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Grande é aquele que deseja instruir-se; maior o que se instrui; porém muito maior,o que oferece seus conhecimentos aos demais.

Professor Henrique José de Souza

revolucionário invento de Santos Dumont, que permitiu ao homem ganhar os céus com as asas da liberdade, foi utilizado militarmente, causando

mortes e destruição e levando seu inventor, por enorme tristeza e decepção, ao suicídio por enforcamento. Assim, imaginamos como o maior Presidente da história do Brasil, Juscelino Kubitschek, no Oriente Eterno, deve estar sentindo-se, ao ver Brasília, a cidade criada por ele com inspiração no “sonho de Dom Bosco”, tornar-se, a cada escândalo desse caótico quadro da política brasileira, um enorme pesadelo.

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Pois bem, cinquenta anos em cinco: de fato, JK cumpriu seu projeto. Hoje, nos cinquenta anos da inauguração de sua obra faraônica, temos pouquíssimos motivos para comemorar seu Jubileu de Ouro. Falta-nos, por demais, júbilo, e sobra ouro, muito ouro nos bolsos dos políticos. Falta-nos a esperança, plantada há meio século; a brasilidade, o civismo e o comprometimento com o país, sobrando a vergonha ao relapso eleitor brasileiro.

As eleições para Presidente no Brasil e a Copa do Mundo, “casualmente, coincidem-se”. Vagamos atônitos a cada eleição, perdidos, com o voto na mão e sem rumo. Em que urna depositaremos? Na dos mensalão, ou na dos ex-guerrilheiros (não tenho certeza do ex)?

Feudos foram criados, classe média e família são instituições dizimadas (essas, ainda, existem em dicionários para facilitar nossa memória). É de se lamentar o enorme Karma contraído por esses políticos, tal como o do eleitor, que, por sua omissão, tem o governo que mal elege a cada pleito.

Queiram ou não os céticos, esse é o país, cuja capital, graças a JK, encontra-se dentro dos paralelos 15º e 20º, do sonho de Dom Bosco, em 1883. Também, é o país referenciado nas Sagradas Escrituras de antigas civilizações, como a pátria do Avatara da Era de Aquarius, Berço de uma Nova Civilização.

Nossa sugestão, como solução, é redescobrir o Brasil, mas dentro de cada um de nós. Redescobrir, no eleitor, a cidadania, o comprometimento, a moralidade. Redescobrir, nas casas, os lares e, nesses, as famílias, célula mater de uma nação. Redescobrir a esperança no futuro, no brilho dos olhos de

nossos jovens. Redescobrir o Amor ao próximo, o respeito aos mais velhos e nestes, a dignidade pela experiência que acumularam.

A cinquentona Brasília tenta se livrar do lodaçal em que se atolou, sem Governador e sem rumo, muito menos motivos para comemorações, para tristeza de todos os brasileiros e de seu criador, que, se estivesse vivo, muito provavelmente, levado pelo mesmo sentimento de tristeza e decepção, aproveitaria o formato arquitetônico do monumento a ele dedicado, para fazer o mesmo que Santos Dumont.

Perdoem-nos o peso deste Editorial, mas nosso grafite, por vezes, envereda-se a escrever o que sente e se desespera por ver esse gigante, adormecido em berço esplêndido, ser sangrado até a morte, diante da omissão de uma grande maioria. Precisamos fazer a nossa parte!

A Matéria da Capa, “Redescobrindo a Pátria da Nova Civilização”, corrobora, em parte, com o tema acima. Assim como, na coluna Destaques, a matéria “Os Templários, a Maçonaria e as Grandes Navegações Portuguesas” reforça a tese de que o Brasil é o Berço de Uma Nova Civilização e a matéria “Tiradentes, Patrono Cívico da Nação Brasileira”, de autoria do nosso Irmão João Camanho, aviva nossa memória no mês da Conjuração Mineira. Já a coluna, Os Grandes Iniciados, apresenta a Vida e a Obra de um Grande Mestre de Sabedoria, cuja história profana, sempre, fez questão de difamá-lo: O Conde Cagliostro.

A coluna Trabalhos, através da matéria de autoria do historiador maçônico José Castellani, “A Maçonaria e o Apostolado”, apresenta os bastidores da História do Brasil e a difícil relação entre Ledo e Bonifácio no movimento libertário da Independência. Na coluna Reflexões, a matéria “O Medo Causado Pela Inteligência”, de autor ignorado, faz valer o nome da coluna.

A coluna Informe Cultural, mais uma vez, ressalta o importante Encontro da cultura maçônica, que se realizará em Brasília. Que as luzes desse memorável evento ilumine o tenebroso palco da política desse país, acendendo a luz da esperança para novos e melhores rumos.

Na expectativa de dias melhores, pretendemos, nos próximos Editoriais, sem fugir a nossa responsabilidade de conscientizar nossos leitores, aliviar o peso do nosso grafite! ?

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Capa – Redescobrindo a Pátria da Nova Civilização...CapaEditorial.....................................................................................2Matéria da Capa – Redescobrindo a Pátria da Nova Civilização...............3 Destaques - Os Templários, A Maçonaria e as Grandes Navegações Portuguesas.6 - Tiradentes, o Patrono Cívico da Nação Brasileira............8Informe Cultural - XV Encontro Nacional da Cultura Maçônica.......................9

Os Grandes Iniciados - O Conde Cagliostro.........................10Ritos Maçônicos – O Escocismo – Parte II.............................12Trabalhos - A Maçonaria e o Apostolado....................................................13 - A Maçonaria e Seus Rituais do Séc. XVIII e Começo do XIX......15

Reflexões - O Medo Causado Pela Inteligência....................16 Boas Dicas - Eventos Culturais /Blogs/ Edições Anteriores...16 Lançamentos - Da Perícia ao Perito/Crônicas de Uma Cidade Chamada Universo...17

Redescobrindo a Pátria da Nova CivilizaçãoRedescobrindo a Pátria da Nova CivilizaçãoFrancisco Feitosa

o mês em que, através da história “oficial”, comemora-se o Descobrimento do Brasil, coube-nos a oportunidade de apresentar uma versão

menos fantasiada, porém mais transcendente sobre a pátria, que, ao longo de sua curta história, vem confirmando as profecias escritas há milênios.

N

Compilamos trechos do livro editado pela Editora Proton, de autoria da escritora Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco, com o título “História Secreta do Brasil – O Millennium e o Homem Universal”, a fim de elucidar nossos leitores e retirar os “véus de maya”, afinal, a era de Aquarius bate a nossa porta, e os tempos são chegados.

Esse livro, que narra os bastidores e os aspectos transcendentes da história do Brasil, vem corroborar com o que temos, insistentemente, defendido através de artigos e palestras, temas desconhecidos de uma grande maioria, que, por força de um mundo materialista, dominado pelo capitalismo voraz, não se permite olhar, com olhos de ver, as entrelinhas de nossa verdadeira história.

Ao longo desta matéria, serão abordadas pela escritora questões extremamente importantes e, infelizmente, pouco conhecidas. Antes de tudo, é preciso esclarecer que o Brasil não foi "descoberto" em 22 de abril de 1500, conforme regularmente se ensina e se comemora; que a missa aqui celebrada em 26 de abril, também, não foi a primeira.

Em seguida, convém registrar que o "Descobrimento" não se deu por acaso, como se costuma ou se costumava ensinar nos livros escolares. Foi, ao contrário, cuidadosamente, planejado pelos reis templários portugueses, que tinham conhecimento da

existência dessas terras do outro lado do Atlântico e sabiam das correntes marítimas para a elas chegar, muito antes das primeiras navegações lusitanas.

Em terceiro lugar, é preciso retificar que o principal motivo para as Grandes Navegações não foi de ordem econômica, como costumeiramente se acredita, ao contrário, o projeto dos descobrimentos obedeceu, antes de tudo, a uma motivação espiritual dentro do plano dos Cavaleiros da Ordem do Templo, ou de Cristo, de chegar à Terra da Promissão, à Grande Ilha Sagrada ou Ilha Imperecível, onde seria feito, de acordo com as profecias, o Reino de Deus na Terra.

Em quarto, o nome Brasil não veio de pau-brasil (cor de brasa), como se ensina, e, sim, de uma denominação que já existia antes da oficialização da descoberta, significando "terra abençoada".

Finalmente, os colonizadores não foram só bandidos, degredados e gente da pior espécie, conforme se afirma injusta e inveridicamente, ao contrário, o Brasil foi povoado, principalmente, por uma elite constituída por cristãos-novos, Cavaleiros Templários e pessoas perseguidas (degredadas) por questões ideológicas ou religiosas, como os Festeiros do Divino.

Oficialmente, sabe-se que os portugueses, já no ano de 1343, ou antes, aqui estiveram, enviados pelo rei de Portugal Afonso IV, filho de D. Dinis.

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Afirma-nos Roberto Costa Pinho que "o primeiro registro da Ilha Brasil encontra-se na Carta Náutica do cartógrafo genovês Angel Dalorto, elaborada em 1325, onde ela figura a oeste da costa sul da Irlanda, 175 anos antes de o Brasil ser oficialmente descoberto".

Como podia, um cartógrafo genovês, saber da existência dessa terra, que os irlandeses da época passaram, depois, a chamar de Ilha de São Brandão? De duas maneiras: ou porque teve acesso a mapas existentes (como os dos Templários), ou porque, já nessa época, navegadores portugueses, orientados por genoveses, cruzavam os mares e aportavam no Novo Mundo.

