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BIOSSEGURANÇA EM QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA. Ivo Monteiro de Barros – Professor Adjunto IV Hematologia Clínica Departamento Medicina Clínica – Fac. Medicina U.F.F. Hematologista-Oncologista Clínico Hospital Clínicas Niterói. INTRODUÇÃO. O tratamento de tumores malignos na atualidade é feito após análise criteriosa onde todos os procedimentos são colocados em termos de se atingir a cura do paciente. Assim cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia , hormonioterapia , geneterapia, vacinoterapia, modificadores de resposta biológica e toda uma nova variedade de ações que visam atingir principalmente as células malignas com maior intensidade e as células benignas com menor intensidade são imediatamente postas em prática. O planejamento do tratamento de um paciente com câncer é de fundamental importância não apenas na cura do paciente , mas também na retirada da maior quantidade de massa

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Page 1: Biossegurança QT

BIOSSEGURANÇA EM QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA.

Ivo Monteiro de Barros – Professor Adjunto IV Hematologia Clínica

Departamento Medicina Clínica – Fac. Medicina U.F.F.

Hematologista-Oncologista Clínico Hospital Clínicas Niterói.

INTRODUÇÃO.

O tratamento de tumores malignos na atualidade é feito após análise criteriosa

onde todos os procedimentos são colocados em termos de se atingir a cura do paciente.

Assim cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia , hormonioterapia ,

geneterapia, vacinoterapia, modificadores de resposta biológica e toda uma nova

variedade de ações que visam atingir principalmente as células malignas com maior

intensidade e as células benignas com menor intensidade são imediatamente postas em

prática.

O planejamento do tratamento de um paciente com câncer é de fundamental

importância não apenas na cura do paciente , mas também na retirada da maior

quantidade de massa tumoral possível, quer seja por um dos procedimentos citados

acima ou pela associação de dois deles ou de todos eles. A meta é que sempre a cirurgia

seja possível pois a retirada do tumor é sempre de primordial importância. Entretanto

em casos em que a massa tumoral é muito grande por vezes inicia-se a quimioterapia ,

ou radioterapia ou as duas em conjunto , ou qualquer uma das modalidades descritas

associadas as duas para redução da massa tumoral , e posteriormente a cirurgia ablativa

com extirpação total do tumor. Por este motivo o primeiro passo no tratamento de um

paciente só deve ser feito dentro de critérios científicos muito bem elaborados e

programados.

Page 2: Biossegurança QT

Entretanto é também necessário que quem cuida tão criteriosamente dos

pacientes também se cuide com os mesmos rígidos critérios de segurança, pois a

maioria dos procedimentos que envolvem agentes quimioterápicos são cancerígenos

bem como o é também a radioterapia. Já os imunoterápicos, hormonioterápicos,

vacinoterápicos, procedimentos de geneterapia e de modificadores de resposta biológica

nem sempre são capazes de induzir modificação do perfil celular dos profissionais que

lidam com eles a fim de induzir mutações que levem ao câncer. Entretanto os cuidados

devem ser extensivos a todos os profissionais que lidam na área, como enfermeiros ,

farmacêuticos, auxiliares de enfermagem, pessoal de limpeza hospitalar e inclusive com

os familiares dos pacientes.

LIMPEZA URBANA- DEPÓSITOS TÓXICOS

A eliminação do lixo tóxico quimioterápico deve seguir rigorosos critérios de

separação e eliminação em containeres especiais que possibilitem a imediata

identificação pelos responsáveis por esta coleta de material, bem como aqueles

responsáveis por sua inativação. Embalagens especiais são fundamentais para que tais

procedimentos se processem naturalmente sem nenhum risco para os profissionais ou

para os leigos, especificamente no Brasil , onde não podemos ignorar que existe uma

população que lamentavelmente vive as custas de materiais retirados nos lixos. Estes

restos tóxicos devem ser desprezados em locais separados dos depósitos de restos

normais, e principalmente deveriam ser neutralizados ou incinerados para evitar a

contaminação do meio ambiente. Por isto aterros para lixo tóxico oriundo da

quimioterapia não são ideais para estes fins. É necessário que as companhias de limpeza

urbana se adequem para este tipo de procedimento fazendo terceirização para firmas

especializadas, com a finalidade de inativação ou neutralização dos restos de

quimioterápicos.

