grupo pb - kit pedagógico

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Projeto Geração Cool

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Empreendedorismo e inclusão social | educação não formal | grupos

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Empreendedorismo e inclusão social | educação não formal | grupos informais |

“Grupo PB”

KIT PEDAGÓGICO

1

2

Índice

3

Introdução

Este Kit Pedagógico de utilização autónoma retrata o

processo de constituição do grupo informal de jovens

Putos do Bairro, tendo por base um conjunto de

atividades desenvolvidas ao nível do empreendedorismo

e inclusão social, da educação não formal e do

desenvolvimento de competências pessoais, sociais e

profissionais.

Tratando-se de uma estratégia de animação e

mobilização dos jovens e da comunidade através da

realização de iniciativas e ações que envolvem mediação

e várias componentes técnicas, este recurso pode servir

de apoio aos ténicos e animadores sócio- culturais que

trabalham em contextos juvenis no âmbito de projetos

de intervenção social, associações, escolas, instituições e

outras que assim o considerem relevante.

Os protagonistas e os beneficiários deste processo são,

não só jovens descendentes de imigrantes e minorias

étnicas provenientes de contextos socioeconómicos mais

vulneráveis mas também os da própria comunidade da

freguesia de Caparica e numa visão mais macro, do

Concelho de Almada, dado o conjunto de problemáticas

sociais que os caraterizam, nomeadamente inexistência

de projetos de vida futuros, baixas expetativas,

desvalorização das suas competências e capacidades nas

diversas áreas, fraca auto-estima, fechamento e falta de

4

mobilidade, baixos níveis de escolaridade, desocupação,

desemprego, entre outras.

Assim, este Kit PB aposta num conjunto de competências

técnicas que assegurem a qualidade da execução ténica

assim como a formação dos jovens ao nível da aquisição

e desenvolvimento de competências específicas nas

áreas de animação e dinamização comunitária, tendo em

vista a promoção da sua autonomia e responsabilização.

É um instrumento pedagógico que inclui fundamentação

teórica, instrumentos e ferramentas ténicos utilizados;

narrativa de prática e avaliação/impato do recurso. O Kit

estará disponível nos vários espaços de intervenção de

acordo com as necessidades identificadas pelas equipas

técnicas, no seu formato original, acompanhado por uma

sessão de apresentação.

Assim será importante assumir este recurso como uma

ferramenta de intervenção pensada para a utilização

autónoma de vários actores enquadrados noutros

contextos e situações de intervenção, já que é um

produto inovador que contribui para promover a

inclusão social destes jovens tendo em vista o reforço da

coesão social e igualdade de oportunidades. Pode, sem

dúvida, melhorar a prática dos projetos e organizações

uma vez confirmada a sua pertinência, mais-valia e

utilidade nos respetivos territórios de intervenção.

5

“Este recurso Escolhas é uma metodologia e pedagogia de animação

capaz de mobilizar os jovens e a comunidade assim como facilitar a

concretização dos objetivos definidos”.

6

Enquadramento teórico e

concetual

O projeto Putos do Bairro tem na sua base, um grupo

informal de doze jovens entre os quinze e os vinte e um

anos de idade, estudantes e residentes no Monte de

Caparica, que se constituiu em Janeiro de 2010 no

âmbito do projeto Geração Cool promovido pela Santa

Casa da Misericórdia de Almada e financiado pelo

Programa Escolhas.

Os PB apostam na área estratégica do

empreendedorismo e capacitação dos jovens, tendo em

vista a realização de projectos planeados,

implementados e avaliados pelos mesmos, capazes de

promover a participação e co-responsabilização na

escuta ativa de interesses comunitários assim como na

mobilização dos recursos necessários à concretização

das suas iniciativas.

A coesão e a motivação para o crescimento deste

projeto assim como as reuniões de trabalho regulares e

assembleias de jovens têm possibilitado a sua afirmação,

levando à comunidade, ao bairro e ao concelho de

Almada, um conjunto de atividades que despertam

novas expectativas e interesses e que contribuem para

novas sociabilidades face a uma visão algo negativista do

7

percurso de vida presente e futuro dos jovens e que

indiscutivelmente, condiciona a sua participação cívica e

a sua mobilidade juvenil.

É um projeto empreendedor liderado por jovens

criativos, participativos e capazes, com dois princípios

orientadores: o de criar e disponibilizar produtos

comunitários que elevem a imagem da comunidade, do

bairro e da freguesia com reflexos positivos nas práticas

e vivências de cada um; e o de angariar e (re) investir

verbas com vista a realização de novos projetos e

desafios nesta terra de oportunidades.

Assim, esta ideia PB enquanto projeto inovador e de

promoção do desenvolvimento local vem no seguimento

de um trabalho de reflexão e de participação ativa, onde

o grupo definiu e auto-avaliou-se como um todo, com a

missão de aprender e crescer enquanto grupo e pessoas

singulares nesta sociedade, capaz de retribuir a amizade

e a união dos jovens, respeitando a diversidade cultural,

a liberdade de expressão e a cumplicidade através deste

compromisso.

Claramente se assume como um projeto interventivo de

raiz, onde as campanhas e iniciativas de divulgação,

marketing social e sensibilização a que se propõe são a

chave principal para a desconstrução de estereótipos e

preconceitos em relação a estes jovens, a estes

moradores e a este território e consequentemente, para

uma reafirmação do capital cultural local.

8

Na prática, este projecto transporta gerações

dest´Almada para um mundo empreendedor e inovador

juvenil, proveniente de contextos socioeconómicos

vulneráveis, onde esta juventude é a grande

impulsionadora da tolerância e do respeito mútuo, que

elevam a um patamar acima do que é expectável, a

capacidade de aprender e de liderar, de apostar e de

melhorar, e que gradualmente, enriquece o espaço

social de todos nós!

9

Identidade Putos do Bairro

É um grupo informal de jovens;

É a vivência com o outro;

É trabalho de equipa e expressão de ideias;

É ter um conjunto de objetivos a atingir;

É amizade, convivência, emoção, felicidade e união entre nós;

É organização de eventos para os que frequentam o espaço;

É bom ambiente e cumplicidade;

É trabalho comunitário;

É respeito, entreajuda, união e partilha;

É trabalhar em conjunto;

É confiança nos colegas;

É aprender novas coisas;

É uma forma de retribuir;

É integração;

É um compromisso;

É ocuparmos os tempos livres a fazer coisas mais importantes;

É “very cool”;

É expressar as ideias e opiniões;

Pois… a união faz a força!

10

“Aprender e crescer enquanto grupo e pessoa, comunidade, de forma a valorizar o grupo e o bairro”.

“Nós somos uma forma de retribuir a amizade, respeito pela união de jovens, respeitando a entreajuda e

cumplicidade através de um compromisso”.

“O mais importante para nós é que o grupo nunca se parta!”