Essa última hipótese, sem dúvida, é plausível, pois convém lembrar que o rei D. Dinis, de Portugal, nascido em 1260 e considerado o Pai do projeto dos descobrimentos, contratou navegadores genoveses para a construção da primeira armada portuguesa, com vistas às navegações marítimas futuras. Foi esse monarca que plantou pinhais de Leiria pelo reino, para fornecer a madeira necessária ao feitio das embarcações.

O ano de 1325, em que apareceu a Carta Náutica de Ângelo Dalorto, foi, também, o ano em que morreu D. Dinis, subindo ao trono seu filho Afonso IV. Dezoito anos após a morte de D. Dinis, em 1343, foi oficiada ao Papa a descoberta da Ínsula Brasil, conforme registra Felipe Cocuzza: "Sancho Brandão foi o navegador português que, a mando de D. Afonso IV, chegou ao Brasil na Idade Média, conforme atesta Assis Cintra, em seu livro "Revelações Históricas para o Centenário", em 1923. Essa navegação foi informada por D. Afonso IV ao Papa Clemente VI, em carta de 12 de fevereiro de 1343, acompanhada de um mapa com a inscrição de "Ínsula do Brasil ou de Brandam". O nome Sancho, de Sanctus, o mais santo, ajudou a convergência para São Brandão".

Segundo esse mesmo autor, mapas e textos europeus da Idade Média, entre eles, o célebre "The Canterbury Tales", de Geolfroy Chaucer (1380), ligam, sempre, o nome do Brasil ao de Portugal, às vezes, dando ideia inequívoca de posse: Brasil de Portugal.

Essa "descoberta" de 1500 foi, portanto, uma "tomada de posse", uma vez que os reis templários de Portugal já sabiam da existência dessas terras muito antes dessa navegação, ordenada pelo rei Afonso IV, aliás, preparada pelo seu pai, D. Dinis, chamado por Fernando Pessoa de "plantador de naus".

Conseguiram, primeiramente, sucesso nas navegações portuguesas os reis D. Dinis e Afonso IV, porém ficou com a fama dos descobrimentos D. Manuel, o Venturoso, pois tratou da oficialização perante o mundo da descoberta do Brasil. O alegado "descobrimento casual" foi, na verdade, causal, o que já explicitamos no início desta matéria.

Tal causalidade levou o rei D. Dinis a reflorestar Portugal, plantando os pinhais para fornecer madeira para as embarcações, duzentos anos antes do "descobrimento" oficial, e a criar a primeira armada portuguesa, com auxílio de navegadores genoveses. Depois disso, os reis, dele descendentes, continuaram o projeto de chegada à "terra prometida".

Os mapas e registros dessa terra e das correntes marítimas para a ela chegar (oriundos dos navegadores fenícios e hebreus), juntamente com profecias detalhadas sobre esse longínquo mundo, teriam passado ao poder dos Cavaleiros Templários, quando, no século XII, fundaram a Ordem do Templo em Jerusalém, no mesmo local, onde antes se situara o Templo de Salomão.

Do conhecimento das pessoas mais evoluídas, existem aspectos, ou mesmo fatos na história, ou, ainda, até a própria história, deliberadamente, omitidos ou ocultados por razões de quem tem o poder ou de quem quer se proteger dele.

Acreditar, como é ensinado, por exemplo, no Brasil, que seu descobrimento se deve a uma chegada fortuita e, mais, que o interesse pelo monopólio das especiarias motivou a expansão marítima portuguesa e os descobrimentos, é ter, como diz Antônio Quadros, a visão limitada das pessoas que só enxergam até onde a miopia do dinheiro lhes permite. Assim, como o Império Romano se deveu ao estoicismo, Portugal, do século XV ao XVI, foi dono da metade do planeta e, ainda, invencível em terra e nos mares, porque tinha um alvo muito além do mero interesse pelas riquezas, que certamente houve.

O Porto do Cálice ou Porto do Graal (Portugal), país templário por excelência, era, naquele período, um conjunto de forças e aspirações superiores condensados num só sentido: a expansão da fé de Cristo e a formação do Reino do Espírito Santo, baseado na tradição templária, com sua visão joanina, fundamentada na doutrina de Gioachino di Fiori sobre o advento da Terceira Idade. Impelia-o a fé no destino de uma pátria messiânica portuguesa.

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O principal móvel secreto dos descobrimentos, como bem assinalam Antônio Quadros e outros autores, foi de ordem espiritual: o desejo de construir o Quinto Império ou Reino do Espírito Santo no mundo. Para tanto, ambicionavam chegar à Grande Ilha que, segundo as profecias, estaria destinada para tal propósito.

Rainer Daenhardt, historiador alemão, afirma não ser por acaso pertencerem os grandes navegadores portugueses dos séculos XV e XVI às Ordens de Cristo e de Avis, e, também, levarem, em suas embarcações, a cruz da Ordem de Cristo nas velas.

"A expansão do mundo português não foi o resultado ocasional de aventureiros que se lançaram à procura de conquistas de novas rotas marítimas, para enriquecerem rapidamente e de qualquer maneira. Na história, escrita por mãos portuguesas, não houve a aniquilação sistemática de povos, religiões ou culturas, ao primeiro contato, como a extinção dos astecas, no México, dos Incas, no Peru e dos Guanches, nas Canários, por exemplo. Com a Ordem de Cristo foi tudo diferente."

Para esse escritor, a expansão portuguesa não foi sempre pacífica, mas, de qualquer modo, uma pequena nação pôde escrever páginas significativas na história da humanidade, sem impor extermínio de populações. Foram Cavaleiros iniciados, que navegaram por todos os mares e levantaram padrões com símbolos da Ordem de Cristo, da Cruz de Avis e da Cruz das Quinas, circundada pelo escudo dos castelos.

Afirma Daenhardt que a orientação da Ordem de Cristo, que supervisionava toda a expansão marítima, imprimiu uma vontade férrea à atuação portuguesa, liderada por Cavaleiros iniciados, vivos exemplos de uma interpretação da fé, bem diferente da missão que lhes estava destinada. Essa já era a força da "Fé de Portugal".

O nome Ilha Brasil já existia antes do descobrimento oficial do Brasil por Pedro Álvares Cabral, quando, em 1343, o navegador Sancho Brandão representou o continente com o nome de Ínsula Brasil ou Brandam.

O pesquisador Felipe Cocuzza explica que, "durante a Idade Média, a lendária Ilha Brasil povoou a poesia, os mapas, as tradições, as profecias e o folclore. A palavra Brasil tem duas etimologias convergentes: o

germânico “brasa”, que passou ao Latim e ao Português, de onde veio a designação “pau-brasil”, devido à cor vermelha, e o celta “Brás” ou “Bres”, paralelo ao inglês “Bless”, que significa benção; prende-se, ainda, ao hebraico “Bracha” (ch aspirado como em alemão), também, com o sentido de benção, e ao sânscrito “Brahma”, da raiz “Brith”, expandir, irradiar; brilhar, com o sentido de Deus, bênção, suma ventura. Portanto, Ilha Brasil quer dizer Ilha Abençoada.

Diversos autores apontam que uma das maiores injustiças feitas ao Brasil é dizer que foi povoado por degredados, gente da pior espécie. Ao mesmo tempo, a história ensinada nos bancos escolares salienta, é claro, que os Estados Unidos foram colonizados por pessoas da melhor espécie. Autores como Cocuzza, Varnhagen, João Francisco Lisboa, entre outros, desmentiram essas duas falsidades, infelizmente, arraigadas na mente do povo por força de um ensino errôneo.

Na verdade, a maior parte dos degredados não eram prisioneiros de crime comum, mas livres-pensadores, perseguidos por motivos ideológicos (Inquisição), como cristãos novos e humanistas. Não nos podemos esquecer, em honra dos portugueses, do belo trabalho efetuado pelos jesuítas (Nóbrega e Anchieta), com suas missões, e pelos franciscanos da Ordem Terceira. As duas ordens religiosas trouxeram ao Brasil a tolerância racial, o culto ao Espírito Santo, a Festa do Divino e o sonho de realizar o Reino de Deus na Terra.

Saliente-se o povoamento feito por levas de famílias açorianas, que se fixaram no Rio Grande do Sul ou que fundaram, entre outros estados, o do Espírito Santo, cuja capital, significativamente, chama-se Vitória.

Entre os degredados vindos ao Brasil, para felicidade de nossa terra, estavam os Festeiros do Divino, que, na Europa, estavam sendo perseguidos pela Inquisição por anunciarem o futuro Império do Espírito Santo. Nesse país, eles organizaram as festas que existem com pujança até os dias de hoje.

Constitui, portanto, uma insensatez dizer que foi má sorte para o Brasil ter sido colonizado pelos portugueses; que seria melhor termos sido colonizados pelos ingleses, franceses, holandeses, etc. É só ver o racismo, a intolerância e o clima insuportável existente nas terras colonizadas por tais países, para suspirarmos aliviados por termos sido um país descoberto e povoado por lusitanos. ?

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Os Templários, a Maçonaria e as Grandes Navegações PortuguesasOs Templários, a Maçonaria e as Grandes Navegações Portuguesas

Weber Varrasquimundada em 12 de junho de 1118, em Jerusalém, por Hugues de Payns e chamada de "Pobres Cavaleiros de Cristo", a Ordem do Templo foi criada para

defender Jerusalém dos infiéis, guardar o Santo Sepulcro e proteger os peregrinos a caminho da Terra Santa.

