce de Neoplasias em Pacientes HIV/aids

Page 90: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Fator de risco:História familiar

AusenteCa de mama em familiar

de primeiro grau comidade inferior a 50 anos

Exame clínico emamografia

a partir dos 35 anosou a critério médico

Mulheres entre 50 e 69 anos

Mulheres entre 40 e 49 anos

Exame clínico anualExame clínico

anual + Mamografiabianualmente

Algoritmo para Deteccao Precoce de Câncer de Mama em Pacientes HIV/aids

00178 00179

Algoritmos para Detecção Precoce de Neoplasias em Pacientes HIV/aids

Page 91: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Fatores de risco:Início de vida sexual, tabagismo,

multiparidade e contraceptivos orais

Papanicolausemestral

02 exames normaiscom intervalode 06 meses

Repetir anualmente

Encaminhar aoespecialista

Encaminhar aoespecialista

NIC I ou infecçãopelo HPV

NIC II ou III

Algoritmo para Deteccao Precoce de Câncer de Colo de Útero em Pacientes HIV/aids

00180 00181

Algoritmos para Detecção Precoce de Neoplasias em Pacientes HIV/aids

Page 92: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Ca = CâncerHPV = Papilomavírus humanoNIC = Neoplasia intraepitelial cervical

Abreviaturas/Siglas

Referência:

1. www.inca.gov.br - acessado em 23/08/2011

00182 00183

Page 93: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Sidney Roberto Nadal

Algoritmos para Investigacao do

Carcinoma do Canal Anal e suas

Lesões Precursoras em Pacientes

com HIV/aids

00184 00185

Algoritmos para Investigação do Carcinoma do Canal Anal e suas Lesões Precursoras em Pacientes com HIV/aids

Page 94: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

00186 00187

Algoritmos para Investigacao do Carcinoma do Canal Anal e suas

Lesões Precursoras em Pacientes com HIV/aids

Algoritmos para Investigação do Carcinoma do Canal Anal e suas Lesões Precursoras em Pacientes com HIV/aids

Sinais e Sintomas

- Dor anal que piora durante as evacuações, há mais de 30 dias (diagnóstico diferencial com fissura anal e úlceras de etiologia infecciosa)

- Persistência de sangue vivo, em pequena quantidade, durante as defecações (diagnóstico diferencial com doença hemorroidária e fissura anal crônica)

- Relato de fezes afiladas ou dificuldade para defecar, mesmo fezes pastosas (diagnóstico diferencial com estenoses anais cicatriciais)

- Identificação de úlceras irregulares e com bordas elevadas no ânus

- Presença de tumores no ânus

NOTAS: A associação com imunodeficiência adquirida não é obrigatória.

Poderá não haver relato de infecção pelo HPV.

Conduta

Encaminhar ao proctologista em qualquer das situações acima:

- Praticar biópsia em qualquer úlcera anal com mais que 30 dias de duração

- Praticar biópsia em qualquer tumor anal

Fatores de risco para Carcinoma do Canal Anal

- Infecção pelo Papilomavirus humano

- Tipos oncogênicos – 16, 18, 33, 45

- Imunodepressão de várias causas

- Infecção pelo HIV

- Linfócitos T CD4+ < 200/mm3

- Presença de Neoplasia Intraepitelial Anal de alto grau

- Doença de Bowen

- Papulose bowenóide

- Prática do sexo anal receptivo desprotegido

- Tabagismo

Page 95: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Rastreamento- Portadores de lesões genitais pelo HPV

- Parceiros sexuais dos portadores da infecção anal e/ou genital pelo HPV- Pessoas com história pregressa de infecção anogenital pelo HPV

- Mulheres com relato de carcinoma da cérvix uterina tratado- Pacientes imunodeprimidos praticantes de sexo anal receptivo

Realizar coleta de material do canal anal, com escova, para citologia oncótica

Colposcopia Anal normal Repetir citologia do

canal anal em 6 meses

Citologia do Canal Anal inalterada Repetir em 12 meses

Citologia do Canal Anal alterada - ASCUS, ASC-H, LSIL ou HSIL

- Encaminhar para colposcopia anal

Presença de CarcinomaEncaminhar para radio

e quimioterapia

Presença de lesões não carcinomatosasEncaminhar ao proctologista

para tratamento

Após erradicação das lesões pelo HPV Encaminhar ao proctologista para

protocolo de seguimento

Colposcopia Anal mostrando lesões - Praticar biópsias

- Encaminhar ao proctologista para tratamento

Protocolo de seguimento(com o proctologista)