Retiro dos Putos do Bairro 2010

11

Onde se constituem? Espaço de Ideias PB

Os PB são um grupo informal de jovens que se forma e

se consolida através do seu envolvimento e participação

nas atividades e no seu espaço de ideias, onde realizam

as suas reuniões de trabalho semanais e assembleias de

jovens de caráter semestral tendo em vista a discussão e

partilha de valores e objetivos, articulação e gestão de

recursos (humanos, logísticos e financeiros), distribuição

de tarefas, calendarização e avaliação das atividades.

As funções de cada elemento são definidas no espaço de

ideias PB de acordo com o plano de atividades em vigor,

onde as atividades são pensadas, discutidas, definidas e

desenvolvidas pelo grupo com a orientação do animador

que acompanha o grupo semanalmente.

O animador surge como um elemento observador,

moderador e orientador das suas ações que,

gradualmente, lhes transmite um conjunto de

ferramentas de trabalho de caráter social, pessoal e

profissional. As suas competências técnicas são

fundamentais neste processo, na medida em que a sua

intervenção passará claramente, por trabalhar com cada

elemento individualmente e depois em grupo,

indicadores centrais como o autoconhecimento, a

autoestima e expectativas, o sentimento de pertença e a

12

autonomia para uma maior coesão, participação e

responsabilização.

Neste sentido, o animador deverá ter experiência na

área de animação sociocultural, alguma sensibilidade

para diferentes situações e contextos socioculturais,

facilidade de interação e de comunicação, conhecimento

do território de intervenção e domínio de alguns termos

ténicos tais como empreendedorismo, empowerment

comunitário, multiculturalidade, interculturalidade,

planeamento e gestão e associativismo para o

desenvolvimento deste projeto.

Sugere-se que participe na sessão de apresentação do

recurso e na sessão de adequabilidade do mesmo ao

grupo e ao território a que se propõe intervir, onde

poderá levantar algumas questões práticas de

implementação do projecto.

Ficam aqui algumas noções que deverão ser

aprofundadas e reajustadas à realidade na qual se

intervém:

Empreendedorismo – iniciativas, programas e ou ações,

com ou sem fins lucrativos, feitos com o objetivo de

resolver problemas sociais, culturais e ou ambientais da

comunidade, para que esta se desenvolva de forma

sustentável, apostando no seu capital social e cultural.

Empowerment comunitário – é um processo de

reconhecimento, criação e utilização de recursos e

13

instrumentos pelos indivíduos, grupos e comunidades no

seu espaço e no meio envolvente, que se traduz num

acréscimo de poder psicológico, político, económico e

sociocultural, que os permite aumentar o exercício da

sua cidadania. O seu objetivo é fortalecer em direitos e

participação, indivíduos, grupos ou população, sujeitos a

discriminação e exclusão, ou seja, fortalecer a efetivação

participação dos cidadãos na vida social, económica,

política e cultural. Por outro lado, procura lutar contra a

opressão, fiscalizando poderes e interesses económicos

para uma distribuição mais equitativa dos recursos.

Minorias étnicas e imigrantes, intervenção, comunitária,

desenvolvimento sustentável e promoção de direitos de

cidadania são algumas das áreas de aplicação da

metodologia do empowerment.

Multiculturalidade – pressupõe a existência de duas ou

mais culturas numa localidade, cidade ou país, sem que

uma delas predomine, formando o chamado “mosaico

cultural”. A Multiculturalidade leva à relação de várias

pessoas diferentes, ou seja, ao contato de várias culturas

diferentes e isso pode ser tomado como um aspeto

positivo na medida do enriquecimento pessoal de cada

pessoa. Contudo, existem culturas

preconceituosas relativamente a outros tipos de culturas

que podem gerar conflitos entre os povos.

Interculturalidade – metaforicamente “é uma salada de

frutas que não anula os diferentes sabores presentes no

todo”. A interculturalidade tem lugar quando duas ou

14

mais culturas entram em interação de uma forma

horizontal e sinérgica. Para tal, nenhum dos grupos se

deve encontrar acima de qualquer outro, favorecendo

assim a integração e a convivência das pessoas. Este tipo

de relações interculturais implica ter respeito pela

diversidade, embora, o aparecimento de conflitos seja

inevitável e imprevisível, mas que podem ser resolvidos

através do respeito, do diálogo e da

concertação/assertividade. Por outro lado, a

interculturalidade consegue-se através de três atitudes

básicas, nomeadamente a visão dinâmica das culturas, o

fato de se acreditar que as relações quotidianas têm

lugar através da comunicação e a construção de uma

ampla cidadania com igualdade de direitos.

Sinergia – passa por potenciar recursos e resultados já

que o empowerment assenta em relacionamentos

sinergéticos. Está relacionada com o conceito de

parceria, em que cada parceiro coloca uma contribuição

para um fim comum.

Planeamento e gestão - consiste na escolha dos

objetivos da associação/grupo a médio e longo-prazo e

na previsão dos meios e formas para que esses objetivos

tenham maiores probabilidades de serem alcançados.

Passa a existir uma linha de rumo, introdução de

objetivos futuros, eliminação de pontos fracos e

definição de estratégias para o melhor aproveitamento

das oportunidades, possibilitando um melhor

desenvolvimento da associação.

15

Associativismo - é qualquer iniciativa formal ou informal,

que reúne um grupo de empresas ou pessoas, com o

objetivo principal de superar dificuldades e gerar

benefícios económicos, sociais ou políticos. O

Associativismo está presente em entidades como

associações comerciais, industriais e rurais; sindicatos;

cooperativas; parcerias ou associações de interesse

cultural, económico, social ou político.

Assim e tendo em conta os objetivos deste projecto

consideram-se essenciais duas fases de

acompanhamento/monitorização:

- Uma primeira fase, em que o animador conhece os

elementos que compõem o grupo, escuta e faz um

despiste de ideias, dos pontos fortes e fracos em termos

de caraterísticas dos elementos e do próprio grupo

(homogeneidade/heterogeneidade do grupo ao nivel da

etnia, fatores culturais e sociais, escolaridade, idade,

sexo, entre outros), observa as dinâmicas do grupo e

interage como um elemento facilitador sempre que

considere pertinente;

- E uma segunda fase, quando o grupo já está formado

com objetivos mais claros e concretos, fazendo-se

representar por um líder escolhido pelos elementos do

grupo, em que o animador orienta e apresenta ao

grupo, um conjunto de aspetos e instrumentos técnicos

com os quais poderão trabalhar para o cumprimento dos

seus objetivos: calendarização de reuniões e assembleias

16

de jovens (horários, regularidade e quem preside),

realização de atas (quem redige, alternadamente ou

não), folha de presenças (marcação de faltas e presenças

dos elementos), plano de atividades, (mapa de

calendarização para determinado período de ação),

auscultação de interesses e necessidades junto dos

jovens e da comunidade, metodologias de avaliação

(inquéritos de atividades), mapa de orçamento

(viabilidade de gastos e respetivas rubricas), entre

outros.