FNa época, existiam os Cruzados e os Templários;

os Templários seguiram um objetivo bem diferente daquele da conquista de Jerusalém. Balduíno II, rei de Jerusalém, recebeu uma parte dos Templários nos alojamentos das estrebarias e ruínas do Templo de Salomão (daí a designação de Cavaleiros do Templo ou Templários), onde permaneceram por nove anos, e seus trabalhos e pesquisas se tornaram secretos. Ao se instalarem nas ruínas do Templo de Salomão, diz-se que encontraram túneis secretos, que levavam ao tesouro da biblioteca oculta, onde estavam guardados os segredos da antiga Ordem Hermética, à qual pertenceu o Rei Salomão, contendo, também, diversos segredos de construção e arquitetura, segredos de navegação, as Tábuas da Lei e a Arca da Aliança, ressurgindo, assim, os sagrados ideais de outrora, ocultados no interior dessa Ordem Templária.

Vencidos os obstáculos, descobriram uma passagem oculta, só conhecida antes por iniciados nos mistérios, e, no fim dessa passagem, uma porta dourada, onde estava escrito: "Se é a curiosidade que aqui vos conduz, desisti e voltai. Se persistirdes em conhecer os mistérios da existência, fazei, antes o vosso testamento e despedi-vos do mundo dos vivos". Ao entrarem, encontraram, entre figuras estranhas, uma forma de estátua e estatuetas, um trono coberto de seda e, sobre ele, um triângulo com a décima letra hebraica, YOD. Junto aos degraus do trono, estava a Lei Sagrada.

A Ordem do Templo sempre possuiu duas hierarquias, uma Interna e outra Externa. Faziam parte da Hierarquia Externa, os militares, que defendiam a Terra Santa, e os peregrinos, que a ela se dirigiam. Já a Interna, era composta por homens que se dedicavam, principalmente, aos estudos herméticos e ocultos. Eles retornaram à Europa plenos de glória e mistérios, e seu retorno coincidiu com a construção das primeiras catedrais góticas.

Os arquitetos romanos, com toda sua inteligência, aplicaram, nas suas construções, uma técnica pouco diferente daquela usada pelos construtores megalíticos, quando amontoavam pedras pesadas umas sobre as outras. Já a catedral gótica exige um conhecimento muito

maior, assim como dados científicos, tradicionalmente recebidos ou geometricamente calculados e recalculados constantemente. Isso superava, amplamente, os conhecimentos daquela época.

Essas construções, surgindo de uma hora para outra, dentro de um curto espaço de tempo, dezenas ao mesmo tempo, faziam parte de um gigantesco projeto, ainda, não esclarecido para a humanidade. De onde vieram esses operários especializados, do arquiteto ao escultor ou o chaveiro, num mundo de relativamente poucos habitantes? Seja como for, nasceu uma classe de operários de construção, treinados numa técnica exemplar e, fisicamente, livres para, em caso de necessidade, locomover-se de uma oficina para outra, sem problemas. Não é sem razão que se consideram essas oficinas de construtores livres (chamadas loges, em francês) como precursoras das lojas franco-maçônicas.

Os Templários juraram pobreza, castidade e obediência; não aceitavam adeptos, porém a Ordem dos Templários foi uma das mais ricas instituições, posteriormente, contando com milhares de adeptos.

Por trás da Ordem do Templo, ergueram-se figuras míticas de personagens bem curiosas, que inspiraram o ideal Sinárquico Templário do Oriente em conjunção com os Ismaelitas do Velho da Montanha, os Cabalistas, Judeus da Espanha muçulmana, as Ordas do Khanat de Gengiskan, os Cavaleiros Árabes de Saladino, as Histórias do Cálice, romances e lendas da Távola Redonda (Parsival, entre outros). Um ímpeto espiritual sem precedentes na história medieval.

Em 1128 de nossa era, ou seja, 10 anos após a fundação, o Papa Honório II aprova a Ordem Templária, dando a eles vestimenta especial: hábito e manto brancos. Em 1145, o Papa Eugênio III lhe concede como distintivo a cruz vermelha, inicialmente, usada do lado esquerdo do manto, e, mais tarde, no peito. Em 1163, o Papa Alexandre III outorgou a carta constitutiva da Ordem, que, na verdade, parecia com as regras da Ordem Cisterciense.

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Devido às doações altíssimas de jóias e terras, os Templários tornaram-se riquíssimos, auferiram poderes e até chegaram a só render obediência ao seu chefe, o Grão-Mestre, e ao Papa. A Ordem do Templo era constituída de vários graus: o mais importante foi o de Cavaleiros, descendentes de alta estirpe em sua maioria. Tinham, também, clérigos (bispos, padres e diáconos) e outras duas classes de Irmãos servidores, os criados e artífices.

O rei da França, Filipe IV, o Belo, e o Papa Clemente V, um francês, morador em Avignon e aliado do rei, fizeram uma perigosa cilada, ajudada por opositores, que, interessados na desmoralização da Ordem, contra ela, levantaram graves acusações.

Em 13 de outubro de 1307, numa sexta feira, foram presos todos os Templários e seu Grão-Mestre, Jacques de Molay, sendo submetidos à Inquisição e acusados de hereges. Por meio de inomináveis torturas físicas, infligidas a ferro e fogo, foram arrancadas desses infelizes as mais contraditórias confissões.

O Papa, desejoso de aniquilar a Ordem, mantendo a hegemonia da Igreja de S. Pedro, e livrar-se da dívida, convocou o Concílio de Viena, em 1311, para esse fim, mas não conseguiu. Convocou outro, porém privado, em 22 de novembro de 1312, e aboliu a Ordem, conquanto se admitisse a falta de provas das acusações. As riquezas da Ordem foram confiscadas, indo parar uma grossa parcela nos cofres do monarca francês.

A tragédia atingiu seu ponto culminante em 18 de março de 1314, quando o Grão-Mestre do Templo, Jacques DeMolay, e Godofredo de Charney, preceptor da Normandia, foram, publicamente, queimados no pelourinho, diante da Catedral de Notre Dame, ante o povo, como hereges impenitentes. Diz-se que o Grão-Mestre, ao ser queimado, lentamente, voltou a cabeça em direção ao local onde se encontrava o rei e imprecou:

"Papa Clemente, Cavaleiro Guilherme de Nogaret, Rei Filipe..., convoco-os ao tribunal dos céus antes que termine o ano, para que recebam vosso justo castigo. Malditos, malditos, malditos!... Sereis malditos até treze gerações". E, de fato, antes de decorrido o prazo, todos estavam mortos.

Em Portugal, o Rei D. Dinis não aceitou as acusações. Com a chegada de grande parte dos Templários a Portugal, em 1307, o Rei os recebe e funda a Ordem de

Cristo, que sagrou, em 1416, o Infante D. Henrique, como Grão-Mestre. Os Templários tinham os segredos da arquitetura e construíram prédios góticos. Também, possuíam segredos de navegação e astronomia".

Na Inglaterra, o rei Eduardo II, que não concordara com as ações do sogro Filipe, ordena uma investigação, cujo resultado proclama a inocência da Ordem. Na Inglaterra, Escócia e Irlanda, os Templários distribuíram-se entre a Ordem dos Hospitalários, Monastérios e Abadias. Na Espanha, o Concílio de Salamanca declarou, unanimemente, que os acusados eram inocentes e fundou a Ordem de Montesa, onde foram acolhidos muitos dos Cavaleiros Templários. Na Alemanha e Itália, os Cavaleiros permaneceram livres. Também, os Rosa-Cruzes, Grande Fraternidade Universal, e a OSTG (Ordem Sagrada do Templo e do Graal) receberam, em seus Templos, os Cavaleiros.

A destruição da Ordem Templária não suprimiu os ensinamentos mais profundos. A Maçonaria e a Ordem DeMolay mantêm a mística até os dias de hoje.

Em 1498, o Cavaleiro Vasco da Gama conseguiria chegar às Índias. D. Henrique morreu em 1460, não assistindo, portanto, ao seu triunfo, e Portugal ia se tornando a maior potência marítima da Terra.

A Ordem de Cristo, sendo prosseguimento da Ordem dos Templários, tinha normas secretas só conhecidas na totalidade pelo Grão-Mestre e seus substitutos hierárquicos. Ao entrar na Ordem, o iniciado conhecia só uma parte das regras que o guiavam. À medida que era promovido, sempre em batalha, tinha acesso a mais

conhecimentos, reservados aos graus hierárquicos superiores. Rituais de iniciação marcavam as promoções. Foi essa estrutura que permitiu, mais tarde, à Ordem de Cristo manter secretos os conhecimentos de navegação do Atlântico. Levava a cruz vermelha em fundo branco nas naus portuguesas; a mesma que a Ordem dos Templários usava.

O Castelo de Tomar virou a caixa-forte dos segredos que a Inquisição não conseguiu arrancar. Até a metade do século XV, os Cavaleiros saíram na frente sem esperar pelo Estado Português. Uma vez anunciada a colonização, eventualmente, doavam à Família Real o domínio material dos territórios, mantendo o controle espiritual. À corte, interessada em promover o desenvolvimento da produção de riquezas e do comércio, cabia, então, consolidar a posse do que havia sido descoberto.

