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Tribunal de Contas da União Gabinete do Ministro-Substituto Marcos Bemquerer Costa GRUPO I – CLASSE IV – Plenário TC-015.648/2005-4 (c/ 9 volumes) Natureza: Prestação de Contas, exercício de 2004. Entidade: Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS. Responsáveis: Jaques Wagner, Ricardo José Ribeiro Berzoini, Paulo Eduardo Cabral Furtado, Sílvio Carlos do Amaral e Silva, Tarcísio José Massote de Godoy, Carlos Gastaldoni, Luiz Fernando da Silva, Olívio de Oliveira Dutra, Carlos Augusto Borges, Clarence Joseph Hillerman Júnior, Amaro Luiz de Oliveira Gomes, Pedro Augusto Machado Cortez, Osvaldo Corrêa Fonseca, Adalberto Cleber Valadão, Antônio de Sousa Ramalho, Valdo Soares Leite, Luiz Gonzaga Ulhôa Tenório, Miguel Salaberry Filho e Maria Tereza da Costa Pantoja, membros titulares do Conselho Curador do FGTS; Marcus Pereira Aucélio, Marcos Otávio Bezerra Prates, Ermínia Teresinha Menon Maricato, Joaquim Lima de Oliveira, Júlio César Paranatinga, Celso Luiz Petrucci, José Pereira Gonçalves, Carlos Alberto Altino, Sidney Ferreira Batalha, Lucimar Silva Lopes Coutinho, membros suplentes do Conselho Curador do FGTS com efetiva participação; Olívio de Oliveira Dutra, Ministro das Cidades, Ermínia Terezina M. Maricato, Secretária Executiva, Abelardo de Oliveira Filho, Secretário Nacional de Saneamento Ambiental, Clóvis Francisco do Nascimento Filho, Diretor do Departamento de Água e Esgoto, Marcos Helano Fernandes Montenegro, Diretor do Departamento de Cooperação Técnica, Jorge Fontes Hereda, Secretário Nacional de Habitação, Inês da Silva Magalhães, Diretora do Departamento de Urbanização de Assentamentos Precários, Emília Correia Lima, Diretora do Departamento /home/website/convert/temp/convert_html/5c006f1109d3f2ad078c5e7d/document.doc – 2y

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Tribunal de Contas da UniãoGabinete do Ministro-Substituto Marcos Bemquerer Costa

GRUPO I – CLASSE IV – PlenárioTC-015.648/2005-4 (c/ 9 volumes)

Natureza: Prestação de Contas, exercício de 2004.Entidade: Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS.Responsáveis: Jaques Wagner, Ricardo José Ribeiro Berzoini, Paulo Eduardo Cabral Furtado, Sílvio Carlos do Amaral e Silva, Tarcísio José Massote de Godoy, Carlos Gastaldoni, Luiz Fernando da Silva, Olívio de Oliveira Dutra, Carlos Augusto Borges, Clarence Joseph Hillerman Júnior, Amaro Luiz de Oliveira Gomes, Pedro Augusto Machado Cortez, Osvaldo Corrêa Fonseca, Adalberto Cleber Valadão, Antônio de Sousa Ramalho, Valdo Soares Leite, Luiz Gonzaga Ulhôa Tenório, Miguel Salaberry Filho e Maria Tereza da Costa Pantoja, membros titulares do Conselho Curador do FGTS; Marcus Pereira Aucélio, Marcos Otávio Bezerra Prates, Ermínia Teresinha Menon Maricato, Joaquim Lima de Oliveira, Júlio César Paranatinga, Celso Luiz Petrucci, José Pereira Gonçalves, Carlos Alberto Altino, Sidney Ferreira Batalha, Lucimar Silva Lopes Coutinho, membros suplentes do Conselho Curador do FGTS com efetiva participação; Olívio de Oliveira Dutra, Ministro das Cidades, Ermínia Terezina M. Maricato, Secretária Executiva, Abelardo de Oliveira Filho, Secretário Nacional de Saneamento Ambiental, Clóvis Francisco do Nascimento Filho, Diretor do Departamento de Água e Esgoto, Marcos Helano Fernandes Montenegro, Diretor do Departamento de Cooperação Técnica, Jorge Fontes Hereda, Secretário Nacional de Habitação, Inês da Silva Magalhães, Diretora do Departamento de Urbanização de Assentamentos Precários, Emília Correia Lima, Diretora do Departamento de Produção de Habitação, José Carlos Xavier, Secretário Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, Renato Boareto, Diretor do Departamento de Mobilidade Urbana, vinculados ao Ministério das Cidades; Ruth Beatriz Vasconcelos Vilela, Secretária de Inspeção do Trabalho, Leonardo Soares de Oliveira, Diretor do Departamento de Fiscalização do Trabalho, Manoel Quintela Rodrigues, Ricardo Coelho de Barros, Francisco Jorge Ribeiro, Maria do Socorro da Silva, Carlos Martins Marques de Santana, Alberto Fernandes de Farias Neto, José Pedro de Alencar, Tarcício Celso Vieira, Inocêncio Gonçalves Borges, Ubirajara do Pindare Almeida Sousa, Carlos Alberto Menezes de Calazans, Eloine Marques de Carvalho, Reginaldo Santos, Maria do Socorro Gomes Coelho, Jorge Lopes de Faria, Francisca de Oliveira Barbosa, Jorge Pedro Gaggiano Perez, Paula Maria do Nascimento Masulo, Geraldo Seratiuk, Henrique Barbosa de Pinho e Silva, Alberto Luiz de Lima Trigueiro, Pedro Lopes de Oliveira Filho, Bianor Salles Cochi, Evandro Afonso de Mesquita, Marly Merele Sobreiro, Neusa Maria de Azevedo, Odilon Silva, Lourdes Correia de Almeida

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC-015.648/2005-4

Neves, Heiguiberto Guiba Della Bella Navarro, João Bosco Correa, Delegados Regionais do Trabalho; Maria Bonfim de Oliveira, Martha Cavalcanti Leão Fonseca, Marcos dos Santos Marinho, Weber Duarte Penafort, Anastácio Pinto Gonçalves Filho, José Nunes Passos, Rodrigo de Carvalho, Arnaldo Bastos Santos Neto, Sebastiana de Oliveira Batista, Nauro Costa Muniz, Mônica Damous Dualibe, Fábio Garcia de Morais Lemos, Marilete Mulinari Girardi, Demétrio Artur da Mota Mesbra, Rosângela da Cunha Simões Gonçalves, Roberto Sales de Miranda, Fábia Cristina Esteves de Brito, Lina Josefina de Castro Nogueira, Leila Maria Raboni, Sérgio Pires Domingues, Eder Nobre Praxedes, Jacqueline Lima dos Santos Guerra, Juscelino José Durgo dos Santos Violeta Sales de Morais, Virlândia Lacerda Diniz, João Pedro Lopes Jacobi, Eduardo João da Costa, Celuta Porto Cruz Moraes, Nilson Barreto Socorro, Mauro José Correia, Valdi Gomes de Castro, Erivelton da Silva Santos, Delegados Regionais do Trabalho Substitutos; Manoel Felipe Rego Brandão, Aldemário Araújo Castro, Airton Bueno Júnior, Telma Bertão Correia Leal, Francisco Tadeu B. de Alencar, Rodrigo Pirajá Wienskoski, Luiz Frederico de Bessa Fleury, Pedro Câmara Raposo, Carlos Roberto Stuart, Simone Aparecida V. Azeredo, Dolizete Fátima Michelin, Tereza Cristina Tarragô Souza, Rubem César Costa Guerra, Elton Gomes Mascarenhas, Frabcisco Napoleão Ximenes, Omara Gusmão de Oliveira, Nelson Silvério de Sant'ana Filho, Marciane Zaro Dias Martins, Zainito Holanda Braga, André Alvim de Paula Rizzo, Ubirajara Leão da Silva, Benedito Paulo de Souza, Fábio Penha Gonzales, Eliane Moreno Geidgger da Silva, Josiberto Martins De Lima, Cláudio Roberto Leal Rodrigues, Protogenes Elias da Silva, João José Ramos da Silva, Cristina Luisa Hedler, Joaquim Lustosa Filho, Paulo Afonso Pereira da Silva, Sérgio Santiago da Rosa, Paulo Cesar Negrão de Lacerda, José Humberto da Rocha, Elias Cidral, Giuliano Geraldo Reis, Adauto Cruz Schetine Jr, Wagner Lopes Alves Pereira, Samuel da Silva Mattos, Aureleio Henrique Keller, Valdênia de Sousa Marins, Ricardo Oliveira Pessoa de Souza, Alice Vitória Fazendeiro de Oliveira. Leite, Ailton Loboissiére Villela, Durval Miguel Cardoso e Silva, Helga Letícia da Silva Fernandes, Dalton Pimenta, Rildo José de Souza, Maria do Socorro Santos de Castro, Ana Claudia Fernandes Rodrigues, Antonio Marques Pazos, Sebastião Andrade Filho, Nuno José de Souza Miranda, Joedi Barboza Guimarães, Ludimar Calandrin Sidônio, Leandro Maciel do Nascimento, Neydja Maria Dias de Morais, Ronnie Monte Carvalho Montenegro, Talius de Oliveira Vasconcelos, Ronaldo Antônio Araújo Prado, Mário Augusto Castanha, Jacob Gonçalves Macedo, João Luiz de Laia, Antônio Carlos Taques Camargo, Nivaldo Tavares Torquato, Rafael Francisco Gervásio, Vinicius Brandão de Queiroz, Derson da Costa,

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC-015.648/2005-4

Patrícia Monteiro Lemos, Vinicius Brandão de Queiroz, Cícero Salles Gomes, Luiz Thomaz Said, Júlio Lopa Selles, Eduardo de Oliveira Saez, Silvio José Fernandes, Mirna Castello Gomes, Alberto Loures da Costa, Vinicius Panetto do Nascimento, Daniella F. S. Salgado Djelberian, Alexandre Ribeiro Meira, Mateus Fernandes de Souza Mendes, Silvana Paulina Robetti, Cesar Oliveira da Rigo, Gustavo Lusivon Rigo, Ronaldo Afonso N. L. Baptista, Lurdislei Griep, Lisiane Andreia Brun da Silva, Paula Gisele Dargélio da Rosa, Antônio Candido de Azambuja Ribeiro, Halen Nara Panisson, Flávio Camozzato, Iolanda Guindane, Mauro Moacir Riella Fernandes, João Ferreira de Assis, Roland Rabelo, Carlos Alberto Arantes Scheidt, Vandré Augusto Burigo, Iolanda Moreira de Jesus, Simone Tavares Pereira Gonçalves, Márcio da Silva Florêncio, Maria Fernada Pacheco V. Wolff, Carlos Trivelatto Filho, Leonardo Duarte Santana, Luis Alberto Carlucci Coelho, Cecília Alvares MachadoMarcelo Carvalho Mangeth, Eduardo Simão Trad Ricardo César Sampaio, Luciano José de Brito, José Roberto Marques Torres, Edson Feliciano da Silva, João Filiminoff, Marcos Roberto Cândido, André Luiz Alves Ligeiro, Márcio Ferro Catapani, Raquel Vieira Mendes, Jacimon Santos da Silva, Carla Cristina Pinto da Silva, José Felippe Antônio Minaes, José Roberto Sertório, Marcos César Utida Manes Baeza, Luiz Fernando Serra Moura Correia, Reiner Zenthofer Muller, Marcelo Carneiro Vieira, Nelson Ferrão Filho, Procuradores da Fazenda Nacional; Arno Hugo Augustin Filho, Presidente da Caixa, Jorge Edurdo Levi Mattoso, Vice-Presidente da Caixa, Joaquim Vieira Ferreira Levi, Ademirson Ariovaldo da Silva, Bernardo Gouthier Macedo, Elvio Lima Gaspar, Manoel Felipe Rêgo Brandão, Lúcio da Silva Santos Hélcio Tokeshi, Membros do Conselho de Administração da Caixa; Norival da Silva, Luiz Frederico de Bessa Fleury, Isaltino Alves da Cruz, Maria do Socorro Almeida Araújo, Francisco Tadeu Barbosa de Alencar Gustavo Caldas Guimarães de Campos, Membros do Conselho Fiscal da Caixa; Jorge Eduardo Levi Mattoso, Presidente do Conselho Diretor da Caixa, Aser Cortines Peixoto Filho, Clarice Coppetti, Fábio Lenza, Fernando Nogueira da Costa, Francisco Egídio Pelúcio Martins, João Aldemir Dornelles, João Carlos Garcia, Marcos José Rodrigues Torres, Paulo Roberto Paixão Bretas, Carlos Augusto Borges, Wilson Risolia Rodrigues, Vice-Presidentes do Conselho Diretor da Caixa; Telmo Marques Costa, José Rogério Krticka, e Luiz Antônio de Castro, Contadores da Caixa.

SUMÁRIO: PRESTAÇÃO DE CONTAS. EXERCÍCIO DE 2004. REGULARIDADE DAS CONTAS. Julgam-se regulares com ressalva as contas dos responsáveis por impropriedades e falhas de natureza formal de que não resultam dano ao erário, dando-lhes

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC-015.648/2005-4

quitação e fazendo-se as determinações pertinentes, e regulares com quitação plena quando expressarem, de forma clara e objetiva, a exatidão dos demonstrativos contábeis, a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de gestão do responsável.