Contudo, estamos a falar de um grupo de jovens! Logo é

importante respeitar o seu ritmo de trabalho para

manter a continuidade do processo, basear as ações nas

preferências e necessidades expressas pelo grupo e

incentivar a participação ativa de todos os elementos

nos momentos de decisões de ações.

17

Narrativa da prática

PB em Ação

Este recurso começou a ser implementado no projeto a

partir do momento em que surgiram as primeiras

reuniões informais e as primeiras ideias lançadas por

alguns jovens do projeto.

Passámos a registar ideias, a equacionar a viabilidade de

cada uma delas e muitas vezes, a arriscar… assim este

grupo juvenil PB começou a dinamizar iniciativas

próprias dirigidas aos jovens e à comunidade local

reforçando não só a sua participação no planeamento,

implementação e avaliação das atividades como também

procuram ser uma resposta de ocupação dos tempos

livres, de requalificação de espaços degradados e

valorização do bairro e sua comunidade para uma

possível diminuição da infoexclusão, fraca participação

cívica e mobilidade juvenil. Promoveram atividades de

mobilidade juvenil e contato com outras realidades e

grupos, através dos intercâmbios e encontros nacionais e

internacionais como também, através do seu espaço de

marketing Made In Monte Kapta onde produzem

materiais comunitários disponibilizados à comunidade

nos mais variados formatos.

Para a realização e desenvolvimento destas atividades e

recursos previstos é necessário ter um conjunto de

18

recursos humanos, materiais e financeiros que devem

ser garantidos aquando da planificação das mesmas e de

acordo com a especificidade de cada uma delas. Antes

de mais, é importante o reconhecimento da sede ou

local onde o grupo reúne e manifesta o sentimento de

pertença, como sendo “Seu”! É no núcleo que se avalia a

necessidade de utilizar outros espaços e portanto, as

sinergias são fundamentais, já que poderão recorrer aos

parceiros formais e informais tendo em vista a

negociação de outros espaços ou serviços. Vamos

analisar alguns exemplos:

Foto de grupo da Campanha “Usa-me 100 Maneiras”

19

Campanha “Usa-me 100 Maneiras”

“Da peça de roupa interior e tradicionalmente escondida,

os boxers passaram a ser uma forma de afirmação

estética e identitária. Irreverência e ousadia são a

imagem de marca de uma cultura urbana e juvenil”.

O primeiro produto dos Putos do Bairro, Made In Monte

Kapta: Boxers! O grupo trabalhou arduamente para a

Campanha “Usa-me 100 Maneiras” nas várias etapas:

definição do produto, análise do orçamento

disponibilizado, planeamento e distribuição de tarefas e

posterior, aquisição de boxers em grande quantidade,

criação do logótipo PB, estampagem, sessão de

cabeleireiro e maquilhagem para os manequins e

respetiva sessão fotográfica. O papel dos animadores foi

de extrema importância, na medida em que reforçaram

positivamente o trabalho do grupo e permitiram o

desbloqueio de situações de carácter mais burocrático

junto de outros atores sociais.

Este produto teve o seu lançamento oficial no dia 29 de

Maio, no Festival d’África 2010, disponível à comunidade

pelo valor simbólico de 5euros, em seis cores diferentes

e quatro tamanhos. Foram vendidos sessenta boxers!

As parcerias informais estabelecidas (cabeleira,

maquilhadora e fotógrafo) contribuíram para o sucesso

20

desta iniciativa, já que colaboraram com os PB, a título

de voluntariado. Para promover ainda mais esta

iniciativa, a equipa de Programa Nós em parceria com a

equipa de comunicação do Programa Escolhas

realizaram uma reportagem com alguns jovens que

integram os Putos do Bairro e a equipa do projecto,

focando os objetivos desta iniciativa e testemunhos dos

envolvidos, enquadrados na medida do

empreendedorismo e capacitação dos jovens.

“Usa-me 100 Maneiras” foi uma divertida iniciativa dos

Putos do Bairro centrada nesse objeto… os boxers!

Sessão fotográfica: Teresa, Vitor, Jéssica e Liliana (Maio 2010)

21

Para a realização desta atividade em concreto foi

necessário ao nivel dos recursos:

- Contatar tipografia para pedido de orçamentos de

estampagem do logótipo e respetivos prazos de entrega;

- Contatar fotógrafo e maquilhadora para apresentação

de projecto e posterior marcação de dia para a

realização da sessão;

- Adquirir os boxers;

- Criação de logótipo;

- Estampagem dos boxers;

- Campanha de promoção do produto junto dos jovens

através de uma sessão fotográfica.

Como aspetos positivos salientou-se a disponibilidade

dos jovens para a sessão fotográfica e motivação e

entusiasmo do grupo para a realização e divulgação do

produto, embora tenha existido alguns momentos de

tensão face ao acumular de tarefas que cada elemento

teve que realizar para o sucesso desta ação.

22

Shopping Comunitário

A atividade Shopping Comunitário enquadrada nas

iniciativas do Escolhas Portas Abertas 2010, contou com

o apoio e dinamização do grupo Putos do Bairro, com

um impacto bastante positivo na comunidade. Fizeram

uma campanha de recolha de peças de vestuário,

calçado, brinquedos, acessórios, bijutarias, e outros

junto dos parceiros, instituições, grupos de amigos e

posteriormente, durante dois dias. Os PB/Geração Cool

abriram as portas à comunidade, transformando o

espaço num centro comercial comunitário, constituído

por pequenas lojas de "comércio". Os objetos recolhidos

foram vendidos ao público a um preço simbólico,

havendo ainda um momento de leilão. Com esta

iniciativa, os Putos do Bairro procuram disponibilizar à

comunidade um conjunto de bens que contribuíssem

para o bem-estar de algumas crianças, jovens e famílias.

Shopping Comunitário aberto ao público (Dezembro 2010)

23

Para a realização desta atividade, foi necessário:

- Definição do período de entrega de objetos na sede do

projecto;

- Divisão dos objetos por categorias;

- Definição de preços simbólicos;

- Organização do espaço por lojas;

- Adequação de horários de abertura e encerramento do

Shopping;

- Distribuição de tarefas pelo grupo de trabalho.

Após a concretização desta iniciativa, o grupo em

conjunto com o animador realizaram a avaliação da

mesma com apresentação de aspetos conseguidos e

constrangimentos. Dada à época festiva do Natal, os

objetos tiveram uma boa aceitação junto da comunidade

embora tenha havido alguma hesitação e vergonha de

em adquirir objetos já usados, seminovos e até mesmo

novos (identificação de fragilidades socioeconómicas de

agregados familiares).