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Os Templários tinham, em suas mãos, relatórios reservados de navegadores, que já haviam percorrido regiões desconhecidas, e preciosidades como as tábuas de declinação magnética, que permitiam calcular a diferença entre o polo norte verdadeiro e o polo norte magnético, que aparecia nas bússolas. E, à medida que as conquistas avançavam no Atlântico, eram feitos novos mapas de navegação astronômica, que forneciam orientação pelas estrelas do hemisfério sul, a que, também, unicamente, os iniciados tinham acesso.

Pedro Álvares Cabral só esteve no comando da esquadra porque, como iniciado, era Cavaleiro da Ordem de Cristo e, como tal, tinha duas missões: criar uma feitoria na Índia e, no caminho, tomar posse de uma terra já conhecida (o Brasil). Sua presença era indispensável, pois só a Ordem de Cristo, herdeira da Ordem dos Templários, tinha autorização para ocupar os territórios tomados dos infiéis.

Os reis Fernando e Isabel da Espanha, começaram a interessar-se pelas terras de além-mar. Com a viagem vitoriosa de Colombo à América, em 1492, o Papa Alexandre VI, um espanhol de Valência, reconheceu, em duas Bulas (Inter Coetera), o direito de posse dos espanhóis sobre o que o navegante genovês havia descoberto e rejeitou as reclamações de D. João II de que as novas terras pertenciam a Portugal. O Rei não se conformou e ameaçou com outra guerra. A controvérsia induziu os dois países a negociarem, frente a frente. Na Espanha,

um tratado para dividir o vasto novo mundo, que todos pressentiam: "O Tratado de Tordesilhas".

Mas, à medida que foi sendo consolidado o comércio na rota das Índias, a partir da sua descoberta, em 1498, a coroa foi absorvendo, gradualmente, os poderes da Ordem. Até que, em 1550, o rei D. João III fez o Papa Júlio III fundir as duas instituições. Com isso, o Grão-Mestre passa a ser, sempre, o rei de Portugal, e o seu filho tem o direito de

sucedê-lo, também, no comando da Ordem de Cristo e das expedições.

Mas o sucesso atraía a competição. A Espanha, tradicional adversária, também, fazia política no Vaticano para minar os monopólios da Ordem, em ação combinada com seu crescente poderio militar. O cronista espanhol das negociações, Frei Bartolomeu de Las Casas, invejou a competência da missão portuguesa. No livro "História de Las Índias", escreveu: "No que julguei, tinham os portugueses mais perícia e mais experiência daquelas artes, ao menos das coisas do mar que as nossas gentes". Sem a menor dúvida, era a

vantagem dada pela estrutura secreta da Ordem. Portugal saiu-se bem no acordo. Pelas Bulas Inter

Coetera, os espanhóis tinham direito às terras situadas mais de 100 léguas a Oeste e Sul da Ilha dos Açores e Cabo Verde. Pelo acordo de Tordesilhas, a linha divisória e imaginária, que ia do polo Norte ao polo Sul, foi esticada para 370 léguas, reservando tudo que estivesse a leste desse limite para os portugueses. ?

a b Tiradentes, Patrono Cívico da Nação BrasileiraTiradentes, Patrono Cívico da Nação Brasileira

João Camanhoegundo Carlyle, grande historiador, a grandeza dos povos se assenta na biografia de seus heróis. E, entre tantas biografias de brasileiros ilustres,

avulta a de Joaquim José da Silva Xavier, patrono cívico da nação brasileira.

SNasceu em São João Del Rei, em 1746. Órfão aos

11anos, foi educado pelo padrinho, cirurgião-dentista, com quem aprendeu a profissão de dentista prático, dela, provavelmente, advindo a alcunha de Tiradentes. Espírito curioso, inventivo e prático, arriscou-se a variadas empresas, não obtendo êxito. Na carreira militar, chegou ao posto de Alferes. Imbuído dos ideais de libertação do jugo português, licencia-se da 6ª Companhia de Dragões da Capitania de Minas Gerais, vindo para o Rio de Janeiro, onde suas pregações nativistas pudessem ecoar e encontrar adesões, já que, em Minas, elas estavam quentes, sem atingir, contudo, o ponto de ebulição. Em setembro de 1788, resolveu procurar

José Álvares Maciel, seu conterrâneo, que estudara em Portugal e Inglaterra, sendo influenciado pelo lema “Liberté, Egalité, Fraternité”, princípios norteadores da Revolução Francesa, cujos desfechos iriam abalar a Europa setecentista.

Durante a conversa, Maciel identificou os mesmos ideais de independência, de que estava possuído, e procurou saber notícias mais recentes de Minas, tomando conhecimento da indignação dos mineiros contra o opressor, a qual crescia mais ainda com a próxima decretação da Derrama. Falaram, também, de José Joaquim da Maia, natural do Rio, que travara contato com Thomas Jefferson, então, embaixador dos Estados Unidos em Paris, a quem pediu conselhos e ajuda para um possível movimento pela emancipação do Brasil, nos moldes do ocorrido para a libertação da América do Norte, em 1776. Entre 1788 e 1789, aproveitava todas as ocasiões para pregar suas aspirações libertárias, tanto no Rio quanto em Minas,

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onde se tornou o Líder da Conjuração Mineira (termo mais apropriado, por se tratar de uma conspiração, trama, maquinação, conjura contra a exploração e o arbítrio do regime colonial português; Inconfidência Mineira é um termo reacionário). Graças à delação de Joaquim Silvério dos Reis , foi preso, assim como os demais conspiradores (José Álvares Maciel, José Joaquim da Maia, Francisco de Paula Freire, José de Oliveira Rolim, Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto e outros). Tiradentes, com admirável coragem, assumiu toda a responsabilidade, sendo, por isso, o único a sofrer a pena capital.

O escritor e conferencista, Joaquim Felício dos Santos, em “Memórias do Distrito Diamantino”, afirma textualmente: “Os Conjurados eram todos iniciados na Maçonaria, introduzida por Tiradentes, quando aqui passou, vindo da Bahia para Vila Rica”. Convém lembrar que a 1ª Loja Maçônica “Cavaleiros da Luz” foi fundada na Bahia, no século XVIII. E, mesmo inexistindo documentos escritos comprobatórios da iniciação de Tiradentes, muitos ilustres escritores e eminentes pesquisadores são unânimes em afirmar o seu ingresso em nossa Ordem. Se não bastassem tais escritos e pesquisas, apontaríamos o Triângulo Central na Bandeira da Conjuração, o Delta Sagrado, Símbolo maior da Maçonaria, afirmando a presença do G∴A∴D∴U∴, portanto, Uno em Essência e Trino em Manifestação. Sobre tal Símbolo, Tiradentes, na Devassa, com argúcia, sem

expor a si mesmo e aos demais, dissera ser, apenas, a Santíssima Trindade. O emblema “Libertas quae sera tamen”, também, vincula-se à Maçonaria, afirmando a tradição de luta e participação em todos os movimentos libertários da humanidade em todas as épocas.

Antes de subir ao patíbulo, para ser enforcado, decapitado e esquartejado, no dia 21 de abril de 1792, Tiradentes, referindo-se aos demais conjurados, afirmara: “Se Deus me ouvisse, só eu morreria e não eles. Dez vidas eu daria, se as tivesse, para salvar as deles”. Um exemplo de bravura estoica, de desprendimento, de altivez e, sobretudo, de amor aos Irmãos de infortúnio, que, resvalando para o chão da mediocridade, amesquinharam-se diante da grandeza do comportamento desassombrado de Joaquim José da Silva Xavier, já que tais conspiradores choraram covardemente durante a Devassa e se curvaram diante da Coroa com tristes e lamentáveis súplicas por perdão.

Meus Irmãos, lembrei-me dos marcantes versos de Medeiros de Albuquerque, autor do Hino da Proclamação da República, os quais retratam o sacrifício do nosso herói, cujo sangue não foi derramado em vão. Eu os dedico a todos quantos valorizam os audaciosos, que pugnam em prol do bem-estar da humanidade, e, com esses versos, fecho o meu trabalho:

“Se é mister que de peitos valentes / Haja sangue no nosso pendão, / Sangue vivo do herói Tiradantes / Batizou esse audaz pavilhão!” (Medeiros de Albuquerque, in “Hino da Proclamação da República”.) ?

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XV Encontro Nacional da Cultura MaçônicaXV Encontro Nacional da Cultura MaçônicaFrancisco Feitosa

ocê está convidado a participar do XV Encontro Nacional da Cultura Maçônica de 2010. O palco será no Auditório da Universidade UNIP, SGAS,

Quadra 913, s/nº, Conjunto B, Asa Sul, Brasília, DF, no período de 8 a 10 de abril, mês em que a Capital Federal comemora seu Jubileu de Ouro.

VParticipam dos Encontros Nacionais de Cultura

Maçônica, além dos Maçons de todas as Potências, escritores, pesquisadores, imortais acadêmicos e jornalistas, além das seguintes organizações: ABIM - Associação Brasileira da Imprensa Maçônica (Presidente Antônio do Carmo Ferreira); INBRAPEM- Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estudos Maçônicos (Presidente

Edenir Gualtieri); UBRAEM - União Brasileira dos Escritores Maçons (Presidente Élio Figueiredo); AAML - Associação da Academia Maçônica de Letras (Presidente Absaí Gomes Brito).