RELATÓRIO

Tratam os autos da Prestação de Contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, relativa ao exercício 2004. 2. A instrução a cargo da 2ª Secex registra (fls. 1.834 do volume 9), com base no Relatório de Gestão (fls. 34/82), que as metas do Fundo para esse exercício foram parcialmente atingidas. Do montante de R$ 7.450.000 mil orçamentariamente destinados para novas contratações, R$ 7.314.988 mil foram alocados pelo Agente Operador (Caixa) aos Agentes Financeiros, que, por sua vez, financiaram 74,17% desse total. Houve descumprimento, total ou parcial, das metas dos programas de trabalho abaixo relacionados:

Programa Metas previstas Resultados alcançadosOrçamentárias

(R$ mil)Físicas

(n. operações) Orçamentários

(%)Físicos

(%)Carta de Crédito Associativa Entidades

955.565 59.722 33,40 14,68

Operações Especiais Carta de Crédito Individual

194.400 --- 77,93 ---

Operações Especiais Carta de Crédito Associativa

134.800 --- 59,93 ---

Operações Especiais Certificado de Recebíveis Imobiliários

6.800 --- 0 ---

Apoio à Produção 110.000 6.875 0 0Pró-Moradia 249.891 40.305 70,82 28,36

Arrendamento Residencial – PAR 1.000.000 36.496 68,51 72,78

Programa de Financiamento a Concessionários Privados de Saneamento – FCP/SAN

425.663 --- 11,09 ---

Programa Pró-Transporte 2.798 --- 0 ---3. Com pequenos ajustes de forma e de numeração, passo a transcrever trechos da instrução (fls. 1.835/1.845, volume 9) que sintetizam as justificativas consignadas no Relatório de Gestão para cada um dos programas acima relacionados e contêm a respectiva análise a cargo da Unidade Técnica:

3.1 – Programa Carta de Crédito Associativa Entidades (Relatório de Gestão, fls. 68 e 76/77)

3.1.1 – Justificativa para o não-cumprimento de metas (fl. 1.835, volume 9)“Voltada para o financiamento da produção habitacional com base na demanda caracterizada,

foi a linha de crédito que mais contribuiu negativamente para o resultado da meta. A elevação do custo real da construção civil foi um dos fatores que contribuíram para dificultar a produção e a comercialização de unidades habitacionais.

Como medidas corretivas [...] foram implementadas ações para simplificar os procedimentos a serem adotados no ato das contratações, ajustando-as à realidade do mercado imobiliário, o que vem gerando dificuldades na comercialização das unidades produzidas. Tais ajustes permitiram a estabilização do desempenho das contratações, evitando o comportamento decrescente até então observado.

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Em 2004 foram iniciados estudos [...] que induzissem a uma maior aplicação dos recursos no setor em que se concentra o déficit habitacional, resultando na Resolução do Conselho Curador do FGTS n. 453/2004, de 27/10/2004, a qual definiu como foco a população com renda familiar de até R$ 1.560,00.

Aliada a essa medida, tal Resolução criou a modalidade operacional da Reabilitação Urbana, que seria a aquisição de imóveis usados, conjugada à execução de obras e serviços voltados à recuperação e ocupação para fins habitacionais – infra-estrutura, equipamentos e serviços públicos necessários à adequada morabilidade dos adquirentes.”

3.1.2 – Análise da justificativa (fl. 1.835, volume 9)“Conquanto coerentes aos objetivos a que se propõem, as assertivas colacionadas no Relatório

de Gestão não são suficientes para afastar a impropriedade relacionada ao baixo índice alcançado em relação ao Programa em tela, principalmente se considerarmos a pequena representatividade dos valores referentes a 2004, implementados em 2005. Ao compulsarmos as Contas do FGTS desse exercício (TC n. 019.638/2006-4), verificamos (conforme consta às fls. 1799/1800E) que tal Programa não alcançou percentual significativamente distinto (33,73%) daquele realizado em 2004, razão pela qual somos por determinar a manifestação do respectivo agente interveniente, nas próximas Contas do Fundo, sobre o destino dos recursos definidos no orçamento de 2004 para o Programa Carta de Crédito Associativa Entidades, não utilizados até o término do exercício de 2005.”

3.2 – Programa Operações Especiais Carta de Crédito (Individual e Associativa) e Programa Certificado de Recebíveis Imobiliários – CRI (Relatório de Gestão, fls. 69 e 77)

3.2.1 – Justificativa para o não-cumprimento de metas (fl. 1.836, volume 9)“Do valor destinado no orçamento para Operações Especiais, foram realizados 69,13% do

orçado e 72,58% do efetivamente disponibilizado pelo Agente Operador (Caixa) aos Agentes Financeiros.

O desempenho regular das Operações Especiais, por intermédio dos Programas Carta de Crédito Individual e Associativo, foi influenciado pelas diretrizes do Ministério das Cidades em concentrar esforços e recursos para o financiamento da produção de imóveis de baixo custo com o objetivo de atender aos segmentos em que se concentra o déficit habitacional, aliado à elevação do custo da construção.

Entre as medidas implementadas para ajustar os programas em tela, destacadas no Relatório de Gestão do FGTS, informou-se que, com vistas a ampliar as garantias aceitáveis nas operações de Carta de Crédito Individual, passou a ser adotado em 2004 o instituto da alienação fiduciária de imóveis usados, que se elevou de 70% para 90% nesse exercício.

Em relação ao Programa Carta de Crédito Associativa, mencionou-se naquele Relatório de Gestão que no decorrer do 2004 foram implementadas ações no sentido de ajustar as condições desse Programa à atual realidade do mercado imobiliário, que vem apresentando contínua dificuldade de comercialização das unidades produzidas. Contudo, tais ajustes permitiram apenas a estabilização do desempenho das contratações, evitando a continuidade do comportamento decrescente.”

3.2.2 – Análise da justificativa (fl. 1.836, fl. 9)“Ao compulsarmos as Contas do FGTS do exercício de 2005 (TC n. 019.638/2006-4),

verificamos (conforme consta às fls. 1.799/1.800E) que o Programa Operação Especial Carta de Crédito Individual não teve o índice de implementação alterado. Por outro lado, as Operações Especiais Carta de Crédito Associativo e CRI tiveram seus índices de implementação elevados, respectivamente, a 60,25% e 59,07%.

Portanto, considerando os índices alcançados em 2005, bem como os resultados alcançados em 2004 pelo Programa Operação Especial Carta de Crédito Individual, entendemos satisfatório o desempenho do FGTS em relação aos recursos previstos no exercício em exame para tais Programas, pelo que não faremos encaminhamento a respeito.”

3.3 – Programa Apoio à Produção (fls. 69 e 77)3.3.1 – Justificativa para o não-cumprimento de metas (fl. 1.837, volume 9)“Constatou-se o desinteresse do setor da construção civil por este Programa.

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Com o objetivo de reativar as contratações no Programa, no final do segundo semestre de 2004 foram promovidas alterações normativas nos quesitos ‘caracterização de demanda’ e ‘valor financiado à empresa’. Essas alterações realizadas pelo Agente Financeiro Caixa visavam a viabilizar a participação das empresas do ramo da construção civil com capacidade comprovada para atuação.”

3.3.2 – Análise da justificativa (fl. 1.837, volume 9)“Conquanto coerentes aos objetivos a que se propõem, as assertivas colacionadas [no]

Relatório de Gestão não são suficientes para afastar a impropriedade relacionada ao índice nulo alcançado em relação ao Programa em tela. Aliado a esse aspecto, ao compulsarmos as Contas do FGTS do exercício de 2005 (TC n. 019.638/2006-4), verificamos (conforme consta às fls. 1.799/1.800E) que não foram aplicados novos recursos no Programa Apoio à Produção.

Portanto, considerando a existência de relevante montante previsto no orçamento 2004 para o programa em análise ainda pendente de realização, somos por determinar a manifestação do respectivo agente interveniente, nas próximas Contas do Fundo, sobre o destino dos recursos definidos no orçamento de 2004 para o Programa citado, devendo apresentar justificativas a respeito, caso não cumpridas as metas definidas no exercício mencionado.”

3.4 – Programa: Pró-Moradia (Relatório de Gestão, fls. 69 e 77)3.4.1 – Justificativa para o não-cumprimento de metas (fl. 1.837, volume 9)“Como fatores impeditivos ao alcance dos objetivos propostos, destaca-se a permanência de

restrições de crédito no setor público. Tais medidas compreendem a capacidade de endividamento do Município ou Estado e o limite da carteira de empréstimo da Caixa, principal Agente Financeiro, estabelecido em relação ao patrimônio líquido ajustado. Algumas operações não obtiveram autorização junto ao Tesouro Nacional face a [tais] restrições.

Por intermédio da Resolução n. 438/2004 – CCFGTS, de 02/03/2004, o Conselho Curador, visando a corrigir as disfunções detectadas, autorizou condições especiais para essas operações, de forma a beneficiar populações de Estados e Municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública.”

3.4.2 – Análise da justificativa (fl. 1.838, volume 9)“Entendemos adequadas as restrições suscitadas na justificativa, porquanto deve o agente

interveniente (Caixa), a par do cumprimento das metas estabelecidas, assegurar o retorno das operações, nos termos do art. 67, inciso V, do Decreto n. 99.684/1990 (‘analisar, sob os aspectos jurídico e de viabilidade técnica, econômica e financeira, os projetos de habitação popular, infra-estrutura urbana, e saneamento básico a serem financiados com recursos do FGTS’). Igualmente parecem-nos cabíveis as limitações impostas pelo Tesouro Nacional, ante ao disposto no art. 31, inciso I, § 1º, da Lei de Responsabilidade Fiscal:

‘Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subseqüentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco porcento) no primeiro.

§ 1º Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por

antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária;’Quanto às medidas previstas na Resolução retro, reputamos acertada a utilização de tais

recursos diante dos fatos extraordinários descritos, principalmente se considerarmos as justificativas colacionadas no normativo citado (...), pelo que não vislumbramos a necessidade de que seja proposta medida por parte desta Corte (...).”

3.5 – Programa de Arrendamento Residencial – PAR (Relatório de Gestão, fls. 69/70 e 78/79)

3.5.1 – Justificativa para o não-cumprimento das metas (fl. 1.838/1.839, volume 9)“Os seguintes motivos foram responsáveis pelo não-atingimento das metas definidas, segundo

o Relatório de Gestão: orçamento e definições quanto aos preços apenas no segundo semestre de 2004;

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC-015.648/2005-4

fixação dos novos parâmetros de especificações mínimas, que consumiu tempo considerável e gerou a revisão de projetos que já se encontravam em análise;

eleições municipais, pois o PAR depende de articulação com o poder público local; queda de renda da população alvo, dificultando o encerramento da demanda projetada para

o projeto.Destacaram-se no Relatório de Gestão as seguintes medidas que proporcionaram impactos

positivos no Programa: a Lei n. 10.859/2004, além de autorizar a Caixa a contratar operações de crédito com o

FGTS e receber outros recursos para atendimento das finalidades do Programa, transferiu sua gestão, bem como a responsabilidade pela definição do arrendatário, ao Ministério das Cidades;

a Portaria n. 450 do Ministério das Cidades, de 27/10/2004, permitiu a inclusão do custo da infra-estrutura externa em empreendimentos concebidos sob a forma de loteamento, objetivando, com isso, incentivar construções que resultem em menor custo de manutenção para os arrendatários;

regionalização do Programa, respeitando-se as peculiaridades de cada Estado para a construção de imóveis que permitam a inclusão dos arrendatários de mais baixa renda.”

3.5.2 Análise da justificativa“A Resolução n. 437 CCFGTS, que autorizou a realização da operação de crédito no

montante de R$ 1.000.000 mil, é datada de 18/12/2003, embora tenha sido contratada, conforme se afirmou no Relatório de Gestão, somente em 1º/06/2004.

Essa mesma Resolução autoriz[ou], em seu item 2.3.1, que os recursos em comento fossem contratados pelo PAR no prazo de 12 meses a partir do desembolso pelo Agente Operador. Portanto, a contratação dos recursos no exercício de 2005 encontr[ou] respaldo naquela Resolução do Conselho Curador. Afora essa assertiva, ao compulsarmos as Contas do FGTS do exercício de 2005 (TC n. 019.638/2006-4), verificamos, às fls. 1.799/1.800E, que foram implementados em quase sua totalidade os recursos previstos em 2004 para o Programa (99,97%), pelo que não faremos encaminhamento a respeito.”

3.6 – Programa de Financiamento a Concessionários Privados de Saneamento – FCP/SAN

3.6.1 – Justificativa para o não-cumprimento das metas (fls. 70/71 e 79)“Foram selecionadas 24 operações de crédito, totalizando o montante de R$ 425.600 mil. As

operações ainda não contratadas encontram-se em análise de risco no Agente Financeiro para contratação no decorrer de 2005. Além disso, 19 Estados não apresentaram propostas de financiamento. Com isso, o Ministério das Cidades remanejou recursos entre unidades da federação, respaldado na Resolução n. 442/2004 – CCFGTS, para atender as demandas apresentadas.

Apesar de o Programa FCP/SAN estar ativo desde 1997, o ano de 2004 foi o primeiro em que a demanda por financiamentos superou a oferta de recursos, estimando-se que, após a conclusão de todas as etapas do processo de seleção pública, os recursos serão integralmente contratados.”

3.6.2 – Análise da justificativa“[...] solicitamos esclarecimentos junto à Superintendência do Fundo de Garantia [...]

relativamente à assertiva [de que] ‘os valores disponibilizados pelo Agente Operador possuem prazo de até 12 meses a partir da alocação dos recursos, com possibilidade de prorrogação, para a sua efetiva contratação pelo agente financeiro com o mutuário final’ (fl. 72).

Fomos informados pela Caixa que é praxe administrativa a formalização de prazos alongados de execução dos recursos por parte dos agentes financeiros, porquanto, em regra, as próprias características dos financiamentos envolvidos (obras de grande vulto) requerem prazos delongados para sua completa implementação.

De fato, não há óbice legal para tanto, parecendo-nos coerentes as considerações anteriores. Ora, o orçamento é uma peça gerencial que tem como objetivo guiar os gestores do Fundo e servir de referência para avaliações quanto aos resultados projetados frente ao alcançado efetivamente, e, diante das conclusões dessa análise, fornecer os subsídios necessários aos agentes intervenientes para a correção das falhas que levaram à ineficácia apurada. Nessa linha o voto proferido pelo Exmo. Sr. Ministro-Substituto Lincoln Magalhães da Rocha, o qual fundamentou o Acórdão n. 7/2001 – TCU – Plenário:

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC-015.648/2005-4

‘Entendo que todo orçamento é elaborado a partir de estimativas ou projeções de gastos e recebimentos. É evidente, e até bastante comum, que muitas dessas estimativas não se confirmem durante a execução orçamentária, o que, de maneira alguma, é motivo para determinar a irregularidade das contas. Tanto isso é verdade, que a própria Lei orçamentária anual prevê ajustes durante a fase de execução do Orçamento Geral da União. Apesar disso, acredito que este limite é um parâmetro que deve ser buscado pela entidade como forma de controle dos seus gastos.’Como verificamos na tabela à fl. 68, 73,96 % dos recursos orçados foram alocados para os

agentes financeiros e poderiam vir a ser executados no exercício de 2005. No entanto, ao compulsarmos as contas do FGTS do exercício de 2005 (TC n. 019.638/2006-4, fls. 1.799/1.800E) [constatamos] que foram implementados apenas 14,50% dos recursos previstos em 2004 para o programa.