24

Calendários PB

Já no final de ano 2010, em Dezembro, os PB produziram

um novo produto – um calendário de mesa - com a

apresentação dos principais pontos fortes de orientação

deste grupo ilustrados com fotos de atividades:

valorização do bairro, alcançar objetivos, organização de

eventos, very cool, entreajuda, cumplicidade,

convivência e conjunto de ideias. Os sessenta

calendários impressos foram distribuídos gratuitamente

pelo comércio local do Plano Integrado de Almada (PIA),

instituições locais e parceiros formais e informais do

projecto Geração Cool como forma de promoção e

marketing do grupo, com boa recetividade de todos.

O grupo PB organizou-se em todo o processo,

nomeadamente:

- Elaboração do protótipo do calendário, com a escolha

do formato,

- Seleção de fotos, legendas, cores, logótipos, entre

outros aspetos;

- Formação de equipas de trabalho constituídas por três

ou quatro jovens para distribuição dos calendários

durante dois dias, da qual resultou numa simpatia dos

comerciantes e reconhecimento do grupo.

25

Atividades regulares PB

Hip Hop Alive 2011

Das imensas atividades calendarizadas pelos PB, ao

longo destes dois anos será de destacar as Sessões de

CoolCinema, Torneio de Pes-Playstation, Intercâmbio

Juvenil Internacional a Saragoça, Festival d´Africa, Cool

White Sensation Party, Piscinas Albufeira (Slide & Splash

e AquaShow), Haloween Party, Pascool Party, Festa de

Carnaval, Intercâmbio Rota Jovem, Churrasco de Verão,

Hip Hop Alive e Festa Havaiana.

26

Cartaz de divulgação de evento

27

KAPTA VCM – Vozes, Corpos e

Movimento

Quinzena da Juventude 2011/CMA

“KAPTA VCM – Vozes, Corpos e Movimentos” foi um

evento artístico e cultural que se realizou no dia 26 de

Março de 2011, das 18h às 21h, na Casa Amarela

(Laranjeiro), no âmbito da Quinzena da Juventude da

Câmara Municipal de Almada. Este evento pretendeu ser

uma atividade de grande envolvência e de divulgação de

jovens talentos emergentes na área da música e dança

do Concelho de Almada, com especial enfoque para os

jovens artistas revelação com trabalho desenvolvido nos

ateliês de Dança e Produção Musical do projecto

Geração Cool/SCMA.

Organizado e dinamizado pelo grupo informal “Putos do

Bairro”, KAPTA VCM, procurou não só aumentar as suas

competências enquanto grupo organizador como

também valorizar as potencialidades artísticas da

comunidade juvenil do Monte de Caparica e arredores. A

oportunidade de atuarem num palco fora da área de

residência - Bairro/Zona -, com a apresentação das suas

paixões, do seu trabalho e do seu talento iria contribuir

para a sua descentralização como também para um

momento de promoção, de partilha e de intensa

28

criatividade junto de um público por um lado,

desconhecido mas por outro, motivador e crítico.

Público na Casa Amarela – Kapta VCM (Março 2011)

A aposta neste tipo de iniciativa baseou-se no dar a

conhecer à comunidade almadense, o trabalho

desenvolvido por estes jovens ou grupos informais,

tendo em vista o reconhecimento futuro ao nível de

apoios e patrocínios, o fortalecimento de sentimentos de

pertença, de união e companheirismo através da

promoção e dinamização de eventos artísticos e

culturais, a promoção do projecto Geração

Cool/Programa Escolhas para além da sua área de

intervenção e o envolvimento de alguns elementos da

comunidade na organização do evento através do gosto

pela dança, música e/ou voluntariado.

29

Envolveram mais de 350 pessoas e todos os

participantes receberam um lanche, certificado de

participação e a oferta de um crachá da atividade como

forma de agradecimento pela sua participação. Foi uma

tarde noite de casa cheia, no espaço disponibilizado pela

Câmara Municipal de Almada – Departamento da

Juventude, que contou com vários artistas do Concelho

de Almada e não só! Entre eles, Bloco 111, Mortex,

Tisha, De la Kapta Dance Crew, Lourenço da Glória,

Nation Stepers, Bazás d´Lum, De la Kapta, Manu

Semedo, Primero G e KliKlau, entre outros.

Atuações de artistas – Kapta VCM (Março 2011)

30

Mas como realizar eventos? (por exemplo de grande dimensão?)

1º Reunir o grupo e afinar os objectivos

2º Definir data, horário e local da actividade

3º Identificar os recursos humanos, materiais e económicos para a actividade

4º Elaborar orçamento detalhado da iniciativa

5º Contactar parceiros para auscultação de disponibilidade ao nivel de colaboração e/ou cedência de espaços ou recursos

6º Ponderar viabilidade do projecto

7º Apresentar o projecto nos diversos formatos (candidaturas formais ou informais das instituições locais)

8º Aguardar respostas

9º Em caso de parecer favorável, confirmar a intenção de realização junto dos parceiros e PSP

10º Contactar artistas convidados com antecedência e confirmação de participação prévia

11º Distribuição de tarefas junto da equipa organizadora (RP, Staff, Bastidores, Lanches, Apoio aos Artistas, etc.)

12º Elaboração de flyer, programa, certificados de participação e brindes do evento para divulgação

13º Visita ao espaço e realização da planta do espaço

31

14º Reunir novamente com a equipa organizadora para fazer ponto de situação

15º Confirmar artistas convidados através de contato telefónico

16º Afinar os últimos preparativos para dar início ao evento

17º Proceder à avaliação da actividade com passagem de feedback junto da comissão organizadora e parceiros depois da realização do evento

Estas etapas podem ser ajustadas ao tipo de atividade

que se pretende dinamizar, para que corresponda aos

objetivos definidos e resultados esperados. A presença

do animador neste processo será mais de orientação, já

que à partida o grupo tem as competências e as bases

técnicas para a implementação e desenvolvimento do

projecto.

A comunicação é um fator essencial para que nada falhe

neste processo exaustivo, na medida em que envolve um

grupo de trabalho constituído por várias pessoas, com

ritmos de trabalho e níveis de autonomia e participação

diferenciados.

32

Tshirts PB

Identidade Monte Kapta

No seguimento do trabalho desenvolvido, da definição

dos seus objetivos enquanto grupo e do acolhimento

comunitário, o grupo PB lançou em Junho 2011, no

âmbito do Festival d’África, trinta t-shirts de várias cores

com frases de valorização do grupo informal “Eu sou um

Puto do Bairro! E Tu?”, do projecto Geração Cool “Bora

ao espaço? Amanhãaa!” e do bairro “Monte Kapta

Props” todas pintadas à mão, vendidas à comunidade

por 3,50€.

Este produto teve uma ótima aceitação e nesse sentido

foram pintadas mais vinte t-shirts, muitas delas vendidas

no Concerto de Hip Hop, na Feira do Monte de Caparica.

Para os PB, este foi um salto importante após o primeiro

ano de trabalho, na medida em que, o seu crescimento

enquanto grupo contribuiu para a sua afirmação,

promoção e marketing da marca PB, Made In Monte

Kapta.