Page 3: Biossegurança QT

CÂNCER. CONVERSÃO NEOPLÁSICA, ONCOGÊNESE E MEIO

AMBIENTE. CICLO CELULAR.

Alguns conceitos básicos tem de ser primeiro definidos para completo

entendimento dos temas que serão analisados neste capítulo até porque de sua análise

surgirá e se desenvolverá toda a temática a ser abordada.

Tumor: é uma modificação tecidual ocasionada por qualquer tipo celular.

Tumor Benigno: é limitado, reversível e determinado por tipo celular

inespecífico.

Tumor Maligno: é ilimitado, irreversível e determinado por tipo celular

específico.

Todo tumor maligno é formado por uma célula que deveria ser normal , mas que

sofreu uma mutação induzida por qualquer agente físico, químico ou biológico

transformando-a em uma célula anormal com novo ritmo biológico e funções diferentes

das originais.

Geralmente um tumor surge e se desenvolve devido aos seguintes fatores:

Presença de oncogenes

Ausência do gen supressor do tumor.

Pelos dois mecanismos.

Existem inúmeros agentes associados ao desenvolvimento do câncer. Físicos

(radiação), químicos ( inúmeros) e virais. (4, 9, 10) Todos estes são elementos

que modificam a estrutura do ADN-ARN, por atuação direta ou indireta. Desta

forma o ritmo biológico celular é modificado, a célula não amadurece tornando-

se mutante e imatura, perdendo suas características funcionais originais do

tecido ao qual pertencia. Neste momento, se não identificada como célula

Page 4: Biossegurança QT

anormal e eliminada pelo sistema de defesa imunológico, ela se auto-perpetúa

transformando-se em um clone celular maligno. Existem vários genes com

mutações, rearranjos cromossomiais associados a neoplasias , principalmente de

origem hematológica. ( 9) Aliais a identificação destes translocações, rearranjos

e outras aberrações cromossomiais tem servido de base para diagnosticar ,

subclassificar e até mesmo como orientação de tratamento e fator de

prognóstico, principalmente nas hemopatias malignas. ( 9 ).

Outro fator a se considerar é o fato que pacientes tratados com citostáticos e com

radioterapia tem uma maior incidência de segunda malignidade, quando

comparados à população de um modo geral, o que é uma consequência das

lesões cromossomiais que foram induzidas por tais procedimentos. ( 10, 11, 12,

13, 14, 15, 17, 18, 19 ) Neste ponto há que se considerar os chamados sítios de

fragilidade cromossomial e os pontos de parada celular ( breakpoints). (12, 13,

15, 16 ). Recentes trabalhos tem mostrado que áreas de acentuada labilidade

cromossomial, também chamadas de sítios de fragilidade, são ricas em quebras

cromossomiais e rearranjamentos desempenhando um importante papel na

carcinogenesis. ( 12, 13,16). Relação entre quebra cromossomial ( breakpoint ) e

sítios de fragilidade, oncogenes, e gen supressor do tumor tem sido mostrada em

pacientes submetidos à quimioterapia antineoplásica onde se observa um

aumento da fragilidade cromossomial. (19). Embora as alterações fossem não

clonais os cromossomos mais envolvidos foram o 1, 3, 5, 6, 11, 12, 16, 17. ( 19)

Anormalidades cromossomiais são observadas com frequência em pacientes

submetidos à quimioterapia e ou a radioterapia e isto está relacionado ao

desenvolvimento de segunda malignidade sendo que a mais comum é a leucemia

aguda. ( 19, 20, 21, 22). Temos que considerar também que a medula óssea

Page 5: Biossegurança QT

hematopoiética é lesada sempre que quimioterapia ou radioterapia é feita

havendo lesão no microambiente da tecido hematopoiético. ( 23 ). É importante

alertar que as alterações de microambiente quanto às alterações cromossomiais

tem levado ao aparecimento de neoplasia secundária sendo que comumente se

destacam as leucemias agudas tanto linfóide quanto mielóide bem como as

síndromes mielodisplásicas. ( 23, 24, 25 ). Trabalhos tem mostrado que a

radioterapia tem maior potência mutagênica do que a quimioterapia. ( 26, 27).