Logo, considerando a existência de relevante montante, previsto no orçamento de 2004 para o Programa em análise (valor obtido pela diferença entre o valor realizado até o final de 2005 e o orçado em 2004, consoante fls. 1799/1800E – R$ 363.932 mil), ainda pendente de realização, bem como seu baixo índice de implementação, somos por determinar a manifestação do respectivo agente interveniente, nas próximas Contas do Fundo, acerca do destino dos recursos definidos no orçamento de 2004 para o Programa FCP/SAN, não utilizados até o término do exercício de 2005.”

3.7 – Programa Pró-Transporte 3.7.1 – Justificativa para o não-cumprimento das metas (fls. 71 e 82)“O número de municípios que entrou em contato com o Ministério das Cidades chegou a 130.

Foram entregues 65 cartas consulta, somando a quantia de R$ 643.264 mil. Como fator impeditivo do alcance dos objetivos propostos, destaca-se a permanência das restrições de crédito no setor público, que representou R$ 625.077 mil do valor anteriormente informado. Por outro lado, as demandas do setor privado, conquanto não estejam sujeitas às restrições mencionadas, enfrentam os seguintes problemas que afetam a eficácia do programa:

poucas empresas investem em infra-estrutura do sistema de transporte; as empresas do setor de transporte urbano são pouco estruturadas e não possuem a

documentação exigida pelo agente financeiro para concessão dos créditos; as tratativas continuam sendo feitas, porém nenhum contrato foi assinado.”3.7.2 – Análise da justificativa“Apesar de não ter sido consignado nas justificativas retro, ao consultar a Resolução n.

454/2004 – CCFGTS no endereço eletrônico http://www.mte.gov.br/Trabalhador/FGTS/Legislacao/ Conteudo/2004.asp, verificamos que 88,59% dos recursos inicialmente previstos para esse programa (R$ 513.538.233,00) foram transferidos para a área de saneamento básico e infra-estrutura urbana.

Noutra linha, como se constata na tabela à fl. 68, não fora alocado o restante dos recursos desse Programa aos Agentes Financeiros. Logo, considerando o teor da jurisprudência anteriormente referenciada (item 5.1.7.4.2) e demais fatos apresentados nesta instrução, somos por [que se efetue] determinação ao Agente Gestor [calcada] no art. 6º, inciso III, da Lei n. 8.036/1990, [que assim dispõe]:

‘Art. 6º Ao (...) Gestor da aplicação dos recursos do FGTS, compete: (...)III – elaborar os orçamentos anuais e planos plurianuais de aplicação dos recursos,

discriminando-os por Unidade da Federação e submetendo-os (...) ao Conselho Curador, adotar medidas que contribuam para a melhoria da qualidade das previsões a serem efetuadas, apresentando nas Contas anuais justificativas adequadas para as diferenças observadas entre a previsão e a execução.’Além disso, ao compulsarmos as Contas do FGTS do exercício de 2005 (TC n. 019.638/2006-

4, fls. 1.799/1.800E), [constatamos] que não foram implementados os recursos previstos em 2004 para o Programa. Logo, considerando a ausência de implementação dos recursos previstos, somos por determinar ao CCFGTS que se manifeste nas próximas Contas do Fundo acerca do destino dos recursos definidos no orçamento de 2004 para o Programa citado, não utilizados até o término do exercício de 2005.”

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4. Segundo o Analista, o Relatório de Gestão (fls. 83/88) contém a avaliação do impacto socioeconômico das operações do fundo , conforme preceitua a Decisão Normativa n. 62/2004, mas não traz indicadores de gestão (fl. 1.842, volume 9). O Ministério das Cidades teria informado à equipe da Secretaria Federal de Controle que a metodologia de avaliação dos programas do FGTS seria desenvolvida em caráter continuado pelo referido Ministério, juntamente com técnicos e dirigentes da Caixa, após o seminário sobre o assunto previsto para junho de 2005 (fl. 1.626, volume 8).5. O ACE rememora que, nas contas do Fundo referentes ao exercício de 1999 (TC 009.934/2000-9, foi efetuada determinação específica quanto à avaliação de resultados, conforme aprovado pela Relação n. 54/2002 do Gabinete do Ministro Marcos Vilaça, Ata n. 39/2002, nos termos seguintes:

“8.1.4.1 que, nas próximas contas do Fundo, sejam registrados os resultados alcançados em termos de eficácia e efetividade do sistema de aplicação do FGTS, com a utilização da metodologia cujo trabalho está sendo realizado pela Universidade São Carlos/USP, caso concluído o trabalho, ou de outros indicadores capazes de representar adequadamente tal aspecto da atuação do Fundo, levando-se em conta os resultados quantitativos e qualitativos alcançados pela entidade, de que trata o art. 20, inciso II, alíneas b e c, da IN TCU n. 12/1996 (subitens 6.1.1.c e 6.3.6.3.3);”

6. Em Representação formulada pela 2ª Secex no TC n. 015.351/2004-5, constatou-se a não-implantação da metodologia de avaliação de programas do Fundo no exercício de 2005, embora a Caixa tivesse realizado uma avaliação-piloto em Minas Gerais e planejado a sua aplicação em âmbito nacional, com conclusão prevista para o segundo semestre de 2007. Naquela oportunidade, por meio do Acórdão n. 3.151/2006 – TCU – 1ª Câmara (incluído na Relação n. 78/2006 do Gabinete do Ministro Marcos Vilaça, fls. 1.806/1.807, volume 9), foram efetuadas as seguintes determinações:

“1. à Caixa Econômica Federal, que faça constar dos Relatórios de Gestão do FGTS, a partir do exercício de 2006, além do resultado das ações em cumprimento ao arts. 4º e 14, §1º, da Instrução Normativa TCU n. 47, de 27/10/2004, c/c a Decisão Normativa referente ao exercício atualmente determinadas nos termos dos itens 1 e 2 do Anexo VI da DN n. 71/2005 , considerações sobre a execução do planejamento para a avaliação dos programas financiados com recursos do FGTS usando a metodologia desenvolvida pela Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São Carlos/Fipai, conforme calendário formal adotado;

2. à Controladoria-Geral da União CGU, para que examine nos Relatórios de Gestão do FGTS, a partir do exercício de 2006, o cumprimento do planejamento para a avaliação dos programas financiados com recursos do FGTS usando a metodologia desenvolvida pela Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São Carlos/Fipai, conforme calendário formal adotado pela Caixa Econômica Federal, bem como a análise crítica sobre os resultados alcançados pelos programas e as ações tomadas pelos órgãos responsáveis.”

7. A opinião do ACE é de que são desnecessárias novas providências do Tribunal quanto à avaliação dos programas financiados com recursos do FGTS, uma vez que as determinações acima transcritas devem ser objeto de acompanhamento a partir das contas de 2006. 8. A instrução consigna que não se aplica às presentes contas a exigência de que o Relatório de Gestão discorra acerca da situação das transferências voluntárias concedidas e recebidas, da política de recursos humanos, do cumprimento da legislação pelas entidades de previdência privada e da concessão de diárias, não havendo também indicação de procedimentos licitatórios com irregularidades ou programas financiados com recursos externos (fl. 1.844/1.845, volume 9).9. O Analista assevera que não há determinações e recomendações do TCU cujo cumprimento deva ser avaliado nestas contas de 2004, pois aquelas efetuadas até 2003 foram objeto das Contas de 2002 e 2003, julgadas em 08/11/2005 e 28/03/2006, respectivamente, e do Monitoramento tratado no TC n. 007.547/2004-9, que resultou no Acórdão n. 733/2005 Plenário, de 08/06/2005, o qual terá repercussão nas Contas referentes ao exercício de 2006 (fl. 1.844, volume 9). 10. De acordo com a instrução, as auditorias planejadas pelo Controle Interno foram realizadas em sua totalidade, sem restrição aos exames das áreas de controle, gestão operacional, orçamentária e financeira. Nesses trabalhos não foram apontadas irregularidades no cumprimento das normas legais e regulamentares relativas à aprovação, fiscalização da execução e controle dos projetos financiados pelo Fundo, por parte do órgão ou entidade supervisora e do banco operador. No entanto, foi apontado às fls.

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1.734 do volume 8 o pagamento de despesas com conversão de mídia, não previstas em lei, no valor de R$ 76.865,65, tema esse que será examinado adiante (fl. 1.844/1.845, volume 9).11. No que diz respeito à análise do Balanço Patrimonial, o ACE informa ser inaplicável o índice de liquidez seca, uma vez que no FGTS não ocorrem operações com trânsito de mercadorias. Não foi possível calcular o índice de liquidez corrente, porquanto o plano de contas (fls. 235/237 e 258, volume 1) não discrimina o passivo circulante e exigível a longo prazo. O índice de liquidez geral de 0,86, obtido por intermédio dos valores informados à fl. 258 do volume 1, foi tido por satisfatório, considerando que mais de 74% do passivo refere-se a depósitos vinculados ao FGTS, que somente podem ser sacados nos casos previstos no art. 35 do Decreto n. 99.684/1990 e tendem a se efetivar apenas a longo prazo, e que as retiradas têm pequena representatividade face aos depósitos vinculados (fls. 65, volume principal, e 258, volume 1). O índice de endividamento de 0,89 representa que 89% das aplicações do ativo total são financiadas com capitais de terceiros a curto e a longo prazo.12. Valendo-se da Demonstração do Resultado do Exercício (fl. 259, volume 1), o Analista menciona receitas e despesas no importe de R$ 14.379 milhões e R$ 11.240 milhões, respectivamente, que geraram o Resultado de R$ 3.139 milhões e total gerido (ativo + receita) de R$ 174.887 milhões. 13. A instrução (fls. 1.832/1.834 do volume 9) cuida de que as presentes contas receberam os seguintes pareceres:

13.1 – Auditoria Independente: aprovação, com ressalva, às fls. 300/302 do volume 1, tendo em vista as seguintes ocorrências:

“3. (...) o FGTS possui créditos a receber do Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS, correspondentes a contratos habitacionais com cobertura do FCVS, decorrentes de renegociação de dívidas de agentes financeiros. A efetiva realização desses créditos depende da aderência a um conjunto de normas e procedimentos definidos em regulamentação do FCVS. (...) Por meio de nossos exames constatamos que o atual estágio desse processo apresenta um conjunto de contratos pendentes de análise e conferência. Conseqüentemente não foi praticável, nas circunstâncias, identificar eventuais ajustes, que poderiam ser requeridos como resultado do referido processo de análise e conferência, nos valores dos créditos ainda não homologados pelo FCVS, cujo saldo em 31 de dezembro de 2004 totaliza R$ 1.112 milhões (...) e está registrado na rubrica ‘Créditos vinculados – FCVS’.

4. Não foi submetida à nossa análise a composição analítica e conciliação da rubrica ‘Depósitos Vinculados – valores a desdobrar’ do passivo, cujo saldo em 31 de dezembro é de R$ 734.989 mil, devedor. Conseqüentemente, não foi possível aplicarmos procedimentos de auditoria para avaliar a adequação do referido saldo.”

13.2 – Conselho Diretor: aprovação, fl. 303 do volume 1;13.3 – Conselho de Administração: aprovação, fl. 304 do volume 1;13.4 – Conselho Fiscal: aprovação com a ressalva apresentada pela Auditoria Independente,

acima transcrita, fls. 305/305-A do volume 1; 13.5 – Auditoria Interna: aprovação, fl. 305-B do volume 1;13.6 – Dirigente de Controle Interno: irregularidade da gestão do Sr. Carlos Augusto Borges,

Vice-Presidente do Conselho Diretor da Caixa, e aprovação, com ressalvas, da gestão dos demais responsáveis (fl. 1.743, volume 8), nos termos colacionados no Certificado de Auditoria (fls. 1.738/1.742, volume 8).14. Quanto à primeira ressalva efetuada pela Auditoria Independente, relativa aos créditos do FGTS junto ao FCVS, o Analista informa que a matéria foi objeto de determinação no âmbito das Contas de 2003 (TC 010.571/2004-6, item 2.1.3 do Acórdão n. 633/2006 – TCU – 1ª Câmara, de 28/03/2006), após a elaboração destas contas anuais, razão pela qual considera desnecessária a tomada de novas providências a esse respeito. 15. Entende que a segunda ressalva dos Auditores Independentes, atinente à rubrica “Depósitos Vinculados”, de natureza formal, é insuficiente para macular estas Contas e poderá ser incluída no escopo da fiscalização no FGTS alvitrada no subitem 9.12.1 do Acórdão n. 733/2005 – TCU – Plenário, proferido no TC 007.547/2004-9 – no sentido de que a Segecex avalie a oportunidade e a conveniência de realizar levantamento no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, dando ênfase aos pontos que originaram as determinações/recomendações desta Corte, sem se abster de analisar o funcionamento do

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Fundo como um todo –, para que se avalie até que ponto ele fragiliza os demonstrativos do FGTS apresentados pela Caixa Econômica Federal. 16. O Analista informa que as contas foram encaminhadas ao Controle Interno sem o pronunciamento do Conselho Curador do FGTS, em desconformidade com o art. 5º, inciso IV, da Lei n. 8.036/1990 (fl. 1.833, volume 9). Aquele Conselho Curador teria esclarecido à equipe da auditoria da Secretaria Federal de Controle que estavam sendo realizadas gestões junto ao Ministério do Trabalho e Emprego – MTE a fim de alterar a legislação, de modo que a análise da SFC passasse a servir de aporte à apreciação de seus Conselheiros (fls. 1.716/1.717, volume 8). Não obstante, em consulta ao endereço eletrônico do MTE (http://www.mte.gov.br/Trabalhador/FGTS/Legislação/Conteudo/2005.asp), o Analista obteve cópia da Resolução n. 487/2005 do referido Conselho Curador, de 14/12/2005 (fl. 1.760, volume 8), que aprovou estas Contas com as seguintes ressalvas:

16.1 – ausência de avaliação do impacto sócio-econômico e de indicadores de gestão das operações do Fundo no processo de prestação de contas do FGTS do exercício de 2004;