Apostando na sua capacidade empreendedora, os PB

começaram a aceitar encomendas de grupos Hip Hop e

de dança, nomeadamente de Kuduro, perspetivando-se

assim, uma maior divulgação da marca para outras

localidades.

33

Pintura das t-shirts PB (Maio 2011)

34

Ser empreendedor ? Como?

A ideia de ser empreendedor passa muito por colocar no

papel o que idealizámos na nossa cabeça. Portanto, para

criar t-shirts únicas, criativas e apelativas é importante

passar por um processo de planeamento rigoroso:

1º Perceber a quem se dirige o produto

2º Sondar os possiveis “consumidores” para perceber a

”procura” e assim cruzar a “oferta”

3º Calcular o valor de compra, venda e lucro do produto,

tendo em conta a quantidade definida de produtos

colocados no mercado

3º Definir então que tipo de imagens e/ou frases serão

estampadas nas t-shirts

4º Organizar a equipa de trabalho para as tarefas,

utilizando as tenicas de decalce, pintura, contorno e

dobragem

5º Ter a noção do tempo em relação ao tempo de

produção e tempo de conclusão do produto

Após a fase de conclusão deste processo mais ténico,

passa-se à fase de marketing e charme junto dos

potenciais consumidores para que haja uma saída efetiva

do produto conforme o previsto, com perspetivas de

uma boa adesão para um novo lançamento.

35

Dia do Voluntariado Escolhas

No âmbito do Dia do Voluntariado Escolhas, o Geração

Cool promoveu uma tarde diferente, no dia 28 de

Setembro, pelas 14h, com o objetivo de melhorar e

reabilitar o espaço público junto à sede do projeto. Esta

iniciativa consistiu na pintura do mural da Praceta da

Maçaroca e na gravação de um videoclip do grupo de

produção musical DE LA KAPTA, que contou com a

presença e participação de vários jovens do projecto e

da comunidade.

Deu-se asas à imaginação, à criatividade e à capacidade

de improviso através do Hip Hop/Rap, promovendo os

jovens, a cultura urbana e as dinâmicas sociais dos

bairros do Monte de Caparica.

Os Putos do Bairro tiveram um papel extremamente

importante nesta iniciativa, na medida em que,

orientaram os jovens participantes na escolha das tintas

em spray, no corte dos stencils e posterior pintura do

muro. Por outro lado realizaram as filmagens do grupo

De la Kapta nos diversos espaços pré-definidos e fizeram

um pequeno vídeo de 2 minutos, com o intuito de

participarem na competição vídeo 2ª Competição de

Graffiti de Almada, da qual resultou uma Menção

Honrosa!

36

Pintura de Mural (Setembro 2011)

37

Pintura de Mural (Setembro 2011)

38

Participação Cívica PB

Não só de actividades se formam os jovens PB! Procuram

ser elementos activos dentro e fora do bairro

participando em iniciativas do projecto, do Programa

Escolhas, das instituições locais como a Santa Casa da

Misericórdia de Almada, Câmara Municipal de Almada,

nomeadamente na Feira das Associações Jovens de

Almada, Festa Amarela, Quinzena da Juventude, entre

outras.

Formação “Organização de Eventos”

A formação assume aqui neste grupo como um

complemento fundamental neste processo de

desenvolvimento dos PB. Por uma tarde, os PB foram

formandos numa sessão com a temática “Organização

de eventos” em que o lema foi “Dá à tua comunidade o

que ela mais precisa!”, com a produtora de eventos Ana

Pina. Esta pequena sessão assentou sobre seis princípios

orientadores para a organização de um evento, ou seja,

motiva, envolve, mobiliza, inspira, marca e transforma e

nesse sentido foram trabalhadas as várias fases para a

sua concretização. Para os PB, a questão de se realizar

eventos com sentido e o de pensar e repensar o seu

39

conceito são indispensáveis para todo o processo que se

segue: planeamento, divulgação, montagem, realização,

desmontagem e relatório final/avaliação. É importante

formar para crescer!

Formação PB “Organização de eventos” (2011)

40

Angariar verbas?! É uma responsabilidade PB

A angariação de verbas para este projecto passa por um

processo de planeamento de atividades lucrativas e pela

gestão de recursos já existentes. Os Putos do Bairro

contam com um apoio máximo de 2500 euros/ano

financiado pelo Programa Escolhas, que são

disponibilizados de acordo com as verbas angariadas

pelo grupo. Ou seja, se conseguirem angariar 500€ numa

atividade, o PE disponibiliza outros 500€, isto é o dobro.

Assim, este grupo de jovens planifica no tempo e no

espaço, tendo em conta os seus objetivos e prioridades.

Encontra estratégicas empreendedoras com vista o

alcance de metas, apostando nas grandes atividades de

envolvimento comunitário, tais como Hip Hop Alive,

Festival d’África, Jantar de Gala, Festas temáticas, Gestão

do Bar, etc.

Este ano e depois de muito esforço e dedicação, o grupo

conseguiu atingir o seu grande objetivo: angariar

dinheiro suficiente para realizar um intercâmbio a

Espanha, mais concretamente a Saragoça, no valor de

1800€.

Tendo em conta a informação e material já produzidos

procurou-se clarificar de forma sintética, a ideia-chave

subjacente ao desenvolvimento do projecto com

41

apresentação de informação substantiva e detalhada

sobre as atividades em causa. Por outro lado, procurou-

se evidenciar como pode ser concretizada uma solução

económica no domínio da Economia Social e Solidária,

envolvendo a concretização de projetos concebidos

pelos jovens e as estratégias prosseguidas para

assegurar a angariação de fundos.

Os problemas e dificuldades encontradas a este nível

passam muito pela frustração e desmotivação que se

exteriorizam em sede de experimentação, quando os

resultados esperados não coincidem com os resultados

obtidos. Logo, cabe ao grupo e animador encontrar

novas estratégias, que se traduzem em iniciativas e

ações que possam melhorar a sua ação ou numa

segunda abordagem, fazer corresponder os seus

objetivos ao que é possível. Há sempre uma tendência

normal para pensar em projetos megalómanos, quando

não há instrumentos, ferramentas e materiais para o

fazer! Ser realista é claramente uma potencialidade,

assim como ser rigoroso na metodologia de aplicação:

mais dinâmica e participativa entre os intervenientes no

processo de planeamento, implementação e avaliação.

42

Grupo PB em Saragoça (Julho 2011)

43

Intercâmbio Internacional Juvenil

“ À la Saragoza”

Este intercâmbio teve a duração de 6 dias, de 20 a 25 de

Julho de 2011 e resultou de um trabalho coletivo dos PB

e os grupos de dança e alunos PIEF ao longo do primeiro

semestre de 2011.