Importante é ficar claro que tanto a radioterapia e a quimioterapia são capazes de

induzir modificações cromossomiais que facilitam o aparecimento de neoplasias.

Estas neoplasias são mais frequentes no tecido hematopoiético, entretanto

tumores sólidos ocorrem após os mesmos tratamentos embora a taxa de

incidência seja menor para estes do que para as doenças neoplásicas

hematológicas. ( 23, 24, 25, 26, 27 , 28, 29, 30, 31, 32, 33).

Page 6: Biossegurança QT

QUIMIOTERAPIA

A quimioterapia consiste na administração de drogas químicas, quer seja via

oral, venosa , intrarterial , cavitária , intramuscular que atuam interferindo diretamente

no ciclo celular , bloqueando uma sequência metabólica e com isto impedindo a divisão

ou amadurecimento celular levando a célula consequentemente a morte. É importante

ficar bem explicito que as drogas quimioterápicas atuam por interferência direta no

metabolismo celular, quer seja na duplicação do ADN, na síntese de ARN, na síntese

protêica e nas fases S, G1, G2 e M do ciclo celular, com consequente parada daquela

via metabólica e evidentemente a morte da célula. Já na fase G 0 do ciclo celular as

drogas tem praticamente nenhuma ação. (1, )

CLASSES DE DROGAS CITOSTÁTICAS.

As drogas citostáticas se dividem em diferentes classes de acordo com sua

interferência no metabolismo celular, bem como sua constituição química. As principais

classes são: alquilantes, antimetabolitos, alcalóides de plantas, antibióticos antitumorais,

enzimas, metálicas e outras. Com frequência o tratamento de um tumor é feito com um

ciclo de quimioterapia que usualmente emprega mais de uma droga sendo uma de cada

classe de um modo geral. Desta maneira são comuns os ciclos com um alquilante , um

antibiótico, um antimetabolito e um alcalóide, associados e administrados no mesmo

dia. Por vezes este procedimento é feito em sequência de dias, em infusão de 24 horas

continuamente, com todas as drogas sendo administradas juntas ou em sequência uma

após a outra, a fim de atingir o maior número de células malignas possível. Entretanto

Page 7: Biossegurança QT

este procedimento também atinge as células normais com grandes perdas. É devido a

este detalhe que a quimioterapia tem sua maior limitação na citotoxidade que atinge

diferentes células de diferentes órgãos, sendo necessário por isto a suspensão do

tratamento, com aqueles citostáticos , iniciando-se outra sequência com outras drogas

menos tóxicas àqueles órgãos, mas que invariavelmente serão mais tóxicas a outras

células de outros órgãos. (1, )

1. Agentes Alquilantes : Mustarda nitrogenada e derivados, ( mecloretamina

clorambucil, ciclofosfamida, melfalan); Etilenaminas ( trietileno melamine "TEM"

trietileno etiofosforamida "TioThepa" , Epoxidos , ( dibromomanitol,

dibromoducitol) , Alquil sulfonatos, ( bussulfan ), Nitrosoureas ( carmustine,

lomustine, streptozicin), Diaquiltriazenes, (dacarbazina).

2. Antimetabolitos: Antifolato ( metotrexato), Análogos da purina (6-mercaptopurina,

6-tioguanina, azatioprina), Análogos da pirimidina, ( 5-flourouracil, citosina-

arabinosidio).

3. Alcalóides de plantas : alcalóides da vinca ( vincristina, vinblastina , vindesine),

epipodofilotoxinas ( etoposidio "VP16, teniposide"VM26").