Iniciar logo após a erradicação das lesões anais pelo HPV

- Coleta de material do canal anal para citologia oncótica - Colposcopia anal

Repetir exames em 6 meses- Após 3 avaliações com citologia e

colposcopia anal sem alteração indicar protocolo de rastreamento

Citologia anal normal

Colposcopia anal normal

citologia anal alterada

colposcopia anal alterada

citologia anal alterada

colposcopia anal normal

citologia anal normal

colposcopia anal alterada

Após erradicação das lesões pelo HPV- Voltar ao protocolo de seguimento

- Praticar biópsias - Tratar as lesões encontradas

00188 00189

Algoritmos para Investigação do Carcinoma do Canal Anal e suas Lesões Precursoras em Pacientes com HIV/aids

Page 96: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

ASCUS = Células escamosas atípicas com significado indeterminadoASC-H = Células escamosas atípicas que não permitem excluir lesão de alto grauHPV = Papilomavírus humanoHSIL = Lesão intraepitelial escamosa de alto grauLSIL = Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau

Abreviaturas/Siglas

Referências:

1. Palefsky JM. Practising high-resolution anoscopy. Sex Health. 2012 Dec;9(6):580-6. 2. Nadal SR, Manzione CR. Rastreamento e seguimento dos portadores de lesões anais induzidas pelo papilomavirus humano como prevenção do carcinoma anal. Rev bras Coloproct 2009;29(2):250-3. 3. Darragh TM, Winkler B Anal cancer and cervical cancer screening: key differences. Cancer Cytopathol. 2011 Feb 25;119(1):5-19. 4. Jay N. Elements of an anal dysplasia screening program. J Assoc Nurses AIDS Care. 2011;22(6):465-77. 5. Mallari AO, Schwartz TM, Luque AE, Polashenski PS, Rauh SM, Corales RB. Anal cancer screening in HIV-infected patients: is it time to screen them all? Dis Colon Rectum. 2012;55(12):1244-50.

00190 00191

Page 97: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

00193

Anexos

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Cálculo e Classificação Internacional do Índice de Massa Corpórea (IMC)

IMC= Peso (Kg)/ Altura (m2 )

Classificação internacional do IMC (OMS):

Estado Nutricional IMC

Desnutrição ≤ 18,5

Desnutrição Severa (Grau III) < 16,0

Desnutrição Moderada (Grau II) 16,0 - 16,9

Desnutrição Leve (Grau I) 17, - 18,49

Eutrófico (Normal) 18,5 - 24,9

Pré-obeso (Sobrepeso) 25,0 - 29,9

Obesidade > 30,0

Obesidade Grau I 30,0 - 34,9

Obesidade Grau II 35,0 - 39,9

Obesidade Grau III ≥ 40,0

Adaptado de OMS, 1995; OMS, 2000 e OMS, 2004

Anexo 1

00195

Page 99: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

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Anex

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00197

Page 100: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

Estratificação final segundo Escore de Risco de Framingham (ERF) e fatores agravantes para cálculo de risco absoluto de infarto e morte em 10 anos para homens e mulheres

Baixo risco <10%

Risco intermediário >10% <20%

Alto risco >20%

Se presente fatores agravantes de risco cardiovascular (elevar para um nível acima).

Anexo 2

Fatores Agravantes de Risco Cardiovascular (RCV)*

Síndrome Metabólica

Hipertrofia Ventricular Esquerda

Insuficiência Renal Crônica (creat ≥ 1,5 ou clearance de creatinina < 60)

Micro ou Macroalbuminúria

Exame complementar com evidência de aterosclerose incipiente (espessamento carotídeo >1mm, escore de cálcio coronariano elevado)

Proteína C reativa elevada no HIV não será critério

História familiar prematura de doença cardiovascular: homens < 55 anos e mulheres < 65 anos

*Elevar um nível acima o escore de framingham calculado

Page 101: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

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Page 102: Guia de Investigação, Manejo e Prevenção das Comorbidades ... · Capítulo 3 - Hipertensão Arterial sistêmica ... comorbidades, de co-infecções, de uso esporádico, QT, hormônios,

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Escala MELD (Model for End-Stage Liver Disease)

MELD Score = 3.8 x [log bilirrubina sérica (mg/dL)] + 11.2 x [log INR] + 9.6 x [log creatinina sérica (mg/dL)] + 6.4

Interpretação da Escala MELD:

Na interpretação da escala MELD em pacientes hospitalizados, a mortalidade em 3 meses é:

• 40 ou mais — 71.3 % de mortalidade

• 30–39 —52.6 % de mortalidade

• 20–29 — 19.6 % de mortalidade

• 10–19 —6.0 % de mortalidade

• <9 —1.9 % de mortalidade

Wiesner et al. Model for end-stage liver disease (MELD) and allocation of donor livers. Gastroenterology (2003) vol. 124 (1) pp. 91-6. PMID 12512033

00204

Anexo 5Classificação de Child-Pugh-Turcotte (CPT)

Critérios para a definição do Escore de Child-Pugh-Turcotte

Interpretação - Associação entre Escore de CPT e mortalidade

Nota: O escore de Child-Pugh e calculado somando os pontos dos cinco fatores, e varia de 5 a 15. A classe de Child-Pugh e A (escore de 5 a 6 ), B (7 a 9 ), ou C ( acima de 10 ). Em geral, a “descompensacao” indica cirrose com um escore de Child-Pugh > 7 (classe B de Child-Pugh) e este nível e um criterio aceito para inclusao no cadastro do transplante hepático.