16.2 – falta de cumprimento, pelo Agente Operador, do subitem 3.1 da Resolução n. 289/1998 do Conselho Curador do FGTS, no que tange ao saldo contábil do Fundo de Liquidez (fl. 1.833, volume 9).17. A primeira destas ressalvas já foi comentada no item 6 supra. A segunda será comentada mais à frente, em conjunto com o exame das falhas e proposições registradas pela Secretaria Federal de Controle Interno relativas ao exercício de 2004.18. Conforme consta do Relatório de Auditoria de Avaliação da Gestão n. 160126 (fls. 1.734/1.737, volume 8), na visão da Secretaria Federal de Controle Interno as falhas relacionadas a seguir acarretariam a ressalva nas contas dos respectivos intervenientes, e, no caso da primeira, também a irregularidade nas contas de Carlos Augusto Borges, Vice-Presidente da Caixa:

a) pagamento, por parte da Caixa, de despesas com conversão de mídia, não previstas em lei, no valor de R$ 76.865,65, no exercício de 2004, bem como não-adoção de providências por parte do CCFGTS e do Agente Operador CEF para ressarcimento ao FGTS das despesas com conversão de mídia incorridas nos exercício de 2002 e 2003, sem previsão legal;

b) falta de providências pelo Agente Operador CEF para ressarcimento ao FGTS pela assunção das perdas com a não-incidência de juros previstos na Lei n. 6.024/1974;

c) não-adoção de medidas objetivando o ressarcimento ao FGTS dos valores referentes à apropriação indevida pelo Agente Operador CEF de recursos provenientes da reserva de risco de crédito, instituída pela Resolução n. 295/1998 – CCFGTS;

d) omissão acerca da adequação da composição paritária do Conselho Curador do FGTS, mencionada na avaliação da gestão do exercício de 2003;

e) não-inclusão em resolução de um item de determinação para solução definitiva do empreendimento Conjunto Habitacional São Cristóvão, mencionada na avaliação da gestão do exercício de 2003;

f) não-adoção de providências para inclusão de indicadores sociais nas peças orçamentárias, mencionada na avaliação da gestão do exercício de 2003;

g) ausência de avaliação do impacto socioeconômico e de indicadores de gestão das operações do Fundo no processo de prestação de Contas do FGTS, exercício de 2004;

h) falta de pronunciamento sobre as Contas do Fundo por parte do CCFGTS; i) atraso ou não-entrega de relatórios de competência do Ministério das Cidades solicitados

pelo Conselho Curador para subsidiar as reuniões do GAP e do próprio Conselho;j) falta de providências efetivas em relação à retomada das obras do Conjunto Habitacional

Arnon de Melo;k) ausência de avaliação bimestral do desempenho das contratações nas unidades federadas, a

serem realizadas pelas secretarias finalísticas do Ministério das Cidades;l) falta de acompanhamento efetivo do desenvolvimento e da aplicação da metodologia de

avaliação dos programas do FGTS pelo Gestor da Aplicação;m) não-conclusão de 46,71% das obras contratadas no período de 1995 a 2004: 22,35% estão

atrasadas, 21,99% não foram iniciadas e 2,36% encontram-se paralisadas;n) descumprimento, pelo Agente Operador, do subitem 3.1 da Resolução n. 289/1998 –

CCFGTS, no que tange ao saldo contábil do Fundo de Liquidez.

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19. O Analista pôs-se de acordo com as providências sugeridas pela Secretaria Federal de Controle Interno acerca das falhas tratadas nas alíneas e, i, j, k, l, m e n do item anterior, incorporadas, com adaptações, na sua proposta de encaminhamento do processo. Quanto às demais falhas, consigna as seguintes observações. 20. A matéria suscitada na alínea a (pagamento de despesas com conversão de mídia) foi objeto de recurso interposto pelo Agente Operador contra o Acórdão n. 633/2006 – 1ª Câmara, proferido nas contas referentes ao exercício de 2003 (TC 010.571/2004-6), e estava pendente de análise por este Tribunal por ocasião da instrução deste feito (fls. 1.781 e 1.784, volume 8). Ademais, ela deverá ser enfrentada na fiscalização de que trata o Acórdão n. 733/2005 – TCU – Plenário, face à inclusão efetuada no subitem 2.7.1 do Acórdão n. 633/2006 – TCU – 1ª Câmara (Contas do FGTS do exercício de 2003). Por essas razões considera-se desnecessário formular novas determinações ao agente operador nestes autos. 21. Não obstante, tendo em vista que o Controle Interno apenas descreveu a irregularidade (fls. 1.632/1.637, volume 8), sem especificar o ato praticado pelo respectivo gestor e o nexo causal entre a sua conduta e o resultado verificado, entende-se cabível determinar à Secretaria Federal de Controle que, doravante, identifique de forma completa os elementos determinantes da responsabilidade, de modo a evitar a necessidade de novos atos processuais, como inspeções e diligências, e o retardamento da ação do TCU. 22. O tema tratado na alínea b (ressarcimento ao FGTS pela assunção das perdas com a não incidência de juros previstos na Lei n. 6.024/1974) foi objeto de determinação no âmbito das Contas de2002 (item 2.1.5 do Acórdão n. 2.661/2005 – TCU – Primeira Câmara) e de recurso impetrado pelo Ministério da Fazenda (fls. 1.808/1.829, volume 9), o qual, à época da instrução, estava em fase de análise de admissibilidade pelo Gabinete do respectivo Relator (fls. 1.830/1.831, volume 9), motivo pelo qual não se formula nova proposta. 23. O Analista não formula proposta quanto à questão enunciada na alínea c porque a apropriação indevida pela Caixa de recursos provenientes da reserva de risco de crédito, instituída pela Resolução CCFGTS n. 295/1998, deverá ser examinada em auditoria determinada no subitem 2.6.4 do referido Acórdão n. 2.661/2005 – TCU – Primeira Câmara.24. O ACE também deixa de apresentar sugestões acerca do assunto versado na alínea d (adequação da composição paritária do CCFGTS), por concordar com a opinião manifestada pelo Diretor Técnico no bojo das Contas de 2003 (TC 010.571/2004-6, julgada pelo Acórdão n. 633/2006 – TCU – 1ª Câmara), no sentido de que a composição do Conselho Curador do FGTS é uma decisão política e expressamente referendada no art. 3º da Lei n. 8.036/1990.25. O Analista considera desnecessária a adoção de providências, nesta oportunidade, no tocante às falhas enfocadas nas alíneas f (falta de indicadores sociais) e g (ausência de avaliação do impacto sócio-econômico e de indicadores de gestão), em face das considerações trazidas nos itens 5 a 7 deste Relatório, e em relação à impropriedade relatada na alínea h (falta de pronunciamento do CCFGTS sobre as Contas do Fundo), pelos esclarecimentos mencionados no item 16. 26. Embora o Controle Interno não tenha considerado como falha para efeito do mérito das contas, o Analista tece comentários sobre a precária estrutura de pessoal do Ministério das Cidades. Segundo consignado pela SFC (fl. 1.714, volume 8), o quadro de pessoal informado por aquele Ministério encontra-se em revisão e está aquém das reais necessidades do Gestor da Aplicação do Fundo para fazer frente às competências estabelecidas no art. 6º, inciso IV, da Lei n. 8.036/1990. 27. Para o Analista, cobram relevo, ainda, as diferenças apuradas pela SFC entre as bases contábil e operacional do FGTS (fl. 1.657, volume 8). Tal impropriedade fora mencionada no relatório de auditoria do FGTS referente ao exercício de 2003. Após os esclarecimentos prestados pelo Agente Operador e a constatação de que as diferenças ocorridas nos exercícios de 2003 e 2004 foram regularizadas, recomendou a Secretaria Federal de Controle que o Agente Operador desenvolvesse plano de ação para corrigir as causas das diferenças que ocorrem na conciliação entre a base contábil e operacional das operações de crédito.28. Confirmando a existência atual dessa falha, o Analista cita como exemplo o registro de “Retorno do Empréstimo ao FAR” no valor de R$ 337.452 mil, existente no Relatório de Gestão (fl. 63), e a rubrica correspondente “Rendas de Financ Habitacionais – FAR” no montante de R$ 203.903 mil, lançada nos demonstrativos contábeis (fl. 248). Os esclarecimentos prestados pelo Agente Operador dão

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conta de que o Relatório de Gestão teve como fundamento o Sistema de Acompanhamento de Programas de Fomento – SIAPF, e de que o controle contábil é efetuado por intermédio do Sistema de Contabilidade de Entidades Sociais Administradas – SICOF, existindo entre essas bases divergências que são apuradas e conciliadas constantemente, a exemplo dos casos apresentados pelo Controle Interno no exercício de 2004 (fls. 1.720/1.721).29. Pondera o Analista que a função da contabilidade não é outra senão possibilitar, tempestivamente, a interpretação dos fenômenos que afetam o patrimônio de uma entidade, parecendo inconcebível a incongruência detectada e o lapso temporal de um mês para que o sistema contábil da Caixa reflita adequadamente a situação patrimonial/financeira do FGTS, principalmente em razão do montante administrado pelo Fundo e seu relevante caráter socioeconômico. Assim, essa falha formal deve ser objeto de determinação por parte desta Corte, nos termos da recomendação da SFC, no sentido de que a Caixa manifeste-se sobre as medidas implementadas nas próximas Contas do FGTS.30. Por último, o Analista assevera não ser possível cotejar as informações apresentadas às fls. 36 no Relatório de Gestão do Fundo, com a Portaria n. 78/2004 da Secretaria de Inspeção do Trabalho – SIT/MTE (fls. 1.790/1.798, volume 8), que define as metas físicas de fiscalização do trabalho para o exercício de 2004. Conseqüentemente, propõe que se determine à SIT que, ao definir metas para o FGTS, contemple informações detalhadas por unidade da federação, discriminadas por metas de registro de empregados, arrecadação do FGTS e quantidade de estabelecimentos fiscalizados para verificação de recolhimento do FGTS, a fim de proporcionar uma avaliação específica do alcance das metas estipuladas. 31. Em síntese, o Analista manifesta-se por que sejam consideradas como de natureza formal as falhas apuradas, julgando-se regulares com ressalva as Contas dos responsáveis arrolados às fls. 3/9, face às ocorrências referidas nos itens 19, 26 e 27 deste Relatório, bem como as dos responsáveis relacionados às fls. 19/23, pela constatação tratada no item 30, e regulares com quitação plena as contas dos demais gestores. Alfim, apresenta a proposta de encaminhamento a seguir reproduzida com alguns ajustes de forma (fls. 1.854/1.856, volume 9):

31.1 – julgar regulares com ressalva as Contas dos Srs. Jaques Wagner, Ricardo José Ribeiro Berzoini e demais responsáveis arrolados às fls. 03/09 e 19/23, dando-se-lhes quitação, nos termos dos artigos 1º, inciso I, 16, inciso II, 18, e 23, inciso II, da Lei n. 8.443/1992;

31.2 – julgar regulares as Contas do Sr. Manoel Felipe Rego Brandão e dos demais responsáveis mencionados às fls. 10/18, dando-lhes quitação plena, nos termos dos artigos 1º, inciso I, 16, inciso I, 17, e 23, inciso I, da Lei n. 8.443/1992;

31.3 – determinar ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – CCFGTS que:

31.3.1 – observe o art. 5º, inciso IV, da Lei n. 8.036/1990, pronunciando-se sobre as Contas do FGTS antes do seu encaminhamento aos órgãos de controle interno para os fins legais;

31.3.2 – nas próximas Contas do Fundo manifeste-se acerca do destino dos recursos definidos no orçamento de 2004 para os Programas Carta de Crédito Associativa Entidades, Apoio à Produção, FCP/SAN e Pró-Transporte, não utilizados até o término do exercício de 2005;

31.3.3 – acompanhe o Conjunto Habitacional São Cristóvão até que se construa uma solução definitiva para o empreendimento e manifeste-se, nas próximas contas, sobre as medidas implementadas para sua conclusão, as quais deverão contemplar a elaboração de cronograma e a fixação de um prazo final;

31.4 – determinar ao Ministério das Cidades que:31.4.1 – adote medidas que contribuam para a melhoria da qualidade da previsões

orçamentárias de aplicação de recursos, apresentando nas Contas anuais justificativas adequadas para as diferenças observadas entre a previsão e a execução;

31.4.2 – faça constar nas próximas Contas do FGTS indicadores que demonstrem a eficácia das ações administrativas, conforme preceitua o item 2.1, Tópico I, do Anexo X, da Decisão Normativa n. 62/2004 do TCU;

31.4.3 – elabore e apresente ao GAP os relatórios de situação dos contratos de obras não iniciadas e do Conjunto Habitacional Arnon de Melo, bem como disponibilize, de forma tempestiva, as informações e relatórios de sua responsabilidade, conforme preceitua o inciso VI, art. 6º, da Lei n. 8.036/1990, com vistas a oferecer o aporte necessário às reuniões do GAP e do próprio Conselho Curador do FGTS;

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31.4.4 – mantenha o acompanhamento do empreendimento Arnon de Melo com vistas ao encerramento definitivo das pendências;

31.4.5 – implemente providências para que as Secretarias de Habitação, de Saneamento Ambiental e de Transporte e da Mobilidade Urbana realizem, bimestralmente, avaliação de desempenho das contratações nas unidades da Federação, em cumprimento ao disposto no art. 4º da Instrução Normativa n. 7/2003 do Ministério das Cidades;

31.4.6 – no desempenho de sua atribuição como Gestor de Aplicação do Fundo, adote medidas para garantir a efetiva utilização da metodologia desenvolvida pela Universidade de São Paulo – Escola de Engenharia de São Carlos/Fipai para avaliação dos programas do FGTS, contemplando, inclusive, a definição de cronograma para implementação do produto e a apresentação desse cronograma para conhecimento e aprovação do Conselho Curador do FGTS, com vistas ao envolvimento de todos os agentes envolvidos no processo;

31.4.7 – realize levantamento individualizado de todas as obras não iniciadas, atrasadas e paralisadas até o encerramento do exercício em curso, dando conhecimento ao Conselho Curador do FGTS, e adote medidas para concluir as obras atrasadas e paralisadas e executar as obras não iniciadas, informando nas próximas Contas os resultados alcançados;

31.4.8 – institua mecanismos de acompanhamento sistemático para identificar as causas de anormalidade na execução das obras, visando a eliminar o seu atraso e paralisação;

31.4.9 – procure compatibilizar sua estrutura de pessoal com as demandas do FGTS, fazendo cumprir com o mister previsto no art. 6º, inciso IV, da Lei n. 8.036/1990, e informe nas próximas Contas as medidas implementadas e os resultados alcançados;