4. Antibióticos antitumorais: Antraciclínicos ( doxorubicina, daunoblastina,

epirubicina, idarubicina), Outros ( actinomicina D, bleomicina, mitomicina

mitramicina)

5. Enzimas : L-asparaginase

6. Metais : cisplatina, carboplatina

7. Taxanos: paclitaxel , docetaxel

8. Inibidores da Topoisomerase I : topotecam, irinotecam

9. Inibidores da timidilato sintetase : raltitrexate

Page 8: Biossegurança QT

10. Análogos de nucleosídeos : gemcitabine, fludarabina, capecitabina, leustatin ( 2-

CDA)

11. Retinóides e agentes de diferenciação : ácido all-transretinóico , tretinoin,

arotinoid ,

12. Outros : Procarbazina, hexamethylmelanine , hidroxiuréia, razoxane, mitotane,

amsacrine, mitoxantrone.

Page 9: Biossegurança QT

CICLO CELULAR E QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA.

LESÕES INDUZIDAS POR DROGAS.

Existe uma relação direta entre fases do ciclo celular e ação da quimioterapia

antitumoral . Diferentes classes de drogas, por vezes tem ações específicas sobre

determinadas fases do ciclo celular e em outros momentos são inespecíficas.

As fases do ciclo celular são :

G0 : fase de repouso, em que a célula está praticamente em estado de vida latente. Nesta

fase a célula não é atingida pela quimioterapia.

G1 : fase de intensa atividade de captação de nutrientes e início de síntese protêica.

Nesta fase a célula é facilmente atingida pela quimioterapia porque praticamente todas

as drogas , a exceção dos derivados da vinca e do epipodofilotoxin , atuam nesta fase.

S : fase de grande síntese protêica. Nesta fase a célula é atingida por todas as drogas que

interferem na síntese de proteínas.

G2 : fase preparatória para mitose. Nesta fase existe também morte celular por ação de

quimioterápicos, apesar de ser em menor intensidade.

M : fase de mitose. Nesta fase atuam os derivados da vinca e as epipodofilotoxinas,

parando a mitose e desta forma causando a morte celular. ( 2, )

Como podemos observar existe um momento certo para que os citostáticos

exerçam suas funções com maior aproveitamento de acordo com a fase do ciclo em que

a célula se encontra. Entretanto podemos otimizar e potencializar esta ação fazendo

quimioterapia sequencial ou em infusão de 24 horas. É preciso lembrar porem que em

infusão de 24 horas também potencializamos o efeito tóxico nas células normais.

Page 10: Biossegurança QT

CUIDADOS NA PREPARAÇÃO E NA ADMINISTRAÇÃO DOS AGENTES

QUIMIOTERÁPICOS.

Todos os agentes quimioterápicos devem ser preparados por profissionais

altamente qualificados e treinados especificamente para tal procedimento. Uso de

capelas de segurança biológica de classe II com sistema de filtro, fluxo laminar, de

preferência com eliminação para o exterior e proteção total. A área deve ser de acesso

restrito a pessoal treinado e em local isolado dos demais locais. Não é permitido o

acesso ou contato com público de um modo geral.( 3, 5, 6 ).

As regras básicas de trabalho são:

Preparação das Drogas.

Todo agente quimioterápico deve ser preparado por profissional especificamente

treinado para tal procedimento.

A área de preparo deve ser isolada para evitar interrupções, minimizar riscos de

acidentes e de contaminações. Deve estar situada em área restrita a fim de evitar

fluxo de pessoas.

Alimentar-se, beber, fumar, e aplicar cosméticos são procedimentos totalmente

proibidos, durante a preparação dos agentes quimioterápicos.

A superfície de trabalho deve ser coberta com plástico absorvente para diminuir o

risco de contaminação. A superfície de trabalho absorvente deve ser eliminada

diariamente com cuidados especiais e se possível adicionar neutralizantes para as

drogas mais agressivas no caso de acidente que determine o extravasamento de

droga tóxica na superfície absorvente.

A técnica de preparo deve ser rigorosamente asséptica.

Page 11: Biossegurança QT

As recomendações do fabricante do medicamento quanto à compatibilidade de

soluções, a compatibilidade com outras drogas, a estabilidade da droga e

sensibilidade a luz devem ser rigorosamente seguidas.