Os seus objetivos passaram por promover a participação

ativa e a mobilidade dos jovens participantes, de modo a

sensibilizá-los para diferentes realidades sociais e

culturais; proporcionar um espaço de convívio, de

aprendizagem e de partilha de experiências; explorar os

conceitos temáticos da Música, Dança e Cultura para o

enquadramento de atividades e dinâmicas, envolver os

principais intervenientes nas fases de preparação, de

execução e avaliação do intercâmbio; promover

momentos de interação ao nível da língua estrangeira

junto do grupo participante (português e espanhol);

reforçar a importância da coesão, da tolerância, do

respeito pelo outro e do trabalho de equipa para

concretização de objetivos comuns e proporcionar

momentos de partilha de informação ao nível do

empreendedorismo juvenil, ações comunitárias,

voluntariado e iniciativas jovens da união europeia.

“Foi assim que iniciámos o nosso intercâmbio com destino a

Saragoça! 18 Jovens, 4 monitores, boa disposição, aventura e

44

grandes expectativas para uma semana de atividades,

partilha, aprendizagem e convívio em território espanhol, na

companhia do grupo Estrellas de Cabo Verde de Utebo e do

nosso fiel amigo BUS da TST.

Passadas 8 horas da nossa partida do Monte de Caparica do

dia 21 de Julho, lá estávamos nós em frente ao Estádio do Real

Madrid “Santiago Bernabeu”, em plena Cidade de Madrid!

Uns mais entusiasmados do que outros… mas sempre juntos

numa visita breve pela capital espanhola. Seguimos viagem e

por volta das 19h, chegámos ao destino, onde ficamos

hospedados no Parque Municipal de Campismo de Saragoça,

rodeado de espaços verdes, uma boa piscina e melhor de

tudo, um bom espaço para churrasco.

Depois da nossa chegada oficial viveram-se dias intensos, não

só de divertimento mas também de conhecimento da cultura e

tradições com as nossas guias Estrellas de CV: visitámos

alguns monumentos históricos com a ajuda incondicional do

Mister Bus Turismo, participámos nas festas populares de

Utebo com a atuação do grupo De la Kapta Dance Crew e

fizemos outros pitorescos passeios, desde andar a pé pela

cidade como fazer um piquenique com tarde de piscina no

espaço municipal de Utebo, sempre com música a bombar e

muitos pés dançantes.

Depois de toda esta agitação de vários dias e de um bom

almoço na casa da Fanny, acarinhado pelo som do piano e de

vozes quentes, chegou a hora de regresso a casa. Foram 6 dias

bem passados, tanto no Bus como em Saragoça, que muito

valeram pelas pessoas que participaram neste intercâmbio…

pelo seu esforço, empenho e força de vontade para que tudo

45

isto fosse possível! Muitas lágrimas, muitos abraços e muitos

sorrisos à despedida! “À la Monte! Tudo numa boa waiss!”

Putos do Bairro/Geração Cool

Putos do Bairro em Utebo (Saragoça, Julho 2011)

46

Iniciativas Jovens da UE “Associação Rota Jovem”

Um sábado de Verão diferente (Maio 2011), onde os PB

receberam informações importantes da Rota Jovem, de

Cascais, sobre as iniciativas jovens da União Europeia,

parcerias e financiamentos, que lhes permitirão ser mais

ambiciosos nos seus projetos nacionais e internacionais.

47

Desafios para 2012

Um dos grandes desafios locais dos PB, ao nivel do

Concelho de Almada é a realização do Festival d´África

do próximo ano, na praça principal de Almada,

descentralizando este recurso e a comunidade que nele

participa para o centro da cidade. Este festival tem-se

realizado todos os anos no Monte de Caparica (Bairro

Amarelo), contando com a participação de 130 artistas

convidados vindos de vários locais de Lisboa e Vale do

Tejo e envolve cerca de 350 pessoas da freguesia e

arredores. Dada à dimensão deste evento quer ao nivel

de programa, quer ao nível dos recursos (humanos,

logísticos e financeiros) e que engrandece este concelho,

esta iniciativa já merece um palco cultural de maior

peso. E porque não Almada, que valoriza os espaços

urbanos pela sua dinâmica social, desportiva, artística e

cultura da sua cidade?

Festival d’África Junho (2011)

48

49

Ao nivel internacional, os Putos do Bairro pretendem

realizar um intercâmbio internacional juvenil aos Estados

Unidos ou Brasil, com a duração de 8 dias, para os

jovens/grupos que realizaram um trabalho efetivo no

projecto.

Não será uma viagem de turismo mas sim de

aprendizagem, onde as temáticas se cruzam: Juventude,

Mobilidade, Diversidade cultural, Inclusão de jovens de

contextos sócio-económicos vulneráveis, Educação pelo

desporto e atividades comunitárias, Arte e Cultura,

Empowerment comunitário e Empreendedorismo social.

Enquanto grupo organizador, o seu objetivo principal é a

dinamização de pequenos projetos socioculturais

enquadrados nas temáticas identificadas, envolvendo

crianças e jovens carenciadas do país/cidade

acolhedor(a), resultantes do trabalho desenvolvido e

conseguido pelos grupos participantes durante estes três

anos de projecto.

Partem de um conjunto de objetivos específicos que lhes

permite organizar esta atividade de forma clara e

objetiva:

- Conhecer novas realidades aos níveis social, cultural,

económico e político;

- Visitar pontos turísticos e de referência para melhor

enquadramento histórico e cultural;

50

- Realizar e participar em atividades/workshops

artísticos, culturais e de voluntariado;

- Debater questões relacionadas com jovens imigrantes

provenientes dos PALPS e outros (integração/exclusão

social, empregabilidade, educação, discriminação,

racismo, género, etc.)

- Promover a participação ativa e a mobilidade dos

jovens participantes;

- Proporcionar um espaço de convívio, de aprendizagem

e de partilha de experiências;

- Explorar os conceitos temáticos da Juventude, Música,

Dança e Cultura para o enquadramento de atividades e

dinâmicas;

- Transportar para um outro continente, o capital social e

cultura do Concelho de Almada;

- Envolver os principais intervenientes nas fases de

preparação, de execução e avaliação do intercâmbio;

- Promover momentos de interação ao nível da língua

estrangeira junto dos grupos participantes;

- Reforçar a importância da coesão, da tolerância, do

respeito pelo outro e do trabalho de equipa para

concretização de objetivos comuns;

51

- Proporcionar momentos de partilha de informação ao

nível do empreendedorismo juvenil, ações comunitárias,

voluntariado e iniciativas jovens da união europeia.

A sustentabilidade desta ação assenta em quatro

pontos-chave: pedido de patrocínios/ donativos com a

campanha “apadrinha esta atividade”; candidatura a

financiamentos da EU; realização de atividades

lucrativas; e gestão detalhado do orçamento

disponibilizado pelo PE.