31.5 – determinar à Caixa Econômica Federal que:31.5.1 – faça constar nas próximas Contas indicadores que demonstrem a eficácia das ações

administrativas relativas à operação do FGTS, conforme preceitua a Decisão Normativa n. 62/2004 do TCU no item 2.1 do Tópico I do seu Anexo X;

31.5.2 – aplique o disposto no item 3.1 da Resolução n. 289/1998, alterada pelo item 2.1 da Resolução n. 460/2004, ambas do CCFGTS, no que atine à formação de reserva a título de liquidez (Fundo de Liquidez), a fim de assegurar a capacidade de pagamento de gastos eventuais não previstos relativos aos saques das contas vinculadas, ou, na sua impossibilidade, proponha ao CCFGTS a alteração da norma, de modo que os procedimentos estabelecidos sejam compatíveis com as necessidades operacionais;

31.5.3 – corrija as causas das diferenças na conciliação entre os sistemas de informação contábil e operacional responsáveis pelo gerenciamento das operações do FGTS e informe nas próximas contas as medidas implementadas;

31.6 – determinar à Secretaria de Inspeção do Trabalho – MTE que:31.6.1 – ao definir suas metas em relação ao FGTS, contemple informações detalhadas, por

unidade da federação, discriminadas por metas de Registro de Empregados, arrecadação do FGTS e quantidade de estabelecimentos fiscalizados para verificação de recolhimento do FGTS, a fim de proporcionar uma melhor avaliação quanto ao grau de alcance das metas estipuladas, a partir do Relatório de Gestão do FGTS;

31.6.2 – determinar à 2ª Secretaria de Controle Externo do TCU que avalie, na auditoria determinada por intermédio do Acórdão n. 733/2005 – TCU – Plenário (TC 007.547/2004-9), se houve comprometimento dos demonstrativos contábeis do FGTS apresentados pela Caixa em razão da ressalva apontada pela Auditoria Independente no âmbito das Contas de 2004 em relação à rubrica Depósitos Vinculados – valores a desdobrar do passivo, cujo saldo em 31 de dezembro foi de R$ 734.989 mil;

31.7 – determinar à Secretaria Federal de Controle Interno que:31.7.1 – na elaboração de seu Relatório de Auditoria de Gestão, observe os termos do art. 5º,

inciso V e parágrafo único, da Decisão Normativa n. 62/2004 do TCU; 31.7.2 – ao descrever irregularidades, identifique o gestor responsável, especifique o ato por

ele praticado, o nexo causal de sua conduta e o resultado que fundamentou o apontamento da ocorrência; 31.8 – dar ciência do Acórdão que vier a ser proferido, bem como do Relatório e Voto que o

fundamentarem, ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, ao Ministério das Cidades, à Caixa Econômica Federal, à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e à Secretaria de Inspeção do Trabalho – MTE;

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31.9 – arquivar os presentes autos, com supedâneo no art. 169, inciso IV, do RI/TCU. 32. A proposta descrita no parágrafo anterior contou com a anuência do Diretor-Técnico e do representante do Ministério Público (fls. 1.857/1.858, volume 9).

É o Relatório.

PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO

Trata-se da Prestação de Contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, relativa ao exercício de 2004.2. As contas da entidade referentes aos três exercícios anteriores, bem como as do exercício de 2005, foram apreciadas por esta Corte da forma abaixo descrita, com diversas recomendações e determinações ao Conselho Curador do FGTS – CCFGTS, ao Ministério do Trabalho e Emprego – MTE , ao Ministério das Cidades – MC , à Caixa Econômica Federal – Caixa, à Secretaria Federal de Controle Interno – SFCI, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN e à 2ª Secretaria de Controle Externo deste Tribunal – 2ª Secex, conforme o caso:

contas de 2001 (TC 009.997/2002-5), julgadas regulares com ressalva, com quitação e determinações aos responsáveis, por meio do Acórdão n. 194/2003 – TCU – 2ª Câmara;

contas de 2002 (TC 015.300/2003-8), julgadas regulares com ressalva, com quitação e determinação aos responsáveis, ao Ministério das Cidades, à Caixa, à SFCI, à PGFN e à 2ª Secex, pelo Acórdão n. 2.661/2005 – TCU – 1ª Câmara;

contas de 2003 (TC 010.571/2004-6), julgadas regulares com ressalva, com quitação aos responsáveis, a teor do Acórdão n. 633/2006 – TCU – 1ª Câmara;

contas de 2005 (TC 019.638/2006-4), julgadas regulares, com quitação plena, e regulares com ressalva, com determinações, nos termos do Acórdão n. 35/2008 – TCU –1ª Câmara. 3. Também cumpre mencionar a existência do TC 007.547/2004-9, que trata de Monitoramento realizado pela 2ª Secex com vistas a verificar o cumprimento de determinações e recomendações feitas em processos do FGTS, especialmente das prestações de contas dos exercícios de 2001 a 2005. Por meio do Acórdão n. 733/2005 – TCU – Plenário, algumas determinações foram consideradas cumpridas e formularam-se novos comandos aos órgãos responsáveis pela gestão, operação e fiscalização do Fundo. Principalmente, determinou-se à Segecex que avaliasse a oportunidade e conveniência de realizar levantamento no FGTS, com ênfase nos pontos que originaram as determinações/recomendações desta Corte, sem abster-se de analisar o seu funcionamento como um todo. 4. Atendendo a essa deliberação, a 2ª Secex realizou o levantamento de auditoria consubstanciado no TC 012.621/2007-3, pertencente à Lista de Unidades Jurisdicionadas n. 9 e ainda pendente de apreciação. 5. Feito esse histórico, passo a sintetizar os aspectos que, de acordo com o Relatório precedente, sobressaem nestas contas de 2004, fazendo referência aos processos anteriormente citados para mencionar providências já adotadas por este Tribunal:

5.1. Atingimento parcial das metas fixadas para o FGTS Documento onde foi apontado: Instrução a cargo da 2ª Secex Providências já adotadas pelo TCU:

- determinação ao Ministério do Planejamento e Orçamento de que realizasse medidas efetivas, e evidenciar sua eficácia no Relatório de Gestão, para que as metas de aplicação do FGTS sejam atingidas (item 1.1.4 do Acórdão n. 213/2003 – Plenário);

- recomendação à Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República que envidasse esforços, junto à Caixa Econômica Federal e ao Conselho Curador do FGTS, no sentido de atenuar e/ou eliminar os efeitos das situações adversas que prejudiquem o atingimento de metas relativas à aplicação de recursos do FGTS. (Acórdão n. 35/2003 – Primeira Câmara)

Proposta da Unidade Técnica: - determinar ao CCFGTS que, nas próximas contas do Fundo, manifeste-se acerca

do destino dos recursos definidos no orçamento de 2004 para os programas Carta de Crédito Associativa Entidades, Apoio à Produção, FCP/SAN e Pró-Transporte não utilizados até o término de 2005;

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- determinar ao Ministério das Cidades que adote medidas para a melhoria da qualidade da previsões orçamentárias de aplicação de recursos, apresentando nas Contas anuais justificativas adequadas para as diferenças observadas entre a previsão e a execução;

5.2. Não-utilização da metodologia de avaliação dos resultados do programas do Fundo Documento onde foi apontado: Instrução a cargo da 2ª Secex Providências já adotadas pelo TCU:

- determinação de utilização da metodologia de avaliação desenvolvida pela Universidade de São Carlos/USP (TC 009.934/2000-9, incluída na Relação n. 54/2002 do Gabinete do Ministro Marcos Vilaça, Ata n. 39/2002);

- determinação à Caixa de que faça constar dos Relatórios de Gestão considerações sobre a execução do planejamento para avaliação dos programas financiados pelo FGTS usando a metodologia desenvolvida pela USP (TC 015.351/2004-5, item 1 do Acórdão n. 3.151/2006 – 1ª Câmara);

- determinação à CGU para que examine, a partir do exercício de 2006, o cumprimento do planejamento para avaliação dos programas financiados com recursos do FGTS (TC 015.351/2004-5, item 2 do Acórdão n. 3.151/2006 – 1ª Câmara);

Proposta da Unidade Técnica: - ressalva nas contas dos responsáveis vinculados ao CCFGTS, ao Ministério das

Cidades e ao Ministério do Trabalho;- determinação ao Ministério das Cidades que, no desempenho de sua atribuição

como Gestor de Aplicação do Fundo, adote medidas com vistas a garantir a efetiva utilização da metodologia desenvolvida pela Universidade de São Paulo – Escola de Engenharia de São Carlos/Fipai para avaliação dos programas do FGTS, contemplando, inclusive, a definição de cronograma para implementação do produto e a apresentação desse cronograma para conhecimento e aprovação do Conselho Curador do FGTS, com vistas ao envolvimento de todos os agentes envolvidos no processo;

5.3. Ausência de indicadores de gestão Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI Proposta da Unidade Técnica:

- determinar ao Ministério das Cidades que faça constar, nas próximas contas do FGTS, indicadores que demonstrem a eficácia das ações administrativas, conforme preceitua o Anexo X, Tópico I, item 2.1, da Decisão Normativa n. 62/2004 do TCU;

- determinar à Caixa que faça constar, nas próximas contas, indicadores que demonstrem a eficácia das ações administrativas relativas à operação do FGTS, conforme preceitua o Anexo X, Tópico I, item 2.1, da Decisão Normativa n. 62/2004 do TCU;

5.4. Não-adoção de providências para inclusão de indicadores sociais nas peças orçamentárias, recomendada no item 4.2.1.9 do Relatório de Auditoria n. 140805 da Secretaria Federal de Controle Interno referente à avaliação da gestão do exercício de 2003;

Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI Proposta da Unidade Técnica: a 2ª Secex não formulou proposta, tendo em vista que,

a teor do disposto no Acórdão n. 3.151/2006 – TCU – 1ª Câmara, as determinações referentes à implantação de metodologia de avaliação de resultados do FGTS deverão ser acompanhadas a partir das contas de 2006.

5.5. Existência de créditos a receber do Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS;

Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI Providências já adotadas pelo TCU:

- determinação ao CCFGTS no sentido de que desenvolva gestões imediatas com vistas à solução da situação relativa ao créditos de responsabilidade do FCVS ainda não homologados por aquele fundo (conta Créditos Vinculados FCVS) e que dê notícia ao TCU nas próximas contas do FGTS (TC 010.571/2004-6, item 2.1.3 do Acórdão n. 633/2006 – 1ª Câmara);

- determinação à Caixa no sentido de que desenvolva gestões imediatas com vistas à solução da situação relativa aos créditos de responsabilidade do FCVS ainda não homologados (conta créditos vinculados FCVS), inclusive no que tange à agilização do processo de análise e conferência dos créditos ainda não homologados, promovendo acompanhamento permanente e registros formais e sistemáticos das providências adotadas bem como dos resultados alcançados, em relatórios trimestrais a

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serem encaminhados pelo agente operador ao CCFGTS, de tudo dando notícia nas próximas prestações de contas do fundo, em item específico para o tratamento da matéria nos correspondentes relatórios de gestão (TC 010.571/2004-6, item 2.3.8 do Acórdão n. 633/2006 – 1ª Câmara);

Proposta da Unidade Técnica: a 2ª Secex considera desnecessária a adoção de novas providências;

5.6. Não-apresentação da composição analítica e conciliação da rubrica do passivo “depósitos vinculados – valores a desdobrar”

Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI Proposta da Unidade Técnica:

- inclusão do tema no escopo da fiscalização do FGTS alvitrada no subitem 9.12.1 do Acórdão n. 733/2005 – TCU – Plenário, proferido no TC 007.547/2004-9.

5.7. Encaminhamento das contas ao Controle Interno sem pronunciamento do Conselho Curador do FGTS

Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI Proposta da Unidade Técnica:

- determinação ao CCFGTS que observe o art. 5º, inciso IV, da Lei n. 8.036/1990, pronunciando-se sobre as contas do FGTS antes do seu encaminhamento aos órgãos de controle interno para os fins legais;

5.8. Descumprimento, pelo Agente Operador, do subitem 3.1 da Resolução n. 289/1999 do CCFGTS, no que tange ao saldo contábil do Fundo de Liquidez

Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI Proposta da Unidade Técnica:

- determinar à Caixa que aplique o disposto no item 3.1 da Resolução n. 289/1998, alterada pelo item 2.1 da Resolução n. 460/2004, ambas do CCFGTS, no que atine à formação de reserva líquida a título de liquidez (Fundo de Liquidez), a fim de assegurar a capacidade de pagamento de gastos eventuais não previstos relativos aos saques das contas vinculadas, ou, na sua impossibilidade, proponha ao CCFGTS a alteração da norma, de modo que os procedimentos estabelecidos sejam compatíveis com as necessidades operacionais;

5.9. Pagamento de despesas com conversão de mídia, não previstas em lei, no valor de R$ 76.856,65

Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI Providências já adotadas pelo TCU:

- determinação à Caixa que apure a responsabilidade de quem autorizou o lançamento das despesas com a contratação de empresas para a geração de imagens com base em informações digitais às expensas do FGTS, sem autorização de seu Conselho Curador, informando a este Tribunal de Contas sobre as providências adotadas quando da prestação de contas do exercício de 2005 (TC 010.571/2004-6, item 2.3.1 do Acórdão n. 633/2006, Sessão de 28/3/2006);

- determinação à 2ª Secex que avalie, quando da realização da auditoria de que trata o TC 007.547/2004-9 (Acórdão 733/2005 Plenário), as fragilidades constatadas pela Secretaria Federal de Controle Interno relativas ao processo de conversão de mídia: (TC 010.571/2004-6, item 2.7.1 do Acórdão n. 633/2006, Sessão de 28/03/2006);

Proposta da Unidade Técnica:- determinar à Secretaria Federal de Controle Interno que, ao descrever

irregularidades, identifique o gestor responsável, especifique o ato por ele praticado, o nexo causal de sua conduta e o resultado que fundamentou o apontamento da ocorrência;

5.10. Falta de providências por parte da Caixa para ressarcimento ao FGTS pela assunção das perdas com a não incidência de juros previstos na Lei n. 6.024/1974

Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI Providências já adotadas pelo TCU:

- determinação ao Conselho Curador do FGTS que ordene à Caixa Econômica Federal que proceda à reversão da provisão para cancelamento de juros Lei n. 6.024/1974, registrada no balanço do Fundo, mantenha entendimentos para que a Caixa assuma os valores relativos ao período posterior a 1º/6/2001, nos termos da MP n. 2.196/2001, e negocie, junto à Secretaria do Tesouro Nacional, para que a União assuma as perdas do FGTS com o cancelamento de juros previsto na Lei n.