Brasília recebeu o título de capital nacional da cultura maçônica de 2010, em face do Ato assinado pelo Eminente Grão-Mestre do GOB-DF, Jafé Torres, que enviou ofício ao Governador do Distrito Federal, solicitando, de parte do governo, idêntica providência. O evento promete, e sua realização engrandece e exalta a cultura maçônica, estimulando o estudo e a pesquisa no seio de nossa Ordem. A programação do evento encontra-se disponível no blog http://www.domcarmo.blogspot.com/ ?

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O Conde Cagliostro*O Conde Cagliostro*Professor Henrique José de Souza

scolhemos abordar a Vida e a Obra de um "adepto" tão mal compreendido pelo mundo profano, sobre quem pesa uma fama tão injusta,

tomamos como dever dizer algumas palavras em sua defesa, para que outra opinião seja formada a respeito de quem nada mais foi do que "um instrumento do Karma" a favor da coletividade.

EA História - essa mãe bastarda da Humanidade -

que não nos diz, com exatidão, os fatos mais recentes de nossa época e, até hoje, desconhece o berço natal do grande descobridor do Novo Mundo, Cristóvão Colombo, ousa atirar, sobre a memória de Cagliostro, a pecha de charlatão, de conivente, ou, pior ainda, principal autor do furto do célebre Colar da Rainha, estribada, única e exclusivamente, no que subsiste de falso e perverso nos Arquivos da Polícia parisiense; como já foi dito, obra maquiavélica da Companhia de Jesus, pois até mesmo os seus livros foram queimados em uma fogueira pública, por ordem da respeitabilíssima "Santa Inquisição".

No entanto, a história despreza tudo quanto fez em benefício da humanidade, como um fiel e dedicado membro da Maçonaria Egípcia, Tronco donde emanou "Aquela que, em todos os tempos, foi considerada a gloriosa Mensageira da Verdade e do Bem e, através dos séculos, vem abrindo largo sulco de caridade e justiça".

Em um dos cantões da Suíça, por exemplo, sobre cujo nome a memória nos falha neste momento, mas que se poderá encontrar lendo uma obra, que se diz da autoria dele, intitulada L'Evangile de Cagliostro, foi erguido um monumento em homenagem aos benefícios por ele prestados aos habitantes daquela localidade, e, no mármore, cantados em versos os seus gloriosos feitos. Uma cópia da dita estátua se acha no frontispício da mesma obra; aliás, serviu para a reprodução de um quadro, que a SBE (Sociedade Brasileira de Eubiose, então, Sociedade Teosófica Brasileira) possui em sua sala de reuniões (atualmente, esse quadro se encontra no Museu do Templo de São Lourenço, MG), juntamente com as

de outros adeptos.Baseados, ainda, nos falsos arquivos da Polícia

parisiense, foi que o ilustre romancista português Camilo Castelo Branco se inspirou para escrever José Bálsamo, e, também, o insigne escritor francês Alexandre Dumas, sendo que este, ainda, fez outras buscas em diferentes lugares por onde dizem ter passado o misterioso adepto, para escrever as “Memórias de um Médico”, tal como as demais obras suas, um verdadeiro repositório de ensinamentos iniciáticos.

O mundo teosófico, por sua vez, através da erudição de Mr. A. Gedalor, de quem o dicionário “Rhéa” se serve para descrever a personalidade de Cagliostro, diz dele o seguinte: "Esse iluminado, de quem tanto bem como mal se diz,

nem é digno desse excesso de honra, nem dessa indignidade. Fundador de um Rito egípcio (seria ele o

fundador?), procurou, evidentemente, aliar as formas maçônicas com o Iluminismo e serviu-

se da magia, do hipnotismo, do mesmerismo etc., etc. (isso muita gente boa o tem feito, até mesmo Jesus, porquanto a humanidade, para não viver afastada da Lei, exige que se lhe façam milagres). Ele tomava, então, o título de Grão-Copta e, por outra parte, foi

conhecido sob diversos nomes. Desgraçadamente, envolvido no assunto do

Colar da Rainha, ele perdeu, pouco a pouco, o crédito e morreu fora da França, no Castelo

Sant'Angelo, em Roma, onde dizem que, pelos maus tratos que lhe deram seus carcereiros, foi forçado a

suicidar-se. Nada é menos seguro, entretanto o mistério paira sobre o fim desse original adepto das ciências secretas.

Motivos, que não desejamos interpretar, levaram a nossa amada Mestra H. P. Blavatsky a dar uma opinião toda pessoal a seu respeito, tal como se pode ver no seu Glossário Teosófico: "Sua história corrente é conhecida de sobra para que haja necessidade de repeti-la, enquanto a sua verdadeira história nunca se relatou. Finalmente, foi processado e sentenciado em Roma como herege; e diz-se que foi forçado a suicidar-se em seu cárcere. Entretanto, seu fim não foi de todo imerecido, porquanto Cagliostro havia sido infiel aos seus votos em alguns conceitos, quebrando o seu estado de castidade e cedendo à ambição e ao egoísmo".

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Quando um outro não menos misterioso Ser assim se expressa, principalmente, para conduzir os sequiosos de Luz através da Vereda dos Mestres, por sua vez, foi forçado a lançar mão dos “véus mayávicos da iniciação”, tal como, a todo instante, dizia seu dedicado auxiliar, Cel. Olcott, "que não sabia se tal ou qual fato era real ... ", mas se devido à "maya hipnótica" de Blavatsky, o que poderemos dizer desse seu julgamento para com o pobre Cagliostro, senão aquilo que a nossa opinião pessoal nos induz a fazer, embora com todo o respeito, que a sua memória nos merece, e como fiéis servidores de sua Obra grandiosa no mundo?

É opinião de alguns que Cagliostro afastou-se da Lei, etc. No entanto, tendo a Mestra Blavatsky tomado parte na Batalha de Montana, ao lado de Garibaldi, onde foi ferida mortalmente, estando, portanto, de armas na mão lutando contra irmãos, não deixou, com isso, de ser "a excelsa inspiradora dos ensinos teosóficos no mundo, como discípula eleita da Loja Branca". Não! Absolutamente, não!

Do mesmo modo, Cagliostro, cuja missão, até hoje, é desconhecida, como a própria Mestra o afirma, foi o escolhido para uma missão espinhosíssima, mui principalmente, para a corte de um rei devasso e em época de céticos e maliciosos, como os Voltaires, os d'Argens, os Diderots e outros muitos! Assim foi, na mesma época, a missão do Conde Saint-Germain.

Diz o adágio: "Cada povo tem o governo que merece", o qual pode ser mais bem aplicado ao verdadeiro Governo Oculto que dirige os destinos humanos.

Sim, Cagliostro era um charlatão, porém, desde que a opinião pública fez dele o “divino Cagliostro", devia operar prodígios, e foi o que aconteceu.

Joana D'Arc, também, era charlatã, porque o charlatanismo, quando triunfa, é, em Magia, como em tudo mais, um grande instrumento de poder. Joana D'Arc praticava, portanto, Magia à frente do exército, mas, em Ruão, a pobre moça não foi feiticeira.

Levada à fogueira inquisitorial, no entanto, hoje,

seu nome e as suas práticas de feitiçaria, outrora condenados pela Igreja Romana e demonstrados pela eminentíssima pena do Sr. Marquês de Mirvile como obras satânicas, transformaram-se, por sua vez, segundo a Mágica Igreja, em milagres de uma santa digna de figurar no “Flos Sanctorum”!

Napoleão, à frente de suas tropas, era um verdadeiro mago, mas deixou de sê-lo, quando ele próprio pronunciou as memoráveis palavras: "A minha estrela já não mais me protege".

Dizem, ainda, os sábios e historiadores que São Germano era enviado especial de Paris, enquanto Cagliostro vinha de Nápoles.

Achamos esses dois lugares demasiadamente exotéricos para serem, em realidade, os pontos donde essas personagens vieram em missão especial para o mundo! Assim, preferiríamos afirmar que o primeiro procede da Índia, ou mesmo do Tibete, e o segundo, de misteriosa Fraternidade africana, lugares esses para onde deveriam ter voltado depois de realizadas suas missões, embora isso prejudique a lenda do suicídio em Sant'Angelo e outras tantas fantasias que correm sobre o nosso biografado de hoje.

Quem nos poderá negar que a Queda da Bastilha não houvesse sido, de fato, um dos muitos manejos ocultos empregados pelo misterioso adepto enviado do Egito?

Do mesmo modo que São Germano, Cagliostro poderia dizer a respeito de seus pais: "Com sete anos de idade fui proscrito e vaguei com minha mãe na floresta". Sim, porque a sua verdadeira mãe era a ciência dos adeptos; os seus sete anos, a Ciência dos iniciados promovidos ao grau de Mestre; as florestas são os impérios privados da verdadeira Civilização e da verdadeira Luz, como, ainda, a gloriosa Agartha, ou o Sacrossanto lugar onde se realizam as grandes Assembleias dos Deuses!

Salve Cagliostro! ?*Extraído da Revista Dhârana nº 29, de novembro de 1928, órgão oficial de divulgação da Sociedade Brasileira de Eubiose, o autor é o seu fundador.

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O escritor de talento é, de fato, um mago da escrita. Através do bailado do seu grafite cria mundos e fantasias que envolvem, de tal modo, o leitor com seu livro, que, ambos se confundem na tentativa de saber quem, na verdade, está segurando quem!