A concentração final mg/ml contida na prescrição tem de ser rigorosa.

Luvas cirúrgicas estéreis com pelo menos 0,007 inches de espessura devem ser

usadas. As luvas devem ser trocadas sempre que houver contaminação com

quimioterápico, como extravasamento ou respingos, e sempre que mudar de ciclo

por paciente.

Avental longo de boa textura , totalmente fechado na parte da frente e de preferência

impermeabilizado devem ser usados durante todo procedimento.

Goros, máscaras impermeáveis e óculos de plástico devem ser usados sempre que

em atividade. Caso não se trabalhe com capela de fluxo laminar vertical classe II ,

deve ser usado máscara com filtro próprio para purificação do ar respirado.

Para que se evite a aerosolização, um protetor contra aerossol deve ser usado.

No frasco contendo o preparado deve ser afixada informação sobre o produto, se

vesicante ou não e cuidados essenciais no manuseio.

O pessoal de transporte da droga até o local de aplicação deve receber treinamento

especial em como intervir em caso de acidente. Containeres especiais devem servir

para o transporte da droga Estes containeres devem ser térmicos para evitar

variações extremas de temperatura , que podem inativar as drogas, e devem ser

também a prova de choque, principalmente se as drogas forem transportadas para

serem administradas em outro hospital ou ambulatório de quimioterapia.

As pessoas que transportam as drogas devem trazer junto com elas os materiais

necessários para intervenção imediata, como luvas protetoras, aventais, gorros,

mascaras, protetores para olhos, plásticos absorventes, com capacidade para 250 ml

Page 12: Biossegurança QT

cada para serem colocados sobre a região do derramamento, enquanto comunicam a

central de preparação sobre o ocorrido.

Substâncias neutralizadoras , como bicarbonato de sódio e álcool a 70 % para

limpeza da área afetada.

Administração dos Agentes Quimioterápicos.

Todo agente quimioterápico só deve ser administrado por profissionais com

treinamento especializado para tal procedimento. Estes profissionais devem

conhecer o funcionamento básico das substâncias a serem administradas ,

O profissional deve estar totalmente paramentado com goro, óculos, máscara,

avental completo do tipo cirúrgico e luvas. Se eventualmente houver qualquer

contaminação da vestimenta , deve ser providenciada a troca imediata.

Confrontar com a prescrição médica feita para o paciente.

Verificar se os medicamentos contem nome do paciente, nome e quantidade da

droga, líquido diluidor, integridade dos frascos e ou seringas que contem a droga.

Verificar se a solução esta límpida e sem contaminação.

Verificar a via de administração, tempo total de infusão e a quantidade de droga,

mg/ml/min. a ser administrada.

Punção venosa rigorosa, checar retorno venoso. Avaliar se não existe possibilidade

de extravasamento, pois grande parte das drogas são vesicantes e ou irritantes.

Ser hábil para identificar reações anômalas e indesejáveis, como alergias, hipotensão

e anafilaxia.

Qualquer contato das soluções contendo as drogas com a pele devem ser evitadas,

entretanto se acidentalmente acontecerem a pele deve ser lavada intensamente com

água e sabão.

Page 13: Biossegurança QT

Em acidentes envolvendo os olhos devem ser imediatamente lavados com água, de

preferência isotônica, durante pelo menos 10 minutos e procurar médico para

continuidade de tratamento.

Eliminação dos Restos da Quimioterapia

Todos os restos de quimioterápicos devem ser tratados com cuidados especiais que

eliminem toda e qualquer possibilidade de contaminação do pessoal responsável

pela limpeza do ambulatório de quimioterapia.

A eliminação deve ser feita em containeres e sacos especiais de cor diferentes com o

logotipo que indica perigo, material de risco.

As secreções corporais dos pacientes em regime hospitalar que recebem ou

receberam quimioterapia prévia 48 horas antes ou que ainda estão recebendo em

infusão contínua, devem ser isoladas em containeres especiais, marcadas com

logotipo de material de risco, e eliminadas da mesma forma que os restos de

soluções de quimioterapia.