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6.024/1974, relativas ao período até 1º/6/2001, também nos termos da MP n. 2.196/2001, aportando os recursos necessários à regularização do balanço do Fundo (TC 015.300/2003-8, subitem 2.1.5 do Acórdão n. 2.661/2005);

Proposta da Unidade Técnica: não formulou proposta uma vez que a determinação supra mencionada foi objeto de recurso impetrado pelo Ministério da Fazenda;

5.11. Não-adoção de providências pela Caixa quanto ao ressarcimento ao FGTS dos valores referentes à apropriação indevida pelo Agente Operador CEF de recursos provenientes de reserva de risco de crédito instituída pela Resolução n. 295/1998 – CCFGTS

Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI Providências já adotadas pelo TCU:

- determinação à 2ª Secex que, quando da realização do levantamento de auditoria no FGTS proposto no TC 007.547/2004-9, seja incluída a apropriação indevida pela Caixa de recursos provenientes da reserva de risco de crédito instituída pela Resolução n. 295/1998 do CCFGTS (TC 015.300/2003-8, subitem 2.6.4 do Acórdão n. 2.661/2005 – Primeira Câmara)

Proposta da Unidade Técnica: não formulou proposta porque a matéria deverá ser enfrentada em fiscalização a ser realizada pela 2ª Secex.

5.12. Omissão acerca da composição paritária do CCFGTS. Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI Providências já adotadas pelo TCU: a matéria foi suscitada na instrução das contas

referentes ao exercício de 2003, versadas no TC 010.571/2004-6, mas não foi objeto de determinação por meio do Acórdão n. 633/2006 – TCU – 1ª Câmara;

Proposta da Unidade Técnica: a 2ª Secex não considera que a composição do CCFGTS seja falha imputável aos respectivos gestores;

5.13. Não-inclusão em resolução de uma determinação para solução definitiva do empreendimento Conjunto Habitacional São Cristóvam

Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI Providências já adotadas pelo TCU:

- Determinação ao CCFGTS que continue realizando o acompanhamento do empreendimento Senador Arnon de Mello, atual conjunto Habitacional São Cristóvam, até que ocorra a normalidade da situação, informando nas próximas contas do FGTS as ações realizadas e os resultados alcançados (TC 015.300/2003-8, subitem 2.1.1 do Acórdão n. 2.661/2005 – 1ª Câmara).

Proposta da Unidade Técnica:- Ressalva nas contas dos responsáveis vinculados ao CCFGTS, ao Ministério das

Cidades, ao Ministério do Trabalho;- Determinar ao CCFGTS que acompanhe o Conjunto Habitacional São Cristóvão

até que se construa uma solução definitiva para o empreendimento e manifeste-se, nas próximas contas, sobre as medidas implementadas para sua conclusão, as quais deverão contemplar a elaboração de cronograma e a fixação de um prazo final;

5.14. Falta de providências efetivas em relação à retomada das obras do Conjunto Habitacional Arnon de Melo;

Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI Providências já adotadas pelo TCU:

- De acordo com o subitem 2.1.1 do Acórdão n. 2.661/2005 – 1ª Câmara, proferido no TC 015.300/2003-8, o conjunto Arnon de Melo corresponde ao Conjunto Habitacional São Cristóvam.

Proposta da Unidade Técnica: - ressalva nas contas dos responsáveis vinculados ao CCFGTS, ao Ministério das

Cidades, ao Ministério do Trabalho;- determinar ao Ministério das Cidades que elabore e apresente ao GAP os

relatórios de situação dos contratos de obras não iniciadas e do Conjunto Habitacional Arnon de Melo;- determinar ao Ministério das Cidades que mantenha o acompanhamento do

empreendimento Arnon de Melo com vistas ao encerramento definitivo das pendências;5.15. Atraso ou não-entrega de relatórios de competência do Ministério das Cidades

solicitados pelo Conselho Curador para subsidiar as reuniões do GAP e do próprio Conselho; Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI

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Proposta da Unidade Técnica:- ressalva nas contas dos responsáveis vinculados ao CCFGTS, ao Ministério das

Cidades, ao Ministério do Trabalho; - determinação ao Ministério das Cidades no sentido de que disponibilize, de forma

tempestiva, as informações e relatórios de sua responsabilidade, conforme preceitua o inciso VI, art. 6º, da Lei n. 8.036/1990, com vistas a oferecer o aporte necessário às reuniões do GAP e do próprio Conselho Curador do FGTS;

5.16. Ausência de avaliação bimestral do desempenho das contratações nas unidades federadas, a serem realizadas pelas secretarias finalísticas do Ministério das Cidades;

Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI Proposta da Unidade Técnica:

- ressalva nas contas dos responsáveis vinculados ao CCFGTS, ao Ministério das Cidades, ao Ministério do Trabalho;

- determinar ao Ministério das Cidades que adote medidas para que as Secretarias de Habitação, de Saneamento Ambiental e de Transporte e Mobilidade Urbana realizem, bimestralmente, avaliação de desempenho das contratações nas unidades da Federação, em cumprimento ao disposto no art. 4º da Instrução Normativa n. 7/2003 do Ministério das Cidades;

5.17. Não-conclusão de 46,71% das obras contratadas no período de 1995 a 2004: 22,35% estão atrasadas, 21,99% não foram iniciadas e 2,36% encontram-se paralisadas;

Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI Proposta da Unidade Técnica:

- ressalva nas contas dos responsáveis vinculados ao CCFGTS, ao Ministério das Cidades, ao Ministério do Trabalho;

- determinação ao Ministério das Cidades no sentido de que realize levantamento individualizado de todas as obras não iniciadas, atrasadas e paralisadas até o encerramento do exercício em curso, dando conhecimento ao Conselho Curador do FGTS, adote medidas para concluir as obras atrasadas e paralisadas e executar as obras não iniciadas, informando nas próximas Contas os resultados alcançados;

- determinação ao Ministério das Cidades no sentido de que institua mecanismos de acompanhamento sistemático para identificar as causas de anormalidade na execução das obras, visando eliminar o seu atraso e paralisação;

5.18. Descumprimento, pelo Agente Operador, do subitem 3.1 da Resolução n. 289/1998 – CCFGTS, no que tange ao saldo contábil do Fundo de Liquidez

Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI Proposta da Unidade Técnica:

- determinação à Caixa de que aplique o disposto no item 3.1 da Resolução n. 289/1998, alterada pelo item 2.1 da Resolução n. 460/2004, ambas do CCFGTS, no que atine à formação de reserva a título de liquidez (Fundo de Liquidez), a fim de assegurar a capacidade de pagamento de gastos eventuais não previstos relativos aos saques das contas vinculadas, ou, na sua impossibilidade, proponha ao CCFGTS a alteração da norma, de modo que os procedimentos estabelecidos sejam compatíveis com as necessidades operacionais;

5.19. Precariedade do quadro de pessoal do Ministério das Cidades Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI Proposta da Unidade Técnica:

- determinar ao Ministério das Cidades que procure compatibilizar sua estrutura de pessoal com as demandas do FGTS, fazendo cumprir com o mister previsto no art. 6º, inciso IV, da Lei n. 8.036/1990, e informe nas próximas contas as medidas implementadas e os resultados alcançados;

5.20. Diferenças entre as bases contábil e operacional do FGTS Documento onde foi apontado: Relatório de Auditoria da SFCI Providências já adotadas pelo TCU:

- determinação à SFCI que acompanhe a regularização da diferença entre a base contábil e operacional dos créditos cedidos, no importe de R$ 33.476,06, relativos ao SIACI – Financ. Habit. Créd. Cedidos Out. Ag. Financeiros, manifestando-se a respeito nas próximas contas do Fundo (TC 010.571/2004-6, item 2.4.6 do Acórdão n. 633/2006 – 1ª Câmara);

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Proposta da Unidade Técnica:- ressalva das contas dos responsáveis vinculados à Caixa;

5.21. Impossibilidade de comparação das informações constantes no relatório de gestão com as metas físicas de fiscalização do trabalho fixadas na Portaria n. 78/2004 da Secretaria de Inspeção do Trabalho

Documento onde foi apontado: instrução a cargo da 2ª Secex Proposta da Unidade Técnica:

- ressalva nas contas dos responsáveis vinculados à Caixa.6. Quanto às despesas com conversão em mídia, objeto do subitem 5.8 desta Proposta de Deliberação, cumpre-me registrar que o Recurso de Revisão interposto pela Caixa contra o Acórdão n. 633/2006 – 1ª Câmara (TC 010.571/2004-6) foi conhecido e não-provido, como consta do Acórdão n. 461/2007 – Plenário. 7. As falhas relacionadas no item 5, supra, embora requeiram a adoção de providências corretivas por parte dos órgãos e entidades competentes, não têm gravidade suficiente para acarretar a irregularidade das contas dos agentes a eles vinculados, cabendo, quando necessário, expedir determinações corretivas e julgar regulares com ressalva as sua contas pelas ocorrências que não estão sendo tratadas em outros processos e expedir as determinações corretivas. 8. No entendimento da Unidade Técnica, endossado pelo Ministério Público, são passíveis de ressalva as ocorrências relacionadas nos subitens 5.2, 5.13, 5.14, 5.15, 5.16, 5.17, 5.18, 5.19, 5.20 e 5.21. Contudo, entendo que desse rol devem ser excluídas as ocorrências tratadas nos seguintes subitens:

5.2, pelo mesmo motivo que a Unidade Técnica não propôs determinações sobre esse tópico, ou seja, as determinações pertinentes à implantação da metodologia de avaliação de resultados do FGTS deverão ser acompanhadas a partir das contas de 2006, a teor do Acórdão n. 3.151/2006 – 1ª Câmara;

5.14, que não subsiste como causa autônoma de ressalva; o empreendimento Arnon de Melo, a que ela se refere, atualmente é denominado Conjunto São Cristóvam, objeto do item 5.13, conforme consta do subitem 2.1.1 do Acórdão n. 2.661/2005 – 1ª Câmara, proferido no TC 015.300/2003-8;

5.19, pois não se pode imputar responsabilidade aos gestores pela precária estrutura de pessoal do Ministério das Cidades sem realizar um exame mais aprofundado do quadro de pessoal do órgão e da sua lotação. Como é de conhecimento geral, a carência de servidores é presente em todo o Poder Executivo Federal, devido ao não-preenchimento das vagas existentes no quadro de pessoal efetivo mediante concurso, problema cuja solução ultrapassa a alçada de um único órgão;

9. Ao meu ver, devem ser acrescidos ao rol de ressalvas: o subitem 5.1, pois, muito embora tenham sido oferecidas justificativas para o não-

atingimento das metas de financiamento com recursos do FGTS, essa falha tem sido reiterada, como mostram a determinação e a recomendação já efetuadas pelo TCU no exercício de 2003, e evidencia falha na fixação das metas ou da implementação das medidas de gestão e operação, em prejuízo dos efeitos econômicos e sociais benéficos que poderiam advir da plena aplicação dos recursos disponíveis;

o subitem 5.3, porque a fixação de indicadores de gestão, segundo parâmetros propostos pelos próprios agentes envolvidos, é elemento essencial para que se avalie a qualidade das ações administrativas, o que vem a ser uma das finalidades mais nobres e primordiais dos processos de contas anuais, e não apenas mero item formal da composição dos processos de contas;

o subitem 5.7, uma vez que o encaminhamento do processo de prestação de contas ao Controle Interno sem pronunciamento do Conselho Curador do FGTS enfraquece o exercício das competências desse Conselho; eventual inversão na ordem de processamento das contas só poderia ser implementado após autorização formal. 10. Deixo de acompanhar os pareceres precedentes no ponto em que propunham a ressalva das contas dos Delegados Regionais do Trabalho titulares e substitutos relacionados às fls. 6/9, pois, embora o relatório de gestão tenha discorrido acerca do cumprimento das metas físicas de fiscalização do trabalho, não se discute nos autos falhas afetas à atuação do Ministério do Trabalho e respectivas Delegacias Regionais. 11. Cumpre, ainda, especificar os agentes responsáveis pelas ocorrências ensejadoras de ressalva, segundo as respectivas competências, o que passo a fazer:

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OCORRÊNCIA RESPONSÁVEIS COMPETÊNCIANão cumprimento das metas do FGTS (subitem 5.1)

Conselho Curador do FGTS Estabelecer as diretrizes e os programas de alocação de todos os recursos do FGTS, de acordo com critérios definidos em lei.

Ministério das Cidades Definir as metas a serem alcançadas nos programas de habitação popular, saneamento-básico e infra-estrutura urbana.

Ausência de indicadores de gestão (subitem 5.3)

Ministério das Cidades Acompanhar e avaliar a gestão econômica e financeira dos recursos.

Encaminhamento das contas ao controle interno sem pronunciamento do CCFGTS (subitem 5.7)

Secretário-Executivo do Conselho Curador do FGTS

Assinar as contas em nome da Caixa Econômica Federal e encaminhá-las de forma incompleta à Secretaria Federal de Controle Interno (fl. 306).

Não adoção de solução definitiva do conjunto habitacional São Cristóvam (subitem 5.13).

Conselho Curador do FGTS Adotar as providências cabíveis para correção de atos que prejudiquem o desempenho e o cumprimento das finalidades no que concerne aos recursos do FGTS.

Ministério das Cidades Acompanhar a execução dos programas de habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana decorrentes de aplicação de recursos do FGTS implementados pela CEF.

Caixa Econômica Federal Conceder os créditos para as operações consideradas viáveis e eleitas, responsabilizando-se pelo acompanhamento da execução e zelando pela correta aplicação dos recursos.

Atraso ou não-entrega de relatórios solicitados pelo CCFGTS (subitem 5.15).

Ministério das Cidades Subsidiar o Conselho Curador com estudos técnicos necessários ao apromoramento operacional dos programas de habitação popular, saneamento básico e infra-estrutura urbana.

5.16. Ausência de avaliação bimestral do desempenho das contratações nas unidades federadas.

Secretarias de Habitação, de Saneamento Ambiental, de Transporte e Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades

Avaliar bimestralmente o desempenho das contratações nas unidades da federação (art. 4º da Instrução Normativa n. 7/2003 do Ministério das Cidades).

5.17. Não-conclusão de 46,71% das obras contratadas no período de 1995 a 2004.

Conselho Curador do FGTS Adotar as providências cabíveis para corresção de atos e fatos que prejudiquem o desempenho e o cumprimento das finalidades no que concerne aos recursos do FGTS.