Feitosa - Revista Arte Real

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Escocismo – Parte IIEscocismo – Parte II

Cristiano José Rehder autor da Franco-Maçonaria, intitulada de escocesa, foi o barão de Ramsay, nobre escocês, jacobita ardente e preceptor de pretendente Carlos

Eduardo Stuart, convertido ao catolicismo por Fenelon; Stuart se ocupou, toda a vida, de intrigas e de complôs.

OConsta que Ramsay disse ao Grão-Mestre Jouaust,

em sua história do Grande Oriente da França, que imaginou agregar ao Mestrado um Escocês, um Noviço, um Cavaleiro do Templo e um Real Arca. Nada sabemos, hoje, sobre os rituais que acompanharam esses Graus, porém é certo, a nossos olhos, que o Cavaleiro do Templo de Ramsay não é o Templário Moderno, sucessor e vingador de Jacob DeMolay.

Ramsay, protestante, convertido ao catolicismo e em ralações diárias com Roma e com os Jesuítas, por interesses do partido dos Stuart, imaginou um Grau ilustre, destinado a relacionar, pelas Cruzadas, o Templo de Salomão com o de Jerusalém, dando o esplendor da Cavalaria ao moderno companheirismo dos discípulos de Hiram.

A tese sustentada por Ramsay, em 1738, em um discurso solene, pronunciado ante a Grande Loja da França, foi: "O nome de free-masons não deve, pois, ser tomado em um sentido literal, grosseiro e material, como se, efetivamente, nossos instituidores tivessem sido simples trabalhadores em pedra e mármore, ou gênios puramente curiosos, estudiosos das artes. Entre eles, não só hábeis arquitetos querendo consagrar seus talentos e seus bens à construção dos templos exteriores, mas também príncipes religiosos e guerreiros, que desejando, ardentemente, edificar, esclarecer e proteger os templos viventes do Altíssimo.

Isso é o que demonstra o desenvolvimento da história da Ordem. No tempo das “guerras santas” da Palestina, muitos príncipes, senhores e cidadãos entraram na Sociedade, fazendo voto de restabelecer os templos dos cristãos na Terra Santa e se comprometendo, sob juramento, a empregar seus talentos e bens para devolver à Arquitetura seu primitivo esplendor.

Congregaram-se em muitos sinais antigos, em palavras simbólicas, tiradas do fundo da religião, para distinguir-se dos infiéis e reconhecer-se entre estes. Esses sinais e palavras se comunicavam àqueles que prometiam, solene e frequentemente, aos pés dos mesmos altares, não

revelá-los, jamais. A promessa sagrada não era, pois, um juramento execrável, como se atribui, senão um laço respeitável para unir os homens de todas as nações em uma mesma confraternidade. Algum tempo depois, nossa Ordem se uniu, intimamente, com os Cavaleiros de São João de Jerusalém. Desde aquele dia, nossas Lojas levaram o título de Lojas de São João em todos os países. Essa união se fez à imitação dos israelitas, quando estes reedificaram o segundo templo, em cujos trabalhos manejavam, com uma das mãos, a trolha, e a espada e o escudo, com a outra (Esdras.IV,16).

Os reis, príncipes e os senhores, ao regressarem da Palestina, estabeleceram, em seus estados e domínios,

diferentes Lojas de São João, nas quais mantinham a íntima aliança, existente entre eles.

Ramsay estava muito versado nos estudos teológicos, aos quais se havia dedicado desde a juventude. Foi fácil, portanto, acomodar a lenda bíblica na redação dos catecismos e instruções históricas desses graus. Ele era escocês e pretendeu que essas elucubrações vieram da Escócia. Deu-lhes uma origem ilustre, ligando-as com as Cruzadas, o que fazia seus graus mais agradáveis aos adeptos, que a simples free-masonary da Grande Loja de Londres, e os distinguiu da

Maçonaria Inglesa, dando-lhes o título de escoceses. Tal é a origem mais racional do Escocismo na Maçonaria.

Mais tarde, quando o Escocismo foi estendendo-se com êxito na França e em outros países, à Escócia não faltou reivindicar a Maçonaria Escocesa e se remontar, também, a origem do Rito de Heredom, de Kilwinning (um dos ramos do Escocismo), até o ano de 1150, por mais que se tenha a certeza de que a Grande Loja de Kilwinning não data mais que o ano de 1763.

Fica, plenamente, demonstrado que a Maçonaria Cavalheiresca Templária pretendida, descendente das Cruzadas, e que, já do primeiro dia, tentou-se fazer passar como superior à Inglesa, não pode, de maneira alguma, ter origem na Escócia, porquanto a Franco-Maçonaria Filosófica não havia nascido naquele país, ainda. Contudo, por causa de cisão entre algumas Lojas, a ficção do Escocismo serviu a uma delas para erigir-se em autoridade rival. Essa foi a Loja do pequeno bairro de Kilwinning, que, ao se revestir de títulos das Lojas escocesas, pretendeu ser inscrita a primeira no quadro das que concorriam a formar a Grande Loja de Edimburgo, por datar sua existência dos tempos do rei Robert Bruce.

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Porém, como não pôde fundar sua pretensão em nenhum documento autêntico, por carecer de títulos, deu-se preferência à Loja Santa Maria, que exibiu uma patente, remontando ao ano de 1598. A Loja de Kilwinning protestou e insistiu em suas pretensões, alegando que era notório Robert Bruce haver aceitado o patronato de seus maçons, em recompensa dos serviços que estes lhe haviam prestado em uma batalha contra os ingleses, e que os antigos reis da Escócia haviam continuado a exercer o dito cargo.

Foi, seguidamente, rejeitada sua tese. Então, retirou-se e se erigiu em potência rival sob o título de Loja Mãe Real, dando entrada nas inovações de Ramsay, que havia tratado, inutilmente, até aquele dia, de fazer aceitar pela Grande Loja de Londres, criando o Rito conhecido com o nome de Ordem de Heredom de Kilwinnig, uma imitação do Rito de Perfeição, praticado na França pelo Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente.

Havia Templários na Escócia, como, também, na França. Sua Ordem foi dispersada, porém não perseguida. Não tiveram necessidade de se refugiarem nas Lojas

Maçônicas, naquela época, simples corporações de obreiros, ainda que a Ordem Templária se achasse formada da flor da nobreza de toda a cristandade.

Aos sete graus de Ramsay, logo se sucederam as superposições do Eleito, grau bíblico, fundado sobre a vingança, na continuação da lenda de Hiram; do Eleito, nasceu o Kadosch. Seguindo a escala progressiva das inovações, foram aparecendo, sucessivamente: os Príncipes do Real Segredo, os Inquisidores e os Inspetores, formando um conjunto de 25 graus; pouco depois, seu número elevou-se a 33.

Logo se abre um horizonte mais dilatado, pretendendo uma renovação dos mistérios antigos do Egito, dividido em 90 graus, sob o título de Rito de Misraim. A verdade é que, hoje o Rito Escocês Antigo e Aceito é um rito em seus altos graus (4 a 33), totalmente distinto da Maçonaria Simbólica, simples e pura. Os graus filosóficos são ilustrativos, históricos e religiosos, com profundo tom filosófico, voltados para o dia-a-dia, não devendo ser encarados como uma ostentação de paramentos e de orgulho. ?

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A Maçonaria e o Apostolado*A Maçonaria e o Apostolado*

José Castellaniuito se tem escrito sobre o Apostolado, inclusive, que ele fora fundado por José Bonifácio, porque este não gostou de sua

destituição do cargo de Grão-Mestre do Grande Oriente, fato não-verdadeiro, pois o chamado Apostolado foi fundado antes do Grande Oriente, em 2 de junho de 1822, e as principais figuras do movimento emancipador, como, por exemplo, D. Pedro, Lêdo e o cônego Januário, faziam parte dele, ao lado de José Bonifácio e, posteriormente, de seu irmão, também maçom, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada e Silva.

M

O "Apostolado da Nobre Ordem dos Cavaleiros da Santa Cruz" foi instalado em 2 de junho de 1822, e o Príncipe-Regente, D. Pedro, que tomara parte na reunião de fundação, foi eleito seu chefe, por proposta de José Bonifácio, com o título de Arconte-Rei, tomando posse na reunião seguinte, em 22 de junho. Era uma organização nos moldes da Carbonária europeia, cuja atuação Bonifácio bem conhecera, durante os anos em que permanecera na Europa.

O corpo principal da entidade era a "Palestra", e seus membros, também, adotavam nomes simbólicos, ou heroicos, como os maçons: José Bonifácio era

Tibiriçá, D. Pedro, Rômulo, Antonio Carlos, Falkland. Os integrantes do Apostolado, que se tratavam como "camaradas", dividiam-se em quatro categorias, em sentido ascendente: a dos Recrutas, a dos Escudeiros, a dos Cavaleiros e a dos Apóstolos. Um laço no lado direito do peito indicava o grau: amarelo, para os Recrutas; encarnado, para os Escudeiros; azul-celeste, para os Cavaleiros; branco, para os Apóstolos. Os profanos eram

chamados de "paisanos".Posteriormente, o

Apostolado resolveu se dividir em três Palestras: a primeira, sob o título de "Independência ou Morte"; a segunda, de "União e Tranquilidade"; a terceira, de "Firmeza e Lealdade".