Seguindo este propósito, os PB já têm um conjunto de

atividades programadas, que estão a ser trabalhadas

diariamente por todos elementos com o apoio da equipa

técnica do projecto Geração Cool.

52

Instrumentos e ferramentas técnicos

Constituir um grupo informal de jovens não é fácil! É

necessário observar o que nos rodeia a partir do local

onde se intervém diariamente, seja no projeto ou na

comunidade enquanto espaços de experimentação.

É importante perceber quais os jovens que participam

regularmente no projeto e que na comunidade são focos

positivos enquanto jovens de referência, que se

destacam positivamente ao nível da colaboração, da

liderança de grupo, da responsabilidade, da cooperação,

da iniciativa/voluntariado e do próprio envolvimento e

participação ativa.

Contudo, não é fácil ter um grupo regular, já que se

passa por várias fases de implementação, muitas

relacionadas com mudanças que se fazem notar no seio

do grupo. Inicialmente, o grupo é constituído por vinte

jovens aproximadamente. No entanto e durante o

decorrer do processo há, inevitavelmente, uma redução

de elementos face aos interesses e objetivos pessoais,

que podem se manifestar de várias formas:

incomptabilidade relacional e temporal, disputa de

liderança, sobrecarga de funções, motivação,

participação, entre outros.

53

Dependendo do apoio técnico e do próprio grupo, esta

procura de identidade e de constituição de grupo, pode

levar entre seis a oito meses para que se tenha um grupo

coeso, mobilizador, criativo, objectivo e regular com dez

a quinze elementos no máximo.

Agora por etapas:

1 - Identificar jovens ativos no projeto e/ou comunidade;

2 - Apresentar o projeto aos jovens e ver a sua

recetividade, para que possam sugerir ou introduzir

outros objetivos, interesses, ações;

3 – Marcar um novo encontro com o grupo, com o apoio

do animador e definir com eles, a pertinência e

regularidade das reuniões de trabalho, regras de

funcionamento do grupo, definição do líder e elaboração

de um plano de atividades ou ações que lhes façam

sentido;

4 – Dar espaço para que o grupo crie um espaço seu

(identitário) para cresçam enquanto grupo.

5 – Disponibilizar as ferramentas necessárias para a

avaliação do trabalho que desenvolvem através de

pequenos questionários de auto-avaliação, que poderão

ser aplicados de três em três meses ou semestralmente.

54

Avaliação do Recurso

Por outro lado é importante avaliar e validar o próprio

recurso assim como o trabalho que se desenvolve com

base nos critérios de inovação, pertinência e

adequabilidade, utilidade, capacitação e autonomia e

transferibilidade.

Critério Inovação

O conhecimento que temos dos territórios de contextos

mais vulneráveis e sua comunidade, com especial

incidência sobre a juvenil, permite-nos considerar este

recurso inovador já que, são poucos, os projetos,

instituições locais, de intervenção direta no terreno, que

conseguem constituir, desenvolver e consolidar um

grupo de jovens, capazes de criar e dinamizar um

conjunto de atividades em prol da sua comunidade não

descurando o seu próprio desenvolvimento ao nível de

competências pessoais, sociais e profissionais. Este

recurso apresenta-se como uma resposta sólida (com

resultados claros) para um conjunto de problemas

interligados entre si - desmotivação, falta de mobilidade,

autonomia, baixa autoestima, entre outros – já que as

existentes são pouco eficazes ou pouco adequadas à

realidade.

Face a outros recursos, este traz evidências práticas e

observáveis de sucesso, que poderão ser um incentivo

para quem pretende apostar na área do

55

empreendedorismo e capacitação. Consolidou-se um

grupo de 12 jovens, que para além das suas atividades

regulares e de complementaridade ao plano de

atividades do projecto, envolvem mais de 350 pessoas

da comunidade, apresentam anualmente 2 ou 3

produtos de marketing da marca PB e que valorizam

incondicionalmente, a comunidade e o bairro onde

residem, com reconhecimento informal e institucional

das entidades parceiras.

Indicadores: nº de jovens que compõem o grupo/ nº de

atividades realizadas/nº de produtos PB disponibilizados

à comunidade. Este recurso é uma boa resposta para

fazer face a um conjunto de problemas interligados

entre si.

Critério Pertinência/Adequabilidade

Consideramos que este recurso é adequado aos

objetivos de uma intervenção comunitária e social que,

incondicionalmente, assenta em princípios, medidas e

ações do Programa Escolhas, evidenciando-se como

resposta aos problemas e necessidades socioeconómicas

e culturais deste território em específico. O Kit

Pedagógico PB acentua a importância de respeitar os

valores, interesses, identidade e cultura dos

destinatários (Grupo PB), tendo em conta a

heterogeneidade do grupo em questão (idade, etnia,

género, etc.) e suas vivências/sociabilidades, tendo em

vista a coesão e a inclusão social. Este recurso apresenta

56

atividades que englobam várias áreas, que são

identificadas pelo grupo como fulcrais para a

implementação do seu projecto: cultura,

empreendedorismo, empowerment, crescimento

pessoal, voluntariado e associativismo. O recurso

trabalha um conjunto de problemáticas, com o propósito

de futuramente, se conquistar o espaço do

associativismo – criação de uma associação PB com

reflexos ao nível da sustentabilidade.

Indicadores: tipologia de atividades propostas e

realizadas/caraterização do grupo (idade, género, etnia).

Este recurso visa a inclusão e autonomia, educação e

tolerância, indo de encontro aos objetivos da

intervenção comunitária.

Critério Utilidade

O Recurso procura salientar, que os resultados e

trabalho conseguido vão de encontro às necessidades

dos destinatários e beneficiários, diagnosticadas antes

da implementação do projeto. Os envolvidos conseguem

ter essa perceção de conquista em termos do

reconhecimento de competências e autonomia e que

são valorizados pelos mesmos.

Indicadores: competências adquiridas e desenvolvidas/

resultados conseguidos.

57

Critério Capacitação/Autonomia

O Kit Pedagógico PB desenvolve e reforça o

reconhecimento de competências tendo em vista a

capacitação e autonomia dos seus utilizadores assim

como dos beneficiários. O recurso valoriza os espaços de

formação quer dos próprios PB (trabalhar competências

em regime formal e informal) quer dos potenciais

utilizadores, salientando a importância de partilhar e

discutir com os promotores do recurso, aspetos que

possibilitem uma melhor adequação do recurso aos

contextos ou com outros atores sociais com experiência

na área de animação sociocultural, capacitação e

empreendedorismo.

Indicadores: nº de sessões de partilha promovidas. È

uma aposta no desenvolvimento e reforço da formação

informal.

Critério Transferibilidade

O recurso é exequível e está estruturado de forma

simples e objetiva, embora possa ser melhorado para

facilitar a apropriação e incorporação autónoma dos

utilizadores. No entanto, a existência de evidências e

narrativa práticas demonstram os modos de utilização e

de operacionalização mais viáveis e com uma maior

probabilidade de sucesso de incorporação e

transferência do processo.