Ministério das Cidades Acompanhar a execução dos programas de habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana, decorrentes de aplicação de recursos do FGTS implementados pela CEF.

Caixa Econômica Federal Conceder os créditos para as operações

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consideradas viáveis e eleitas, responsabilizando-se pelo acompanhamento da execução e zelando pela correta aplicação dos recursos.

5.18. Inobservância do saldo contábil do Fundo de Liquidez.

Caixa Econômica Federal Descumprimento, pelo Agente Operador, do subitem 3.1 da Resolução n. 289/1998 – CCFGTS

5.20. Diferenças entre as bases contábil e operacional do FGTS.

Caixa Econômica Federal Operadora dos sistemas envolvidos.

5.21. Impossibilidade de comparação das informações constantes no relatório de gestão com as metas de fiscalização do FGTS.

Jorge Eduardo Levi Mattoso e Carlos Augusto Borges, signatários do Relatório de Gestão.

Metas de fiscalização do trabalho fixadas na Portaria n. 78/2004 da Secretaria de Inspeção do Trabalho.

12. No que concerne aos demais responsáveis arrolados no processo, cabe julgar as respectivas contas regulares com quitação plena, nos termos sugeridos, tendo em vista que nenhuma irregularidade lhes foi atribuída.

Feitas essas considerações, manifesto-me por que seja adotada a proposta de deliberação que ora submeto a este Colegiado.

T.C.U., Sala de Sessões, em 05 de março de 2008.

MARCOS BEMQUERER COSTARelator

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC-015.648/2005-4

ACÓRDÃO Nº 341/2008 - TCU - PLENÁRIO

1. Processo n. TC 015.648/2005-4 (c/ 9 volumes).2. Grupo I; Classe de Assunto: IV – Prestação de Contas relativa ao exercício de 2004.3. Responsáveis: Jaques Wagner, Ricardo José Ribeiro Berzoini, Paulo Eduardo Cabral Furtado, Sílvio Carlos do Amaral e Silva, Tarcísio José Massote de Godoy, Carlos Gastaldoni, Luiz Fernando da Silva, Olívio de Oliveira Dutra, Carlos Augusto Borges, Clarence Joseph Hillerman Júnior, Amaro Luiz de Oliveira Gomes, Pedro Augusto Machado Cortez, Osvaldo Corrêa Fonseca, Adalberto Cleber Valadão, Antônio de Sousa Ramalho, Valdo Soares Leite, Luiz Gonzaga Ulhoa Tenório, Miguel Salaberry Filho e Maria Tereza da Costa Pantoja, membros titulares do Conselho Curador do FGTS; Marcus Pereira Aucélio, Marcos Otávio Bezerra Prates, Ermínia Teresinha Menon Maricato, Joaquim Lima de Oliveira, Júlio César Paranatinga, Celso Luiz Petrucci, José Pereira Gonçalves, Carlos Alberto Altino, Sidney Ferreira Batalha e Lucimar Silva Lopes Coutinho, membros suplentes do Conselho Curador do FGTS com efetiva participação; Olívio de Oliveira Dutra, Ministro das Cidades, Ermínia Terezina Menon Maricato, Secretaria-Executiva do Ministério das Cidades, Abelardo de Oliveira Filho, Secretário Nacional de Saneamento Ambiental, Clóvis Francisco do Nascimento Filho, Diretor do Departamento de Água e Esgoto, Marcos Helano Fernandes Montenegro, Diretor do Departamento de Cooperação Técnica, Jorge Fontes Hereda, Secretário Nacional de Habitação, Inês da Silva Magalhães, Diretora do Departamento de Urbanização de Assentamentos Precários, Emília Correia Lima, Diretora do Departamento de Produção de Habitação, José Carlos Xavier, Secretário Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, e Renato Boareto, Diretor do Departamento de Mobilidade Urbana, vinculados ao Ministério das Cidades; Ruth Beatriz Vasconcelos Vilela, Secretária de Inspeção do Trabalho, Leonardo Soares de Oliveira, Diretor do Departamento de Fiscalização do Trabalho, Manoel Quintela Rodrigues, Ricardo Coelho de Barros, Francisco Jorge Ribeiro, Maria do Socorro da Silva, Carlos Martins Marques de Santana, Alberto Fernandes de Farias Neto José Pedro de Alencar, Tarcício Celso Vieira, Inocêncio Gonçalves Borges, Ubirajara do Pindare Almeida Sousa, Carlos Alberto Menezes de Calazans, Eloine Marques de Carvalho, Reginaldo Santos, Maria do Socorro Gomes Coelho, Jorge Lopes de Faria, Francisca de Oliveira Barbosa, Jorge Pedro Gaggiano Peres, Paula Maria do Nascimento Masulo, Geraldo Seratiuk, Henrique Barbosa de Pinho e Silva, Alberto Luiz de Lima Trigueiro, Pedro Lopes de Oliveira Filho, Bianor Salles Cochi, Evandro Afonso de Mesquita, Marly Merele Sobreiro, Neusa Maria de Azevedo, Odilon Silva, Lourdes Correia de Almeida Neves, Nilson Barreto Socorro, Heiguiberto Guiba Della Bella Navarro, João Bosco Correa, Delegados Regionais do Trabalho; Maria Bonfim de Oliveira, Martha Cavalcanti Leão Fonseca, Marcos dos Santos Marinho, Weber Duarte Penafort, Anastácio Pinto Gonçalves Filho, José Nunes Passos, Rodrigo de Carvalho, Arnaldo Bastos Santos Neto, Sebastiana de Oliveira Batista, Nauro Costa Muniz, Mônica Damous Dualibe, Fábio Garcia de Morais Lemos, Marilete Mulinari Girardi, Demétrio Artur da Mota Mesbra, Rosângela da Cunha Simões Gonçalves, Roberto Sales de Miranda, Fábia Cristina Esteves de Brito, Lina Josefina de Castro Nogueira, Leila Maria Raboni, Sérgio Pires Domingues, Eder Nobre Praxedes, Jacqueline Lima dos Santos Guerra, Juscelino José Durgo dos Santos, Violeta Sales de Morais, Virlândia Lacerda Diniz, João Pedro Lopes Jacobi, Eduardo João da Costa, Celuta Porto Cruz Moraes, Mauro José Correia, Valdi Gomes de Castro, Erivelton da Silva Santos, Delegados Regionais do Trabalho Substitutos; Manoel Felipe Rego Brandão, Aldemário Araújo Castro, Airton Bueno Júnior, Telma Bertão Correia Leal, Francisco Tadeu B. de Alencar, Rodrigo Pirajá Wienskoski, Luiz Frederico de Bessa Fleury, Pedro Câmara Raposo, Carlos Roberto Stuart, Simone Aparecida V. Azeredo, Dolizete Fátima Michelin, Tereza Cristina Tarragô Souza, Rubem César Costa Guerra, Elton Gomes Mascarenhas, Frabcisco Napoleão Ximenes, Omara Gusmão de Oliveira, Nelson Silvério de Sant'ana Filho, Marciane Zaro Dias Martins, Zainito Holanda Braga, André Alvim de Paula Rizzo, Ubirajara Leão da Silva, Benedito Paulo de Souza, Fábio Penha Gonzales, Eliane Moreno Geidgger da Silva, Josiberto Martins De Lima, Cláudio Roberto Leal Rodrigues, Protogenes Elias da Silva, João José Ramos da Silva, Cristina Luisa Hedler, Joaquim Lustosa Filho, Paulo Afonso Pereira da Silva, Sérgio Santiago da Rosa, Paulo Cesar Negrão de Lacerda, José Humberto da Rocha, Elias Cidral, Giuliano Geraldo Reis, Adauto Cruz Schetine Jr, Wagner Lopes Alves Pereira, Samuel da Silva Mattos, Aureleio Henrique Keller, Valdênia de Sousa Marins, Ricardo Oliveira Pessoa de Souza, Alice Vitória Fazendeiro de Oliveira. Leite, Ailton Loboissiére Villela, Durval Miguel Cardoso e Silva, Helga Letícia da Silva Fernandes, Dalton Pimenta, Rildo José de Souza, Maria do Socorro Santos de Castro, Ana

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Claudia Fernandes Rodrigues, Antonio Marques Pazos, Sebastião Andrade Filho, Nuno José de Souza Miranda, Joedi Barboza Guimarães, Ludimar Calandrin Sidônio, Leandro Maciel do Nascimento, Neydja Maria Dias de Morais, Ronnie Monte Carvalho Montenegro, Talius de Oliveira Vasconcelos, Ronaldo Antônio Araújo Prado, Mário Augusto Castanha, Jacob Gonçalves Macedo, João Luiz de Laia, Antônio Carlos Taques Camargo, Nivaldo Tavares Torquato, Rafael Francisco Gervásio, Vinicius Brandão de Queiroz, Derson da Costa, Patrícia Monteiro Lemos, Vinicius Brandão de Queiroz, Cícero Salles Gomes, Luiz Thomaz Said, Júlio Lopa Selles, Eduardo de Oliveira Saez, Silvio José Fernandes, Mirna Castello Gomes, Alberto Loures da Costa, Vinicius Panetto do Nascimento, Daniella F. S. Salgado Djelberian, Alexandre Ribeiro Meira, Mateus Fernandes de Souza Mendes, Silvana Paulina Robetti, Cesar Oliveira da Rigo, Gustavo Lusivon Rigo, Ronaldo Afonso N. L. Baptista, Lurdislei Griep, Lisiane Andreia Brun da Silva, Paula Gisele Dargélio da Rosa, Antônio Candido de Azambuja Ribeiro, Halen Nara Panisson, Flávio Camozzato, Iolanda Guindane, Mauro Moacir Riella Fernandes, João Ferreira de Assis, Roland Rabelo, Carlos Alberto Arantes Scheidt, Vandré Augusto Burigo, Iolanda Moreira de Jesus, Simone Tavares Pereira Gonçalves, Márcio da Silva Florêncio, Maria Fernada Pacheco V. Wolff, Carlos Trivelatto Filho, Leonardo Duarte Santana, Luis Alberto Carlucci Coelho, Cecília Alvares MachadoMarcelo Carvalho Mangeth, Eduardo Simão Trad Ricardo César Sampaio, Luciano José de Brito, José Roberto Marques Torres, Edson Feliciano da Silva, João Filiminoff, Marcos Roberto Cândido, André Luiz Alves Ligeiro, Márcio Ferro Catapani, Raquel Vieira Mendes, Jacimon Santos da Silva, Carla Cristina Pinto da Silva, José Felippe Antônio Minaes, José Roberto Sertório, Marcos César Utida Manes Baeza, Luiz Fernando Serra Moura Correia, Reiner Zenthofer Muller, Marcelo Carneiro Vieira, Nelson Ferrão Filho, Arno Hugo Augustin Filho, Presidente da Caixa, Jorge Edurdo Levi Mattoso, Vice-Presidente da Caixa, Joaquim Vieira Ferreira Levi, Ademirson Ariovaldo da Silva, Bernardo Gouthier Macedo, Elvio Lima Gaspar, Manoel Felipe Rêgo Brandão, Lúcio da Silva Santos, Hélcio Tokeshi, Norival da Silva, Luiz Frederico de Bessa Fleury, Isaltino Alves da Cruz, Maria do Socorro Almeida Araújo, Francisco Tadeu Barbosa de Alencar, Gustavo Caldas Guimarães de Campos, Jorge Eduardo Levi Mattoso, Aser Cortines Peixoto Filho, Clarice Coppetti, Fábio Lenza, Fernando Nogueira da Costa, Francisco Egídio Pelúcio Martins, João Aldemir Dornelles, João Carlos Garcia, Marcos José Rodrigues Torres, Paulo Roberto Paixão Bretas, Carlos Augusto Borges, Wilson Risolia Rodrigues, Telmo Marques Costa, José Rogério Krticka e Luiz Antônio de Castro.4. Entidade: Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS.5. Relator: Auditor Marcos Bemquerer Costa.6. Representante do Ministério Público: Dr. Paulo Soares Bugarin, Subprocurador Geral.7. Unidade Técnica: 2ª Secex.8. Advogados constituídos nos autos: não há.

9. Acórdão:VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Prestação de Contas do Fundo de Garantia do Tempo

de Serviço – FGTS atinente ao exercício de 2004.ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão do Plenário, ante as

razões expostas pelo Relator, em:9.1. julgar regulares com ressalva, com fundamento nos arts. 1º, inciso I, 16, inciso II, 18 e 23,

inciso II, da Lei n. 8.443/1992, as contas dos Srs. Jaques Wagner, Ricardo José Ribeiro Berzoini, Paulo Eduardo Cabral Furtado, Sílvio Carlos do Amaral e Silva, Tarcísio José Massote de Godoy, Carlos Gastaldoni, Luiz Fernando da Silva, Olívio de Oliveira Dutra, Carlos Augusto Borges, Clarence Joseph Hillerman Júnior, Amaro Luiz de Oliveira Gomes, Pedro Augusto Machado Cortez, Osvaldo Corrêa Fonseca, Adalberto Cleber Valadão, Antônio de Sousa Ramalho, Valdo Soares Leite, Luiz Gonzaga Ulhoa Tenório, Miguel Salaberry Filho, Maria Tereza da Costa Pantoja, Marcus Pereira Aucélio, Marcos Otávio Bezerra Prates, Ermínia Teresinha Menon Maricato, Joaquim Lima de Oliveira, Júlio César Paranatinga, Celso Luiz Petrucci, José Pereira Gonçalves, Carlos Alberto Altino, Sidney Ferreira Batalha, Lucimar Silva Lopes Coutinho, Abelardo de Oliveira Filho, Clóvis Francisco do Nascimento Filho, Marcos Helano Fernandes Montenegro, Jorge Fontes Hereda, Inês da Silva Magalhães, Emília Correia Lima, José Carlos Xavier e Renato Boareto, Arno Hugo Augustin Filho, Jorge Eduardo Levi Mattoso, Joaquim Vieira Ferreira Levi, Ademirson Ariovaldo da Silva, Bernardo Gouthier Macedo, Elvio Lima Gaspar, Manoel Felipe Rêgo Brandão, Lúcio da Silva Santos, Hélcio Tokeshi, Norival da Silva, Luiz