Critério 1 ponto 2 pontos 3 pontos

Bilirrubina total (mg/dl) <2 2-3 >3

Albumina sérica (g/dl) >3,5 2,8-3,5 <2,8

TP (segundos) / INR 1-3 / <1,7 4-10 / 1,71-2,20 >10 / >2,20

Ascite Nenhuma Leve Grave

Encefalopatia hepática NenhumaGrau I-II (ou suprimida com

medicação)Grau III-IV

(ou refratária)

Pontos Classe Sobrevida em 1 ano Sobrevida em 2 anos

5 - 6 A 100% 85%

7- 9 B 81% 57%

10 - 15 C 45% 35%

00205

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Anexo 6

00206

Interações entre as Drogas AntirretroviraisTabelas revisadas em outubro de 2011. Informação completa disponível em www.hiv-druginteractions.org

INIBIDORES DA PROTEASE ITRNNs ITRNs OUTROS

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Saquinavir

Tipranavir

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Rilpivirina

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Didanosina (ddI)

Emtricitabina (FTC)

Lamivudina (3TC)

Stavudina (d4T)

Tenofovir (TDF)

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Enfuvirtida (T20)

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Raltegravir

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INIBIDORES DA PROTEASE ITRNNs ITRNs OUTROS

ATV DRV FPV IDV LPV NFV RTV SQV TPV DLV EFZ ETV NVP RPV ABC ddI FTC 3TC d4T TDF ZDV MVC RAL

IPs Atazanavir

Darunavir

Fosamprenavir

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Ritonavir

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Tipranavir

ITRNNs Delavirdina

Efavirenz

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Nevirapina

Rilpivirina

ITRNs Abacavir (ABC)

Didanosina (ddI)

Emtricitabina (FTC)

Lamivudina (3TC)

Stavudina (d4T)

Tenofovir (TDF)

Zidovudina (AZT/ZDV)

Outros Elvitegravir

Enfuvirtida (T20)

Maraviroc

Raltegravir

n/a

Abreviaturas - Vide verso00207

Símbolos - Símbolos preenchidos indicam que mais informações sobre interações estão disponíveis em www.hiv-druginteractions.org. Símbolos vazios indicam que a combinação não foi estudada; uma interação foi prevista com base no perfil metabólico das drogas.

Estas drogas não devem ser coadministradas

Interação potencial – pode exigir um acompanhamento próximo, a alteração da dose da droga ou do tempo de administração

Nenhuma interação clinicamente significante é esperada

n/a Não aplicável. Improvável serem coadministrados.

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AbreviaturasATV Atazanavir DLV DelavirdinaDRV Darunavir EFZ EfavirenzFPV Fosamprenavir ETV EtravirinaIDV Indinavir NVP NevirapinaLPV Lopinavir RPV RilpivirinaNFV Nelfinavir ABC AbacavirRTV Ritonavir ddI DidanosinaSQV Saquinavir FTC EmtricitabinaTPV Tipranavir 3TC Lamivudinad4T Estavudina MVC Maraviroc TDF Tenofovir RAL Raltegravir ZDV Zidovudina

CoformulaçõesCombivir® Lamivudina + Zidovudina Trizivir® Abacavir + Lamivudina + ZidovudinaKivexa® Abacavir + Lamivudina Atripla® Emtricitabina + Tenofovir + EfavirenzTruvada® Emtricitabina + Tenofovir Complera® Emtricitabina + Tenofovir + Rilpivirina

Se as recomendações diferem entre países e/ou entre regimes potencializados e não potencializados, as tabelas apresentam a opção mais cautelosa.

Anexo 6

00208

Anotacões

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Anotacões

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Apoio:

Produzido em Março/2013

10090977 - KAL - Algoritmo B&M/13 - 2a Ed. FEV/13

Este material é patrocinado por Abbott Laboratórios do Brasil Ltda.O Abbott não influenciou ou revisou o conteúdo deste material e omesmo não representa opinião da empresa de qualquer natureza.A empresa não é responsável pelo uso ou interpretação das informações aqui contidas, total ou parcialmente.O patrocínio deste material se limitou a reunião e divulgação do mesmo.