Os neófitos prestavam o seguinte juramento: "Juro aos Santos Evangelhos guardar, escrupulosamente, os segredos de meu grau, não comunicando a pessoa alguma

paisana qualquer coisa que, na qualidade de Recruta, me for confiada, nem tão pouco instruir a alguém do sinal da Ordem dos Cavaleiros da Santa Cruz, toque, senha e contrasenha correspondente... Juro, finalmente, promover, com todas as minhas forças e a custo da minha vida, fazer a Integridade, Independência e Felicidade do Brasil, como Império constitucional, opondo-me tanto ao despotismo, que o altera, como à anarquia, que o dissolve. Assim Deus me ajude”.

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O "Livro das Atas do Apostolado", como comprova Rio Branco, em notas à "História da Independência do Brasil", de Varnhagen, figurou na Exposição de História do Brasil, de 1881, sob o nº 6.986 do catálogo, junto com outro volume, que trazia o juramento e as assinaturas de cem membros da sociedade, sendo que as quatro primeiras principais, portanto, eram as de D. Pedro, de José Bonifácio, de Nóbrega e de Lêdo. O Livro de Atas contém as atas das sessões de 2 e 22 de junho, 5, 9, 17, 24 e 31 de julho, uma sem data, 10 de agosto, 7, 12 e 18 de dezembro de 1822, 2 de janeiro, 2, 7 e 22 de fevereiro, 1 de março, 1 e 21 de abril, 6 e 15 de maio de 1823. Em 1823, o Apostolado seria, também, fechado por D. Pedro.

O Apostolado e o Grande Oriente viriam a representar facções diferentes da Maçonaria brasileira: a primeira, sob a liderança de Bonifácio; a segunda, sob a de Lêdo. Ambas defendendo a emancipação política do país, mas sob formas diferentes de governo e maneiras diferentes de encarar a questão. O grupo de Lêdo defendia o rompimento total dos laços com a metrópole portuguesa e um regime que o aproximasse mais daquele dos demais países latino-americanos, que, paulatinamente, iam conseguindo sua independência da Coroa espanhola. O grupo de Bonifácio, presente no Grande Oriente, mas encastelado, principalmente, no Apostolado, pregava a união brasílico-lusa, ou seja, uma comunidade luso-brasileira de países autônomos, que englobasse as colônias e não admitisse a escravização dos negros.

Na luta por maior prestígio político e influência sobre D. Pedro, desencadearam-se hostilidades entre os dois grupos, as quais culminariam com o processo de outubro de 1822, conhecido como "Bonifácia".

As ideias separatistas fermentavam desde a Revolução Pernambucana de 1817, mas os mais exaltados do grupo de Lêdo queriam a República, enquanto José Bonifácio dava mostras de que entendia a Independência dentro de uma união com o Reino de Portugal e Algarve, salvaguardados os interesses do Brasil, num regime de monarquia constitucional.

Havia, evidentemente, interesses políticos em jogo, já que ambos os grupos disputavam as boas graças do Príncipe Regente, visando, cada um deles, ao esmagamento do adversário. Até a ascensão de D. Pedro ao Grão-Mestrado do Grande Oriente, havia, pelo menos, uma cordialidade aparente entre os dois grupos. Depois disso, ou seja, após 28 de setembro, esse tênue vínculo rompeu-se totalmente, e as hostilidades sucederam-se de parte a parte, começando com o próprio discurso de recepção ao novo Grão-Mestre, no qual o orador, Domingos Alves Branco, faz, indiretamente, pesados ataques a Bonifácio e aos seus seguidores, como no seguinte trecho: "(..) Apartai-vos, digno Grão-Mestre, de

homens coléricos e furiosos. Por mais cientes que eles sejam, nunca acham a razão e só propendem para o crime ".

Daí para frente, as hostilidades aumentaram, fazendo José Bonifácio ficar aguardando um pretexto para ir à desforra. E esse pretexto surgiu, quando ele soube que Lêdo, Nóbrega e Clemente Pereira haviam exigido de D. Pedro, três assinaturas em branco e o juramento prévio à Constituição a ser aprovada pela Assembleia Constituinte. No Ofício do Senado da Câmara do Rio de Janeiro, ao de São Paulo, datado de 17 de setembro de 1822, Clemente Pereira, presidente daquela Casa, demonstra a disposição do grupo de Lêdo, que dominava a Câmara, de tornar D. Pedro um monarca sem poderes, prisioneiro da Constituição e da futura Assembleia Constituinte. Escrevia ele, entre outras coisas: " ... prestando o mesmo Senhor, previamente, um juramento solene de guardar, manter e defender a Constituição, que fizer a Assembleia Geral, Constituinte e Legislativa Brasílica”.

Diante disso, José Bonifácio conseguiu convencer D. Pedro de que as três assinaturas em branco e um juramento prévio a uma coisa, ainda, inexistente eram exigências absurdas, aconselhando-o, então, a reaver as três assinaturas e a evitar o juramento prévio. Mesmo assim, todavia, a facção representada por Clemente Pereira não desistiu de seu intento até dois dias antes da aclamação do Imperador. Na realidade, no dia 10 de outubro, o grupo começou a se reunir no Senado da Câmara, iniciando um movimento para, dali, ir ao Paço de São Cristóvão, exigir que D. Pedro jurasse, previamente, a futura Constituição. Os participantes, todavia, não lograram seu intento, pois Bonifácio, sabedor do fato, mandou dispersar o ajuntamento. Como corolário de tudo isso, D. Pedro, como Grão-Mestre, suspendia, através de carta datada de 21 de outubro, as atividades do Grande Oriente. Embora ele tivesse, poucos dias depois, autorizado a sua reabertura, esta não aconteceu devido ao processo movido contra os partidários de Lêdo, com a consequente prisão de quase todos os seus membros, próceres destacados do Grande Oriente.

O Apostolado, todavia, não iria sobreviver muito tempo ao Grande Oriente.

Devido a uma queda que sofrera e que lhe havia provocado fratura de costelas, o Imperador tinha deixado de frequentar o Apostolado, desde 30 de junho de 1823. Consta que, aproveitando-se dessa ausência, os apóstolos tramavam uma terrível conjuração contra a pessoa de D. Pedro, o seu Arconte-Rei. E essa suposta conjura acabou sendo denunciada através de uma carta anônima, redigida em alemão, a qual foi recebida pelo Imperador e traduzida pela Imperatriz Leopoldina. Essa carta fora entregue por um desconhecido, colocada dentro de outra, dirigida ao Tesoureiro da Casa Imperial, Plácido Antonio Pereira de Abreu. Nesta outra, Plácido era avisado de que sua existência correria perigo se aquela missiva não fosse entregue, naquele mesmo dia, na própria mão do Imperador.

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D. Pedro, ao recebê-la, chamou o ministro José Bonifácio ao Paço, por volta das seis horas, para conversar, e, sem nada revelar-lhe, deixou-o em conversa com a Imperatriz, recomendando-lhe que não saísse. Depois disso, embora envolto em ligaduras, vestiu-se e saiu acompanhado de oficiais de confiança e de cerca de cinquenta soldados, todos bem armados. Entrando na sede do Apostolado, tomou o trono do presidente Antônio Carlos Ribeiro de Andrada e Silva e confiscou o pequeno cofre, onde eram guardados papéis da sociedade, anunciando: "Podem retirar-se, ficando cientes de que não haverá mais reuniões no Apostolado sem minha ordem". Era o dia 15 de julho de 1823.

O fato de José Bonifácio ter sido chamado ao Paço,

com a recomendação de que não saísse, sugere que o Imperador quis poupá-lo do constrangimento a que foram submetidos os demais apóstolos. De qualquer maneira, acontecimentos posteriores iriam culminar com a queda dos Andradas e com o exílio de José Bonifácio para a França, a 20 de novembro de 1823, depois do fechamento da Assembleia Constituinte por D. Pedro.

Depois disso, os maçons do Grande Oriente e os apóstolos, que tinham visto suas entidades serem fechadas pelo Imperador, uniram-se contra ele, em um processo de solapamento do trono, cuja culminância foi a abdicação de 7 de abril de 1831, após a qual foi reinstalado o Grande Oriente. ?

* Extraído do livro ”História do Grande Oriente do Brasil”, de José Castellani, sob o título O Grande Oriente e o Apostolado.

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A Maçonaria e Seus Rituais do Séculos XVIII e Começo do XIXA Maçonaria e Seus Rituais do Séculos XVIII e Começo do XIX

José Manuel M. Anes Maçonaria, embora remetendo para a tradição das Corporações Medievais de Companheiros Construtores, “operativos” – e em alguns casos para

uma suposta origem templária – começa, na sua forma moderna no século XVII, quer na Escócia, quer na Inglaterra, período em que são “aceitos” nas Lojas, como membros, os “especulativos” (burgueses, clérigos, aristocratas, intelectuais, etc.), isto é, os não-pedreiros-construtores. Os rituais “especulativos”, onde já não se trata, agora, de construir edifícios, comemoram simbolicamente a construção dos templos sagrados - particularmente a construção do Templo de Salomão - e os instrumentos e materiais simbolizam, no momento, operações que conduzem ao aperfeiçoamento do Homem e da Sociedade.