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Frederico de Bessa Fleury, Isaltino Alves da Cruz, Maria do Socorro Almeida Araújo, Francisco Tadeu Barbosa de Alencar, Gustavo Caldas Guimarães de Campos, Jorge Eduardo Levi Mattoso, Aser Cortines Peixoto Filho, Clarice Coppetti, Fábio Lenza, Fernando Nogueira da Costa, Francisco Egídio Pelúcio Martins, João Aldemir Dornelles, João Carlos Garcia, Marcos José Rodrigues Torres, Paulo Roberto Paixão Bretas, Carlos Augusto Borges, Wilson Risolia Rodrigues, Telmo Marques Costa, José Rogério Krticka e Luiz Antônio de Castro, dando-lhes quitação;

9.2. julgar regulares, nos termos dos arts. 1º, inciso I, 16, inciso I, e 17, da Lei n. 8.443/1992, as contas de Ruth Beatriz Vasconcelos Vilela, Leonardo Soares de Oliveira, Manoel Quintela Rodrigues, Ricardo Coelho de Barros, Francisco Jorge Ribeiro, Maria do Socorro da Silva, Carlos Martins Marques de Santana, Alberto Fernandes de Farias Neto José Pedro de Alencar, Tarcício Celso Vieira, Inocêncio Gonçalves Borges, Ubirajara do Pindare Almeida Sousa, Carlos Alberto Menezes de Calazans, Eloine Marques de Carvalho, Reginaldo Santos, Maria do Socorro Gomes Coelho, Jorge Lopes de Faria, Francisca de Oliveira Barbosa, Jorge Pedro Gaggiano Peres, Paula Maria do Nascimento Masulo, Geraldo Seratiuk, Henrique Barbosa de Pinho e Silva, Alberto Luiz de Lima Trigueiro, Pedro Lopes de Oliveira Filho, Bianor Salles Cochi, Evandro Afonso de Mesquita, Marly Merele Sobreiro, Neusa Maria de Azevedo, Odilon Silva, Lourdes Correia de Almeida Neves, Heiguiberto Guiba Della Bella Navarro, João Bosco Correa, Maria Bonfim de Oliveira, Martha Cavalcanti Leão Fonseca, Marcos dos Santos Marinho, Weber Duarte Penafort, Anastácio Pinto Gonçalves Filho, José Nunes Passos, Rodrigo de Carvalho, Arnaldo Bastos Santos Neto, Sebastiana de Oliveira Batista, Nauro Costa Muniz, Mônica Damous Dualibe, Fábio Garcia de Morais Lemos, Marilete Mulinari Girardi, Demétrio Artur da Mota Mesbra, Rosângela da Cunha Simões Gonçalves, Roberto Sales de Miranda, Fábia Cristina Esteves de Brito, Lina Josefina de Castro Nogueira, Leila Maria Raboni, Sérgio Pires Domingues, Eder Nobre Praxedes, Jacqueline Lima dos Santos Guerra, Juscelino José Durgo dos Santos, Violeta Sales de Morais, Virlândia Lacerda Diniz, João Pedro Lopes Jacobi, Eduardo João da Costa, Celuta Porto Cruz Moraes, Nilson Barreto Socorro, Mauro José Correia, Valdi Gomes de Castro, Erivelton da Silva Santos, Delegados Regionais do Trabalho Substitutos, Manoel Felipe Rego Brandão, Aldemário Araújo Castro, Airton Bueno Júnior, Telma Bertão Correia Leal, Francisco Tadeu B. de Alencar, Rodrigo Pirajá Wienskoski, Luiz Frederico de Bessa Fleury, Pedro Câmara Raposo, Carlos Roberto Stuart, Simone Aparecida V. Azeredo, Dolizete Fátima Michelin, Tereza Cristina Tarragô Souza, Rubem César Costa Guerra, Elton Gomes Mascarenhas, Frabcisco Napoleão Ximenes, Omara Gusmão de Oliveira, Nelson Silvério de Sant'ana Filho, Marciane Zaro Dias Martins, Zainito Holanda Braga, André Alvim de Paula Rizzo, Ubirajara Leão da Silva, Benedito Paulo de Souza, Fábio Penha Gonzales, Eliane Moreno Geidgger da Silva, Josiberto Martins De Lima, Cláudio Roberto Leal Rodrigues, Protogenes Elias da Silva, João José Ramos da Silva, Cristina Luisa Hedler, Joaquim Lustosa Filho, Paulo Afonso Pereira da Silva, Sérgio Santiago da Rosa, Paulo Cesar Negrão de Lacerda, José Humberto da Rocha, Elias Cidral, Giuliano Geraldo Reis, Adauto Cruz Schetine Jr, Wagner Lopes Alves Pereira, Samuel da Silva Mattos, Aureleio Henrique Keller, Valdênia de Sousa Marins, Ricardo Oliveira Pessoa de Souza, Alice Vitória Fazendeiro de Oliveira. Leite, Ailton Loboissiére Villela, Durval Miguel Cardoso e Silva, Helga Letícia da Silva Fernandes, Dalton Pimenta, Rildo José de Souza, Maria do Socorro Santos de Castro, Ana Claudia Fernandes Rodrigues, Antonio Marques Pazos, Sebastião Andrade Filho, Nuno José de Souza Miranda, Joedi Barboza Guimarães, Ludimar Calandrin Sidônio, Leandro Maciel do Nascimento, Neydja Maria Dias de Morais, Ronnie Monte Carvalho Montenegro, Talius de Oliveira Vasconcelos, Ronaldo Antônio Araújo Prado, Mário Augusto Castanha, Jacob Gonçalves Macedo, João Luiz de Laia, Antônio Carlos Taques Camargo, Nivaldo Tavares Torquato, Rafael Francisco Gervásio, Vinicius Brandão de Queiroz, Derson da Costa, Patrícia Monteiro Lemos, Vinicius Brandão de Queiroz, Cícero Salles Gomes, Luiz Thomaz Said, Júlio Lopa Selles, Eduardo de Oliveira Saez, Silvio José Fernandes, Mirna Castello Gomes, Alberto Loures da Costa, Vinicius Panetto do Nascimento, Daniella F. S. Salgado Djelberian, Alexandre Ribeiro Meira, Mateus Fernandes de Souza Mendes, Silvana Paulina Robetti, Cesar Oliveira da Rigo, Gustavo Lusivon Rigo, Ronaldo Afonso N. L. Baptista, Lurdislei Griep, Lisiane Andreia Brun da Silva, Paula Gisele Dargélio da Rosa, Antônio Candido de Azambuja Ribeiro, Halen Nara Panisson, Flávio Camozzato, Iolanda Guindane, Mauro Moacir Riella Fernandes, João Ferreira de Assis, Roland Rabelo, Carlos Alberto Arantes Scheidt, Vandré Augusto Burigo, Iolanda Moreira de Jesus, Simone Tavares Pereira Gonçalves, Márcio da Silva Florêncio, Maria Fernada Pacheco V. Wolff, Carlos Trivelatto Filho, Leonardo Duarte Santana, Luis Alberto Carlucci Coelho, Cecília Alvares

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MachadoMarcelo Carvalho Mangeth, Eduardo Simão Trad Ricardo César Sampaio, Luciano José de Brito, José Roberto Marques Torres, Edson Feliciano da Silva, João Filiminoff, Marcos Roberto Cândido, André Luiz Alves Ligeiro, Márcio Ferro Catapani, Raquel Vieira Mendes, Jacimon Santos da Silva, Carla Cristina Pinto da Silva, José Felippe Antônio Minaes, José Roberto Sertório, Marcos César Utida Manes Baeza, Luiz Fernando Serra Moura Correia, Reiner Zenthofer Muller, Marcelo Carneiro Vieira e Nelson Ferrão Filho, Procuradores da Fazenda Nacional, dando-lhes quitação plena;

9.3. determinar:9.3.1. ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – CCFGTS que:9.3.1.1. observe o art. 5º, inciso IV, da Lei n. 8.036/1990, pronunciando-se sobre as Contas do

FGTS antes do seu encaminhamento aos órgãos de controle interno para os fins legais;9.3.1.2. nas próximas Contas do Fundo manifeste-se acerca do destino dos recursos definidos no

orçamento de 2004 para os Programas Carta de Crédito Associativa Entidades, Apoio à Produção, FCP/SAN e Pró-Transporte, não utilizados até o término do exercício de 2005;

9.3.1.3. acompanhe o Conjunto Habitacional São Cristóvão até que se construa uma solução definitiva para o empreendimento e manifeste-se, nas próximas contas, sobre as medidas implementadas para sua conclusão, as quais deverão contemplar a elaboração de cronograma e a fixação de um prazo final;

9.3.2. ao Ministério das Cidades que:9.3.2.1. adote medidas que contribuam para a melhoria da qualidade da previsões orçamentárias de

aplicação de recursos, apresentando nas Contas anuais justificativas adequadas para as diferenças observadas entre a previsão e a execução;

9.3.2.2. faça constar nas próximas Contas do FGTS indicadores que demonstrem a eficácia das ações administrativas, conforme preceitua o item 2.1, Tópico I, do Anexo X, da Decisão Normativa n. 62/2004 do TCU;

9.3.2.3. elabore e apresente ao GAP os relatórios de situação dos contratos de obras não iniciadas e do Conjunto Habitacional Arnon de Melo, bem como disponibilize, de forma tempestiva, as informações e relatórios de sua responsabilidade, conforme preceitua o inciso VI, art. 6º, da Lei n. 8.036/1990, com vistas a oferecer o aporte necessário às reuniões do GAP e do próprio Conselho Curador do FGTS;

9.3.2.4. adote providências para que as Secretarias de Habitação, de Saneamento Ambiental e de Transporte e da Mobilidade Urbana realizem, bimestralmente, avaliação de desempenho das contratações nas unidades da Federação, em cumprimento ao disposto no art. 4º da Instrução Normativa n. 7/2003 do Ministério das Cidades;

9.3.2.5. no desempenho de sua atribuição como Gestor de Aplicação do Fundo, adote medidas com vistas a garantir a efetiva utilização da metodologia desenvolvida pela Universidade de São Paulo – Escola de Engenharia de São Carlos/Fipai para avaliação dos programas do FGTS, contemplando, inclusive, a definição de cronograma para implementação do produto e a apresentação desse cronograma para conhecimento e aprovação do Conselho Curador do FGTS, com vistas ao envolvimento de todos os agentes envolvidos no processo;

9.3.2.6. realize, até o encerramento do exercício em curso, levantamento individualizado de todas as obras não iniciadas, atrasadas e paralisadas, dando conhecimento ao Conselho Curador do FGTS, bem como adote medidas para concluir as obras atrasadas e paralisadas e executar as obras não iniciadas, informando nas próximas Contas os resultados alcançados;

9.3.2.7. institua mecanismos de acompanhamento sistemático para identificar as causas de anormalidade na execução das obras, a fim de eliminar o seu atraso e paralisação;

9.3.2.8. procure compatibilizar sua estrutura de pessoal com as demandas do FGTS, fazendo cumprir com o mister previsto no art. 6º, inciso IV, da Lei n. 8.036/1990, e informe nas próximas Contas as medidas implementadas e os resultados alcançados;

9.3.3. à Caixa Econômica Federal que:9.3.3.1. faça constar nas próximas Contas indicadores que demonstrem a eficácia das ações

administrativas relativas à operação do FGTS, conforme preceitua a Decisão Normativa n. 62/2004 do TCU no item 2.1 do Tópico I do seu Anexo X;

9.3.3.2. aplique o disposto no item 3.1 da Resolução n. 289/1998, alterada pelo item 2.1 da Resolução n. 460/2004, ambas do CCFGTS, no que atine à formação de reserva a título de liquidez (Fundo de Liquidez), a fim de assegurar a capacidade de pagamento de gastos eventuais não previstos

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relativos aos saques das contas vinculadas, ou, na sua impossibilidade, proponha ao CCFGTS a alteração da norma, de modo que os procedimentos estabelecidos sejam compatíveis com as necessidades operacionais;

9.3.3.3. corrija as causas das diferenças na conciliação entre os sistemas de informação contábil e operacional responsáveis pelo gerenciamento das operações do FGTS e informe nas próximas contas as medidas implementadas;

9.3.4. à Secretaria de Inspeção do Trabalho – MTE que, ao definir suas metas em relação ao FGTS, contemple informações detalhadas, por unidade da federação, discriminadas por metas de Registro de Empregados, arrecadação do FGTS e quantidade de estabelecimentos fiscalizados para verificação de recolhimento do FGTS, a fim de proporcionar uma melhor avaliação quanto ao grau de alcance das metas estipuladas, a partir do Relatório de Gestão do FGTS;

9.3.5. à 2ª Secretaria de Controle Externo do TCU que avalie, na auditoria determinada por intermédio do Acórdão n. 733/2005 – TCU – Plenário (TC 007.547/2004-9), se houve comprometimento dos demonstrativos contábeis do FGTS apresentados pela Caixa em razão da ressalva apontada pela Auditoria Independente no âmbito das Contas de 2004 em relação à rubrica Depósitos Vinculados – valores a desdobrar do passivo, cujo saldo em 31 de dezembro foi de R$ 734.989 mil;

9.3.6. à Secretaria Federal de Controle Interno que:9.3.6.1. na elaboração de seu Relatório de Auditoria de Gestão, observe os termos do art. 5º, inciso

V e parágrafo único, da Decisão Normativa n. 62/2004 do TCU;9.3.6.2. ao descrever irregularidades, identifique o gestor responsável, especifique o ato por ele

praticado, o nexo causal de sua conduta e o resultado que fundamentou o apontamento da ocorrência;9.4. dar ciência deste Acórdão, bem como do Relatório e da Proposta de Deliberação que o

fundamentam, ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, ao Ministério das Cidades, à Caixa Econômica Federal, à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e à Secretaria de Inspeção do Trabalho – MTE.

10. Ata nº 6/2008 – Plenário11. Data da Sessão: 5/3/2008 – Ordinária12. Código eletrônico para localização na página do TCU na Internet: AC-0341-06/08-P 13. Especificação do quórum: 13.1. Ministros presentes: Walton Alencar Rodrigues (Presidente), Marcos Vinicios Vilaça, Valmir Campelo, Guilherme Palmeira, Ubiratan Aguiar, Benjamin Zymler, Augusto Nardes, Aroldo Cedraz e Raimundo Carreiro.13.2. Auditores presentes: Augusto Sherman Cavalcanti e Marcos Bemquerer Costa (Relator).

WALTON ALENCAR RODRIGUES MARCOS BEMQUERER COSTAPresidente Relator

Fui presente:

PAULO SOARES BUGARINProcurador-Geral, em exercício