A companhia de limpeza urbana deve ser notificada que existe coleta de lixo com

material hospitalar e informada sobre os tipos de produtos que são eliminados por

aquele serviço.

As agulhas devem ser descartadas em material apropriado e provido de destruidor de

ponta.

Seringas , frascos de soro, equipos e todos os demais materiais que tiverem contato

com as drogas quimioterápicas devem ser neutralizadas pelo serviço de limpeza

urbana ou incinerada antes de sua eliminação em local apropriado. Estes restos não

devem nunca ser eliminados junto com o lixo comum, mas sim em locais

predeterminados.

Page 14: Biossegurança QT

DROGAS , AÇÃO TÓXICA , MALIGNIDADE SECUNDÁRIA,

METABOLISMO EXCREÇÃO FÍGADO E RINS.

Drogas Ação Tóxica Malignidade Secundária

Anastrozole Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica, ginecológica.

Não conhecida

Asparaginase Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

renal, cardíaca,

Mutagênica, carcinogênica

Bleomicina Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica,

Mutagênica, carcinogênica

teratogênica

Busulfan Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Mutagênica, carcinogênica

teratogênica

Capecitabine Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Não conhecida

Paraplatina Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Mutagênica e possivelmente

teratogênica

Carmustine Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Leucemia, displasia medula

óssea mutagênica, teratogênica

Clorambucil Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Leucemia aguda, mutagênica,

carcinogênica, teratogênica

Cisplatina Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Leucemia, displasia medula

óssea mutagênica, teratogênica

Cladribine Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Não conhecida

Ciclofosfamida Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênica, mutagênica

malignidades secundárias

Citarabina Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Mutagênica, teratogênica

Page 15: Biossegurança QT

Drogas Ação Tóxica Malignidade Secundária

Dacarbazina Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênica, mutagênica ,

teratogênica

Dactinomicina D Hematológica, gastrointestinal, hepática, renal, cardíaca,

dermatológica

Malignidade secundária pode

ocorrer. Pode ser mutagênica

Daunorubicina Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênica , teratogênica

Docetaxel Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Estudos sobre possível indutor de

malignidade não concluídos

Doxorubicina Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênica, mutagênica ,

teratogênica

Estramustine Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênica , mutagênica

Etoposido Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênica

Fludarabine Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênica

5-Fluorouracil Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Mutagênica , teratogênica

Gemcitabine Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênica

Hidroxiuréia Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Mutagênica, teratogênica .

Carcinogênica ?

Idarubicina Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênica , mutagênica

Ifosfamida Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênica, mutagênica ,

teratogênica

Irinotecan Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Teratogênica e embriotóxica em

animais de laboratório.

Page 16: Biossegurança QT

Drogas Ação Tóxica Malignidade Secundária

Lomustine Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênica , mutagênica,

teratogênica

Mustarda

nitrogenada

Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Malignidades secundárias e

várias aberrações cromossomiais

Melfalan Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Leucemia aguda, mielodisplasia

teratogênica mutagênica

6-Mercaptopurina Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênica, induz aberrações

cromossomiais

Metrotexate Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Pode induzir risco de neoplasia

de forma indireta.

Mitomicina C Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênica

Mitoxantrone Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênica

Paclitaxel Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênico

Pentostatina Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Teratogênica

Mitramicina Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Não foi descrita

Procarbazina Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênica, mutagênica

teratogênica

Tamoxifen Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinoma endometrial

Teniposide Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Leucemia aguda, carcinogênica

Tioguanina Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênica , mutagênica ,

teratogênica.

Page 17: Biossegurança QT

Drogas Ação Tóxica Malignidade Secundária

Tiotepa Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Leucemia aguda, carcinogênica,

mutagênica, teratogênica

Topotecan Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Carcinogênica, É mutagênica e

clastogênica em animais.

Vinblastina Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Leucemia aguda, quando junta a

drogas como alquilantes.

Vincristina Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Malignidade secundária junto a

outras drogas tóxicas

Vinorelbine Hematológica, gastrointestinal, respiratória, neurológica,

hepática, renal, cardíaca, dermatológica

Ainda não conhecido

Page 18: Biossegurança QT

TRATAMENTO DO EXTRAVASAMENTO DE DROGAS CITOSTÁTICAS.