58

Indicadores: modos de operacionalizar/atividades

práticas.

Embora não se tenha procedido a uma avaliação do

recurso com todo o rigor exigido, consideramos que

tanto os jovens como os parceiros identificam este

recurso como uma ferramenta simples e de fácil

reprodução em outros contextos, que poderá ser um

pilar de orientação para futuros projetos juvenis, tendo

por base os resultados positivos das atividades realizadas

e pela própria coesão do grupo informal de jovens.

59

Divulgação PB

Após uma auto-avaliação tanto do grupo como dos

destinatários, este grupo pretende crescer, tendo

delineado como prioritário, a construção da página PB

no facebook, a procura de patrocínios e/ou parcerias

dentro e fora da localidade e a construção de portfólio

de apresentação dos trabalhos já realizados com

disponibilização de registos audiovisuais.

Redes Sociais

Facebook Putos do Bairro Facebook Geração Cool

Youtube Montes d´Arte Consciente

Site Programa Escolhas http://geracaocool.programaescolhas.pt/

Site Santa Casa da Misericórdia de Almada

http://www.scma.pt/

Morada Praceta da Maçaroca nº12 CV 2825-027 Monte de Caparica

Contactos

937641288/212946949

E-mail

60

[email protected] [email protected]

Instituição Promotora e Gestora Santa Casa da Misericórdia de Almada

Entidade Financiadora

Programa Escolhas

Co-Financiado QREN, POPH e União Europeia

Parceiros Formais e informais

Escola Secundária do Monte de Caparica (ESMC) Junta de Freguesia de Caparica (JFC)

Programa de Inclusão e Cidadania (PIEC) Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Almada

(CPCJ) Câmara Municipal de Almada (CMA)

Centro de Formação Profissional do Seixal (CFPS)

61

Reflexão Final

O projecto Geração Cool procurou associar a animação

de grupos informais de jovens à realização de projectos

concretos facilitadores de angariação de recursos

financeiros.

Com base nesta perspectiva, o projecto desenvolveu

este recurso – Grupo PB”, que demonstra como pode ser

possível agir noutros contextos tendo como referência a

experiência desenvolvida pelo projecto. O recurso

contempla vários desafios que se colocam à criação de

formas organizativas necessárias ao enquadramento da

acção dos grupos de jovens e criação da marca PB (Made

in Monte Kapta) para contrariar a imagem negativa do

bairro.

Considera-se que os resultados dos projectos poderão

também constituir um contributo para a fundamentação

de recomendações políticas generalizáveis a todo o país.

Logo, através deste Kit pedagógico, o projeto assegura

uma expressão tangível aos resultados que poderá ser

incorporado no conjunto dos “Recursos Escolhas”.

Tendo em conta a informação e material já produzidos

procurou-se clarificar de forma sintética, a ideia-chave

subjacente ao desenvolvimento do projeto com

apresentação de informação substantiva e detalhada

sobre as atividades em causa. Por outro lado, procurou-

62

se evidenciar como pode ser concretizada uma solução

económica no domínio da Economia Social e Solidária,

envolvendo a concretização de projectos concebidos

pelos jovens e as estratégias prosseguidas para

assegurar a angariação de fundos.

Neste sentido, as experiências retratadas mostram

também, quais as condições que deverão estar reunidas

para que a perspetiva de uma solução económica no

domínio da Economia Social e Solidária protagonizada

pelos jovens se possa concretizar. Estas condições

passam claramente pela viabilidade económico-

financeira das formas organizativas a criar, perfil pessoal

dos utilizadores, competências técnicas, condições

logísticas a assegurar, entre outros.

Este recurso apresenta pontos fortes, no que diz respeito

à intenção de alargar possibilidades para a mobilização

integral de recursos locais, na produção de

conhecimento e desenvolvimento de competências

noutros contextos de intervenção (capacitação para a

acção). Provavelmente terá aspectos a melhorar e

portanto, novas fases e espaços de experimentação irão

evidenciá-los.

Relativamente ao projecto em si, a avaliação que se faz é

bastante positiva, visto que já existe um maior

envolvimento dos PB e logo, uma organização interna mais

ativa (importância de um líder), onde a definição do grupo

(quem são, missão, objetivos…) foi fulcral. A capacidade

63

de mudar e a de ser flexível, embora rigoroso para

adaptar são factores que acompanham este grupo

diariamente, já que o meio que os envolve está em

constante mutação, em transformação, em mudança.

Daí a necessidade de comunicar, partilhar, discutir

envolvendo actores implicados na generalização da

acção.

Tendo em conta dos critérios de validação, considera-se

que ao nível da:

- Inovação: este recurso aposta na metodologia da

animação para formalização da marca Made In Monte

Kapta;

- Pertinência: o recurso promove um espaço para

resolução de problemas, observa-se um reforço da

capacidade educativa e mobilização da comunidade;

- Utilidade: impato os positivos e de afirmação exterior

através das atividades dinamizadas;

- Capacitação/autonomia: materiais apresentados de

forma mais aprofundada para futuros aplicadores

Certamente que o simples acesso a este kit pedagógico

não é suficiente! Contudo, poder-se-á contemplar outras

formas complementares de agir para a apropriação

deste recurso, quer através da participação em

workshops, comunidades de prática ou mesmo

interacções com futuros utilizadores do recurso ou

64

mesmo com as pessoas que directamente contribuíram

para a construção do Grupo PB.

65

Bibliografia

BRANDES, Donna, HOWARD, Phillips, “Manual de jogos

educativos, 140 jogos para professores e animadores de

grupos”, coleção Psicologia e Pedagogia, MORAIS

Editores, 1977.

Global Education Network, Centro Norte-Sul do Conselho

da Europa, ”Guia prático para a Educação Global”

Publicação: Lisboa North-South Centre Publications 2010

LELEUX, Claudine, “Educar para a Cidadania”, edições

Gailivro, Abril 2006.

PERDIGÃO, Ana, PINTO Ana Sotto Mayor, “Guia dos

Direitos da Criança”, Publicação: Lisboa IAC-Instituto de

Apoio à Criança 2009.

SIRGADO, Matilde, ALVES, conceição, LOPES, Carmen,

“Guia do Animador” Publicação: Lisboa Edições Sílabo

2011.

66

ANEXOS

67

Hip Hop Alive 2010

68

Hip Hop Alive 2011

White Sensation Party PB 2010

69

Retiro PB 2010

Festival d´África 2010

70

Pascool Party PB 2011

71

Acolhimento PB ao grupo de animação sociocultural do

Norte (2011)

Sessão Serviço Voluntário Europeu 2010

72

Entrevista aos PB pelo Programa Nós/PE

Shopping Comunitário 2010

73

Festa de Halloween 2011

74

Lançamento de T-shirts 2011 no Festival d´África 2011