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A primeira Grande Loja foi a de Londres, criada em 1717, que agrupava quatro Lojas de maçons “aceitos” – reunindo-se, nessa altura, em salas anexas a tavernas, os futuros pubs num espírito “moderno” e ecumênico, isto é, de abrangente tolerância (espírito codificado nas Constituições de Anderson de 1723), integrando, nas Lojas, pessoas de diversas confissões cristãs e, mais tarde, de diferentes religiões, evocando todas elas, o Grande Arquiteto do Universo, símbolo maçônico do Deus criador e, também, em algumas versões mais recentes, o Princípio ordenador do Caos.

Os chamados “antigos” seguiam uma via maçônica imersa num cristianismo estrito, que decorria da antiga tradição que chegou até ao século XVII; resolveram desenvolver a corrente antimodernista e antiecumênica, criando a Grande Loja de York em 1725 e, em 1753, a chamada Grande Loja dos “Antigos”.

Restringindo-nos, neste quadro, aos três primeiros Graus Maçônicos Simbólicos – de Aprendiz, de Companheiro e de Mestre - constituindo aquilo que se denomina de Craft, Métier, ou Ofício, salientemos, desde já, que, em geral, um rito apresenta uma coerência doutrinária do primeiro ao último grau.

Os rituais maçônicos, associados à Maçonaria dos “modernos”, são os que integram o chamado Rito de Emulação (Emulation Rite), denominação estabelecida em 1823, ano do Union Act, que juntou, num compromisso, Antigos e Modernos, na Grande Loja Unida de Inglaterra, que influenciou a criação, em França, do Rito Moderno ou Rito Francês. Claramente integrado nesse espírito dos “modernos”, está o Rito Escocês Antigo e Aceite (Scottish Rite), que se foi estabelecendo a partir

de um conjunto de diversos graus (alguns deles integrados no chamado Rito de Perfeição), ate à sua codificação final em 1801 (Charleston, EUA).

Associados com a Maçonaria dos “antigos”, que é (como vimos) uma Maçonaria cristã, temos o Rito de York, a Estrita Observância Templária, o Rito ou Regime Escocês Retificado, o Rito de Zinnendorf, o Rito Sueco, etc.

Tudo isso, no quadro dos graus “simbólicos” e no contexto da Maçonaria de fundo judaico-cristão. No que diz respeito à Maçonaria “neopagã”, “hermética” ou “alquímica”, é de referir, principalmente, as

constituições: em 1759, do Rito dos Filadelfos, em Narbonne; em 1767, do Rito de Crata Repoa, na Alemanha; em 1773, do Rito dos Filaletos, em Lyon; em 1784, do Rito Egípcio, ou Rito Primitivo, de Cagliostro, que, cerca de 1788, em Veneza, daria origem ao Rito de Misraim (o qual seria codificado em Paris, em 1813, e fundido, em 1876, com o Rito Oriental ou de Mênfis, criado em 1838).

Haverá, ainda, que referir outros ritos não-maçônicos, ou paramaçônicos, do século XVIII, tais como o da Estrela Flamejante, do Barão Tschoudy, o dos Iluminados de Avignon, do Abade Dom Pernety – ambos alquímicos – e o sistema da Rosa-Cruz de Ouro (do Antigo Sistema). Em corte radical com esse universo esotérico e místico, é de referir os Iluminados da Baviera, criado em 1771 por Adam Weishaupt, grupo racionalista e anticlerical, habitualmente, denominado como “uma máquina de guerra contra a Igreja e as monarquias absolutas” – o que é verdade – realizador da Revolução Francesa (tudo indica não ser verdade). ?

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O Medo Causado Pela InteligênciaO Medo Causado Pela Inteligência

“Não é suficiente que façamos o melhor, às vezes temos que fazer o que é necessário!”Winston Churchill

Autor ignoradouando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estreia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar,

amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembleia de vedetes políticas. O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: "Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante nesse seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável! Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta".

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Ali estava uma das melhores lições de abismo, dada por um velho sábio ao pupilo, que se iniciava em uma carreira difícil. Isso, na Inglaterra. Imaginem aqui, no Brasil. Não é demais lembrar a famosa trova de Rui Barbosa: "Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma Ciência".

A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência. Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições. Sabem ocupar os espaços vazios, deixados pelos talentosos displicentes, que não revelam o apetite do poder.

Mas, é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras

muralhas de granito, por onde talentosos não conseguem passar. Em todas as áreas, encontramos essas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.

Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do "Elogio da Loucura", de Erasmo de Roterdan, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa se fingir de burra, se quiser vencer na vida. É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social.

Assim, como um grupo de senhoras burguesas bem-casadas boicota, automaticamente, a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também, os encastelados medíocres se fecham como ostras, à simples aparição de um talentoso jovem, que os possa ameaçar. Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas, que os mais dotados realizam com uma perna

nas costas...Enfim, à medida que admiram a facilidade com que

os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender. É um paradoxo angustiante!

Infelizmente, temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida.

Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues: "Finge-te de idiota, e terás o céu e a terra". O problema é que os inteligentes gostam de brilhar! Que Deus os proteja, então, dos medíocres! ?

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a Eventos CulturaisEventos Culturais bParticipem do XV Encontro Nacional da Cultura Maçônica. De 8 a 10 de abril, em Brasília. Apoio cultural Revista Arte Real.

a BlogBlog bVisitem o Blog da Loja de Estudos e Pesquisas Quatuor Coronati Pedro Campos de Miranda

http://lojadepesquisas.blogspot.com/

a SiteSite bAcessem http://livralivro.com.br e conheçam o site de troca de livros na internet. É gratuito e qualquer pessoa pode

utilizá-lo. A troca dos livros é feita, diretamente, entre os usuários, o site apenas controla o processo de troca.

a Arte Real – Edições AnterioresArte Real – Edições Anteriores b As edições anteriores se encontram disponíveis para download em vários sites maçônicos e, também, no site www.entreirmaos.net

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O autor é Desembargador Titular da Quarta Câmara Cível do TJRJ, Professor de Direito e Conferencista em cursos especializados em Perícias Judiciais, Presidente da Banca de Monografia na Escola de Magistratura – RJ e Membro da Academia de Letras, Ciências e Artes Ana Amélia – ALCAN-RJ.

“A Obra, como esclarece o próprio autor, está dividida em quatro partes, de forma a permitir abordagem abrangente, sistêmica, prática e detalhada sobre o tema. Por sua praticidade, clareza e objetividade, conjugadas ao seu ilustre valor didático e jurídico, a obra não poderia ser mais oportuna. Com ela o seu ilustre autor preenche uma lacuna que existia no tema enfrentado, coloca nas mãos dos operadores do Direito um valioso instrumento profissional e presta mais um relevante serviço à Justiça”. ?

Sérgio Cavalieri Filho Desembargador do TJ/RJ

Esta obra visa mostrar ao leitor, através de belas crônicas, a história pitoresca de Cosmópolis, cidade de uma vila dependente, assim como a maioria das cidades brasileiras. Ostentando futuro promissor, intensa vida econômica social e estratégica posição geográfica, essa “cidade-universal” vizinha e antigo Distrito de Campinas, SP, guarda relatos memoráveis, que recebem tons de lindo matiz, contados com a mestria de nosso querido Irmão José Honorato Fozzati.

Vale a pena conferir! ?a b

rte Real é uma Revista maçônica virtual, de publicação mensal, fundada em 24 de fevereiro de 2007, com registro na ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica – 005-JV, que se apresenta como mais um canal de informação, integração e incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída, diretamente, via Internet, para 14.937 e-

mails de Irmãos de todo o Brasil e, também, do exterior, além de uma vasta redistribuição em listas de discussões, sites maçônicos e listas particulares de nossos leitores. Sentimo-nos muitíssimo honrados em poder contribuir, de forma muito positiva, com a cultura maçônica, incentivando o estudo e a pesquisa no seio das Lojas e fazendo muitos Irmãos repensarem quanto à importância do momento a que chamamos de “¼ de Hora de Estudos”. Obrigado por prestigiar esse altruístico trabalho.

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Editor Responsável, Diagramação, Editoração Gráfica e Distribuição: Francisco Feitosa da Fonseca - M∴I∴ - 33ºRevisão Ortográfica: João Geraldo de Freitas Camanho - M∴I∴ - 33º Colaboradores nesta edição: Cristiano José Rehder – Henrique José de Souza - João Geraldo de Freitas Camanho – José Castellani – José Manuel M. Anes Weber Varrasquim.Empresas dos Irmãos Patrocinadores: Adalberto Domingues Advocacia - Arte Real Software – Bisotto Imóveis - CFC Objetiva Auto Escola – CONCIV – Correa de Souza Advocacia - Decisão Gestão Empresarial - Dirija Rent a Car – Empório Bacellar - Formadores de Opinião – Gerson Muneron Advocacia - Gráfica Everesty – Honorato (livro) - Ideal Despachos Aduaneiros Ltda – Kit Market - López y López Advogados – Olheiros.com – Perícias & Avaliações - Pousada Mantega - Qualizan – Reinaldo Carbonieri Eventos – Reinaldo Pinto (livro) - Saneartec - Santana Pneus – Studio Allegro - Sysprodata.Contatos: MSN - [email protected] E-mail – [email protected]

Skype – francisco.feitosa.da.fonseca ( (35) 3331-1288 / 8806-7175Temos um encontro marcado na próxima edição. Tenham todos uma boa leitura! ?

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