SINAIS DE EXTRAVASAMENTO.a) Diminuição do fluxo de soro ou parada totalb) Paciente queixa-se de queimação, dor ou agulhada.c) Edema ou vermelhidão na área da punção venosa.d) Parada de retorno venoso.

CONDUTA TERAPÊUTICA IMEDIATA. ( NÃO RETIRAR A AGULHA )a) Interromper a administração do medicamento imediatamente.b) Manter a agulha no local. IMPORTANTÍSSIMOc) Aspirar pela agulha a medicação residual.d) Puncionar e aspirar com seringa de insulina o tecido adjacente.e) Injetar Bicarbonato de sódio 8,4 %, em torno de 5 ml pela agulha onde

extravasou. Com elevação do Ph local ocorre neutralização das seguintes drogas: carmustina, daunorubicina, doxorubicina, epirubicina, fluorouracil e mitomicina.

f) Injetar Dexametasona 4 mg/ml pela mesma agulha. Reduz reação inflamatória, limitando o processo de necrose, para as seguintes drogas: daunorubicina, doxorubicina, epirubicina, mitomicina.

g) Compressas: aquecidas para os seguintes produtos: vincristina, vimblastina, vinorelbine, etoposido e teniposido.

h) Compressas: geladas para todos os demais citostáticos.

Page 19: Biossegurança QT

ANTÍDOTOS ESPECÍFICOS

Classe de citostático Antídoto local recomendado

Procedimento específico

Agentes alquilantes, cisplatinaMecloretamina HCl

Tiossulfato de sódio a 1/3 ou 1/6 M

Misturar 4 a 8 ml de tiossulfato de sódio 10 % com água estéril. Injetar 2 ml IV por cada mg de Mecloretamina ou 100 mg de cisplatina. Injetar também no tecido subcutâneo.

Mitomicina Solução de Dimetilsulfóxido 50 a 80 %

Injetar 1,5 ml no local de 6/6 hs por 14 dias. Não cobrir e nem molhar a lesão.

Antraciclínicos e ADN bloqueadores

Solução de Dimetilsulfóxido 50 a 80 % e compressa gelada

Injetar 1,5 ml no local de 6/6 hs por 14 dias. Alternar compressa gelada cada 15 minutos durante 24 hs.

Amsacrine Solução de Dimetilsulfóxido 50 a 80 %

Aplicar 1,5 ml no local de 6/6 hs durante 14dias. Não cobrir e nem molhar a lesão.

Alcalóides da Vinca Compressa morna e Hialuronidase

Compressa morna por 60 minutos e depois a cada 15 minutos por 24 hs. Misturar 150 unidades de hialuronidase com 3 ml de salina, 1 ml para cada 1 ml extravasado, injetar IV, depois administrar no tecido subcutâneo adjacente.

Epipodofilotoxin, Etoposido, Teniposido

Hialuronidase e compressa morna

Compressa morna por 60 minutos e depois a cada 15 minutos por 24 hs. Misturar 150 unidades de hialuronidase com 3 ml de salina, 1 ml para cada 1 ml extravasado, injetar IV, depois administrar no tecido subcutâneo adjacente.

Taxanos, Paclitaxel Compressa gelada e Hialuronidase

Compressa gelada por 60 minutos e depois a cada 4 hs durante 24 hs. Misturar 300 unidades de hialuronidase com 3 ml de salina, 1 ml para cada 1 ml extravasado, injetar IV, depois administrar no tecido subcutâneo adjacente.

Dactinomicina, Mitomicina

Ácido ascórbico 50 mg/ml Injetar 1 ml pela agulha já puncionada. Dimetilsulfóxido 50 a 80 % 1,5 ml no local do extravasamento de 6/6 hs por 14 dias.

Contato: Ivo Monteiro de Barros, Av Amaral Peixoto 455/603, Centro Niterói RJ 24020072

e-mail – [email protected] Tel ( 21) 26132481 Fax (21) 26134974 – (21) 26059528 – (21)26088430

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